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AO INSS

....., respeitosamente, à presença do analista/técnico previdenciário, requerer


aposentadoria por tempo de contribuição com reconhecimento de atividade
especial com a devida conversão de tempo especial em comum que segue
abaixo descritas, e comprovadas por meio de documento hábil quanto a
efetiva exposição a agente nocivo à saúde ou integridade física de acordo
com as regulamentações em data própria;

I. DOS FATOS

O Segurado nasceu em 02 de março de 1970 e possui na DER mais de 35 anos


de tempo de contribuição, o que faz com que o segurado complemente o
direito da aposentadoria por tempo na modalidade integral, desde que
convertido o tempo especial em comum.

Abaixo segue a simulação calculada com o


tempo de contribuição, a simulação do valor do benefício bem como, a data
do aposentadoria do Segurado.

I.II DA CONTAGEM DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

Segue abaixo contagem do tempo de contribuição do Autor com a devida


inclusão do tempo especial o que faz com que o autor complemente os
requisitos para o devido direito a concessão da aposentadoria por tempo de
contribuição.

II. DO DIREITO AO TEMPUS REGIT ACTUM

Antes de adentrarmos no direito a aposentadoria do Autor, e do


reconhecimento da atividade especial, importante salientar quanto a não
aplicação dar alterações promovidas pela Reforma Previdenciária ( EC
103/2019), já que a DER do benefício é anterior a 13.11.2019, não tendo que se
falar em aplicação de PBC de 100%, mas sim de 80% maiores com o descarte
dos 20% menores, e alíquota de 100% e não 60% +2 a cada ano laborado que
ultrapasse 15 mulher e 20 homem.

Não tendo no que se falar em aplicação de outra legislação que não a narrada
na inicial, tendo em vista a data do protocolo da demanda, DER (data de
entrada do requerimento) .

Requerendo a análise do caso em tela nos moldes da legislação vigente. E se


necessário que se altere a DER para data em que o Segurado já faça jus ao
benefício com a devida aplicação do art. 687 e 690 da IN 77/2015 cumulado
com enunciado 5 do CRPS atendendo o direito ao melhor benefício.

II.I DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

II.II- Dispõe a Lei 8.213/91:

Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral


de Previdência Social depende dos seguintes períodos de
carência, ressalvado o disposto no art. 26:

II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço


e aposentadoria especial: 180 contribuições mensais.

II.III Do Decreto Regulamentador 3048/99

Art. 56. A aposentadoria por tempo de contribuição será devida


ao segurado após trinta e cinco anos de contribuição, se homem,
ou trinta anos, se mulher, observado o disposto no art. 199-
A.

Art. 57. A aposentadoria por tempo de contribuição consiste


numa renda mensal calculada na forma do inciso IV do caput do
art. 39.

Art. 58. A data do início da aposentadoria por tempo de


contribuição será fixada conforme o disposto nos incisos I e II do art.
52.

III. DOS PERIODOS INSALUBRES

O Segurado entrou na empresa .... em 29/01/1990 permanecendo até a


data de 01/03/2020, exercendo diversas funções em períodos distintos que
serão devidamente exemplificado abaixo.
De 29/01/1990 á 31/05/1994 o autor possuía o cargo de ajudante exercendo
a função de realizar a limpeza da área de trabalho, utilizando materiais
apropriados para cada item dentro dos padrões e escala de trabalho
determinados, verificando o estoque de produtos solicitando a reposição
sempre que necessário bem como auxiliava os oficiais de transporte de
pequenas ferramentas e materiais assim como manter limpo e organizado o
ferramental, entre outras funções que seguem prescritas no PPP do autor.

Devido o cargo que possuía, o autor esteve exposto a agentes


nocivos colocando sua saúde e integridade física em risco
durante todo o período em que exerceu as funções
supramencionadas, estando exposto ao agente nocivo físico
RUIDO á 80,0dB, o que de forma notória colocava a saúde do autor em
risco tendo em vista as sequelas que o agente pode causar, como por
exemplo, a surdez.

Além do período supramencionado, o Autor possuiu o cargo de meio oficial


de pintos da data de 01/06/1994 á 30/04/2000, exercendo a função de
auxiliar nos serviços de pintura no canteiro de obra e nas áreas
administrativas seguindo o cronograma determinado e fazendo a utilização
de matérias adequadas para cada reparo, entre outras funções, conforme
consta prescritas em seu PPP.

Devido as funções exercidas o autor esteve exposto a agentes nocivos


químicos uma vez que obtinha contato com tintas e solventes bem como
esteve exposto ao agente físico RUIDO com níveis de dB acima dos
permitidos uma vez que encontrava-se exposto á 83,0 dB. Sabe-
se por meio de legislação que é considerado até 05/03/1997 o
nível de ruído acima de 80 dB como insalubre.

Desta maneira, requer a conversão de tempo especial em comum do


período em que esteve exposto ao agente nocivo ruído , qual seja, de
01/06/1994 á 05/03/1997, bem como a conversão de tempo especial em
comum de todo o período qual seja, de 01/06/1994 á 30/04/2000 tendo em
vista ter ficado exposto a agentes químicos também.

O autor também possuiu o cargo de mecânico da data de 01/05/2000 á


30/04/2011, exercendo a função de executar reparos de ordem mecânica
e ajustagem em maquinas e equipamentos diversos, desmontando a
máquina ou equipamento a ser reparado localizando defeitos ou peças
danificadas, entre outras funções conforme prescritas no PP do autor.

Tendo em vista a função que exercia, o autor tinha contato com graxa e
óleos lubrificantes. Desta maneira, o mesmo encontrava-se exposto á
agentes nocivos químicos colocando sua saúde e integridade física em
risco.

III.I. DOS AGENTES NOCIVOS


DO RUÍDO:

É notório que o nível de ruído em função da frequência, é uma


relação logarítmica. A Previdência Social, de forma errônea, efetua a média
aritmética dos níveis de ruído em que o empregado fica exposto, portanto, na
realidade, o nível real de ruído a que o requerente esteve exposto é ainda
superior àquele apontado no laudo. Com a possibilidade real ainda, de
variações quantitativas tendo em vista a medição ser feita por aparelho
eletrônico.

Inobstante o equívoco em termos numéricos, a NR 15, Anexo 1, do


Decreto 53.831, de 25 de março de 1964 – Lex XXVIII T. I, 1964, p. 308, com
aplicação ratificada pelos parágrafos do art. 70 do Atual Regulamento da
Previdência Social, expressamente prevê como atividade insalubre, aquela
exercida sob nível equivalente de ruído, superior a 80 dbA.

Para os valores encontrados de nível de ruído


intermediário será considerada a máxima exposição diária permissível relativa
ao nível imediatamente mais elevado.

O Decreto n.º 53.831/64 neste ponto não foi revogado


pelo Decreto 83.080/79 fixando também o nível de 80 decibéis como
caracterizador de insalubridade. Seguindo a vigência da lei no tempo,
conforme dispõe Art. § 1 o A caracterização e a comprovação do tempo de
atividade sob condições especiais obedecerá ao disposto na legislação em
vigor na época da prestação do serviço. coroada tanto pela Ação Civil Pública
mencionada, como também pelo recente Decreto 4827/03, não há dúvidas
quanto ao caráter especial da função exercida pelo autor.

Os tempos de exposição aos níveis de ruído não


devem exceder os limites de tolerância fixados no Quadro deste anexo.
(115.003-0/ I4)

NÍVEL DE RUÍDO MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA


PERMISSÍVEL
DB (A)

85 8 horas

86 7 horas

87 6 horas

88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos

90 4 horas

91 3 horas e 30 minutos

92 3 horas

93 2 horas e 40 minutos

94 2 horas e 15 minutos

95 2 horas

96 1 hora e 45 minutos

98 1 hora e 15 minutos

100 1 hora

102 45 minutos

104 35 minutos

105 30 minutos

106 25 minutos

108 20 minutos

110 15 minutos

112 10 minutos

114 8 minutos

115 7 minutos

A Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais


Federais (JEF´s) sumulou questão sobre a exposição de trabalhadores a agentes
nocivos seguindo inclusive PACÍFICO ENTENDIMENTO SOBRE A MATÉRIA
SEDIMENTADO NO E. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Ela decidiu que a utilização
de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que neutralize a
insalubridade no caso de pessoas expostas a ruídos, não descaracteriza o efeito
de concessão de aposentadoria especial ou conversão de tempo de serviço
especial prestado. Essa é a décima Súmula aprovada pela Turma de
Uniformização

SÚMULA Nº 9 – Aposentadoria Especial. Equipamento de Proteção


Individual. O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda
que elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não
descaracteriza o tempo de serviço especial prestado.
Referências: CLT; AC nº 2000.38. 00.032729-1-MG; AMS nº 2001.38. 00.069-
3-MG; AC nº 1999. 03.99076863-0-SP; Recurso nº 2003.38.00.703890-0 (2ª
Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais de Minas Gerais); PU nº
2002.50.50.001890/3 - Turma de Uniformização (j. 30/9/2003); DJU, Seção
I, 30/3/2004, p. 399.

As ementas abaixo transcritas também ilustram com excelência o


entendimento jurisprudencial sobre a matéria.

APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO - Conversão do tempo de


serviço em especial. Atividade insalubre. Exposição a ruído acima de
80 Db. Porém abaixo de 90 Db. Equipamento de proteção. O art. 70,
parágrafo único do D. 3.048/99, é expresso em predizer a conversão dos
quadros anexos D.83.080/79 e 53.831/64, considerando insalubre a
exposição acima de 80 decibéis. O uso de equipamentos individuais de
proteção não finda com a insalubridade do ambiente laborativo, no
qual o trabalhador exerce seu ofício (TRF 3ª R. - ARO1999.03.99.113419-
3-SP-1a T. Rel. Des. Fed. Roberto Haddad - DJU 31.05.2001)

APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO – Atividade especial.


Tecelagem. Exposição a ruído. Utilização de EPI. Conversão de tempo
especial em comum. Carência. Sentença condicionada ao reexame
necessário. Considerando que se trata de concessão de aposentadoria
por tempo de contribuição, e tendo em vista as alterações salariais e as
relações dos salários-de-contribuição, que demonstram ter o autor
contribuído por mais de um salário mínimo em alguns períodos, afigura-
se inviável estimar o quantum debeatur em valor inferior ou igual a 60
(sessenta) salários mínimos, sujeitando-se a sentença, portanto, à
obrigatoriedade do reexame necessário, nos termos do art. 475, I, do
CPC. Legislação aplicável à época em que foram prestadas as
atividades, e não a do momento em que requerida a aposentadoria ou
implementadas as condições legais necessárias. Tempo laborado em
atividade especial comprovada por laudos técnicos, que atestam a
exposição do segurado a nível de ruído superior a 80 decibéis,
conforme cód. 1.1.6 do D. 53.831/64 e 1.1.5 do D. 83.080/79. A utilização
de EPI, antes do advento da L. 9.732/98, não obsta o reconhecimento
do tempo de serviço como especial, salvo se o laudo expressamente
atestar a total neutralização, conforme ocorrido com o período de
14.07.1988 a 14.11.1991. Possibilidade de conversão do tempo especial
em comum, em qualquer período, nos termos do D. 4.827, de 03.09.2003.
Termo inicial do benefício fixado a partir do requerimento
administrativo. Correção monetária das parcelas vencidas, nos termos
do Provimento nº 26/01 da eg. Corregedoria-Geral da Justiça Federal
da 3ª Região, a contar de seus vencimentos. Juros de mora devidos à
razão de meio por cento ao mês, contados a partir da citação, nos
termos do art. 219 do CPC, até 11.01.2003, data da entrada em vigor
do NCC (L. 10.406/02), sendo que, a partir de então, serão computados
à razão de um por cento ao mês, nos termos do art. 406 do NCC, c/c
art. 161 do CTN, destacando-se que, em se tratando de aplicação de
norma superveniente – dispositivo do NCC –, não há que se falar em
reformatio in pejus, pois sua automática incidência opera ex vi legis.
Fixada a verba honorária em 10% sobre o valor da condenação,
consoante o disposto no art. 20, §§ 3º e 4º, do CPC, considerando as
parcelas vencidas até a sentença, nos termos da Súm. 111 do Superior
Tribunal de Justiça e conforme posicionamento adotado por aquela
Corte no EDREsp 202.291/SP, o qual deve prevalecer, visando à
pacificação dos litígios e à uniformidade do Direito. (TRF 3ª R. – AC
2003.03.99.019738-3 – SP – 8ª T. – Relª Juíza Fed. Conv. Márcia Hoffmann
– DJU 24.11.200411.24.2004).

Cabe ainda frisar que, o ora Requerente, computa mais


de 12 anos de contribuição para o INSS só sob influência de agente nocivo
ruído, com o agravamento da pressão de exercer a atividade sob alta
velocidade bem como estar exposto a inúmeros agentes biológicos. E em todo
este período esteve exposto de forma habitual e permanente, não ocasional
nem intermitente ao Ruído acima dos parâmetros considerados saudáveis à
saúde.

DAS TINTAS E SOLVENTES:

O contato prolongado com produtos tóxicos, como


cimento, tintas e solventes, pode causar graves complicações. Por causa disso,
funcionários de indústrias químicas, têxteis e metalúrgicas estão sujeitos a
doenças como dermatites e até câncer de pele.

Desta maneira, pode-se concluir que o autor faz jus a conversão do período
especial em comum uma vez que coloca sua saúde e integridade física em
risco.

DAS GRAXAS E ÓLEOS LUBRIFICANTES:

Tendo em vista os agentes químicos que o autor encontrava-se exposto, pode-


se concluir que o mesmo faz jus a conversão do tempo especial em comum
uma vez que são considerados insalubridade de grau máximo para os
Segurados eu possuem contato com estes agentes uma vez que correm o risco
de desenvolver câncer de pele. Segue abaixo, EMENTA confirmando a
insalubridade de grau máximo dos agentes químicos supramencionados.

EMENTA

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. GRAU MÁXIMO. CONTATO

COM ÓLEOS E GRAXAS. A apuração do contato com óleo e

graxa é qualitativa, impondo reconhecer que o trabalhador,

nas atividades que mantêm contato com tais produtos, cuja

ação nociva não é elidida pela utilização de luvas e cremes

protetores, faz jus ao adicional de insalubridade em grau

máximo, nos termos da NR-15, Anexo 13 da Portaria 3.214/78

do MTE.
III.II DO ANEXO 13 DA NORMA REGULAMENTADORA 15
Segue abaixo NR 15 – ANEXO 13º para devida comprovação de que os agentes
químicos do qual o autor encontrava-se exposto são de INSALUBRIDADE DE
GRAU MAXIMO.

NR 15 - NORMA REGULAMENTADORA 15

ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

ANEXO N.º 13

HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE CARBONO

Insalubridade de grau máximo

Destilação do alcatrão da hulha. Destilação do petróleo.


Manipulação de alcatrão, breu, betume, antraceno, óleos minerais, óleo queimado,
parafina ou outras substâncias cancerígenas afins.

Fabricação de fenóis, cresóis, naftóis, nitroderivados, aminoderivados, derivados


halogenados e outras substâncias tóxicas derivadas de hidrocarbonetos cíclicos.

Pintura a pistola com esmaltes, tintas, vernizes e solventes contendo


hidrocarbonetos aromáticos.

III.II. DO DECRETO 53.831/64

Segue abaixo Decreto 53831/64 indicando os agentes nocivos físicos e químicos


comprovando o direito do autor ao ter a concessão da conversão do tempo
especial em comum.
III.IV. DO DECRETO 83.080/79

Segue abaixo Decreto 83.080/79 indicando os agentes nocivos físicos e químicos


comprovando o direito do autor ao ter a concessão da conversão do tempo
especial em comum.
IV. DA ATIVIDADE ESPECIAL

Dispõe o artigo 5º, inciso XXXVI da Constituição Federal: “A


lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”.

Inciso XXXV, do artigo 5º, do mesmo Estatuto: “a lei não


excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”;

A Lei 8213/91, ao dispor sobre aposentadoria especial fixa:

Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez


cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que
tiver trabalhado sujeito a condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15
(quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme
dispuser a lei.

§ 1º A aposentadoria especial, observado o disposto no


art. 33 desta Lei, consistirá numa renda mensal equivalente
a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício.

§ 2º A data de início do benefício será fixada da mesma


forma que a da aposentadoria por idade, conforme o
disposto no art. 49.

§ 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá


de comprovação pelo segurado, perante o Instituto
Nacional do Seguro Social–INSS, do tempo de trabalho
permanente, não ocasional nem intermitente, em
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física, durante o período mínimo fixado.

E ainda:
O Decreto 4827/03, que alterou o art. 70 da Lei 8213/91,
ratifica o direito do requerente.

“Art.70 – A conversão de tempo de atividade sob condições


especiais em tempo de atividade comum dar-se-á de acordo
com a seguinte tabela:

TEMPO A CONVERTER MULTIPLICADORES

MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35)

DE 15 ANOS 2,00 2,33

DE 20 ANOS 1,50 1,75

DE 25 ANOS 1,20 1,40

1º A caracterização e a comprovação do tempo de atividade


sob condições especiais obedecerá ao disposto na legislação
em vigor na época da prestação do serviço.

§2º As regras de conversão de tempo de atividade sob


condições especiais em tempo de atividade comum
constantes deste artigo aplicam-se ao trabalho prestado em
qualquer período.” (NR).

É a expressa confirmação legal de que até a data atual é permitida a


conversão de tempo especial em comum, assim como continua válida a
aposentadoria especial nos termos da lei.

IV.I. DO CASO EM TELA:

IV.II. DA EMPRESA .....

Conforme consta nos Decretos 53.831/1964 e 83.080/79 bem com consta no


PPP que segue abaixo, o autor possui os requisitos necessários para o
reconhecimento do direito tendo em vista período laborado de 29/01/1990 á
30/04/2011 ficando exposto aos agentes nocivos RUIDO, TINTAS, SOLVENTES,
GRAXAS E ÓLEOS LUBRIFICANTES os quais são considerados insalubres pelos
Decretos 53.831/1964 e 83.080/79.
IV.III. DO PRESQUESTIONAMENTO

Prequestiona o Autor sob fundamento dos arts. 5, incisos XXXV, XXXVI, 196 e 201
da Constituição Federal, afim de que, caso seja necessário já esteja
previamente realizada a alegação de violação de lei federal e preceito
constitucional, pré requisitos de matéria de interesse do recorrente, para que
um recurso excepcional seja recebido pelas instâncias superiores STF, STJ, TNU
ou TRF.

Desta forma, requer a manifestação aos dispositivos constitucionais acima


apontados.

IV.IV. DA INCORPORAÇÃO DO AUXILIO ACIDENTE NO SALÁRIO DO BENEFICIO

O autor conforme consta em seu CNIS, recebe o auxilio acidente devido ao


acidente de trabalho desde a data de 05/04/2000 tendo em vista apresentar
sequela permanente que reduziu sua capacidade para o trabalho.

Desta maneira, requer a incorporação do auxilio acidente no salario do


beneficio do autor, qual seja, aposentadoria por tempo de contribuição com
reconhecimento de atividade especial.
IV.V. DO CÔMPUTO DOS SALÁRIOS DE BENEFÍCIOS ADVINDOS DO AUXÍLIO-
ACIDENTE NO PBC DA APOSENTADORIA DO SEGURADO :

Sabe-se por intermédio do CNIS do segurado que o mesmo é


beneficiário de auxilio-acidente desde 05/04/2000 NB 143.057.327-6 valor
atualizado da RMA em R$ 1.218,81 sabendo que a legislação vigente não deixa
acumular com a aposentadoria, mas incorpora seus salários de benefício no
PBC desta, requer desde já, seja incorporado os salários do auxílio-acidente na
aposentadoria do Autor.

Art. 174. Para a aposentadoria requerida ou com direito adquirido a


partir de 11 de novembro de 1997, data da publicação da medida Provisória nº
1.596-14, de 10 de novembro de 1997, convertida na Lei nº 9.528, de 10 de
dezembro de 1997, o valor mensal do auxílio-acidente integrará o PBC para fins
de apuração do salário de benefício, o qual será somado ao salário de
contribuição existente no PBC, limitado ao teto de contribuição.

§ 2º Se, dentro do PBC, o segurado tiver recebido auxílio doença,


inclusive decorrente de acidente de qualquer natureza, concomitantemente
com auxílio-acidente de outra origem, a renda mensal desse será somada, mês
a mês, ao salário de benefício daquele, observado o teto de contribuição, para
fins de apuração do salário de benefício da aposentadoria.

V. DOS PEDIDOS

Seja julgado procedente de forma total os pedidos


feitos pelo Segurado, afim de que no final seja aposentado por tempo de
contribuição com o reconhecimento do tempo especial e a conversão deste
em comum, com aplicação da legislação vigente na DER.

Requer o reconhecimento do período demonstrado


no CNIS do Autor, declarando-o que é de sua titularidade todo período
elencado;
Requer seja feita averbação do tempo especial para
posterior conversão em comum nos termos da fundamentação retro, conforme
PPP acostado dos autos, na empresa:

..... no período de 29/01/1990 á 30/04/2011.

Requer os benefícios da Assistência Judiciária


Gratuita, considerando ser a requerente, pessoa pobre na acepção jurídica do
termo, não tendo condições de arcar com as despesas do processo, sem
comprometer sua subsistência e de sua família.

Caso pertinente, se processa, para fins de


comprovação dos fatos e direito essenciais aos pedidos aqui suscitados, a
realização de pesquisa externa junto aos beneficiários, empresas, órgãos
públicos, entidade representativas de classes, cartórios, e demais entidades
profissionais credenciados, nos termos do at. 103 e seguintes da IN 77/2015.

Requer o Autor o direito ao melhor benefício,


incluindo caso seja necessário no decorrer do processo administrativo, a devida
alteração da DER, conforme artigo 690 da IN 77/2015 e enunciado 5 do CRPS.

Requer seja incorporado os salários do auxílio-


acidente na aposentadoria do Autor.

Termos em que,

Pede Deferimento.

São Paulo, 29 de julho de 2020.

DEBORA PATRÍCIA ROSA BONETTI

OAB-SP nº 392.886
ANEXO ABAIXO DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA DE DIREITO
DO ACIDENTE DE TRABALHO

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