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Os objetivos principais do tratamento são: controlar os sintomas, manter a capacidade funcional e melhorar e manter o quanto for possível a qualidade de vida dos pacientes.
Classe Fármacos Mecanismo Quando Usar Doses Apresentações Disponíveis Efeitos Efeitos
de Ação no BR Colaterais
Precursor da Levodopa É a mais Sempre que os Inicial: 50-125 mg em > Liberação convencional: Hipotensão, Evidentes
dopamina importante outros pelo menos 3 tomadas - Levodopa + Carbidopa: náuseas, sobre a
para o antiparkinsonianos ao dia (cedo, no meio 250/25mg (Carbidol, vômitos, delírios, bradicinesia,
tratamento não são capazes de do dia e à tarde)& Parkidopa)* falta de controle a rigidez e
da doença, controlar de - Levodopa + Benserazida: de impulsos, são menos
por ter efeito maneira eficiente Manutenção: pode ser 200/50mg (Prolopa, Ekson) discinesia... previsíveis
“similar”$ a os sintomas tomada em intervalos de - Levodopa + Benserazida: sobre os
dopamina parkinsonianos, ou até 90 a 120 minutos 100/50mg (Prolopa BD) tremores
endógena. não são capazes de (fases intermediária e
melhorar avançada da DP usam > Liberação lenta:
satisfatoriamente a entre 450 a 800mg/dia, - Levodopa + Benserazida:
capacidade mas pode ser usado até 100/50mg (Prolopa HBS)
funcional do 1200-1600mg por dia#) - Levodopa + Cardiodopa +
paciente. Entacapona: 50/12,5/200 mg;
100/25/200 mg; 150/37,5/200
mg (Stalevo)
Ray Almeida
TRATAMENTO FARMACOLOGICO DA DOENÇA DE PARKINSON
Os objetivos principais do tratamento são: controlar os sintomas, manter a capacidade funcional e melhorar e manter o quanto for possível a qualidade de vida dos pacientes.
Todas as outras drogas utilizadas para tratar os sintomas motores da DP, apresentam potência terapêutica inferior à da Levodopa. Assim, elas são utilizadas em monoterapia nas fases
iniciais da doença ou como coadjuvantes ao tratamento com a Levodopa. Nas fases avançadas elas são indicadas com o objetivo de reduzir as doses de Levodopa, especialmente quando o
paciente apresenta discinesias, ou com a finalidade de ajudar a reduzir os períodos em “estado OFF” do paciente.
Ray Almeida
TRATAMENTO FARMACOLOGICO DA DOENÇA DE PARKINSON
Classe Fármacos Mecanismo Quando Usar Doses Apresentações Efeitos Efeitos
de Ação Disponíveis no BR Colaterais
Inibidores da - Selegilina# Diminuem a Eficazes tanto > Selegilina: > Selegilina: Insônia, É evidente, porém
MAO B degradação de em - Dose máxima de 10mg pela - Comp. de 5 mg hipotensão mais discreto e
- Rasagilina& dopamina, monoterapia manhã, ou 5mg cedo e no almoço. postural variável que dos
aumentando a quanto > Rasagilina: AD.
$ > Rasagilina: - Comp. de 1 mg
- Safinamida sua associados à
- 1mg/d pela manhã.
concentração Levodopa. > Safinamida: Efeito anti-
na fenda > Safinamida: - Comp. revestidos: parkinsoniano
sináptica. - 50 a 100mg/d. 50 e 100 mg discreto
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OBSERVAÇÕES: A Selegilina tem um catabolismo leva à produção de derivados anfetamínicos, o que explica um dos seus principais efeitos adversos que é a insônia. Devido a
produção desses derivados anfetamínicos é recomendado uso cauteloso em pacientes cardiopatas.
&
A Rasagilina não apresenta no seu catabolismo a produção de derivados anfetamínicos, dessa forma, possui a vantagem de produzir menos efeitos colaterais dos
tipos: hipotensão postural e insônia.
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A safinamida é um inibidor reversível da MAO B que foi recentemente introduzida no arsenal terapêutico da DP. Está indicada para ser utilizada em associação a
outras drogas antiparkinsonianas, em pacientes em fases mais avançadas da doença que apresentam complicações motoras. Sua eficácia consiste em diminuir os
períodos “off” sem piorar as discinesias problemáticas. Ela não é utilizada em monoterapia nas fases iniciais da doença.
Ray Almeida
TRATAMENTO FARMACOLOGICO DA DOENÇA DE PARKINSON
Classe Fármacos Mecanismo de Ação Quando Usar Doses Apresentações Efeitos Efeitos
Disponíveis no BR Colaterais
Várias Amantadina$ Mecanismo de ação não Ela pode ser indicada - Inicial: 100 mg - Comp. 100 mg Os principais são: Melhora leve na
Ações é bem conhecido, mas nas fases iniciais da 2x/d; após 1 semana, insônia, livedo bradicinesia, rigidez
atribuiu-se sua ação doença. pode aumentar com reticulares, edema e tremores.
anti-parkinsoniana ao base na resposta e de MMII e
aumento de liberação e Por causa da sua ação tolerabilidade. Máx. sintomas devido Efeito anti-
redução na receptação anti-glutamatérgica, é usual de 300 mg/d; aos seus efeitos parkinsoniano é
de dopamina, a uma mais utilizada para anticolinérgicos discreto.
reduzir as discinesias - Alguns pacientes
ação dopaminérgica e (constipação,
causadas pelo Levodopa com discinesias podem
anticolinérgica. retenção urinária, Ótimo para reduzir
nas fases mais requerer até 400 mg/d
Também possui ação ↓memória, discinesias induzidas
avançadas da doença. divididas em 2-4x/d
antiglutamatérgica. alucinações, etc). pela levodopa.
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OBSERVAÇÕES: Uma substância utilizada no passado como antiviral e cujo efeito antiparkinsoniano foi descoberto por acaso. Ela é uma das drogas mais antigas utilizadas para o
tratamento da DP.
- A amantadina não é metabolizada e é eliminada exclusivamente pela urina, tem uma meia-vida muito longa (>10 horas) e a dose utilizada deve ser reduzida em
pacientes com problemas renais.
- A descontinuação da Amantadina deve sempre ser realizada gradualmente, exceto em condições excepcionais.
Ray Almeida
TRATAMENTO FARMACOLOGICO DA DOENÇA DE PARKINSON
SITUAÇÕES - No caso de surgimento de sintomas psicóticos, os pacientes devem ter seu esquema terapêutico revisado e algumas drogas anti-parkinsonianas devem
DIVERSAS: ser retiradas, seguindo essa ordem recomendada: primeiro anticolinérgicos, a seguir Amantadina, inibidores da MAO B, AD, inibidores da COMT e
por último a Levodopa.
- Certos problemas motores como os distúrbios de marcha, o desequilíbrio, as alterações da fala e da deglutição não respondem bem ao tratamento com
as drogas dopaminérgicas e nem a outras drogas.
- O tratamento neuroprotetor seria aquele destinado a paralisar ou lentificar o processo neurodegenerativo que causa a morte das células nervosas na
DP. Contudo, não há ainda resultados que confiram a qualquer droga a capacidade de agente neuroprotetor na DP, porém é bem possível que o
tratamento farmacológico do futuro seja baseado na utilização de drogas neuroprotetoras eficientes prescritas em fases muito precoces do processo
degenerativo.
Ray Almeida