PEDIATRIA – RESUMO FEBRE

LUÊ NOBRE

FEBRE EM MENORES DE 5 ANOS: AVALIAÇÃO E MANEJO INICIAL

- IDENTIFIQUE CARACTERÍSTICAS DE RISCO DE VIDA

o EM PRIMEIRO LUGAR, OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DEVEM IDENTIFICAR QUAISQUER CARACTERÍSTICAS DE
RISCO IMEDIATO À VIDA, INCLUINDO COMPROMETIMENTO DAS VIAS AÉREAS, RESPIRAÇÃO OU CIRCULAÇÃO E
DIMINUIÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA.
▪ PENSAR NA POSSIBILIDADE DE SER SEPSE.
• A SEPSE É UMA CONDIÇÃO DE DISFUNÇÃO ORGÂNICA COM RISCO DE VIDA DEVIDO A UMA
RESPOSTA DESREGULADA DO HOSPEDEIRO À INFECÇÃO.
- DETECTANDO FEBRE
o NÃO USE ROTINEIRAMENTE AS VIAS ORAL E RETAL PARA MEDIR A TEMPERATURA CORPORAL DE CRIANÇAS DE 0
A 5 ANOS;
o EM BEBÊS COM IDADE INFERIOR A 4 SEMANAS, MEÇA A TEMPERATURA CORPORAL COM UM TERMÔMETRO
ELETRÔNICO NA AXILA;
o EM CRIANÇAS DE 4 SEMANAS A 5 ANOS, MEÇA A TEMPERATURA CORPORAL POR UM DOS SEGUINTES MÉTODOS:
▪ TERMÔMETRO ELETRÔNICO NA AXILA
▪ TERMÔMETRO DE PONTO QUÍMICO NA AXILA
▪ TERMÔMETRO TIMPÂNICO INFRAVERMELHO.
- A PERCEPÇÃO PARENTAL RELATADA DE FEBRE DEVE SER CONSIDERADA VÁLIDA E LEVADA A SÉRIO PELOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE.
- INTERVENÇÕES ANTIPIRÉTICAS:
o EFEITOS DA REDUÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL:
▪ OS AGENTES ANTIPIRÉTICOS NÃO PREVINEM CONVULSÕES FEBRIS E NÃO DEVEM SER USADOS
ESPECIFICAMENTE PARA ESSE FIM.
o INTERVENÇÕES FÍSICAS PARA REDUZIR A TEMPERATURA CORPORAL:
▪ A ESPONJA MORNA NÃO É RECOMENDADA PARA O TRATAMENTO DA FEBRE
▪ CRIANÇAS COM FEBRE NÃO DEVEM SER MAL VESTIDAS OU EMBRULHADAS.
o INTERVENÇÕES MEDICAMENTOSAS PARA REDUZIR A TEMPERATURA CORPORAL
▪ CONSIDERE O USO DE PARACETAMOL OU IBUPROFENO EM CRIANÇAS COM FEBRE QUE PARECEM
ANGUSTIADAS.
▪ NÃO USE AGENTES ANTIPIRÉTICOS COM O ÚNICO OBJETIVO DE REDUZIR A TEMPERATURA CORPORAL EM
CRIANÇAS COM FEBRE.
- AO USAR PARACETAMOL OU IBUPROFENO EM CRIANÇAS COM FEBRE:
o CONTINUE APENAS ENQUANTO A CRIANÇA PARECER ANGUSTIADA
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LUÊ NOBRE

o CONSIDERE MUDAR PARA O OUTRO AGENTE SE A ANGÚSTIA DA CRIANÇA NÃO FOR ALIVIADA
o NÃO DÊ AMBOS OS AGENTES SIMULTANEAMENTE
o CONSIDERE ALTERNAR ESSES AGENTES APENAS SE O DESCONFORTO PERSISTIR OU SE REPETIR ANTES DA
PRÓXIMA DOSE.
- AVALIAR O RISCO DE DOENÇA GRAVE
o AVALIE AS CRIANÇAS COM DOENÇA FEBRIL QUANTO À PRESENÇA OU AUSÊNCIA DE SINTOMAS E SINAIS QUE
PODEM SER USADOS PARA PREVER O RISCO DE DOENÇA GRAVE USANDO O SISTEMA DE SEMÁFOROS PARA
IDENTIFICAR O RISCO DE DOENÇA GRAVE.
o AO AVALIAR CRIANÇAS COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM, LEVE EM CONSIDERAÇÃO A DIFICULDADE DE
APRENDIZAGEM DE CADA CRIANÇA AO INTERPRETAR A TABELA DE SEMÁFOROS.
o MEDIR E REGISTRAR TEMPERATURA, FREQUÊNCIA CARDÍACA, FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA E TEMPO DE
ENCHIMENTO CAPILAR COMO PARTE DA AVALIAÇÃO DE ROTINA DE UMA CRIANÇA COM FEBRE .
o MEÇA A PRESSÃO ARTERIAL DE CRIANÇAS COM FEBRE SE A FREQUÊNCIA CARDÍACA OU O TEMPO DE ENCHIMENTO
CAPILAR ESTIVER ANORMAL E AS INSTALAÇÕES PARA MEDIR A PRESSÃO ARTERIAL ESTIVEREM DISPONÍVEIS .
o EM CRIANÇAS COM MAIS DE 6 MESES, NÃO USE APENAS A ALTURA DA TEMPERATURA CORPORAL PARA
IDENTIFICAR AQUELES COM DOENÇA GRAVE.
o NÃO USE A DURAÇÃO DA FEBRE PARA PREVER A PROBABILIDADE DE DOENÇA GRAVE. NO ENTANTO, CRIANÇAS
COM FEBRE COM DURAÇÃO DE 5 DIAS OU MAIS DEVEM SER AVALIADAS PARA DOENÇA DE KAWASAKI;
o AVALIAR CRIANÇAS COM FEBRE QUANTO A SINAIS DE DESIDRATAÇÃO. OLHE PARA:
▪ TEMPO DE ENCHIMENTO CAPILAR PROLONGADO
▪ TURGOR ANORMAL DA PELE
▪ PADRÃO RESPIRATÓRIO ANORMAL
▪ PULSO FRACO
▪ EXTREMIDADES FRIAS.

➔ VERMELHO – ALTO RISCO: RECONHEÇA QUE AS CRIANÇAS COM QUALQUER UM DOS SEGUINTES SINTOMAS OU SINAIS
ESTÃO EM UM GRUPO DE ALTO RISCO PARA DOENÇAS GRAVES:
o PELE, LÁBIOS OU LÍNGUA PÁLIDA/MANCHADA/CINZENTA/AZULADA
o NENHUMA RESPOSTA A SUGESTÕES SOCIAIS
o PARECER DOENTE A UM PROFISSIONAL DE SAÚDE
o NÃO ACORDA OU SE ACORDADO NÃO FICA ACORDADO
o CHORO FRACO, AGUDO OU CONTÍNUO
o GRUNHINDO
o FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA SUPERIOR A 60 RESPIRAÇÕES POR MINUTO
o TIRAGEM TORÁCICA MODERADA OU GRAVE
o TURGOR CUTÂNEO REDUZIDO
o FONTANELA ABAULADA.

RECONHEÇA QUE CRIANÇAS MENORES DE 3 MESES COM TEMPERATURA DE 38°C OU MAIS ESTÃO EM UM GRUPO DE
ALTO RISCO PARA DOENÇAS GRAVES.

➔ AMARELO – ÂMBAR: RISCO INTERMEDIÁRIO OU SUPERIOR → RECONHEÇA QUE AS CRIANÇAS COM QUALQUER UM DOS
SEGUINTES SINTOMAS OU SINAIS ESTÃO EM PELO MENOS UM GRUPO DE RISCO INTERMEDIÁRIO PARA DOENÇAS GRAVES:
o PALIDEZ DA PELE, LÁBIOS OU LÍNGUA RELATADA PELOS PAIS OU CUIDADORES
o NÃO RESPONDENDO NORMALMENTE A SUGESTÕES SOCIAIS
o SEM SORRISO
o ACORDA APENAS COM ESTIMULAÇÃO PROLONGADA
o ATIVIDADE DIMINUÍDA
o QUEIMAÇÃO NASAL
o MEMBRANAS MUCOSAS SECAS
o MÁ ALIMENTAÇÃO EM BEBÊS
o REDUÇÃO DA PRODUÇÃO DE URINA
o RIGORES.

RECONHEÇA QUE UM TEMPO DE ENCHIMENTO CAPILAR DE 3 SEGUNDOS OU MAIS É UM MARCADOR DE GRUPO DE RISCO
INTERMEDIÁRIO PARA DOENÇA GRAVE (SINAL 'ÂMBAR').

RECONHECER QUE CRIANÇAS DE 3 A 6 MESES COM TEMPERATURA DE 39°C OU MAIS ESTÃO EM PELO MENOS UM GRUPO
DE RISCO INTERMEDIÁRIO PARA DOENÇAS GRAVES.

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LUÊ NOBRE

RECONHECER QUE AS CRIANÇAS COM TAQUICARDIA ESTÃO EM PELO MENOS UM GRUPO DE RISCO INTERMEDIÁRIO PARA
DOENÇAS GRAVES. USE O SUPORTE AVANÇADO DE VIDA PEDIÁTRICO (APLS) CRITÉRIOS ABAIXO PARA DEFINIR
TAQUICARDIA:

• < 12 MESES: > 160

• 12 A 24 MESES: > 150
• 2 A 5 ANOS: >140

➔ VERDE – BAIXO RISCO: RECONHEÇA QUE AS CRIANÇAS QUE TÊM TODAS AS CARACTERÍSTICAS A SEGUIR, E NENHUMA
DAS CARACTERÍSTICAS DE RISCO ALTO OU INTERMEDIÁRIO, ESTÃO EM UM GRUPO DE BAIXO RISCO PARA DOENÇAS
GRAVES:
o COR NORMAL DA PELE, LÁBIOS E LÍNGUA
o RESPONDE NORMALMENTE A SUGESTÕES SOCIAIS
o CONTEÚDO/SORRISOS
o FICA ACORDADO OU ACORDA RAPIDAMENTE
o CHORO NORMAL FORTE OU NÃO CHORO
o PELE E OLHOS NORMAIS
o MUCOSAS ÚMIDAS.

- TRIAGEM:
o AVALIAÇÃO REMOTA: OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUE REALIZAM UMA AVALIAÇÃO REMOTA DE UMA CRIANÇA
COM FEBRE DEVEM PROCURAR IDENTIFICAR SINTOMAS E SINAIS DE DOENÇA GRAVE USANDO O SISTEMA DE
SEMÁFOROS PARA IDENTIFICAR RISCO DE DOENÇA GRAVE E DOENÇAS ESPECÍFICAS.
o DOENÇA COM RISCO DE VIDA: AS CRIANÇAS CUJOS SINTOMAS OU COMBINAÇÃO DE SINTOMAS SUGEREM UMA
DOENÇA COM RISCO DE VIDA IMEDIATO DEVEM SER ENCAMINHADAS IMEDIATAMENTE PARA ATENDIMENTO
MÉDICO DE EMERGÊNCIA PELO MEIO DE TRANSPORTE MAIS ADEQUADO.
o VERMELHO – RECURSOS DE ALTO RISCO: CRIANÇAS COM QUAISQUER CARACTERÍSTICAS "VERMELHAS", MAS
QUE NÃO SÃO CONSIDERADAS COMO TENDO UMA DOENÇA COM RISCO DE VIDA IMEDIATO, DEVEM SER AVALIADAS
COM URGÊNCIA POR UM PROFISSIONAL DE SAÚDE EM UM AMBIENTE PRESENCIAL DENTRO DE 2 HORAS.
o AMARELO - ÂMBAR – RISCO INTERMEDIÁRIO E SEM CARACTERÍSTICAS DE ALTO RISCO: CRIANÇAS COM
CARACTERÍSTICAS 'ÂMBAR', MAS SEM CARACTERÍSTICAS 'VERMELHAS' DEVEM SER AVALIADAS POR UM
PROFISSIONAL DE SAÚDE EM UM AMBIENTE PRESENCIAL. A URGÊNCIA DESTA AVALIAÇÃO DEVE SER
DETERMINADA PELO JULGAMENTO CLÍNICO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE QUE REALIZA A AVALIAÇÃO REMOTA .
o VERDE – APENAS RECURSOS DE BAIXO RISCO: AS CRIANÇAS COM CARACTERÍSTICAS 'VERDES' E NENHUMA DAS
CARACTERÍSTICAS 'ÂMBAR' OU 'VERMELHO' PODEM SER CUIDADAS EM CASA COM ACONSELHAMENTO
ADEQUADO PARA OS PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO, INCLUINDO ACONSELHAMENTO SOBRE QUANDO
PROCURAR MAIS ATENÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE.