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Antiparkinsonianos

Prof. Dr. José Marcos Melo


Parkinson
✔ O Mal de Parkinson, é um transtorno que afeta os neurônios dopaminérgicos que passam a não
funcionar adequadamente (morte e perda de funcionalidade).
✔ A medida que vão aparecendo os sintomas, as pessoas podem ter dificuldades para caminhar ou fazer
trabalhos simples.
✔ Também podem ter problemas como depressão, transtorno do sono, dificuldades para mastigar e/ou
falar.
✔ Geralmente, o início da doença ocorre a partir dos 60 anos.
✔ É mais comum em homens do que em mulheres.
✔ Não há cura para o Parkinson, apenas tratamento para prolongar e melhorar a vida do paciente.
Antiparkinsonianos

• Os medicamentos antiparkinsonianos aliviam os sintomas e melhora qualidade de vida.

• O tratamento farmacológico é uma tarefa complexa e dinâmica, devido as características da doença que
é crônica e progressiva.

• Novos sintomas vão surgindo juntamente com efeitos secundários dos medicamentos.

• No início do tratamento busca-se manter a autonomia e independência do paciente.

• Porém, problemas derivados dos fármacos poderão aparecer: alterações psiquiátricas e motoras.
Sintomas

Se manifestam quando cerca de 80% da atividade dopaminérgica está diminuida:


• Tremor das mãos, braços, pernas, mandíbula e face.
• Rigidez nos braços, pernas e tronco.
• Lentidão nos movimentos.
• Problemas de equilíbrio e coordenação.
Tratamento

• Na atualidade o tratamento é paliativo e preventivo, já que até o momento não existe cura para
o Parkinson.

• Se pretende aumentar os níveis de DA ou estimular os receptores dopaminérgicos.


Objetivos do Tratamento
1. Diminuir e evitar o aumento progressivo da enfermidade (neuroproteção).

2.Oferecer o melhor tratamento sintomático disponível, considerando a necessidade de reduzir o risco de


complicações motoras

3. Minimizar os efeitos adversos do tratamento medicamentoso.

4. Estimular medidas não-farmacológicas que ajudem no controle dos sintomas (atividade física).

5. Educar sobre os aspectos relevantes da enfermidade


LEVODOPA
PRECURSORES LEVODOPA + CARBIDOPA
SINTÉTICOS DA LEVODOPA + BENSERAZIDA
DOPAMINA (LEVODOPA)

BROMOCRIPTINA PRAMIPEXOL
LISURIDA ROPIRINOL
AGONISTAS PERGOLIDA APORMORFINA
DOPAMINERGICO CABERGOLIDA

AMANTADINA
LIBERADORES
ANTIPARKINSONIANOS PRESINAPTICOS DE
DOPAMINA

BIPERIDENO
ANTICOLINERGICOS DE TRIHEXIFENIDILO
AÇÃO CENTRAL TIOXANTENO
PROCICLIDINA

SELEGILINA
INIBIDORES DA
TOLCAPONE
MONOAMINOOXIDASE B
(IMAO-B) e INIBIDORES ENTACAPONE
DA COMT
PRECURSOR DA DOPAMINA
- Levodopa – É o agente mais eficaz par o tratamento da DP - Inerte - Necessita da Descarboxilação.

• Mecanismo de Ação
- Precursor da DA – DA atua em receptores D1 e D2 estriado
- DA liberada pode ser recaptada e armazenada (antes de sofrer ação da MAO e COMT)

Efeitos podem exceder


a meia-vida
PRECURSOR DA DOPAMINA
• Farmacocinética
- Absorção – sistema de transporte ativo de aminoácidos no Intestino delgado – competição??

Administração com refeições retarda a absorção e


concentrações plasmáticas máximas.
Taxa de absorção :
- esvaziamento gástrico e pH
- Meia vida, nível máx 0,5 a 2 h
PRECURSOR DA DOPAMINA

Distribuição
-Transportadores de aminoácidos na BHE.

Vasos sanguíneos no cérebro

Biotransformação periférica Neurônios

-DOPA-descarboxilase
- COMT e MAO
-1% SNC
PRECURSOR DA DOPAMINA
Efeitos Adversos Agudos da Terapia com Levodopa

- Náuseas e anorexia - metabolismo periférico – gatilho do vômito

- Hipotensão ortostática (descarboxilação periférica – R dopaminérgico vasculares)

- Arritmias cardíacas (catecolaminas perif.).

- Efeitos centrais – delírios e alucinaçãos idéias paranóides, psicoses (níveis dopamina – sintomas
semelhante a esquizofrenia).
PRECURSOR DA DOPAMINA
Efeitos Adversos uso crônico da Levodopa
- Estágios iniciais: efeitos sintomáticos benéficos acentuados

- Após algum tempo de terapia com levodopa essa capacidade é perdida

- Discinesias (sintomas motores flutuantes, adm a cada 2h)

- Fenômeno “on-off”

- Interação: IMAO inespecífico - fenelzina, tranilcipromina – crise hipertensiva grave


INIBIDORES DA DOPA DESCARBOXILASE PERIFÉRICOS

- Levodopa + Carbidopa – SINEMET® (250 +25mg),CRONOMET® (200+50mg)


- Levodopa + Benzerazida (+ potente) - PROLOPA® (200+50 ou 100+25mg)

Mecanismo de Ação
- Não atravessam a BHE
-Inibem a enzima DOPA-descarboxilase periférica impedindo a
transformação de L-dopa em dopamina
-Aumenta os níveis de levodopa que atingem o SNC
-Reduzem os efeitos colaterais periféricos produzidos pela L-DOPA
AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS
•Mecanismo de ação – Agonistas diretos R dopamina estriado.
Todos os agentes são bem absorvidos por via oral.

• Derivados do Ergot
- Bromocriptina - Parlodel® (2,5 ou 5mg –liberação lenta), Bagren® (2,5mg)
(agonista D2 e antagonista parcial D1)

- Pergolida - Celance® (0,05/0,25 e 1 mg) (+potente)


(agonista D2 e D1- t1/2 longo)
- Iniciar tratamento com doses baixas – hipotênão ortostática.
AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS
Efeitos adversos

• Náuseas e vômitos
- Hipotensão ortostática
• Discinesias
• Alucinações, psicoses e confusão mental
Vantagens sobre a levodopaterapia:
✔ Não necessita conversão enzimática para ação (estágios avançados doença)
✔ Seletividade relativa aos receptores dopaminérgicos
✔ Não sofrem competição no transposte (TGI e BHE)
✔ Meia vida mais longa / Controle das flutuações motoras
✔ Eficaz em pacientes que já desenvolveram fênomeno “on-off” com levodopaterapia
✔ Metabolismo não gera radicais livres ou metabolitos tóxicos
Desvantagens:
✔ Menor eficácia na reversão do parkinsonismo;
✔ Aumenta incidência de distúrbios psiquiátricos associados a L-dopa
INIBIDORES DA MAO-B

- Selegilina - Niar®, Deprilan® (5mg)


- Rasagilina - Azilect ® (1mg 1 x dia)

Mecanismo de ação: Inibem seletivamente a MAO-B


retarda a degradação da dopamina no estriado;

- Propriedades Neuroproteroras ?
- Não inibe o metabolismo periférico das catecolaminas
(associação com levodopa).
INIBIDORES DA MAO-B

- Efeito modesto em pacientes com Doença de Parkinson inicial e leve.


- Pacientes com DP mais avançada - pode acentuar os efeitos motores e cognitivos adversos da Levodopa;

Efeitos adversos
- Metabólitos: Anfetamina e Metanfetamina: Ansiedade e Insônia, confusão mental;

Estimulam a liberação e bloqueiam a recaptação das aminas – potencializam ação dopaminérgica


INIBIDORES DA COMT

- Tolcapone - Tasmar® (100 e 200mg)


Ambos são bem absorvidos por via oral
- Entacapone - Comtan ® (200mg)

• Mecanismo de ação
Bloqueio da conversão periférica e/ou central da L-DOPA em
3-O-metil-DOPA
• Aumento da fração que atinge SNC
• Aumento da meia-vida plasmática da levodopa – menor
frequência doses
• Prolongam a resposta e diminuem flutuações da L-dopa
INIBIDORES DA COMT

- Efeitos modestos
- Utilizados em pacientes em estágios iniciais da doença e com Doença de Parkinson leve
- Tratamento das flutuações com L-dopa on-off

Efeitos adversos comuns: semelhante ao da levodopaterapia náuseas, hipotensão ortostática,


sonhos vívidos, alucinações e confusão
Periférico Cérebro

BHE
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES MUSCARÍNICOS
(ANTICOLINÉRGICOS DE AÇÃO CENTRAL)
- Primeira classe de Drogas utilizadas para DP;
- Biperideno - Akineton® - Melhora principalmente do tremor e em parte a rigidez;
- Pouca melhora da bradicinesia;
- Trihexafenidila - Artane ®
Interneurônios
Na DP – redução níveis DA Aumento
colinérgicos – inibidos
nos níveis de acetilcolina
pela DA
Efeito excitatório sobre
neurônios GABA
Inibição da via tálamo-córtex acinesias

Efeitos adversos – R muscarínicos

- Midríase com visão turva


- Boca seca
- Taquicardia
- Hipotensão postural
- Constipação
- Retenção urinária
- Confusão mental
AMANTADINA
- Amantadina - Mantidan® (100mg)
- Memantina – Akatinol (10mg)
- Antiviral
Efeitos adversos
- Efeitos antiparkinsonianos moderados na fase inicial - Alucinações visuais e auditivas;
- T1/2 longo - Agitação psicomotora
- Insônia
- - Tratamento das flutuações com L-dopa - Diminui o limiar convulsivo
- Efeitos anticolinérgicos

• Mecanismo de ação
• Alteração da liberação e recaptação da dopamina
• Propriedades anticolinérgicas (inibe liberação estriatal de Ach)
• Agonista parcial glutamatérgico (NMDA)

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