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Estabilidade das Construções Físicas e Geométricas

Julie Bizzocchi 32212585


Turma A11
Treliças
Há muitos séculos que as treliças são de extrema importância para a
arquitetura e para a engenharia, desempenhando o papel de resistência e suporte.
Seu nome vem do latim “trelix”, termo esse que se refere a qualquer barra artículada
com junções. Existem referências de sua existência com registros de cerca de 4500
anos atrás, historiadores e arqueólogos acreditam que as primeiras treliças podem
ter sido criadas a base de arcabouços de peles ou fibras vegetais. Já nos primórdios
da civilização existem referência do uso de madeira e até de ossos para as
construções.Sua montagem é baseada em um ou mais triângulos e composta por
ângulos chamados de nós, desde o advento da revolução industrial hoje em dia são
geralmente feitas com materiais como aço, alumínio, madeira e suas aplicações
são as mais diversas como por exemplo: coberturas, pontes, fachadas, mezaninos,
torres de energia e telecomunicação. Além de seu uso convencional, quando
usadas em fachadas e mezaninos oferece a entrada de iluminação zenital no
ambiente.

Devido ao seu formato, as treliças são capazes de absorver esforços que


dividem as forças e dessa forma proporcionam rigidez, segurança e capacidade de
segurar obras mais pesadas. Além disso, o uso das treliças é considerado algo
benéfico para obras complexas pois garante agilidade e um melhor custo econômico
já que diminui as composições de sustentação e são mais vantajosas que o
concreto armado.
O princípio do funcionamento das treliças é idêntico ao de uma viga, no
entanto com sua configuração é possível vencer vãos maiores dos que os da viga,
isso se dá pelas forças físicas aplicadas, sendo assim as forças resultantes são de
tração ou de compressão.
O conjunto de elementos horizontais superiores se chama corda superior,
normalmente se encontram em compressão. Já o conjunto de elementos horizontais
inferiores se chama corda inferior e se encontram em tração.

Uma treliça é composta por banzo superior, banzo inferior, diagonal ou escora e
montante.

As treliças apresentam formas diversas em seu uso, sendo os mais comuns:


o tipo Warren, o tipo Pratt e o tipo Howe.
As do tipo Warren possuem menor número de barras e portanto menor
número de ligações. Usadas geralmente em passarelas e pontes cobrindo
distâncias de 50 e 100 metros.Caso esse modelo apresenta montantes passa a se
chamar de “ treliças do tipo Warren modificadas”. As diagonais se configuram em
ziguezague formando triângulos para baixo e para cima idênticos entre si.

As treliças do tipo Pratt, por sua vez, são normalmente feitas de materiais
metálicos e formadas por diagonais tracionadas e perfis comprimidos ao centro.
Usada em coberturas, passarelas e pontes.Possuem um custo benefício melhor,
uma vez que são mais finas e por sua vez, mais baratas.
O tipo Howe, por fim, se assemelha muito ao estilo Pratt, porém, a direção
das diagonais são contrárias, fazendo com que os montantes e diagonais também
sejam invertidos. Esse modelo é comum de ser usado na madeira, mas não oferece

tanto sustento e não é tão eficaz.

Apesar das mais variadas formas de treliças, a forma mais simples de uma
treliça é com apenas um triângulo, conhecida assim como treliça simples e planar, já
que seus elementos se encontram no mesmo plano.

Já as treliças compostas são aquelas constituídas de duas ou mais treliças


simples que se unem através de um nó e barras indeformáveis.

Um dos exemplos mais conhecidos do uso de treliças é na Torre Eiffel em Paris. A


mesma é composta por quatro pilares de treliças de ferro. Outro exemplo que pode
ser citado é na Arena Corinthians, no Brasil, feita majoritariamente de aço em sua
sustentação da arquibancada.
Apesar de sua importância durante todo período histórico e arquitetônico, as
treliças são, na arquitetura atual,ainda de muita importância. Em contrapartida com
a arquitetura antiga que não havia muitos recursos, essa agora utiliza diversos
estilos de treliças, sendo assim, para escolher é necessário se analisar o tipo de
cobertura,o número de apoios, o tamanho do vão desses apoios e dessa forma
saberá o quão robusta deverá ser a treliça e assim sua geometria final. O mais
comum de se utilizar hoje em dia é as treliças simétricas.
As imagens a seguir se referem respectivamente ao Central Metropark e ao
Rotterdam Unilever

Fontes Bibliográficas:
https://www.construagil.com.br/post/treli%C3%A7a
https://www.vivadecora.com.br/pro/trelica/
https://www.mectria.com/single-post/tipos-de-treli%C3%A7a
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1716719/mod_resource/content/1/GR
13-ex01.pdf

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