Você está na página 1de 2

Imprensa brasileira nos anos 1950

* período de profissionalização da imprensa, tardiamente (EUA = final dos anos


XIX/início XX).

Contexto geral:
Guerra Fria (EUA x URSS);
Expansão econômica e cultural norte-americana → reestruturação global do
capitalismo → transferência da hegemonia européia para a estadunidense;
Consolidação da etapa monopólica do capitalismo → nos países capitalistas
centrais, implica um Estado mais forte que também participa como um agente
econômico, enquanto a iniciativa privada é dominada por conglomerados
industriais.

Contexto brasileiro:
Contexto político-institucional
período democrático → Constituição de 1943;
eleições livres, reorganização de partidos e sindicatos;
retorno de Vargas ao poder;
crescimento das cidades, mobilização no campo.
Economia
instalação de indústria de base → necessária para o ingresso na etapa
monopólica do capitalismo;
modelo vigente: agrário-exportador;
política de substituição de importações.
Cultura e comunicação: principiante mercado de bens culturais → massificação
do rádio e surgimento da televisão → outras mídias, como cinema e discos,
ainda eram pouco populares

Atores dominantes na imprensa dos anos 1950:


Cadeia de Diários e Emissoras Associados → Assis Chateaubriand: formada a
partir da aquisição de O Jornal, em 1924
Rede Última Hora → Samuel Wainer: 1951
Jornal Tribuna da Imprensa → Carlos Lacerda: 1949

Inovações na imprensa a partir dos anos 1950:


Objetividade jornalística:
mudança de paradigma → notícia como relato verdadeiro do factual;
separação entre informação e opinião → substituição do modelo francês
pelo anglo-saxão;
introdução do lead em substituição ao “nariz-de-cera” (espécie de
enrolação inicial);
introdução do modelo de pirâmide invertida.
Recursos editoriais:
planejamento gráfico: concepção de capa, manchetes, chamadas;
títulos com autonomia informativa;
fotos, ilustrações, fundos.
Ampliação e diversidade de temas.

* Conjunto de mudanças → profissionalização da imprensa → concorrência,


surgimento e desenvolvimento de um mercado de bens culturais → fenômeno das
indústrias culturais a partir dos anos 1960.
* Anos 50: condições macroestruturais → permitem a efetiva estruturação de uma
imprensa jornalística de caráter empresarial.
* No processo, destacam-se a reforma do Jornal do Brasil e o lançamento de novos
produtos, como o Jornal da Tarde e as revistas Realidade e Veja.

Você também pode gostar