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Simpatomiméticos e simpatolíticos:

INTRODUÇÃO:
- Simpatomiméticos = estimulam o simpático

- Simpatolíticos = reduzem o efeito do simpático

- Mecanismo de ação:

→ Simpatomiméticos:
• Ação direta: se ligam diretamente no receptor e podem ser de dois tipos:
seletivos ou não seletivos.
o OBS: essa seletividade é relativa (variável de acordo com a
biodisponibilidade e com a vida de administração).
• Ação indireta: atuam nos transportadores ou nos sistemas enzimáticos.
→ Simpatolíticos:
• Ação direta (os simpatolíticos de ação direta são em MUITOS):
o Antagonista :  não seletivos; 1 seletivos; 2 seletivos.
o Antagonistas :  não seletivos (1ª geração); 1 seletivos (2 ª geração);
 não seletivos (3 ª geração); 1 seletivos (3 ª geração).
▪ Muitos desses fármacos dessa categoria foram desenvolvidos
em decorrência do sistema cardiovascular.
• Ação indireta: atuam em auto receptores ou em enzimas

- Síntese das catecolaminas:

→ A tirosina é o aminoácido precursor


para a síntese das catecolaminas.
→ A tirosina entra no neurônio por meio
de um transportador que permite a
entrada também de sódio (maior
quantidade de Na fora da célula =
transporte passivo).
→ Uma vez dentro do neurônio, a tirosina
sofre ação de várias enzimas: tirosina
hidroxilase (tirosina → I-DOPA) e
descarboxilase (I-DOPA → dopamina).
→ A dopamina entra na vesícula graças ao
transportador TVMA. Esse transportador
permite a entrada de dopamina e saída de
H+.
→ Dentro da vesícula, se o neurônio for
noradrenérgico, a dopamina é
transformada em norepinefrina.
→ Transportadores:
• TVMA 1: expresso na periferia (glândulas adrenais e gânglios simpáticos)
• TVMA 2: expresso no SNC
• Papel do ATP na vesícula: reduz a pressão das moléculas de norepinefrina
dentro das vesículas.
→ Epinefrina – suprarrenal:

• Célula produtora de adrenalina: na medula da suprarrenal existe a produção de


norepinefrina e epinefrina, que funcionam como NTs ou hormônios.
• A norepinefrina sai da vesícula e, no citoplasma do neurônio, é transformada
em epinefrina.
• A epinefrina entra novamente pelo transportador dentro da vesícula, sendo
liberada na fenda sináptica.
• OBS: a enzima que transforma norepinefrina em epinefrina fica no citoplasma
justamente pois se ficasse dentro da vesícula, toda NE se transformaria em Epi.
→ Recaptação de Epinefrina:
• 90% da NE é recaptada
e sofre degradação pelas
enzimas MAO e COMT.
• A MAO está na
mitocôndria, dentro do
neurônio. (MAO A =
degradação de serotonina,
NE e dopamina; MAO B =
degrada mais rápido a
dopamina em relação a
serotonina e NE).
• A COMT está no fígado.
• NE → DOPGAL (pela
ação da MAO)

SIMPATOMIMÉTICOS – AÇÃO INDIRETA:


- Como mostrado na figura acima, 90% da NE da fenda é recaptada. Portanto, o principal
mecanismo de interrupção da ação da noradrenalina na fenda sináptica é por recaptação.

- O transportador de NE é chamado de NET ou de NAT.

- Esse transportador pode ser um alvo proteico de um fármaco.

→ Fármacos inativadores: antidepressivos, metilfenidato e cocaína.


• Esses fármacos se ligam em outro sítio do transportador e deixam o sítio de
ligação da NE livre.
• Assim, quando a NE se liga no seu sítio ela não consegue ser transportada para
dentro, pois esses fármacos estão se ligando em outro sítio, inativando o
transportador.
• Álcool + cocaína: o álcool tem efeito depressor do córtex pré-frontal, enquanto
a cocaína tem efeito estimulante do córtex pré-frontal. Quando se combina os
dois, ocorre uma disfunção do córtex pré-frontal associada a 2 substâncias com
efeito euforizante que podem ou dar ansiedade (cocaína) ou não dar
ansiedade (álcool) → causam efeitos da síndrome extrapiramidal.
→ Fármacos que servem como substrato: anfetamina, ecstasy e tiramina.
• Esses fármacos se ligam no mesmo sítio de ligação que a NE, porém o
transportador não para de funcionar. Então ele coloca para dentro do neurônio
essas substâncias.
• Elas entram dentro da vesícula e servem de substrato para a produção de mais
NE que será liberada na fenda sináptica.
• O transportador da vesícula (TVMA) transporta todas as catecolaminas.
• Além disso, a anfetamina inibe a MAO.
• OBS: a tiramina está muito presente nos alimentos e quando nós ingerimos
essa substância, ela passa pelo metabolismo de primeira passagem no fígado e
sofre degradação pela MAO. Porém, se um indivíduo tiver uma deficiência de
MAO, ele pode produzir muita NE e sofrer com taquicardia ou vasoconstrição.

- Existem simpatomiméticos de ação indireta que também pode atuar em enzimas, que são a
MAO e a COMT. Essas duas enzimas atuam no metabolismo da NE.

→ MAO A: degrada serotonina, NE e tiramina – fármacos que inibem a MAO A =


moclobemida e tranilcipromina.
• “Reação do queijo”: alimentos que contém tiramina quando combinados com
inibidores da MAO (IMAO) podem causar taquicardia e vasoconstrição (crise
hipertensiva grave).

A tiramina é degrada pela MAO, o que faz


com que ela não passe pela corrente
sanguínea depois que é ingerida.
Fármacos que inibem a MAO, inibem essa
degradação da tiramina que consegue
passar pela corrente sanguínea e vai para
os terminais das fibras simpáticas. Onde ela
causa 2 problemas: 1° - compete com a
noradrenalina pelo sítio de ligação do NET;
2° - libera a noradrenalina que está na
vesícula, por interação com o TVMA.

→ MAO B: degrada principalmente dopamina – fármaco que inibe a MAO B = selegelina


(utilizado na doença de Parkinson).
→ OBS: importante ter em mente que se você parar de usar um inibidor da MAO hoje, o
efeito do fármaco ainda estará acontecendo mesmo após alguns dias. Isso é
importante para casos em que um paciente está tomando um antidepressivo inibidor
de MAO e que teve uma crise hipertensiva grave e, portanto, necessita trocar de
medicamento. Não dá para ele já começar no dia seguinte que parou de tomar o outro
medicamento, começar a tomar o novo antidepressivo, pois os efeitos inibidores da
MAO do medicamento anterior ainda estarão ocorrendo. Se ele usar um
antidepressivo que inibe a recaptação de NE, portanto aumenta sua disponibilidade e
tiver um efeito de inibidor de MAO que inibe a degradação da NE, você terá uma
exacerbação dos efeitos da NE.

SIMPATOMIMÉTICOS – AÇÃO DIRETA:

Seletivo: atua em apenas um subtipo do receptor

Não seletivo: atua em mais de um subtipo do receptor

NÃO-SELETIVOS:
Noradrenalina e adrenalina atuam
bem tanto em alfa-1 quanto em
alfa-2. Porém, a adrenalina atua
igualmente em beta1 e beta2,
enquanto a noradrenalina atua
BEM MELHOR em beta1.

Essa pequena diferença é


importante em relação ao uso
clínico dessas duas substâncias.
- Adrenalina:

No coração:

→ Ocorre uma atuação bem maior de


beta1, que promove o aumento da
frequência cardíaca e da contração do
músculo cardíaco.

Nos vasos sanguíneos:

Efeito tanto alfa-1 de vasoconstrição e


um efeito beta-2 de vasodilatação.
Alfa-1: aumento da resistência vascular
periférica (RVP) → aumento da PA
Beta-2: diminui RVP → diminui PA

→ Infusão lenta ou subcutânea de adrenalina: efeito em beta2 e alfa1


• Beta2: ativado com baixa concentração de adrenalina
• Alfa1: ativado em concentrações mais altas, mas, quando ativados, seu efeito é
predominante.
• Então, quando eu tenho tanto beta2 quanto alfa1 ativados, eu vou manter o
tônus do vaso na normalidade.
→ Infusão IV: efeito alfa-1 >>>>>
• Prevalência de alfa-1 = vasoconstrição
• Conclusão: a adrenalina possui um efeito dose-dependente na pressão arterial.
Ela pode tanto não afetar a pressão ou, dependendo de como foi administrada,
pode aumentar a PA em decorrência dessa vasoconstrição.
→ A adrenalina pode atuar também em beta2, que está muito presente no coração. Logo,
quando atua em beta2 ela causa um aumento do Ionotropismo e do cronotropismo.
Isso associado com um aumento do suprimento sanguíneo venoso e da RVP causada
pela vasoconstrição, promove um aumento da PA.
→ Além disso, a estimulação de beta1 ativa o sistema renina-angiotensina, que causa
retenção de sódio e, portanto, aumento da PA também.

Como a adrenalina pode aumentar a PA? 1°: aumentando a RVP (vasoconstrição); 2°:
atuando ao nível do coração (aumentando a FC e o volume sistólico – pré-carga, pós-
carga e contratilidade)
→ Adrenalina X choque anafilático:
• Choque anafilático: edema de glote + urticárias (aumento de histamina) +
diminuição da PA
• Tratamento: adrenalina
o Atua em alfa1 = vasoconstrição (mas a noradrenalina também atua em
alfa1, então por que não utilizamos ela? Pois a ativação de beta2
também é muito importante, algo que a noradrenalina não consegue
fazer). ISSO É IMPORTANTE !!!!!!
o Atua em beta2 = broncodilatação + inibe degranulação de mastócitos.
→ Adrenalina X parada cardíaca:
• Atua em beta1 = aumenta Ionotropismo e cronotropismo
• Neste caso, poderíamos utilizar noradrenalina também, pois ela atua muito
bem em beta1.

→ Adrenalina X prolongar ação de anestésicos locais:


• Atua em alfa1 = vasoconstrição
• A vasoconstrição permite com que o anestésico local não seja absorvido e atue
por mais tempo no local onde foi administrado.
• Isso não é mandatário, pois regiões que possuem baixo fluxo sanguíneo não
podem receber anestésico com adrenalina, já que corre a chance de fazer
necrose tecidual.

- Noradrenalina:

→ Choque hipovolêmico:
• Atua muito bem em beta1 = aumento do Ionotropismo e cronotropismo
(aumenta a força e a frequência de contração do coração)
• Não age no beta2, que causa vasodilatação. Isso é importante, pois num
choque hipovolêmico queremos aumentar a RVP (vasoconstrição). MUITO
IMPORTANTE !!!!!!
• Atua em alfa1 também = vasoconstrição.

Aumento muito significativo da PA (é o que queremos num choque


hipovolêmico) e aumento importante da FC.

Um fármaco que atua muito bem


tanto em alfa1 quanto em alfa2 →
oximetazolina.

E um fármaco que atua muito bem


tanto em beta1 quanto em beta2 →
isoproterenol.

- Isoproterenol:
→ Beta1 = aumento da força e frequência cardíaca + ativação do sistema renina-
angiotensina.
→ Beta2 = vasodilatação periférica + broncodilatação.
→ Utilizado em quadros de asma.

- Oximetazolina:

→ Atua em alfa1 e alfa2 = vasoconstrição


→ Utilizada como descongestionante nasal (aturgyl©)

SELETIVOS:
- 1 adrenérgicos:

→ São estimulantes de receptores alfa1 adrenérgicos.


→ Quais são? Fenilefrina, metoxamina, metaraminol, nafazolina, oximetazolina.
→ Eles são, principalmente, utilizados como descongestionantes nasais e conjuntivais.
→ Pode causar bradicardia reflexa, ou seja, aumenta a PA (por vasoconstrição) e diminui a
FC (pois não atua em beta1) → usos tópicos não causam isso.

→ Os colírios com esses fármacos podem fazer midríase sem cicloplegia. Porque a
musculatura radial da íris é alfa1, portanto sofre contração, fazendo uma midríase
(aumento da pupila). Porém, o músculo ciliar é beta2 e, portanto, não é ativado. Por
isso, eu consigo fazer midríase sem cicloplegia ao contrário de parassimpaticolíticos
que causam midríase com cicloplegia, pois tanto o m. radial da íris quanto o m. ciliar do
olho possuem o receptor M3.

- 2 adrenérgicos:

→ Também podem ser usados como descongestionantes nasais e conjuntivais, mas


geralmente não é esse o uso principal. A clonidina, principalmente, é utilizada como
anti-hipertensivo de ação central.
→ Quem são? Clonidina, guanabenz, alfametildopa.
→ O receptor alfa2 adrenérgico é um auto receptor, atuando no feedback negativo da
liberação de NE. Portanto, mesmo a clonidina sendo uma AGONISTA de alfa2, seu
efeito é causar uma diminuição de NE na fenda sináptica, portanto, tem um efeito
simpaticolítico.

- 1 adrenérgicos (principal: dobutamina):

→ Efeitos: aumento da força de contração e aumento do DC sem alterar a PA (doses


baixas). Em doses mais altas ocorre aumento do cronotropismo e da PA, porque em
doses mais altas a dobutamina começa a perder a seletividade beta1 e passa a atuar
em receptores alfa dos vasos.
→ Por que não ocorre alteração da PA? Porque no vaso tem os receptores alfa1, alfa2 e
beta2.
→ Principais usos: problemas cardíacos onde haja interesse em aumentar a força de
contração sem acelerar o coração – ICC, infarto agudo do miocárdio, descompensação
cardíaca cirúrgica (tratamento curto).

- 2 adrenérgicos:

→ São fármacos muito utilizados na broncodilatação.


→ Quem são? Terbutalina, albuterol, metaproterenol, fenoterol e ritodrine.
→ O ritodrine é utilizado muito mais em parto prematuro porque no músculo gravídico o
beta2 tem um efeito importante relaxando a musculatura lisa uterina.
→ OBS: o efeito beta2 nos vasos é de vasodilatação, diminuindo a RVP e, portanto, a PA
(hipotensão). Essa hipotensão, pode causar no coração uma taquicardia reflexa. Por
isso, o uso dessas medicações é local por meio da bombinha.
→ Em altas concentrações, esses medicamentos perdem sua seletividade e atuam em
receptores beta1, podendo causar uma taquicardia por ativação de beta1.

SIMPATOLÍTICOS – AÇÃO INDIRETA:


- Agindo em auto receptores (2 adrenérgicos):

Clonidina = quadros de hipertensão


(não é o tratamento de primeira linha,
entra como um coadjuvante).

Guanabenz e guanfacina = são menos


usados hoje em dia.

- Agindo em enzimas:

→ α-metiltirosina: inibe a tirosina hidroxilase


→ Carbidopa: inibe a dopa descarboxilase (é utiliza na prática, porém é usada em
conjunto com a L-DOPA. No Parkinson isso é utilizado para aumentar a
biodisponibilidade da L-DOPA, já que eu administro uma quantidade maior de L-DOPA
e inibo a enzima que faz a sua transformação em dopamina, no metabolismo de
primeira passagem, permitindo com que mais L-DOPA chegue em SNC, pois a
Carbidopa não atravessa a BHE, somente a L-DOPA).
→ Metildopa: anti-hipertensivo de escolha para grávidas (falso NT e estímulo de alfa-2).
• Todos os fármacos anti hipertensivos em grávidas são proibidos, com exceção
da metildopa.
• A alfa-metildopa é uma pró-droga que entra no neurônio e sofre ação da dopa
descarboxilase, se transformando em alfa-metildopamina. Essa molécula entra
na vesícula e vira alfa-metilnoradrenalina que é liberada na fenda sináptica e
interage com receptores alfa2-adrenérgicos, inibindo a liberação de
noradrenalina e de alfa-metilnoradrenalina na fenda.

SIMPATOLÍTICOS – AÇÃO DIRETA:


- São fármacos antagonistas dos receptores adrenérgicos.

O principal ponto de se entender isso é qual a ação desses receptores principalmente no


sistema cardiovascular e pulmonar, e, a partir disso, entender por que determinado fármaco é
melhor para uma situação do que outro.

- Antagonistas alfa:

→ Alfa1-seletivo: prazosin, terasozin e doxazosin – atuam impedindo a ação da NA no


receptor alfa1, portanto, causam vasodilatação
• Utilizados no tratamento de hipertensão (não são os fármacos principais de
escolha)
• Alfa1 promove a contração do ureter = retenção urinária. Se eu entro com um
antagonista alfa1, ocorre a dilatação desse ureter. Isso é muito explorado no
tratamento de hiperplasia de próstata benigna (a próstata comprime o ureter,
portanto é interessante causar uma vasodilatação dele) e no tratamento de
urolitíase (vasodilatação do ureter para facilitar a eliminação de cálculos
renais).
→ Não seletivos: fentolamina, tolazolina e fenoxibenzamina – atuam tanto em alfa1
quanto em alfa2; a ação em alfa2 promove um aumento da concentração de NA que
não irá atuar em alfa1 e sim em beta2, promovendo a vasodilatação.
• Possuem um efeito mais hipotensor do que os antagonistas alfa1-seletivos
• Tratamento de hipertensão também.

→ Principais efeitos:
• Sistema cardiovascular: queda da PA
o Vasos: vasodilatação (bloqueio alfa2) – diminui RVP e PA
o Coração: taquicardia reflexa (todas as drogas que causam uma
vasodilatação podem causar uma taquicardia reflexa), acentuada pelo
bloqueio alfa2.

• Consequências cardiovasculares: dificuldade de adaptação do sistema vascular


(hipotensão ortostática, congestão nasal).

- Antagonistas beta:

→ São medicamentos famosos, pois por muito tempo eram utilizados para tratamento de
hipertensão, insuficiência cardíaca e infarto.
Não era interessante do ponto visto cardíaco e pneumo o bloqueio de beta2, pois pode
ocorrer um broncoespasmo ou eu vou bloquear o efeito da noradrenalina de
vasodilatar, logo eu vou aumentar a pós-carga. Conclusão: não era algo bom esse
efeito inespecífico do ponto de vista de uma cardiologia.

→ Os fármacos antagonistas seletivos β1 são interessantes pois eles possuem um efeito


cardíaco, ou seja, diminuem a FC, a força e o volume de ejeção, e possuem um efeito
sobre o sistema renina-angiotensina. Além disso, tiram o efeito deletério de bloqueio
β2, o qual possui um efeito vasodilatador.
→ Indivíduo com hipertensão arterial e coronariopatia: carvedilol ou metoprolol? Se ele
possui uma coronariopatia não é interessante eu bloquear o β2 que promove a
vasodilatação. Por mais que o carvedilol possua um bloqueio tanto de β1 quanto de
α1, ele não é o mais interessante nesse caso, porque eu preciso deixar o β2 livre para a
vasodilatação e, além disso, eu posso utilizar de outros medicamentos para realizar
uma vasodilatação periférica que não prejudique a coronária desse paciente.
• OBS: POSSÍVEL QUESTÃO DE PROVA !!!!!!!! Indivíduo com IAM, hipertensão
arterial e DPOC. Qual seria a melhor opção terapêutica? O carvedilol ou o
metoprolol (prof disse que vai falar o mecanismo de ação deles)?
→ Ação nos vasos sanguíneos:
• Efeito agudo: vasoconstrição por bloqueio de β2
• Efeito crônico: vasodilatação reflexa ( RVP e  PA) → não se sabe ao certo o
porquê quando eu bloqueio β2 periférico, eu acabo promovendo uma
vasodilatação periférica. Esse mecanismo acaba acontecendo SOMENTE em
hipertensivos.
• Um bloqueio de receptor β2 pode gerar uma inibição de liberação de renina,
inibição da neuroliberação de NE (a NE quando se liga ao receptor β2 ela
estimula sua própria liberação) e ação no SNC por causa dessa inibição da
neuroliberação → esses são motivos que podem explicar a hipotensão ( PA)
• Se espera justamente o oposto de um antagonista β2, o aumento da PA e não a
sua diminuição.
→ Ação nos olhos:
• Corpo ciliar → estímulo β-adrenérgico → aumenta a produção de humor
aquoso
• Bloqueio β-adrenérgico causa diminuição de humor aquoso o que diminui a
pressão intraocular, sendo utilizado para tratamento de glaucoma
• Fármacos: timolol e betaxolol.

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