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Gestão Estratégica da Qualidade

Muito se falam sobre os recursos disponíveis referentes


à estrutura da qualidade em uma empresa, as ferramentas necessárias, as
certificações indispensáveis, e todo o cenário que foca os processos industriais
na melhoria contínua, mas é inevitável inicialmente que a empresa analise em
qual degrau ela se encontra, o que quer atingir e do que necessita para
alcançar a Gestão Estratégica da Qualidade.
A evolução das empresas industriais, em função de necessidades como melhor
controle das atividades, crescimento, sobrevivência ou vantagem competitiva
diante dos concorrentes, caracteriza um fortalecimento da estrutura
organizacional interna, resultado do amadurecimento e experiência acumulada
no desenvolvimento de sistemas necessários para o gerenciamento do
negócio.

Crosby (1998) distingue a gestão da qualidade do controle da qualidade e da


garantia da qualidade da seguinte maneira: “A gestão da qualidade é a filosofia
da gestão preventiva, a garantia da qualidade é a documentação, o controle da
qualidade é a medição. Em um carro, o controle da qualidade são todos os
instrumentos e medições que mostram o que está acontecendo no momento.
A Garantia da Qualidade (inclusive ISO) é o manual do proprietário que
acompanha o automóvel e explica o funcionamento de tudo. Gestão da
Qualidade é maneira como você opera e gerencia o automóvel. Você dirige
bem ou mal, troca o óleo na hora certa e outras coisas. Os manuais
determinam como se gerencia as organizações. A Filosofia de gestão o
determina”.

Em busca desse crescimento, observa-se muito nas empresas que não


atingiram ainda um grau de maturidade de gestão estratégica, colocar como
foco, durante o planejamento, um alcance em menos de um ano para ser ter
uma Gestão da Qualidade uniforme, completa, e na qual não conseguem
alcançar.

Dentro desse ambiente turbulento, evidencia-se ser essencial para o


crescimento, ou até mesmo para a sobrevivência das empresas
contemporâneas, um processo de administração adaptativo e
contínuo, capaz de dar respostas flexíveis e efetivas às exigências desse
ambiente. É nesse cenário que surge a administração estratégica, como uma
tentativa de atender a essas exigências.

Cada empresa deve desenvolver seus próprios sistemas de administração


estratégica, principalmente com base na sua cultura e no estágio de
desenvolvimento da sua atividade gerencial. Por esse motivo é muito difícil
estabelecer, “a priori’, que fatores serão mais importantes na definição de
sistemas para uma determinada empresa, em um dado momento de sua
história.

Deve-se salientar, no entanto, que, quando a empresa passa a adotar a Gestão


Estratégica, ela não prescinde da Gestão Operacional: as duas passam a
coexistir na administração da empresa. Enquanto a Gestão Estratégica está
preocupada com um potencial contínuo de lucratividade, a Gestão Operacional
se preocupa em converter o potencial em lucros reais. Enquanto a Gestão
Estratégica está ligada ao conceito de eficácia, a Gestão Operacional se
preocupa com a eficiência.

Assim, mesmo em ambientes de mudança lenta, incremental, o exercício da


reflexão estratégica, de forma organizada, é importante para a empresa que
quer crescer e tornar-se líder no seu campo de atuação, deixando de ser,
apenas, reativa às mudanças e seguidoras dos caminhos já trilhados por
concorrentes.

Atividade em grupo

1- Por que é muito difícil estabelecer, antes de se implementar uma estratégia,


quais fatores serão mais importantes na definição de sistemas para uma
determinada empresa, em um dado momento de sua história?

2- Escolha uma organização que pelo menos um do grupo conhece bem e


classifique em qual das eras da qualidade ela melhor se caracteriza.

3- Por que atualmente se confere importância à qualidade em termos mais


estratégicos do que táticos ou operacionais para as organizações?

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