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1 Introdução
inviável.
Somando-se as dificuldades apontadas para um bom desempenho
didático, parte da sociedade aponta os docentes como responsáveis pela
defasagem da qualidade na educação. O presidente da Associação Nacional de
Pesquisa em Financiamento da Educação (FINEDUCA), José Marcelino de
Rezende Pinto, afirma que: “O grande responsável pelo aumento da qualidade da
educação é o aumento da qualidade do trabalho do professor” (OLIVEIRA;
FERNANDES, 2014). Por outro lado a presidente da União Nacional dos
Estudantes (UNE), Virgínia Barros, argumenta que o professor é algo muito
importante para o desenvolvimento do país, contudo desempenhar tal tarefa com
apenas giz, é algo desafiador (OLIVEIRA; FERNANDES, 2014).
Para melhoria na qualidade do ensino de ciências, além de aulas
expositivas e uso de livros didáticos, novas estratégias de ensino são
necessárias. Dessa forma, é importante para os professores a busca por novas
alternativas de ensino através de pesquisa e cursos de formação continuada.
Mesmo acreditando que aulas práticas possibilitam o desenvolvimento de
aprendizado do aluno, elas ocorrem com pouca frequência. Insegurança falta de
conhecimento e acesso a protocolos de aulas práticas, indisponibilidade de
materiais e equipamentos são alguns fatores que dificultam as aulas práticas
(PERUZZI; FOFONKA, 2014).
Contudo, existe grande interesse em melhorar cada vez mais a qualidade
do ensino no país e isso pode ser possível, com uma reforma curricular, dando
ênfase ao ensino por atividades práticas. Segundo Nélio Bizzo, laboratórios de
ciências fazem a diferença no aprendizado do aluno e consequentemente
melhora a qualidade da educação (RIBEIRO, 2013).
Entretanto, o modelo tradicional de ensino ainda é muito utilizado no ensino
básico. Esse modelo repassa o conhecimento, como um conjunto de informações
que são passadas dos professores para os alunos em via única. Além disso, nem
sempre resulta em aprendizado efetivo. O professor transmite o conhecimento e
os alunos, como ouvintes, nem sempre associam o conteúdo lecionado com os
fatos do cotidiano. Esse conteúdo é retido por alguns dias, mas logo esquecido
(FRACALANZA,1986),
A vivência do conteúdo por aulas práticas promove questionamento e
reflexão sobre o conteúdo abordado, sendo mais significativos. Isso gera
4
Com isso, a educação científica vem recebendo maior interesse por parte
de pesquisadores, principalmente de instituições do ensino público superior. É
fundamental que nos cursos de licenciatura em ciências os alunos tenham uma
formação que os prepare para o desenvolvimento de aulas práticas e a pesquisa
constante por novos modelos e estratégias de ensino/aprendizagem. O reflexo do
desenvolvimento e estímulo a formação de um “professor pesquisador” no ensino
acadêmico, pode resultar no desenvolvimento de aulas práticas nas escolas do
ensino básico. Apesar de pouco presente em escolas brasileiras, tanto
particulares como públicas, aulas práticas funcionam como uma das ferramentas
mais estimulantes para o aprendizado (RIBEIRO, 2013).
Segundo o INEP, apenas 11% das 192.676 escolas no Brasil, tanto
públicas como privadas, possuíam laboratórios de Ciências em 2012. Das escolas
que possuíam laboratórios, 60,1% eram públicas e 39,9% eram privadas. Houve
um pequeno crescimento no número de laboratório nas escolas, já que em 2009,
tanto em escolas públicas ou privadas, o número de laboratório era de
9,3%.Considerando apenas as públicas,6,9% possuía laboratório em 2009, em
2012 houve um aumento de 7,9% no número de laboratórios das escolas.
Segundo Luíz Valter de Lima, muitas escolas possuíam laboratório que não eram
usados com freqüência. Porém, com a cobrança da disciplina de ciências nas
provas Brasil e Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb), essa postura tem
mudado nas escolas, inclusive nas escolas municipais (RIBEIRO, 2013).
De acordo com Nélio Bizzo, as aulas práticas promovem o
desenvolvimento intelectual melhorando o desempenho dos alunos, despertando
o interesse dos alunos ao conteúdo ministrado. Denise Jardim, afirma que os
alunos têm de aprender ciências manipulando materiais, porque quando o aluno
testa o lado prático, compreende mais o conteúdo e com isso melhora o seu
desempenho, seu interesse e curiosidade pela pesquisa. O governo pretende
incentivar o aumento de construção de laboratórios nas redes estaduais e
municipais, disse Luiz Cláudio Costa presidente da INEP (RIBEIRO, 2013).
Atualmente, profissionais de educação que tem um nível de escolarização
e domínio intelectual mais elevado são mais valorizados. Esses profissionais se
destacam e são inseridos mais facilmente no mercado de trabalho. Programas de
Formação Continuada de Professores favorecem o desenvolvimento do
conhecimento articulado a novas estratégias de ensino. O sucesso em qualquer
6
2 Objetivos
2.1 Objetivo Geral
Melhoria na qualidade do ensino de ciências e biologia através de curso de
formação continuada para professores do ensino básico.
3 Metodologia
3.1 Montagem e Programa do curso
O programa do curso (tabela 1) de capacitação dos professores no uso de
laboratório didático intitulado “Como ensinar ciências através de aulas práticas”
seguiu a programação dos cursos realizados anteriormente. Foram abordados
temas relacionados a ciências e biologia, com aulas teóricas, seguidas por aulas
práticas realizadas no laboratório da Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro (UENF).
Protozoários bioindicadores
ambientais
CARGA HORÁRIA: 2h
01/12/201 Modelos biológicos Confecção de modelos
2 Utilização de modelos biológicos biológicos de baixo custo
para o ensino de ciências e biologia CARGA HORÁRIA: 2h
Inclusão de deficiências nas aulas
de ciências e biologia
Aplicação do questionário final
CARGA HORÁRIA: 2h
4 Resultados
Após compilação dos dados obtidos nos questionários, foi possível fazer a
seguinte avaliação dos professores.
40%
35% Universo
Iff
30% 27%
Uenf
25%
Unig
20%
Uemg
15% Isepam
11%
10%
6% 6% 6%
5%
0%
70% 67%
60%
50% Biologia
Matemática
Med. Veterinária
40%
Fisica
Pedagogia
30% Normal superior
20%
11%
10%
5.50% 5.50% 5.50% 5.50%
0%
14
70%
60%
50% Usaram
40% Não usaram
30%
22%
20%
10%
0%
60%
50%
Não possuiam
40%
33% possuiam
30%
20%
10%
0%
15
0%
Figura 7: Carga horária semanal dos professores que lecionavam ciências (questão 2-b)
45%
40% 39%
Carga horária de 1 a 20
35% 33% horas por semanas
30% 28%
25% Carga horária de 31 a 40
horas por semanas
20%
15%
Não responderam
10%
5%
0%
50%
45% 44%
40%
Consideram
35%
30% 28% 28%
Não consideram
25%
20% Não responderam
15%
10%
5%
0%
Figura 9: Docentes que consideram o ensino privado melhor que o ensino público
(questão 2-h)
17
90%
80% 78%
Consideram
70%
60%
Não consideram
50%
40% Não sabem
30%
20% 17%
10% 5%
0%
Figura 11: Opinião dos professores quanto à dificuldade para elaborar aulas práticas
(questão 3-c)
50%
45%
45% Falta de tempo do pro-
39% fessor
40%
35% Falta de conhecimento de
atividades práticas
30%
25% 22% 22% Falta de recursos
20%
Aulas reduzidas
15% 12% 11%
10% Falta de estrutura
6%
5%
Elevado número de alunos
0%
Figura 12: Professores que afirmaram saber usar o laboratório de ciências (questão 3-g)
19
80%
72%
70%
Sabem usar
60%
50% Não sabem usar
40%
30% 28%
20%
10%
0%
Figura 13: Professores que consideram necessária a utilização de laboratório para aulas
práticas, complementando as aulas teóricas (questão 10)
20
100%
90%
90%
80%
70%
60%
Consideram necessária
50%
Consideram desnecesária
40%
30%
20%
10%
10%
0%
A maioria dos professores (70%) respondeu não ter tido aula pior ou menos
importante, 10% respondeu que não gostou de nenhuma aula devido à falta de
apostila para acompanhar, os 20% restantes disseram que a aula de “zoologia e
reino protista” não foi muito boa, porém não justificaram a resposta dada.
Figura 14: Conhecimento dos participantes sobre método científico (questão 14)
90%
80%
80%
70%
61%
60%
50% Conheciam
39% Desconheciam
40%
Não responderam
30%
20%
10% 10%
10%
0%
Antes do curso Depois do curso
23
Figura 15: Professores que souberam listar as etapas do método científico (questão 15)
60%
50% Resposta em
50% branco
44%
40%
33% Resposta correta
30%
30%
23% Resposta in-
20% correta ou in-
20%
completa
10%
0%
Antes do curso Depois do curso
Figura 16: Conhecimento dos participantes sobre letramento científico (questão 16)
80%
72%
70%
60%
50%
40% 40% Desconheciam
40% Conheciam
30% Não responderam
20%
20% 16%
12%
10%
0%
Antes do curso Depois do curso
10%
0%
Antes do curso Depois do curso
5 Discussão
A educação brasileira vem enfrentando diversos problemas, principalmente
quando se refere à educação pública. Fatores que colaboram com esse efeito,
são: profissionais da educação mal remunerados, professores frustrados que não
desempenham seu papel com profissionalismo, dificuldades no cotidiano que do
ambiente escolar, pais que não participam na educação dos filhos, entre outros
fatores (FREITAS, [s.d.]).
Na tentativa de amenizar e até mesmo solucionar esse problema, tem-se
trabalhado com o ensino de ciências, aplicando aulas práticas como uma
ferramenta para incentivar tanto os professores os alunos. Para tanto, não basta
apenas incentivos, os profissionais devem ser capacitados para elaboração e
realização de aulas inovadoras. Sendo assim, cursos similares vem sendo
desenvolvidos, como os realizados por LIMA (2012) e Gonçalves (2013), que
obtiveram êxitos em seu objetivo.
Mediante esses fatos, esse trabalho foi desenvolvido através do
levantamento de opiniões de professores participantes do curso de formação
continuada que lecionam em diversas escolas públicas ou privadas de Campos
dos Goytacazes. O trabalho faz demonstração da realidade no universo escolar,
apontando dificuldades que os professores encontram para aplicar aulas práticas,
sejam por motivos de falta de espaço apropriado; falta de materiais necessários;
falta de interesse da escola e dos alunos.
pois dos 18 que iniciaram o curso, apenas 12 tinham formação inicial em biologia;
os seis restantes tinham formação diferenciadas como: matemática, medicina
veterinária, física, pedagogia e normal superior.
Apesar da grande importância das aulas práticas como ferramentas para
melhorar a qualidade do ensino, a maioria (80%) dos professores informaram não
ter tido aulas práticas durante a graduação. Todos os professores, sem exceção,
consideraram as aulas práticas importantes e se sentem prejudicados por não ter
tido essa oportunidade. Ademais, mencionaram que a falta de aulas práticas
compromete o desenvolvimento do seu trabalho. Através de aulas práticas o
conteúdo se torna mais interessante, despertando o interesse do aluno e
melhorando seu desempenho em sala de aula. O exercício cotidiano de um
professor exige muita atenção, dedicação e preparo para enfrentar os desafios e
dificuldades encontrados pelos alunos. Um curso de licenciatura que não oferece
aos seus graduandos a oportunidade de aprender a elaborar aulas práticas, deixa
a desejar nos aspectos qualitativos, dificultando a preparação desses acadêmicos
para o exercício de sua futura profissão. Nesse contexto, a formação de
professores é algo muito importante, porque o avanço no processo ensino
aprendizagem depende, em parte, da atuação do professor.
Mesmo com a falta ou escassez de aulas práticas, alguns professores vem
contornando essas dificuldades, aprimorando seus conhecimentos ao
participarem de cursos de formação continuada. Foi verificado que 33% dos
professores fizeram outros cursos de especialização na área de biologia. Através
desses dados, vimos que uma parte dos atendentes do curso procura aperfeiçoar
seus conhecimentos dentro de suas áreas, mas é uma minoria: a maior parte
deles estava focada apenas na rotina da sala de aula.
Os professores não lecionavam num mesmo tipo de escola, ou seja, tinham
atuação profissional bem diversificada. Nove professores lecionam apenas em
escolas públicas, três somente em escolas privadas e apenas um em escolas
públicas e privadas. Essa diversificação de escolas acaba gerando carga horária
diversificada. Dos 18 professores que participaram do curso, sete trabalhavam 16
horas por semana; seis trabalhavam de 30 a 40 horas por semana e cinco
deixaram essa questão em branco. Nota-se que 1/3 dos participantes tem a carga
horária semanal quase toda preenchida, ou seja, passam a maior parte do tempo
lecionando e por esse, e outros vários motivos, encontraram dificuldades em
29
6 Conclusões
O trabalho apresentado pretendeu produzir analisar resultados obtidos por
questionários respondidos por participantes do curso, registrando os resultados
de uma proposta pedagógica diferenciada para o ensino, tendo a aula prática
como ferramenta motivadora do processo ensino/aprendizagem.
O grupo estudado afirmou que aulas práticas ajudam a sedimentar o
conhecimento dos alunos, pois reforçam o conteúdo aprendido na aula teórica.
Tanto aulas práticas como teóricas são fundamentais para o ensino.
Apesar de tantas aplicações de aulas práticas seja no interior dos laboratórios
didáticos ou com materiais alternativos em sala de aula, existem muitos
obstáculos que impedem a aplicabilidade dessas aulas. A falta de estrutura dos
colégios; falta de preparo dos professores; ausência de monitor para auxiliar nas
atividades; turmas numerosas; curto tempo de aula para elaborar e aplicar aulas
práticas foram alguns dos argumentos apontados pelos professores.
Os professores reconhecem que aulas práticas proporcionam benefícios
aos alunos, pois, aumenta a capacidade de compreensão, interação entre os
discentes despertam a curiosidade; porém, a alta carga de trabalho semanal é um
empecilho, onde as aulas práticas ficam em segundo plano.
Dessa forma, observamos que o curso de formação continuada foi
considerado importante para todos, através dele, os professores puderam tirar
dúvidas e trocar experiências do seu cotidiano escolar. Os professores que
participaram do curso ficaram satisfeitos tanto com as aulas teóricas como as
aulas práticas e através desse evento, deixaram sugestões para melhoria de
cursos futuros, como por exemplo:carga horária maior, deixando mais tempo
principalmente, para aulas práticas.
35
7 Referências
AKKARI, A. J. Desigualdades educativas estruturais no brasil: entre estado,
privatização e descentralização. Revista educação e sociedade. vol.
22, n.74, Campinas: abril, 2001. Disponível em: ˂http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0101-73302001000100010˃ . Acesso em: 15 out. 2014.
MARTINS, A. R. Aprender sempre para ensinar mais. Abril. Seção Educar para
Crescer. [s.l.] ago. 2008. Disponível em:
<http://educarparacrescer.abril.com.br/gestao-escolar/capacitacao-professores-
401074.shtml>. Acesso em: 28 mai. 2014.
APÊNDICES
38
APÊNDICE 1:
Termo de consentimento livre e esclarecido
39
Você está sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa citado acima.
O documento abaixo contém todas as informações necessárias sobre a pesquisa
que estamos fazendo. Sua colaboração neste estudo será de muita importância
para nós.
Eu, _____________________________________________________, abaixo
assinado (a), concordo de livre e espontânea vontade em participar como
voluntário (a) do estudo “Curso de capacitação de professores no uso do
laboratório didático: como ensinar ciências por aulas práticas”
Estou ciente que:
I. A avaliação dos dados obtidos durante a pesquisa será realizada na
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro- UENF; os
resultados da avaliação serão divulgados em meios científicos
(monografias, congressos, palestras, etc.) preservando a identidade. O
objetivo é verificar a utilização de aulas práticas nas escolas da rede
pública e o efeito do curso na prática docente.
II. Os dados serão coletados através de questionários que não necessitam de
assinatura;
III. A minha participação nesta pesquisa contribuirá para acrescentar dados
para o projeto que vem sendo desenvolvido desde 2008 e busca incentivar
o uso de laboratórios no ensino;
IV. Não receberei remuneração (dinheiro) e nenhum tipo de recompensa nesta
pesquisa, sendo minha participação voluntária;
V. Caso eu desejar, poderei pessoalmente tomar conhecimento dos
resultados parciais e finais desta pesquisa.
VI. As imagens serão utilizadas para confecção de cartazes, relatórios,
apresentações, etc.
Voluntário
____________________________________________________
APÊNDICE 2:
Questionário inicial
42
1- Formação
a) Onde se formou? ________________________________________
b) Há quanto tempo está formado?_____________________________
c) Você possui formação inicial de licenciado em biologia? Se não, qual é a sua
formação?
( ) Sim ( )Não _______________________________
d) Durante a formação aprendeu a usar o laboratório didático ou a ministrar aulas
práticas?
( ) Sim ( )Não
e) Possui alguma especialização na área?
( ) Sim, qual? _________________________________ ( )Não
2- Atuação profissional
a) Onde Leciona?
( ) Rede Pública ( ) Rede Municipal ( ) Rede Privada
b) Qual a carga horária semanal?
( ) 16 horas ( ) 20 horas ( ) 40 horas ( ) Outros ____________
c) O tempo de aula por semana e o volume do conteúdo a ser lecionado é um
empecilho para ministrar aulas práticas?
( ) Sim ( ) Não
d) Você busca se aperfeiçoar através de cursos de formação continuada, a fim de,
elaborar atividades lúdicas, entre outras?
( ) Sim ( ) Não
e) Se sim, esses cursos ajudam?
( ) Muito ( ) Pouco ( ) Nada
f) Cursos de capacitação e atualização são ministrados frequentemente pelo
estado?
( ) Sim ( ) Não
g) São oferecidos por quem?__________________________________
h) O ensino da escola privada é melhor do que na pública?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sabe
43
Por quê?
( ) Maior tempo de aulas disponíveis
( ) Maior comprometimento do professor
( ) Maior comprometimento da gestão escolar
( ) Maior Responsabilidade dos alunos e pais
( ) Melhor investimento da infra estrutura da escola
( ) Outros__________________________________________________
i) Na condição atual da escola é possível atingir os objetivos propostos para o
ensino de Ciências/Biologia?
( ) Sim ( ) Não
Por quê?____________________________________________________
3- Prática na profissão
a) Aula prática é importante? ( ) Sim ( ) Não
Se SIM, por quê?
( ) Desperta o interesse dos alunos pela disciplina
( ) Torna a aula mais atrativa
( ) melhora o desempenho dos alunos nas aulas
( ) Outros_______________________________
Se NÃO, por quê?
( ) O professor perde muito tempo de suas aulas teóricas
( ) Nada acrescenta ao entendimento do aluno
( ) Desperta a agitação dos alunos
( ) Outros_________________________________
b) Você acha necessária a utilização de laboratórios para aulas práticas,
complementando as aulas teóricas? Por quê?
( )Sim ( )Não
c) Quais as dificuldades na elaboração de aulas práticas?
( ) falta de tempo do professor
( ) Falta de conhecimento das atividades práticas
( ) Falta de interesse dos alunos
( ) Falta de interesse dos professores
( ) A escola não oferece nenhum recurso para as aulas
( ) Número de aulas reduzidas
( ) Falta de estrutura da escola
44
( ) Turmas grandes
d) O que considera como vantagens e desvantagens na realização de atividades
práticas?
Vantagens:
( ) Correlacionar prática a teoria
( ) Melhor assimilação da teoria
( ) Maior durabilidade no aprendizado
( ) Dinamismos nas aulas
( ) Maior interesse dos alunos
( ) Aulas mais atrativas
( ) Ampliação de conhecimentos através da prática e despertar o conhecimento
científico
Desvantagens:
( ) Falta de tempo e currículo mínimo a ser cumprido
( ) Falta de recursos e estruturas
( ) Uso de sucatas no lugar de vidrarias originais
( ) Indisciplina dos alunos
( ) Turmas grandes dificultam os processos
( ) Manutenção do laboratório
( ) Espaço reduzido
e) Você acha importante aprender a usar o laboratório didático?
( ) Sim ( ) Não Por quê?___________________________
_____________________________________________________
f) A escola oferece materiais didáticos suficientes para realização de aulas
práticas?
( ) Sim ( ) Não
g) Você sabe usar o laboratório de ciências?
( ) Sim ( ) Não
h) No caso das escolas que não possuem: Caso a escola tivesse você saberia
utilizar?
( ) Sim ( ) Não
i) Você usa o laboratório? Se não utiliza, por quê?
( ) Sim ( ) Não,_____________________________________
45
j) Se você não se sente preparado para ministrar aulas práticas, o que acha que
pode ajudá-lo nessa tarefa?
( ) Cursos de capacitação em como utilizar o laboratório
( ) Presença de monitores de laboratório na escola
( ) Inserção de aulas práticas com professores apenas para essas aulas
k) Quais são os problemas de se ministrar aulas práticas no seu colégio?
( ) A escola não possui laboratório de ensino
( ) Não sei como utilizar o laboratório
( ) A escola tem laboratório, mas não é equipado para o uso
( ) Outros_________________________________________________
l) Você sabe o que é método científico?
( ) Sim ( ) Não
m) Se sim, enumere as etapas do método científico:
n) Você costuma apresentar o método científico aos seus alunos? Por quê?
( ) Sim ( ) Não
o) Você sabe o que é letramento científico?
( ) Sim ( ) Não
p) Se sim, o que você entende por letramento científico?
APÊNDICE 3:
Questionário final
47
1) Dentre as aulas teóricas ministradas, qual achou melhor e mais importante. Por
quê?
2) Dentre as aulas teóricas ministradas, qual achou pior e menos importante? Por
quê?
4) Dentre as aulas práticas ministradas, qual achou pior ou menos importante. Por
quê?
13) Após o curso, se sente capacitado para ministrar aulas práticas com seus
alunos? Ou, já se sentia capacitado antes?
( ) Sim, me sentia capacitado (a) antes da participação no curso
( ) Sim, mas me sinto capacitado (a) após a participação no curso
( ) Não, mesmo após a participação no curso me sinto despreparado (a)
APÊNDICE 4:
II) Metodologia
- Preparo das lâminas
1 - Observação da epiderme de cebola
- Retirar um pequeno pedaço da epiderme de uma cebola.
- Colocar sobre a lâmina e adicionar uma gota d’agua sobre a amostra.
- Cobrir com a lamínula evitando deixar ocorrer a formação de bolhas.
- Levar a lâmina para o microscópio e observar nos aumentos de 40X; 100X e 400X.
- Elaborar esquemas das lâminas nos aumentos de 100X e 400X, indicando as principais
estruturas observadas.
2 – Observação de células da mucosa oral
- Raspar a parte interna da boca com a ponta de algodão de um cotonete.
- Esfregar o cotonete, de forma suave, sobre uma lâmina.
- Acrescentar uma gota de azul de metileno sobre a lâmina, retirando o excesso com um
pequeno pedaço de papel.
- Cobrir a amostra com uma lamínula.
- Levar a lâmina para microscópio e observar nos aumentos de 40X; 100X e 400X.
- Elaborar esquemas das lâminas nos aumentos de 100X e 400X, indicando as principais
estruturas observadas
3 – Observação de folhas de Elodea sp.
- Com uma pinça, retirar um pedaço de folha de Elodea SP.
- Colocar o pedaço da folha sobre uma lâmina, adicionar uma gota d’agua sobre a amostra
e cobrir com a lamínula.
- Levar a lâmina para o microscópio e observar nos aumentos de 40X; 100X e 400X.
- Elaborar esquemas das lâminas nos aumentos de 100X e 400X, indicando as principais
estruturas observadas.
Após a observação das lâminas, responda as seguintes perguntas:
a) Quais as 3 partes da células que melhor são visualizadas no microscópio ótico?
b) De acordo com o observado nas lâminas, diferencie a célula animal e as células vegetais com
relação a forma e as estruturas observadas.
c) Na folha de Elodea sp. Observamos a presença de orgânulos de coloração verde no interior das
células. O que são esses orgânulos? Qual a função desempenhada por esses orgânulos?
d) Na folha de Elodea sp. observamos um movimento de orgânulos no interior da célula. Que
nome é dado a esse movimento e qual a importância desse movimento para a célula? Descreva o
movimento (como ele é observado no interior da célula, que direção, como ocorre, etc)
63
100 X 400 X
100 X 400 X
100 X
400 X
64
Objetivos:
- Compreender o transporte de substâncias através de membrana
semipermeável;
- Relacionar os diferentes tipos de transporte passivo;
- Observar a influência de solução hipertônica em célula vegetal
Experimento I)
Material:
2 copos de vidro ou plástico numerados; corante de alimento; açúcar; sal; duas
seringas de 20 ml sem agulhas numeradas; quatro palitos de sorvete; agua; ovos
de galinha; vinagre; fita adesiva; caneta marcadora; lâmina de vidro; lamínula;
microscópio ótico; folhas de Elodea sp.
Procedimento:
1- Em um recipiente, coloque os ovos e cubra com vinagre, deixe por alguns
dias até a remoção da casca do ovo.
2- Corte transversalmente o plástico das seringas onde encaixa a agulha
deixando a abertura do diâmetro da seringa.
3- Estoure o ovos, lave a membrana e amarre-a com fita adesiva na ponta
cortada de cada seringa.
4- No copo I, adicione 50 ml de água e faça uma marca no nível da água.
5- No copo II, adicione 50 ml de solução de água com açúcar a 80%
6- Apóie as seringas na beira dos copos, usando como apoio as abas da
seringa e os palitos de sorvete.
Observação: A ponta da seringa onde está presa a membrana do ovo deve ficar
dentro da solução presente no copo.
7- Na seringa I, adicione 10 ml de solução de água com açúcar a 80%
8- Na seringa II, adicione 10 ml de água mineral.
9- Adicione 2 gotas de corante às soluções presentes no interior das seringas
Espere durante algumas horas hora e observe os acontecimentos.
Perguntas:
1- Levando em consideração que a membrana do ovo representa a
membrana biológica, responda: O que você observou?
2- Quais transportes podem ser verificados nesse experimento?
65
Experimento II)
- Prepare uma solução com 80 ml de água e uma colher pequena de sal de
cozinha;
- Mexer a solução até a dissolução completa do sal;
- Colocar um pedaço de folha de Elodea sobre a lâmina e acrescentar uma gota
da solução preparada;
- Cobrir com a lamínular;
- Montar uma outra lâmina com um pedaço da folha de Elodea e acrescentar uma
gota d`água normal (sem adição de sal), cobrir com a lamínula e observar.
- Observar no microscópio no aumento de 400 X
Perguntas:
1) Monte um esquema mostrando as diferenças estruturais observadas na folha
que teve contato com a solução salina com a folha que foi acrescentada água
sem solução salina.
2) Você observou alguma diferença entre as lâminas montadas? Em caso
positivo, justifique em por que ocorreu esta diferença entre as células depositadas
nos diferentes meios.
66
Objetivos
- Visualizar lâminas histológicas em diferentes aumentos do microscópio óptico
- Evidenciar as estruturas visualizadas por meio de esquemas
SISTEMA: _________________________
ÓRGÃO: _________________________
TECIDO: _________________________
__________________________________
___________________________________
_________X
SISTEMA: ________________________
ÓRGÃO: _________________________
TECIDO: _________________________
_________________________________
_________________________________
_________X
67
SISTEMA: ________________________
ÓRGÃO: __________________________
TECIDO: __________________________
___________________________________
___________________________________
_______X
SISTEMA:____________________________
ÓRGÃO: ____________________________
TECIDO: ____________________________
___________________________________
___________________________________
_______X
SISTEMA: _________________________
ÓRGÃO: __________________________
TECIDO: __________________________
___________________________________
___________________________________
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I) Objetivos
- Observar e identificar as diferentes fases da mitose em raiz de cebola;
- Relacionar a importância da divisão celular com o crescimento celular;
II) Materiais: corantes (orceína acética 1,5% ou carmim), lâmina, lamínula; pipeta
Pasteur ou conta-gotas; microscópio, béquer; pinça; estilete, uma cebola;
III) Procedimentos
1) Encher o béquer com água e colocar uma cebola com a região de crescimento da
raiz em contato com a lâmina d’agua de forma que a mesma não fique
completamente submersa;
2) Aguardar o crescimento da raiz durante 3 dias, assim que aparecerem as
primeiras raízes cortar e conservar em álcool 70% até o dia da realização da aula
prática;
3) Com a pinça, pegar a ponta da raiz e corta-la sobre a lâmina, fazendo um corte
longitudinal e abrindo seus pedaços, evitando esmagá-la completamente;
4) Colocar uma gota da solução do corante (orceína ou carmim) e cobrir com uma
lamínula;
5) Retirar o excesso de corante nas bordas da lamínula utilizando um pedaço de
papel toalha;
6) Levar para o microscópio e observar nos aumentos de 40x; 100x e 400x.
Objetivos
- Identificar os componentes do corpo humano;
- Observar diferentes cortes histológicos de órgãos do corpo humano através de
microscopia ótica;
- Elaborar esquemas histológicos a partir das lâminas observadas;
- Analisar os esquemas apresentados e comparar com torso e esqueleto do laboratório
didático
Desenvolver as seguintes atividades
1 – Identificar o nome de cada um dos sistemas ilustrados;
2 – Relacionar cada componente dos sistemas;
3 – Comentar sobre a função e importância de cada um dos sistemas ilustrados abaixo;
4 – Escolher dois sistemas apresentados e citar exemplos de como eles atuam em
conjunto;
5 – De acordo com o modelo apresentado no slide, indicar os ossos presentes no corpo
humano, citando-os na ilustração 5.
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Objetivos
- Identificar diferentes grupos zoológicos a diferentes categorias taxonômicas
- Utilizar chave dicotômica para distinção entre diferentes ordens de insetos
- Associar características da composição estrutural com os diferentes filos
1) a) A que filos pertencem os animais encontrados na bancada?
b) Classifique-os de acordo com a simetria corporal relacionando as vantagens
adaptativas para cada tipo de simetria
2) a) A que filos pertencem os animais encontrados na bancada?
b) Classifique-os de acordo com a cavidade celomática (acelomado,
pseudocelomado ou celomado)
3) a) Observe no microscópio e indique os organismo observados fazendo referência
ao reino e filo a que pertencem.
b) Cite 3 características relacionadas a cada organismo observado
4) a) A que filo pertencem os animais observado/
b) Indique o tipo de respiração (branquial, pulmonar, tegumentar ou traqueal) para
cada representante dos diferentes filos
c) Indique o tipo de esqueleto (endoesqueleto, exoesqueleto, completo ou
incompleto) para cada filo
5) a) Utilizando a chave dicotômica e os esquemas anexos, observe os insetos
apresentados e classifique-os de acordo com a ordem a qual pertencem
6) a) Indique o filo e a classe que pertencem os animais observados.
b) Cite 3 características para cada classe.
c) Classifique os sistema circulatórrio dos animais observados, como aberto ou
fechado. Qual deles é mais favorecido com relação a distribuição de nutrientes e
gases respiratório? Justifique a resposta abordando aspectos relacionados as
tendências evolutivas.
7) a) A que filo e classe pertencem os animais observados?
b) De acordo com o ciclo de desenvolvimento diferencie-os em ametábolos,
holometábolos e hemimetábolos.
c) Cite as diferenças estruturais entre as larvas 1 e 2.
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Reino:________________
Filo:__________________
Outras informações:_____________________________________
_______________________________________________________
Reino:________________
Filo:__________________
Outras informações:______________________________________
________________________________________________________
Reino:________________
Filo:__________________
Outras informações:______________________________________
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1) Introdução
A necessidade da elaboração de modelos manipuláveis para representar
a estrutura de moléculas, estudar reações bioquímicas e estabelecer relações
entre estrutura e propriedades da matéria constituem o domínio de atuação da
modelagem molecular. Tendo em vista a formação de professores para atuarem
no ensino fundamental e médio é de grande importância a inovação de tecnologia
aplicáveis na descoberta do conhecimento nas suas diversas áreas de atuação.
A representação de moléculas por fórmulas estruturais foi estabelecida
pela primeira vez em 1874 com a descoberta do arranjo tetraédrico dos átomos
de carbono. A partir da descoberta desse estabelecimento estrutural foi possível a
construção de modelos simples para representar a estrutura tridimensional de
moléculas em escalas relativamente reais.
Os modelos moleculares ainda proporcionam uma inclusão social,
visando sua aplicabilidade a alunos portadores de necessidades especiais.
2) Objetivos
Elaboração de modelos moleculares de aminoácidos para compreensão
dos diferentes grupos funcionais dos aminoácidos e distinção de cadeias
laterais apolares, polares, ácidas, básicas e aromáticas.
Inclusão de novas tecnologias associadas ao ensino de ciências e biologia.
3) Metodologia e procedimentos
Primeira etapa – preparação da massa de modelagem utilizando uma
mistura de proporções iguais de: papel triturado no liquidificador, gesso, serragem
de madeira e cola para madeira. Todo material é misturado até atingir uma massa
homogênea.
Segunda etapa – confecção de esferas de tamanhos diferentes
representativas dos átomos constituintes dos diferentes aminoácidos estudados
durante as aulas teóricas. Após essa etapa, as esferas representativas dos
átomos serão secadas por um período de 24 a 48 horas.
Terceira etapa – montagem dos aminoácidos seguindo os padrões
angulares de disposição dos átomos entre as ligações de carbono. Para essa
etapa, poderão ser utilizados programas de computador que apresentam a
estrutura tridimensional de disposição dos átomos facilitando a compreensão e
montagem dos modelos. As ligações entre os átomos poderá ser feita utilizando-
se materiais como: palito de dente, fósforo, clipes, arames, etc.
Quarta etapa – após a montagem das moléculas, os átomos serão pintados
com cores previamente estabelecidas, lembrando que cores mais vivas podem
ser visualizadas por deficientes visuais que não tenham a visão totalmente
comprometida.
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4) Avaliação prática
Cada aluno ficará responsável pela elaboração de cinco diferentes tipos de
aminoácidos. Além da elaboração de relatório individual contendo as etapas do
processo de criação dos modelos
5) Referências bibliográficas
Orlando, T. C., Lima, A.R. et al, 2009. Planejamento, montagem e aplicação de
modelos didáticos para abordagem de biologia celular e molecular no ensino
médio por graduandos de ciências biológicas. Revista Brasileira de Ensino de
Bioquímica e Biologia Molecular. № 01, 1-17 pp.
Gonçalves, C.L., Borges, E.L., Mota, F.V & Schubert, R.N. 2007. Construção de
modelos moleculares versáteis para ensino de química utilizando material
alternativo e de baixo custo. XVI CIC – pesquisa e responsabilidade ambiental.