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Relatório de

Alocação

Relatório de Alocação 1
Relatório de alocação da Toro

Este conteúdo foi criado pelo nosso time de Analistas de


Investimentos certificados da Toro com o objetivo de ajudar
cada vez mais pessoas a investir nas melhores oportunidades
do mercado, na hora certa. —----------------------------------------------------

Aqui, você verá o contexto atual do mercado e quais as


recomendações de ativos para investir neste momento de
acordo com cada um dos perfis de investidores, desde
conservadores até arrojados.

Conte com nossa equipe de especialistas para te ajudar a


construir uma carteira de investimentos e conquistar seus
maiores objetivos financeiros do jeito mais fácil e seguro.

Bons investimentos!

“Entre a segurança ou a
inovação, eu decidi juntar
tudo de um lado só: o meu
lado Toro.”
Evaristo Costa, jornalista e parceiro da Toro

Relatório de Alocação 2
ÍNDICE

No nosso radar 04

Sugestão de alocação 07

Conservador 09
Moderado 10
Balanceado 12
Arrojado 13

Conte com os experts da Toro 14

Rentabilidade 15

Conservador 16
Balanceado 17
Arrojado 18

Visão dos estrategistas 19

Link dos Produtos 30

Toro Investimentos 31
No nosso radar

No Brasil, seguimos acompanhando o desempenho dos dados


econômicos, com destaque para o cenário de projeção da taxa de
juros Selic e para os dados de inflação. Para o cenário de taxa de
juros, a projeção é de que tenhamos uma continuidade do ciclo de
aperto monetário, com a perspectiva de que para a próxima
reunião do Copom tenhamos um novo ajuste de igual ou menor
magnitude do que foi praticado na reunião de junho. Dados de
inflação apontam para o arrefecimento do IPCA, visto uma
desaceleração no aumento de itens como os combustíveis,
alimentos e energia elétrica, o que traz uma menor pressão
inflacionária.

O IPCA-15 divulgado em junho, veio acima das expectativas de


mercado, porém apresentou uma desaceleração no acumulado de
12 meses, saindo de 12,20% para o atual patamar de 12,04%, o que
pode ser uma sinalização de que o ciclo de alta de taxa juros
esteja chegando ao fim e que o novo ajuste precificado para a
próxima reunião seja o último.

Dados sobre o mercado de trabalho apontam para uma retomada


das atividades econômicas. A divulgação recente feita pelo
CAGED apontou uma criação de mais de 277 mil novos postos de
– Relatório de Alocação 4
No nosso radar

trabalhos no mês de maio, resultado bem acima do projetado pelo


mercado, que era de 192 mil novos postos. Além disso, a taxa de
desemprego caiu no trimestre até maio para 9,8%, a menor marca
desde 2015 para o período analisado.

No âmbito internacional, seguiremos acompanhando o desenrolar


da guerra na Ucrânia, que continua impactando na oferta
internacional de petróleo, assim como na logística relacionada às
commodities agrícolas exportadas por Ucrânia e Rússia. Este
cenário colabora para a continuação da pressão inflacionária que
temos observado nos países desenvolvidos, e está diretamente
relacionada à tomada de decisão por parte dos BC’s com relação
aos aumentos de juros.

Neste sentido, o processo de aumento de juros nos Estados


Unidos, têm levantado a discussão acerca de uma possível
recessão nos EUA, que poderia impactar de maneira relevante o
crescimento do PIB global.

Ao longo de julho, acompanharemos de perto os dados com


relação ao crescimento econômico por lá, a fim de identificar
—------
Relatório de Alocação 5
No nosso radar

variáveis que possam corroborar ou contradizer esta hipótese.

Já na China, com a flexibilização da política de Covid Zero, com


redução dos períodos de quarentena para recém-chegados,
entre outras medidas, observamos um impulso de curto prazo
na percepção internacional acerca do crescimento chinês,
embora o alvo de 5,5% de crescimento do PIB em 2022 esteja
se tornando cada vez mais improvável de ser atingido. Ao longo
de julho, teremos mais sinais com relação ao posicionamento
do PBOC (banco central chinês), e do quão longe o governo
estará disposto a ir em termos de medidas expansionistas, para
buscar atingir sua meta de crescimento.

Relatório de Alocação 6
Sugestão de
Alocação
Esta é uma recomendação considerando os percentuais de
alocação em cada classe de ativos conforme os diferentes
perfis de investidor.

Relatório de Alocação 7
Sugestão de alocação

Conservador

70% Renda Fixa Pós-fixada

10% Renda Fixa Prefixada

20% Renda Fixa IPCA

0% Fundos Multimercados

0% Ações

0% Imobiliário

0% Internacional

Moderado

33% Renda Fixa Pós-fixada

30% Renda Fixa IPCA

12% Renda Fixa Prefixada

25% Fundos Multimercados

0% Ações

0% Imobiliário

0% Internacional

Relatório de Alocação 8
Conservador

70% R.F. Pós-fixados 20% R.F. Inflação (IPCA)

50,0% - Western Asset Soberano II FI RF 20,0% - CDB Banco Fibra | 1 ano


Referenciado SELIC
20,0% - CDB Banco ABC | 1 ano

10% R.F. Prefixados 0% Imobiliário

10,0% - CDB Banco ABC | 1 ano

0% Ações 0% Fundos Multimercados

0% Internacional

O investidor conservador preza pela segurança em primeiro lugar,


portanto sua alocação é essencialmente em títulos de Renda Fixa.

Relatório de Alocação 9
Moderado

33% R.F. Pós-fixados 30% R.F. Inflação (IPCA)

10,0% - V8 CASH FIRF CRÉDITO PRIVADO 5,0% - CDB Banco Fibra| 1 ano
3,0% - CDB Sorocred | 1 ano 5,0% - CDB Banco BMG | 2 anos
20,0% - Capitânia Premium 45 FIC RF Cred 10,0% - AZ Quest Debentures
Priv LP Incentivadas FIC FI CP
10,0% - Sparta Top Inflação FIC FI CP
LP
12% R.F. Prefixados

12,0% - CDB Banco Master | 5 anos

25% Fundos Multimercados

12,5% - Kinea Chronos FIM


12,5% - RPS Equity Hedge D15 FIC FIM

O investidor moderado também tem interesse pela segurança, mas


está disposto a abrir mão de parte dela para ter retornos melhores.

Relatório de Alocação 10
Sugestão de Alocação

Balanceado

22,5% Renda Fixa Pós-fixada

17,5% Renda Fixa Inflação

8% Renda Fixa Prefixada

24% Fundos Multimercados

16% Ações

7% Imobiliário

5% Internacional

Arrojado

16,5% Renda Fixa Pós-fixada

14,5% Renda Fixa Inflação

7% Renda Fixa Prefixada

26% Fundos Multimercados

20% Ações

10% Imobiliário

6% Internacional

Relatório de Alocação 11
Balanceado
22,5% R.F. Pós-fixados 17,5% R.F. Inflação (IPCA)

10,0% - V8 CASH FIRF CRÉDITO 3,0% - CDB Banco Fibra | 1 ano


PRIVADO 5,0% - CDB Banco BMG | 2 anos
3,0% - CDB Sorocred | 1 ano 4,75% - AZ Quest Debentures
9,5% - Capitania Premium 45 FIC RF Incentivadas FIC FI CP
Cred Priv LP 4,75% - Sparta Top Inflação FIC FI CP
LP

8% R.F. Prefixados 10% Imobiliário

8,0% - CDB Banco Master | 5 anos 5,0% - RBRF - RBR Alpha Fundo de
Fundos
5,0% - BPFF - Brasil Plural Absoluto

16% Ações 24% Fundos Multimercados

Monetus FIA
12,0% - Kinea Chronos FIM
Sharp Equity Value Institucional FIA
12,0% - RPS Equity Hedge D15 FIC FIM
CYRE3 - Cyrela
FLRY3 - Fleury
SUZB3 - Suzano
MULT3 - Multiplan 5% Internacional
RRRP3 - 3R Petroleum
CSNA3 - CSN
ITUB4 - Itaú Unibanco
CCRO3 - Grupo CCR
5,0% - BV Dólar Cambial FIC FI
YDUQ3 - YDUQS
LREN3 - Lojas Renner
PGMN3 - Pague Menos

O investidor balanceado
se assemelha ao perfil
moderado, porém se
expõe a ativos de Renda
Variável também.

Relatório de Alocação 12
Arrojado
16,5% R.F. Pós-fixados 14,5% R.F. Inflação (IPCA)

6,0% - V8 CASH FIRF CRÉDITO 3,0% - CDB Banco Fibra | 1 ano


PRIVADO 5,0% - CDB Banco BMG | 2 anos
4,0% - CDB Sorocred | 1 ano 3,25% - AZ Quest Debentures
6,5% - Capitania Premium 45 FIC RF Incentivadas FIC FI CP
Cred Priv LP 3,25% - Sparta Top Inflação FIC FI CP
LP

7% R.F. Prefixados 10% Imobiliário

7,0% - CDB Banco Master | 5 anos 5,0% - RBRF - RBR Alpha Fundo de
Fundos
5,0% - BPFF - Brasil Plural Absoluto

20% Ações 26% Fundos Multimercados

Monetus FIA 13,0% - Kinea Chronos FIM


Sharp Equity Value Institucional FIA 13,0% - RPS Equity Hedge D15 FIC FIM
CYRE3 - Cyrela
FLRY3 - Fleury
SUZB3 - Suzano
MULT3 - Multiplan 6% Internacional
RRRP3 - 3R Petroleum
CSNA3 - CSN
ITUB4 - Itaú Unibanco
CCRO3 - Grupo CCR
6,0% - BV Dólar Cambial FIC FI
YDUQ3 - YDUQS
LREN3 - Lojas Renner
PGMN3 - Pague Menos

O investidor arrojado é
aquele que possui maior
tolerância ao risco para
buscar maiores retornos.

Relatório de Alocação 13
Conte com os experts da Toro

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Relatório de Alocação 14
Rentabilidade

Relatório de Alocação 15
Conservador

No ano 12 meses Desde o início

Conservador 6,7% 10,8% 20,4%

CDI 5,4% 8,7% 16,2%

Alfa 1,2% 2,1% 4,1%

*O desempenho da carteira teórica não necessariamente reflete o desempenho da carteira


individual, em vista das condições diferentes de mercado para cada entrada.
**Dados considerados até o dia 30/06/2022

Relatório de Alocação 16
Balanceado

No ano 12 meses Desde o início

Balanceado -1,4% -0,8% 27,4%

IHFA 7,9% 6,4% 22,5%

Alfa -9,4% -7,2% 4,9%

*O desempenho da carteira teórica não necessariamente reflete o desempenho da carteira


individual, em vista das condições diferentes de mercado para cada entrada.
**Dados considerados até o dia 27/06/2022

Relatório de Alocação 17
Arrojado

No ano 12 meses Desde o início

Arrojado -6,0% -8,0% 22,7%

IHFA 7,9% 6,4% 22,5%

Alfa -13,9% -14,4% 0.2%

*O desempenho da carteira teórica não necessariamente reflete o desempenho da carteira


individual, em vista das condições diferentes de mercado para cada entrada.
**Dados considerados até o dia 27/06/2022

Relatório de Alocação 18
Visão dos
estrategistas

Relatório de Alocação 19
Visão dos estrategistas

Receio de recessão global derruba bolsas.

Desta vez, a bolsa brasileira não conseguiu escapar da


tendência de baixa que predominou nos mercados globais de
ações: o Ibovespa caiu em 15 dos 21 pregões ao longo do mês
e, com isso, amargou forte queda de 11,5% em junho,
acompanhando o movimento dos principais índices
americanos e europeus de ações, neste período. Esta foi a
maior queda do índice desde o início da pandemia, ficando
atrás apenas dos 30% negativos de março de 2020. Dessa
forma, o benchmark brasileiro inverteu o desempenho no ano
(que vinha positivo até maio) e acumulou um recuo de 5,99%
no primeiro semestre de 2022, tendo voltado aos 98.542
pontos.

O semestre pode ser dividido em dois. Até 1º de abril


(coincidentemente, o dia da mentira), o Ibovespa dançava ao
som dos violinos, tendo atingido alta acumulada de 19% no
pico do ano. Daquele dia em diante, porém, o índice entrou em
reversão e passou a deslizar ao som dos canhões e, desde
então, o benchmark da bolsa brasileira derreteu 19%, com
questões mais estruturais sendo digeridas pelos investidores.
Na esfera global, houve impacto, principalmente, no que tange
à expectativa de inflação e juros altos a longo prazo, levando
ao aumento da probabilidade de uma recessão. Enquanto na
esfera local, houve impactos das searas fiscal e política.

Como se não bastasse a queda dos grandes pesos do —-----------

Relatório de Alocação 20
Ibovespa, a tendência de baixa pairou sobre o índice como um
todo em junho. Apenas 4 dos 91 papéis que compõem a
carteira teórica do indicador conseguiram se salvar com
desempenho positivo no mês, foram eles: Eletrobras, com
ELET3 tendo avançado 9,63% e ELET6 tendo saltado 12,18%,
Weg (WEGE3) com alta de 4,43% e Fleury (FLRY3) que subiu
7,38%.

Os destaques que mais contribuíram para o mergulho profundo


do Ibovespa em junho foram, como de costume, empresas de
commodities e grandes bancos. Do lado de commodities,
lideraram as perdas, em pontos, os papéis das gigantes do
índice, Vale (VALE, -11,19%) e Petrobras (PETR4, -7,09%; PETR3,
-8,18%), acompanhadas de Gerdau (GGBR4; -23,38%), JBS
(JBSS3, -11,26%), PetroRio (PRIO3, -21,44%) e Cosan (CSAN3,
-15,78%).

Já do lado do setor financeiro, se destacaram as perdas, em


pontos, nos papéis de Itaú Unibanco (ITUB4, -13,28%),
Bradesco (BBDC4, -15,14%), B3 (B3SA3, -13,17%), Itaúsa
(ITSA4, -12,82%), Banco do Brasil (BBAS3; -8,17%) e inclusive,
indo além das grandes instituições, as units do BTG Pactual
caíram (BPAC11, -11,96%). Sobre os preços dos papéis de
bancos como um todo, além da aversão ao risco generalizada,
observamos também o reflexo do aumento da expectativa de
elevação da inadimplência batendo à porta, uma vez que a
atual conjuntura é caracterizada por inflação e taxa de juros
altas, crescimento do endividamento das famílias, salários que
não acompanham o ritmo de perda de poder de compra, taxa
de desemprego ainda elevada na economia brasileira e risco
de recessão global se fortalecendo.

Relatório de Alocação 21
No geral, pesaram negativamente as perspectivas de menor
crescimento econômico mundial e as incertezas sobre a China,
com isso, houve queda nos preços do minério de ferro e do
petróleo em junho - a cotação dos contratos futuros de minério
de ferro 62% caiu 10,4% na China, enquanto o barril do Brent
encerrou junho cotado a US$110,62, um recuo de 6,22% no
mês, tendo tocado a mínima de US$107,03 na sessão do dia
22. No âmbito local, tiveram reflexos negativos sobre o
desempenho do Ibovespa a possível mudança na Lei das
Estatais, a nova troca de presidente na Petrobras e o
agravamento da questão fiscal brasileira, diante de uma série
de medidas propostas pela seara política, que visam aumentar
os gastos públicos na tentativa de amenizar os impactos da
inflação no País.

O preço do dólar também reagiu ao cenário mais estressado


no Brasil, bem como repercutiu, em parte, o chamado emitido
pelos juros americanos mais elevados, que tendem a tirar
capital de economias emergentes rumo aos títulos públicos da
maior economia do mundo. A moeda estadunidense saltou
mais de 10% face ao real no mês, tendo ficado atrás apenas da
alta de 16% em março de 2020. Com isso, o dólar encerrou
junho no patamar de R$5,24. Ainda assim, no acumulado deste
primeiro semestre, a moeda norte-americana apresenta queda
de 6,14%.

De volta ao tema central, a inflação, o IPCA de maio veio


melhor do que o esperado, imprimindo novamente uma
desaceleração, com o indicador tendo apresentado alta de
0,47% em maio, a menor variação mensal desde abril do ano
passado, após alta de 1,06% em abril deste ano e ante 0,83%
em maio de 2021. Nos últimos 12 meses até maio, o principal

Relatório de Alocação 22
índice de inflação ao consumidor acumulou alta de 11,73%, o
que também significa uma desaceleração, contra os 12,13%
registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. A
mediana das projeções colhidas pela Refinitiv estimava alta de
0,60% no mês e inflação de 11,84% em 12 meses.

O resultado da inflação em maio foi favorecido pela queda de


7,95% no custo da energia elétrica. Já passagens aéreas e
remédios foram os vilões do mês. A inflação também foi
menos disseminada e houve um freio nos preços de alimentos.
O índice de difusão mostra que, em maio, houve aumento de
preços de 72% dos produtos e serviços investigados, abaixo da
taxa de abril, de 78%. O índice de difusão para os produtos não
alimentícios ficou em 78%, o mesmo de abril, enquanto o índice
para os produtos alimentícios recuou de 79% para 65%.

No âmbito de política monetária, no dia 15 de junho, o COPOM


subiu a taxa básica de juros brasileira em mais 0,5 ponto
percentual, em linha com o esperado, elevando a SELIC-meta
de 12,75% para 13,25% ao ano (a.a.). O Comitê informou que
pode realizar mais um aumento na mesma magnitude ou
menos na próxima reunião (que termina em 3 de agosto) e que
tem a intenção de encerrar o ano reduzindo os juros para
13,25% a.a. e finalizar 2023 com a SELIC em 10% a.a. Dessa
forma, o COPOM se mostra mais uma vez comprometido com
o controle da inflação no Brasil e, ao mesmo, tempo em manter
as expectativas de inflação futura bem ancoradas.

Além disso, os dirigentes do Banco Central reconheceram que


a meta de inflação (de 3,5%) será descumprida em 2022, pelo
segundo ano consecutivo, com a probabilidade de a inflação
superar o teto da meta neste ano (de 5%) tendo saltado de
—----
Relatório de Alocação 23
88% em março, para 100% em junho. Para 2023, o Banco
Central estima que a probabilidade de superar o teto da meta
de inflação subiu de 12% para 29%.

Nos EUA, os principais índices de ações derreteram em junho:


o S&P 500 caiu 8,39%, o Dow Jones recuou 6,71%, enquanto o
Nasdaq apresentou queda de 8,71%. Dessa forma, os
benchmarks do mercado acionário estadunidense seguem
acumulando fortes quedas no ano de 2022: de 20,58%, 15,31%
e 29,51%, respectivamente.

No mesmo dia 15 de junho, o FOMC subiu em 0,75 ponto


percentual a taxa de juros referencial nos Estados Unidos
(EUA), aumentando-a da faixa anterior de 0,75% a 1% ao ano
para a atual faixa de 1,5% a 1,75% a.a., configurando-se como o
maior aumento nos juros americanos desde 1964. Embora o
ajuste tenha sido acima do previsto anteriormente pelo próprio
presidente do FED, Jerome Powell, o anúncio veio em linha
com a expectativa majoritária do mercado, que reagiu às
vésperas da reunião do FOMC com temores inflacionários
mais elevados, subindo a estimativa de aumento, que antes era
de 0,5 p.p.

Powell reiterou que a ação do FED tem que ser rápida e, por
isso, mais agressiva. Ainda assim, a atual faixa está abaixo da
taxa de juros neutra, que os banqueiros centrais consideram
ser de 2,5%, patamar que não impulsiona nem desestimula a
atividade econômica. Segundo Powell, os dirigentes do FED
estão prontos para elevar os juros americanos acima do nível
neutro, mesmo que isso implique um impacto na atividade
econômica do País. Além disso, desde 1º de junho, o FED
iniciou a redução de seu balanço, o que será feito
—--------------------
Relatório de Alocação 24
gradualmente, em US$ 47,5 bilhões por mês (US$30 bilhões
em títulos do Tesouro e US$17,5 bilhões em dívidas privadas e
títulos lastreados em hipotecas), ritmo que será aumentado
para US$95 bilhões por mês, no total, a partir de setembro (dos
quais, US$60 bilhões em Tesouro e US$35 bilhões em papéis
privados e hipotecas). O mercado segue atento aos diversos
discursos dos banqueiros centrais americanos, bem como à
ata do FOMC, que será divulgada no próximo dia 6 de julho.

A inflação na maior economia do mundo segue


persistentemente alta e preocupante: embora tenha vindo
abaixo do esperado na base mensal na última divulgação, o
Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal (PCE)
mostrou uma aceleração, tendo subido 0,6% no mês e
acumulado alta de 6,3% em 12 meses até maio, portanto,
acima do aumento de 0,2% que havia sido registrado em abril,
ponto que desagradou os agentes do mercado, apesar de ter
se mostrado no mesmo patamar de 6,3% nos últimos 12
meses registrados até abril, conforme o Escritório de Análises
Econômicas do Departamento do Comércio dos EUA. A
expectativa era de alta de 0,4% na base mensal e de 4,8% na
anual, segundo o consenso apurado pela Refinitiv.

Já o núcleo do PCE, que exclui alimentos e energia,


desacelerou mais uma vez, tendo acumulado alta de 4,7% em
maio ante 4,9% em abril na comparação anual. Na comparação
com o mês anterior, o núcleo do PCE avançou 0,3% em maio,
no mesmo patamar do avanço que havia sido registrado em
abril. O indicador ficou ligeiramente abaixo da expectativa do
mercado em ambas as bases de comparação, mensal e anual,
segundo economistas consultados pelo The Wall Street
Journal. Estes são os principais indicadores de inflação —---------

Relatório de Alocação 25
monitorados pelo Comitê de Mercado Aberto (FOMC) para
traçar a rota da política monetária nos EUA.

Diante destes últimos dados divulgados, podemos perceber


que o cenário inflacionário continua desafiador na maior
economia do planeta, o que eleva a probabilidade de um
aumento de mais 0,75 ponto percentual no intervalo de taxas
de juros nos EUA, no encerramento da próxima reunião do
FOMC, em 27 de julho. Isto já está sendo previsto nos
discursos do próprio presidente do FED e implicaria em levar a
taxa para 2,25% a 2,50% a.a., em torno do nível considerado
neutro.

Vale destacar que, embora não tenha uma recessão no seu


cenário base (apesar de “estar aberto à essa possibilidade”),
Jerome Powell tem reiterado nos últimos dias que não há
garantia que um “pouso suave” será alcançado no final deste
processo de aperto monetário, conforme considerava
anteriormente, e que os juros precisam ir para o território
restritivo rapidamente para evitar que o cenário de inflação alta
se mantenha por um longo tempo. Dessa forma, também sobe
a probabilidade de novos aumentos nos juros americanos nas
reuniões de setembro e novembro, o que o mercado estima
que devem ocorrer em menor intensidade, de 0,5 ponto
percentual. Esse tom mais hawkish da autoridade monetária
estadunidense tem afetado e pode continuar impactando o
desempenho dos mercados de ações globais.

Com o cenário ainda desafiador para a atividade das maiores


economias do mundo, em especial EUA e China, e
consequentemente para o desempenho dos ativos de risco
globais, mantemos a exposição reduzida a ativos atrelados ao
-
Relatório de Alocação 26
mercado estrangeiro (classe Internacional) para os perfis
Balanceado e Arrojado.

No que tange à exposição à bolsa brasileira (Ações), também


mantemos o nível menor de exposição a ativos locais para os
perfis Balanceado e Arrojado. Nossa visão é de que, embora
sigamos confiantes na melhor performance relativa do Brasil
face aos seus pares no curto prazo devido à combinação dos
dois maiores drivers para o mercado brasileiro atualmente
(juros mais altos e ciclo favorável às commodities), ainda
assim, preferimos manter a cautela diante da nossa
expectativa de que a volatilidade nos preços do mercado de
ações doméstico tende a aumentar nos próximos meses,
dados os riscos inflacionários globais em conjunto com
fatores internos, como a disputa eleitoral se intensificando no
País, que podem trazer turbulências para os ativos nacionais a
curto/médio prazo.

No contexto atual, permanecemos diligentes na seleção de


ativos locais, priorizando empresas de qualidade, fortes
geradoras de caixa e baixo endividamento em detrimento de
teses de crescimento mais alavancadas, de companhias que
podem sofrer em maior intensidade diante de uma eventual
correção nos preços dos ativos mais à frente, quer seja por
parte de questões domésticas, por exemplo, em decorrência de
turbulências por parte da cena eleitoral que se avizinha, ou
quer seja por uma retirada de capital estrangeiro da bolsa
brasileira diante do aumento dos juros americanos.

Seguimos com uma visão construtiva para o mercado de


Fundos Imobiliários (FIIs), com foco principalmente no longo
prazo. Entretanto, o ambiente de taxas de juros mais altas —-----

Relatório de Alocação 27
pode continuar impactando negativamente os FIIs de Tijolo no
curto/médio prazo. Por outro lado, os FIIs de papéis podem se
beneficiar em função de suas remunerações atreladas ao CDI e
índices de inflação. Por isso, mantemos a exposição a FIIs no
mesmo nível para o perfil Balanceado e Arrojado, com posição
em Fundos de Fundos, com boas carteiras e equipes de gestão
experientes e profissionais, nos aproveitando do desconto
excessivo em relação ao valor patrimonial dos mesmos e de
um bom dividend yield.

Somado a isso, continuamos com a exposição elevada à


classe de Multimercados para os perfis Moderado,
Balanceado e Arrojado, em busca de reduzir o risco das
carteiras como um todo, uma vez que este tipo de fundos de
investimentos apresenta alto grau de diversificação, consegue
operar com eficiência nos mercados de juros estrangeiros, faz
uso de estratégias Long & Short (o que traz a possibilidade de
ganhos com a queda nos preços de ativos, o que pode ser uma
vantagem neste contexto de mercado acionário que ainda
esperamos ser baixista), além de acessar produtos
diferenciados, os quais estão disponíveis somente para
grandes volumes de capital.

Na classe de Renda Fixa, não há alterações nos percentuais de


alocação em relação ao mês anterior. Em função da forte
possibilidade de mais um aumento na SELIC, seguimos com
maior exposição a ativos pós-fixados, que são favorecidos por
este cenário. Devido ao aumento observado na inflação
brasileira e a possibilidade mais predominante de fim de ciclo
de alta na SELIC se avizinhando, mantemos a participação de
ativos atrelados ao IPCA, para todos os perfis, Conservador,
Moderado, Balanceado e Arrojado, por questões táticas. Em —-

Relatório de Alocação 28
conjunto, continuamos com exposição à subclasse de ativos
prefixados, com o objetivo de acessar oportunidades em
produtos que podem ajudar bastante no desempenho dos
portfólios nos próximos anos, visto que já temos observado
um fechamento das curvas de juros futuros no Brasil,
refletindo uma expectativa do mercado de fim de ciclo de alta
na taxa básica de juros (SELIC), o que cria uma janela de
oportunidade relativamente atrativa para prefixados.

De forma associada ao objetivo de preservar capital e ao


mesmo tempo na busca por boas oportunidades no mercado
corporativo, seguimos com a alocação em Fundos de Crédito
Privado para os perfis Moderado, Balanceado e Arrojado.

Como sempre, ressaltamos que, os investidores que já


compraram os papéis de renda fixa recomendados
anteriormente, podem mantê-los até o vencimento, sendo as
novas indicações apenas para novos aportes.

Relatório de Alocação 29
Links dos Produtos

Para acessar os produtos recomendados,


basta clicar no nome da classe de ativos
abaixo:

Renda Fixa

Ações

Imobiliário

Multimercados

Internacional
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Relatório de Alocação 31
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nossos acionistas está o Santander Brasil, uma das maiores
instituições financeiras do mundo, e temos todas as certificações
do Banco Central, B3, CVM e Anbima.
Disclaimer:
Os instrumentos financeiros negociados em Bolsa de Valores podem não ser adequados para todos os
investidores. Os relatórios disponibilizados pela Toro CTVM Ltda. (“Toro”) não levam em consideração os
objetivos de investimento, a situação financeira ou as necessidades específicas de um determinado
investidor. A decisão final em relação aos investimentos deve ser tomada por cada investidor, levando em
consideração os vários riscos, tarifas e comissões.

A rentabilidade de instrumentos financeiros pode apresentar variações, e seu preço ou valor pode aumentar
ou diminuir, podendo, dependendo das características da operação, implicar em perdas de valor até superior
ao capital investido. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros e nenhuma
declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita em relação a desempenhos futuros. O
investimento em renda variável é considerado de alto risco, podendo ocasionar perdas, inclusive, superiores
ao montante de capital alocado.

O prejuízo potencial apresentado é meramente indicativo e o prejuízo efetivamente decorrente das operações
realizadas pode ser substancialmente distinto da estimativa. Os preços e disponibilidades dos instrumentos
financeiros são meramente indicativos e sujeitos a alterações sem aviso prévio. O investidor que realiza
operações de renda variável é o único responsável pelas decisões de investimento ou de abstenção de
investimento que tomar. Os relatórios de análise disponibilizados pela Toro foram elaborados pela Toro
Investimentos S.A., analista de valores mobiliários devidamente credenciada na forma da legislação em
vigor. O Contrato de Intermediação da Toro, indispensável à abertura de conta, prevê a disponibilização deste
conteúdo na forma de sua cláusula 4.4.1.

Todo o conteúdo de análise disponibilizado pela Toro reflete única e exclusivamente as opiniões pessoais
dos analistas responsáveis por sua elaboração e foi elaborado de forma independente, inclusive em relação à
Toro Investimentos S.A. e à Toro, sendo certo que não houve qualquer imposição quanto às conclusões nele
manifestadas. Para fins do disposto no Art. 20 da Resolução CVM nº 20/2021, o analista credenciado
responsável pelos relatórios de análise disponibilizados é o Sr. Lucas Matheus Carvalho de Lima. Não há
situações de conflito de interesses que possam impactar na imparcialidade deste relatório e a Toro
Investimentos S.A. e a Toro adotarão todas as medidas cabíveis para coibir qualquer potencial conflito de
interesses que possa impactar a imparcialidade deste relatório bem como para comunicá-lo de forma clara e
expressa, nos termos de sua Política e Procedimentos para a Atividade de Análise de Valores Mobiliários
disponibilizada na rede mundial de computadores e conforme previsto pela legislação vigente.

A Toro é sociedade corretora autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil e, nesta condição, nos
termos da Resolução CVM nº 20/2021, declara que está envolvida na aquisição, alienação ou intermediação
dos valores mobiliários objeto de relatórios de análise elaborados pela Toro Investimentos S.A., Sociedade
Ligada, e disponibilizados pela corretora.

A remuneração dos analistas envolvidos na elaboração dos relatórios oferecidos pela Toro não está nem
esteve vinculada de qualquer forma aos pontos de vista emitidos e nem se subordina a outras áreas
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Código de Conduta da APIMEC, as análises que fundamentam as recomendações enviadas através das
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mediante solicitação direta. Caso um instrumento financeiro seja expresso em uma moeda que não a do
investidor, uma alteração nas taxas de câmbio pode impactar adversamente seu preço, valor ou rentabilidade

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