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JOSÉ LUIZ FERREIRA
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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Utopias, eutopias e distopias
Nada do que é social e humano é mais real que as utopias. Na sua vertente eutópica,
as utopias constituíram sempre o fundamento simbólico e mítico sem o qual nenhuma
forma de organização social se sustenta, justifica ou sobrevive. E criam, tanto na
vertente eutópica como na distópica, o vocabulário da revolução e da mudança: sem
os amanhãs que cantam (ou choram) teríamos, em vez de História, um presente
intemporal e eterno - como o dos faraós ou o de Francis Fukuyama.
Aldous Huxley publicou o seu Brave New World em 1932. George Orwell, que não tinha
em grande conta este livro ou o seu autor, publicou 17 anos depois a sua própria
distopia, Nineteen Eighty-Four. Entre estas duas datas interpôs-se a Segunda Grande
Guerra: não admira que na primeira a técnica básica da opressão do Estado fosse a
manipulação genética e que na segunda, depois do descrédito em que o regime nazi
lançou o eugenismo, as técnicas principais da opressão sejam a lavagem ao cérebro,
a crueldade gratuita e a manipulação da linguagem.
Apesar desta e de outras diferenças, os dois textos foram muitas vezes lidos, nas
décadas seguintes, como os dois pólos - um hedonista, outro o oposto disto - duma
mesma distopia, a que os sinais dos tempos davam e dão plausibilidade. Esta
distopia bipolar é identificável em grande parte com a ideia de modernidade; e hoje
a invocação da modernidade, sempre na boca dos políticos e dos capitães da
indústria, soa aos nossos ouvidos tanto a ameaça como a promessa.
Do texto de Aldous Huxley, o que entrou na linguagem corrente, traduzido para todas
as línguas, foi o sobretudo o título: "admirável mundo novo". A expressão é
utilizada em toda a parte mesmo por quem nunca leu a obra: das mesas dos cafés aos
blogues, das crónicas dos jornais aos debates nos media. Do texto de Orwell, toda a
gente utiliza, própria ou impropriamente, expressões como Big Brother, newspeak
(que até teve, em português, honras de tradução: "novilíngua"), ou ainda
doublethink. Uma coisa é certa: nenhuma destas expressões se teria conservado até
hoje no uso corrente se não tivesse referentes no real quotidiano.
A mesma sorte não teve 1985, de Anthony Burgess, publicado em 1978. Um texto
anterior de Burgess, também ele distópico, é de longe mais conhecido, talvez pela
versão filmada que dele fez Stanley Kubrik: A Clockwork Orange. 1985 recupera
alguns temas e tropos deste texto e apresenta-se como um balanço crítico de
Nineteen Eighty-Four. Divide-se em duas partes: um ensaio sobre o texto de Orwell e
a construção duma distopia alternativa, imaginada por Burgess 29 anos mais tarde. A
frase final da primeira parte do livro é: 1984 is not going to be like that at all.
Frase corajosa, vinda dum escritor que admirava e respeitava o objecto da sua
crítica. E é com ela que Burgess nos autoriza a fazermos nós também o balanço
crítico da sua alternativa, decorridos mais que outros tantos anos desde a sua
publicação.
Vejamos então o que sobreviveu melhor ao curso da história: se Nineteen Eighty-Four
aos últimos 60 anos, se 1985 aos últimos trinta e um.
As diferenças entre as duas distopias não surpreendem, sabendo que uma foi escrita
por um socialista libertário, pouco à vontade no seu estatuto social de nascença
que o colocava nas franjas do poder, e a outra escrita por um conservador a quem o
facto de pertencer a uma elite social e intelectual não incomoda minimamente. Na
primeira, o opressor é um Estado por assim dizer anti-utilitarista, ou seja:
inteiramente dedicado à prossecução do maior mal do maior número. Burgess faz
notar, na sua crítica a Orwell, que um Estado assim nunca existiu nem pode existir.
Mesmo os regimes que mais se aproximam deste modelo são intrinsecamente instáveis:
Calígula acabou assassinado, e o Império nazi, que era para durar mil anos, durou
doze. Reconhece Burgess, contudo, que Orwell tem bons modelos para a sua terrível
invenção: o franquismo contra o qual lutou, o estalinismo que assassinou na
Catalunha os seus camaradas anarco-sindicalistas, ou o nazismo, de cujos horrores
se começava a tomar conhecimento quando o livro foi escrito. Bastou a Orwell
absolutizar e levar ao extremo do concebível estas realidades históricas, et voilà:
aí temos o Ingsoc, abreviatura de English Socialism, ou seja: Socialismo Inglês.
Burgess nota, com a indulgência a que as suas próprias contradições o obrigam, a
ironia de um socialista chamar socialismo ao regime mais monstruoso que consegue
imaginar; mas não precisa de explicar, e não explica, as razões óbvias desta opção.
Nós, habitantes do Século XXI, habituados pela propaganda vigente a equacionar
"esquerda" com "estatismo", também podemos ver ironia na escolha deste nome. As
razões de Burgess para notar esta ironia são, contudo, um pouco diferentes das
nossas. Burgess não era um anti-estatista doutrinário, mas sim um conservador na
tradição burkeana, a quem a ideologia anarco-capitalista e revolucionária
representada por Margaret Thatcher e Ronald Reagan repugnaria tanto como a qualquer
militante da esquerda dita radical. Não acredita que o Estado seja a emanação do
Mal, mas exige dele essa coisa fora de moda que é a responsabilidade moral. No
capítulo "Clockwork oranges" de "1985", declara os seus pressupostos ético-
políticos:
A chemical substance injected into [Alex's] blood induces nausea while he is
watching the films, but the nausea is also associated with the music. It was not
the intention of his State manipulators to introduce this bonus or malus: it is
purely an accident that, from now on, he will automatically react to Mozart or
Beethoven as he will to rape or murder. The State has succedeed in its primary aim:
to deny Alex free moral choice, which, to the State, means choice of evil. But it
has added an unforeseen punishment: the gates of heaven are closed to the boy,
since music is a figure of celestial bliss. The State has commited a double sin: it
has destroyed a human being, since humanity is defined by moral choice; it has also
destroyed an angel.
O Estado aqui descrito não é imoral, como o de Orwell, por opção metafísica da
oligarquia que o dirige: é, mais realisticamente, um Estado amoral. Há, e houve,
Estados imorais, mas nunca houve nenhum que se definisse exclusivamente pela
imoralidade. Burgess tem razão neste ponto. Monstros desta natureza relevam mais de
ficções como Harry Potter ou Lord of the Rings do que da realidade política que
vivemos. O Mal absoluto, diz Burgess, é tão desinteressado como o Bem; e todas as
tiranias estáveis estão ao serviço de interesses.
Não é que não nos sintamos tentados, por vezes, a elaborar fantasias deliciosamente
assustadoras sobre os "Senhores do Mal"; mesmo nós, portugueses, cá no nosso
cantinho, detectamos um eco distante destas fantasias quando ouvimos um político,
um economista ou um empresário deixar no ar a ideia de que tudo o que é impopular é
necessariamente justo e acertado e tudo o que beneficia o cidadão comum é injusto e
desastroso. Levada inteiramente a sério, esta ideia implicaria uma negação total e
radical da democracia; mas somos, tal como Burgess, demasiado sensatos para levar
muito a sério ou muito à letra tudo o que diz o poder, e é por isso que não
confundimos José Sócrates ou Maria de Lurdes Rodrigues com Voldemort.
Ao contrário de Thatcher e de Reagan, Burgess não via no Estado a única, nem
necessariamente a principal, fonte de opressão. O Estado que Burgess denuncia não é
o pesadelo de Orwell, que para Burgess não passa disso mesmo: dum pesadelo. Nem é o
Moloch burocrático da lenda negra anti-socialista. É, acima de tudo, o Estado de
Ivan Petrovitch Pavlov e de Burrhus Frederic Skinner:
The Soviet State wished to remake man and, if one knows Russians, one can
sympathize. Pavlov deplored the wild-eyed, sloppy, romantic, indisciplined,
inefficient, anarchic texture of the Russian soul, at the same time admiring the
cool reasonableness of Anglo-Saxons. Lenine deplored it, too, but it still exists.
Faced with the sloth of the waiters in Soviet restaurants (sometimes three hours
between taking the order and fulfilling it), the manic depression of Soviet taxi-
drivers, the sobs and howls of Soviet drunks, one can sometimes believe that
without communism this people could not have survived. But one baulks, with a
shudder, at the Leninist proposal to rebuild, with Pavlov's assistance, the entire
Russian character, thus making the works of Chekhov and Dostyevsky unintelligible
to readers of the far future.
B. F. Skinner foi um behaviourista radical, bem conhecido pelos professores como
teórico da Educação cujas teses ainda hoje têm influência política no nosso País e
noutros. Mas tem outras facetas menos conhecidas: como filósofo político, produziu
em 1948 Walden Two, uma eutopia - ou distopia, conforme o ponto de vista - em que
as técnicas de psicologia do comportamento conduzem a uma harmonia social perfeita;
como filósofo moral, produziu em 1971 Beyond Freedom and Dignity, título este que
não pode deixar de dar calafrios a Burgess - e, creio bem, a muitos de nós. Burgess
denuncia o Estado Soviético não tanto por pretender privar o homem da sua liberdade
económica como por pretender privá-lo, na esteira de Pavlov e Skinner, da sua
liberdade moral.
Mas se o Estado não é a única nem a principal fonte potencial de opressão, então
não basta a Burgess denunciar o Estado, como em A Clockwork Orange; é preciso
enumerar e denunciar as outras forças potencialmente hostis à liberdade (leia-se:
liberdade moral) do ser humano:
There are, indeed, forces always ready to diminish State power, though oppressive
enough in their own ways. Multinational companies that can make and break
governments but don't give a damn about matters of responsibility to thought, art,
sentiment, health, morality, tradition. The manipulators, the true investigators
into the power of propaganda, meaning doublethink, subliminal suggestion, rendering
us unfree in the realm of what we consume. Trade unions. Minority groups of all
kinds, from the women's liberationists to the gay sodomites. And where we expect
the State, that takes our money, to protect us from the more harmful of the
anarchic forces of the community, there we find the State peculiarly powerless.
Se Burgess soa aqui como um cruzamento anti-natural entre um manifestante anti-
globalização e um moralista reaccionário, reflictamos que o texto foi escrito antes
de, quer o neoliberalismo, quer o movimento politicamente correcto terem adquirido
o estatuto de verdades dificilmente questionáveis.
Na segunda parte de 1985, Burgess já não toma como alvo o Estado de Pavlov e
Skinner, mas sim uma das forças que enumera nos capítulos anteriores. O vilão
principal de Burgess é, nesta narrativa, o movimento sindical. Não o movimento
sindical tal como existiu nos países democráticos ao longo dos séculos XIX e XX,
mas aquilo em que ele parecia estar a tornar-se no Reino Unido em 1978: um
sindicalismo totalitário que se substitui ao Estado e regula despoticamente todos
os aspectos da vida em sociedade. Este retrato do movimento sindical era em parte,
mesmo naquele tempo e lugar, pura e mal intencionada propaganda; mas propaganda em
que Burgess acreditou. Tal como Orwell se tinha alegrado, trinta anos antes, com a
vitória avassaladora do partido Trabalhista nas primeiras eleições que se seguiram
à Guerra, é possível que Burgess se tenha alegrado com o triunfo de Margaret
Thatcher, no ano seguinte ao da publicação de 1985, com base num programa
explicitamente anti-sindical. Se assim foi, esta alegria deve ter durado pouco.
Na novela de Burgess, a personagem principal é um professor de História e línguas
clássicas, desafecto a um sistema que não lhe permite ensinar nada que possa ser
considerado "elitista". Esta dissidência leva-o primeiro à demissão e à escolha de
um trabalho manual (pasteleiro) que não lhe suscita problemas deontológicos, depois
à clandestinidade e por fim à prisão perpétua.
Em Nineteen Eighty-Four a personagem principal é um burocrata chamado Winston
Smith; o professor que protagoniza 1985 chama-se Bev Jones. A escolha dos nomes não
é trivial, como assinala explicitamente Burgess a propósito do nome que escolheu
para o protagonista de A Clockwork Orange: Alex, diminutivo de Alexander, ou seja,
em grego, "salvador de homens". " Smith" e "Jones" são os sobrenomes mais banais do
mundo anglo-saxónico. O nome próprio "Winston" produz, associado a "Smith", um
efeito dissonante que se repercute em " Bev Jones. O nome próprio dado à personagem
pelo pai pode constituir uma homenagem a uma de três figuras históricas: Ernest
Bevin, organizador sindical, dirigente do Partido Trabalhista e Ministro do
Trabalho a partir de 1940 no governo de coligação de Winston Churchill; Aneurin
Bevan, Ministro da Saúde a seguir à vitória trabalhista de 1945, arquitecto do
Serviço Nacional de Saúde, e Ministro do Trabalho a partir de 1951, cargo de que se
demitiu em protesto contra a introdução de taxas moderadoras destinadas a financiar
a participação britânica na Guerra da Coreia; ou William Beveridge, parlamentar do
Partido Liberal cujo relatório, apresentado em 1942, veio a servir de base à
instituição do Welfare State no Reino Unido.
Bev Jones é, assim, simultaneamente a continuação e o oposto de Winston Smith,
facto que se reflecte nas óbvias diferenças e nas surpreendentes semelhanças entre
os dois textos.
Ambas as tiranias descritas são pavlovianas ou skinnerianas: Winston Smith e Bev
Jones são ambos "reeducados" a dado passo. Em ambas está presente, como de resto em
Fahrenheit 451 de Ray Bradbury, a aversão do intelectual a qualquer poder de facto
ou de direito que se dedique à destruição de livros; mas o que imediatamente salta
à vista quando lemos os dois textos é o relevo que Orwell e Burgess dão à
manipulação da linguagem. Em 1985 proibe-se às escolas que ensinem a norma culta da
língua inglesa e impõe-se em vez dela o chamado Worker's English; em Nineteen
Eighty-Four o consenso artificial de que a tirania necessita é construído
recorrendo ao Newspeak.
Apesar de partirem de princípios ideológico-políticos aparentemente opostos, os
dois textos partem de princípios morais muito semelhantes e de concepções muito
próximas da liberdade. Para a personagem principal de Orwell, ser livre significa
poder acreditar que 2+2=4; para Burgess, ser livre significa ser capaz de escolhas
morais.
Hoje, olhando à nossa volta, podemos concluir que o erro e a ingenuidade que
Burgess aponta a Orwell podem não ter sido erro nem ingenuidade: o hiperfascismo de
Nineteen Eighty-Four pode ser uma figura retórica, uma hipérbole, da qual não se
espera que o leitor faça uma interpretação literal, mas tem afloramentos numerosos
e óbvios nas sociedades actuais, mesmo nas mais democráticas.
Já o erro de Burgess é mais difícil de levar à conta de retórica. O Alex de A
Clockwork Orange reaparece em 1985 sob a forma de um gang juvenil particularmente
violento que acolhe e protege Bev Smith em troca de lições de História, Latim e
Grego. Faz rir a ideia dum bando de skinheads ou equivalente a interessar-se pela
cultura clássica, mas Burgess justifica esta implausibilidade pela irreverência e
pela revolta "naturais" na adolescência: se a autoridade proíbe o ensino da
História, das línguas clássicas e da língua materna na sua norma culta, então a
oposição dos jovens à autoridade levá-los-á a procurar o que lhes é proibido.
Hélas, não foi isto que aconteceu nos últimos trinta anos. É verdade que certas
tribos urbanas, como os "góticos" ou os "emos", dão alguns sinais de ter
consciência da falta de alguma coisa essencial na herança que nos preparamos para
lhes deixar; mas não sabem que coisa é essa, e muito menos lhes passa pela cabeça
que possa ter alguma coisa a ver com o ensino da História ou do Latim.
Mais grave ainda: o populismo anti-elitista e anti-intelectual que Burgess temia
acima de tudo veio-nos, não pela mão dos sindicatos, mas pela mão daqueles de quem
ele esperava protecção. O apelo à rebeldia, ao individualismo, à mudança rápida, à
ruptura com o passado, vem-nos hoje, como mostra Thomas Frank em One Market under
God, já não da contra-cultura dos anos sessenta, mas sim da publicidade com que as
grandes empresas inundam os media. Os bilionários já não são uma elite gananciosa e
exploradora: usam jeans, comem hamburgers e são vítimas, como qualquer pessoa
vulgar, da perseguição que lhes move uma casta privilegiada, snob, elitista,
intelectual e académica que tem a veleidade de "saber mais que os mercados" e não
aceita submeter-se a eles com a mesma confiança simples e cega com que um bom
muçulmano se submete a Allah.
E assim se restaura a luta de classes: do lado dos oprimidos vemos Bill Gates, de
braço dado com o nosso vizinho do lado: se não os une a condição económica, une-os
a condição de "homens simples" a fé comum num catecismo (orwelliano que baste) que
afirma, entre outras coisas, que a verdadeira prosperidade está em trabalhar cada
vez mais por cada vez menos dinheiro e que a verdadeira igualdade é a desigualdade
extrema. Do lado dos opressores estão todos os que se atrevem a pôr em dúvida estas
verdades sagradas; e em representação destes "privilegiados" surgem, em primeiro
plano, os professores e os académicos.
Nota: Durante os longos dias que demorei a escrever este texto, não deixei de
acompanhar os textos a todos os títulos notáveis que o Ramiro Marques tem estado a
publicar no ProfEducação, nomeadamente a série "Há um plano para imbecilizar as
novas gerações" Não é paranóia: há mesmo esse plano. Espero que a leitura ou
releitura dos livros que aqui comento ajude a clarificar as estratégias de
marketing político que o apoiam.
Publicada por JOSÉ LUIZ FERREIRA à(s) 18:30 6 comentários:
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Rascunho
Texto para publicar, traduzido e comentado, no blogue principal
The facts on DV are simple; among them are these: (1) women are as likely as men to
commit domestic violence; (2) women are about twice as likely as men to be injured
by domestic violence; (3) women are about twice as likely as men to report being a
victim of DV; (4) women are somewhat more likely than men to initiate domestic
violence, i.e. they're not just responding to what the man did and (5) the
strongest predictor of whether a woman will become a victim in a DV incident is
that she started it (moral: ladies, if you don't want to get hit, don't hit).
Over 270 separate studies done by dozens of different researchers since 1975 have
concluded exactly those things and many more. As recently as October, 2008, a study
of dating violence among students at the University of Florida found that the young
women were slightly more likely to have engaged in dating violence than were the
young men. In 2007, an 11,000-person study by the Centers for Disease Control again
found that,
Almost 24% of all relationships had some violence, and half (49.7%) of those were
reciprocally violent. In nonreciprocally violent relationships, women were the
perpetrators in more than 70% of the cases. Reciprocity was associated with more
frequent violence among women (adjusted odds ratio [AOR]=2.3; 95% confidence
interval [CI]=1.9, 2.8), but not men (AOR=1.26; 95% CI=0.9, 1.7). Regarding injury,
men were more likely to inflict injury than were women (AOR=1.3; 95% CI=1.1, 1.5),
and reciprocal intimate partner violence was associated with greater injury than
was nonreciprocal intimate partner violence regardless of the gender of the
perpetrator (AOR=4.4; 95% CI=3.6, 5.5).
A história de Tony Blair podia ter sido tirada inteirinha de Tácito. Um rapazinho
como tantos outros da classe média com todas as atitudes correctas (os ricos têm o
dever de subsidiar os pobres, as forças armadas devem ser mantidas sob controlo, os
direitos civis têm que ser defendidos contra a intrusão do estado) mas sem bases
filosóficas e reduzida capacidade de introspecção, e sem outra bússula que não seja
a ambição pessoal, embarca na viagem da política, com todas as distorções a que
esta sujeita quem a faz, e acaba por se tornar um entusiasta da ganância
empresarial e um pau-mandado dos seus senhores em Washington, fingindo lealmente
que não vê nada (não ver o mal, não ouvir o mal) enquanto os seus agentes na sombra
assassinam, torturam e "desaparecem" pessoas sem quaisquer entraves.
Em privado homens como Blair defendem as suas acções dizendo que os seus críticos
(sempre designados como críticos de sofá) se esquecem que neste mundo longe do
ideal a política é a arte do possível. E vão mais longe: a política não é para
maricas, dizem, entendendo-se por maricas quaisquer pessoas que revelem relutância
em comprometer os seus princípios morais. Por natureza a política é incompatível
com a verdade, dizem eles, ou pelo menos com a prática de dizer a verdade em todas
as circunstâncias. A História há-de dar-lhes razão, concluem - a História com a sua
visão de longo prazo.
Tal como Bair, Fidel dirá em privado: É muito fácil para os críticos fazer os seus
julgamentos idealistas, mas não sabem a que pressões eu estava sujeito. O que estas
pessoas aduzem sempre é o chamado princípio da realidade; as críticas que lhes são
feitas são sempre utopicas, irrealistas.
O que as pessoas normais se cansam de ouvir aos seus governantes são declarações
que nunca são exactamente a verdade: um pouco aquém da verdade, ou então um pouco
ao lado da verdade, ou então a verdade com um efeito que a faz sair da trajectória.
As pessoas estão ansiosas por alguma coisa que as livre destas ambiguidades
incessantes. Daqui a sua fome (uma fome moderada, devemos admitir) de ouvir de modo
articulado e inteligível o que outras pessoas capazes de se exprimirem
articuladamente e exteriores ao mundo político - académicos, homens de igreja,
cientistas ou escritores - pensam sobre os negócios públicos.
Mas como pode esta fome ser saciada por um mero escritor (para falar só de
escritores) quando o domínio dos factos ao seu dispor é geralmente incompleto ou
incerto, quando até o seu acesso aos chamados factos se faz através dos media
integrados no campo de forças da política, e quando, muitas vezes, e devido à sua
vocação, está mais interessado no mentiroso e na psicologia da mentira do que na
verdade dos factos?
Publicada por JOSÉ LUIZ FERREIRA à(s) 17:59 Sem comentários:
sábado, 31 de outubro de 2009
Uma fracção duma fracção
O modelo de avaliação de professores que proponho na mensagem anterior não é
perfeito e não vai ser posto em prática. Eu próprio, ao relê-lo, encontro nele
ingenuidades e incoerências. Não tenciono corrigi-las - quod scripsi scripsi -
porque não afectam o documento nos seu propósitos essenciais, que são criar, por um
lado, uma base de discussão do modelo actual e das alternativas possíveis e, por
outro, um ponto de partida para outro debate que transcenda a questão do modelo de
avaliação e do ECD.
Pela mesma razão não tenciono responder às críticas que me foram feitas, apesar da
consideração que me merecem os seus autores e do mérito que reconheço a muitas
delas.
Suponhamos, então, que o meu modelo era perfeito e que era aplicado. Ou que se
descobria e aplicava um outro que fosse perfeito. Resultaria daqui uma melhoria
evidente e imediata na qualidade dos professores?
Nem por sombras. Um bom modelo de avaliação é condição necessária para que tenhamos
melhores professores, mas está longe, muito longe, de ser condição suficiente. Uma
melhoria significativa da qualidade dos professores implicaria, logo na fase de
recrutamento, que se fosse buscar às universidades os melhores graduados -
competindo as escolas, para tal, com outras carreiras e com outras opções de vida,
incluindo a emigração que nos está a privar, dia a dia, dos nossos jovens mais
qualificados. A carreira docente precisaria, para atrair estes jovens, de ser muito
mais atraente do que é hoje - quer em termos de remuneração, quer de estabilidade,
quer de probabilidades de progressão, quer em prerrogativas - e destaco, de entre
estas, a que mais afronta a tradicional inveja e o tradicional anti-intelectualismo
dos portugueses: tempo livre para reflectir, estudar e adquirir o ascendente
cultural que, mais do que qualquer outra coisa, confere autoridade aos professores.
É esta, de resto, a moeda utilizada em todo o mundo, à falta de dinheiro, para
pagar aos professores.
Se a carreira docente não for suficientemente aliciante para atrair os jovens mais
qualificados, então qualquer modelo de avaliação, mesmo que perfeito, acabará por
escolher apenas os melhores de entre os piores.
Para responder a esta pergunta basta fazer o thought experiment proposto, salvo
erro, pelo Ramiro Marques (se ele me estiver a ler, peço-lhe que me forneça o link
para incluir aqui): trocar os alunos da melhor escola do ranking pelos da pior e
ver os resultados ao fim de um ano lectivo. Concluiremos imediatamente que para a
boa aprendizagem concorrem decisivamente a atitude que os alunos trazem para a
escola, a acção ou inacção dos pais, as condicionantes socioculturais, etc. Uma
política que vise melhores aprendizagens terá que actuar sobre todos estes factores
e não apenas sobre a qualidade dos docentes.
Temos então que a avaliação dos professores, mesmo que perfeita, só parcialmente
contribui para a sua qualidade; e que a qualidade dos professores, mesmo que
excelente, só parcialmente contribui para a melhoria das aprendizagens. Mesmo que
perfeita, a avaliação será sempre uma fracção duma fracção. Sendo imperfeita, é uma
fracção menor.
Anuncia-se para breve um novo modelo de avaliação dos professores. Não espero dele
que seja perfeito, até porque resultará inevitavelmente de um compromisso entre
ideologias e agendas políticas diversas; mas espero que seja ao menos adequado,
isto é: que contribua, ainda que imperfeitamente, para a melhoria dos professores
enquanto profissionais (a sua melhoria enquanto funcionários interessa-me pouco);
que distinga realmente, mesmo que apenas com a exactidão possível, os melhores
professores dos piores; que, ao contrário do actual, premeie os melhores; que não
dê azo a demasiadas injustiças, e que aquelas a que der azo não sejam gritantes.
Para que um modelo de avaliação seja adequado exige-se, no mínimo, que não seja
contraproducente.
Anuncia-se, também, um novo Estatuto da Carreira Docente. Também não espero dele
que seja muito mais do que adequado; mas para ser adequado terá que premiar, em vez
de punir como o actual, a opção dos jovens mais qualificados pela condição de
professor.
O debate não terminará aqui, porque o modelo de avaliação e o estatuto, não sendo
perfeitos mas apenas adequados, continuarão naturalmente a despertar contestações
legítimas e exigências de aperfeiçoamento. Mas se modelo e estatuto forem
suficientemente bons, deixarão o centro do debate e passarão para as suas margens,
de onde nunca deviam ter saído.
E nesta altura não teremos chegado ao fim: teremos chegado ao princípio dum debate,
este, sim, urgente: como melhorar o ensino (repito, o ensino) em Portugal? E
aquando deste debate, não nos contentaremos com o meramente adequado: exigiremos o
melhor. Não seremos modestos no pedir. Não queremos um ensino ao nível da média
europeia: exigiremos um ensino ao nível dos melhores do Mundo.
.
Publicada por JOSÉ LUIZ FERREIRA à(s) 17:35 5 comentários:
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Por uma avaliação de professores sem derivas neotayloristas
I
Princípios gerais
4. O professor tem por função ensinar. Quaisquer outras funções que assuma ou lhe
sejam atribuídas serão subsidiárias desta e orientadas para ela.
Assim:
13. A atribuição das classificações mais elevadas não deve pressupor ou implicar a
renúncia, por parte do professor, ao exercício dos seus direitos laborais e
humanos, nomeadamente os que dizem respeito à duração do trabalho, ainda que esta
renúncia possa ser representada como voluntária.
14. Nenhuma avaliação pode ser absolutamente objectiva; sendo forçoso assumir uma
vertente subjectiva, deve proceder-se de modo a que em caso algum o avaliado fique
dependente da subjectividade de uma só pessoa ou de um conjunto reduzido de
pessoas. O número e a variedade dos participantes nesta vertente do processo deve
ser tal que os erros resultantes da avaliação subjectiva de cada interveniente
sejam compensados e corrigidos pelo acerto, ou pelos erros em sentido contrário,
dos restantes.
15. A reputação profissional do professor será tida na conta de uma mais-valia para
ele e para a escola. A componente subjectiva da avaliação permite minorar
discrepâncias entre os seus resultados e a reputação profissional do avaliado, que,
a verificarem-se seriam sentidas como injustas pela comunidade escolar,
comprometendo a idoneidade de todo o processo. A componente subjectiva permite, por
acréscimo, ter em conta aspectos cruciais, mas não mensuráveis, do desempenho do
professor.
II
18. O processo será informal e expedito e terá duas componentes: uma, subjectiva
com um peso de 40% na classificação e outra, objectiva, com um peso de 60%.
21. Os formulários não deverão ser uniformes para toda a escola. Pode ser elaborado
um formulário para cada ciclo, para cada ano ou para cada turma. Na mesma turma,
porém, não serão utilizados formulários diferentes.
23. Os critérios submetidos à apreciação dos alunos serão decididos pelo Conselho
Pedagógico. Entre estes critérios contar-se-ão, obrigatoriamente, os seguintes:
24. Nenhum formulário ultrapassará, em extensão, o limite do que pode ser contido
numa página de formato A4.
29. No final de cada ano lectivo, os professores de cada grupo, disciplina ou área
disciplinar reunirão se seriarem mutuamente mediante o preenchimento de um
formulário anónimo.
32. Os formulários preenchidos serão introduzidos num invólucro que será selado e
entregue ao membro da direcção da escola a quem tenha sido conferida a autoridade
para supervisionar todo o processo.
33. Os membros dos órgãos directivos integrarão júris com a seguinte composição:
34. Cada júri será presidido pelo membro do Conselho Geral que o integra, que terá
voto de qualidade em caso de empate.
35. Nos casos em que vários professores tenham indigitado o mesmo representante, o
júri poderá avaliá-los numa só sessão.
36. A primeira sessão do dia será convocada com marcação de lugar, dia e hora; as
sessões subsequentes serão convocadas com marcação de lugar e dia, mas a hora
po0derá ser definida por referência ao término da sessão anterior.
d) os documentos de auto-avaliação;
38. Cada sessão terá início com a autenticação, por comparação com os originais, de
todas as transcrições. Cada transcrição será marcada com um número suposto que
corresponderá ao do original e subscrita por todos os membros do júri.
39. O júri procederá então à avaliação dos professores, tendo em conta os elementos
presentes mas decidindo segundo o seu próprio critério, que ficará registado em
acta, e segundo os normativos pertinentes.
42. No caso de não ser possível obter consenso ou unanimidade, será nomeado, para
cada posição em confronto, um relator ad hoc que dará conta das razões aduzidas. A
posição que tiver obtido vencimento também será objecto de relatório justificativo.
43. No fim da sessão, serão arquivados os documentos originais dos quais exista
transcrição autenticada, ficando os restantes, bem como as transcrições, apensos à
acta.
44. Das classificações será dado conhecimento individual a cada avaliado, não
havendo lugar à sua divulgação a não ser por iniciativa deste.
45. O avaliado pode requerer certidão da acta que lhe diz respeito. Na certidão que
lhe será facultada, os nomes dos outros professores avaliados serão substituídos
por nomes supostos, mas o professor deverá poder verificar se houve concordância
entre os critérios por que foi avaliado e os critérios por que foram avaliados os
outros professores.
46. Desta classificação haverá recurso para a DRE, que verificará se o processo foi
correctamente conduzido, caso em que indeferirá liminarmente o recurso. Caso tenha
havido incorrecções, a DRE fará reunir em segunda convocatória o júri em causa,
acrescido de um árbitro nomeado para o efeito, que presidirá mas só terá direito a
voto em caso de ser necessário um desempate.
a) Português
b) Matemática
c) Física e Química
d) Inglês
e) Geografia
49. O professor não pode escolher mais que dois anos lectivos seguidos prestar
provas numa disciplina que não seja Português ou Matemática.
52. O presidente do Conselho Pedagógico ou, por delegação, outro membro deste
órgão, assessorado por dois professores escolhidos por si e pelo professor em
causa, identificará a deficiência ou deficiências na formação e/ou no desempenho
que estiverem na origem do mau resultado obtido e definirá um plano de remediação e
melhoria que poderá incluir observação de aulas, frequência de cursos ou acções,
terapia de comportamento, ou quaisquer outras estratégias que lhe pareçam
exequíveis e eficazes.
54. Este plano terá o período de execução tido por adequado pelos seus proponentes.
Durante este período, o professor não poderá concorrer às vagas no escalão acima
daquele em que se encontra.
54. Poderá ainda o órgão de gestão executiva recorrer para este efeito, como
complemento ou como alternativa, aos serviços de entidades exteriores à escola.
61. Esta avaliação pode ser requerida a qualquer momento por qualquer professor a
fim de concorrer às vagas existentes no escalão imediatamente superior àquele em
que se encontra.
b) a classificação num exame sobre a matéria que lecciona, constituído por prova
escrita e prova oral pública;
64. Uma entidade avaliadora pode ser recusada pelo avaliado com fundamento em
divergências teóricas entre os consensos nela vigentes e as suas próprias opiniões
publicadas.
65. Perante a recusa pelo avaliando de uma entidade avaliadora, competirá à DRE
verificar se as divergências teóricas alegadas são susceptíveis de dar lugar a um
enviesamento na avaliação. Desta verificação resultará a manutenção da entidade
avaliadora anteriormente designada ou a designação de outra.
66. O cálculo da classificação final da avaliação a pedido competirá a um júri
constituído no âmbito da escola, que aplicará a seguinte fórmula:
(30a+20b+15c+15d+20e)/100=C, em que "a" representará a média das classificações
ordinárias anteriores, "b" a classificação obtida no exame sobre a matéria
leccionada, "c" a classificação obtida no exame em didáctica, "d" a classificação
atribuída na defesa do trabalho escrito, "e" a classificação atribuída às aulas
observadas e "C" a classificação final.
66. Desta classificação não caberá recurso, a não ser fundamentado em erro de
cálculo da classificação final. Este recurso será dirigido à direcção da escola e
objecto de decisão expedita.
69. Entre dois pedidos de avaliação extraordinária terão que decorrer pelo menos
dois anos.
III
Da progressão na carreira
72. O número de escalões e a sua duração serão calculados de modo a que seja
impossível chegar, apenas por antiguidade, a um escalão situado acima do ponto
médio da escala.
73. O professor poderá receber tempo de bonificação para efeitos de progressão pelo
exercício de cargos na escola ou pela obtenção de graus académicos
profissionalmente relevantes. Para este efeito, será especialmente valorizado o
cargo de Director de Turma, pelo contacto directo que implica com os alunos e as
suas famílias e pela sua incidência nas relações entre a escola e a comunidade.
75. Não haverá tempo mínimo de permanência num escalão para que o professor possa
concorrer a uma vaga aberta no seguinte.
77. A colocação será efectuada escola a escola e disciplina a disciplina por ordem
de classificações e preferências.
IV
Da abertura de vagas
83. Cada escola ou agrupamento põe a concurso as vagas de que dispõe para cada
escalão e disciplina, ordena os candidatos segundo a sua classificação e coloca-os
segundo essa ordem.
Uma pensão é um direito que se ganha trabalhando e descontando. Tanto direito tem a
ela um milionário como um pobre. Já o complemento social é um mecanismo de
solidariedade e de redistribuição, pelo que só deve ter direito a ele quem
realmente precisa. Feita esta ressalva, concordo com a proposta, que pode ser
financiada, tal como a seguinte, através dum imposto sobre as grandes fortunas
idêntico ao que existe em cada vez mais países europeus.
Claro que sim. A separação entre Estado e empresas é hoje tão vital para a
democracia como há duzentos anos a separação entre Estado e Igreja.
E das duras também. Por uma questão de princípio: o Estado não tem o direito de
criminalizar comportamentos privados; e por uma questão de utilidade: a
crimininalização falhou em toda a parte e em toda a linha, criando males muito
piores do que os que pretendia eliminar.
Desde que com limites... Não quero ninguém a branquear os dentes à minha custa.
12. Limitação do número de alunos por turma (máximo de 20 para o primeiro ciclo, 22
para os demais).
Outro trade-off: está muito bem desde que se criem turmas de nível, ainda mais
pequenas, para os alunos com maiores dificuldades. Duvido que esta contrapartida
agrade muito ao BE.
Outra banalidade que só em Portugal é vista como um bicho de sete cabeças. Deste
imposto depende a viabilidade de muitas das outras propostas. Inteiramente de
acordo.
Acabar com o truque do pagamento em espécie para fugir aos impostos. Acho bem.
Nesta matéria, o CDS não tem razão nenhuma.
24. Reforço dos quadros do Ministério Público e da Polícia Judiciária para combater
o crime.
E mais: publicação anual, a exemplo do que se faz na Suécia, duma lista universal
de contribuintes de que conste o rendimento declarado e o imposto pago.
27. Fim do off shore da Madeira.
Obviamente.
Só servem para facilitar a corrupção. Foram criados, de resto, com este objectivo.
Fora com eles.
Pode muito bem ser que a cultura seja a indústria do futuro. Concordo.
As pessoas devem votar nos países em que vivem, que são aqueles a cujas leis estão
sujeitos, e não naqueles de que são naturais.
Desde que tenham cumprido com aproveitamento (e não apenas com "sucesso") a
escolaridade obrigatória.
Concordo.
Não é nada de impensável. Nas próprias cúpulas da NATO se põe hoje em questão a
actualidade da aliança.
50. Pôr termo à cedência da base das Lajes aos Estados Unidos.
Discordo. A Líbia está aqui ao pé e tem mais poder militar que nós.
Publicada por JOSÉ LUIZ FERREIRA à(s) 22:25 1 comentário:
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