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Resumo da pesquisa
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Organizações do Terceiro Setor 141
Governo e autarquias 81
Negócios Sociais 37
Não sei 9
Entendemos que essa distribuição se dá por São Paulo ter sido a origem da publicação
e lembramos que essa foi uma pesquisa aberta em redes sociais sem a pretensão de
atingir uma representatividade estatística do Brasil, mas sim unir respostas sobre a área
de forma voluntária e espontânea.
Quando avaliamos o conjunto das respostas é interessante observar no quadro abaixo as
diferentes percepções sobre a gestão e a execução dos projetos sociais. Ambas as
perguntas foram feitas abertas, ou seja, as pessoas podiam responder o que queriam e
da forma como queriam.
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Principais desafios...
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vem de 20 anos de prática, mas não se configuram uma percepção científica e sim um
convite para que troquemos com outras organizações para aprendermos com os erros
e encontros que outros já tiveram.
Hoje em dia, há métodos referenciados de gestão que nos permitem manter o tripé de
equilíbrio de um projeto e esses estão disponíveis e muitos com acesso gratuito a um
gestor. Manter o equilíbrio do projeto pode ser um caminho para nos precavermos desse
desafio. A figura abaixo representa o tripé de equilíbrio de um projeto e mostra que ao
mudar um foco é nossa obrigação, como gestores, ponderar sobre os outros dois. Ou
seja, se diminuir custo/orçamento, o que fazer com o escopo e o tempo? Por outro lado,
se aumentar o escopo, será possível com o mesmo custo e tempo?
Quando conseguimos manter esse equilíbrio temos como vantagens manter o foco nos
objetivos e resultados esperados e estabelecer e acompanhar o cronograma e orçamento
com maior efetividade.
Para minimizar desencontros nesse equilíbrio, é preciso se atentar a uma boa
comunicação e manter clareza nos papéis e nas atribuições de cada um.
Buscar uma prática ou uma metodologia que apoie a gestão é sempre importante. O
que nos levou a perguntar, na pesquisa, se existiam nas organizações práticas de
projetos e 71% respondeu que sim. O que é muito bom, mas que representa também
que 25% não tem e 4% não sabe. Ou seja, ainda há muito a uniformizar e compartilhar
entre nós todos na gestão das organizações.
E precisamos ouvir quando, entre os 71% que afirmaram ter práticas, esses nos dizem
que há pontos em que se ganha ao se adotar práticas de gestão. A figura abaixo mostra
os principais benefícios de se ter práticas em gestão de projetos nas organizações.
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Gráfico 1. Benefícios da adoção de práticas na gestão
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Recursos Aspectos relacionados aos times de execução de projetos e seus
Humanos pares na organização
Para ler esse gráfico, precisamos primeiro compreender que acima, na tabela 1, os
resultados foram apresentados por número maior de respostas individuais e a partir
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desse momento no texto falaremos de um conjunto de respostas no mesmo tema. A
tabela abaixo mostra o agrupamento das respostas por áreas de conhecimento do PMI.
Comunicação Partes interessadas
Abrangência da comunicação Alinhamento e apoio da alta direção
Articulação de redes Gestão do financiador/cliente
Comunicação Gestão dos atores internos da organização
Comunicação clara/transparência Gestão e ações participativas
Comunicação com as partes interessadas Mobilização e engajamento dos diversos públicos
Elaboração e gestão de relatórios Relacionamento com a comunidade/público do projeto
Gestão do conhecimento Relacionamento com o governo
Cronograma (tempo) Qualidade
Ausência do prazo para o planejamento Atratividade de projetos apresentados
Gestão do curto e longo prazo Avaliação de resultados e impactos do projeto
Gestão e controle do cronograma Entrega de resultados efetivos
Viabilidade dos prazos Planejamento de resultado e impacto (indicadores)
Escopo Recursos Humanos
Ampliação do escopo Comprometimento e motivação dos profissionais de execução
Continuidade das ações Gestão das pessoas na organização (relacionamento e integração)
Escopo versus abrangência de atuação Maior autonomia para a equipe técnica
Gestão do escopo e mudanças Possibilidades de aprendizado estruturado
Planejamento do escopo Qualificação da gestão para os temas pertinentes
Integração Qualificação dos profissionais da área
Alinhamento com a estratégia da organização Recursos Humanos
Elaboração do projeto e plano de ação Remuneração e valorização dos profissionais
Faltam ferramentas e/ou de tecnologia Tamanho e rotatividade das equipes de execução
Gestão integrada e clara das atividades e resultados Voluntariado
Monitoramento do projeto Riscos
Cultura de monitoramento e avaliação fortalecida Gerenciar riscos e imprevistos
Orçamento Gestão de prioridadades
Captação de recursos Mapeamento inicial de riscos
Carga tributária Aquisições
Disponibilidade de recursos Gestão de parcerias
Editais e concorrências de projetos Outros
Elaboração do orçamento Credibilidade do setor de projetos sociais
Gestão e controle do orçamento Falta de ética na condução de projetos sociais
Prestação de contas Falta de inovação na área
Gestão mais simplificada
Gestão simplificada
Ter uma etapa estruturada de diagnóstico para elaboração de projetos
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2%
Riscos 2%
3%
9%
Recursos Humanos 20%
17%
14%
Qualidade 9%
14%
13%
Partes interessadas 13%
9%
3%
Outros 3%
5%
5%
Orçamento 12%
16%
35%
Integração 13%
20%
4%
Escopo 7%
4%
3%
Cronograma (tempo) 11%
6%
11%
Comunicação 8%
6%
2%
Aquisições 3%
2%
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percepção e não evidência. Orçamento também ganha maior destaque, o que parece
se alinhar, inclusive, com as principais respostas analisadas individualmente.
A integração de projetos é onde há, segundo a pesquisa, a maior concentração de
práticas. Planejar, acompanhar e avaliar o projeto são ações para as quais contamos com
diversos métodos, de fato.
Um ponto que chama a atenção é o quanto a análise de riscos ficou diminuída no cenário
da pesquisa, mesmo sendo essa a análise que nos permitirá, no decorrer de um projeto,
estar atentos e prontos aos obstáculos que por ventura venham a ocorrer.
Para finalizar esse documento, além do convite para que leiam a pesquisa toda, analisem
como estão frente ao tema, deixamos abaixo algumas das conclusões e inspirações que
nos vieram ao nos deparar com os resultados. São reflexões para que possamos nos
fortalecer como setor e para que nossos projetos sejam fortalecidos nesse contexto:
A gestão de projetos é sim um grande desafio, principalmente no que diz respeito
a integração das ações, mais especificamente no monitoramento e na clareza dos
pacotes de trabalho;
A comunicação para fora, com os diversos públicos, também merece atenção e
discussões nas organizações. Engajar pessoas é um tema a se estudar e
aprimorar (principalmente no que tange ao público-alvo);
A gestão de pessoas também representa um processo desafiador, em que se
destaca a falta de qualificação de profissionais da área;
Cronograma e orçamento ainda são desafios na gestão do dia-a-dia... E a
disponibilidade de recursos, uma constante em citações;
Controlar escopo também é uma oportunidade de melhoria da rotina da gestão;
A análise de riscos poderia estar mais inserida na rotina da gestão e ganhar mais
destaque como prevenção de problemas de execução;
A qualidade ainda é um tema a ser mais explorado e planejar resultados ainda
não é uma prática forte;
É um ponto de atenção significativo vir espontaneamente, em respostas abertas
no campo outros, a percepção da necessidade de um diagnóstico prévio às ações;
Ética, também nos chamou atenção, pois se é preceito básico desse setor, não
poderia aparecer como falta;
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A adoção de métodos e práticas trouxeram, sim, benefícios perceptíveis para
quem as adotou;
Há muitas práticas adotadas na integração do projeto, no entanto, não são tantas
para a gestão de pessoas, que é apontada como um dos principais desafios.
Referências bibliográficas
BARROS NETO, J. P. Teorias da Administração. Rio de Janeiro. Editora Qualitymark, 2002.
CAMPOS, A.M.C, ABEGÃO, L.H., DELAMARO, M.C. O Planejamento de Projetos Sociais: dicas,
técnicas e metodologias. Sem data.
MARINO, E. Manual de avaliação de projetos sociais. São Paulo: Saraiva e Instituto Ayrton Senna, 2003.
PMD Pro1. Guia para o PMD Pro1: Gerenciamento de Projetos para Profissionais de
Desenvolvimento - Nível 1. 2010.
www.pmi.org
http://www.theoryofchange.org
www.pm4ngos.org
http://communitaria.com.br/gestor-de-projetos-um-eterno-estudante/
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