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DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
PARA 2016
(Projeto de Lei nº 01/2015-CN)
RELATÓRIO
APRESENTADO
15/07/2015
CONGRESSO NACIONAL
Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fisca lização
Relatório do Projeto de Lei nO1, de 2015/CN - PLDO 20 16
PARECER N~ , DE 2015
SUMÁR IO
I. RELATÓRIO 2
I. Co ns iderações Inic ia is 2
2. Política Fisca l e Metas de Result ado Primário 3
3. A defi nição de metas e prio ridade s da Ad ministração Pública Federal.. 4
4. Do Regime de Execução da s Programações Decorrentes de Emendas 5
5. Diretrize s para a Elaboração e Execução dos Orça mentos da União 8
6. Exec ução Provisó ria do Proje to de Lei Orçamentária 8
7. Disp osições sobre Transfe rências 9
8. Divida Púb lica Federal II
9. Despe sas com Pessoa l e Enca rgos Soc iais e Beneficios aos Servidores e Empregados I1
10. Polít ica de Ap licação dos Recursos das Agê nc ias Financeiras Oficiais de Fomento 12
I I. Alterações na Legislação e Adequa ção Orçame ntária 12
12. Fiscalização pelo Poder Leg islativo. Obras e Serviços com Ind icios de Irregularidades
Graves e Cu stos de Obras e Serviços de Engenharia 13
13. T ran spa rência 14
14 . Emendas Apresentadas 15
15. Das Emendas Inad mitidas 15
11. VOTO 16
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Comi ssão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização
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I. RELATÓRIO
I. Considerações Iniciais
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do Legislativo na de finição das politi cas públicas, estamos propondo a criação do orçamen to
impositivo para as program ações decorrentes de bancadas estaduais de caráter estruturante,
embora com algumas necessárias restrições.
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A lei de diretrizes orçamentárias, entre outras atribuições, tem como função fixar
as prioridades e metas da administração pública federal. A fixação de prioridades e metas na
LDO visa definir um conjunto de programações estratégieas do ponto de vista do
planejamento das polítieas públicas.
Assim como tem ocorrido nos últimos anos, o Exeeutivo enviou o PLDO ao
Congresso Nacional sem eleger programas e ações como prioritários para a elaboração e
execução orçamentária. O texto original do PLDO 2016 dispõe que as prioridades e metas da
adminis tração pública federal para 2016 serão estabe lecidas na Lei do Plano Plurianual 2016-
2019.
Entendendo inadequada essa omissão, a CMO, por meio do Parecer Preliminar do
PLDO 2016, decidiu acatar emendas específicas com o objetivo de eompor anexo próprio
(Anexo VII). contemplando as prioridades quanto a programas , ações e respectivas metas ,
para a elaboração e execução do orçamento de 2016.
Foram apresentadas 730 emendas ao Anexo VII, sendo 34 de bancada estadual;
86 de comissão e 610 emendas individuais.
O acatamento das emendas levou em consideração o disposto no Item 2.4 do
Parecer Preliminar. Deu-se, em observância àquele Parecer, especial atenção às emendas
coletivas; às emendas individuais que poderiam ser acolhidas em substit uição às emendas de
baneada não apresentadas; e às emendas individuais relacionadas a ações às quais se propôs
maior número de emendas.
Também foi dada especial atenção a áreas que sofrem com a falta de
investimentos, tais como Educação, Saúde, Transportes e Segurança Pública, visto que a
baixa destinação de recursos para investimentos estratégicos tem prejudicado o
desenvo lvimento econômico e social do País. Aliás, foi essa a intenção que as emen das
demonstraram.
Além da criação do referido Anexo de Metas e Prioridades, o Substitutivo
pretendeu corrigir uma assimetria hoje identificada quanto à distribuição de prerrogativas
entre Legislativo e Execut ivo.
Especificamente quanto ao PAC. o Legislativo tem referendado, até o momento,
na LDO e na LOA, um conjunto de disposições que, na prática, criam uma blindagem à sua
participação no processo decisório dos investimentos públicos mais relevantes do país.
Ou seja. no atua l modelo, a definição das obras estruturantes fica concentrada no
Executivo. O texto da LOA delega àquele Poder amplíssima margem de remanejamento dos
valores das obras do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, o que permite
suplementações por decreto com valores despro porcionais aos aprovados. ~
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morta ano após ano nas leis orçamentárias. Apenas para as programações decorrentes das
emendas individuais foi feita reserva (R$ 4,9 bilhões), em virtude do orçamento impositivo.
Em razão disso, atendend o ao pleito praticamente unânime dos nobres pares
congressistas, estamos propondo medidas que ponham fim a esse lamentável quadro. A
exemplo da LDü 2015, nosso Substitutivo traz Seção destinada à regulament ação do
orçamento impositivo. Sob a denominação "Do Regime de Execução das Programações
Incluídas ou Acrescidas por Emendas Parlamentares" , passa a ser constituída de três
Subseções:
a) Subseção I - Das ormas Gerais;
b) Subseção 11 - Das Programações Incluídas ou Acrescidas por Emendas
Individuais; e
c) Subseção III - Das Programações Incluídas ou Acrescidas por Emendas de
Bancada Estadual.
Sob o título das "normas gerais" foram abrigadas as regras aplicáveis às
programações decorrentes de emendas individuais ou de emendas de bancad a estadual. Por
sua generalidade e intenção principiológica, o normativo pretende orientar os gestores
públicos sobre a execuçã o compulsória das programações decorrentes de ambos os tipos de
emendas.
Na Subseção 11 foram consolidadas as normas que se aplicam exclusivamente às
emendas individuais, definindo-se minimamente os procedimentos e os limites de exec ução.
Enfim, na Subseção III vieram as inovadoras regras aplicáveis às programações
incluídas ou acrescidas por meio de emendas de bancada. Nesse caso especí fico, apesar de
nos apropriarmos da maioria das regras já conhecid as aplicáveis às programaç ões de emendas
individuai s, tomamos diversas cautelas para evitar possíveis abusos em relação às emendas de
bancada.
Assim, estamos prevendo que somente se enquadram no conceito de
obrigatoriedade as programações relativas a emendas de bancada que abranjam obras ou
empreendim entos estruturantes já iniciados ou com projeto exec utivo aprovado.
Por outro lado, uma vez iniciada a exec ução de programação deco rrente de
emenda coletiva, a bancada autora da emenda deverá obrigatoriamente destinar recursos, a
cada ano, para o mesmo empreendim ento, até sua conclusão.
Estamos também prevendo um limite orçamentário para tais programações, em
consonância com o que se estabeleceu para as emendas individuais, considerando que o
Congresso Nacional também participa do esforço pelo ajuste nas contas públicas. Assim,
embora não estipule limite financeiro à participação legislativa no aj uste do projeto de lei
orçamentária, para efeito de obrigatoriedade de execução das programaçõe s decorrentesl
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emendas de bancada. estamos propondo um teto de 0,8% (oito décimos por cento) da receita
corrente líquida,
Sendo assim, na expectativa de que o Congresso Nacional possa participar, de
fato, da aprovação das políticas públicas e do direcio namento dos respectivo s recursos,
solicitamos o apoio dos nobres pares nessa empreitada.
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para Transfe rências Voluntárias - CAUC, ressalvadas as ex igê ncias contidas em lei
complementar, sendo dispensado para os municípios inclusos no programa Territórios de
Cidadania.
Também volta a integrar a LDO determinação para que o concedente comunique
ao convenente quaisquer irregularidade s decorrente s do uso dos recursos ou outras pendências
de ordem técnica. Suspensa a liberação dos recursos, é lixado o prazo de até 45 (quarenta e
cinco) dias para saneamento ou apresentação de informações e esclarecimentos, que pode ser
prorrogado por igual período.
Deliniram-se obras e serviços de engenhari a de pequeno valor como aquel as
apoiadas Iinanceiramente por contrato s de repasse cujo valor a ser repassado seja inferior a
R$ 1.000.000,00, as quais contarão com os seguintes procedimentos simplificados:
a) liberação dos recursos pela concedente na conta vinculada do convênio ou
contrato, de acordo com o cronograma de desembolso e em no máximo três
parcelas de valores correspondentes a 50% (cinquent a por cento), 30% (trinta
por cento) e 20% (vinte por cento) do valor total a ser repassado pela União,
respectivamente ;
b) desbloqueio de recursos após apresentação do relatório de execu ção de cada
etapa do objeto do convênio ou contrato de repasse devidamente atestada pela
fiscalização do convenente ; e
c) afe rição, pelo concede nte, da execução do objeto do convênio ou contrato de
repasse após o recebiment o da documentação descrita no inciso anterior,
mediante visita aos locais das intervenções, nas medições que apresentarem
execução física acumulada de 50% (cinquenta por cento), 80% (oitenta por
cento) e 100% (cem por cento) do objeto do contrato de repasse.
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Relat ório do Projeto de Lei nO1, de 2015/C N - PLDO 20 16
o PLDO 20 16 previu novas regras para conte r o cresc imento das despesas
relativas a aumentos de remunerações e provimento de cargos. A ausência de parâmetros
específicos nas LDOs anteriores provocou conflito institucional quanto ao reajuste da
remuneração dos membros e servidores dos Poderes Legislativo, Judiciário e do Ministério
Público da União.
Entendemos pertinente o estabelecimento de regras para redução a respeito do
crescimento das despesas com pessoal. Porém, com o pequeno lapso de tempo disponível para
discutir matéria de tão largo alcance , optamos nesse momento por manter as regras já
incluídas nas LDOs anterio res, com base na LRF, e que já permitem a fixação de limites de
comprometimen to das despesas com pessoal.
Resgatamos também no Substitutivo dispo sitivo constante da LDO 2015 prevendo
que projetos de lei e medidas provisórias que criarem cargos, empregos ou funções a serem
providos após o exercício em que forem editados deverão conter cláusula suspensiva de sua
eficácia até constar a autorização e dotação em anexo da lei orçamentária correspo ndente ao
exercício em que forem providos. Deste modo. não será autori zado o provimento ou a
contratação enquanto não publicada a respectiva lei orçamentária com dotação suficiente.
Contemplando a demanda apresentada em várias emendas, no art. 89. o
Substitutivo recupera outro dispos itivo da LDO 20 15, a fim de possib ilitar o reajuste dos
benefic ios aos serv idores, desde que limitado à variação, no exercício de 2015, do Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA - do IBGE.
Outra alteração promovida diz respeito à exclu são do cômputo das despesas com
pessoal toda e qua lquer indenização ao servidor ou empregado que não tenha caráter
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trabalhista. Por fim. no intuito de conferir maior transpa rência às informações físi cas e
remuneratórias de pessoal e benefícios, alteramos os artigos 73, 83 e 87 do I'LDO,
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consonância com as discussões realizadas em grupo de traba lho com representantes de todos
os Poderes .
No Capitulo que trata das disposições sobre a fiscalização pelo Poder Legislativo,
realçamos em nosso Substituti vo o papel da Com issão Mista no acompanhamento e co ntrole
da política e da gestão fiscal, com o auxílio do Tribunal de Contas da União - TC U.
Conforme dispõe a Resolução n" 1/2006 do Congresso Nacional, compete à CMO
emitir parecer e deliberar sobre os documentos pertinentes ao acompanhamento e fiscali zação
da execução orçamentária e financeira e da gestão fiscal, a saber: relatórios de gestão fiscal,
relatórios referentes aos atos de limitação de empenho e pagamento e aqueles relacionados ao
cumprimento de metas .
Ainda nesse sentido, ressalta- se a importância do auxílio prestado ao Congresso
Nacional pelo TCU. O aperfeiçoamento do processo de auditoria e verificação das obras e
serviços com indícios de irregularidades graves é exemplo de com o o trabalho conjunto da
CMO com os órgãos de controle externo pode produzir result ados positivos do ponto de vista
da gestão pública. Nesse sentido. mantivemos as disposições que já constaram da LDO 2015 ,
replicadas no PLDO 2016 e que, de certa forma. encontram-se estabilizadas .
Nos termo s do § 1° do art . 59 da LRF, cabe aos Tribunais de Contas fiscalizar
situações que possam comprometer o atingimento das metas fiscais. Por falta de
regulamentação, essa análise por parte do Te U encontra-se atualmente concentrada no
parecer prévio de apreciação das contas apresentadas anualmente pelo Presidente da
República.
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13. Transparência
o Substitutivo
buscou também aperfeiçoar as dispo sições acerca das entidades
constituídas sob a forma de serviço social autônomo, acolhendo emenda que propõe maior
harmonização dos procedimentos à sua estrutura j urídica.
Adicionou-se também a obrigatoriedade de que os órgãos referidos no art. 54 da
Lei de Responsabilidade Fiscal encami nhem os relatórios de gestão fiscal somen te ao TCU
para consolidação e análise, a fim de evitar a duplicidade de envio de tais documentos, que
também incluía o Poder Legislativo, nos termos da Lei n" 10.028/2000 . Assim, o Tribunal,
depois de consolidar as informações, encaminhará um relatório final ao Congresso Nacional,
o qual possibilitará uma análise mais objetiva e tempestiva dos relatórios de gestão
apresentados.
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11. V OT O
RICARDO OBAL DO
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Relator do PU 02016
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