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Acórdão 01 : No caso concreto, foi utilizado o que diz o artigo 94, inciso II da Lei de Falências.

A empresa devedora foi executada para que fosse pago o valor devido por meio de duplicata
mercantil. A devedora alegou vícios processuais da requerente, dizendo que as duplicatas não
haviam sido devidamente protestadas para fins comerciais, mesmo após cometer a tríplice
omissão prevista no dispositivo. O requerente apresentou o que pedia no §4º do mesmo
artigo, tornado o agravo de instrumento reconhecido, mas desprovido.

Acórdão 02 : Para esse caso foi utilizado o disposto no artigo 94, inciso I da Lei de Falências. A
empresa credora fez um pedido de falência ante ao não pagamento das duplicatas mercantis.
A sentença em primeiro grau foi no sentido de não prover a ação, visto que não há
comprovação de que a devedora foi devidamente intimada, pois não há a identificação de
quem recebeu tal intimação, vindo a confrontar com a súmula 361 do STJ.

Acórdão 03 : A credora tinha um título vencido cujo valor era de R$4.730,11, sendo que todas
as etapas para a execução tinham acontecido, mas no decorrer da execução, a devedora
transferiu a o estabelecimento comercial, a fim de prejudicar a parte credora. Não havendo a
alteração contratual dessa transferência, ficou evidente a intenção de prejudicar o credor. O
agravo de instrumento foi conhecido, mas desprovido.

Acórdão 01: Existindo processos de execução já em curso, o executado não poderá se furtar ao
pagamento, ou depósito, ou, ainda, ao menos a nomeação de bens à penhora. Ou seja, ou se
extingue a obrigação com o pagamento ou se garante o seu cumprimento, caso necessário
com a improcedência da impugnação ou dos embargos à execução, com depósito ou a
nomeação de bens à penhora. Se nenhuma dessas circunstâncias ocorrer, independentemente
do valor, o executado estará sujeito a um pedido de falência. Ex: o devedor está sendo
processado pela falta de pagamento e depósito de uma quantia certa, então o credor procede
com a execução, mas que resta frustrada pela falta de pagamento, depósito e nomeação de
bens à penhora dentro do prazo legal, então ingressa com pedido de falência do devedor.

Acórdão 02: Essa hipótese depende de um requisito que é a inexistência de relevante razão,
isto é, o devedor terá que justificar o não pagamento e o magistrado que analisar tal pedido e
analisar se aceitará a justificativa. A obrigação líquida não paga, para justificar o pedido de
falência, deve ainda estar materializada em títulos executivos e que devem estar protestados.
Por fim, o valor do débito consubstanciado pelo título ou pelos títulos deve ter o total de, no
mínimo, 40 (quarenta) salários mínimos. É possível o litisconsórcio entre credores. Ex: uma loja
compra roupas de uma facção, assinado por meio de algum título executivo, cujos valores
sejam de 50 salários mínimos, mas não paga na data prevista. Caso a credora (facção) queira
ingressar com pedido de falência contra a devedora, é preciso que ela faça o devido protesto
para fins falimentar o disposto no artigo 9º da mesma lei.

Acordão 03: É vedado pela lei de falências a simulação de modo a transferir a terceiros o
principal estabelecimento do devedor, a modo de livrar esse bem de uma possibilidade de
fazer frente aos débitos de devedor. O objetivo desse dispositivo é proteger o patrimônio em
detrimento da lei de fiscalização com intuito de burlá-las. Ex: Um caso que a empresa deva
comprometer seu ativo imobilizado para a satisfação do crédito de um terceiro, mas o
representante da empresa resolve simular a transferência de estabelecimento para que seja
dificultada a pretensão do credor.

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