Você está na página 1de 12

CURSO DE DIREITO Unidade: 1ª UNIDADE

Semestre letivo: 2022.1

Semestre: 7º Turno: Data:


Disciplina: DIREITO ADMINISTRATIVO Valor: 7,0
Docente: FELIPE MENDONÇA MONTENEGRO Nota:
Discente: Karla Franciele Peixoto Costa da Silva

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
B B A B B C B D A C D D D B B

Atenção:
Alerta-se que, em consonância com as normas regimentais vigentes, a utilização de meios
fraudulentos - uso de celulares, tablets, dispositivos móveis, dentre outras práticas ilícitas - na
realização das verificações de aprendizagem, proporcionarão imediata imputação da nota 0
(zero) à avaliação.
Instruções:
01. O professor não deverá ser chamado para tirar dúvidas: a interpretação das questões faz
parte da avaliação.
02. Utilize caneta para responder as questões. As questões que, por ventura, não
forem assinaladas de caneta não serão corrigidas.
03. As questões rasuradas não serão
corrigidas. 04 Ao receber a folha de respostas
você deve:
- Ler atentamente as instruções para a marcação das respostas das questões objetivas;
- Assinar a folha de respostas, no espaço reservado, com caneta esferográfica
transparente de cor azul ou preta.
Durante a aplicação da prova não será permitido:
01. Qualquer tipo de comunicação entre os alunos;
02. Levantar da cadeira sem a devida autorização do fiscal de sala;
03. Portar aparelhos eletrônicos, tais como bipe, telefone celular, walkman, agenda
eletrônica, notebook, palmtop, receptor, gravador, telefone celular, máquina fotográfica,
controle de alarme de carro etc., bem como relógio de qualquer espécie, protetor auricular,
óculos escuros ou quaisquer acessórios de chapelaria, tais como chapéu, boné, gorro etc., e
ainda lápis, lapiseira, borracha e/ou corretivo de qualquer espécie.
04. Não será permitida a troca da folha de respostas por erro do aluno.
05. O tempo disponível para esta prova será de 3 (três) horas, já incluído o tempo para
marcação da folha de respostas.
06. Reserve tempo suficiente para marcar sua folha de respostas.
1) (FGV/OAB/2012) Ambulância do Corpo de Bombeiros envolveu-se em
acidente de trânsito com automóvel dirigido por particular, que trafegava na mão
contrária de direção. No acidente, o motorista do automóvel sofreu grave lesão,
comprometendo a mobilidade de um dos membros superiores. Nesse caso, é
correto afirmar que

a) existe responsabilidade objetiva do Estado em decorrência da prática de


ato ilícito, pois há nexo causal entre o dano sofrido pelo particular e a conduta
do agente público. INCORRETA, pois houve culpa exclusiva do particular que
sofreu o dano, que trafegava em contramão, cometendo ato ilícito, aplicando a
variante do risco administrativo.
b) não haverá o dever de indenizar se ficar configurada a culpa
exclusiva da vítima, que dirigia na contramão, excluindo a
responsabilidade do Estado. CORRETA, é possível o Estado eximir-se da
responsabilidade quando ocorre a culpa exclusiva do particular que sofreu o
dano, pois o mesmo, agiu ilicitamente, trafegando na contramão.
c) não se cogita de responsabilidade objetiva do Estado porque não houve
a chamada culpa ou falha do serviço. E, de todo modo, a indenização do
particular, se cabível, ficaria restrita aos danos materiais, pois o Estado não
responde por danos morais. INCORRETA, pois não há o que se falar em danos
materiais, pois houve culpa exclusiva do particular, aplicando a variante do
risco administrativo, afastando a responsabilidade do poder estatal.
d) está plenamente caracterizada a responsabilidade civil do Estado, que
se fundamenta na teoria do risco integral. INCORRETA, pois fica afastada a
responsabilidade civil do Estado, com base na teoria do risco administrativo.

2) (FGV/OAB/2011) Antônio, vítima em acidente automobilístico, foi


atendido em hospital da rede pública do Município de Mar Azul e, por imperícia
do médico que o assistiu, teve amputado um terço de sua perna direita. Nessa
situação hipotética, respondem pelo dano causado a Antônio

a) o Município de Mar Azul e o médico, solidária e objetivamente. INCORRETA,


pois há o direito de regresso em face do médico, caso haja dolo ou culpa,
mas não há o que falar em responsabilidade subsidiária.
b) o Município de Mar Azul, objetivamente, e o médico,
regressivamente, em caso de dolo ou culpa. CORRETA - Com base no
artigo 37, parágrafo 6º da Constituição Federal, que diz que a responsabilidade
da administração pública direta e indireta é objetiva, inclusive pelos danos
causados por seus agentes, sendo assegurado o direito de regresso contra
quem causou o dano, seja por dolo ou culpa.
c) o Município de Mar Azul, objetivamente, e o médico, subsidiariamente.
INCORRETA, pois há o direito de regresso em face do médico, caso haja
dolo ou culpa, mas não há o que falar em responsabilidade subsidiária.
d) o Município de Mar Azul, objetivamente, e
o médico, solidária e subjetivamente. INCORRETA, pois há o direito
de regresso em face do médico, caso haja dolo ou culpa, mas não há o que
falar em responsabilidade subsidiária.

3) (FGV/TCE-RJ/2015/ADAPTADA) Acerca da responsabilidade civil


extracontratual do Estado, é correto afirmar que:

a) há responsabilidade do Estado por danos causados a particulares


decorrentes de lei declarada inconstitucional pelo Poder Judiciário.
CORRETO - através da ADI, ação declaratória de Inconstitucionalidade e a
comprovação do dano causado, sendo tratado doutrinariamente e
jurisprudencialmente.
b) a responsabilidade civil das concessionárias e permissionárias de
serviço público pressupõe a existência de falha na prestação do serviço.
INCORRETO, pois a responsabilidade civil das concessionárias e
permissionárias de serviço público é objetiva, portanto, independe de falha na
prestação de serviço.
c) o Estado é solidariamente responsável por quaisquer danos decorrentes
de condutas das concessionárias e permissionárias de serviços públicos.
INCORRETO, pois a responsabilidade do estado é subsidiária, de forma
primária são as próprias concessionárias e permissionárias que respondem,
artigo 37, parágrafo 6 da CF
d) o direito de regresso é exercido pelo Estado contra seus agentes que,
agindo no horário de trabalho, tenham intencionalmente dado causa a danos a
terceiros. INCORRETO, pois ocorre nos casos de dolo e culpa, artigo 37,
parágrafo 6 da CF.

4) (FGV/TJ-SC/2015/ADAPTADA) Maurício conduzia sua motocicleta de


forma imprudente e sem cautela, com velocidade superior à permitida no local,
em via pública municipal calçada com paralelepípedo e molhada em noite
chuvosa. Ao passar por tampa de bueiro existente na pista, com insignificante
desnível em relação ao leito, Maurício perdeu o controle de sua moto e sofreu
acidente fatal. Seus genitores ajuizaram ação em face do Município, pleiteando
indenização pelos danos materiais e morais. Na hipótese em tela, é correto
concluir que:
a) não obstante ser caso, em tese, de responsabilidade civil subjetiva do
Município, o acidente ocorreu por culpa exclusiva da vítima, fato que exclui a
responsabilidade do poder público; INCORRETA, pois não houve omissão do
Estado, afastando a responsabilidade subjetiva.
b) não obstante ser caso, em tese, de responsabilidade civil objetiva
do Município, o acidente ocorreu por culpa exclusiva da vítima, fato que
exclui a responsabilidade do poder público; CORRETA - não houve omissão
por parte do Município, pois o desnível era insignificante, ou seja, o município
não foi omisso em relação a manutenção da via, ademais, quando há culpa
exclusiva da vítima, existe a possibilidade do Estado eximir-se da
responsabilidade.
c) não obstante ser caso, em tese, de responsabilidade civil subjetiva do
Município, o acidente ocorreu por caso fortuito ou força maior, fato que exclui a
responsabilidade do poder público; INCORRETA, pois não houve omissão do
Estado, afastando a responsabilidade subjetiva.
d) aplica-se a responsabilidade civil objetiva do Município, que tem o dever
de indenizar desde que reste comprovado que seus funcionários responsáveis
pela instalação da tampa do bueiro agiram com dolo ou culpa. INCORRETA,
pois a questão informa que desnível era insignificante, ou seja, o acidente
ocorreu por culpa exclusiva da vítima, o que afasta a responsabilidade por
parte do poder público.

5) (FGV/DPE-RJ/2014/ADAPTADA) Joaquim estacionou regularmente seu


veículo em via pública, no centro da cidade. Quando voltou para pegar seu carro,
ele percebeu que caiu sobre seu veículo um grande galho de uma árvore (muito
antiga, já deteriorada há anos por cupins), que estava plantada na calçada. Os
moradores da rua vinham reclamando com o poder público do precário estado de
conservação da árvore há muito tempo. Ao buscar assistência jurídica na
Defensoria Pública, com escopo de obter judicialmente indenização pelos danos
morais e materiais que sofreu, Joaquim foi informado de que, mediante a melhor
tese para defesa de seus interesses, diante da omissão específica do poder
público, seria cabível o ajuizamento de ação.

a) em face do particular, proprietário do imóvel na frente da calçada, sendo


a responsabilidade civil subjetiva, porque houve negligência do proprietário.
INCORRETA, não há o que falar em responsabilidade civil em face do
particular.
b) em face do Município, com responsabilidade civil objetiva, que
prescinde da análise da culpa ou dolo. CORRETA, pois trata-se de omissão
específica, gerando a responsabilidade objetiva.
c) em face do Município e do particular proprietário do imóvel na frente da
calçada, de forma solidária, pois ambos foram responsáveis pelo dano, sendo a
responsabilidade subjetiva. INCORRETA, não há o que falar em
responsabilidade civil em face do particular.
d) em face do Município, pois o dano foi provocado pela omissão do
Município, que deveria ter cobrado do particular providências para poda da
árvore, com responsabilidade civil objetiva, sendo imprescindível a
comprovação do elemento subjetivo. INCORRETA, pois a responsabilidade
civil é objetiva do poder estatal e não do particular.

6) (FGV/PC-AM/2012/ADAPTADA) No interior de determinada cela de


cadeia pública do Estado “Y”, o detento Pedro cometeu
suicídio. Diante da situação narrada, tendo em vista a jurisprudência recente
do
Supremo Tribunal Federal (STF), é correto afirmar que

a) o Estado não pode ser responsabilizado civilmente pela morte de Pedro,


tendo em vista que o fato lesivo foi praticado exclusivamente pela vítima.
b) essa situação configura hipótese de conduta comissiva, que enseja a
responsabilidade subjetiva do Estado, caso comprovada sua culpa.
c) essa situação configura hipótese de conduta omissiva, que enseja
a responsabilidade objetiva, tendo em vista o dever estatal de preservar a
integridade física do preso.
d) houve conduta omissiva estatal, de modo que a reparação só seria
possível caso fosse demonstrado que o Estado intencionalmente permitiu a
ocorrência do resultado.

COMENTÁRIO: O ESTADO É RESPONSÁVEL OBJETIVAMENTE PELA


MORTE DE DETENTO, POIS HOUVE INOBSERVÂNCIA DE SEU DEVER
ESPECÍFICO DE PROTEÇÃO PREVISTO NO ARTIGO 5º, XLIX, CF. OCORRE
QUE, O ESTADO PODERÁ SER DISPENSADO DE INDENIZAR SE HOUVER
PROVA QUE A MORTE DO DETENTO NÃO PODIA SER EVITADA PELO
PODER ESTATAL, OU SEJA, NESSA HIPÓTESE, ROMPE-SE O NEXO DE
CAUSALIDADE ENTRE O RESULTADO MORTE E A OMISSÃO DO ESTADO.
ADEMAIS, O STF FIXOU TESE EM SEDE DE REPERCUSSÃO GERAL:
“EM CASO DE INOBSERVÂNCIA DE SEU DEVER ESPECÍFICO DE
PROTEÇÃO PREVISTO PREVISTO NO ART. 5º, INCISO XLIX, DA CF/88, O
ESTADO É RESPONSÁVEL PELA MORTE DE DETENTO. (STF. Plenário. RE
841526/RS, Rel. Min. Luix Fux, julgado em 30/06/2016 (repercussão geral).

7) (FGV/PGE-RO/2015/ADAPTADA) Funcionários da sociedade


empresária concessionária do serviço público estadual de fornecimento de
energia elétrica realizavam conserto na rede elétrica, em cima do poste, e
ocasionaram um curto-circuito, seguido de grave explosão. Em razão do
acidente, os fios, que ainda conduziam eletricidade, atingiram o imóvel de Dona
Gerusa, causando incêndio em sua casa e lhe acarretando diversos danos
materiais. No caso em tela, aplica-se a responsabilidade civil:

a) objetiva e primária do Estado membro que, na qualidade de poder


concedente, responde diretamente pelos danos causados pelos agentes da
concessionária, independentemente da comprovação do dolo ou da culpa;
INCORRETO, pois a regra da responsabilidade civil objetiva se estende ao
prestador de serviço, ou seja, a concessionária.
b) objetiva da sociedade empresária concessionária, que responde
pelos danos causados por seus agentes, independentemente da
comprovação do dolo ou da culpa; CORRETA - A regra da responsabilidade
civil objetiva se estende ao prestador de serviço, o STF, inclusive, já se
manifestou sobre o tema: RE 591874/MS I - A responsabilidade civil das
pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos é objetiva
relativamente a terceiros usuários e não usuários do serviço, segundo decorre
do art. 37, parágrafo 6º da Constituição Federal.
c) subjetiva e primária do Estado membro que, na qualidade de poder
concedente, responde diretamente pelos danos causados pelos agentes da
concessionária, independentemente da comprovação do dolo ou da culpa;
INCORRETO, pois o enunciado traz uma previsão de responsabilidade objetiva,
que será da empresa concessionária.
d) subjetiva e solidária da concessionária e do Estado membro, este na
qualidade de poder concedente, que responde pelos danos causados por seus
agentes, desde que comprovados o dolo ou a culpa, o ato ilícito, os danos e o
nexo causal. INCORRETO, pois o enunciado traz uma previsão de
responsabilidade objetiva, que será da empresa concessionária.

8) (FGV/SEFAZ-MT/2014/ADAPTADA) Uma ambulância do Município, ao


transportar um paciente de emergência, com os avisos luminosos e sonoros
ligados, atropelou um pedestre que atravessava a rua fora da faixa, distraído
com o seu telefone celular. Considerando o tema da responsabilidade civil da
Administração Pública, assinale a afirmativa correta.

a) Está configurada a responsabilidade civil do Município, com suporte na


teoria do risco integral, que afasta a necessidade de demonstração de culpa.
INCORRETA, pois o risco integral ocorre quando há desastre ambiental ou
dano nuclear, por exemplo.
b) A responsabilidade civil do Município está afastada, mas o motorista da
ambulância responde pelos danos causados, se agiu com culpa. INCORRETA,
não há o que falar responsabilidade por parte do motorista.
c) A responsabilidade do Município, no caso, depende da presença dos
seguintes elementos: ação do agente estatal, dano, nexo de causalidade e
culpa. INCORRETA, no caso narrado, a responsabilidade é objetiva, e esta
afirmativa inclui a culpa como requisito, porém este, pertence a
responsabilidade subjetiva.
d) A responsabilidade do Município independe da demonstração de
culpa do agente público, mas pode ser mitigada ou mesmo excluída caso
seja demonstrada a culpa concorrente ou exclusiva da vítima. CORRETA -
Pois existe a possibilidade do Estado eximir-se da responsabilidade ocorre culpa
exclusiva do particular que sofreu o dano, força maior ou caso fortuito, sendo o
ônus da prova dessas excludentes, do Estado. (Fonte: Direito administrativo
Descomplicado).

9) (FGV/AL-MT/2013/ADAPTADA) Devido à descoberta da pavimentação


original em ladrilhos e pedras do século XIX, e com vistas ao incremento do
turismo, o Município ABC decide restaurar o seu centro histórico. Para isso,
inicia obras de restauro de fachadas e de recuperação do piso original, com a
retirada das camadas recentes de asfalto. Com a interdição de algumas ruas
para a realização das obras, um posto de gasolina localizado em uma das vias
fechadas ao trânsito perderá todo o seu faturamento pelo período de dois
meses. Tendo em vista o caso descrito, e considerando a disciplina do
ordenamento brasileiro acerca do tema da responsabilidade civil do Estado, é
correto afirmar que

a) o ato praticado é lícito, mas, ainda assim, o Município responde de


forma objetiva pelos danos causados. CORRETA – O compromisso estatal
de reparar privativas por danos ocasionados pode ocorrer pelo motivo da
legalidade, quando o ato lesivo for ilegítimo e pelo fundamento da igualdade
quando o ato for lícito.
b) o Município não responde de forma objetiva pelos atos lícitos, mas
apenas pelos ilícitos, o que não resta caracterizado no caso em
tela.INCORRETO, não existe o que discutir em relação ao ato ilícito no
enunciado do tópico.
c) por ter causado dano a terceiros, resta configurada a prática de ilícito
administrativo, e, portanto, a responsabilidade objetiva do Município.
INCORRETO, visto que o dano provocado foi lícito, objetivando a restauração
de bens público que favorece toda a sociedade local.

d) no caso em tela, resta configurada a responsabilidade do município por


omissão, que é subjetiva. INCORRETO, não existe o que falar em relação a
omissão por parte do estado no enunciado.
e) o Município não responde pela prática de atos lícitos. INCORRETO, já que o
domínio estatal atende pelos danos causados aos ligados ainda que o ato
for lícito.

10) (FGV/TJ-AM/2013/ADAPTADA) Leia o fragmento a seguir.


"a ocorrência de lesão injusta independentemente de culpa por parte da
Administração Pública, que em respeito à teoria do risco administrativo, traz em
seu bojo a obrigação de indenizar o terceiro lesado". O fragmento refere-se à

a) Teoria do Risco Integral. INCORRETO, não se aplica.


b) Teoria da Culpa Administrativa. INCORRETO,não se aplica.
c) Teoria do Risco Administrativo. CORRETA – A Constituição de 1988
decidiu pela admissão de uma variação retraída da responsabilidade estatal:
a teoria do risco administrativo. Essa teoria distingue supressor do dever de
indenizar.
d) Teoria da Responsabilidade por Omissão. INCORRETO, não se aplica.

11) (VUNESP/PRESIDENTE PRUDENTE/2022/ADAPATADA) Perseu é


servidor público e está respondendo a um processo administrativo, com base
na Lei nº 9.784/1999. Todavia, seu advogado de defesa descobriu que a
autoridade responsável pela condução do processo tem inimizade notória com
a esposa de Perseu. Ato contínuo, o seu patrono alegou a suspeição da
referida autoridade administrativa, mas seu pedido foi indeferido. Considerando
os fatos narrados, assinale a alternativa que está em consonância com a
legislação que rege a matéria.

a) A decisão de indeferimento não poderá prevalecer, no caso, ante à


ocorrência de hipótese de suspeição, legalmente prevista, cabendo recurso
com efeito suspensivo. INCORRETA, De acordo com o artigo 21 da lei nº
9.784/99.
b) A inimizade da autoridade administrativa com a esposa de Perseu, ainda
que notória, não é motivo de impedimento nem de suspeição. INCORRETA, já
que tem diligência legal a possibilidade de incerteza e impedimento, de acordo
com o artigo 20 e 21 da lei nº 9.784/99.
c) O pedido de Perseu foi corretamente indeferido, uma vez que a
inimizade em questão é motivo de impedimento, e não de suspeição. INCORRETA,
conforme o artigo 20 é caso de suspeição.
d) Perseu poderá recorrer da decisão que indeferiu o seu pedido de
reconhecimento da suspeição da autoridade administrativa, mas seu
recurso não terá efeito suspensivo. CORRETA – De acordo com o artigo 21
da lei nº 9.784/99, diz “O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser
objeto de recurso, sem efeito suspensivo”.

12) (UFU-MG/UFU-MG/2022/ADAPTADA) A Lei nº 9.784/1999 regula o


processo administrativo e estabelece os critérios que devem ser observados no
âmbito da Administração Pública Federal. Esses critérios indicam que deve
haver
a) adequação entre meios, mas não quanto aos fins, vedada a imposição
de restrições em medida superior àquelas estritamente necessárias ao
atendimento do interesse público. INCORRETA, o artigo 2º inciso VI.
b) adequação entre fins, mas não quanto aos meios, vedada a imposição
de restrições em medida superior àquelas estritamente necessárias ao
atendimento do interesse público. INCORRETA, de acordo com o artigo 2º
inciso VI.
c) adequação entre meios e fins permitida a imposição de restrições em
medida superior àquelas necessárias ao atendimento do interesse público.
INCORRETA, artigo 2º inciso VI.
d) adequação entre meios e fins, vedada a imposição de sanções em
medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do
interesse público. CORRETA - artigo artigo 2º, inciso VI, diz “adequação
entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em
medida superior aquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse
público”.

13) (FGV/TJ-MG/2022/ADAPTADA) O direito ao contraditório e à ampla


defesa é consagrado no inciso LV, do Art. 5º da Constituição Federal. Em
relação ao processo administrativo, assinale a afirmativa correta.

a) Não há necessidade de descrever o motivo da instauração na portaria


inaugural, pois o servidor necessariamente terá acesso aos autos e
conhecimento da imputação administrativa. INCORRETA, visto que refere-se a
um pedido formal essencial, ponto exposto em jurisprudência.
b) A nomeação de presidente da comissão processante pode recair sobre
servidor não estável, porque tal fato não se mostra relevante para a defesa,
que atuou desde o início do processo. INCORRETA, a representação é
constituída por 3 servidores estáveis.
c) Se for decorrido o prazo para a instrução, o procedimento é sempre
nulo, se esgotado o prazo para a administração buscar a aplicação da sanção
administrativa. INCORRETA
d) O servidor público estável poderá perder o cargo, mediante
procedimento de avaliação periódica de desempenho, desde que
observados os princípios constitucionais. CORRETA – O parágrafo
primeiro do artigo 41 da CF, diz, “O servidor público estável só perderá o cargo:
III mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de
lei complementar, assegurada ampla defesa.”

14) (FUNDATEC/CEASA-RS/2022/ADAPTADA) Nos procedimentos


administrativos regidos pela Lei nº 9.784/1999, a vedação de aplicação
retroativa da nova interpretação administrativa atende ao princípio da:

a) Finalidade. INCORRETO, não se aplica.


b) Segurança Jurídica. CORRETA - É proibida a análise retroativa dos atos em
efeito de alteração na legislação, visto que o direito aprendido deve continuar nos
atos já constituídos.
c) Motivação. INCORRETO, não se aplica.
d) Proporcionalidade. INCORRETO, não se aplica.

15) (AOCP/NOVO HAMBURGO-RS/2022/ADAPTADA) De acordo com a


Lei nº 9.784/1999, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Os preceitos dessa Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função
administrativa. CORRETO, artigo 1, parágrafo 1º da Lei nº 9.784/1999.
b) Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo
deverá ser iniciado perante a autoridade de maior grau hierárquico para
decidir. INCORRETA - lei nº 9.784/99 em seu artigo 17: “Inexistindo
competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado
perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.
c) As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente
essa qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado. CORRETO, artigo
14 da Lei nº 9.784/1999.
d) Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade
responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser
praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior. CORRETO,
artigo 24 da Lei nº 9.784/1999.

16) Discorra sobre a responsabilidade civil do estado decorrente dos


atos de omissão nas relações de custódia. (valor: 1,0)

O conteúdo aborda várias decisões dos tribunais, e vem gerando


discussões e mudanças no ordenamento jurídico.
Acontece que, a doutrina até então traz uma separação de omissão, de maneira
breve, a interrupção específica ocorre quando o Estado tem o dever de agir em
específico, que é o que acontece nos estabelecimentos prisionais, pois ele se torna
detentor exclusivo do jus puniendi.
Logo, se tratando de danos causados por omissão do Poder Público nas relações de
custódia é necessário se atentar às discussões ocorridas nos Tribunais e na própria
doutrina.
Quando existe a responsabilidade por omissão específica do Estado, este, responderá
de forma objetiva, com base na teoria do risco administrativo, afastando a hipótese
subjetiva que é aplicada na omissão genérica. Essa omissão específica, conforme
explica Mazza, é relacionado ao dever de proteção ao bem jurídico que está sob sua
tutela, pois a omissão do estado é ilícita, pois descumpri dever espefícico (DI PEDRO,
2016).
O STF fixou a seguinte tese em sede de repercussão geral: “Em caso de inobservância
do seu dever específico de proteção previsto no artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição
Federal, o Estado é responsável pela morte do detento”.
Porém, o Ministro Luiz Fux, em seu voto condutor no supramencionado RE 841.526 -
RS, assegurou que, “é necessário observar o nexo de causalidade a despeito da
aplicação da teoria objetiva à relação de custódia do Estado, sob pena de ser adotado
a teoria do risco integral. Deste modo, há situações em que os danos sofridos pelas
pessoas sob a custódia estatal, não se imputa ao Poder Público, notadamente se a
mesma consequência teria se o apenado estivesse em sua liberdade plena, haja vista
que, não podem ser evitadas e nem mesmo previsíveis e, como consequência, rompe-
se o nexo de causalidade”.
Ou seja, é necessário que tenha o nexo de causalidade, entre a conduta e a omissão
estatal, como por exemplo, um detento que sofre com depressão já havia indícios que
poderia atentar contra a própria vida, suicida-se e o Estado nada fez para impedir,
nesse caso sim, houve o nexo de causalidade, pois o Estado poderia ter impedido, pois
sabia da condição do detento.
É necessário ressaltar que as hipóteses de excludente da responsabilidade estatal
também se adequam dentro dos estabelecimentos prisionais, que são, caso fortuito,
força maior, pois afasta o nexo de causalidade.

Você também pode gostar