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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS NÁUTICAS

DEPARTAMENTO DE RÁDIO

CURSO: ENGENHARIA ELECTRÓNICA E DE TELECOMUNICAÇÕES

CADEIRA: RADARES - I Semestre

TEMA: Radar de Onda Contínua

Turma: 3RB

AUTORES:

Idalércio Artur Guibunda

Docente:

Engº. Roberto Tandaucane

Maputo, Abril de 2020


Índice

Introdução........................................................................................................................................3

Objectivos........................................................................................................................................4

Geral:............................................................................................................................................4

Específicos:..................................................................................................................................4

Radar de onda contínua...................................................................................................................5

Tipos de radar de onda contínua......................................................................................................6

Radar de onda contínua Não Modulada.......................................................................................6

Radar de Onda Contínua Modulado pela Frequência (FM-CW/CWFM)....................................6

Configurações do radar de Onda Contínua......................................................................................7

Radar monostático........................................................................................................................7

Radar bistático..............................................................................................................................7

Função do Radar de Onda Contínua................................................................................................8

Diagrama de blocos.........................................................................................................................9

Particularidades do Radar de Onda Contínua................................................................................10

Cálculo do alcance do radar...........................................................................................................12

Aplicações de radar de onda contínua não modulado...................................................................13

Vantagens e limitações práticas.....................................................................................................14

Vantagens...................................................................................................................................14

Limitações práticas....................................................................................................................15

Conclusão......................................................................................................................................17

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Introdução
Apesar de sistemas modernos serem capazes de extrair diversas informações de um alvo, e de
novas aplicações terem emergido durante os anos, com interesse específico nesta variedade de
informações, a medida de distância ainda é uma das funcionalidades mais importantes do radar,
não existindo, na literatura, nenhum outro sistema tão eficiente quanto o mesmo para este fim.
Este trabalho de investigação apresentará conteúdos sobre o radar, mais precisamente o Radar de
onda contínua, aqui serão apresentadas as principais características do radar de onda contínua: os
seus tipos, princípio de funcionamento, blocos funcionais, vantagens e limitações, entre outros
aspectos importantes.

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Objectivos
Geral:
Descrever o princípio de funcionamento do radar de onda contínua

Específicos:
 Descrever o radar de onda contínua;

 Descrever os modos de operação do radar de onda contínua;

 Identificar e descrever o diagrama de blocos do radar de onda contínua

 Identificar e descrever os tipos e configurações do radar de onda contínua

 Apresentar as vantagens e limitações do radar de onda contínua

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Radar de onda contínua
O Radar de onda contínua é um tipo de radar do sistema onde uma frequência estável de energia
conhecida  (onda contínua de rádio)  é transmitida e, em seguida, recebida de quaisquer objectos
reflectores. Neste tipo de radar os objectos individuais são detectados usando o efeito Doppler,
que faz com que o sinal recebido tenha uma frequência diferente da transmissão, permitindo que
seja detectado filtrando a frequência transmitida. Estes radares transmitem um sinal de alta
frequência continuamente e o sinal de eco é recebido e processado permanentemente.

É preciso resolver dois problemas com esse princípio:

 Impedir uma conexão directa da energia transmitida ao receptor (conexão de


realimentação)

 Atribuir os ecos recebidos a um sistema de tempo para poder fazer medições de tempo de
execução.

Soluções

Uma conexão directa da energia transmitida ao receptor pode ser evitada por:

 A separação espacial da antena transmissora e da antena receptora, exemplo o alvo é


iluminado por um transmissor forte e o receptor está localizado no míssil voando
directamente em direcção ao objectivo;

 Separação dependente da frequência pela frequência Doppler durante a medição das


velocidades.

Uma medição do tempo de execução não é necessária para os medidores de velocidade, a


distância real de um carro à velocidade excessiva não tem uma consequência. Se forem
necessárias informações sobre a faixa, a medição do tempo poderá ser realizada por modulação
de frequência ou codificação de fase da potência transmitida.

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Tipos de radar de onda contínua
Existem dois tipos de Radar de onda contínua:

Radar de onda contínua Não Modulada


As frequências de retorno são afastadas da frequência transmitida com base no efeito Doppler
quando os objectos estão em movimento. Não é possível calcular a distância. Este tipo de radar é
tipicamente usado em competições desportivas como golfe, ténis, e corridas NASCAR.

' c
A mudança da frequência Doppler depende da velocidade da luz no ar ( c ≈ é
1,0003
ligeiramente mais lento do que no vácuo) e da velocidade do alvo.

( )
v
1+
c'
f r=f t
v
1−
c'

Portanto, a frequência Doppler fd será:

ft
f d =f r −f t=2 v '
c −v

Uma vez que, geralmente, a variação da velocidade do objecto é bem menor que c’, (v << c’),
podemos simplificar com c ' −v ≈ c ' :

ft
fd≈2v
c'

Radares de onda contínua sem modulação de frequência (FM) apenas detectam objectos em
movimento, já que objectos estáticos não causam a deslocação Doppler. Os sinais reflectidos de
um alvo estático e de um alvo em movimento lento são mascarados pelo sinal de transmissão,
este oprime a reflexão de alvos em movimento lento durante a operação normal.

Radar de Onda Contínua Modulado pela Frequência (FM-CW/CWFM)


É um tipo de radar de medição de curto alcance capaz de determinar a distância. Este aumenta a
confiabilidade por fornecer medição de distância junto com medição de velocidade, o que é
essencial quando houver mais de uma fonte de reflexão chegando na antena do radar. Este tipo

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de radar é frequentemente usado como "radar altímetro" para medir a altura exacta durante o
procedimento de pouso de uma aeronave. Também é usado como radar de alerta-antecipado,
radar de onda e sensores de proximidade.

O deslocamento Doppler nem sempre é necessário para a detecção quando a modulação FM é


usada. Neste sistema, o sinal transmitido de uma onda contínua de frequência estável conhecida
varia para cima e para baixo em frequência durante um período fixo de tempo por um sinal de
modulação. A diferença de frequência entre o sinal de recebimento e o sinal de transmissão
aumenta com o atraso e, portanto, com a distância. Isso apaga ou desfoca o sinal Doppler. Os
ecos de um alvo são então misturados com o sinal transmitido para produzir um sinal de batida
que dará a distância do alvo após a demodulação.

Existe uma variedade de modulações, a frequência do transmissor pode diminuir de cima para
baixo tendo as seguintes formas de onda:

 Onda senoidal;

 Onda dente de serra;

 Onda triangular e

 Onda quadrada.

Configurações do radar de Onda Contínua


Existem duas configurações de antena diferentes usadas pelo radar de onda contínua: radar
monostático e radar bistático

Radar monostático - A antena de recepção do radar está localizada próxima à antena de


transmissão.

Radar bistático - A antena de recepção do radar está localizada longe da antena de transmissão.
O transmissor é bastante caro, enquanto o receptor é bastante barato e descartável.

A antena de transmissão ilumina o alvo da mesma maneira que uma luz de busca. A antena de
transmissão também emite uma amostra omnidireccional.

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O receptor usa duas antenas - uma antena voltada para o alvo e uma antena voltada para a antena
de transmissão. A antena de recebimento que é direccionada para a antena de transmissão é
usada para desenvolver o nulo de passagem directa, que permite que o receptor alvo opere de
forma confiável no feixe principal da antena ou próximo a ele, ou, em outras palavras, a antena
voltada para o transmissor é usada para a sincronização entre o emissor e o receptor.

Um princípio básico utilizável na medição de distâncias é o da medição da diferença de fase com


que um sinal periódico chega ao receptor, depois de reflectido no alvo, relativamente ao sinal
emitido. Este princípio é extensível tanto aos radares de impulsos como aos radares de onda
contínua.

Função do Radar de Onda Contínua


O radar de onda contínua avalia a diferença de fase φ entre o sinal transmitido e o sinal recebido.
A magnitude dessa diferença de fase é a razão entre a distância percorrida pela onda
electromagnética e o comprimento de onda do sinal transmitido, multiplicado pela divisão de
graus do círculo completo (2·π). Se a distância do reflector não mudar, a diferença de fase é
constante e é calculada de acordo com:

2r
φ=−2 π
λ

Figura 1: diferença de fases (Fonte: radartutorial.eu)

O factor 2 para a distância r significa que o sinal deve passar por essa distância duas vezes (ida e
volta). O sinal de menos é gerado porque ocorre um salto de fase de 180° durante a reflexão. Um
cálculo directo de uma distância desta diferença de fase não é possível. Por exemplo, só seria

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possível se a distância estivesse entre 0 e 2π A essa distância, surgem ambiguidades devido à
periodicidade da onda senoidal.

Se a distância do reflector não for constante, mas mudar, por exemplo, com uma velocidade
relativamente constante da antena transmissora, a diferença de fase também mudará em função
do tempo:

r ( t)
φ (t)=−4 π
λ

Diagrama de blocos
Todo o circuito do transmissor e receptor pode ser fabricado com componentes semicondutores
em um substrato como componente integrado. Esse componente é geralmente chamado de
transceptor. Em muitos casos, esse transceptor já está equipado com as antenas necessárias e
normalmente, estas são antenas realizadas em uma placa de circuito impresso de dupla face (com
larguras de banda maiores) ou radiadores. O esquema a seguir representa o diagrama de blocos
de um simples radar de onda contínua:

Figura 2: Diagrama de blocos de um transceptor de radar simples usando conversão directa


descendente (fonte: radartutorial.eu)

Gerador de RF – gera uma frequência de RF muito estável.

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Divisor de potência – este é dividido em duas partes iguais com a mesma mudança de fase. Uma
parte é, então, a energia de transmissão, a outra parte tem a função de frequência do oscilador
local.

Antena de transmissão – irradia a potência de transmissão de forma predeterminada pelas


dimensões geométricas do padrão da antena no espaço livre.

Antena receptora – recebe sinais de eco e os converte em uma potência receptora guiada por
cabo.

Pré-amplificador – amplifica os sinais de eco para uma melhor conversão descendente.


Infelizmente, o ganho é limitado a cerca de 20dB, porque sinais fortes de eco a curta distância
podem sobrecarregar o misturador.

Estágio do misturador – converte os sinais de eco na banda base (neste caso, na faixa de áudio)

Filtro passa-baixo – bloqueia os componentes de alta frequência do sinal.

Amplificador – como os sinais de eco são muito fracos, eles precisam ser amplificados na
ordem de 10.000 vezes (+40 dB).

Conversor A-D – converte os sinais do eco (analógicos) em sinal digital que posteriormente será
apresentado na interface do computador.

Particularidades do Radar de Onda Contínua


Existem essencialmente duas situações a tratar de forma isolada, num radar de onda contínua:

1. Numa primeira não é contemplada a existência de movimento por parte do alvo.

Nesta situação a onda reflectida não é mais do que a onda transmitida, afectada de um atraso.
Eventualmente é possível que existam diferenças de amplitude devido às não linearidades
envolvidas nos processos de modulação, amplificação e demodulação, que devem ser corrigidas
ou minimizadas de alguma forma A medição da distância (R) será então dada pela seguinte
expressão:

10
λ∙fd
R=
4 ∙ K ∙ V pp

Em que λ representa o comprimento de onda do sinal modulador caso este se propagasse, fd a


frequência máxima do sinal lido aos terminais do mixer, K a sensibilidade do VCO, Vpp a
excursão de tensão do sinal modulador.

2. Numa outra situação, bastante mais interessante, em que o alvo se mova.

Figura 3 – Sinais moduladores esperados na recepção com o alvo móvel (fonte: web.fe.up.pt)

O processo de modulação por intermédio de uma onda triangular, permite extrair também
informação sobre a velocidade do objecto. O sinal de tensão nos terminais do díodo de Schottky
está modulado em frequência pelo valor absoluto da diferença de frequências instantânea entre a
onda directa e a onda reflectida1. Possui por isso características muito interessantes como é
possível observar analisando a figura 3: Repara-se que o primeiro gráfico apresenta, a azul, o
sinal modulador da onda directa e a vermelho o da onda reflectida, ambos lidos junto ao radar.
Sendo de notar o atraso devido ao percurso de ida e volta do sinal vermelho e uma deslocação do
valor médio devido ao efeito de Doppler.

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O último gráfico apresenta o sinal esperado à saída do mixer depois de demodulado em
frequência. Note-se que este é constituído por uma sucessão de patamares cuja amplitude alterna
entre dois valores para cada período do sinal modulador.

1
O díodo de Schottky apresenta aos seus terminais um sinal de tensão proporcional ao produto
das duas ondas incidentes. Possuindo as duas ondas frequências instantâneas muito semelhantes,
gerar-se-á uma componente em torno de 20Ghz e uma outra em torno de 0Hz. Sendo que a
componente de frequência mais elevada é eliminada.

O valor médio das duas amplitudes (linha a preto) cresce solidário com o aumento da distância à
qual se encontra o alvo. Sendo o módulo da diferença entre cada patamar e o valor médio igual à
frequência de Doppler e como tal proporcional à velocidade do alvo. Repare-se que a amplitude
de cada patamar depende também da inclinação de cada uma das rampas da onda triangular
moduladora. É por isso conveniente maximizar a utilização da gama dinâmica disponibilizada
pelo VCO, tendo em conta o revés da perda de linearidade em zonas afastadas dos 10 volts. Este
pormenor assume uma certa importância quando se está a utilizar o sistema com distâncias
pequenas, relativamente ao comprimento de onda do sinal modulador, porque nessa situação os
patamares do sinal possuem amplitudes muito pequenas.

Cálculo do alcance do radar


Em geral, a equação básica do radar também pode ser usada para o radar de onda contínua, pois é
independente do tipo de modulação.


2 2
4 Ps ∙G ∙ λ ∙ σ
Rmax = 3
P E ∙ ( 4 π ) ∙ Lges
min

No entanto, deve-se ter em mente que as perdas contidas no termo Lges também podem conter
ganhos, por exemplo, por meio de integração coerente.

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Os físicos apontariam que o factor decisivo para o alcance do radar não é a potência de
transmissão declarada na fórmula, mas a energia transmitida. Isso poderia anteriormente ser
negligenciado na derivação da equação porque a duração do pulso de transmissão foi assumida
como sendo igual à duração do sinal de eco.

Se a duração do sinal de eco demodulado não for igual à duração do sinal transmitido, esses
tempos deverão ser colocados em relação e multiplicados como ganho pelos valores
remanescentes da expressão na quarta raiz.


2 2
4 P s ∙ G ∙ λ ∙ σ ∙ PCR
Rmax = 3
P E ∙ ( 4 π ) ∙ Lges
min

No radar, com modulação intrapulso, esse ganho é chamado de taxa de compressão de pulso


(PCR – Pulse Compression Rate) e depende da largura de banda transmitida.

Um cálculo semelhante também pode ser feito para um radar de onda contínua. Nesse caso, o
ganho de integração pode ser calculado com o tempo de espera em relação ao tempo de reacção
do filtro (radar CW) ou com a largura de banda (radar FMCW – Frequency Modulated
Continuos Wave).

Aplicações de radar de onda contínua não modulado


1. Radar de controlo de tráfego (medidores de velocidade)

Os medidores de velocidade são radares CW muito especializados. Um medidor de velocidade


usa a frequência Doppler para medir a velocidade. Como o valor da frequência Doppler depende
do comprimento de onda, esses conjuntos de radar usam uma banda de frequência muito alta.

2. Sensor de movimento por radar Doppler

Sensores de radar Doppler simples e baratos com circuitos podem accionar funções de
comutação como alarmes ou simplesmente ser usados como abridores de portas ou interruptores
para iluminação.

3. Monitoramento de movimento

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Se a saída do estágio do misturador estiver acoplada em DC (ou seja: na etapa de mistura,
nenhum transformador indutivo ou capacitor de acoplamento for usado) e os amplificadores
subsequentes também forem todos acoplados em DC, esse radar de onda contínua não modulado
também pode monitorar distâncias para alvos fixos com precisão na ordem de λ/16. Aqui
nenhuma frequência Doppler é medida, é comparado o ângulo de fase entre o sinal transmitido e
o sinal recebido. O caminho do radar para o reflector e o caminho de volta são múltiplos do
comprimento de onda usado. Se essa distância mudar apenas por fracções de milímetro, o ângulo
de fase entre os dois sinais também mudará.

A faixa de medição é ambígua: quantos comprimentos de onda completos devem ser adicionados
adicionalmente à fracção medida, isso não pode ser determinado. O radar pode monitorar apenas
a alteração para um valor anterior.

Por esse método de medição, por exemplo, é possível realizar o monitoramento sem contacto da
frequência cardíaca e da actividade respiratória de pacientes em terapia intensiva. O radar está
alinhado no peito do paciente e monitora a distância com precisão de fracções de milímetro. As
alterações do ângulo de fase entre o sinal transmitido e o sinal recebido são exibidas em um
osciloscópio em função do tempo. Um conectado ao computador do radar conta as alterações
periódicas e gera a frequência cardíaca do paciente numericamente. Se não houver mais
alterações registadas, um alarme será accionado.

A ausência da faixa mínima de medição, típica no radar de impulso, torna possível usar esse
projecto de sistema de radar como um fusível de proximidade por rádio para mísseis e projécteis
de artilharia. A amplitude do sinal sonoro aumenta com a aproximação do alvo, enquanto a
frequência Doppler diminui pouco antes de passar. Uma vez alcançada a banda passante ou
passa-banda de um filtro, o fusível de proximidade do radar acciona a ogiva.

Vantagens e limitações práticas


Vantagens
Por causa da sua simplicidade, o radar de onda contínua é barato de fabricar, relativamente livre
de falhas, barato de manter e totalmente automatizado. Alguns são pequenos o suficiente para

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levar no bolso. Os sistemas mais sofisticados deste radar podem obter detecções precisas com
mais de 100 km de distância.

A rampa do radar de onda contínua modulada por frequência FMCW pode ser compactada,
fornecendo sinal extra para ganhos de ruído, de modo que não é necessária a energia extra que o
radar de pulso usando uma modulação sem FM precisaria. Isso combinado com o fato de ser
coerente significa que a integração de Fourier pode ser usada em vez da integração de azimute,
fornecendo sinal superior ao ruído e uma medição em Doppler.

O processamento Doppler permite a integração do sinal entre amostras sucessivas do receptor.


Isso significa que o número de amostras pode ser aumentado para aumentar o alcance da
detecção sem aumentar a potência de transmissão. Essa técnica pode ser usada para produzir
radares de baixo consumo e baixo custo. O desempenho do radar de onda contínua é semelhante
ao desempenho do radar Doppler de pulso por esse motivo.

Limitações práticas
O radar de onda contínua não modulado não pode medir a distância. A amplitude do sinal
fornece a única maneira de determinar qual objecto corresponde a qual medição de velocidade
quando há mais de um objecto em movimento perto do receptor, mas as informações de
amplitude não são úteis sem a medição de alcance para avaliar o tamanho do alvo.

Objectos em movimento incluem pássaros voando perto de objectos em frente à antena. As


reflexões de pequenos objectos directamente na frente do receptor podem ser sobrecarregadas
pelas reflexões que entram pelos lóbulos laterais da antena a partir de objectos grandes
localizados ao lado, acima ou atrás do radar, como árvores com vento soprando nas folhas,
grama alta, superfície do mar, trens de carga, caminhões e aeronaves. É de notar, também, que,
pequenos sistemas de radar que não possuem modulação de alcance só são confiáveis quando
usados com um objecto em um ambiente estéril, livre de vegetação, aeronaves, pássaros,
fenómenos climáticos e outros veículos próximos.

A interferência de um segundo radar, ignição de um automóvel, outros objectos em movimento,


pás do ventilador em movimento no alvo pretendido e outras fontes de radiofrequência
danificarão as medições em antenas de lobos laterais com 20 dB. Esses sistemas são limitados

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pelo comprimento de onda, que é de 0,02 metro na banda Ku, de modo que o feixe espalhado
excede 45 graus se a antena for menor que 0,3 polegadas.

Os lobos laterais significativos da antena se estendem em todas as direcções, a menos que a


antena seja maior que o veículo no qual o radar está montado, por isso, a supressão do lobo
lateral e a modulação da faixa FM são necessárias para uma operação confiável pois não há
como saber a direcção do sinal que chega sem a supressão do lobo lateral, operação que requer
duas ou mais antenas, cada uma com seu próprio receptor individual.

Não há como saber a distância sem a modulação da faixa FM e a velocidade, direcção e distância
são necessárias para seleccionar um objecto individual. Essas limitações são devidas às
conhecidas limitações básicas da física que não podem ser superadas pelo design.

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Conclusão
O radar de pulso de onda contínua não possui, alcance mínimo e máximo, embora o nível de
potência de transmissão imponha um limite prático no alcance. O radar de onda contínua
maximiza a potência total no alvo porque o transmissor está transmitindo continuamente.

Rádio-altímetros baratos, sensores de proximidade e acessórios desportivos que operam de


algumas dezenas de pés a vários quilómetros. Radares de alerta-antecipado de rastreamento
angular (CWAT) de alto custo que operam além de 100 km para uso com sistemas de mísseis
terra-ar. São algumas das principais aplicações do radar de onda contínua.

Apesar do facto de que, pela sua simplicidade, o radar CW seja barato de fabricar, relativamente
livre de falhas, barato de manter e totalmente automatizado e de que alguns sejam pequenos o
suficiente para levar no bolso, o radar de onda contínua tem como principais desvantagens as
seguintes: o radar de onda contínua não modulado não pode medir a distância; A amplitude do
sinal fornece a única maneira de determinar qual objecto corresponde a qual medição de
velocidade quando há mais de um objecto em movimento perto do receptor, mas as informações
de amplitude são inúteis sem a medição de alcance para avaliar o tamanho do alvo. Pequenos
sistemas de radar que não possuem modulação de alcance só são confiáveis quando usados com
um alvo em um ambiente estéril, livre de vegetação, aeronaves, pássaros, fenómenos climáticos e
outros veículos próximos.

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Bibliografia

 Continuos-wave radar. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Continuous-


wave_radar#Sawtooth_frequency_modulation>. Acesso a 27-04-2020.

 FONSECA Humberto, VALENTIM Nuno. Medição de velocidades e distâncias através


de um radar de onda continua. (2002). Porto. Disponível em:
<https://web.fe.up.pt/~ee97001/Files/ST2/radar.pdf> Páginas: 2, 3 e 4. Acesso a 27-04-
2020.

 Radar de onda continua. Disponível em:


<https://www.radartutorial.eu/02.basics/rp07.pt.html#trx>. Acesso a 27-04-2020.

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