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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO – UNIVASF

CAMPUS CIÊNCIAS AGRÁRIAS – CCA

COLEGIADO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA - CEAGRO

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FICHA TÉCNICA DE HORTALIÇAS

Identificação do estudante: Vanessa dos Santos Pereira

Nome comum da hortaliça/ Pepino / Cucumis sativus L.


nome científico

Família botânica: Cucurbitácea

Origem: China, India e Japão

Estrutura O fruto é a parte do pepino comercializada. Caracterizado como uma hortaliça-fruto


comercializada/Classificação

Exigências climáticas: Temperatura (ótima, mínima e máxima): (35°C, 16 °C, 41°C) Variação ótima 16-35 °C

Umidade: A umidade relativa (UR), ótima para a cultura do pepino é de 70 a 90%

Época de plantio mais favorável:

Ciclo: Anual, bianual ou perene; Dias para colheita após semeio ou transplantio.:

Anual- 60 a 80 dias

Grupos e cultivares: Especificar os grupos e as cultivares mais utilizadas atualmente.

Grupos:Caipira, Japonês, Aodai, e Conserva.

Informações nutricionais,
uso, composição, benefícios Composição nutricional para cada
para a saúde e formas de 100 g de pepino sem casca. Cobre mg 0,12
preparo/consumo. Fibra % 0,4 Enxofre mg 0,16
Caloria 3,0 Magnésio mg 10
Água 92,8 Manganês mg 0,015
Matéria seca 4,4 Zinco mg 5,900
Vit. A retinol µg 2 Potássio mg 75,80
Vit. B tiamina µg 30 Sódio mg 20,40
Vit. B2 riboflavina µg 40 Cálcio mg 22
Vit. B5 niacina mg 0,200 Ferro mg 0,440
Vit. C ácido ascórbico mg 14,0 Fósforo mg 4
Vit. E mg 0,028
Vit. K mg 3,071
De acordo com a nutricionista Tatiana Zanin (CRN-3 nº 15097), o pepino é um vegetal
nutritivo e baixo em calorias, já que é rico em água, minerais e antioxidantes, possuindo
diversos benefícios para a saúde como favorecer a perda de peso, manter o organismo
hidratado e melhorar o funcionamento do intestino. Basicamente sua principal forma de
consumo é in natura na preparação de saladas.
Implantação da cultura: Forma de propagação (seminífera ou vegetativa): Seminífera e vegetativa

Semeadura direta ou transplantio: Direta e transplantio

Exigências em solo (textura, pH, nutrientes): Solos leves, como os areno-argilosos,


nutrientes principais são nitrogênio e potássio e pH na faixa de 5,5 a 6,5

Formas de preparo de solo e plantio (covas, canteiros, leiras, sulcos): covas ou sulcos

Sistema de irrigação (especificar): Aspersão, sulcos, microaspersão e gotejamento

Espaçamento entre linhas e entre plantas: Cultura rasteira, com frutos destinados ao
consumo in natura:1,5 x 1 m, com 2 plantas por cova. Pepino industrial: entre linhas é de 1
m e entre covas de 0,3 a 0,4 m, com três plantas por cova. Cultivo tutorado: 1 m entre linhas
e 0,4 a 0,6 m entre plantas, com uma planta por cova.

Nº de plantas por hectare (estande): 5000 plantas/ha

Tratos culturais: Desbaste, desbrota, tutoramento, controle de plantas daninhas, etc:

O desbaste, que consiste em eliminar o excesso de plantas, é realizado quando as plantas


apresentam 2 a 3 folhas definitivas. No cultivo rasteiro, em campo aberto, para
industrialização, deixa-se entre duas a três plantas no desbaste.

O tutoramento do pepino a campo é realizado com estacas de bambu rachadas ao meio e


colocadas a 1,7 m de altura em forma de “V” invertido. O plantio é realizado em canteiros, e a
cada 2 a 3 m são colocados mourões que dão sustentação ao “cavalo”. Na extremidade
superior dos mourões é esticado um fio de arame, os quais dão suporte ao bambu. Em cultivo
protegido é utilizado uma linha, sendo a mesma disposta na posição vertical ou arames
horizontais sustentados por armações metálicas. As daninhas são controladas coma capina.

Distúrbios fisiológicos: O formato anormal pode ser o resultado de deficiências nutricionais, principalmente
nitrogênio e potássio. Por isso deve-se fazer análises de solo e as corretas adubações.

A barriga-branca se desenvolve em cultura rasteira que crescem em contato com o solo, por
falta de luz.

A podridão-da-ponta pode ser desenvolvida por polinização deficiente em cultivares


dependentes de polinização entomófila para o desenvolvimento do fruto. Neste caso deve-se
evitar pulverizações em horários em que ocorrem a polinização.

Principais insetos-praga: Nome comum e científico: Tripes (Thrips tabaci, Thrips palmi e Frankliniella schultzei);

Mosca branca ( Bemisia tabaci);Vaquinhas (Acalymma bivittula, Diabrotica spp., Cerotoma


arcuata, Cerotoma unicornis e Epilachna cacica); Broca-das-cucurbitáceas (Diaphania
nitidalis e Diaphania hyalinata) ;Pulgoes (Aphis gossypii e Myzus persicae)

Dano: Os tripes perfuram e sugam o conteúdo das células vegetais; a mosca branca causa
sucção contínua da seiva e ação toxicogênica, provocando alterações no desenvolvimento
vegetativo e reprodutivo das plantas; as vaquinhas causam perfurações nas folhas, que reduz
a área fotossintética da planta e o atacam às flores podendo ocasionar o seu aborto; a broca
das cucurbitáceas ataca os brotos novos e os ramos que ficam com as folhas secas. Nos
frutos abrem galerias e destroem a polpa; os pulgões sugam a seiva e injetam toxinas que
provocam definhamento de mudas e plantas jovens, e encarquilhamento das folhas, brotos e
ramos.

Controle: Fazer uso de inseticidas específicos registrados para cultura e do controle cultural
como o isolamento dos cultivos por data e área, evitando escalonamento de plantio; instalação
dos cultivos no sentido contrário ao vento, do mais velho para o mais novo, para desfavorecer
o deslocamento da praga das lavouras mais velhas para as novas; a implantação prévia de
barreiras vivas ou faixas de cultivos ao redor da lavoura; a adoção de cultivo em ambiente
protegido (estufas) e etc.
Principais doenças (fungos, Nome comum e científico: Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides f. sp. cucurbitae.);
bactérias, vírus e
nematoides): Cancro-das-hastes (Dydimella bryoniae);Oídio (Podosphaera xanthii);Mancha-zonada
(Leandria momordica); Míldio (Pseudoperonospora cubensis); Mancha-angular

(Pseudomonas syringae)

Sintoma: Antracnose (são circulares a elípticos, deprimidos e podem apresentar a massa


rosada de esporos do fungo em estádios mais avançados); cancro-das-hastes (manchas
circulares de coloração parda variando de alguns milímetros até alguns centímetros de
diâmetro. Em estádios mais avançados também é visível a formação de corpos de frutificação
negros); mancha-zonada (inicialmente pequenas manchas encharcadas que após a necrose
tornam-se esbranquiçadas. Em seguida essas necroses evoluem e subdividem-se em pequenas
áreas angulosas); míldio (sintomas na parte inferior da folha sob a forma de manchas
cloróticas e angulosas que se alastram pelo limbo); Mancha-angular (manchas encharcadas,
angulosas e limitadas pelas nervuras. Em seguida as áreas atacadas tornam-se necrosadas, de
coloração cinza e depois pardacenta, as quais podem coalescer e atingir extensas áreas de
aspecto brilhante).

Condições favoráveis: Temperaturas abaixo ou acima do que a cultura necessita, chuvas


frequentes, alta umidade, manejo inadequado da irrigação.

Controle: Fungicidas e bactericidas adequados para cada doença, além do controle cultural
como a rotação de culturas com espécies que não sejam da família das cucurbitáceas, o
tratamento de sementes, evitar plantio em áreas favoráveis para ocorrência da doença etc.

Colheita, classificação e Preferência do consumidor: Conserva e aodai; Ponto de colheita: 10 a 15 cm;


comercialização: Classificação: Extra, I, II e III; Embalagem: Caixa de papelão; Produtividade média da
cultura: 50t/ha

Referências:
Lima, Márcio Santos et al. Avaliação de porta-enxertos para pepino tipo japonês. Scientia Agricola [online]. 2000, v. 57, n. 1
[Acessado 29 Março 2022] , pp. 169-172. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103-90162000000100027>. Epub
28 Abr 2000. ISSN 1678-992X. https://doi.org/10.1590/S0103-90162000000100027.
Brasília, DF: Embrapa Hortaliças, A cultura do pepino. 2013, 17p, circular técnica, 113.
Cardoso, Antonio Ismael InácioAvaliação de cultivares de pepino tipo caipira sob ambiente protegido em duas épocas de
semeadura. Bragantia [online]. 2002, v. 61, n. 1 [Acessado 30 Março 2022] , pp. 43-48. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S0006-87052002000100007>. Epub 03 Fev 2004. ISSN 1678-4499. https://doi.org/10.1590/S0006-
87052002000100007.
RESENDE, G. M.; FLORI, J. E. Produtividade de pepino para processamento no vale do São Francisco. Pesquisa
Agropecuária Brasileira, Brasília-DF, v. 38, n. 2, p. 251-255, 2003.
KOHATSU D. S. Aspectos fisiológicos e bioquímicos da enxertia em plantas de pepino. 2010. 61 f. Tese (Doutor em
Agronomia) - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”. UNESP, Botucatu - SP, 2010

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