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Aula 1.

Mito da Matéria
Enorme

MEMORIZAÇÃO E APRENDIZAGEM ACELERADA

Conteúdo licenciado para Gustavo Rodrigues da Silva - 111.527.745-65


Mito da Matéria Enorme
Às vezes os estudantes chegam para mim e falam o seguinte “Alberto você não me
entende, a matéria da prova que eu vou fazer; do concurso; do vestibular; do ENEM
ela é gigantesca. O que que eu faço?”. Não existe isso! Isso é um mito. Não existe
matéria gigantesca! Você é que sabe pouco! Mas eu não quero te ofender, eu quero
que você entenda porque que eu estou falando isso.

Imagina uma criança que está aprendendo os fatos, que está aprendendo tabuada e ela
acabou de aprender a tabuada do 9, ou seja, ela aprendeu a do 2, do 3, até a do 9 (que
acabou de aprender) e ela vai fazer uma prova e a prova dessa criança vai cair todos os
fatos do 2, do 4, 5, 6, até o 9.

Para essa criança essa matéria é gigantesca. Agora vamos supor que essa criança
cresceu, está no colégio, está com 15 anos de idade e ela acabou de estudar funções de
primeiro e segundo grau e ela vai fazer uma prova que vai cair equações de primeiro
grau, equações do segundo grau, funções do primeiro grau, funções do segundo grau,
estudo do sinal, gráficos e inequação de primeiro e segundo grau e inequação produto
e inequação quociente. Para o cara que acabou de aprender isso essa matéria também
é gigantesca.

Agora se a gente pega alguém que está na engenharia, essa matéria do segundo grau
toda não é nada. Se alguém que está na engenharia estudando equações diferenciais,
vê uma provinha lá que cai equações exponenciais, logaritmos, ele vai achar que é uma
bobagem e vai fazer rapidinho. Na verdade o que que acontece? As pessoas acabam se
propondo a fazer uma prova e elas não possuem base nenhuma para fazer essa prova.

Sempre vai ter uma matéria que vai ser gigantesca, sempre. Claro, tem concurso que
cobra mais matéria que outro? Claro que tem! Mas para o cara que já aprendeu ou já
estudou, que já passou inclusive, ele não sente que a matéria é gigantesca ele
simplesmente evoca aquela informação naturalmente. Não tem esse esforço da
matéria gigantesca.

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Eu trabalho com hipnose, tenho um curso lá “ Aprenda Hipnose do Zero”. Tem uma
provinha que tem vinte questõeszinha e infelizmente os alunos às vezes possuem
dificuldades em fazer a prova, porque não estudam. E essas vinte questões são
baseadas em 70 aulas que tem lá no curso, para esses meninos que estão estudando
para a prova “ Aprenda do Zero” essa matéria é gigantesca.

Agora para os meus professores ajudantes, assistentes, o Talles, o Carvalho, o João


Cláudio, para os alunos experientes, -“cara, teve aluno que tirou total na prova
fazendo em 6 minutos” – uma prova que tem 75% de taxa de reprovação e teve gente
que fez essas vinte questões em 5 minutos.

Tem aluno que vai falar que essa minha prova a matéria é gigantesca e tem gente que
vai falar que a matéria é minúscula, porque não tem a ver com a prova, mas sim com o
embasamento teórico que a pessoas possui para fazer a prova, para poder trabalhar
com isso. Isso acaba sendo pior na matemática.

Por que que acaba sendo pior na matemática? Porque a matemática é uma das poucas
matérias que tem muito nível de pré-requisitos. Em história o cara pode se dar o luxo
de não aprender alguma coisa, por mais que tudo esteja conectado.

Todos os fatos históricos (contemporâneos ou não) de alguma forma estão


conectados, mas em termos de prova, o cara não sabe nada de história do Brasil, isso
não vai impedir ele de estuda a história antiga, não vai impedir ele de estudar a
primeira guerra, a segunda guerra mundial.

Ele vai perder a conexão que existe entre a história do Brasil entre a primeira e a
segunda guerra? Claro que vai! Mas ele não ter um prejuízo tão elevado quanto
alguém que está tentando estudar função do segundo grau e não sabe equações,
porque o cara que não sabe equação ele não faz nada em funções. E a matemática
acaba dando essa impressão de que a matéria é mais gigantesca ainda, pela questão do
pré-requisito.

Não existe realmente a matéria grande e a matéria pequena. Existe a matéria que você
não sabe. E sabe porque que o cara fica sempre com essa impressão de que não vai
aprender nunca? Porque ele sempre foca em estudar o que ele não sabe.

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É aquela história que eu repito sempre: “imagine que são três caixinhas, A a caixinha
que tem a matéria que você sabe com certeza absoluta e nunca tem dúvida; C a
matéria que você não faz nem ideia (sabe aquela matéria que você nem faz ideia?
Então, é a C) e o B é a matéria que você sabe mais ou menos”. O seu objetivo é
manter o A funcionando e transformar o B e A, esse é o objetivo do estudante.

O objetivo não é trabalhar com o C, você vai pegar alguns do C e transformar em B,


mas é muito pouco. Você vai trabalhar muito mais fazendo a manutenção do que é A,
testando o que é A para não cair no esquecimento e transformando o B em A, só isso.

A pessoa tem a ideia de que a matéria é gigantesca porque ela está há seis anos
estudando para o mesmo concurso; para o mesmo vestibular, mas com um detalhe,
focando sempre no C. Então o cara pega uma coisa que ele não faz ideia, começa a
estudar, até aprende, transforma em B, abandona e vai pegar outra coisa que ele não
sabe do C. Aí o que que acontece? Enquanto ele está estudando esse C, aquele B que
ele estudou (que era C, mas que virou B) vai se deteriorando e vai voltando a ser C.

Inclusive em cursinho tem um negócio muito engraçado, que o cursinho extensivo, ou


seja, aquele que dura um ano, ele muitas vezes funciona pior do que fazer dois
intensivos. Por quê? Porque o cara aprendeu algo em fevereiro, sei lá, conjuntos da
matemática, ele acaba não vendo isso ao longo do ano, vai ver só no final nas revisões
e ele acaba perdendo aquela informação. Porém, se ele faz dois intensivos um no
primeiro semestre e outro no segundo ele tem uma chance de rever mais essa
informação.

Então esse mito da matéria ser gigantesca ele acaba acontecendo porque o cara tem
uma estratégia errada de estudo. Ele acha que o certo é focar naquilo que ele não faz
ideia, sendo que ele tem que focar todos os esforços em manter o A sendo A e
transformar o B em A, porque olha que estranho, o que que vai acontecer?

O cara começa a estudar o C, o C vai se transformando em B, mas o A vai se


transformando em B também e enquanto ele começa pegar um outro C, ou seja, que
não faz ideia, aquele A que virou B vai virando C; aquele B que era C vai voltar a ser
C, ou seja, aquele tópico que você não sabia nada, que era C, você começou a
entender e virou B vai se deteriorando até virar C de novo. E você fica no ciclo B/C;
B/C; B/C e eventualmente alguns “As” que você tinha acabam se transformando em
B e depois em C.

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Nossa memória é transitória e essa ideia de que a matéria é gigantesca, que a matéria é
enorme, intransponível vem desse erro da estratégia do estudo. Inclusive tem gente
estudando para concurso, o cara está se preparando ao mesmo tempo (não sei como),
para concurso de banco e concurso de tribunal, de TJ, etc.

Cara, imagina você estudando para o banco do Brasil e para o TJ a quantidade de


“Cês” que existe. Aí aquele C vai se transformando em B, aí passou o concurso do
Banco do Brasil você está com aquele tanto de C e B, quase nada de A. Aí você
começa a estudar para o TJ, os “Bês” vão se transformando em “Cês” e você está
começando sempre do zero.

Tem gente que está estudando há dez anos para concurso, mas não está estudando há
dez anos, ele está reiniciando há dez anos. Então é muito importante você parar com
essa ideia de pensar que a matéria é gigantesca. Não! A matéria não é gigantesca, você
que não está estudando direito.

Você não está vendo um progresso no seu estudo ou até mesmo escolhendo um
concurso ou vestibular que ainda está fora (nesse momento pelo menos) da sua
alçada. O cara as vezes quer passar direto no concurso para cartório e não fez
nenhum outro concurso que fosse relacionado aquele, que caem as mesmas matérias.

É muito importante que você vá treinando, transformando aquele que é C em B;


transformando o que é B em A e principalmente focando no que é B para
transformar em A e manter o A, o C você vai pegando bem aos pouquinhos.

E aí? Você sabia da importância da manutenção da informação, nessa divisão do A, B,


C de trabalhar o C para virar B e o B para transformar em A, a importância da
manutenção daquilo que foi transformado em A? Deixe agora o seu comentário no
nosso grupo fechado do Facebook e até a próxima aula! o/

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