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Universidade Rovuma

Extensão de Niassa
Departamento de Letras Ciências Sociais
Licenciatura em Ensino de Historia com Habilitações em Documentação
Disciplina: Estudos Contemporâneo, 4° Ano, 1° Semestre 2022

Discente: Arcanjo Ernesto Juriasse Napaua


Docente: Msc. Geraldo Cebola João Lucas

Ficha de Leitura 02 da Cadeira de Estudos Contemporâneos

Tema: Os Desafios Geopolíticos da China e sua Estratégia Financeira em Projecto de


Infra-estrutura na Ásia
Referências Bibliográfica
CORNÉLIO, R. P. (2019). Os desafios geopolíticos da china e suas estratégias financeiras
em projectos de infra-estruturas na Ásia. Rio de Janeiro, UFRJ/IDE.
Palavras-chave: capitalismo, socialismo, guerra, teoria geopolítica, humano, países, historia,
china, governo, Ásia.

A Geopolítica, Recursos Energéticos e Infra-Estruturas


Segundo Hobbes (apud RIBEIRO, 2011) a essência da natureza humana é egoísta e
que todos homens são iguais, o bastante para que nenhum possa triunfar de maneira total
sobre o outro, o comportamento racial de cada um é se proteger, antecipar diante a uma
situação de insegurança do risco e da incapacidade de percepção de como o outro vai agir, a
guerra no contexto é o cenário mais racional.
Segundo hoblesiana a natureza humana é selvagem e cabe somente ao governante
representante do Estado o uso legítimo da forca.
Para Fiori (2007, p.133-136) toda relação do poder exerce uma pressão competitiva,
sobre si, pois a conquista do poder vem do próprio movimento de expansão de um Estado
soberano que diante do cenário internacional anárquico marcado pela guerra, sendo assim,
cada poder soberano busca expandir sua capacidade de influência cada vez maior.
A teoria crítica é uma das principais correntes teóricas que se opõe dos principais
fundamentos da interpretação realista.
A natureza humana é egoísta, a essência do Estado está na maximização do poder
para garantir sua segurança, a natureza, para a teoria crítica, tais fundamentos do realismo
são imitas que não dissintam e são imunes a crítica e incapazes de acrescentar novos actores
de análise.
Segundo Napoleão o conhecer a geografia de uma nação é conhecer sua politica
exerça (apud, KAPLAN, 2013, p.41-63), conhecer a geografia do seu Estado é desenvolver
sua potencialidade, reconhecer seus aliados o oponente, é o factor que dá origem as
civilizações, se o objectivo é manter a paz e a prosperidade, e a forma de alcançar seria
guerra, que seja ir para a guerra não em função da guerra mas para evitar a guerra.
Napoleão defende que a geopolítica se insere como a arte de fazer uso militar e
diplomático de tempo espaço, um instrumento de analise geopolítico são os mapas, pois a
partir de interpretações destes que seja planejados a estratégia de expressão territorial,
calculo de risco e oportunidade.
Mello (1999) argumenta que a tal projecção centraliza o continente europeu como
principal actor da cultura, política e económica mundial.

A Centralidade Da Euroásia
Enquanto a visão tradicional interpreta que a terra é recortada por quatro oceanos
Atlântico, Indico, Pacifico e Árctico e por seis continentes Ásia, África, América, Oceânia,
Europa e Antárctida. Mackinder definiu ao postular que há um único oceano intercontinental
que abastecia três quartos, a Euroásia é considerada a ilha mundial.
Segundo (Mello, p.42-22, 1999) a Euroásia além de abranger dois terços da
população do planeta, a Euroásia de destaca pela sua localização geográfica, caracterizada
por regiões montanhosas ao norte e as estefes do sul, além de situar a região um lugar
imbatível, a Euroásia foi destino de grandes impérios, a concentração da maior parte da
população e da maior parte da riqueza do mundo e recursos energéticos, foi nesse contexto
que ele foi mencionado que “quem controla leste da Europa comandando o Heartland e
comanda a ilha mundial, quem controla a ilha mundial comanda o mundo (KAPLAN, p.76,
2016).
Segundo a fonte Mceoy, 2015, a teoria machideriana defende que a única via capaz
de superar tal poder naval e sua respectiva potência de EUA seria o poder terrestre,
principalmente se a Rússia e a Alemanha se aliasse.

A Teoria De Spykman
América pela Euroásia, Euroásia pela América segundo (MELLO, 1999) esse cenário
surgiu pós-guerra fria, com acordo de Spykman, este é o Estado mais favorecido do mundo
devido a sua localização, banhado pelo oceano atlântico e pacifico houve disputas de terra ao
lado da Rússia como preponderante e poder marítimo que controlava o poder da costa.
Spykman contextualiza um período mais recente pós-guerra fria, sua analise é mais
vantagem e não tão restrita se comparada a Mackinder.
Mello (1999, p.98-101) defende que não foi por acaso durante a guerra fria, como
estratégia utilizada pelos Estados Unidos na região foi a conhecida politica de contenção
baseada no discurso ideológico do inimigo.
Tem países que contemplam os interesses com os chineses de Myanmar, grilank são
países ricos em metais e hidrocarbonetos, e apresenta posição estratégica de controle de rotas
marítimas. As mercadorias chinesas ainda atravessam o mar do sul da china como estreito
principal o Maleca por ser o mais próximo da costa chinesa que gere maior custo de
transporte, e outro desafio para a china se trata segurança alimentar apesar de ter vasto
território na produção de alimentos, as terras são aráveis tem dificuldades em produção.
(KAPLAN, 2013) defende que uma maneira de combater fome o governo cria
parceiros com outros países como Malásia, Filipinas, comprando terras em países com
capacidade agrícola como Brasil, Argentina, Austrália e outros, enquanto os Estados Unidos
utilizam uma estratégia de intervenção militar para garantir seus interesses em outras nações
caso de Al-Quaeda.
Assim como china, o Japão, índia e outros são dependentes de recursos energéticos na
mesma região, não obstante também que são países de dimensão económica, populacional,
militar e compete para tais recursos na mesma área de influência disputando
geopoliticamente na Ásia onde tem relações comerciais com a África com a riqueza do
petróleo e gás natural.

A Questão Energética nas Relações Internacionais


A energia pode ser entendida como a força que sustenta a dinâmica da globalização e
impulsiona todo o ciclo de actividade em uma sociedade, afectando todas as áreas produtivas,
seja para gerar riqueza, seja no meio de transporte ou até mesmo para se manter em um
conflito ou em avanços tecnológicos.
Com o avanço da tecnologia foi um factor contribuinte para a descoberta de novas
fontes energéticas, são vários tipos de energia mas o objectivo é o mesmo.
(KLARE, 2008) defende que Recursos energéticos como gás natural, carvão e
petróleo são escassos, pois não estão presentes na composição geológica de todos os países,
segundo o mesmo autor diz que a capacidade de um país obter recursos energéticos e garanti-
los é o factor chave para alcançar poder internacional, o crescimento económico da china tem
sido uma variante capaz de alterar a questão de equilíbrio na segurança.

Infra-Estrutura e Segurança Energética


A segurança energética é um desafio para que a China possa manter o
desenvolvimento socioeconómico e estabilidade tanto nacional quanto internacional, desde
que criou laços comerciais com países a china importa diversos produtos vindos de vários
países, Arábia Saudita, Angola, Sudão (KLARE, 2008, p. 75).
Costa (2011) defende que) infra-estrutura é o aparato de estruturas físicas e
organizacionais necessárias para o funcionamento de uma sociedade, quando o Estado
investe em infra-estruturas internas têm como objectivo garantir Quando um Estado investe
em infra-estrutura interna tem como objectivo garantir bem-estar social à sua população,
oferecer saneamento básico, mobilidade social, comunicação, acesso à educação e água
tratada.

A Iniciativa da Rota da Seda e a interpretação económica e geopolítica


A antiga rota de seda refere-se a uma série de rotas interconectadas localizadas no sul
da Ásia utilizada para o comércio da seda entre o Oriente e o Ocidente, o termo foi utilizado
por um geólogo alemão Baron 1877 como uma metáfora do intercâmbio europeu e asiático,
A China era a única produtora de seda, uma especiaria rara e valiosa para o Ocidente
segundo (KURIM, 2002). A Rota da Seda foi o maior canal de comércio do mundo que
conectava Ásia, África e Europa pela via terrestre e marítima.

(MARK, 2018) depois de tantas sentadas dos historiadores há consensos que a seda é
responsável pelo conhecimento sobre ciência, arte, e literatura das regiões que passavam a
tecnologia do papel, a pólvora, e também responsável pela disseminação das religiões em
toda a Europa, também a seda é responsável que espalhou a peste negra, considerada maior
pandemia na história da humanidade, a Rota da Seda utilizavam como meio de transporte os
camelos atravessando montanhas, desertos e estepes da China até os portos de Antioquia.

Objectivo do OBOR
Cada país que percorre a Rota e o cinturão tem suas próprias vantagens em recursos
estratégicos e desempenha uma função complementar para a viabilidade da Rota, por isso foi
estabelecido cinco objectivos:
– Coordenação da politica estatal;
– Executar uma infra-estrutura intermodal;
– Liberação do comércio para favorecer investidores;
– Facilitação de conectividade entre povos; e
– Coordenação entre políticas financeiras.
Full (2015) finalizando a conectividade entre os povos resgata a essência de antiga
Rota da Seda em promover o intercâmbio cultural através da cooperação em política
financeira, com a oferta de bolsas de estudo nas universidades para os alunos.

A Interpretação Economicista
A interpretação económica defende que a actuação da China no projecto tem o
objectivo de promover ganhos económicos de forma multilateral, e mesmo sendo o actor
central, a China actua através de uma cooperação institucionalizada operando dentro das
regras internacionais regentes.

A interpretação realista à Rota da Seda


Segundo Seixas (2017), a configuração da Nova Rota da Seda é uma estratégia da
China para redefinir sua posição na hierarquia de poder internacional. Para alcançar seu
objectivo principal utiliza-se da infra-estrutura, uma vez que “mercados são abstractos
sociais criados pelo ser humano, o elemento essencial para a criação de mercados é a
construção, na Ásia, propõe um modelo de segurança regional ao mesmo tempo em que
fortalece suas relações com países vizinhos.

A Posição da China
O posicionamento do Governo se sustenta nos cinco princípios e objetivos
institucionalizados no documento oficial da Rota da Seda, ou seja, alcançar o
desenvolvimento económico através dos princípios de coexistência pacífica e benefício
mútuo. Neste contexto, a Rota da Seda é como um layout estratégico de introdução ao
sistema internacional sobre seus interesses nacionais, segundo WANG (1016) em que esse
projecto OBOR faz o crescimento da economia da região da Ásia esse algo é novo mas que
tem sido desenvolvido ao longo da história da china.

Interpretação da Índia sobre o OBOR


Segundo Minghong (2016), com relação ao sul da Ásia, a Índia tem predominância
política e económica, apesar de ter uma relação instável com seus vizinhos fronteiriços. O
projecto marítimo da China que passa sobre esta área delicada coloca algumas preocupações
sobre os conflitos regionais. No entanto o projecto OBOR tem encontrado resistência no sul
da Ásia não pelo seu carácter económico, mas geoestratégico que pode agravar ainda mais os
conflitos já existentes, as preocupações indianas recaem sobre o sentimento de ameaça das
actividades navais de china no oceano indico e as construções de portos e com países como
Paquistão, a índia tem ambição sobre o locar onde esse projecto funciona.
A geopolítica da Ásia
O facto que marcou os principais actores de disputa na Ásia segundo do contexto
histórico de rivalidade entre os principais actores e suas disputas na região por via terrestre e
marítima.

As disputas geopolíticas
Através de um retrospecto da história mundial e ao se verificar a localização dos
grandes Impérios chega-se à conclusão que a maioria teve os mesmos destinos e
proximidades: Ásia e seu entorno. Foi neste continente o surgimento das primeiras
civilizações, da formação dos primeiros Estados-nação, do colonialismo, do mercantilismo e
palco da Primeira Guerra Mundial. Por esses motivos e muitos outros, a geografia da Ásia e
os acontecimentos históricos que influenciaram o sistema internacional, fazem este pedaço
ser considerado a potência geoestratégica mundial (KAPLAN, 2013).
Kumar (2009), defende que os países ao redor do Golfo Pérsico detêm em conjunto
um total aproximado de 62% das reservas mundiais de petróleo, enquanto os outros três
países (Rússia, Cazaquistão e Venezuela) em 1962 as tensões fronteiriças entre Índia aliada
ao bloco soviético e china se intensificaram conduzindo o conflito e marcado pela disputa
sino-soviética e a reaproximação da aliança sino-américa em 1979 segundo PINTO (2011,
p.25).
Estas regiões económicas são aliadas ao bloco de: China, Índia, Rússia, Correia,
Paquistão, Japão e EUA.
China, Índia e Paquistão

As relações entre China e Índia foram marcadas por três confrontos militares: em
1962, em 1967 e em 1987, e também melhorou relações comerciais entre árabes, um pouco
sensíveis entre as duas potencias é o reconhecimento sobre os territórios em disputa,
enquanto a china resistia em reconhecer os Estados de Arunachal Pradesh Jammu e Caxemira
de soberania Indiana, em represália omite o reconhecimento de Taiwan e Tibete como
soberania chinesa.
Segundo a (JAFRELOT, 2011), desse outro ponto de atrito aconteceu em 2009-2010
em que as autoridades chinesas decidiram conceder os vistos para os habitantes de Jammu e
Caxemira em folhas avulsas sem carimbar os passaportes indianos, uma forma de contestar a
soberania destas sobre a Índia. Em resposta indiana uma forma de contestar a soberania
destas sobre a índia, houve guerra entre duas nações pela disputa da Caxemira levou a
divisão de regiões, em que um terço sob controle de Paquistão e o restante do controle da
índia.
(GIELOW, 2019) defende que um agravamento no conflito foi o território do norte da
Caxemira cedido pelo Paquistão para china, do qual a índia não reconhece já essa relação
entre a china e Paquistão são amistosas a começar pela aliança militar como produção
conjunta das primeiras cacas, o planejamento de construção de rodovias, para conectar portos
de Gwader, além da central hidroeléctrica que os chineses estão construídos.

Rússia e Ásia Central


SEIXAS, (2017) Após a ruptura sino-soviética e o fim do bloco soviético, em 1991, a
criação da Organização da Cooperação de Xangai (OCX), em 2001, foi um importante
instrumento para reaproximação sino-rússa e para a reintegração global da Rússia. Ambas
com o mesmo objectivo de conter a expansão dos EUA no continente Asiático tem
demonstrado este alinhamento no posicionamento de questões globais, como a China absteve
de condenar a Rússia na Ucrânia, a Rússia já se demonstrou favorável à China em relação a
Taiwan nos conflitos no Mar do Sul da China.

A Relevância das Rotas Marítimas na Ásia


O mar do sul da China (MSC) ou também conhecido como Mar da China Meridional
está localizado no sudeste Asiático, que abrange à China, Taiwan, Malásia, Brunei,
Indonésia, Singapura, Vietnã e Filipinas, É considerada a zona de tráfego comercial marítimo
mais movimentado do mundo, pois é por ali que chegam todos os recursos necessários para a
produção de bens e materiais da China e região, além de corredor de passagem entre os
Oceanos Índicos e Pacíficos. O acesso de saída deste espaço é os estreitos localizados no sul
do MSC de Malaca.

Os Projectos Aprovados pelo AIIIB à luz Geopolítica


Os conflitos e as disputas que marcam a Ásia, caracterizados por interesses de países
com potencial nuclear e militar, e diante a grande demografia populacional dos países
envolvidos, como China, Paquistão, Índia, Rússia e a presença dos Estados Unidos, de certa
forma, impedem a consolidação de um único actor controlando as regras do jogo na região.
SUOKAS (2018), o controle das rotas que passa sua mercadoria e recursos
energéticos utiliza da liderança de projectos de infra-estruturas na Ásia sobre dos demais
destacado Banco (AIIIB) fundado pela China para controle ou atender as demandas das
regiões de forma multilateral.

Paquistão
É o quinto país mais populoso do mundo, quarto com maior gasto militar potencial
nuclear com conflitos permanentes com índia sobre região de Caxemira maior parte da região
esta no litoral o mar de Arábia, sua localização facilita curta para China e Afeganistão, ela
disse possui terra fértil, o comercio esta ligado via rodoviária, não so há existência de portos
Gweda facilita no negocio.

Projectos Aprovados no Sector de Energia


A localização estratégica de Bangladesh contempla os interesses geoestratégicos da
China, pois sua proximidade física e política com a Índia, a disponibilidade de mão-de-obra
barata e a proximidade com a baía de Bengala tem implicações cruciais para os interesses
geopolíticos da China na região e, evidência a tese de que China pretende exercer maior
influência sobre o estreito de Malaca e o Oceano Índico através de investimento em infra-
estrutura em torno dos estados da orla do Oceano Índico.

Conclusão

O presente resumo fala sobre os termos infra-estrutura, recursos energéticos, com a


defesa de vários autores, segundo suas visões em vários países, como analise a energia é a
força motriz de globalização económica de cada país, com a energia houve a industrialização
com a industria surgiu aumento de projectos agrícolas, houve explosão do desenvolvimento,
perante o resumo notasse que há guerra entre países sobretudo a desigualdade da economia,
por outros países ter maior quantidade de recursos naturais outros não, por terem terras
férteis para a produção da agricultura e a criação de gado, também notamos luta entre países
através da sua localização geográfica, isto é, tem países que se localizam perto da agua,
facilitado escoamento de produtos via marítima, desigualdade de material bélico também
originou guerra entre países asiáticos.

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