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Antiparkinsonianos

Disciplina: SOI V
Curso: Medicina
Profª. Dra. Áurea Welter
Vias da Dopaminérgicas

Via Nigro-estriatal

Doença de
Parkinson
DOPAMINA
Atua em receptores D1, D2, D3, D4 e D5
- metabotrópicos acoplados proteína G= abrem canais de Ca2+)

Estriado: D1 e D2 ⇒ controle motor


•Síntese da dopamina= ocorre a partir da tirosina
Principais rotas de
transporte da
dopamina na sinapse
dopaminérgica
MAO B

COMT= Catecol-O-metiltransferase
MAO-B= Monoamino oxidase B

DAT= Transportador de dopamina COMT


VMAT= Transportador de
monoamina vesicular
Fármacos Antiparkinsonianos

a)Precursor de dopamina

b) Anticolinérgicos

c) Inibidores seletivos da monoamino oxidase B (MAO B)

d) Agonistas dopaminérgicos

e) Inibidores da Catecol o-metiltransferase (COMT)

f) Antiglutamatérgico
- Levodopa (L-Dopa)

- Mecanismo de ação= a levodopa atravessa a BHE


onde sofre a ação da enzima DOPA-descarboxilase
convertendo-a em dopamina, ou seja, é um fármaco
precursor da dopamina.

- OBS: administrar 30 min antes ou uma hora após as


refeições → aminoácidos e levodopa competem pelo
mesmo mecanismo de transporte ativo no trato
gastrointestinal e na barreira hematoencefálica.
a) Precursor de dopamina
- A levodopa sofre a ação das enzimas em tecidos
periféricos:

- DOPA descarboxilase (AADC): enzima presente em


células de tecidos periféricos (intestino, fígado, rim),
sendo que esta descarboxila 80-90% da levodopa,
transformando-a em dopamina (promove efeitos
periféricos).

- Catecol-O-metiltransferase (COMT): enzima que em


tecidos periféricos (intestino, fígado, rim, pulmão), faz a
O-metilação da levodopa (em torno de 10% desta) para
formar 3-O-metil-dopa, composto inativo.
3-O-metil-dopa

Levodopa
Metabolismo
Periferia Dopamina da Levodopa
Barreira hematoencefálica - BHE na periferia e
SNC no SNC

Dopamina
Levodopa

AADC= DOPA-descarboxilase
COMT= Catecol-O-metiltransferase
MAO-B= Monoamino oxidase-B DOPAC
Inibidores da dopa descarboxilase:
- Carbidopa = carbidopa (50mg) + levodopa (200mg)
- Benserazida = benserazida (25mg) + levodopa (100mg)

- Não atravessam a BHE.


- Inibem a enzima DOPA-descarboxilase (AADC) em
tecidos periféricos impedindo assim a transformação da
levodopa em dopamina.
- Aumentam os níveis séricos de levodopa e
consequentemente maior quantidade chegará ao SNC,
onde, sob ação da DOPA-descarboxilase, será convertida
em dopamina.
- Há redução dos efeitos colaterais periféricos oriundos da
dopamina (como arritmia, aumento da PA).
b) Anticolinérgicos

-Triexifenidil (Artane®)

-Biperideno (Akineton®) – fármaco de escolha para


tratamento de Parkinson medicamentoso (Parkinsonismo)

Amplo emprego antes da descoberta da levodopa.

Mecanismo de ação= competem com a acetilcolina pelos


receptores muscarínicos (M1) no SNC, bloqueando-os →
dessa forma, há redução na atividade colinérgica no estriado.
c) Inibidores seletivos monoamino oxidase B
-Selegilina (Niar®)
-Rasagilina (Azilect®)
Mecanismo de ação= inibem de forma irreversível da
enzima MAO B, logo reduz a degradação da dopamina na
terminações nervosas dopaminérgicas pré-sinápticas e,
dessa forma, quando houver uma alteração no potencial
de membrana destas, será exocitada maior quantidade de
dopamina.
d) Agonistas dopaminérgicos
-Mesilato de Pergolida (Celance®)= agonista D2
-Dicloridrato de Pramipexol (Sifrol®)= agonista D2
- Mesilato de Bromocriptina (Parlodel®)= agonista D2
- Rotigotina (Neupro® - adesivo transdérmico)= agonista D2

Mecanismo de ação= se ligam aos receptores pós-sinápticos D2 e


mimetizam a ação da dopamina.
Possuem meia-vida maior que a levodopa, o que reduz a incidência
de complicações motoras, como flutuações e discinesias.
e) Inibidores da Catecol O-metiltransferase
-Tolcapona (Tasmar®) = 100 e 200 mg
-Entacapona (Comtan®) = 200 mg
Stalevo® =associação de entacapona + levodopa + carbidopa
Stalevo®50= 12.5mg carbidopa, 50mg levodopa e 200mg entacapona
Stalevo®75= 18.75mg carbidopa, 75mg levodopa e 200mg entacapona
Catecol o-metiltransferase (COMT) → enzima presente na fenda
sináptica bem como em tecidos periféricos:
❖ em tecidos periféricos (intestino, fígado, rim, pulmão) a COMT
faz a O- metilação da levodopa administrada (em torno de 10%
desta) para formar 3-O-metil-dopa, composto inativo.
❖na fenda sináptica a COMT é responsável pela O- metilação da
dopamina para formar 3-Metoxitiramina, composto inativo.
Tolcapona=
- Mecanismo de ação = inibidor reversível da COMT periférica e
central, o que resulta, respectivamente, em ↑ a quantidade de
levodopa plasmática disponível para atravessar a BHE e ser
convertida a dopamina no SNC pela DOPA descarboxilase e ↓
degradação (catabolismo) da dopamina na fenda sináptica.

Entacapona=
-Mecanismo de ação = inibidor reversível da COMT periférica, o
que resulta em ↑ a quantidade de levodopa plasmática disponível
para atravessar a BHE e ser convertida a dopamina no SNC pela
DOPA descarboxilase.
Administração dos Inibidores da Catecol O-metiltransferase:
em associação a levodopa + carbidopa ou levodopa + benserazida
OBS:
-Inibidor da COMT não é administrado em monoterapia.
-Só se administra um inibidor da COMT em associação com a
levodopa.
-Pode haver necessidade de ajuste da dose de levodopa
(reduzir dose) quando do início da terapia com o inibidor da
COMT.
f) Antiglutamatérgico

Amantadina (Mantidan®)
⇒Antiviral – Influenza A
Mecanismo de ação:

1º - Aumenta a liberação dopamina nos gânglios da base


2º - Atividade anticolinérgica.
3º- Bloqueia receptores do glutamato, no caso o NMDA
(n-metil-d-aspartato)→ este bloqueio facilita atividade da
dopamina no estriado.
Esquema que representa os fármacos que atuam
na via dopaminérgica nigro-estriatal
FLUXOGRAMA DE
TRATAMENTO DA
DOENÇA DE
PARKINSON DO
PROTOCOLO
CLÍNICO E
DIRETRIZES
TERAPÊUTICAS DO
MINISTÉRIO DA
SAÚDE
Doença de Alzheimer (DA)

Doença neurodegenerativa que causa demência.

Características diferenciais da demência do tipo


Alzheimer:

1) o acúmulo de placas senis (acúmulo β-amiloide)

2) a formação de numerosos entrelaçados neurofibrilares

3) a perda de neurônios corticais, particularmente colinérgicos


Tratamento farmacológico da Doença de Alzheimer
Inibidores da acetilcolinesterase (IAChE):
-Donepezila (Aricept®)- comprimido
-Galantamina (Razadyne®)- comprimido
-Rivastigmina (Exalon®) - comprimido e adesivo transdérmico
Mecanismo de ação: inibem acetilcolinesterase (Ache),
enzima que degrada a acetilcolina (Ach), alterando assim, a
função colinérgica central aumentando a capacidade da
acetilcolina de induzir os receptores nicotínicos e
muscarínicos cerebrais, estes são os principais receptores
sensíveis a ACh.

Indicados para o tratamento da demência leve e moderada


da DA, mas também efetivos em estágios de demência
Tratamento farmacológico da Doença de Alzheimer
Antagonista do Receptor de glutamato NMDA:
-Memantina (Ebix®)- comprimido

Mecanismo de ação: é um antagonista não competitivo dos


canais iônicos associados a um tipo de receptor
glutamatérgico, o receptor N-metil-D-aspartato (NMDA)
→ age como um modulador da ação excitatória produzida
pelo glutamato liberado de forma anormal pelas células
danificadas, tendo assim uma ação neuroprotetora.

Indicado em casos de DA diagnosticados já no estágio


grave ou mais avançado da doenca, podendo ser
administrado em associação com um IAChE.

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