Este documento resume uma ação judicial movida pela CONFENEN contra artigos da Lei Brasileira de Inclusão que obrigavam escolas privadas a incluir alunos com deficiência. O Ministro Relator negou o pedido da CONFENEN para declarar tais artigos inconstitucionais, afirmando que o ensino inclusivo é um imperativo constitucional de acordo com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Este documento resume uma ação judicial movida pela CONFENEN contra artigos da Lei Brasileira de Inclusão que obrigavam escolas privadas a incluir alunos com deficiência. O Ministro Relator negou o pedido da CONFENEN para declarar tais artigos inconstitucionais, afirmando que o ensino inclusivo é um imperativo constitucional de acordo com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Este documento resume uma ação judicial movida pela CONFENEN contra artigos da Lei Brasileira de Inclusão que obrigavam escolas privadas a incluir alunos com deficiência. O Ministro Relator negou o pedido da CONFENEN para declarar tais artigos inconstitucionais, afirmando que o ensino inclusivo é um imperativo constitucional de acordo com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
1. Esta avaliação é individual e com consulta aos textos, esquemas,
vídeos, slides e anotações das nossas aulas ao longo do semestre. 2. Só poderá ser realizada por aqueles (as) que submeteram o TDE no prazo regulamentar e complementar. 3. As respostas devem ser escritas logo abaixo das perguntas, na cor preta e com o mesmo tipo de fonte do documento. O arquivo deve ser salvo em PDF e submetido até às 23h59 do dia 21/11. 4. Duas ou mais avaliações idênticas serão desconsideras e zeradas. 5. Quem optar por fazer esta avaliação não poderá fazer a Avaliação Qualificadora 2.
Avaliação Qualificadora 2 – Peso: 10,0
1. Escreva sobre a origem histórica e etimológica da Hermenêutica,
destacando a forma como era concebida e empregada ao longo da Antiguidade e da Idade Média: (1,5)
R: A palavra hermenêutica é originaria do grego, e tem uma
associação com o deus mensageiro Hermes. Ela significa explicar ou interpretar. Na antiguidade grega a hermenêutica tinha um grande vínculo com a retorica à dialética e à gramática, assim como era associado com o conflito entre o mito e a filosofia. Durante a era medieval era considerada o estudo e interpretação de texto bíblicos e sagrados. A partir do sec. 18 ela começou a ser sistematizada e aplicada por pensadores de vários países na área do direito. Sendo ela em tal ramo usada como uma auxiliar no entendimento das normas. No sec. 19 a teoria hermenêutica é considerada e chamada romântica. O pensador Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher procurou fundamentar seus estudos de acordo com os princípios universais. E o pensador Wilhelm Dilthey defendia que a hermenêutica precisava focar unicamente nos estudos usando a metodologia das ciências humanas. (Cara professora, retirei esse de um trabalho feito por mim mesma, espero que não considere plagio, e se precisar de uma garantia pode pedir que irei enviar o trabalho para a senhora)
2. Analise a citação a seguir, extraída do livro do jurista Lenio Luiz Streck
“Hermenêutica Jurídica e(m) Crise” e a interprete considerando o conceito de “Fusão de Horizontes” do filósofo Hans-George Gadamer: (1,5)
Ora, as palavras da lei não são unívocas; são, sim,
plurívocas (...). Por isto, é necessário dizer que, pelo processo interpretativo, não decorre a descoberta do ‘unívoco’ ou do ‘correto’ sentido, mas, sim, a produção de um sentido originado de um processo de compreensão, onde o sujeito, a partir de uma situação hermenêutica, faz uma fusão de horizontes a partir de sua historicidade. Não há interpretação sem relação social. (STRECK, 2000, p. 19).
R: O conceito de Horizonte de Hans-George Gadamer é que tudo
aquilo que aprendemos, o conhecimento pequeno ou grande é adquirido por meio da linguagem, que ele nos mostra nossa percepção de mundo, a fusão deles seria a junção de um horizonte passado com um horizonte futuro. E a fala apresentada pelo jurista Lenio Luiz Streck, descreve que as leis não são apenas palavras escritas, que elas demostram algo, mas o interpretar delas é feito por nós, o que podemos fazer demonstrar o conceito de Fusão na teoria de Streck seria que Gadamer pensa que o conhecimento que temos vem da língua, e o jurista desconcorda ao falar que nos damos o significado a algo, ou seja nos damos o sentido e conhecimento a palavra e não o contrário.
3. Considerando o que estudamos acerca do movimento conhecido como a
“Viragem” ou “Virada Linguística” (Linguistic Turn), responda as questões abaixo: 3.1 Conceitue o movimento e o situe, etimologicamente, historicamente e epistemologicamente: (1,0)
R: O movimento da virada linguística acontece durante o sec. XX e
o termo usado para descrever esse momento histórico foi dado com a grande mudança que aconteceu no ramo da filosofia e da linguagem, foi criado pelo filosofo Gustav Bergmann. O movimento traz a frente uma serie de questões sobre a importância da linguagem para a compreensão de mundo.
3.2 Elenque as três fases da Virada Linguística, segundo Lenio Streck, e
aponte as suas principais características e expoentes: (1,0)
R: Primeira fase da virada linguística: era caracterizada por focar
muito na forma gramatical da escrita de algo, e esquecem da vinculação pragmática. Segunda fase: era caracterizada pela critica entre a subjetividade muito presente na filosofia da época. Tinha a crença de que a linguagem era aquilo que proporcionava todo o conhecimento. Terceira fase: caracterizada por ser muito focada na forma pragmática da língua. Aqui a famosa frase “penso logo existo” se encaixa perfeita mende, para os pensadores dessa frase tudo o que conhecemos, o nosso conhecimento vem da linguagem.
3.3 Escreva sobre as possíveis ressonâncias da Virada Linguística sobre a
Hermenêutica Jurídica: (1,0)
R: A virada linguística trouxe uma nova luz sobre a forma de
interpretação da norma jurídica, antes apenas se pensava na norma, agora se pensa no aspecto social na qual ela foi criada, na nova hermenêutica, tal aspecto é importante.
4. Aponte ao menos uma diferença entre a Hermenêutica Jurídica Clássica
(relacionada ao Positivismo Jurídico e aos ensinamentos de juristas como Emílio Betti) e a Nova Hermenêutica, influenciada pela Hermenêutica filosófica de Gadamer e pelas reflexões propostas pela Virada Linguística: (1,5)
R: A hermenêutica jurídica clássica seria quando eles estudavam
como a hermenêutica com um todo buscar compreender as leis, mas descartavam todo o sentindo que o legislador tentou passar. Enquanto na nova hermenêutica o sentido interpretado é uma parte fundamental do estudo da norma.
5. Leia o texto a seguir, a respeito do desfecho do protocolo de ingresso de
ação da CONFENEN (Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino), entidade sindical representativa dos estabelecimentos privados de ensino, junto ao STF, em 4 de Agosto de 2015. Trata-se de uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra alguns artigos da Lei Brasileira de Inclusão (13.146/2015) por considerar que tais artigos contrariavam dispositivos constitucionais. (...) [A] CONFENEN (Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino), entidade sindical de âmbito nacional representativa dos estabelecimentos privados de ensino, optou pelo ingresso de Ação Direta de Inconstitucionalidade requerendo que o STF declarasse a inconstitucionalidade dos arts. 28, § 1º, e 30, caput, da Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13146/2015). Em síntese, a CONFENEN almejava que a expressão ―privadas‖ deveria ser tida por inconstitucional, pois essa obrigação afrontaria o direito de propriedade, a sua função social (sic) e a liberdade de iniciativa do estabelecimento de ensino, além de ser uma obrigação exclusiva do Estado e da família prover educação para a pessoa com deficiência, não tendo a instituição privada de ensino nenhuma obrigação a respeito. Resumindo: com o provimento da ADI, os referidos estabelecimentos estariam livres para recusar as matrículas de alunos com deficiência por causa desta, cobrar adicionais nas mensalidades para mantê-los na escola e ainda não se submeterem às regras gerais de atendimento aos alunos com deficiência, preconizadas na LBI. A ADI recebeu o número 5357, tendo sido protocolada em 4 de agosto de 2015, portanto, antes mesmo do prazo final da vacatio legis suprarreferida, com a LBI publicada, mas ainda sem vigência e exigibilidade. A CONFENEN requereu também medida cautelar, alegando urgência em sua concessão diante das supostas dificuldades de cumprimento dos dispositivos legais pelos seus representados. (GALINDO, 2016, p. 49, Disponível em: https://www.conjur.com.br/2016-jun-13/adi-5357-avanco- construcao-direito-antidiscriminatorio Acesso em: 18/11/2021). Leia também a ementa da decisão do Ministro Relator à época, Edson Fachin, proferida em 18/11/2015 acerca da ADI proposta pela CONFENEN:
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA CAUTELAR. LEI 13.146/2015. ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. ENSINO INCLUSIVO. CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. INDEFERIMENTO. 1. A Convenção Internacional sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência concretiza o princípio da igualdade como fundamento de uma sociedade democrática que respeita a dignidade humana. 2. À luz da Convenção e, por consequência, da própria Constituição da República, o ensino inclusivo em todos os níveis de educação não é realidade estranha ao ordenamento jurídico pátrio, mas sim imperativo que se põe mediante regra explícita. 3. A Lei nº 13.146/2015 indica assumir o compromisso ético de acolhimento e pluralidade democrática adotados pela Constituição ao exigir que não apenas as escolas públicas, mas também as particulares deverão pautar sua atuação educacional a partir de todas as facetas e potencialidades que o direito fundamental à educação possui e que são densificadas em seu Capítulo IV. 4. Medida cautelar indeferida. (GALINDO, 2016, p. 50, Disponível em: https://www.conjur.com.br/2016-jun-13/adi- 5357-avanco-construcao-direito-antidiscriminatorio Acesso em: 18/11/2021).
Tendo por base os estudos sobre Hermenêutica deste semestre letivo,
interprete o contexto – histórico, jurídico e social - em que se deu a proposição da ADI pela CONFENEN, disserte sobre essa proposição de ação de inconstitucionalidade contra alguns artigos da então recentemente criada LBI (Lei Brasileira da Inclusão) analisando-a sob uma perspectiva hermenêutica contemporânea: (2,5)
R: A hermenêutica contemporânea procura trazer a compreensão
de uma lei entendendo o que acontece por trás do momento de quando a lei fora escrita. Na ADI apresentada podemos ver vários contextos por trás da decisão e da escrita apontada, sendo eles histórico, jurídico e social. Podemos interpretar a ADI proposta pelo ministro Edson Fachin de várias formas, mas ele diz que ao impormos a aceitação de alunos a escolas privadas seria algo inconstitucional, visto que iria contra o direito de uma empresa, que tem o poder de se recusar a oferecer um serviço para uma pessoa, quando não for de nem uma forma de discriminatória. Mas a decisão foi do STF foi de negar a proposta, devido ao contexto histórico social que a acerca o direito dos deficientes, por muitos anos, aqueles que sofriam de uma doença, deformação ou deficiência de locomoção eram considerados a paria da sociedade, até mesmo leis os consideravam inferiores e os julgava incapaz.