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335 Ét. Nic. VI, 4, com., 1140a1-5. A produção distingue-se da ação, por exemplo, na medida
em que o fim (tloj) da produção é diferente dela própria e se encontra na coisa produzi-
da, enquanto a ação boa (eÙprax
a) é, ela própria, seu próprio fim, cf. ibidem, 5, 1140b6-7.
336 Cf. ibidem, 4, 1140a6 seg. E falar, portanto, de ciência “poiética” eqüivale a fazer a
cientificidade penetrar no domínio da própria tcnh.
337 Cf. Ét. Nic. VI, 1, 1139a6 seg.; 11, 1143b14-7 (e acima, cap.I, n.71); 5, 1140b24 seg.; 7,
1141a16-20.
338 Ibidem, 5, 1140b4-6.
339 Cf. ibidem, l. 2-3. Por certo, a prudência também não é arte, pois são diferentes os gêne-
ros da ação e da produção (cf. ibidem, l. 3-4) e o problema moral não se coloca, imediata-
mente, para as artes, em si mesmas moralmente indiferentes, cf. ibidem, l. 22-4. De qual-
quer modo, porém, uma vez que, na produção, também se persegue um fim (ainda que
não seja imanente à atividade produtiva), comanda ao intelecto poiético o intelecto que é
“em vista de algo” (nek£ tou) e prático, cf. ibidem, 2, 1139a36 seg.
340 Cf. ibidem, 7, 1141b16; VI, 8, 1142a23-5; cf., também, III, 1, 1110b6-7.
341 Ét. Nic. VI, 7, 1141b10-1; cf., também, 1, 1139a12-4.
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342 Met. a, 1, 993b20-3; lemos, com Ross, a l. 22: ¢ll’Ö prÒj ti.
343 Cf. Ét. Nic., I, 3, 1094a18 seg.
344 Ibidem., 1095a5-6.
345 Cf. ibidem, l. 4 seg.
346 Cf. ibidem, l. 2-4.
347 Ét. Nic. II, 2, com., 1103b26-30.
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354 E, desse modo, os silogismos que concernem às ações a praticar (silogismos práticos) utili-
zam, como premissa maior, a mesma definição do Bem Supremo (cf. Ét. Nic. VI, 12, 1144a31-
3) ou um princípio geral a ela subordinado, portanto, uma proposição estudada e conheci-
da pela Ciência da ação humana, mas vão buscar suas premissas menores, que exprimem
os pontos de aplicação daqueles princípios, nos resultados de uma deliberação opinativa
que julga e discerne as coisas particulares, na esfera da contingência, cf. Da Alma III, 2,
434a16 seg.; Ét. Nic. VII, 3, 1146b35 seg.; cf., também, Aubenque, La prudence chez Aristote,
1963, p.139-43. Aubenque (cf. loc. cit., p.139, n.3) estabelece, com razão, a analogia entre
o “silogismo da ação” e o “silogismo da produção”, que se pode reconstituir a partir de
alguns textos aristotélicos da Metafísica e do tratado Das Partes dos Animais.
355 Cf., acima, III, 4.2.
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356 Mas também não acompanharemos Zeller, quando pretende que a tripartição das ciências
em teóricas, práticas e poiéticas concerne, também, à filosofia e que se pode, por conse-
guinte, falar de filosofias práticas e de filosofias poiéticas, cf. Die Philosophie der Griechen,
1963, II, 2, p.177-8, n.5.
357 Como nota Goldschmidt (cf. “Le système d’Aristote”, 1958-59, curso inédito, p.17), há,
no platonismo, uma constante “condenação” das técnicas, sempre contrapostas à filosofia
e à moral, enquanto a oposição entre ciências teóricas e práticas, pode dizer-se que, de
algum modo, remonta a Platão. O livro VII da República exclui, como se sabe, do número
dos estudos capazes de atrair a alma do devir para o ser, juntamente com a ginástica e a
música, as técnicas artesanais (tcnai b£nausoi), cf. Rep.VII, 521c2b; e b£nausoj tem, quase
sempre, em Platão, um sentido nitidamente pejorativo, cf. os exemplos coligidos por E.
des Places, in Lexique de la langue philosophique et religieuse de Platon, t. XIV das ŒuvresComplètes
de Platon, Collection des Universités de France, Paris, “Les Belles Lettres”, 1964, 1ère partie,
p.97, v. b£nausoj.
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