CURSO: Técnico/a de Massagem Estética e Bem Estar

NOME DO N.º DE FOLHAS A4

ALUNO(A): ENTREGUES:

DISCIPLINA /
MÓDULO:
PROFESSOR(A):
DATA: ___-___ - _____ CLASSIFICAÇÃO:
ENC. DE
EDUCAÇÃO

POESIA - REVISÕES

A - Um poema é um texto literário composto por versos que pode ter, ou não, rimas.

B - Os elementos que compõem o poema são:

 verso;
 estrofe – conjunto de versos;
 rima.

C - As estrofes, consoante o número de versos, são classificadas da seguinte forma:

 com 1 verso – monóstico;

 com 2 versos – dístico;
 com 3 versos – terceto;
 com 4 versos – quadra;
 com 5 versos – quintilha;
 com 6 versos – sextilha;
 com 7 versos – sétima;

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  com 8 versos – oitava;
 com 9 versos – nona;
 com 10 versos – décima.

D – A rima pode ser:

 interpolada – os versos que rimam estão separados por 2 ou mais versos;

esquema ABCA
 cruzada – os versos que rimam estão separados por 1 verso; esquema ABAB
 emparelhada – os versos que rimam estão juntos; esquema AABB
 branca, livre ou solta – os versos não rimam; esquema ABCD

E – Os poemas podem ser:

 líricos – de caráter sentimental e subjetivos;

 épicos – contêm a presença de heróis, por exemplo, a epopeia Os Lusíadas

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Exercícios:

1) Classifique as estrofes:

 Com que palavras ou que lábios

é possível estar assim tão perto do fogo
e tão perto de cada dia, das horas tumultuosas e das serenas,
tão sem peso por cima do pensamento?

Pode bem acontecer que exista tudo e isto também,

e não só uma voz de ninguém.
Onde, porém? Em que lugares reais,
tão perto que as palavras são de mais?

Agora que os deuses partiram,

e estamos, se possível, ainda mais sós,
sem forma e vazios, inocentes de nós,
como diremos ainda margens e diremos rios?

Manuel António Pina

 Não só quem nos odeia ou nos inveja

Nos limita e oprime;
quem nos ama
Não menos nos limita.
Que os deuses me concedam que, despido
De afectos, tenha a fria liberdade
Dos píncaros sem nada.
Quem quer pouco, tem tudo; quem quer nada
É livre; quem não tem, e não deseja,
Homem, é igual aos deuses.

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 Ricardo Reis

 Ocupamos a praia do amor

entre bandolins de Picasso repletos de areia
e patas de esfinge semi-enterradas
e papéis de piquenique
patas de caranguejos mortos
e marcas de estrelas do mar

Ocupamos a praia do amor

entre sereias encalhadas
com seus bebés berrando e maridos calvos
e bichinhos de madeira feitos em casa
com colheres de gelados a fazer de pés
que não podem amar ou andar
excepto para comer

Ocupamos a orla do amor

seguros como só os ocupantes sabem ser
entre poças remanescentes
de maré salgada de sexo
e os suaves regatos de sémen
e balões flácidos enterrados
na carne macia da areia

Lawrence Ferlinghetti

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  Homens que são como lugares mal situados
Homens que são como casas saqueadas
Que são como sítios fora dos mapas
Como pedras fora do chão
Como crianças órfãs
Homens sem fuso horário
Homens agitados sem bússola onde repousem

Homens que são como fronteiras invadidas

Que são como caminhos barricados
Homens que querem passar pelos atalhos sufocados
Homens sulfatados por todos os destinos
Desempregados das suas vidas

Homens que são como a negação das estratégias

Que são como os esconderijos dos contrabandistas
Homens encarcerados abrindo-se com facas

Homens que são como danos irreparáveis

Homens que são sobreviventes vivos
Homens que são como sítios desviados
Do lugar

Daniel Faria

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2) Classifique as rimas:

 Sonho Azul

I
 Tive um sonho colorido
 Viajei de norte a sul
 Acordei e fez sentido
 Chamar-lhe de sonho azul.

 Foi um sonho tão bonito

 Com uma franja garrida
 Foi tão pobre e foi tão rico
 Que me falava da vida.

Que é frequente persuadir-me

De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar,
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.
Fernando Pessoa

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“Vagueio campos noturnos
 Muros soturnos
 Paredes de solidão
 Sufocam minha canção.”
 (Ferreira Gullar)

“De tudo, ao meu amor serei atento

 Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
 Que mesmo em face do maior encanto
 Dele se encante mais meu pensamento.”
 (Vinícius de Moraes)

“Uma palavra caída
 das montanhas dos instantes
 desmancha todos os mares
 e une as terras mais distantes…”
 (Cecília Meireles)

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