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ATLAS DOS VIAJANTES NO BRASIL (HTTPS://VIAJANTES.BBM.USP.BR)

SOCIAL
200 LIVROS: ESTADO PATRIMONIAL
22/07/2021 (HTTPS://BLOG.BBM.USP.BR/2021/200-LIVROS-ESTADO-PATRIMONIAL/) / CURADORIA
(HTTPS://BLOG.BBM.USP.BR/AUTHOR/JOAO/)
/ DEIXE UM COMENTÁRIO (HTTPS://BLOG.BBM.USP.BR/2021/200-LIVROS-
 (https://twitter.com/BBMUSP)
ESTADO-PATRIMONIAL/#RESPOND)

(https://www.hupso.com/share/) 
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Falar de Estado Patrimonial no Brasil é abrir um debate que ultrapassou gerações e que se mantém
vivo no presente. Entende-se por este termo uma forma de administração do Estado que não distingue 
o que pertence ao domínio público e o que pertence ao domínio privado. Embora o patrimonialismo
(https://www.linkedin.com/company/bbmusp)
seja um tema controverso e que inspira muitas dissensões entre historiadores e cientistas políticos
que pensaram o Brasil, as atuais contradições entre a eficiência da máquina pública e ideologia 
dominante do neoliberalismo mais que justificam a necessidade de discutir esse tema.
(https://www.youtube.com/channel/UC4wTnSCEZxg9Q63uOj

As origens da indefinição entre o que é público e o que é privado remontam ao processo de


 (https://www.instagram.com/bbmusp/)
colonização do Brasil. Como era característico das Monarquias Absolutistas, o Estado era uma
extensão direta do poder do Soberano. Deste modo, todas as pessoas, bens, propriedades e
instituições administrativas situadas no território português e em suas colônias pertenciam e se E D I TO R I A S
subordinavam ao monarca. Nesse sentido, o rei era, de fato, o próprio Estado. A transplantação do
Estado português para o Rio de Janeiro, em 1808, aprofundou esta prática de privatização da esfera 200 livros para pensar o Brasil
pública. Esse modelo de gestão, que se estabeleceu no período colonial e que perdurou, com algumas (https://blog.bbm.usp.br/category/3x22/200-
modificações, durante longo período da história política nacional, abriu margem para um amplo e livros-para-pensar-o-brasil/)

estruturado complexo de práticas que revestem a suposta objetividade e impessoalidade do Estado 3×22 (https://blog.bbm.usp.br/category/3x22/)
com as marcas do arbítrio e do familiarismo.
Acervo
(https://blog.bbm.usp.br/category/acervo/)
O interesse da nação e das populações majoritárias é proporcionalmente enfraquecido à medida que
os interesses das elites dominam a burocracia estatal e canalizam os recursos do Estado para seu Acontece
(https://blog.bbm.usp.br/category/acontece/)
proveito próprio. Nesse sentido, as fontes de riqueza e os bens nacionais, assim como o produto do
trabalho das maiorias, são revertidas para a manutenção do poder dos grupos minoritários detentores Arquivo
(https://blog.bbm.usp.br/category/arquivo/)
do poder político. O entrelaçamento entre o poder político e o econômico das classes dirigentes
resultam numa deturpação daquele que deveria ser o sentido primordial da esfera pública: a promoção Atlas dos viajantes no Brasil
(https://blog.bbm.usp.br/category/atlas-dos-
do bem comum. 

viajantes-no-brasil/)
Como uma porta de entrada ao tema, escolhemos alguns autores que deram especial atenção à Biblioteca
discussão sobre o patrimonialismo. Na obra Raízes do Brasil (1936) , do célebre historiador Sérgio (https://blog.bbm.usp.br/category/biblioteca/)
Buarque de Holanda, vários temas são trabalhados com vistas a pensar as causas endêmicas dos Biblioteca Digital
fenômenos sociais e da formação ético-política do Brasil. Nessa obra encontramos a famosa noção (https://blog.bbm.usp.br/category/bibliotecadigital/)
do “homem cordial”,  noção esta que se posta como uma chave para compreender a presença do Conservação & Preservação
patrimonialismo no Brasil. Isto pois, na medida em que esse “homem cordial” localiza no espírito do (https://blog.bbm.usp.br/category/conservacao/)

brasileiro não só uma profunda indisposição para praticar os princípios de neutralidade e objetividade Digitalização
exigidos pela esfera pública, ele também aponta para a dificuldade em reconhecer sua qualidade de (https://blog.bbm.usp.br/category/digitalizacao/)

cidadão, dotado de direitos e deveres, aspecto basilar para o funcionamento dos Estados Modernos. 
Eventos
(https://blog.bbm.usp.br/category/eventos/)
Em Os Donos do Poder (1958), Raymundo Faoro busca identificar como o modelo administrativo da Notícias
(https://blog.bbm.usp.br/category/noticias/)
Monarquia Portuguesa forneceu todas as bases para a criação do patrimonialismo no Brasil. Além
disso, o autor busca explicar como se constituiu e como opera o que chamou de “Estamento”, uma Preservação Digital
(https://blog.bbm.usp.br/category/preservacao-
classe dirigente que se apropria do Estado para fins privados e que governa através da dominação da
digital/)
população. Já Oliveira Vianna, em sua obra Populações Meridionais do Brasil (1920), parte do estudo
uncategorized
da composição social do Brasil. Ele investiga a relação entre o direito público e o direito presente na
(https://blog.bbm.usp.br/category/uncategorized/)
cultura do “povo massa”. Para o autor, há uma clivagem entre os princípios legais que pautam o direito
público defendido pelas elites e as práticas socialmente construídas do povo brasileiro. Sua
abordagem sociológica do direito conclui que a massa se recusa a obedecer o direito formal das POPULAR L AT E S T TA G S
classes dirigentes. Em Coronelismo, Enxada e Voto (1948) Victor Nunes Leal argumenta que o
coronelismo é uma expressão muito evidente de como o poder das minorias estabelece um TRATADO SOBRE A EMANCIPAÇÃO DA
compromisso entre o âmbito público e o privado, num pacto no qual o poder econômico, no caso a MULHER – UMA FEMINISTA NO BRASIL DE
1868
posse de terras, abre margem para que o latifundiário vincule seu interesse individual ao interesse do (https://blog.bbm.usp.br/2015/tratado-
(HTTPS://BLOG.BBM.USP.BR/2015/TRATADO-
sobre-
Estado, conseguindo deste modo uma boa posição na hierarquia de privilégios. Florestan Fernandes,  SOBRE-A-EMANCIPACAO-DA-MULHER-
a-
em A Revolução Burguesa no Brasil (1975), analisa a natureza e o desenvolvimento do capitalismo no UMA-FEMINISTA-NO-BRASIL-DE-1868-2/)
emancipacao-
9 COMMENTS
Brasil, trazendo à tona importantes questões sobre a estrutura da sociedade brasileira e de como isso da-
influi no caráter das macro estruturas político-econômicas do país. Nestor Duarte em A Ordem Privada mulher-
EDITORA DO AUTOR – QUATRO ESTREIAS
uma-
e a Organização Política Nacional (1939) investiga a fragilidade do Estado Brasileiro diante dos E UMA PRÉ-ESTREIA
feminista-
interesses privados, especialmente o dos latifundiários, e busca localizar as linhas mestras desse (HTTPS://BLOG.BBM.USP.BR/2015/EDITORA-
(https://blog.bbm.usp.br/2015/editora-
no- DO-AUTOR-QUATRO-ESTREIAS-E-UMA-
processo.   do-
brasil-
PRE-ESTREIA/)
autor-
de- 5 COMMENTS
Maria Sylvia de Carvalho, por sua vez, esquivando-se de conceitos antes já colocados e debatidos, quatro-
1868-
considera em Homens Livres na Ordem Escravocrata (1969) refutável a qualificação da sociedade estreias-
2/) SPIX, MARTIUS E O LEGADO HISTÓRICO-
e-uma-
brasileira como patrimonial. A interpretação da autora, por um outro lado, se dá sobre a formação da CIENTÍFICO-FICCIONAL DAS VIAGENS
pre-
sociedade brasileira no contexto da formação do capitalismo mas ainda com a presença da ordem (HTTPS://BLOG.BBM.USP.BR/2019/SPIX-
(https://blog.bbm.usp.br/2019/spix-
estreia/) MARTIUS-E-O-LEGADO-HISTORICO-
escravocrata, em que a fundamentação dos laços estritamente “tradicionais” nas relações entre martius-
CIENTIFICO-FICCIONAL-DAS-VIAGENS/)
e-o-
homens livres seria impossível, ficando assim impedida também a existência legítima da ordem 4 COMMENTS
legado-
patrimonialista. Simon Schwartzman, por fim, no livro Bases do autoritarismo brasileiro (1975) historico-
12 DE MARÇO – DIA DO BIBLIOTECÁRIO
reconhece a base social brasileira versada no patrimonialismo, alinhado a Faoro, e explora o confronto cientifico-
(HTTPS://BLOG.BBM.USP.BR/2016/12DEMARCODIADOB
centro x descentralizado na história política do país, buscando, assim, analisar sob essas visões as ficcional-
4 COMMENTS
(https://blog.bbm.usp.br/2016/12demarcodiadobibliotecario
das-
bases do autoritarismo do Brasil desde o período colonial até 1964.
viagens/) BESTIÁRIO – PREGUIÇA

(HTTPS://BLOG.BBM.USP.BR/2015/BESTIARIO-
PREGUICA/)
(https://blog.bbm.usp.br/2015/bestiario-
4 COMMENTS
preguica/)
Populações meridionais do Brasil (1920)
CRUZ E SOUSA, O SIMBOLISMO À
De Francisco José de Oliveira Viana
MARGEM
(HTTPS://BLOG.BBM.USP.BR/2021/CRUZ-
(https://blog.bbm.usp.br/2021/cruz-

E-SOUSA-O-SIMBOLISMO-A-MARGEM/)
e-
4 COMMENTS
sousa-
o-
UM RETORNO A HANS STADEN
simbolismo-
(HTTPS://BLOG.BBM.USP.BR/2017/UM-
a-
RETORNO-A-HANS-STADEN/)
(https://blog.bbm.usp.br/2017/um-
margem/)
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retorno-
a-hans-
COLÔNIA CECÍLIA – UMA EXPERIÊNCIA
staden/)
ANARQUISTA NO BRASIL
(HTTPS://BLOG.BBM.USP.BR/2015/COLONIA-
(https://blog.bbm.usp.br/2015/colonia-
CECILIA-UMA-EXPERIENCIA-
cecilia-
ANARQUISTA-NO-BRASIL/)
uma-
3 COMMENTS
experiencia-
anarquista-
CARICATURA DOS TEMPOS – AS
no-
CHARGES DE BELMONTE
brasil/)
(HTTPS://BLOG.BBM.USP.BR/2016/CARICATURA-
(https://blog.bbm.usp.br/2016/caricatura-
DOS-TEMPOS-AS-CHARGES-DE-
dos-
BELMONTE/)
tempos-
3 COMMENTS
as-
charges-
ACONTECEU NA BBM: “RUMOS ATUAIS E

de-
FUTURO DA CONSERVAÇÃO NO BRASIL”
belmonte/)
Francisco José de Oliveira Viana. Populações meridionais do Brasil. Rio de Janeiro, José Olympio, (HTTPS://BLOG.BBM.USP.BR/2017/ACONTECEU-
(https://blog.bbm.usp.br/2017/aconteceu-
NA-BBM-RUMOS-ATUAIS-E-FUTURO-DA-
1920 na-
CONSERVACAO-NO-BRASIL/)
bbm-

2 COMMENTS
rumos-
Francisco José de Oliveira Viana nasceu no Rio de Janeiro em 1883. Formou-se na Faculdade Nacional atuais-
de Direito em 1905 e foi professor da Faculdade de Direito do Estado do Rio de Janeiro. Também e-
futuro-
integrou as comissões técnicas do Ministério do Trabalho em 1932, durante o Governo Provisório de ( H T T P S : / /J O R N A L .U S P. B R / E D I TO R I A S / U N I V E
da-
Getúlio Vargas. Nesse posto teve a função de elaborar e estruturar a legislação social e trabalhista E V E N TO S
conservacao-
( H T T P S : / /J O R N A L .U S P. B R / )
brasileira. Permaneceu no Ministério do Trabalho até 1940, quando foi nomeado ministro do Tribunal no-
de Contas da União, cargo que exerceu até seu falecimento em 1951. Eleito para a Academia Brasileira brasil/)
de Letras em 1937, foi detentor de uma vasta produção escrita, com vários livros publicados nas áreas Evento gratuito debate as contribuições da
ciência da informação na era digital
de ciência política, direito social e trabalhista, sociologia e história do Brasil. Na busca por uma
(https://jornal.usp.br/universidade/evento-
interpretação crítica da realidade brasileira, o jurista teve como uma das ideias centrais presentes ao gratuito-debate-as-contribuicoes-da-ciencia-da-
longo de toda sua obra a incompatibilidade entre o liberalismo e a realidade do país. informacao-na-era-digital/) 19/08/2022

Seu primeiro livro publicado, Populações meridionais do Brasil (1920), gerou grande impacto por conta A beleza e os desafios de ensinar e aprender
matemática são temas de evento on-line
da nova visão que propunha acerca dos problemas sociológicos do país.  Enquanto, em geral,
(https://jornal.usp.br/universidade/a-beleza-e-
considerava-se que o povo brasileiro era homogêneo, Viana defendeu a tese de que a nação brasileira os-desafios-de-ensinar-e-aprender-a-
era constituída por três sociedades diferentes. Na obra também é desenvolvido um estudo que matematica-sao-temas-de-evento-on-line/)
constrói uma interpretação sobre a formação da sociedade brasileira, dando enfoque à incapacidade 17/08/2022

de atuação impessoal, burocrática e moderna do brasileiro no espaço público. Partindo da análise Webinar explica como alunos da USP podem
acerca do papel dos latifúndios do período colonial e das suas consequências para a estruturação da concorrer a uma bolsa startup
(https://jornal.usp.br/universidade/webinar-
sociedade brasileira sobre profundas raízes rurais, Viana, para além de procurar entender tais pontos,
explica-como-alunos-da-usp-podem-concorrer-
também desenvolve na obra sua visão sobre a necessidade de modernização do Brasil por formas a-uma-bolsa-startup/) 16/08/2022
político organizativas centralizadas.
Feira de Intercâmbio na USP tem dicas para

quem sonha em estudar no exterior


(https://jornal.usp.br/universidade/feira-de-
intercambio-na-usp-tem-dicas-para-quem-
Raízes do Brasil (1936) sonha-em-estudar-no-exterior/) 16/08/2022

De Sérgio Buarque de Holanda “USP Pensa Brasil” vai discutir questões


urgentes do País

(https://jornal.usp.br/institucional/usp-pensa-
brasil-vai-discutir-questoes-urgentes-do-pais/)
15/08/2022

III SIMPÓSIO DE CURADORIA


D I G I TA L – TO I 2 0 2 0

III SIMPÓSIO CURADORIA …

N U V E M D E TA G S
Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro, José Olympio, 1936

3x22
Sérgio Buarque de Holanda (1902 – 1982) foi um historiador, sociólogo e escritor paulista, além de
jornalista, crítico literário e também um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores Brasileiro. Teve (https://blog.bbm.usp.br/tag/3x22/)
uma vasta carreira acadêmica: formou-se no curso de ciências jurídicas e sociais na UFRJ, passou
pelo Instituto de Sociologia e Política de São Paulo, e ainda foi professor titular no departamento de
200 livros
história na Universidade de São Paulo, onde largou a cadeira em 1969 em protesto ao regime militar. (https://blog.bbm.usp.br/tag/200-
Além disso, em contato direto com Mário de Andrade e Oswald de Andrade, Sérgio Buarque foi um
grande expoente do modernismo paulista, tendo colaborado em diversas revistas como a Klaxon, e livros/)
Antena Paulista
sido influenciado pelo próprio movimento a escrever diversas de suas obras, inclusive Raízes do Brasil.
(https://blog.bbm.usp.br/tag/antena-paulista/)
antropologia

Raízes do Brasil é a obra mais famosa de Sérgio Buarque de Holanda, dentre a vasta produção do (https://blog.bbm.usp.br/tag/antropologia/)
arte
autor, reconhecida por sua relevante contribuição historiográfica e sociológica. Considerado um ensaio
(https://blog.bbm.usp.br/tag/arte/)
de formação nacional brasileira, teve sua primeira publicação em 1936 pela editora José Olympio. Tem
como pano de fundo a história da cultura brasileira e busca, a partir dela, uma interpretação do artes plásticas
processo histórico da sociedade brasileira, principalmente procurando entender como seria possível o (https://blog.bbm.usp.br/tag/artes-
atraso social existente numa chamada “sociedade moderna”. Holanda trabalha com muitas dicotomias
plasticas/)
BBM
durante o texto, primeiramente buscando uma distinção entre o povo ibérico, nossos colonizadores,
(https://blog.bbm.usp.br/tag/bbm/)
com o restante da Europa. Depois, na mesma lógica, usa a relação entre trabalhador e aventureiro, bem
como a relação entre rural e urbano. Todas essas dicotomias e diferenças culturais, numa chave BBMDigital
teórica inspirada pelo tipo ideal de Max Weber, ajudam a entender melhor o famoso “homem cordial” (https://blog.bbm.usp.br/tag/bbmdigital/)
como consequência do patrimonialismo e da cordialidade presentes na cultura brasileira a partir de bestiário
um processo histórico desde a nossa colonização.   (https://blog.bbm.usp.br/tag/bestiario/)

Bibliotecas Digitais
Mais do que um ensaio que pretende falar sobre o que é o Brasil, Raízes do Brasil vai ainda mais longe
(https://blog.bbm.usp.br/tag/bibliotecas-
com o seu último capítulo, “Nossa revolução”,  em que, a partir da própria cultura brasileira, investiga
como seriam as transformações possíveis na estrutura brasileira a fim de torná-la moderna. O digitais/)
Bibliotecário
prognóstico não era muito otimista, segundo Holanda, em que a revolução pela qual o país  passaria, (https://blog.bbm.usp.br/tag/bibliotecario/)
seria lenta e sem grandes transformações estruturais, visto que precisaria transformar um país ciências sociais
subalterno no mundo moderno. É por estas e outras que Raízes do Brasil continua um clássico até hoje (https://blog.bbm.usp.br/tag/ciencias-sociais/)
e ainda nos dá pistas sobre a sociedade brasileira contemporânea. Muito mais que um ensaio de Conservação (https://blog.bbm.usp.br/tag/conservacao/)
formação nacional, Raízes deu um norte para a mudança na sociedade brasileira.  Couro (https://blog.bbm.usp.br/tag/couro/)
crônica

(https://blog.bbm.usp.br/tag/cronica/)
Curadoria Digital

(https://blog.bbm.usp.br/tag/curadoria-digital/)

design gráfico
A ordem privada e a organização política nacional (1939)
(https://blog.bbm.usp.br/tag/design-
De Nestor Duarte
grafico/)
Digitalização

(https://blog.bbm.usp.br/tag/digitalizacao/)
Encadernação (https://blog.bbm.usp.br/tag/encadernacao/)

epidemias
(https://blog.bbm.usp.br/tag/epidemias/)
fotografia
(https://blog.bbm.usp.br/tag/fotografia/)
gravura
(https://blog.bbm.usp.br/tag/gravura/)

história
(https://blog.bbm.usp.br/tag/h
iconografia
(https://blog.bbm.usp.br/tag/iconogra
jornalismo

(https://blog.bbm.usp.br/tag/jornalismo/)

Nestor Duarte. A ordem privada e a organização política nacional. São Paulo, Cia Editora Nacional, Laboratório Guita (https://blog.bbm.usp.br/tag/laboratorio-

1939. guita/)
LinkedData

(https://blog.bbm.usp.br/tag/linkeddata/)

LinkedOpenData
Nestor Duarte Guimarães nasceu na Bahia em 1902. Formou-se na Faculdade de Direito da Bahia em
(https://blog.bbm.usp.br/tag/linkedopendata/)
1924 e, ao longo da vida, foi romancista, jornalista, advogado e professor. Na política, foi deputado
estadual eleito em 1929, mas deposto na revolução de 1930. Em 1934, foi o candidato com maior literatura
votação do estado para a Assembléia Constituinte baiana e, em 1937, quando o golpe do Estado Novo
inibiu os órgãos legislativos, foi preso e impedido de continuar atuando no meio político. Após a queda (https://blog.bbm.usp.br/tag/
do Estado Novo, voltou a atuar politicamente e integrou a Assembléia Nacional Constituinte de 1946
medicina (https://blog.bbm.usp.br/tag/medicina/)
na legenda da coligação formada pela Esquerda Democrática e a UDN. Em 1947, assumiu a Secretaria
Open Access (https://blog.bbm.usp.br/tag/open-
de Agricultura, Indústria e Comércio do estado da Bahia e no mesmo ano recebeu destaque por seu
projeto enviado à Câmara propondo a desapropriação dos latifúndios improdutivos. Algumas das access/)
periódicos
obras publicadas pelo autor são O Direito: noção e norma (1933), A Ordem Privada e a Organização
(https://blog.bbm.usp.br/tag/periodicos
Política Nacional (1939) e Reforma agrária (1952).

Após seu afastamento do meio político em 1937, Nestor Duarte passou a se aprofundar em seus
política
estudos sociais, o que levou à publicação do livro A ordem privada e a organização política nacional em (https://blog.bbm.usp.br/tag/politica/)
1939. No livro, o autor dialoga com várias publicações interpretativas do Brasil lançadas no decorrer PRCEU (https://blog.bbm.usp.br/tag/prceu/)
dos anos anteriores. O ensaio é tido como uma das principais formulações do pensamento político- Preservação (https://blog.bbm.usp.br/tag/preservacao/)
social brasileiro a dar ênfase ao predomínio dos interesses do mundo privado sobre um Estado frágil
Preservação Digital
incapaz de se impor, tendo em vista a existência de “domínios feudalizados” dos grandes proprietários
e senhores de terras presentes por todo o território nacional. Inserido num debate clássico da (https://blog.bbm.usp.br/tag/preservacao-
historiografia brasileira, o livro também faz fortes críticas ao regime forte e centralizado do Estado digital/)
Projetos Digitais
Novo, lançando portanto, simultaneamente, uma posição contrária à de outros autores da mesma (https://blog.bbm.usp.br/tag/projetos-digitais/)
temática.
Redes de Bibliotecas

(https://blog.bbm.usp.br/tag/redes-
de-bibliotecas/)
relatos
Coronelismo, enxada e voto (1948)
(https://blog.bbm.usp.br/tag/relatos/)
Relatórios
De Victor Nunes Leal (https://blog.bbm.usp.br/tag/relatorios/)
Restauro

(https://blog.bbm.usp.br/tag/restauro/)
SESC

(https://blog.bbm.usp.br/tag/sesc/)
teatro
(https://blog.bbm.usp.br/tag/teatro/)
transporte

viagens
(https://blog.bbm.usp.br/tag/transporte/)

(https://blog.bbm.usp.br/tag/viajant
P O STS A N T E R I O R E S

Selecionar o mês

CO M E N TÁ R I O S

Luiz Bandeira em Tratado Descritivo do Brasil


em 1587
(https://blog.bbm.usp.br/2021/tratado-
descritivo-do-brasil-em-1587/#comment-17252)

Marcus Bastos em 16 livros de Júlia Lopes


disponíveis na BBM Digital
(https://blog.bbm.usp.br/2020/16-livros-de-julia-

lopes-disponiveis-na-bbm-digital/#comment-
Victor Nunes Leal. Coronelismo, enxada e voto. Rio de Janeiro, Forense Editora, 1948. 14031)

Curadoria em Um retorno a Hans Staden


Victor Nunes Leal nasceu em Carangola, Minas Gerais, em 1914. Formado em ciências jurídicas e (https://blog.bbm.usp.br/2017/um-retorno-a-
hans-staden/#comment-13859)
sociais na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, foi um
destacado jurista brasileiro. Colaborou na elaboração do Código do Processo Civil de 1939 e se tornou Vanessa Ramos-Velasquez
(http://www.vanessaramosvelasquez.me) em
Ministro do Supremo Tribunal Federal entre 1960-1969, quando foi cassado pelo Ato Institucional nº 4,
Um retorno a Hans Staden
durante o regime militar. Antes, também foi o chefe da Casa Civil da presidência da República do (https://blog.bbm.usp.br/2017/um-retorno-a-
governo de Juscelino Kubistchek.  hans-staden/#comment-13793)

Coronelismo, enxada e voto é resultado de sua tese para ingresso como professor na Faculdade Escola Feminista
(http://escolafeministacom.wordpress.com) em
Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, em 1947, cujo título original era O municipalismo e o
Cruz e Sousa, o simbolismo à margem
regime representativo no Brasil: uma contribuição para o estudo do coronelismo. A obra é referência (https://blog.bbm.usp.br/2021/cruz-e-sousa-o-
para os estudos de ciência política no Brasil, ao estudar os instrumentos que dominaram a política simbolismo-a-margem/#comment-13749)
nacional durante a Primeira República. O coronelismo, manifestação da intromissão privada na
dinâmica política, era resultado da decadência econômica dos latifundiários, que se valendo de seu CALENDÁRIO
poder local e do controle do eleitorado brasileiro concentrado nos pequenos municípios, cobrava apoio
do poder Estadual para fidelizar seus currais eleitorais.    
agosto 2022

M T W T F

1 2 3 4 5
Os donos do poder (1958) (https://blog.bbm

De Raymundo Faoro
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« Jul    
(https://blog.bbm.usp.br/2022/07/)

Raymundo Faoro. Os donos do poder. Rio de Janeiro, Editora Globo, 1958.

Raymundo Faoro nasceu em 1925 no Rio Grande do Sul. Formou-se em direito em 1948 na
Universidade Federal do Rio Grande do Sul e, desde que era estudante universitário, colaborou em
jornais e revistas do mesmo estado, além de, mais tarde, também escrever para veículos de imprensa
do Rio de Janeiro e São Paulo. Na década de 60, tornou-se procurador do estado do Rio de Janeiro,
cargo que ocupou até sua aposentadoria. Também foi advogado, presidente nacional da Ordem dos
Advogados do Brasil – instituição através da qual exerceu importante oposição à ditadura militar
instaurada em 1964 – e um dos mais importantes cientistas sociais brasileiros. Enquanto escritor,
lançou ensaios nas áreas de ciências humanas e direito. Em 2000, foi eleito para a Academia Brasileira
de Letras. Sendo uma referência para os estudos de teoria política do Brasil, Faoro conquistou com
suas análises do Estado um espaço de destaque no meio intelectual brasileiro, em especial acerca do
desenvolvimento da literatura crítica nacional. Dentre seus livros publicados, pode-se mencionar Os
donos do poder (1958) e Machado de Assis – A pirâmide e o trapézio (1974).

Em Os donos do poder, sua obra de maior repercussão, Faoro desenvolve um ensaio essencial para o
entendimento da formação social e política brasileira. Analisando a formação do patronato brasileiro, o
autor procurou pelas raízes da sociedade em que o poder público é tido como, de forma conveniente
para determinado grupo, equivalente ao poder privado para garantir benefícios e interesses também
privados. A análise parte das fundações portuguesas do patronato político e, abrangendo desde o
período da Revolução Portuguesa do século XIV até a Revolução de 1930 no Brasil, é demonstrado
como o país foi regido por meio de um sistema burocrático que frustrou o desenvolvimento de uma
nação independente. 

Homens livres na ordem escravocrata (1969)


De Maria Sylvia de Carvalho Franco

Maria Sylvia de Carvalho Franco. Homens livres na ordem escravocrata. São Paulo, Instituto de
Estudos Brasileiros/USP, 1969. 

Maria Sylvia de Carvalho Franco nasceu em 1930. Bacharelou-se na Universidade de São Paulo em
1952 em Ciências Sociais e, durante as décadas de 1950 e 1960, foi integrante da Cadeira I de
Sociologia, grupo de pesquisadores sob a orientação de Florestan Fernandes na mesma universidade.
Ao longo dessas décadas, também desenvolveu sua tese de doutorado. Depois de obter o título de
doutora, Maria Sylvia continuou trabalhando no meio acadêmico e, após defender sua tese de livre
docência na USP em 1970, passou a integrar o departamento de Filosofia da FFLCH-USP como
docente, pesquisadora e orientadora. Na década de 1980, se transferiu para a UNICAMP, onde
trabalhou até sua aposentadoria.

Sua tese de doutorado, sob o título de Homens Livres na Velha Civilização do Café, cuja defesa
aconteceu em 1964, cinco anos mais tarde foi publicada no formato de livro, com o título  Homens
Livres na Ordem Escravocrata (1969). A obra em questão estuda as formas de dominação que vieram a
fundamentar a ordem social brasileira e que estiveram nos alicerces do Estado e das relações de
negócio do mercado. A partir da análise das relações sociais existentes entre os homens livres pobres
e os fazendeiros no Vale do Paraíba ao longo do século XIX, a autora explora o processo de expansão
e declínio da lavoura de café, requalificando o significado dos próprios termos e categorias usados e
buscando, assim, entender o Brasil sem fraturá-lo em dualidades dos estudos sociológicos que então
se constatava.

A Revolução Burguesa no Brasil (1975)


De Florestan Fernandes

Florestan Fernandes. A Revolução Burguesa no Brasil. Rio de Janeiro, editora zahar, 1975

Florestan Fernandes (1920-1995), sociólogo, professor, ensaísta e político brasileiro, nasceu e faleceu
na cidade de São Paulo. Foi o fundador da Sociologia Crítica no Brasil e um dos principais críticos da
democracia racial brasileira. Iniciou o estudo superior em Ciências Sociais (1941), na Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), tornou-se mestre em Ciências Sociais
(Antropologia), pela Escola Livre de Sociologia Política (1947), e doutor em Ciências Sociais
(Sociologia), pela USP (1951). Lecionou na Universidade de São Paulo, Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo, Universidade de Columbia, Universidade de Toronto, Universidade de Yale. Desenvolveu
atividades parlamentares como Deputado Federal Constituinte (1987-1990) e Deputado Federal (1991-
1994), pelo Partido dos Trabalhadores (PT). 

A Revolução Burguesa no Brasil, publicada em 1975, durante o regime militar brasileiro, tornou-se um
dos clássicos da sociologia no Brasil, trabalhando em vários níveis a história e a estrutura da
sociedade brasileira. A articulação entre esses dois eixos é a grande contribuição da obra,
apresentando novidade na elucidação da forma a qual o capitalismo se concretiza na sociedade
brasileira. Para Paulo Henrique Fernandes Silveira, professor da Faculdade de Educação da USP, “é uma
das contribuições mais importantes que têm aparecido sobre a história da sociedade brasileira e que
certamente deve servir de marco obrigatório a quem queira refletir não só sobre a nossa sociedade,
como, de resto, sobre as sociedades vinculadas ao capitalismo dependente”. O livro foi bem recebido à
época, servindo de aporte à resistência ao Estado autoritário e superação de paradigmas na
sociologia.

Bases do Autoritarismo Brasileiro (1982)


De Simon Schwartzman

Simon Schwartzman. Bases do Autoritarismo Brasileiro. Brasília, Editora UnB, 1982.

Simon Schwartzman nasceu em Minas Gerais em 1939. Graduou-se em Sociologia Política e


Administração Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1961, concluiu seu mestrado em
Sociologia pela Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales em 1963, em Santiago do Chile, e o
doutorado em Ciências Políticas pela University of California em 1973, em Berkeley. Trabalhou como
docente em diversas instituições como a Fundação Getúlio Vargas, a Universidade Federal de Minas
Gerais e a Universidade de São Paulo. Foi relator da Comissão Nacional de Reformulação da Educação
Superior em 1985, coordenador na Fundação Getúlio Vargas, presidente do IBGE e autor de inúmeras
publicações voltadas para as áreas de Ciência Política, Educação e Sociologia da Ciência.

Em 1964, sob o regime autoritário que se instalara no país, após retornar do Chile, Simon Schwartzman
foi preso por subversão e depois de solto passou a viver no exterior até que se instalou nos Estados
Unidos para se dedicar à sua pesquisa de doutorado. A tese,  escrita num dos períodos de mais
intenso autoritarismo da história nacional, foi publicada em 1973 com o título São Paulo e o Estado
nacional e posteriormente foi revisada e publicada em 1975 como o livro Bases do autoritarismo
brasileiro. Considerando uma origem burocrático-patrimonialista do estado brasileiro, a obra busca
compreender a tradição autoritária do país, levando em consideração os padrões  de relacionamento
existentes entre o Estado e a sociedade: um jogo entre centralização e descentralização na história
política do Brasil, o qual opõe o Estado e a máquina burocrática à sociedade civil.

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LIVROS/), 3X22 (HTTPS://BLOG.BBM.USP.BR/TAG/3X22/)

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