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Viver com quem tem


diabetes: dicas para os
cuidadores
Apoiar quem vive com a diabetes requer, muitas vezes, a atenção e
empenho da família, dos amigos e de tantos outros cuidadores
incansáveis. Hoje, falamos um pouco sobre o que é ser cuidador e
ajudamos com algumas dicas.

Autor
Diabetes 365º

Cuidar é uma atividade multifacetada que engloba várias dimensões – relacionais,


emocionais e terapêuticas – ao mesmo tempo. É uma troca constante entre o cuidador e a
pessoa cuidada que tem as suas dinâmicas, as suas etapas e as suas dificuldades.
Tradicionalmente, em Portugal e nos países da Europa do Sul, o cuidado tem sido uma
tarefa da família, que é considerada a unidade básica de suporte e apoio social e pessoal.
Podemos, assim, considerar cuidadores as pessoas ou o sistema de
prestação de cuidados que acompanha a pessoa que necessita de cuidado.
 
A atividade de cuidador apresenta vários aspetos potencialmente satisfatórios como, por
exemplo, orgulho no papel de cuidar, competência, e sentido da vida. Por outro lado,
representa um enorme desafio: na dupla perspetiva de trabalho emocional,
trabalho de organização e gestão de atividades diárias.
 
Além disso, os cuidadores carecem, muitas vezes, de formação adequada aos desafios de
cuidado. Por essa razão, são sujeitos a um risco acrescido de sobrecarga física, emotiva e
económica, assim como ao risco de isolamento social. De acordo com vários especialistas e
investigadores, uma formação específica para cuidadores permite a aquisição de
capacidades que o preparam para o dia a dia, assim como para acontecimentos
inesperados.

O apoio para o dia a dia dos cuidadores


A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) realiza várias formações para
pessoas com diabetes e os seus cuidadores. De forma geral, as recomendações ao
cuidador do diabético podem ser resumidas como segue:
 
Aprender sobre a doença (com atenção particular à idade do diabético);

 
Deixar o diabético absorver e elaborar a informação assim como participar no seu plano
terapêutico;

 
Incentivar bons hábitos (como, por exemplo, alimentares e de atividade física) mas sem
exagerar;

 
Ajudar na definição de pequenas metas para o controlo da doença;

 
Estar em contacto constante com a equipa médica;

 
Manter o boletim de vacinas atualizado;

 
Organizar exames oftalmológicos, cuidados de podologia e acompanhamento por
nutricionista com regularidade.

Sobre o estatuto de cuidador informal


Em Portugal e a partir do dia 1 de julho de 2020 podem ser apresentados pedidos de
reconhecimento do estatuto de cuidador informal em todo o território nacional, aplicando -se
as normas previstas nas lei n.º 100/2019 e portaria 2/2020. Entre os direitos do
cuidador reconhecidos estão:
 
Reconhecimento do seu papel;
Ser acompanhado e receber formação para a adequada prestação de cuidados;
Ter um profissional de saúde como contacto de referência;
Usufruir de apoio psicológico e participação em grupos de autoajuda;
Beneficiar de períodos de descanso;
Aceder ao subsídio de apoio ao cuidador informal principal, de taxa contributiva
específica ou de medidas de apoio ao trabalho.

 
Até agora, é previsto o desenvolvimento de projetos-piloto em 30 concelhos, destinados a
pessoas que se enquadrem nas condições previstas no Estatuto do Cuidador Informal.
Neste contexto, o objetivo é que apliquem de forma experimental, mediante
um programa de enquadramento e acompanhamento, as medidas de apoio
ao cuidador informal. Para mais informações consulte aqui.
 
No entanto, se desejar obter ainda mais informações sobre ser cuidador informal contacte a
Associação Nacional de Cuidadores Informais.

Referências
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