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AMOSTRAGEM

Amostragem

11.11.1. Considerações Gerais

11.11.1.1. Esta norma tem por objetivo estabelecer a obrigatoriedade, os procedimentos e os critérios
para planejar e selecionar amostra de itens a serem examinados pelo auditor.

11.11.1.2. Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a testar,


o auditor pode empregar técnicas de amostragem.

11.11.1.3. Amostragem é a utilização de um processo para obtenção de dados aplicáveis a um


conjunto, denominado universo ou população, por meio do exame de uma parte deste conjunto
denominada amostra.

11.11.1.4. Amostragem estatística é aquela em que a amostra é selecionada cientificamente com a


finalidade de que os resultados obtidos possam ser estendidos ao conjunto de acordo com a teoria da
probabilidade ou as regras estatísticas. O emprego de amostragem estatística é recomendável
quando os itens da população apresentam características homogêneas.

11.11.1.5. Amostragem não-estatística (por julgamento) é aquela em que a amostra é determinada


pelo auditor utilizando sua experiência, critério e conhecimento da entidade.

11.11.1.6. Ao usar métodos de amostragem estatística ou nãoestatística, o auditor deve planejar e


selecionar a amostra de auditoria, aplicar a essa amostra procedimentos de auditoria e avaliar os
resultados da amostra, de forma a proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada.

11.11.1.7. Amostragem de auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria sobre uma parte da


totalidade dos itens que compõem o saldo de uma conta, ou classe de transações, para permitir que
o auditor obtenha e avalie a evidência de auditoria sobre algumas características dos itens
selecionados, para formar, ou ajudar a formar, uma conclusão sobre a população.

11.11.1.8. É importante reconhecer que certos procedimentos de auditoria aplicados na base de


testes não estão dentro da definição de amostragem. Os testes aplicados na totalidade da população
não se qualificam como amostragem de auditoria. Da mesma forma, a aplicação de procedimentos de
auditoria a todos os itens dentro de uma população que tenham uma característica particular (por
exemplo, todos os itens acima de um certo valor) não se qualifica como amostragem de auditoria com
respeito à parcela da população examinada, nem com respeito à população como um todo. Isto
porque os itens não foram selecionados, dando chance igual de seleção a todos os itens da
população. Esses itens podem indicar uma tendência ou uma característica da parcela restante da
população, mas não constituem, necessariamente, uma base adequada para a conclusão sobre a
parcela restante da população.

11.11.2. Planejamento Da Amostra

11.11.2.1. Aspectos Gerais

11.11.2.1.1. A amostra selecionada pelo auditor deve ter relação direta com o volume de transações
realizadas pela entidade na área ou na transação objeto de exame, como também com os efeitos nas
posições patrimonial e financeira da entidade e o resultado por ela obtido no período.

11.11.2.1.2. Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor deve levar em consideração os


seguintes aspectos:

a) os objetivos específicos da auditoria;

b) a população da qual o auditor deseja extrair a amostra;

c) a estratificação da população;

d) o tamanho da amostra;

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e) o risco da amostragem;

f) o erro tolerável; e

g) o erro esperado.

11.11.2.2. Objetivos Da Auditoria

11.11.2.2.1. No planejamento da amostra de auditoria, o auditor deve considerar os objetivos


específicos a serem atingidos e os procedimentos de auditoria que têm maior probabilidade de atingir
esses objetivos.

11.11.2.2.2. Quando a amostragem de auditoria for apropriada, a consideração da natureza da


evidência de auditoria pretendida e das possíveis condições de erro ou outras características relativas
a essa evidência de auditoria vão ajudar o auditor a definir o que constitui um erro e que população
usar para a amostragem.

11.11.2.2.3. No caso de executar testes de observância sobre os procedimentos de compra em uma


entidade, o auditor está interessado em aspectos como, por exemplo, se houve aprovação apropriada
e verificação aritmética de uma fatura. Por outro lado, ao executar procedimentos de comprovação
sobre faturas processadas durante o período, o auditor está interessado em aspectos relacionados
com os valores monetários dessas faturas e se esses valores foram, apropriadamente, refletidos nas
Demonstrações Contábeis.

11.11.2.3. População

11.11.2.3.1. A população é a totalidade dos dados do qual o auditor deseja tirar a amostra para
chegar a uma conclusão.

11.11.2.3.2. O auditor precisa determinar se a população da qual a amostra vai ser extraída é
apropriada para o objetivo de auditoria específico. Se o objetivo do auditor for testar a existência de
superavaliação de contas a receber, a população pode ser definida como a listagem de contas a
receber. Por outro lado, se o objetivo for testar a existência de subavaliação de contas a pagar, a
população não deve ser a listagem de contas a pagar, mas, sim, pagamentos subseqüentes, faturas
não-pagas, extratos de fornecedores, relatórios de recebimentos de mercadorias ou outras
populações que forneceriam evidência de auditoria de que as contas a pagar estariam subavaliadas.

11.11.2.3.3. Cada item que compõe a população é conhecido como unidade de amostragem. A
população pode ser dividida em unidades de amostragem de diversos modos.

11.11.2.3.4. O auditor define a unidade de amostragem para obter uma amostra eficiente e eficaz
para atingir os objetivos de auditoria em particular. No caso, se o objetivo do auditor for testar a
validade das contas a receber, a unidade de amostragem pode ser definida como saldos de clientes
ou faturas de clientes individuais.

11.11.2.4. Estratificação

11.11.2.4.1. Para auxiliar no planejamento eficiente e eficaz da amostra, pode ser apropriado usar
estratificação, que é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada qual contendo um
grupo de unidades de amostragem com características homogêneas ou similares.

11.11.2.4.2. Os estratos precisam ser, explicitamente, definidos, de forma que cada unidade de
amostragem somente possa pertencer a um estrato.

11.11.2.4.3. Este processo reduz a possibilidade de variação dos itens de cada estrato. Portanto, a
estratificação permite que o auditor dirija esforços de auditoria para os itens que contenham maior
potencial de erro, por exemplo, os itens de maior valor que compõem o saldo de contas a receber,
para detectar distorções relevantes por avaliação a maior. Além disso, a estratificação pode resultar
em amostra com tamanho menor.

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11.11.2.4.4. Se o objetivo da auditoria for testar a validade de contas a receber, e dependendo da


distribuição dos valores a receber por saldo de devedores, a população pode ser estratificada, por
exemplo, em quatro subconjuntos como segue:

a) saldos superiores a R$ 2.000,00;

b) saldos entre R$ 1.000,00 e R$ 2.000,00;

c) saldos entre R$ 100,00 e R$ 1.000,00; e

d) saldos inferiores a R$ 100,00.

11.11.2.4.5. Assim, por exemplo, dependendo da distribuição dos valores a receber, mediante a
validação da totalidade dos saldos do subconjunto (a) 50% de (b); 20% de (c); e 5% de (d), pode-se,
hipoteticamente, encontrar que 80% dos valores de contas a receber são susceptíveis de validação,
examinando 20% da população.

11.11.2.5. Tamanho Da Amostra

11.11.2.5.1. Ao determinar o tamanho da amostra, o auditor deve considerar o risco de amostragem,


bem como os erros toleráveis e os esperados.

11.11.2.5.2. Adicionalmente, fatores como a avaliação de risco de controle, a redução no risco de


detecção devido a outros testes executados relacionados com as mesmas asserções, número de
itens da população e valor envolvido, afetam o tamanho da amostra e devem ser levados em
consideração pelo auditor.

11.11.2.5.3. Para que a conclusão a que chegou o auditor, utilizando uma amostra, seja corretamente
planejada para aplicação à população é necessário que a amostra seja:

a) representativa da população;

b) que todos os itens da população tenham oportunidade idêntica de serem selecionados.

11.11.2.6. Risco De Amostragem

11.11.2.6.1. O risco de amostragem surge da possibilidade de que a conclusão do auditor, com base
em uma amostra, possa ser diferente da conclusão que seria alcançada se toda a população
estivesse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.

11.11.2.6.2. O auditor está sujeito ao risco de amostragem nos testes de observância e testes
substantivos, sendo:

1) Testes De Observância:

a) Risco de subavaliação da confiabilidade: é o risco de que, embora o resultado da aplicação de


procedimentos de auditoria sobre a amostra não seja satisfatório, o restante da população possua
menor nível de erro do que aquele detectado na amostra.

b) Risco de superavaliação da confiabilidade: é o risco de que, embora o resultado da aplicação de


procedimentos de auditoria sobre a amostra seja satisfatório, o restante da população possua maior
nível de erro do que aquele detectado na amostra.

2) Testes Substantivos:

a) Risco de rejeição incorreta: é o risco de que, embora o resultado da aplicação de procedimentos


de auditoria sobre a amostra leve à conclusão de que o saldo de uma conta ou classe de transações
registradas está, relevantemente, distorcido, mas, efetivamente, não está;

b) Risco de aceitação incorreta: é o risco de que, embora o resultado da aplicação de procedimentos

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de auditoria sobre a amostra leve à conclusão de que o saldo de uma conta ou classe de transações
registradas não está, relevantemente, distorcido, mas, efetivamente, está.

11.11.2.6.3. O risco de subavaliação da confiabilidade e o risco de rejeição incorreta afetam a


eficiência da auditoria, visto que, normalmente, conduziriam o auditor a realizar trabalhos adicionais,
o que estabeleceria que as conclusões iniciais eram incorretas. O risco de superavaliação da
confiabilidade e o risco de aceitação incorreta afetam a eficácia da auditoria e têm mais probabilidade
de conduzir a uma conclusão errônea sobre determinados controles, saldos de contas ou classe de
transações do que o risco de subavaliação da confiabilidade ou o risco de rejeição incorreta.

11.11.2.6.4. O tamanho da amostra é afetado pelo nível do risco de amostragem que o auditor está
disposto a aceitar dos resultados da amostra. Quanto mais baixo o risco que o auditor estiver
disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.

11.11.2.7. Erro Tolerável

11.11.2.7.1. Erro tolerável é o erro máximo na população que o auditor está disposto a aceitar e,
ainda assim, concluir que o resultado da amostra atingiu o objetivo da auditoria. O erro tolerável é
considerado durante o estágio de planejamento e, para os testes substantivos, está relacionado com
o julgamento do auditor sobre relevância. Quanto menor o erro tolerável, maior deve ser o tamanho
da amostra.

11.11.2.7.2. Nos testes de observância, o erro tolerável é a taxa máxima de desvio de um


procedimento de controle estabelecido que o auditor está disposto a aceitar, baseado na avaliação
preliminar de risco de controle. Nos testes substantivos, o erro tolerável é o erro monetário máximo no
saldo de uma conta ou uma classe de transações que o auditor está disposto a aceitar, de forma que,
quando os resultados de todos os procedimentos de auditoria forem considerados, o auditor possa
concluir, com segurança razoável, que as Demonstrações Contábeis não contêm distorções
relevantes.

11.11.2.8. Erro Esperado

11.11.2.8.1. Se o auditor espera que a população contenha erro, é necessário examinar uma amostra
maior do que quando não se espera erro, para concluir que o erro real da população não excede o
erro tolerável planejado.

11.11.2.8.2. Tamanhos menores de amostra justificam-se quando se espera que a população esteja
isenta de erros. Ao determinar o erro esperado em uma população, o auditor deve considerar
aspectos como, por exemplo, os níveis de erros identificados em auditorias anteriores, mudança nos
procedimentos da entidade e evidência obtida na aplicação de outros procedimentos de auditoria.

11.11.3. Seleção Da Amostra

11.11.3.1. Aspectos Gerais

11.11.3.1.1. O auditor deve selecionar itens de amostra de tal forma que se possa esperar que a
mesma seja representativa da população. Este procedimento exige que todos os itens da população
tenham a mesma oportunidade de serem selecionados.

11.11.3.1.2. Com a finalidade de evidenciar os seus trabalhos, a seleção de amostra deve ser
documentada pelo auditor e considerar:

a) o grau de confiança depositada sobre o sistema de controles internos das contas, classes de
transações ou itens específicos;

b) a base de seleção;

c) a fonte de seleção; e

d) o número de itens selecionados.

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11.11.3.1.3. Na seleção de amostra, devem ser consideradas:

a) a seleção aleatória ou randômica;

b) a seleção sistemática, observando um intervalo constante entre as transações realizadas; e

c) a seleção casual, a critério do auditor, baseada em sua experiência profissional.

11.11.3.2. Seleção Aleatória

11.11.3.2.1. Seleção aleatória ou randômica é a que assegura que todos os itens da população ou do
estrato fixado tenham idêntica possibilidade de serem escolhidos.

11.11.3.2.2. Na seleção aleatória ou randômica, utiliza-se, por exemplo, tabelas de números


aleatórios que determinarão quais os números dos itens a serem selecionados dentro do total da
população ou dentro de uma seqüência de itens da população predeterminada pelo auditor.

11.11.3.3. Seleção Sistemática

11.11.3.3.1. Seleção sistemática ou por intervalo é aquela em que a seleção de itens é procedida de
maneira que haja sempre um intervalo constante entre cada item selecionado, seja a seleção feita
diretamente da população a ser testada, ou por estratos dentro da população.

11.11.3.3.2. Ao considerar a seleção sistemática, o auditor deve observar as seguintes normas para
assegurar uma amostra, realmente, representativa da população:

a) que o primeiro item seja escolhido ao acaso;

b) que os itens da população não estejam ordenados de modo a prejudicar a casualidade de sua
escolha.

11.11.3.3.3. Se usar seleção sistemática, o auditor deve determinar se a população não está
estruturada de tal modo que o intervalo de amostragem corresponda a um padrão, em particular, da
população. Por exemplo, se em cada população de vendas realizadas por filiais, as vendas de uma
filial, em particular, ocorrerem somente como cada 100º item e o intervalo de amostragem
selecionado for 50, o resultado seria que o auditor teria selecionado a totalidade ou nenhuma das
vendas da filial em questão.

11.11.3.4. Seleção Casual

11.11.3.4.1. Seleção casual pode ser uma alternativa aceitável para a seleção, desde que o auditor
tente extrair uma amostra representativa da população, sem intenção de incluir ou excluir unidades
específicas.

11.11.3.4.2.Quando utilizar esse método, o auditor deve evitar a seleção de uma amostra que seja
influenciada, por exemplo, com a escolha de itens fáceis de localizar, uma vez que esses itens podem
não ser representativos.

11.11.4. Avaliação Dos Resultados Da Amostra

11.11.4.1. Aspectos Gerais

11.11.4.1.1. Tendo executado, em cada item da amostra, os procedimentos de auditoria apropriados,


o auditor deve:

a) analisar qualquer erro detectado na amostra;

b) extrapolar os erros encontrados na amostra para a população; e

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c) reavaliar o risco de amostragem.

11.11.4.2. Análise De Erros Da Amostra

11.11.4.2.1. Ao analisar os erros detectados na amostra, o auditor deve, inicialmente, determinar se o


item em questão é, de fato, um erro, considerados os objetivos específicos planejados.
Exemplificando: em um teste substantivo relacionado com o registro de contas a receber, um
lançamento feito na conta do cliente errado não afeta o total das contas a receber, razão pela qual
talvez seja impróprio considerar tal fato como um erro ao avaliar os resultados da amostra deste
procedimento, em particular, ainda que esse fato possa ter efeito sobre as outras áreas da auditoria,
como, por exemplo, avaliação de créditos de liquidação duvidosa.

11.11.4.2.2. Quando não for possível obter a evidência de auditoria esperada sobre um item de
amostra específico, o auditor deve obter evidência de auditoria suficiente e apropriada por meio da
execução de procedimentos alternativos. Exemplificando: se uma confirmação positiva de contas a
receber tiver sido solicitada e nenhuma resposta tiver sido recebida, talvez o auditor possa obter
evidência de auditoria suficiente e apropriada de que as contas a receber são válidas, revisando os
pagamentos subseqüentes efetuados pelos clientes.

11.11.4.2.3. Se o auditor não puder executar procedimentos alternativos satisfatórios ou se os


procedimentos executados não permitirem que o auditor obtenha evidência de auditoria suficiente e
apropriada, o item deve ser tratado como um erro.

11.11.4.2.4. O auditor também deve considerar os aspectos qualitativos dos erros. Esses aspectos
incluem a natureza e a causa do erro e o possível efeito do erro sobre outras fases da auditoria.

11.11.4.2.5. Ao analisar os erros descobertos, é possível que o auditor observe que muitos têm
características comuns, por exemplo, tipo de transação, localização, linha de produtos ou período de
tempo. Nessas circunstâncias, o auditor pode decidir identificar todos os itens da população que
tenham características comuns, produzindo, deste modo, uma subpopulação, e decidir ampliar os
procedimentos de auditoria nessa área. Então, o auditor deve executar análise separada com base
nos itens examinados para cada subpopulação.

11.11.4.3. Extrapolação De Erros

11.11.4.3.1. O auditor deve extrapolar os resultados dos erros da amostra para a população da qual
foi selecionada.

11.11.4.3.2. Existem diversos métodos aceitáveis para extrapolar os resultados de erros. Entretanto,
em todos os casos, o método de extrapolação precisa ser consistente com o método usado para
selecionar a amostra.

11.11.4.3.3. Quando extrapolar resultados de erros, o auditor deve considerar os aspectos


qualitativos dos erros encontrados.

11.11.4.3.4. Quando a população tiver sido dividida em subpopulações, a extrapolação de erros é


feita separadamente para cada subpopulação e os resultados combinados.

11.11.4.4. Reavaliação Do Risco De Amostragem

11.11.4.4.1. O auditor deve considerar se os erros projetados pela extrapolação para a população
podem exceder o erro tolerável, levando-se em conta os resultados de outros procedimentos de
auditoria.

11.11.4.4.2. O erro projetado para a população deve ser considerado em conjunto com os demais
erros identificados durante a auditoria.

11.11.4.4.3. Quando o erro projetado exceder o erro tolerável, o auditor deve reconsiderar sua
avaliação anterior do risco de amostragem e, se esse risco for inaceitável, considerar a possibilidade
de ampliar o procedimento de auditoria ou executar procedimentos de auditoria alternativos.

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11.11.5. Sanções

11.11.5.1. A inobservância desta norma constitui infração disciplinar sujeita às penalidades previstas
nas alíneas "c", "d" e "e" do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, e, quando
aplicável, ao Código de Ética do Profissional Contabilista.

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA

Relatório De Auditoria

Relatório de auditoria é a fase final do processo auditorial e consiste em uma narração ou


descrição escrita, ordenada e minuciosa dos fatos que foram constatados, com base em
evidência concreta, durante o transcurso dos exames de auditoria operacional. Representa a
fase mais significativa do trabalho e se constitui no seu produto final.

A figura a seguir demonstra o processo auditorial e seus principais pontos de controle ou


produtos:

O relatório é o instrumento técnico pelo qual o auditor comunica ou apresenta os resultados dos
trabalhos realizados, suas conclusões, opiniões, recomendações e as providências necessárias
que devem ser tomadas pela administração.

Conforme a OLACEFS (1981, p. 284), tem-se a seguinte definição para o relatório de auditoria:

O relatório de auditoria é o produto final do trabalho do auditor governamental, no qual ele


apresenta os seus comentários sobre os achados, suas conclusões e recomendações e, no caso
do exame das demonstrações contábeis, o correspondente parecer.

Os resultados dos trabalhos de auditoria podem ser apresentados sob a forma de parecer de
auditoria quando da realização de auditorias sobre as demonstrações financeiras ou contábeis, ou
sob a forma de relatório amplo, que é muito mais adequado para a auditoria operacional. Logo,
tem-se relatório como gênero e parecer de auditoria e relatório de auditoria como espécies.

Parecer De Auditoria

O parecer de auditoria é a opinião manifestada ou declarada pelo auditor em decorrência de


seus exames sobre as demonstrações contábeis. Através dele, o auditor informa aos
administradores, sócios, investidores e demais interessados nas informações contábeis, de
forma clara e objetiva, se concorda ou não com os fatos divulgados e apresenta as respectivas
razões.

O parecer de auditoria deve expressar, clara e objetivamente, se as demonstrações contábeis


auditadas, em todos os aspecto relevantes, na opinião do auditor, representam, adequadamente
ou não, consoante as disposições normativas na data do levantamento e para o período; a que
correspondam: a posição orçamentária, patrimonial e financeira, o resultado das operações; as
mutações do patrimônio líquido, as variações patrimoniais e as origens e aplicações de recursos.

Sempre que o auditor emitir parecer que não seja sem ressalvas, ele deve incluir uma descrição
clara de todas as razões fundamentadas dos efeitos possíveis sobre as demonstrações
contábeis. Essas informações, devem, preferencialmente, ser apresentadas em parágrafo
separado precedendo a opinião ou mesmo negativa, e também incluir referência uma discussão
mais ampla em nota explicativa às demonstrações contábeis.

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA

O auditor deve revisar e avaliar todas as conclusões obtidas, para poder suportar a emissão do
seu parecer sobre as demonstrações contábeis.

Essa revisão e avaliação implicam a elaboração de uma opinião conveniente sobre se as


demonstrações contábeis:

 representam adequadamente a situação orçamentária, financeira, econômica e patrimonial de


uma organização;

 foram elaboradas de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade;

 foram elaboradas segundo critérios e procedimentos de contabilidade geralmente aceitos no


Brasil;

 obedecem às regulamentações normativas e às exigências estatutárias;

 consideram todas as informações julgadas necessárias em todos os assuntos relevantes, que


possibilitem a apresentação adequada.

O parecer de auditoria deve expressar de forma prudente e imparcial a opinião do auditor sobre
as demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Uma opinião sem restrições ou limpa
demonstra a concordância do auditor sobre todos os aspectos relevantes divulgados nas
mencionadas demonstrações.

Quando for emitida uma opinião parcialmente divergente, divergente ou mesmo não se emitir
opinião – denominadas, respectivamente, de opiniões com ressalva, adversa e negativa de
opinião, como será explicado –- o parecer de auditoria deve declarar, de forma clara e
informativa, todas os motivos que levaram o auditor a tomar tal decisão.

O parecer de auditoria, normalmente, segue um determinado padrão no que tange à forma e ao


conteúdo, de modo a facilitar o entendimento do leitor interessado. Os elementos básicos que
devem ser considerados, segundo as normas de auditoria, são: título; destinatário; identificação
das demonstrações contábeis auditadas; referência às normas de auditoria ou praxes seguidas;
expressão ou negativa de opinião sobre as demonstrações contábeis; assinatura e a data do
relatório.

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA

Em resumo, o parecer de auditoria compõe-se, basicamente, de três parágrafos: o referente à


identificação das demonstrações contábeis e à definição das responsabilidades da adminis tração
e dos auditores; o relativo à extensão dos trabalhos e o que expressa a opinião sobre as
demonstrações contábeis, conforme demonstrado na figura 09:

Os componentes do parecer de auditoria são:

 Título: um título adequado, como, por exemplo, "Parecer de Auditoria", deve ser usado, de
modo a ajudar o leitor a identificar o documento e facilmente distingui-lo dos demais relatórios
que normalmente são publicados em conjunto, tais como parecer do Conselho de Administração,
Relatório da Diretoria, etc.

 Destinatário: o parecer de auditoria deve ser apropriadamente endereçado conforme


determinem as circunstâncias do trabalho e as exigências normativas. Ele é normalmente
dirigido aos acionistas ou à diretoria da entidade cujas demonstrações contábeis estejam sendo
auditadas. Em circunstâncias próprias ou específicas, o parecer pode ser dirigido ao contratante
dos serviços.

 Identificação das demonstrações contábeis auditadas: o parecer deve descrever as


demonstrações contábeis que foram objeto de auditoria, incluindo o nome da entidade e a data
ou período abrangido pelas mencionadas demonstrações.

 Definição de responsabilidade: o parecer deve evidenciar que as demonstrações contábeis


auditadas foram elaboradas sob a responsabilidade da administração. A responsabilidade do
auditor é a de expressar um parecer sobre a adequação ou não desse demonstrativos.

 Referência às normas de auditoria: o parecer deve mencionar a observância às normas de


auditoria na execução dos trabalhos, citando aquelas emanadas de organismos internacionais
ou estabelecidas no país. isso é necessário para que o leitor tenha certeza de que a auditoria foi

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA

executada em conformidade com padrões técnicos estabelecidos. Os procedimentos utilizados


também devem ser descritos de forma sucinta.

 Expressão ou negativa de parecer sobre as demonstrações contábeis: O parecer de


auditoria deve mencionar claramente a opinião do auditor sobre a situação orçamentária,
patrimonial e financeira da entidade, o resultado de suas operações, as mutações no patrimônio
líquido, as variações patrimoniais e as origens e aplicações de recursos, ou mesmo a negativa de
opinião.

Assinatura: o parecer de auditoria deve ser assinado em nome da organização que realizou a
auditoria, em nome do auditor, ou em ambos, conforme for o caso. Na realização da auditoria
contábil, o parecer deve ser datado e assinado pelo contador responsável pelos trab alhos com a
indicação do seu número de registro no Conselho Regional de Contabilidade. Caso o trabalho
tenha sido realizado por empresa de auditoria, o nome e número no Conselho Regional de
Contabilidade também devem constar do parecer.

 Data do relatório: o parecer de auditoria deve ser datado. Essa data informa ao leitor que o
auditor considerou o efeito, sobre as demonstrações contábeis e sobre a sua opinião, de
eventos, dos quais ele teve conhecimento, que tenham ocorrido até aquela data. A data do
parecer deve corresponder ao dia do encerramento dos trabalhos de auditoria na entidade.

Pode-se concluir, portanto, que o parecer de auditoria é o documento mediante o qual o auditor
expressa sua opinião ou não, de forma clara e objetiva, sobre as demonstrações contábeis nele
indicadas e se elas foram elaboradas de acordo com práticas contábeis adotadas no Brasil.
Como o auditor assume, ao emitir seu parecer, responsabilidade técnico-profissional perante o
público, é fundamental que tal documento obedeça às características Intrínsecas e extrínsecas
estabelecidas em normas próprias.

Tipos De Parecer De Auditoria

O parecer de auditoria é classificado segundo a natureza da opinião que apresenta em: sem
ressalvas; com ressalvas com restrições ou adverso e com negativa ou abstenção de opinião.

 Parecer sem Ressalva

O parecer sem ressalva ou "limpo" indica que o auditor está convencido de que as
demonstrações contábeis foram elaboradas segundo os Princípios Fundamentais de
Contabilidade e com as demais disposições contábeis e legais pertinentes, em todos os seus
aspectos relevantes. Na hipótese de não observância das disposições normativas, a emissão de
um parecer sem ressalva está condicionada à avaliação dos efeitos pelo auditor e se as
divulgações cabíveis foram feitas nas demonstrações contábeis e notas explicativas.

O auditor pode não emitir um parecer sem ressalvas, quando existirem quaisquer das
circunstâncias seguintes, as quais, na opinião do auditor, tenham efeitos que sejam relevantes e
possam impactar significativamente as demonstrações contábeis:

a) há limitação na amplitude do seu trabalho, ou seja, há elementos significativos que não


puderam ser auditados;

b) há discordância com a administração a respeito das demonstrações contábeis;

c) há incerteza significativa não divulgada, que afeta as demonstrações contábeis e cuja solução
depende de eventos futuros.

As circunstâncias descritas nas alíneas (a) acima podem conduzir a opinião com ressalvas ou
negativa de opinião. A circunstância descrita em (b) pode conduzir a uma opinião com ressalva
ou adversa. Já a descrita em (c) ocasiona uma opinião com ressalva ou limpa. Neste último
caso, com a inclusão do parágrafo de ênfase, se a incerteza for corretamente divulgada em
notas explicativas.

O parecer sem ressalva deve obedecer ao seguinte modelo:

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA

Parecer

Destinatário (Parágrafo Do Escopo)

Examinamos os balanços patrimoniais da Companhia Vou Passar, levantados em 31 de


dezembro de 20X1 e 20X0, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do
patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos
naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade de sua administração. Nossa
responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

(Parágrafo das normas e procedimentos)

(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria, e compreendem:
(a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações
e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes,
das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas;
e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela
administração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas
em conjunto.

(Parágrafo da opinião)

Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam a dequadamente,


em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia Vou Passar
em 31 de dezembro de 20X1 e de 20X0, o resultado de suas operações, as mutações de seu
patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos
9
naquelas datas, de acordo com práticas contábeis adotadas no Brasil .

Local e data Assinatura

Nome do auditor – responsável técnico

N. de registro no CRC

Nome da empresa de auditoria

N. de registro no CRC
10
Vale mencionar que esse modelo, mutatis mutandis, servatis servandis , pode ser aplicado
também à auditoria contábil realizada na área governamental.

 Parecer com Ressalva

O parecer com ressalva é apresentado, quando o auditor conclui que as discordâncias ou


restrições no escopo de um trabalho não é relevante ao ponto de determinar a emissão de um
parecer adverso ou de uma negativa de opinião. Em outras palavras, é expresso quando o
auditor avalia que não pode emitir parecer sem ressalvas, mas que o efeito da discordância ou
da restrição de amplitude não é tão significativa, que requeira um parecer adverso, ou mesmo
negativa de opinião.

O parecer com ressalva deve obedecer basicamente ao modelo do parecer limpo com a inclusão
dos parágrafos das ressalvas e com a utilização das expressões "exceto por", "exceto quanto"
ou "com exceção de" no parágrafo da opinião, referindo-se aos efeitos do assunto objeto da
ressalva. A utilização da expressão "sujeito a" é considerada adequada apenas nos casos em
que exista incerteza quanto ao resultado final de assunto pendente de definição.

O Parecer com Ressalva deve obedecer ao seguinte modelo:

PARECER

Destinatário (Parágrafo do escopo)

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA

Examinamos os balanços patrimoniais da Companhia Vou Passar, levantados em 31 de


dezembro de 20X1 e 20X0, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do
patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos
naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade de sua administração. Nossa
responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

(Parágrafo das normas e procedimentos)

(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria, e compreendem:
(a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações
e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes,
das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas;
e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela
administração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas
em conjunto.

(Parágrafo da ressalva)

(3) De acordo com suas instruções, não solicitamos a nenhum cliente que confirmasse seus
saldos relativos ao contas a receber. Como conseqüência, ficamos impossibilitados de avaliar a
adequação do saldo de Duplicatas a Receber no montante de $200.000,00, que representa 5%
do total do Patrimônio Líquido da Companhia e 10% do seu resultado.

(Parágrafo da opinião)

Em nossa opinião, exceto quanto ao fato mencionado no parágrafo anterior, as demonstrações


contábeis acima referidas representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a
posição patrimonial e financeira da Companhia Vou Passar em 31 de dezembro de 20X1 e de
20X0, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e
aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com
práticas contábeis adotadas no Brasil.

Local e data Assinatura

Nome do auditor – responsável técnico

N. de registro no CRC

Nome da empresa de auditoria

N. de registro no CRC

 Parecer Adverso

O parecer adverso é emitido, quando o auditor realiza seus exames, mas discorda
completamente das demonstrações contábeis apresentadas. Ou seja, o auditor deve emitir esse
tipo de parecer quando verificar que as demonstrações contábeis estão incorretas ou
incompletas, em tal magnitude que impossibilite a emissão do parecer com ressalva. Nesse caso,
o auditor emite opinião de que as demonstrações não representam, adequadamente, a posição
patrimonial e financeira, e/ou o resultado das operações, e/ou as mutações do patrimônio
líquido, e/ou as origens e aplicações dos recursos da entidade, nas datas e períodos indicados.

Quando o auditor emitir um parecer adverso, deve explicitar todas as razões e justificativas
necessárias nos parágrafos intermediários, entre o escopo e a opinião.

O parecer adverso deve obedecer ao seguinte modelo:

PARECER

Destinatário (Parágrafo do escopo)

Examinamos os balanços patrimoniais da Companhia Vou Passar, levantados em 31 de


dezembro de 20X1 e 20X0, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA

patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findo s
naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade de sua administração. Nossa
responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

(Parágrafo das normas e procedimentos)

(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria, e compreenderam:
(a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações
e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes,
das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas;
e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela
administração de entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas
em conjunto.

(Parágrafo das ressalvas)

3. No exercício de 20X1, a Companhia deixou de contabilizar depreciações do Ativo Imobilizado


no montante aproximado de $400.000,00, ocasionando uma superavaliação no resultado do
exercício de 60%.

4. No exercício de 20X0, a Companhia deixou de contabilizar pelo Princípio da Competência o


valor de $450.000,00, relativos a juros sobre empréstimos, que foram reconhecidos neste
exercício. Os juros devidos no exercício de 20X1, no valor de $850.000,00, não foram
contabilizados pela Companhia. Tais fatos também acarretaram superavaliação de 40% no
resultado do exercício.

5. A Companhia não procedeu à contabilização da amortização do ativo diferido, que, se


calculada à taxa mínima permitida pela legislação do Imposto de Renda relativo ao e xercício de
20X1, seria de $200.000,00, ocasionando uma superavaliação de 20% no resultado do exercício.

6. As atividades industriais não estão proporcionando resultados suficientes para a cobertura


dos custos e despesas incorridas, principalmente dos encargos financeiros, e para a amortização
do ativo diferido.

(Parágrafo da opinião)

Em nossa opinião, em face dos fatos mencionados nos parágrafos 3 a 6, as demonstrações


contábeis acima referidas não representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a
posição patrimonial e financeira da Companhia Vou Passar em 31 de dezembro de 20X1 e de
20X0, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e
aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com
práticas contábeis adotadas no Brasil.

Local e data Assinatura

Nome do auditor – responsável técnico

N. de registro no CRC

Nome da empresa de auditoria

N. de registro no CRC

 Parecer com Negativa ou Abstenção de Opinião

O parecer com negativa ou abstenção de opinião é aquele em que o auditor deixa de emitir
opinião sobre as demonstrações contábeis, por não ter obtido evidência adequada para
fundamentá-la ou em face de uma restrição significativa. Todavia, essa negativa não elimina a
responsabilidade do auditor de informar qualquer fato significativo que possa influenciar a
tomada de decisão dos usuários das demonstrações contábeis.

O parecer com negativa ou abstenção de opinião deve obedecer ao seguinte modelo:

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA

PARECER

Destinatário (Parágrafo do escopo)

Fomos contratados para examinar os balanços patrimoniais da Companhia Vou Passar,


levantados em 31 de dezembro de 20X1 e 20X0, e as respectivas demonstrações do resultado,
das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos
exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade de sua administração.
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

(Parágrafo das normas e procedimentos)

(2) Excetuando o fato mencionado no próximo parágrafo, nossos exames foram conduzidos de
acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos,
considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de
controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências o dos
registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a avaliação das
práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administr ação da
entidade, bem como de apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

(Parágrafo da ressalva)

De acordo com instruções recebidas da administração da Companhia Vou Passar, não


estivemos presentes à contagem física dos estoques realizada em 31 de dezembro de 20X1.
Bem como não foi possível a adoção de procedimentos alternativos de modo a possibilitar a
verificação da existência desse ativo naquela data. Como conseqüência, não podemos
expressar qualquer opinião com respeito a esse inventário, que monta a $1.500.000,00,
representando 90% do total do Ativo da Companhia.

(Parágrafo da opinião)

Em virtude de o saldo dos estoques de 31 de dezembro de 20X1 ter importância substancial na


determinação da posição patrimonial e financeira e do resultado das operações da Companhia
Vou Passar, não podemos expressar opinião sobre suas demonstrações financeiras tomadas em
conjunto.

Local e data Assinatura

Nome do auditor- responsável técnico

N. de registro no CRC

Nome da empresa de auditoria

N. de registro no CRC

 Parecer com Parágrafo de Ênfase

O parecer com parágrafo de ênfase é emitido quando ocorre uma incerteza relevante, cujo
desfecho poderá afetar significativamente a posição patrimonial e financeira da entidade, mas foi
devidamente divulgada nas notas explicativas. Se o auditor concluir que a matéria envolvendo
incerteza relevante não está adequadamente divulgada, o seu parecer deve conter ressalva ou
opinião adversa.

O parecer com parágrafo de ênfase deve obedecer ao seguinte modelo:

PARECER

Destinatário (Parágrafo do escopo)

Examinamos os balanços patrimoniais da Companhia Vou Passar, levantados em 31 de


dezembro de 20X1 e 20X0, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do
patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA

naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade de sua administração, Nossa


responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

(Parágrafo das normas e procedimentos)

(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria, e compreendem:
(a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações
e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes,
das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas;
e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela
administração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas
em conjunto.

(Parágrafo da opinião)

Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam adequadamente,


em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia Vou Passar
em 31 de dezembro de 20X1 e de 20X0, o resultado de suas operações, as mutações de seu
patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes os exercícios findos
naquelas datas, de acordo com práticas contábeis adotadas no Brasil.

(Parágrafo de ênfase)

A Companhia está em fase de reorganização, procedendo a uma ampla visão dos seus
procedimentos de controle interno. Os efeitos decorrentes, embora esperados, não puderam, até
o momento, ser quantificados. Nossa opinião está, portanto, sujeita aos efeitos desses ajustes.

Local e data Assinatura

Nome do auditor – responsável técnico

N. de registro no CRC

Nome da empresa de auditoria

N. de registro no CRC

Como resumo dessa importante fase do processo auditorial, pode-se afirmar que o parecer de
auditoria é a etapa em que são apresentados os resultados dos trabalhos realizados pelo
auditor.

Os tipos de parecer emitidos pelo auditor são:

 Parecer Limpo: emitido quando o auditor concorda com a situação apresentada.

 Parecer com Ressalva: emitido quando o auditor identifica situações que comprometem a
emissão de uma opinião limpa.

 Parecer Adverso: quando o auditor identifica situações que comprometem a adequação das
demonstrações contábeis e discorda da posição adotada pela administração.

 Negativa ou Abstenção de Opinião: o auditor não emite opinião quando, por qualquer motivo,
não puder realizar seus exames, ou seja, identificar uma limitação significativa à realização de
seu trabalho.

Relatório De Auditoria

O relatório de auditoria pode ser conceituado como a exposição fundamentada de comentários


de forma conclusiva, no qual são descritos os fatos de maior importância – denominados
constatações, achados, observações, revelações ou pontos de auditoria – constatados durante o
curso normal dos trabalhos e sugeridas as soluções. Tais sugestões deverão ser construtivas,
visando o aprimoramento dos controles internos, redução dos custos e desperdícios, aumento da
economia, da eficiência e da eficácia na utilização dos recursos, melhoramento das práticas

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA

contábeis e administrativas e até mesmo uma forma mais adequada de gerir a entidade
auditada.

O relatório de auditoria possui uma importância significativa para os responsáveis pela entidade
auditada, assim como para o pessoal cujas atividades das áreas envolvidas são nele abordadas
e discutidas, visto que podem utilizá-lo como base para tomada de decisões. Esse relatório ajuda
os leitores e interessados a avaliar as operações ocorridas no período examinado.

Como o relatório apresenta o resultado do trabalho de auditoria, se as observações e


recomendações não forem apresentadas de forma clara e precisa, o trabalho não terá muita
utilidade. O relatório se constitui também o principal instrumento para a avaliação do trabalho
realizado. O profissional pode ser de fato um bom auditor, trabalhar com bastante afinco,
elaborar bons papéis de trabalho, mas ele certamente será avaliado pela qualidade do relatório
que emitir.

Técnica De Elaboração De Relatórios

Para ter facilidade no momento da confecção do relatório de auditoria, e garantir sua qualidade,
o auditor deve, basicamente, obedecer às normas e utilizar de forma rigorosa as técnicas de
auditoria. Principalmente no que se refere à elaboração de programas e à adequada aplicação
dos procedimentos e, conseqüentemente, à preparação de papéis de trabalho criteriosos, de
acordo com as padronizações estabelecidas e que demonstrem a correta obtenção de
evidências ou provas.

O relatório de auditoria deve ser elaborado de forma a facilitar a sua leitura e compreensão.
Quando da sua confecção, alguns requisitos técnicos devem ser observados.

A capa do relatório deve ter um “leiaute” discreto, indicando de forma clara e objetiva a natureza
do trabalho realizado, assim como o nome da entidade auditada e, de forma discreta, o nome do
órgão que realiza a auditoria, além do período examinado. O objetivo da auditoria também deve
ser especificado.

O conteúdo do relatório deve ser dividido nas seguintes partes:

a) Índice: tem como objetivo facilitar a identificação dos pontos abordados e deverá incluir o
título do item ou ponto e a página na qual ele está contido.

b) Sumário Executivo: breve descrição dos principais pontos contidos no relatório, de modo a
despertar a atenção do leitor.

c) Informações: deve conter os seguintes dados: a) Nome da entidade; b) vinculação;

c) exercício ou período auditado; d) número do processo sob exame; e) nome e endereço do


gestor; f) objetivo da entidade e g) outros dados julgados necessários pelo auditor nas
circunstâncias.

d) Introdução e Objetivo do Trabalho: deverá abordar os aspectos introdutórios como: número


do expediente que autoriza a auditoria, normas aplicadas e, principalmente, o objetivo do exame.

e) Alcance, Fontes de Critério e Procedimentos: o alcance corresponde à amplitude ou


escopo do exame, ou seja, o seu grau de abrangência, apresentando inclusive os empecilhos,
ou seja, fatores que limitaram o trabalho da auditoria, a exemplo da não- apresentação de
informações; atraso nos registros; ausência ou deficiências significativas de controle; entre
outros.

As fontes de critério correspondem a leis, atos, decretos, regulamentos, princípios e normas da


administração pública, princípios fundamentais de contabilidade, boas práticas administrativas,
entre outros, que forneceram os parâmetros que serviram de base para os exames.

Os principais procedimentos que normalmente são utilizados podem ser assim resumidos:
confirmação com terceiros (circularização), inspeções físicas, exame documental, conferência de
cálculos, observação, entrevistas, entre outros.

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA

Nesse item, devem ser descritas todas as áreas que foram objeto de exame por parte do auditor.

Resultado da Auditoria: esse tópico é destinado a abordar os pontos significativos negativos ou


não, que foram detectados quando da execução e que são chamados de constatações, achados
ou observações de auditoria, devendo ser ordenados preferencialmente por grau decrescente de
importância do assunto abordado. Na sua elaboração, o auditor deve estar seguro de que obteve
todas as evidências necessárias para apoiar os achados de auditoria. Deve também considerar a
opinião do auditado.

O ponto deve ser redigido de forma clara e objetiva e ter um encaminhamento lógico. Com a
finalidade de facilitar o entendimento do assunto relatado, o auditor deve atentar para o aspecto
estrutural na elaboração do relatório. Cada ponto deve conter, em tese, três parágrafos, como
segue: a) procedimento em vigor ou situação constatada; b) influências ou conseqüências e c)
sugestões, se aplicáveis.

Ao redigir cada ponto, o auditor deve sempre procurar utilizar períodos curtos e diretos, pois é
mais fácil alcançar o entendimento do leitor, usando esse tipo de tese.

f) Conclusão: corresponde ao desfecho do trabalho, quando o auditor emitirá, de forma


resumida, seus comentários finais sobre os aspectos operacionais.

Requisitos Para Elaboração De Relatórios

Os principais requisitos para a apresentação de um relatório de qualidade são:

a) Importância do Conteúdo: o relatório de auditoria só deve conter os fatos julgados


importantes pelo auditor, de modo que possam merecer atenção dos seus destinatários. Nessa
análise de importância, o auditor deve considerar a relevância da informação para o interessado;
o volume de gasto envolvido; a repercussão externa; a contribuição para melhoria da economia,
eficiência e eficácia; a freqüência das ocorrências e a prática recorrente já identificada em outras
auditorias.

b) Utilidade e Oportunidade: a efetividade do relatório de auditoria somente será alcançada, se


ele for útil para o interessado no que se refere à aplicabilidade das recomendações propostas e
se for apresentado de maneira tempestiva, possibilitando a adoção de medidas corretivas por
parte da gerência. Um relatório de auditoria cuidadosamente preparado pode conter informações
de grande valia. Contudo, não será efetivo, se não for apresentado oportunamente. O relatório
deve ser apresentado nas datas programadas ou determinadas, de modo a tornar as informações
disponíveis para uso e para que ele tenha eficácia.

Os achados de auditoria que envolverem aspectos relacionados a gastos desnecessários ou


indevidos, desperdícios de recurso, práticas ineficientes, ineficazes, antieconômicas, transações
ilegais deverão ser comunicados imediatamente, até mesmo antes da conclusão do relatório
final. É o que se denomina de relatório parcial, de modo a possibilitar a adoção de medidas
corretivas oportunamente.

c) Cuidado e Adequação das Provas: na confecção do relatório, o auditor deve ser imparcial,
profissional, justo e seguro, transmitindo, assim, confiabilidade na matéria apresentada. Para tal,
faz-se necessário que os achados estejam claramente identificados e comprovados com
evidência objetiva suficiente. O auditor não deve olvidar que erros podem gerar dúvidas sobre a
adequação das informações apresentadas em todo o relatório.

Todos os achados, conclusões e recomendações apresentados pelo auditor no relatório de


auditoria devem estar adequadamente suportados por evidências objetivas constantes nos
papéis de trabalho, de modo a garantir a exatidão e razoabilidade das informações. Para isso,
faz-se necessária a referenciação de todas as informações contidas no relatório com os
respectivos papéis de trabalho.

d) Convencimento: cada achado deve ter em si a capacidade de persuadir o leitor de sua


importância. Portanto, devem ser elaborados de modo convincente. Devem ser evitadas
expressões do tipo “parece” e “os testes levam a crer”, pois elas demonstram que o auditor não
conseguiu obter a devida evidência para sustentar a sua opinião.

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA

Os achados de auditoria devem ser apresentados de maneira convincente e o auditor precisa


estar seguro do que é informado, pois a responsabilidade da prova está no auditor e não na
entidade auditada.

e) Objetividade: cada achado de auditoria tem de ser redigido com informações suficientes,
devendo o auditor resguardar-se contra a tendência de exageros ou ênfases desnecessárias,
evitando assim interpretações distorcidas por parte do leitor, ou induzi-lo a conclusões não-
adequadas. A linguagem direta e objetiva, sempre que possível, deve ser usada.

O relatório de auditoria deve apresentar os achados de maneira clara e objetiva, perm itindo ao
interessado uma visão adequada do fato ocorrido.

f) Conteúdo: o relatório de auditoria deve possuir um conteúdo adequado, incluindo: declaração


da natureza do exame; relação dos achados com o tamanho e natureza das atividades ou
entidades auditadas; descrição correta dos achados e ênfase dos aspectos deficientes e
satisfatórios.

g) Clareza e Simplicidade: partindo-se do pressuposto de que nem todos os leitores possuem


conhecimentos técnicos detalhados sobre os assuntos abordados no relatório, o auditor precisa
ser claro e simples na apresentação de suas conclusões. As abreviaturas e termos técnicos
desconhecidos ou pouco usados devem ser definidos e explicados. Deve-se evitar linguagem
rebuscada, expressões “floreadas” e “chavões”.

Quanto mais claro e simples for o relatório, maior será a probabilidade da sua efetividade.
Sempre que possível, devem-se adotar os efeitos visuais.

h) Inteireza e Concisão: cada ponto redigido deve ser completo por si só, porém conciso, ou
seja, excessos de detalhes desnecessários que possam desviar a atenção do leitor do assunto
principal devem ser evitados.

i) Tom Construtivo: o auditor deve ter em mente que seu objetivo é obter reações favoráveis
aos achados e recomendações. Logo, o auditor tem de enfatizar os aspectos positivos.

j) Empatia: o auditor precisa se colocar na posição do auditado, refletindo sobre o quê e como
deverá ser relatado.

k) Efeitos Visuais: a utilização de gráficos, mapas e fotografias é recomendada, pois facilita o


processo de compreensão por parte do leitor. Contudo, exageros devem ser evitados.

l) Apresentação: as regras gramaticais e as técnicas de redação devem ser observadas com


rigor.

Regras Gerais Para Elaboração De Relatórios

Quando da elaboração de um relatório de auditoria, o auditor deve ter em mente que ele deve
ser bem redigido, completo por si só, claro e de fácil entendimento. Assim, necessária se faz o
observância de algumas regras fundamentais, a saber:

 redação na linguagem corrente, sem erros gramaticais;

 evitar uso de terminologia especializada. Se necessário uso, ela deve ser adequadamente
explicada;

 não redigir em Caixa Alta;

 não misturar minúsculas com MAIÚSCULAS;

 respeitar o emprego de maiúsculas;

 padronizar letra. Nem muito grande, nem muito pequena;

 redigir o ponto em três partes básicas: introdução, desenvolvimento e conclusão;

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA

 utilizar língua culta;

 utilizar a boa expressão: clareza, concisão, correção e elegância;

 utilizar frases curtas;

 utilizar linguagem direta;

 evitar gírias, chavões e lugares-comuns;

 evitar a linguagem coloquial;

 evitar termos rebuscados ou difíceis;

 evitar linguagem metafórica;

 evitar períodos longos;

 não fugir da constatação;

 evitar idéias primárias ou infantis;

 não dizer o óbvio;

 selecionar os achados por hierarquia;

 explorar o recurso dos exemplos;

 valorar os achados;

 sempre que possível, o ponto de auditoria deve conter três ou quatro parágrafos;

 utilizar uma idéia básica por parágrafo;

 evitar o parágrafo da contradição;

 manter conexão entre os parágrafos;

 distribuir harmoniosamente o número de linhas por parágrafos (4 a 6);

 evitar o uso da maledicência;

 não filosofar inutilmente;

 não repetir seguidamente as palavras;

 evitar os circunlóquios desnecessários;

 conferir todas as informações;

 conferir soma;

 referenciar os achados com os papéis de trabalho;

 evitar parágrafos longos;

 utilizar linguagem direta;

 somente incluir informação pertinente;

 considerar o conteúdo dos atributos de um achado;

 somente emitir relatório após a sua discussão com o auditado e a sua completa r evisão.

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA

Constatação Ou Achado De Auditoria

No transcurso dos seus exames, o auditor pode identificar pontos negativos ou positivos que
mereçam ser reportados à alta administração. Esses pontos são denominados, como visto,
constatações, observações ou achados em auditoria. A constatação ocorre quando uma
determinada condição não está em sintonia ou em conformidade com um determinado critério. A
condição é a situação encontrada pelo auditor, é o fato ocorrido. Já o critério é a situação ideal,
esperada, ou, em outras palavras, a situação que deveria ocorrer. A figura abaixo demonstra com
propriedade o processo de identificação de um achado:

Normalmente, os achados negativos de auditoria se referem a assuntos, tais como:

 Práticas antieconômicas;

 Ineficácia;

 Ineficiência;

 Desperdícios;

 Uso indevido;

 Gastos inadequados;

 Descumprimento de leis e outras normas.

Não se pode olvidar que somente os achados significativos devem ser considerados pelo
auditor, quando da elaboração do relatório de auditoria.

Desenvolvimento De Um Achado

O auditor, ao desenvolver um achado de auditoria, deverá, necessariamente, ter analisado os


seguintes atributos:

a) Condição: é a verificação do fato ocorrido. É a situação existente, determinada e


documentada durante a auditoria. A condição está diretamente relacionada com o grau em que
os critérios de auditoria estão sendo obedecidos. Assim, pode-se ter as seguintes formas de
condição:

 os critérios foram obedecidos satisfatoriamente;

 os critérios não foram obedecidos;

 os critérios foram obedecidos parcialmente.

Em suma, a condição representa o que é, o que está acontecendo.

b) Critério: descrição da situação ideal com base em normas de controle interno, legislação
aplicável, princípios fundamentais, boas práticas administrativas, metas e objetivos
especificados, padrões de economia, de eficiência, de eficácia, entre outros. Representa o
parâmetro com o qual o auditor mede a condição. Corresponde às metas, aos objetivos da
atividade ou entidade auditada, bem como às normas relacionadas com o alcance dessas metas
e objetivos. Tem-se as seguintes fontes de critério:

 Disposições escritas: leis, normas procedimentais, regulamentos, manuais, instruções, etc.;

 senso comum;

 experiência do auditor;

 opiniões independentes de especialistas;

 práticas usuais.

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA

Em suma, o critério representa o que deveria ser.

c) Causas: identificações das razões fundamentais que levaram à ocorrência dos fatos.
Representam os motivos pelos quais ocorreu um desempenho inadequado ou não. Da correta
identificação das causas depende a correta elaboração de recomendações de forma construtiva.
Vale mencionar que somente a informação de que o achado ocorreu porque as normas não
foram observadas, normalmente não convence o interessado na auditoria. As causas típicas
apresentadas pela doutrina auditorial, são as seguintes:

 falta de segregação de função;

 falta de rodízio de empregados;

 desconhecimento inconsciente;

 tempo insuficiente para realização das tarefas;

 falta de capacitação;

 falta de comunicação;

 falta de conhecimento dos requisitos;

 negligência ou descuido;

 normas inadequadas, inexistentes, obsoletas ou impraticáveis;

 desobediência consciente das normas;

 falta de recursos humanos, materiais ou financeiros;

 falta de honestidade;

 inadvertência do problema;

 falta de esforços e interesses suficientes;

 falta de supervisão adequada;

 falta de vontade para mudança;

 organização defeituosa;

 falta de delegação de autoridade;

 auditoria interna deficiente.

d) Conseqüências: identificações detalhadas dos efeitos provocados pelo fato ocorrido. São os
fatos que demonstram a necessidade de ações corretivas em aposta aos problemas
identificados. Sempre que possível, o relatório de auditoria deve expressar a conseqüência
quantificada em valores monetários ou em outra unidade de medida. As conseqüências mais
típicas, conforme a OLACEFS, são:

 uso antieconômico ou ineficiente dos recursos humanos, materiais ou financeiros;

 perdas potenciais de receitas;

 violação de disposições legais;

 ineficácia dos trabalhos;

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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA

 gastos indevidos;

 relatórios sem utilidade, pouco significativos ou imprecisos;

 controle inadequado dos recursos ou atividades;

 insegurança na adequação dos trabalhos;

 desmoralização do pessoal.

Em suma, a conseqüência representa a diferença entre o que é e o que deveria ser.

e) Opinião da Entidade: relato da posição da organização auditada diante da condição


encontrada.

f) Conclusão: é o posicionamento do auditor após a confrontação da posição encontrada, dos


critérios, causas, conseqüências e após a opinião da entidade.

g) Recomendação: Sugestões propostas pelo auditor para a regularização da situação


encontrada, se aplicável.

Acompanhamento De Auditoria

Após a discussão dos achados e da entrega do relatório de auditoria, o auditor deve acompanhar
a aceitação de suas recomendações, de modo a garantir a eficácia do seu trabalho. A fase do
acompanhamento normalmente é realizada no transcurso da auditoria subseqüente, na fase do
planejamento, e consiste na ação proativa do auditor, objetivando contribuir para o
aprimoramento das operações do auditado.

Não existe na doutrina auditorial a descrição dos procedimentos que devem ser adotados no
transcurso dessa fase. Contudo, prevalecem todos os requisitos e atributos que o auditor deve
seguir, quando da realização dos seus exames.

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DOMINA CONCURSOS

Auditoria Contábil no Caixa e Bancos

1. conferir se os boletins de caixa “batem” com os saldos contábeis;

2. através da análise de um determinado mês, nos movimentos de boletins de caixa, verificar a


consistência dos documentos. Exemplo: analisar todos os documentos constantes dos boletins de caixa
referente ao mês de dezembro ou de alguns dias do mês, conforme o Auditor julgar necessário;

3. conferir se os saldos dos bancos constantes no balancete contábil estão em conformidade com os
extratos bancários e/ou conciliações apresentadas pela empresa;

4. com base na conciliação bancária, verificar se os cheques e depósitos constantes na conciliação


bancária realmente constam no extrato bancário do período subseqüente, bem como se não há pendência
de longa data nas conciliações bancárias;

5. analisar em um determinado mês ou alguns dias, por amostragem, os documentos de suporte dos
registros constantes na conta bancos conta movimento;

6. verificar se nos meses seguintes, ao do encerramento do balancete e balanço existem despesas pagas
de meses ou ano anteriores e que estão sendo contabilizadas pelo pagamento, mas devem ser
contabilizadas pelo período de Competência, tais como:

 Notas fiscais de despesas, acertos de viagens funcionários e sócios;

 Água, luz, telefone;

 Pagamento de despesas de dezembro com cheques compensados apenas no mês seguinte;

 CPMF da última semana do mês e debitada no mês seguinte;

 Juros e Encargos financeiros da conta corrente e conta garantida, bem como despesas bancárias;

 IOF cobrado sobre empréstimos e financiamentos;

 Outras despesas referentes aos meses de novembro e dezembro, pagas somente no ano seguinte, as
quais deve ser contabilizadas no mês de sua competência.

Recomendar o ajuste, de modo que a empresa observe o regime de competência. Esse procedimento fará
com que a empresa pague menos IRPJ e CSSL.

Disponibilidades | Caixa e equivalentes de caixa

A Lei das Sociedades por Ações estabelece, que no Ativo as contas serão dispostas em ordem
decrescente de grau de liquidez e, dentro desse conceito, as contas de Disponibilidades são as primeiras a
serem apresentadas no Balanço, dentro do Ativo Circulante.

A intitulação Disponibilidade, dada pela lei, é usada para designar dinheiro em caixa e bancos, bem como
valores equivalentes, como cheques em mãos e em trânsito que representam recursos com livre
movimentação para aplicação nas operações da empresa e que não haja restrições de uso imediato.

As normas internacionais trabalham mais com o conceito de Caixa e Equivalentes de Caixa, o que engloba,
além das disponibilidades propriamente ditas, valores que possam ser convertidos em dinheiro, no curto
prazo, sem riscos. Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender compromissos de
curto prazo e devem ter conversibilidade imediata em um montante conhecido de caixa.

Um investimento, normalmente, se qualifica como equivalente de caixa quando tem um vencimento de


curto prazo, por exemplo, de três meses ou menos, a contar da data da contratação. Os investimentos em
ações de outras empresas são excluídos dos equivalentes de caixa a menos que eles sejam, em essência,

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DOMINA CONCURSOS

um equivalente de caixa, como por exemplo, os casos de ações preferenciais resgatáveis que tenham
prazo definido de resgate e cujo prazo atenda à definição de curto prazo.

Dentro desse conceito, as aplicações em títulos de liquidez imediata e aplicações financeiras resgatáveis
aproximadamente no prazo de 90 dias da data do balanço são também classificáveis como equivalentes de
caixa, todavia, devendo ser mostradas em conta à parte.

Em função desse conteúdo básico, as contas de Disponibilidades são apresentadas como segue:

ATIVO CIRCULANTE

DISPONIBILIDADES

· Caixa

· Depósitos bancários a vista

· Numerários em trânsito

· Equivalentes de Caixa - Aplicações de liquidez imediata

Conteúdo e classificação

· Caixa

Inclui dinheiro, cheques em mãos recebidos e ainda não depositados, pagáveis sem restrição e
imediatamente. Há basicamente dois tipos de controle da conta Caixa, o Fundo fixo e o Caixa flutuante.

No Fundo fixo, define-se uma quantia fixa que é fornecida ao responsável pelo fundo, para pagamento de
pequenas despesas. No Caixa flutuante, transitam pela conta caixa todos os recebimentos e pagamentos
em dinheiro.

· Depósitos bancários a vista

São representados normalmente pelas contas de livre movimentação mantidas pela empresa em bancos.
Podem ser: conta movimento ou depósitos sem limites, contas especiais para pagamentos específicos
(exemplo: folha de pagamento) e contas especiais de cobrança.

· Numerário em trânsito

São decorrentes de remessas para filiais, depósitos ou semelhantes, por meio de cheques, ordem de
pagamento etc. E o recebimento desta mesma espécie, ou ainda de clientes ou terceiros, quando
conhecidos até a data do balanço.

· Aplicação de liquidez imediata

São aplicações de curtíssimo prazo no mercado financeiro, prontamente conversível em um montante


conhecido de caixa e sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor, mantidas para atender
compromissos de caixa de curto prazo e não para investimentos ou outros fins.

Critérios de avaliação

As contas do Disponível não representam problemas de avaliação. São registradas pelo valor nominal
constante dos documentos correspondentes às respectivas transações, tais como dinheiro, cheques,
avisos bancários, recibos de depósitos etc., desde que satisfeita às condições de classificação já
mencionadas.

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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Testes, Técnicas E Procedimentos De Auditoria

Testes Em Auditoria

Um dos principais aspectos em trabalhos de auditoria é a correta aplicação de testes para que o
auditor obtenha maior segurança na emissão de sua opinião demonstrada através do parecer.
Considerando que atualmente é praticamente impossível a verificação da totalidade das operações
de uma organização, é imprescindível a realização do trabalho baseado em testes de auditoria.
Diante desta situação, abordaremos neste artigo os tipos de testes que a doutrina relativa ao assunto
consagrou como sendo os adequados, fornecendo aos leitores uma visão com aplicação prática
desta importante ferramenta da auditoria.

Introdução

Considerando que a atividade de auditoria não se propõe a verificar a totalidade dos fatos ocorridos
em uma organização, pois caso isto ocorresse necessitaria de um contingente muito grande de
pessoas, e provavelmente os resultados levariam muito tempo para serem repassados aos
interessados, a auditoria necessitar fazer revisão à base de testes.

Estes testes podem ter um componente estatístico, ou não, dependendo dos objetivos que o auditor
esteja perseguindo.

Na aplicação dos testes de auditoria, os controles internos da organização têm fundamental


importância, considerando que normalmente quanto mais eficazes forem estes controles, a
quantidade de testes em auditoria tende a ser menor, desde que é claro o auditor deposite confiança
nestes.

Quando falamos em controle, o assunto é do domínio através do senso comum, uma vez que todos
nós temos algum tipo de controle em nossas vidas, evitando o desperdício de recursos.

Amplitude Dos Testes De Auditoria

Na fase inicial do desenvolvimento das técnicas de auditoria, surgiram muitas dúvidas, principalmente
relacionadas com a amplitude dos testes. A principal delas era a seguinte: O auditor para dar sua
opinião sobre um determinado fato teria que examinar todos os lançamentos contábeis/operações
referentes àquilo que está sendo examinado?

Caso examinasse todos os lançamentos contábeis/operações, além do alto custo do serviço de


auditoria, a opinião do auditor não teria utilidade, devido ao fato de que provavelmente seria emitida
com muito atraso.

Em primeiro lugar, o auditor deve se preocupar com erros que, individualmente ou cumulativamente,
possam levar a uma interpretação errônea de um fato, por parte de quem os está analisando.
Portanto, o valor desses erros teria de ser significativo em relação às operações.

Em segundo lugar, normalmente a empresa já tem um conjunto de procedimentos internos com o


objetivo de evitar a ocorrência de erros. Esse conjunto de procedimentos internos é chamado, na
prática de sistema de controle interno.

O risco da ocorrência de erros em uma empresa que possuí um bom sistema de controle interno, é
muito menor do que uma empresa com um sistema de controle interno ruim. O auditor utiliza o
sistema de controle interno da empresa para determinar a amplitude dos testes de auditoria.

Estes testes serão abordados agora, procurando demonstrar a caracterização de cada um deles, bem
como a oportunidade de empregá-los nas atividades de auditoria.

De acordo com CREPALDI (2000), inclusive ratificada por instruções do Conselho Federal de
Contabilidade, existem globalmente dois tipos de testes em auditoria, a saber:

– Testes de observância (ou testes de procedimentos); e

– Testes substantivos (ou testes comprobatórios de detalhes)

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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Teste De Observância

Os testes de observância são aqueles empregados pelo auditor, a fim de determinar se os


procedimentos internos determinados pela emprega estão sendo cumpridos pelos seus
colaboradores.

Destinam-se em um primeiro momento a constatar a credibilidade dos procedimentos de controle da


empresa, e não necessariamente os registros corretos das operações.

O objetivo do teste de observância é proporcionar razoável segurança de que os procedimentos de


controle interno estão sendo executados na forma determinada pela organização. Esta observação é
essencial para o auditor, uma vez que é através dos testes de observância que ele pode vir a
depositar maior ou menor confiança no sistema de controles internos aplicados.

Os testes de observância são largamente aplicados em auditorias operacionais, onde a preocupação


central do auditor é com respeito se os colaboradores da organização respeitam as normas internas
pré-estabelecidas.

A aplicação destes testes requer muita atenção e acuidade do auditor, e normalmente são aplicados
sem que os envolvidos no processo auditado percebam, pois caso isto fosse notado, certamente
fariam o correto, pelo menos na frente do auditor.

Teste Substantivos

Este tipo de teste é empregado pelo auditor quando ele deseja obter provas suficientes e
convincentes sobre as transações, que lhe proporcionem fundamentação para a sua opinião a cerca
de determinados fatos.

Como objetivos fundamentais dos testes substantivos, destacam-se as seguintes constatações:

– Existência real: que as transações comunicadas/registradas realmente tenham ocorrido;

– Integridade: que não existam transações além daquelas registradas/demonstradas;

– Parte interessada: que os interessados naquele registro/comunicação tenham obtido as


informações na sua totalidade;

– Avaliação e aferição: que os itens que compõem determinada transação/registro tenham sido
avaliados e aferidos corretamente.

– Divulgação: que as transações/registros tenham sido corretamente divulgadas.

Os testes substantivos são imprescindíveis em trabalhos de auditoria uma vez que é através da
aplicação correta destes que o auditor obtém evidências sobre os saldos, e ou transações
apresentadas pela empresa.

Este tipo de teste é de fundamental importância na complementação dos testes de observância,


considerando que são através dos testes substantivos que o auditor tem condições de constatar
sobre a fidedignidade das transações e registros contábeis.

Extensão Dos Exames De Auditoria.

Renomados autores de auditoria têm debatido sobre a extensão dos exames que devem ser
realizados, sem no entanto terem chegado a conclusões pacíficas no que tange a abrangência dos
testes.

Uma questão tão controversa como esta, é pendente de uma série de variáveis que influenciam nos
exames de auditoria, tais como: número de transações, número de auditores, tempo da auditoria,
relevância dos itens a examinar entre vários outros fatores.

Seguindo a linha de raciocínio de FRANCO e MARRA (2001), iremos abordar o tema de


profundidade, levando em consideração três cenários:

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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

 Revisão integral;

 Auditoria por testes (amostragem); e

 Revisão analítica.

Revisão Integral

Este tipo de verificação compreende o exame de todos os registros, bem como a análise de todos
os controles internos de uma entidade que respaldaram determinada transação.

Equivale a uma perícia quanto a sua abrangência, e é praticamente impossível ser aplicada por
auditores externos, e raramente é aplicada por auditores internos.

O custo de uma auditoria desta natureza tem valor elevado, considerando que uma equipe de
auditores estaria o tempo todo se dedicando ao exame de uma única área, o que é muito raro
acontecer.

Este tipo de auditoria aplica-se mais quando há indícios de fraudes, onde aí sim deve ser examinada
a totalidade das operações, buscando identificar o “modus operandi” de como a fraude se processa
na organização.

Auditoria Por Teste (Amostragem)

A auditoria por testes, ou por amostragem, compreende o exame de determinada porcentagem dos
registros, dos documentos ou dos controles, considerada suficiente para que o auditor faça seu juízo
sobre a exatidão e a legitimidade dos elementos examinados.

A profundidade dos exames é determinada pelo auditor, e varia de acordo com a maior ou menor
confiança que ele deposita no sistema de controles internos da empresa.

O que distingue a revisão integral da auditoria por testes, é a amostragem, considerando que quando
as empresas eram menores, e com poucas operações era possível a verificação de 100% das
transações, fato que hoje em dia é muito raro em razão do custo da auditoria, da complexidade e
volume das operações.

Nos testes de auditoria realizados por amostragem, o auditor poderá utilizar-se da amostragem
estatística ou aleatória, dependendo das circunstâncias e finalidades dos exames que serão
realizados.

Por amostragem estatística, entende-se àquelas que necessitam de cálculos tais como: média,
mediana, moda, desvio padrão, regressão linear, entre outros elementos da estatística na aplicação
dos cálculos de amostragem.

Em relação às amostragens aleatórias, independem de cálculos estatísticos sofisticados, e sim da


experiência e acuidade do auditor, selecionando transações, operações que estejam adequadas à
finalidade dos exames

Revisão Analítica

Quando o auditor constata a existência de alguma deficiência relevante nos controles internos, ou
quando através de teste de auditoria, ele detecta erros nos registros contábeis ou na documentação
em que ele se apóia, sentindo a necessidade de aprofundamento em seus exames, ele estará
aplicando procedimentos de revisão analítica.

A revisão analítica consiste no exame profundo e minucioso de todo o fluxo de controles internos e de
exame analítico das operações de determinada natureza ou de certo período do ano, neste caso
confundindo-se com a revisão integral.

A revisão analítica de todas as transações de um período pode consistir, por exemplo, na conferência
de todos os documentos de caixas e bancos confrontando os registros contábeis com os documentos
originais, a fim de constar possíveis irregularidades.

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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

A revisão analítica constitui uma forma essencial de teste substantivo. As técnicas empregadas
constam de análises de flutuações, de índices financeiros, de tendências, dentre outros indicativos,
utilizando-se principalmente de técnicas empregadas em análise das demonstrações financeiras.

Quando Usar Testes De Observância E Substantivos?

Para que o assunto torne-se amistoso para iniciantes, procuraremos explorar o tema com pequenos
exemplos, os quais serão a seguir explorados.

Existe um procedimento interno estabelecido por uma empresa, que prevê que a cada recepção de
mercadorias/produtos, o responsável pelo almoxarifado confronte os dados da nota fiscal de compra
com a ordem de compra.

Quando o auditor constata que há o confronto da nota com o pedido, ele está aplicando o teste de
observância, porém não está sendo levado em consideração, se de fato está existindo a conferência
dos dados dos documentos correlacionados, fato este que se aplicado pelo auditor, enquadra-se na
segunda categoria de testes, os quais recebem o nome de testes substantivos.

Em uma outra situação, por exemplo, o auditor acompanha a rotina de registro de um colaborador,
observando que há o cumprimento das obrigações trabalhistas, porém somente poderá verificar se
esta contratação atende às normas internas, se aplicados os testes substantivos. Neste sentido,
poderia haver a contratação de uma pessoa que era parente de funcionários da empresa, onde a
legislação trabalhista não faz óbice à esta situação, porém poderia estar indo contrário a
determinações internas, caso fosse proibida contratações desta natureza.

O equilíbrio a ser atingido na combinação dos testes de observância com os testes substantivos
depende de diversos fatores e circunstâncias. Entretanto, as seguintes generalizações são
apropriadas na maioria dos casos:

– Se os controles internos são fortes, a combinação dos procedimentos normalmente deve favorecer
os testes de observância e os testes substantivos analíticos;

– Se os controles internos são fracos, a combinação dos procedimentos deve normalmente favorecer
os testes substantivos mais extensos, tanto os analíticos como os de detalhes;

– O tamanho da amostragem de todos os testes normalmente deve ser maior quando os controles
internos são fracos.

Técnicas E Procedimentos De Auditoria

Conceituação

Técnicas de auditoria são o conjunto de investigações empregadas pelo auditor para reunir todas as
evidências necessárias para a emissão de um parecer bem fundamentado. As técnicas não são
provas entre si: elas proporcionam a obtenção das provas necessárias para o auditor emitir sua
opinião.

Todo o trabalho de auditoria é sustentado por um conjunto de normas técnicas que recebem o nome
de Normas de Auditoria Geralmente Aceitas no Brasil ou Normas Usuais de Auditoria.

Procedimentos De Auditoria

São as investigações técnicas que, tomadas em conjunto, permitem a formação fundamentada da


opinião do auditor sobre o trabalho realizado.
Constituem ferramentas técnicas, das quais o auditor se utiliza para a realização de seu trabalho,
consistindo na reunião das informações possíveis e necessárias e avaliação dessas informações,
para a formação de sua opinião imparcial.

São o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e
adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas, e abrangem
testes de observância e testes substantivos.

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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Objetivos

As Técnicas de Auditoria correspondem a utilização de ferramentas de trabalho, que possibilitam ao


auditor formar a sua opinião.
O objetivo da auditoria é fundamentar seu ponto de vista com fatos, evidências e informações
possíveis, necessárias e materiais.
A aplicação dos procedimentos de auditoria tem que estar atrelada ao objetivo que se quer atingir. Os
objetivos é a meta a ser alcançada. Os procedimentos são os caminhos (meios) que levam à
consecução do objetivo.
Se o objetivo é determinar a existência física de um bem, o caminho a seguir é inspecioná-lo
fisicamente, buscar uma prova material e satisfatória.

Responsabilidade Do Auditor

Cabe ao auditor identificar e atestar a validade de qualquer afirmação, aplicando os procedimentos


adequados a cada caso, na extensão e profundidade que cada caso requer, até a obtenção de
provas materiais que comprovem, satisfatoriamente, a afirmação analisada.
A atitude no recolhimento e avaliação das provas necessita ser independente e impessoal, e o auditor
deve agir com critério de forma isenta e inquestionável.
Dessa forma, cabe ao auditor aplicar os procedimentos de auditoria adequados para cada caso, na
extensão e profundidade necessárias, até a obtenção de provas materiais ou informações
persuasivas que comprovem satisfatoriamente o fato investigado.

A avaliação desses elementos fica a critério do auditor, obedecido o seguinte:


Simples registro contábil em outras comprovações não constitui elemento comprobatório;
Na ausência de comprovantes idôneos, corroboram, para a determinação de validade dos registros
contábeis, sua objetividade, sua objetividade, sua tempestividade e sua correlação com outros
registros contábeis ou elementos extracontábeis;
Para ser aceitável, a correlação deve legítima e relevante, dependendo das seguintes circunstâncias:

Quando a correlação puder ser verificada relativamente á fonte externa, ela proporciona maior grau
de confiança do que quando verificada na própria empresa;

Quando as condições do sistema contábil e do controle interno forem satisfatórias, os registros e as


demonstrações contábeis proporcionam maior de confiança;

O conhecimento direto e pessoal, obtido pelo auditor por meio de verificações físicas, observações,
cálculos e inspeções, oferece maior segurança do que as informações colhidas indiretamente.

Fatos, Evidências E Informações.

“A opinião formada pelo auditor precisa estar apoiada em bases sólidas, alicerçada em fatos
comprovados, evidências factuais e informações irrefutáveis”.
Dessa forma, o auditor precisa adotar algumas posturas, tais como:
Ser seu próprio controlador-atuar como fiel da balança, não chegar a conclusões precipitadas devido
à falta de substância das provas colhidas ou à interferência de pontos de vista diferentes dos seus.
Cada prova obtida tem que ser adequadamente pesada-avaliar cada elemento quanto à sua
objetividade, importância, validade e confiabilidade.
Obtenção de provas-a dificuldade ou o custo da prova a ser obtida não deve ser impedimentos para
não obtê-la, a menos que o auditor a julgue desnecessária. Caso obtenha provas concretas
suficientes que o convençam, tem que estar seguro para convencer, por outro lado, pessoas que não
estejam ligadas ao fato.

Extensão E Profundidade

A complexidade e o volume das operações realizadas pelas empresas fazem com que os
procedimentos de auditoria sejam aplicados por meio de provas seletivas, testes e amostragem.
Dessa forma, cabe ao auditor, com base nos elementos de juízos de que disponha, determinar o
número e a profundidade de operações a serem examinadas, de forma a obter elementos de
convicção que sejam válidos para o todo.

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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Julgamento Do Auditor-Fatores A Serem Observados

Os seguintes elementos devem ser analisados pelo auditor para exercer seu juízo à luz de elementos
palpáveis:

A natureza do item em exame;


A materialidade;
O risco envolvido;
O tipo de material como prova disponível

O uso de amostragem estatística têm sido, em alguns casos, considerado vantajoso. O emprego
dessa prática não restringe o julgamento do auditor, mas fornece fórmulas estatísticas para a
medição dos resultados obtidos, que, de outro modo, poderiam não ser considerados.

Os padrões reconhecidos de auditoria exigem que, em cada exame, o nível do trabalho seja
adequado para fundamentar um parecer competente. Isso não significa que o nível de teste em
profundidade e extensão deva ser o mesmo, para cada caso, tampouco significa que deva ser igual
de um ano para outro.

Oportunidade

Consiste na fixação de época apropriada para aplicação de procedimentos de auditoria.


Um procedimento de auditoria proporciona maior ou menor benefício em decorrência de ser aplicado
no momento oportuno.

A oportunidade deve ser vista e perseguida permanentemente. A astúcia e perspicácia tornam-se


fatores imprescindíveis para a aplicação do procedimento em momento oportuno.
À medida que o conhecimento do auditor avança do auditor avança em todos os sentidos, sua visão
torna-se mais ampla e periférica, conhecendo em detalhes a forma com que se processam os
elementos e seus riscos, podendo determinar a aplicação de determinados procedimentos nos
momentos mais oportunos.

Técnicas De Auditoria

Para colher as evidências que lhe proporcionem atestar a fidedignidade das demonstrações
contábeis, o auditor emprega vários métodos, chamados de técnicas de auditoria.

As técnicas de auditoria mais usuais são as seguintes:

Exame e contagem física;


Circularização;
Conferência de cálculos;
Inspeção de documentos;
Averiguação; e
Correlação.

Exame Físico E Contagem Física

É a verificação in loco. Proporciona ao auditor a formação de opinião quanto a existência física do


objeto ou item examinado. Esse procedimento é utilizado para as contas do ativo e consiste em
identificar fisicamente o bem declarado nas demonstrações contábeis. Esse procedimento deve
conter as seguintes características:

Identificação-comprovação, por meio do exame visual, do item específico a ser examinado;


Existência física-comprovação, por meio da constatação visual, de que o objeto ou item examinado
existe realmente;
Autenticidade-poder de discernimento de que o item ou objeto examinado é fidedigno;
Quantidade-apuração das quantidades reais existentes fisicamente;
Qualidade-exame visual de que o objeto examinado permanece em uso, não está deteriorado e
merece fé;

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 6
TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Dessa forma, o exame físico compreende contagem, identificação, verificação de pleno uso e
qualidade do bem. A efetividade de aplicação dessa técnica limitada a bens corpóreos ou que
possam ser objeto de qualquer prova tangível de sua existência. Sua utilidade abrange a coleta de
evidências sobre os bens integrantes do ativo permanente, estoques, numerários em mãos, títulos
negociáveis e outros valores mobiliários.

A existência física serve para determinar que os registros contábeis estão corretos e seus valores
adequados, em função da qualidade do item examinado.

Ativos que normalmente são submetidos à contagem física pelo auditor:

Dinheiro em caixa (contagem de caixa);


Estoques (contagem de estoques);
Títulos (Contagem de investimentos: ações, títulos de aplicações financeiras etc);
Bem do ativo imobilizado (contagem de bens do ativo imobilizado)
Cautela de ações de capital (Contagem de cautela de ações de capital).

Confirmação Com Terceiros (Circularização)

Implica a obtenção de declaração formal e imparcial de pessoas independentes à empresa e que


estejam habilitadas para confirmar. Consiste na obtenção, pelo auditor, de uma declaração escrita,
junto a fontes externas capacitadas para tanto. Consiste na corroboração por escrito de terceiros, em
relação a determinadas informações de interesse.

É utilizado pelo auditor para confirmar, por meio de correspondência (carta), bens de propriedade da
empresa em poder de terceiros, direitos a receber e obrigações.

A evidência corroborativa obtida de fontes independentes externas à empresa proporciona maior


segurança, para fins de uma auditoria independente do que aquela obtida exclusivamente dentro da
empresa.

O terceiro pode ser solicitado a:

Fornecer informações abrangentes (forma indefinida ou positiva em branco);


Confirmar a informação constante na solicitação ou esclarecer a razão da incorreção (forma positiva
ou positiva em preto).
Responder apenas se a informação constante na solicitação for incorreta (forma negativa).

O documento com a declaração deve seguir diretamente para o auditor, sem interferência da
empresa auditada. O pedido de informações a fonte externa deve ser preparado por um funcionário
da empresa, sob a atenta supervisão do auditor. Essa técnica permite reunir evidências sobre a
fidedignidade dos saldos das contas a receber e a pagar, saldos bancários, contas de empréstimos,
estoques em poder de terceiros, passivos contingentes, coberturas de seguros e credores em geral.

Para a aplicação dessa técnica de confirmação, o auditor leva em consideração os seguintes


aspectos:

Data-base de confirmação;
Amplitude do teste de confirmação;
Tipo de confirmação a ser empregado.

A data-base e amplitude do teste de confirmação são dependentes da avaliação e efetividade dos


controles internos.

Cuidados necessários para assegurar a eficácia da técnica de confirmação com terceiros


(circularização):

O auditor seleciona os saldos sobre os quais ele julga necessário obter confirmação. São usados
formulários impressos para os pedidos de confirmações. O cliente prepara as cartas com o pedido de

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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

confirmação, assina e as envia ao auditor, para aprovação final. O auditor confere o nome da fonte
externa, endereço, valores e outros detalhes, de forma a evitar qualquer problema que possa
provocar resposta incorreta.

O auditor coloca a carta no envelope com os dados do destinatário, tendo cuidado de indicar seu
endereço como remetente, para a eventualidade de devolução por incorreção de endereço ou nome
da fonte consultada. O auditor também põe a correspondência no correio, tarefa esta que pode ser
deixada por conta do cliente.

O auditor deve anexar ao pedido de confirmação um envelope de porte pago, contendo seu nome e
endereço, para assegurar que a resposta será enviada diretamente a seu escritório, sem qualquer
interceptação.

Ao receber as respostas, o auditor concilia as informações assim obtidas com os registros contábeis
do cliente, analisando minunciosamente qualquer discrepância.

A falta de resposta pode ensejar a repetição do pedido. Persistindo o fato, o auditor após autorização
do cliente, pode dirigir-se pessoalmente à fonte externa, afim de obter a confirmação desejada.

As confirmações de contas do ativo indicam sempre o valor do saldo na conta desejada, de acordo
com os registros do cliente e sua composição, solicitando-se à fonte externa confirmação para estes
dados. As circularizações de contas passivas não devem trazer indicação do valor devido conforme
os livros, ou a natureza do débito, solicitando à fonte externa que preste esse tipo de informação.

Tipos De Confirmação

O auditor dispõe de dois tipos diferentes de circularização:

Circularização positiva; e
Circularização negativa

Circularização do tipo positiva-é utilizada quando há necessidade de resposta da pessoa de quem


quer se obter uma confirmação formal. É o que traz mais subsídios uma vez que há a evidência
através de resposta formal de quem se quer obter retorno.

Este pedido pode ser usado de duas formas:

Branco-quando não se colocam valores nos pedidos de confirmação e


Preto-quando utilizados saldos ou valores a serem confirmados na data-base indicada.

Circularização do tipo negativa-utilizado somente quando a resposta for necessária em caso de


discordância da pessoa de quem se quer obter confirmação, ou seja na falta de confirmação, o
auditor entende que a pessoa concorda com os valores colocados no pedido de confirmação.

O pedido de confirmação negativa é geralmente usado como complemento do pedido de confirmação


positivo e deve ser expedido em carta registrada para se assegurar que a pessoa receberá o pedido
de confirmação.

É recomendável que o auditor determine adequadamente o tipo de confirmação necessária, podendo


utilizar ambos os tipos de confirmação.

Controle Das Confirmações

Após a seleção dos itens a serem confirmados, o auditor deve exercer controle rigoroso quanto ao
despacho dos pedidos de confirmação e o efetivo recebimento das respostas. Dessa forma, o auditor
deve manter as seguintes informações:

Seleção criteriosa dos itens a serem confirmados;


Preenchimento das cartas de pedidos de confirmação, com as datas determinadas como base para o
procedimento de confirmação

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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Revisão detalhada pelo auditor, da datilografia, quanto ao nome e endereço da pessoa selecionada,
data-base do pedido de confirmação e as assinaturas autorizadas.

Controle dos pedidos de confirmação a serem despachados;

Envelopamento das circulares, colocação do envelope de retorno (carta resposta porte pago),
selagem e postagem;

Verificação das confirmações recebidas e despacho do 2º pedido para as não respondidas;


Confirmação pessoal para os pedidos de confirmação não respondidas ao 1º e 2º pedidos; e
Procedimento alternativo de verificação para as respostas não recebidas, através de 1º e 2º pedidos
de confirmação pessoal.

Com relação à confirmação positiva, o auditor deve envidar esforços para a obtenção de uma
resposta, utilizando o 1º pedido de confirmação, o 2º pedido de confirmação ou a confirmação
pessoal pessoal junto à empresa da qual se queira resposta.

Exemplos de itens que normalmente são submetidos à confirmação pelo auditor:

Dinheiro em conta corrente bancária;


Contas a receber de clientes;
Estoque em poder de terceiros;
Títulos em poder de terceiros;
Contas a pagar a fornecedores;
Empréstimos a pagar.

Exame Dos Documentos Originais Ou Inspeção De Documentos

Trata-se de procedimento voltado para a comprovação das transações, que por exigências legais,
comerciais ou de controle são evidenciadas pro documentos comprobatórios destas transações.

A documentação hábil ou suporte acompanha e atesta a idoneidade da realização das transações


comerciais, sendo a base de inúmeras ocorrências contábeis, fiscais e legais.
Os documentos representam os comprovantes hábeis que suportam os lançamentos contábeis nas
contas de ativo, passivo, receita e despesa. O auditor examina esses documentos com o objetivo de
constatar a veracidade dos valores registrados.

Tipos De Documentos

Documentos internos-são aqueles produzidos pela própria empresa.


Documentos externos-fornecidos por terceiros à empresa, normalmente comprovando algum tipo de
transação.

Exemplos De Documentos Internos

Relatório de despesas;
Boletim de caixa
Mapas demonstrativos (apropriação de custos, depreciação, amortização etc)
Requisição de compras;
Mapa de licitação de compras;
Registro de empregados;
Folha de pagamento;
Livros sociais (atas de reunião de acionistas, conselho de administração, diretoria e conselho fiscal)

Exemplos De Documentos Externos

Notas Fiscais, faturas e duplicatas de fornecedores;


Apólice de seguro;
Contratos;
Escrituras de imóveis;

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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Certificados De Propriedade De Veículos

O exame realizado pelo auditor sobre tais documentos deve atender às seguintes condições:

Autenticidade-verificar se a documentação examinada é fidedigna e merece fé;


Normalidade-verificar se a transação é adequada em função da atividade da empresa;
Aprovação-verificar se a transação e documentação suporte foram aprovadas por pessoa autorizada.
Registro-comprovar que o registro das operações foi adequado, a documentação é hábil e houve
correspondência contábil, fiscal etc.

Exemplo: Exame dos documentos originais referente a compra de ativo imobilizado.


Fatores a serem observados em relação à documentação suporte:

Autenticidade-confrontação com as notas fiscais, duplicatas nominais, quitadas e emitidas por


fornecedores fidedignos.
Normalidade-verificar se aquisições de itens do imobilizado são normais em relação à atividade da
empresa se são utilizados para a elaboração de produtos destinados a venda que fazem parte de seu
objeto social.
Aprovação-verificar se existe aprovações de pessoas responsáveis pela administração da empresa
e;.
Registro-verificar se estão registradas em contas adequadas de ativo permanente de imobilizado.

Com a devida atenção, o auditor verificará:

Se o documento é legítimo e autêntico;


Se se refere realmente à operação escriturada;
Se essa operação corresponde aos objetivos da empresa;
Se o documento está corretamente preenchido, inclusive quanto a datas, destinatário, cálculos e
outros dados intrínsecos;
Se o registro das operações é adequado em função da documentação examinada e se está refletida
contabilmente em contas apropriadas.

Nos casos de documentos oficiais, contratos e escrituras, verificará se existe o registro em órgão
competente, que lhe dá validade insuspeita.

Inspeção

Inspeção é a técnica de auditoria de que o auditor se utiliza para examinar a comprovação


documental das transações. Basicamente, as transações entre empresas e pessoas envolvem algum
tipo de documento, que serve de explicação para os detalhes sobre o que foi feito e que
consequências se esperam do fato. Uma transação, em verdade, quase sempre origina-se de um
documento. A inspeção compreende a verificação da legitimidade do documento em primeiro lugar, e
conseqüentemente, da transação. É quando o auditor confirma se a transação foi autorizada, o que
pode ser constatado por assinatura ou rubrica de pessoa encarregada, no próprio documento.

Tendo contato íntimo com os documentos, o auditor adquire conhecimento importante sobre os
negócios realizados pela empresa, o que lhe permite identificar situações não usuais ou
problemáticas, com certa antecipação. Muitos enganos e irregularidades são descobertos durante a
aplicação desta importante técnica de coleta de evidências.

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AMOSTRAGEM

Amostragem

11.11.1. Considerações Gerais

11.11.1.1. Esta norma tem por objetivo estabelecer a obrigatoriedade, os procedimentos e os critérios
para planejar e selecionar amostra de itens a serem examinados pelo auditor.

11.11.1.2. Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a testar,


o auditor pode empregar técnicas de amostragem.

11.11.1.3. Amostragem é a utilização de um processo para obtenção de dados aplicáveis a um


conjunto, denominado universo ou população, por meio do exame de uma parte deste conjunto
denominada amostra.

11.11.1.4. Amostragem estatística é aquela em que a amostra é selecionada cientificamente com a


finalidade de que os resultados obtidos possam ser estendidos ao conjunto de acordo com a teoria da
probabilidade ou as regras estatísticas. O emprego de amostragem estatística é recomendável
quando os itens da população apresentam características homogêneas.

11.11.1.5. Amostragem não-estatística (por julgamento) é aquela em que a amostra é determinada


pelo auditor utilizando sua experiência, critério e conhecimento da entidade.

11.11.1.6. Ao usar métodos de amostragem estatística ou nãoestatística, o auditor deve planejar e


selecionar a amostra de auditoria, aplicar a essa amostra procedimentos de auditoria e avaliar os
resultados da amostra, de forma a proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada.

11.11.1.7. Amostragem de auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria sobre uma parte da


totalidade dos itens que compõem o saldo de uma conta, ou classe de transações, para permitir que
o auditor obtenha e avalie a evidência de auditoria sobre algumas características dos itens
selecionados, para formar, ou ajudar a formar, uma conclusão sobre a população.

11.11.1.8. É importante reconhecer que certos procedimentos de auditoria aplicados na base de


testes não estão dentro da definição de amostragem. Os testes aplicados na totalidade da população
não se qualificam como amostragem de auditoria. Da mesma forma, a aplicação de procedimentos de
auditoria a todos os itens dentro de uma população que tenham uma característica particular (por
exemplo, todos os itens acima de um certo valor) não se qualifica como amostragem de auditoria com
respeito à parcela da população examinada, nem com respeito à população como um todo. Isto
porque os itens não foram selecionados, dando chance igual de seleção a todos os itens da
população. Esses itens podem indicar uma tendência ou uma característica da parcela restante da
população, mas não constituem, necessariamente, uma base adequada para a conclusão sobre a
parcela restante da população.

11.11.2. Planejamento Da Amostra

11.11.2.1. Aspectos Gerais

11.11.2.1.1. A amostra selecionada pelo auditor deve ter relação direta com o volume de transações
realizadas pela entidade na área ou na transação objeto de exame, como também com os efeitos nas
posições patrimonial e financeira da entidade e o resultado por ela obtido no período.

11.11.2.1.2. Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor deve levar em consideração os


seguintes aspectos:

a) os objetivos específicos da auditoria;

b) a população da qual o auditor deseja extrair a amostra;

c) a estratificação da população;

d) o tamanho da amostra;

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AMOSTRAGEM

e) o risco da amostragem;

f) o erro tolerável; e

g) o erro esperado.

11.11.2.2. Objetivos Da Auditoria

11.11.2.2.1. No planejamento da amostra de auditoria, o auditor deve considerar os objetivos


específicos a serem atingidos e os procedimentos de auditoria que têm maior probabilidade de atingir
esses objetivos.

11.11.2.2.2. Quando a amostragem de auditoria for apropriada, a consideração da natureza da


evidência de auditoria pretendida e das possíveis condições de erro ou outras características relativas
a essa evidência de auditoria vão ajudar o auditor a definir o que constitui um erro e que população
usar para a amostragem.

11.11.2.2.3. No caso de executar testes de observância sobre os procedimentos de compra em uma


entidade, o auditor está interessado em aspectos como, por exemplo, se houve aprovação apropriada
e verificação aritmética de uma fatura. Por outro lado, ao executar procedimentos de comprovação
sobre faturas processadas durante o período, o auditor está interessado em aspectos relacionados
com os valores monetários dessas faturas e se esses valores foram, apropriadamente, refletidos nas
Demonstrações Contábeis.

11.11.2.3. População

11.11.2.3.1. A população é a totalidade dos dados do qual o auditor deseja tirar a amostra para
chegar a uma conclusão.

11.11.2.3.2. O auditor precisa determinar se a população da qual a amostra vai ser extraída é
apropriada para o objetivo de auditoria específico. Se o objetivo do auditor for testar a existência de
superavaliação de contas a receber, a população pode ser definida como a listagem de contas a
receber. Por outro lado, se o objetivo for testar a existência de subavaliação de contas a pagar, a
população não deve ser a listagem de contas a pagar, mas, sim, pagamentos subseqüentes, faturas
não-pagas, extratos de fornecedores, relatórios de recebimentos de mercadorias ou outras
populações que forneceriam evidência de auditoria de que as contas a pagar estariam subavaliadas.

11.11.2.3.3. Cada item que compõe a população é conhecido como unidade de amostragem. A
população pode ser dividida em unidades de amostragem de diversos modos.

11.11.2.3.4. O auditor define a unidade de amostragem para obter uma amostra eficiente e eficaz
para atingir os objetivos de auditoria em particular. No caso, se o objetivo do auditor for testar a
validade das contas a receber, a unidade de amostragem pode ser definida como saldos de clientes
ou faturas de clientes individuais.

11.11.2.4. Estratificação

11.11.2.4.1. Para auxiliar no planejamento eficiente e eficaz da amostra, pode ser apropriado usar
estratificação, que é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada qual contendo um
grupo de unidades de amostragem com características homogêneas ou similares.

11.11.2.4.2. Os estratos precisam ser, explicitamente, definidos, de forma que cada unidade de
amostragem somente possa pertencer a um estrato.

11.11.2.4.3. Este processo reduz a possibilidade de variação dos itens de cada estrato. Portanto, a
estratificação permite que o auditor dirija esforços de auditoria para os itens que contenham maior
potencial de erro, por exemplo, os itens de maior valor que compõem o saldo de contas a receber,
para detectar distorções relevantes por avaliação a maior. Além disso, a estratificação pode resultar
em amostra com tamanho menor.

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AMOSTRAGEM

11.11.2.4.4. Se o objetivo da auditoria for testar a validade de contas a receber, e dependendo da


distribuição dos valores a receber por saldo de devedores, a população pode ser estratificada, por
exemplo, em quatro subconjuntos como segue:

a) saldos superiores a R$ 2.000,00;

b) saldos entre R$ 1.000,00 e R$ 2.000,00;

c) saldos entre R$ 100,00 e R$ 1.000,00; e

d) saldos inferiores a R$ 100,00.

11.11.2.4.5. Assim, por exemplo, dependendo da distribuição dos valores a receber, mediante a
validação da totalidade dos saldos do subconjunto (a) 50% de (b); 20% de (c); e 5% de (d), pode-se,
hipoteticamente, encontrar que 80% dos valores de contas a receber são susceptíveis de validação,
examinando 20% da população.

11.11.2.5. Tamanho Da Amostra

11.11.2.5.1. Ao determinar o tamanho da amostra, o auditor deve considerar o risco de amostragem,


bem como os erros toleráveis e os esperados.

11.11.2.5.2. Adicionalmente, fatores como a avaliação de risco de controle, a redução no risco de


detecção devido a outros testes executados relacionados com as mesmas asserções, número de
itens da população e valor envolvido, afetam o tamanho da amostra e devem ser levados em
consideração pelo auditor.

11.11.2.5.3. Para que a conclusão a que chegou o auditor, utilizando uma amostra, seja corretamente
planejada para aplicação à população é necessário que a amostra seja:

a) representativa da população;

b) que todos os itens da população tenham oportunidade idêntica de serem selecionados.

11.11.2.6. Risco De Amostragem

11.11.2.6.1. O risco de amostragem surge da possibilidade de que a conclusão do auditor, com base
em uma amostra, possa ser diferente da conclusão que seria alcançada se toda a população
estivesse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.

11.11.2.6.2. O auditor está sujeito ao risco de amostragem nos testes de observância e testes
substantivos, sendo:

1) Testes De Observância:

a) Risco de subavaliação da confiabilidade: é o risco de que, embora o resultado da aplicação de


procedimentos de auditoria sobre a amostra não seja satisfatório, o restante da população possua
menor nível de erro do que aquele detectado na amostra.

b) Risco de superavaliação da confiabilidade: é o risco de que, embora o resultado da aplicação de


procedimentos de auditoria sobre a amostra seja satisfatório, o restante da população possua maior
nível de erro do que aquele detectado na amostra.

2) Testes Substantivos:

a) Risco de rejeição incorreta: é o risco de que, embora o resultado da aplicação de procedimentos


de auditoria sobre a amostra leve à conclusão de que o saldo de uma conta ou classe de transações
registradas está, relevantemente, distorcido, mas, efetivamente, não está;

b) Risco de aceitação incorreta: é o risco de que, embora o resultado da aplicação de procedimentos

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AMOSTRAGEM

de auditoria sobre a amostra leve à conclusão de que o saldo de uma conta ou classe de transações
registradas não está, relevantemente, distorcido, mas, efetivamente, está.

11.11.2.6.3. O risco de subavaliação da confiabilidade e o risco de rejeição incorreta afetam a


eficiência da auditoria, visto que, normalmente, conduziriam o auditor a realizar trabalhos adicionais,
o que estabeleceria que as conclusões iniciais eram incorretas. O risco de superavaliação da
confiabilidade e o risco de aceitação incorreta afetam a eficácia da auditoria e têm mais probabilidade
de conduzir a uma conclusão errônea sobre determinados controles, saldos de contas ou classe de
transações do que o risco de subavaliação da confiabilidade ou o risco de rejeição incorreta.

11.11.2.6.4. O tamanho da amostra é afetado pelo nível do risco de amostragem que o auditor está
disposto a aceitar dos resultados da amostra. Quanto mais baixo o risco que o auditor estiver
disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.

11.11.2.7. Erro Tolerável

11.11.2.7.1. Erro tolerável é o erro máximo na população que o auditor está disposto a aceitar e,
ainda assim, concluir que o resultado da amostra atingiu o objetivo da auditoria. O erro tolerável é
considerado durante o estágio de planejamento e, para os testes substantivos, está relacionado com
o julgamento do auditor sobre relevância. Quanto menor o erro tolerável, maior deve ser o tamanho
da amostra.

11.11.2.7.2. Nos testes de observância, o erro tolerável é a taxa máxima de desvio de um


procedimento de controle estabelecido que o auditor está disposto a aceitar, baseado na avaliação
preliminar de risco de controle. Nos testes substantivos, o erro tolerável é o erro monetário máximo no
saldo de uma conta ou uma classe de transações que o auditor está disposto a aceitar, de forma que,
quando os resultados de todos os procedimentos de auditoria forem considerados, o auditor possa
concluir, com segurança razoável, que as Demonstrações Contábeis não contêm distorções
relevantes.

11.11.2.8. Erro Esperado

11.11.2.8.1. Se o auditor espera que a população contenha erro, é necessário examinar uma amostra
maior do que quando não se espera erro, para concluir que o erro real da população não excede o
erro tolerável planejado.

11.11.2.8.2. Tamanhos menores de amostra justificam-se quando se espera que a população esteja
isenta de erros. Ao determinar o erro esperado em uma população, o auditor deve considerar
aspectos como, por exemplo, os níveis de erros identificados em auditorias anteriores, mudança nos
procedimentos da entidade e evidência obtida na aplicação de outros procedimentos de auditoria.

11.11.3. Seleção Da Amostra

11.11.3.1. Aspectos Gerais

11.11.3.1.1. O auditor deve selecionar itens de amostra de tal forma que se possa esperar que a
mesma seja representativa da população. Este procedimento exige que todos os itens da população
tenham a mesma oportunidade de serem selecionados.

11.11.3.1.2. Com a finalidade de evidenciar os seus trabalhos, a seleção de amostra deve ser
documentada pelo auditor e considerar:

a) o grau de confiança depositada sobre o sistema de controles internos das contas, classes de
transações ou itens específicos;

b) a base de seleção;

c) a fonte de seleção; e

d) o número de itens selecionados.

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AMOSTRAGEM

11.11.3.1.3. Na seleção de amostra, devem ser consideradas:

a) a seleção aleatória ou randômica;

b) a seleção sistemática, observando um intervalo constante entre as transações realizadas; e

c) a seleção casual, a critério do auditor, baseada em sua experiência profissional.

11.11.3.2. Seleção Aleatória

11.11.3.2.1. Seleção aleatória ou randômica é a que assegura que todos os itens da população ou do
estrato fixado tenham idêntica possibilidade de serem escolhidos.

11.11.3.2.2. Na seleção aleatória ou randômica, utiliza-se, por exemplo, tabelas de números


aleatórios que determinarão quais os números dos itens a serem selecionados dentro do total da
população ou dentro de uma seqüência de itens da população predeterminada pelo auditor.

11.11.3.3. Seleção Sistemática

11.11.3.3.1. Seleção sistemática ou por intervalo é aquela em que a seleção de itens é procedida de
maneira que haja sempre um intervalo constante entre cada item selecionado, seja a seleção feita
diretamente da população a ser testada, ou por estratos dentro da população.

11.11.3.3.2. Ao considerar a seleção sistemática, o auditor deve observar as seguintes normas para
assegurar uma amostra, realmente, representativa da população:

a) que o primeiro item seja escolhido ao acaso;

b) que os itens da população não estejam ordenados de modo a prejudicar a casualidade de sua
escolha.

11.11.3.3.3. Se usar seleção sistemática, o auditor deve determinar se a população não está
estruturada de tal modo que o intervalo de amostragem corresponda a um padrão, em particular, da
população. Por exemplo, se em cada população de vendas realizadas por filiais, as vendas de uma
filial, em particular, ocorrerem somente como cada 100º item e o intervalo de amostragem
selecionado for 50, o resultado seria que o auditor teria selecionado a totalidade ou nenhuma das
vendas da filial em questão.

11.11.3.4. Seleção Casual

11.11.3.4.1. Seleção casual pode ser uma alternativa aceitável para a seleção, desde que o auditor
tente extrair uma amostra representativa da população, sem intenção de incluir ou excluir unidades
específicas.

11.11.3.4.2.Quando utilizar esse método, o auditor deve evitar a seleção de uma amostra que seja
influenciada, por exemplo, com a escolha de itens fáceis de localizar, uma vez que esses itens podem
não ser representativos.

11.11.4. Avaliação Dos Resultados Da Amostra

11.11.4.1. Aspectos Gerais

11.11.4.1.1. Tendo executado, em cada item da amostra, os procedimentos de auditoria apropriados,


o auditor deve:

a) analisar qualquer erro detectado na amostra;

b) extrapolar os erros encontrados na amostra para a população; e

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AMOSTRAGEM

c) reavaliar o risco de amostragem.

11.11.4.2. Análise De Erros Da Amostra

11.11.4.2.1. Ao analisar os erros detectados na amostra, o auditor deve, inicialmente, determinar se o


item em questão é, de fato, um erro, considerados os objetivos específicos planejados.
Exemplificando: em um teste substantivo relacionado com o registro de contas a receber, um
lançamento feito na conta do cliente errado não afeta o total das contas a receber, razão pela qual
talvez seja impróprio considerar tal fato como um erro ao avaliar os resultados da amostra deste
procedimento, em particular, ainda que esse fato possa ter efeito sobre as outras áreas da auditoria,
como, por exemplo, avaliação de créditos de liquidação duvidosa.

11.11.4.2.2. Quando não for possível obter a evidência de auditoria esperada sobre um item de
amostra específico, o auditor deve obter evidência de auditoria suficiente e apropriada por meio da
execução de procedimentos alternativos. Exemplificando: se uma confirmação positiva de contas a
receber tiver sido solicitada e nenhuma resposta tiver sido recebida, talvez o auditor possa obter
evidência de auditoria suficiente e apropriada de que as contas a receber são válidas, revisando os
pagamentos subseqüentes efetuados pelos clientes.

11.11.4.2.3. Se o auditor não puder executar procedimentos alternativos satisfatórios ou se os


procedimentos executados não permitirem que o auditor obtenha evidência de auditoria suficiente e
apropriada, o item deve ser tratado como um erro.

11.11.4.2.4. O auditor também deve considerar os aspectos qualitativos dos erros. Esses aspectos
incluem a natureza e a causa do erro e o possível efeito do erro sobre outras fases da auditoria.

11.11.4.2.5. Ao analisar os erros descobertos, é possível que o auditor observe que muitos têm
características comuns, por exemplo, tipo de transação, localização, linha de produtos ou período de
tempo. Nessas circunstâncias, o auditor pode decidir identificar todos os itens da população que
tenham características comuns, produzindo, deste modo, uma subpopulação, e decidir ampliar os
procedimentos de auditoria nessa área. Então, o auditor deve executar análise separada com base
nos itens examinados para cada subpopulação.

11.11.4.3. Extrapolação De Erros

11.11.4.3.1. O auditor deve extrapolar os resultados dos erros da amostra para a população da qual
foi selecionada.

11.11.4.3.2. Existem diversos métodos aceitáveis para extrapolar os resultados de erros. Entretanto,
em todos os casos, o método de extrapolação precisa ser consistente com o método usado para
selecionar a amostra.

11.11.4.3.3. Quando extrapolar resultados de erros, o auditor deve considerar os aspectos


qualitativos dos erros encontrados.

11.11.4.3.4. Quando a população tiver sido dividida em subpopulações, a extrapolação de erros é


feita separadamente para cada subpopulação e os resultados combinados.

11.11.4.4. Reavaliação Do Risco De Amostragem

11.11.4.4.1. O auditor deve considerar se os erros projetados pela extrapolação para a população
podem exceder o erro tolerável, levando-se em conta os resultados de outros procedimentos de
auditoria.

11.11.4.4.2. O erro projetado para a população deve ser considerado em conjunto com os demais
erros identificados durante a auditoria.

11.11.4.4.3. Quando o erro projetado exceder o erro tolerável, o auditor deve reconsiderar sua
avaliação anterior do risco de amostragem e, se esse risco for inaceitável, considerar a possibilidade
de ampliar o procedimento de auditoria ou executar procedimentos de auditoria alternativos.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 6
AMOSTRAGEM

11.11.5. Sanções

11.11.5.1. A inobservância desta norma constitui infração disciplinar sujeita às penalidades previstas
nas alíneas "c", "d" e "e" do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, e, quando
aplicável, ao Código de Ética do Profissional Contabilista.

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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA

Evidência De Auditoria Apropriada E Suficiente E Risco De Auditoria

Resolução Conselho Federal De Contabilidade - CFC Nº 1.203 De 27.11.2009

D.O.U.: 03.12.2009

Aprova a NBC TA 200 - Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em


Conformidade com Normas de Auditoria.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e


regimentais,

CONSIDERANDO o processo de convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade aos padrões


internacionais;

CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade é membro associado da IFAC -


Federação Internacional de Contadores;

CONSIDERANDO a Política de Tradução e Reprodução de Normas, emitida pela IFAC em dezembro


de 2008;

CONSIDERANDO que a IFAC, como parte do serviço ao interesse público, recomenda que seus
membros e associados realizem a tradução das suas normas internacionais e demais publicações;

CONSIDERANDO que mediante acordo firmado entre as partes, a IFAC autorizou, no Brasil, como
tradutores das suas normas e publicações, o Conselho Federal de Contabilidade e o IBRACON -
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil;

CONSIDERANDO que a IFAC, conforme cessão de direitos firmado, outorgou aos órgãos tradutores
os direitos de realizar a tradução, publicação e distribuição das normas internacionais impressas e em
formato eletrônico, resolve:

Art. 1º Aprovar a NBC TA 200 - "Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria
em Conformidade com Normas de Auditoria", elaborada de acordo com a sua equivalente
internacional ISA 200.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor nos exercícios iniciados em ou após 1º. de janeiro de 2010.

Art. 3º Aplicam-se as normas atualmente vigentes para os trabalhos de auditoria de exercícios


iniciados antes de 1º de janeiro de 2010.

Art. 4º Observado o disposto no artigo anterior, ficam revogadas, a partir de 1º. de janeiro de 2010, as
Resoluções CFC nºs 820/97, 830/98, 836/99, 953/03, 981/03, 1.012/05, 1.022/05, 1.024/05, 1.029/05,
1.035/05, 1.036/05, 1.037/05, 1.038/05, 1.039/05, 1.040/05 e 1.054/05, publicadas no D.O.U., Seção
I, de 21/1/98, 21/12/98, 2/3/99, 3/2/03, 11/11/03, 25/1/05, 22/4/05, 9/5/05, 6/7/05, 22/9/05, 22/9/05,
22/9/05, 22/9/05, 22/9/05, 22/9/05 e 8/11/05, respectivamente.

Ata CFC nº 931

Normas Brasileiras De Contabilidade

NBC Ta 200 - Objetivos Gerais Do Auditor Independente E A Condução Da Auditoria Em


Conformidade Com Normas De Auditoria

Introdução

Alcance

1. Esta Norma de Auditoria trata das responsabilidades gerais do auditor independente na condução
da auditoria de demonstrações contábeis em conformidade com as normas brasileiras e
internacionais de auditoria. Nesta Norma e em outras normas elas estão substancialmente
apresentadas pela sua sigla "NBC TA". Especificamente, ela expõe os objetivos gerais do auditor
independente e explica a natureza e o alcance da auditoria para possibilitar ao auditor independente

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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA

o cumprimento desses objetivos. Ela também explica o alcance, a autoridade e a estrutura das NBC
TAs e inclui requisitos estabelecendo as responsabilidades gerais do auditor independente aplicáveis
em todas as auditorias, inclusive a obrigação de atender todas as NBC TAs. Doravante, o "auditor
independente" é denominado o "auditor".

2. As NBC TAs são escritas no contexto da auditoria de demonstrações contábeis executada por um
auditor. Elas devem ser adaptadas conforme necessário às circunstâncias, quando aplicadas a
auditorias de outras informações contábeis históricas. As NBC TAs não endereçam as
responsabilidades do auditor que possam existir numa legislação, regulamentação ou de outra forma,
por exemplo, como em conexão com uma oferta pública de títulos. Essas responsabilidades podem
ser diferentes daquelas estabelecidas pelas NBC TAs. Dessa forma, enquanto o auditor pode
encontrar aspectos nas NBC TAs que o apoiem nessas circunstâncias, é responsabilidade do auditor
garantir cumprimento de todas as obrigações legais, regulatórias e profissionais.

Auditoria De Demonstrações Contábeis

3. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos
usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com
uma estrutura de relatório financeiro aplicável. No caso da maioria das estruturas conceituais para
fins gerais, essa opinião expressa se as demonstrações contábeis estão apresentadas
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro. A auditoria conduzida em conformidade com as normas de auditoria e exigências éticas
relevantes capacita o auditor a formar essa opinião (ver item A1).

4. As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade, elaboradas pela sua


administração, com supervisão geral dos responsáveis pela governança. As NBC TAs não impõem
responsabilidades à administração ou aos responsáveis pela governança e não se sobrepõe às leis e
regulamentos que governam as suas responsabilidades.

Contudo, a auditoria em conformidade com as normas de auditoria é conduzida com base na


premissa de que a administração e, quando apropriado, os responsáveis pela governança têm
conhecimento de certas responsabilidades que são fundamentais para a condução da auditoria. A
auditoria das demonstrações contábeis não exime dessas responsabilidades a administração ou os
responsáveis pela governança (ver itens A2 a A11).

5. Como base para a opinião do auditor, as NBC TAs exigem que ele obtenha segurança razoável de
que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante,
independentemente se causadas por fraude ou erro. Asseguração razoável é um nível elevado de
segurança. Esse nível é conseguido quando o auditor obtém evidência de auditoria apropriada e
suficiente para reduzir a um nível aceitavelmente baixo o risco de auditoria (isto é, o risco de que o
auditor expresse uma opinião inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção
relevante). Contudo, asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança porque há
limitações inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a maioria das evidências de
auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião, é persuasiva e não conclusiva (ver
itens A28 a A52).

6. O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na execução da auditoria, e


na avaliação do efeito de distorções identificadas sobre a auditoria e de distorções não corrigidas, se
houver, sobre as demonstrações contábeis (NBC TA 320 - Materialidade no Planejamento e na
Execução da Auditoria, e NBC TA 450 - Avaliação das Distorções Identificadas durante a Auditoria).
Em geral, as distorções, inclusive as omissões, são consideradas relevantes se for razoável esperar
que, individual ou conjuntamente, elas influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas
com base nas demonstrações contábeis. Julgamentos sobre a materialidade são estabelecidos
levando-se em consideração as circunstâncias envolvidas e são afetadas pela percepção que o
auditor tem das necessidades dos usuários das demonstrações contábeis e pelo tamanho ou
natureza de uma distorção, ou por uma combinação de ambos. A opinião do auditor considera as
demonstrações contábeis como um todo e, portanto, o auditor não é responsável pela detecção de
distorções que não sejam relevantes para as demonstrações contábeis como um todo.

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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA

7. A estrutura das NBC TAs contempla uma introdução, os objetivos, os requisitos e uma seção
contendo aplicação e outros materiais explicativos que se destinam a dar suporte ao auditor na
obtenção de segurança razoável. Quando necessário, elas são complementadas com Apêndices. As
NBC TAs exigem que o auditor exerça o julgamento profissional e mantenha o ceticismo profissional
ao longo de todo o planejamento e na execução da auditoria e, entre outras coisas:

Identifique e avalie os riscos de distorção relevante, independentemente se causados por fraude ou


erro, com base no entendimento da entidade e de seu ambiente, inclusive o controle interno da
entidade.

Obtenha evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se existem distorções relevantes
por meio do planejamento e aplicação de respostas (procedimentos de auditoria) apropriadas aos
riscos avaliados.

Forme uma opinião a respeito das demonstrações contábeis com base em conclusões obtidas das
evidências de auditoria obtidas.

8. A forma da opinião expressa pelo auditor depende da estrutura de relatório financeiro aplicável e
de lei ou regulamento aplicáveis (ver itens A12 e A13).

9. O auditor também pode ter outras responsabilidades de comunicação e de relatório, perante os


usuários, a administração, os responsáveis pela governança ou partes fora da entidade, a respeito
dos assuntos decorrentes da auditoria. Essas outras responsabilidades podem ser estabelecidas
pelas NBC TAs, por lei ou regulamento aplicável, como, por exemplo, NBC TA 260 - Comunicação
com os Responsáveis pela Governança, e item 43 da NBC TA 240 que trata da responsabilidade do
auditor em relação a fraude, no contexto da auditoria de demonstrações contábeis.

Data De Vigência

10. Esta Norma é aplicável para auditorias de demonstrações contábeis para períodos iniciados em
ou após 1º de janeiro de 2010.

Objetivos gerais do auditor

11. Ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos gerais do auditor são:

(a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim que o
auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; e

(b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC
TAs, em conformidade com as constatações do auditor.

12. Em todos os casos em que não for possível obter segurança razoável e a opinião com ressalva
no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender aos usuários previstos das
demonstrações contábeis, as NBC TAs requerem que o auditor se abstenha de emitir sua opinião ou
renuncie ao trabalho, quando a renúncia for possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável.

Definições

13. Para fins das NBC TAs, os seguintes termos possuem os significados atribuídos a seguir:

Estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatório financeiro adotada pela


administração e, quando apropriado, pelos responsáveis pela governança na elaboração das
demonstrações contábeis, que é aceitável em vista da natureza da entidade e do objetivo das
demonstrações contábeis ou que seja exigida por lei ou regulamento.

A expressão "estrutura de apresentação adequada" é utilizada para se referir a uma estrutura de


relatório financeiro que exige conformidade com as exigências dessa estrutura e:

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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA

(i) reconhece explícita ou implicitamente que, para conseguir a apresentação adequada das
demonstrações contábeis, pode ser necessário que a administração forneça divulgações além das
especificamente exigidas pela estrutura; ou

(ii) reconhece explicitamente que pode ser necessário que a administração se desvie de uma
exigência da estrutura para conseguir a apresentação adequada das demonstrações contábeis.
Espera-se que tais desvios sejam necessários apenas em circunstâncias extremamente raras.

A expressão "estrutura de conformidade" (compliance) é utilizada para se referir a uma estrutura de


relatório financeiro que exija a conformidade com as exigências dessa estrutura, mas não reconhece
os aspectos contidos em (i) e (ii) acima.

Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões
em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos
registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações. Para fins das
NBC TAs:

(i) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A


quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de
distorção relevante e também pela qualidade de tal evidência;

(ii) a adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria; isto é,


sua relevância e confiabilidade no fornecimento de suporte às conclusões em que se baseia a opinião
do auditor.

Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando
as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos
riscos de distorção relevante e do risco de detecção.

Auditor é usado em referência à pessoa ou pessoas que conduzem a auditoria, geralmente o sócio do
trabalho ou outros integrantes da equipe do trabalho, ou, como aplicável, à firma. Quando uma NBC
TA pretende expressamente que uma exigência ou responsabilidade seja cumprida pelo sócio do
trabalho, usa-se o termo "sócio do trabalho" ao invés de auditor. "Sócio do trabalho" e "firma" devem
ser lidos como se referindo a seus equivalentes no setor público, quando for relevante.

Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de
auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser
relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções.

Demonstrações contábeis são a representação estruturada de informações contábeis históricas,


incluindo notas explicativas relacionadas, com a finalidade de informar os recursos econômicos ou
obrigações da entidade em determinada data no tempo ou as mutações de tais recursos ou
obrigações durante um período de tempo, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro.
As notas explicativas relacionadas geralmente compreendem um resumo das políticas contábeis
significativas e outras informações. O termo "demonstrações contábeis" geralmente se refere a um
conjunto completo de demonstrações contábeis, como determinado pela estrutura de relatório
financeiro aplicável, mas também pode se referir a uma única demonstração contábil, que seria um
quadro isolado.

Informação contábil histórica é a informação expressa em termos financeiros em relação a uma


entidade específica, derivada principalmente do sistema contábil da entidade, a respeito de eventos
econômicos ocorridos em períodos passados ou de condições ou circunstâncias econômicas em
determinada data no passado.

Administração é a pessoa com responsabilidade executiva pela condução das operações da


entidade. Para algumas entidades, como no Brasil, a administração inclui alguns ou todos os
responsáveis pela governança, por exemplo, membros executivos de um conselho de governança, ou
sócio-diretor.

Distorção é a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação de uma


demonstração contábil relatada e o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação que é
exigida para que o item esteja de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. As

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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA

distorções podem originar-se de erro ou fraude. Quando o auditor expressa uma opinião sobre se as
demonstrações contábeis foram apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, as
distorções também incluem os ajustes de valor, classificação, apresentação ou divulgação que, no
julgamento do auditor, são necessários para que as demonstrações contábeis estejam apresentadas
adequadamente, em todos os aspectos relevantes.

Premissa, relativa às responsabilidades da administração e, quando apropriado, dos responsáveis


pela governança, com base na qual a auditoria é conduzida - Que a administração e, quando
apropriado, os responsáveis pela governança, tenham conhecimento e entendido que eles têm as
seguintes responsabilidades, fundamentais para a condução da auditoria em conformidade com as
normas de auditoria. Isto é, a responsabilidade:

(i) pela elaboração das demonstrações contábeis em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro aplicável, incluindo quando relevante sua apresentação adequada;

(ii) pelo controle interno que os administradores e, quando apropriado, os responsáveis pela
governança, determinam ser necessário para permitir a elaboração de demonstrações contábeis que
estejam livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro;

(iii) por fornecer ao auditor:

a. acesso às informações que os administradores e, quando apropriado, os responsáveis pela


governança, tenham conhecimento que sejam relevantes para a elaboração e apresentação das
demonstrações contábeis como registros, documentação e outros assuntos;

b. quaisquer informações adicionais que o auditor possa solicitar da administração e, quando


apropriado, dos responsáveis pela governança para o propósito da auditoria; e

c. acesso irrestrito àqueles dentro da entidade que o auditor determina ser necessário obter
evidências de auditoria.

No caso de uma estrutura de apresentação adequada, o item (i) acima pode ser redigido como "pela
elaboração e apresentação adequada das demonstrações contábeis em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro", ou "pela elaboração de demonstrações contábeis que propiciem
uma visão verdadeira e justa em conformidade com a estrutura de relatório financeiro". Isso se aplica
a todas as referências à elaboração e apresentação das demonstrações contábeis nas normas de
auditoria.

Julgamento profissional é a aplicação do treinamento, conhecimento e experiência relevantes, dentro


do contexto fornecido pelas normas de auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões
informadas a respeito dos cursos de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria.

Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que
possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de
auditoria.

Asseguração razoável é, no contexto da auditoria de demonstrações contábeis, um nível alto, mas


não absoluto, de segurança.

Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção


relevante antes da auditoria.

Consiste em dois componentes, descritos a seguir no nível das afirmações:

(i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou
divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras
distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados;

(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma
classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo
controle interno da entidade.

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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA

Responsável pela governança é a pessoa ou organização com a responsabilidade de supervisionar


de forma geral a direção estratégica da entidade e obrigações relacionadas com a responsabilidade
da entidade. Isso inclui a supervisão geral do processo de relatório financeiro. Para algumas
entidades, os responsáveis pela governança podem incluir empregados da administração, por
exemplo, membros executivos de conselho de governança de uma entidade do setor privado ou
público, ou sócio-diretor.

Requisitos

Requisitos éticos relacionados à auditoria de demonstrações contábeis

14. O auditor deve cumprir as exigências éticas relevantes, inclusive as pertinentes à independência,
no que se refere aos trabalhos de auditoria de demonstrações contábeis (ver itens A14 a A17).

Ceticismo Profissional

15. O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, reconhecendo que
podem existir circunstâncias que causam distorção relevante nas demonstrações contábeis (ver itens
A18 a A22).

Julgamento Profissional

16. O auditor deve exercer julgamento profissional ao planejar e executar a auditoria de


demonstrações contábeis (ver itens A23 a A27).

Evidência De Auditoria Apropriada E Suficiente E Risco De Auditoria

17. Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente
para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar a ele obter
conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião (ver itens A28 a A52).

Condução Da Auditoria Em Conformidade Com NBC TAs

Conformidade Com NBC TAs Relevantes Para A Auditoria

18. O auditor deve observar todas as NBC TAs relevantes para a auditoria. Uma NBC TA é relevante
para a auditoria quando ela está em vigor e as circunstâncias tratadas nela existem na situação
específica (ver itens A53 a A57).

19. O auditor deve entender o texto inteiro de cada NBC TA, inclusive sua aplicação e outros
materiais explicativos para entender os seus objetivos e aplicar as suas exigências adequadamente
(ver itens A8 a A66).

20. O auditor não deve declarar conformidade com as normas de auditoria (brasileiras e
internacionais) no seu relatório, a menos que ele tenha cumprido com as exigências desta Norma e
de todas as demais NBC TAs relevantes para a auditoria.

Objetivos Declarados Em NBC TAS Individuais

21. Para atingir os objetivos gerais do auditor, ele deve utilizar os procedimentos estabelecidos nas
NBC TAs relevantes ao planejar e executar a auditoria, considerando as inter-relações entre as NBC
TAs, para (ver itens A67 a A69):

(a) determinar se são necessários quaisquer procedimentos de auditoria, além dos exigidos pelas
NBC TAs, na busca dos objetivos formulados nas NBC TAs (ver item A70); e

(b) avaliar se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente (ver item A71).

Conformidade Com Exigências Relevantes

22. Observado o disposto no item 23, o auditor deve cumprir com cada exigência de uma NBC TA, a
menos que, nas circunstâncias da auditoria:

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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA

(a) a NBC TA inteira não seja relevante; ou

(b) a exigência não seja relevante por ser condicional e a condição não existir (ver itens A72 a A73).

23. Em circunstâncias excepcionais, o auditor pode julgar necessário não considerar uma exigência
relevante em uma NBC TA. Em tais circunstâncias, o auditor deve executar procedimentos de
auditoria alternativos para cumprir o objetivo dessa exigência. Espera- se que a necessidade do
auditor não considerar uma exigência relevante surja apenas quando a exigência for a execução de
um procedimento específico e, nas circunstâncias específicas da auditoria, esse procedimento seria
ineficaz no cumprimento do objetivo da exigência (ver item A74).

Não Cumprimento De Um Objetivo

24. Se um objetivo em uma NBC TA relevante não pode ser cumprido, o auditor deve avaliar se isso
o impede de cumprir os objetivos gerais de auditoria e se isso exige que ele, em conformidade com
as NBC TAs, modifique sua opinião ou renuncie ao trabalho (quando a renúncia é possível de acordo
com lei ou regulamento aplicável). A falha no cumprimento de um objetivo representa um assunto
significativo, que exige documentação em conformidade com a NBC TA 230 - Documentação de
Auditoria (ver itens A75 a A76).

Para melhor entendimento das expressões "que o auditor modifique sua opinião" ou "emitir uma
opinião modificada" ver NBC TA 705 que trata da emissão de relatórios com modificações, que
significa emitir um relatório adverso ou com ressalva.

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DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

Documentação De Auditoria

Introdução

Alcance

1. Esta Norma trata da responsabilidade do auditor na elaboração da documentação de auditoria para


a auditoria das demonstrações contábeis. O Apêndice relaciona outras normas que contêm
exigências de documentação e orientações específicas. As exigências específicas de documentação
de outras normas não limitam a aplicação desta Norma. Leis ou regulamentos podem estabelecer
exigências adicionais de documentação.

Natureza E Finalidade Da Documentação De Auditoria

2. A documentação de auditoria, que atende às exigências desta Norma e às exigências específicas


de documentação de outras normas de auditoria relevantes, fornece:

(a) evidência da base do auditor para uma conclusão quanto ao cumprimento do objetivo global do
auditor (NBC TA 200); e

(b) evidência de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas de
auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis.

3. A documentação de auditoria serve para várias finalidades adicionais, que incluem:

- assistir a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria;

- assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do trabalho de
auditoria e no cumprimento de suas responsabilidades de revisão em conformidade com a NBC TA
220 - Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis;

- permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu trabalho;

- manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras;

- permitir a condução de revisões e inspeções de controle de qualidade em conformidade com a NBC


PA 01 - Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores
Independentes que executam exames de auditoria e revisões de informação financeira histórica, e
outros trabalhos de asseguração e de serviços correlatos (NBC TA 220, item 2);

- permitir a condução de inspeções externas em conformidade com as exigências legais,


regulamentares e outras exigências aplicáveis.

Data De Vigência

4. Esta Norma é aplicável a auditorias de demonstrações contábeis para períodos iniciados em ou


após 1º de janeiro de 2010.

Objetivo

5. O objetivo do auditor é preparar documentação que forneça:

(a) registro suficiente e apropriado do embasamento do relatório do auditor; e

(b) evidências de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e as
exigências legais e regulamentares aplicáveis.

Definições

6. Para fins das normas de auditoria, os seguintes termos possuem os significados atribuídos abaixo:

Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de

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DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente também é utilizada a
expressão "papéis de trabalho").

Arquivo de auditoria compreende uma ou mais pastas ou outras formas de armazenamento, em


forma física ou eletrônica que contêm os registros que constituem a documentação de trabalho
específico.

Auditor experiente é um indivíduo (interno ou externo à firma de auditoria) que possui experiência
prática de auditoria e conhecimento razoável de:

(i) processos de auditoria;

(ii) normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;

(iii) ambiente de negócios em que opera a entidade; e

(iv) assuntos de auditoria e de relatório financeiro relevantes ao setor de atividade da entidade.

Requisitos

Elaboração Tempestiva Da Documentação De Auditoria

7. O auditor deve preparar tempestivamente a documentação de auditoria (ver item A1).

Documentação dos procedimentos de auditoria executados e da evidência de auditoria obtida

Forma, conteúdo e extensão da documentação de auditoria

8. O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja suficiente para permitir que um
auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria, entenda (ver itens A2 a A5 e
A16 e A17):

(a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir com as
normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis (ver itens A6 e A7);

(b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria obtida; e

(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito deles e
os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões (ver itens A8 a
A11).

9. Ao documentar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria executados, o


auditor deve registrar:

(a) as características que identificam os itens ou assuntos específicos testados (ver item A12);

(b) quem executou o trabalho de auditoria e a data em que foi concluído; e

(c) quem revisou o trabalho de auditoria executado e a data e extensão de tal revisão (ver item A13).

10. O auditor deve documentar discussões de assuntos significativos com a administração, os


responsáveis pela governança e outros, incluindo a natureza dos assuntos significativos discutidos e
quando e com quem as discussões ocorreram (ver item A14).

11. Se o auditor identificou informações referentes a um assunto significativo que são inconsistentes
com a sua conclusão final, ele deve documentar como tratou essa inconsistência (ver item A15).

Não Atendimento De Exigência Relevante

12. Se, em circunstâncias excepcionais, o auditor julgar necessário não atender um requisito
relevante de uma norma, ele deve documentar como os procedimentos alternativos de auditoria
executados cumprem a finalidade desse requisito, e as razões para o não atendimento (ver itens A18
e A19).

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DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

Assuntos Surgidos Após A Data Do Relatório Do Auditor

13. Se, em circunstâncias excepcionais, o auditor executar procedimentos novos ou adicionais ou


chegar a outras conclusões após a data do relatório, o auditor deve documentar (ver item A20):

(a) as circunstâncias identificadas;

(b) os procedimentos novos ou adicionais executados, a evidência de auditoria obtida e as novas


conclusões alcançadas, e seu efeito sobre o relatório do auditor; e

(c) quando e por quem as modificações resultantes da documentação de auditoria foram executadas
e revisadas.

Montagem Do Arquivo Final De Auditoria

14. O auditor deve montar a documentação em arquivo de auditoria e completar o processo


administrativo de montagem do arquivo final de auditoria tempestivamente após a data do relatório do
auditor (ver itens A21 e A22).

15. Após a montagem do arquivo final de auditoria ter sido completada, o auditor não apaga nem
descarta documentação de auditoria de qualquer natureza antes do fim do seu período de guarda
dessa documentação (ver item A23).

16. Em outras circunstâncias, que não as contempladas no item 13, nas quais o auditor julgar
necessário modificar a documentação de auditoria existente ou acrescentar nova documentação de
auditoria após a montagem do arquivo final de auditoria, o auditor, independentemente da natureza
das modificações ou acréscimos, deve documentar (ver item A24):

(a) as razões específicas para fazê-los; e

(b) quando e por quem foram executados e revisados.

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DOMINA CONCURSOS

Auditoria Contábil

Aspectos Gerais

Conceito e o Objetivo

A tarefa de conceituar auditoria não é das mais fáceis, principalmente pela possibilidade de aplicação da
técnica em qualquer ramo do conhecimento humano.

Etimologicamente, a palavra auditoria se origina do Latim audite (ouvir). Inicialmente foi utilizada
pelos ingleses (auditem) para significar o conjunto de procedimentos técnicos para a revisão da
contabilidade. Atualmente, possui sentido mais abrangente.

No sentido lato, auditoria é o processo de confrontação entre uma situação encontrada e um


determinado critério, ou, em outras palavras, é a comparação entre o fato ocorrido e o que deveria
ocorrer. Pode-se afirmar também que, nessa acepção, auditoria significa um conjunto de
procedimentos técnicos aplicados de forma independente sobre uma relação que envolve a obrigação
de responder por uma responsabilidade conferida (relação de accountability – que, consoante a
Fundação Canadense de Auditoria Integrada, presume a existência de pelo menos duas partes: uma
que delega a responsabilidade e outra que a aceita, com o compromisso de prestar contas na forma
de como a delegação foi ou está sendo cumprida), objetivando emitir um informe de como essa
obrigação está sendo cumprida. Ou seja, para verificar se os relatórios e informações decorrentes
dessa relação são adequados e justos.
1
Segundo a Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores – INTOSAI , a
auditoria “é o exame das operações, atividades e sistemas de determinada entidade, com vis tas a
verificar se são executados ou funcionam em conformidade com determinados objetivos, orçamentos,
regras e normas”. Pode ser conceituada também como o processo de exame independente de
determinadas situações, objetivando a emissão de juízos sobre a conformidade com padrões, que são
denominados de critérios de auditoria.

Auditoria é o ato de confrontar a condição – situação encontrada – com o critério – situação que
deve ser – na forma demonstra na figura a seguir:

CONDIÇÃO CRITÉRIO

AUDITORIA

Fig. 01 – Conceito de auditoria

A definição dos critérios auditorias é de fundamental importância para a realização dos exames. Pode-
se até a afirmar que sem critério não há auditoria. Leclercq ET hall (1996, p. 227) corroboram este
entendimento, quando afirmam:

Outra característica importante é a existência de critérios apropriados, relevantes e acordados, sobre


os quais o auditor baseará seu exame e a opinião resultante. Sem estes critérios, os auditores não
poderiam emitir uma opinião que uma terceira parte pode julgar como objetiva e, os relatórios
resultantes poderiam ser considerados como parciais ou altamente subjetivos.

Em um sentido estrito, a auditoria se restringe apenas ao universos contábil ou financeiro. Surge daí
o conceito de Auditoria Contábil, que objetiva, após aplicação de procedimentos específicos com
base em normas profissionais e de forma independente, a emissão de opinião sobre a adequação das
2
demonstrações contábeis ou financeiras, o que significa dizer se essas representam apropriadamente

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à situação orçamentária, financeira e patrimonial, o resultado das operações, as mutações ou


variações no patrimônio e as fontes e aplicações de recursos de uma organização, em conformidade
3
com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e legislação pertinente.

Uma boa auditoria pode contribuir para resguardar os direitos de terceiros, para reduzir a ineficiência
das operações e a prática de atos abusivos e para assegurar a adequação das demonstrações
contábeis e outras informações financeiras. Seu surgimento de forma sistemática confunde-se com o
próprio processo de acumulação de capital.

A estrutura piramidal acima demonstra que o auditor atua de forma independente sobre uma relação de
accountability entre o proprietário e o administrador, pois o primeiro delega responsabilidade p ara que
o segundo proceda à gestão dos recursos objetivando o lucro, assim como delega responsabilidade
para que o auditor realize o acompanhamento dessa gerência e apresente os devidos relatórios. Note -
se que nesse conceito a auditoria pode estar presente em qualquer relação de accountability.

Atente-se que, na área pública, o conceito de accountability assume uma importância fundamental,
pois, como disse Simon Bolívar, "a Fazenda Nacional não é de quem vos governa. Todos aqueles a
quem haveis tornado depositários de vossos interesses têm a obrigação de demonstrar-vos o uso que
deles tenham feito.”.

História

Não estão disponíveis, de forma detalhada e clara, na literatura técnica nacional, informações a
respeito da história dessa atividade profissional, que é a auditoria.

Sobre a origem da atividade auditoria, menciona-se, apenas, que existem noticias de ações dessa
natureza praticadas pelos sumérios. Mesmo em manuais e publicações de auditoria de outros países
mais desenvolvidos, encontram-se apenas referências esparsas sobre o tema.

Alguns afirmam que a auditoria é uma técnica contábil e, como tal, surgiu a partir do momento em que
terceiros começaram a analisar e emitir opinião independente sobre os demonstrativos elaborados
pela Contabilidade.

Atualmente, é aceitável que a Contabilidade surgiu como uma simples forma de registro das trocas de

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bens e serviços na antiguidade. Esses registros foram usados como base para a cobrança de
impostos e é bem provável que já fossem, mesmo que empiricamente, acompanhad os por pessoas
independentes para certificar suas adequações.

Segundo Samaroni (1989, p. 72), em 200 A.C., na república Romana, as contas governamentais eram
apresentadas na forma de lucros e perdas e eram constantemente fiscalizadas pelos magistrados
romanos encarregados das finanças, os quais eram denominados questores.

Com efeito, uma atividade similar à auditoria foi realizada durante o império romano, já que era comum
os imperadores encarregarem funcionários de inspecionarem a contabilidade das diversas províncias.
As cartas de Plínio a Tarjano relatam sobre inspeções contábeis nas colônias, como lembra Cherman
(2002, p. 5). Todavia, a atividade auditorial nos moldes que se conhece nos dias atuais teve seu inicio
na Inglaterra nos idos do século XIX, em decorrência da revolução industrial verificada alguns anos
antes. Era necessário auditar as novas corporações que substituíam a produção artesanal. É notório
que a auditoria desenvolve-se no Reino Unido e é difundida para outros países, principalmente
Canadá e os Estados Unidos, que, em face de desenvolvimento econômico, aprimoraram
enormemente essa nova técnica.

A Enciclopédia Britânica, segundo Franco e Marra (1995, p. 24), menciona que, mesmo de forma não
muito sistemática, até o reinado da Rainha Elizabeth as contas públicas já eram objeto de exame.
Antes mesmo de 1559, esse serviço era realizado pelo auditor do tesouro, denominado Controlador
Geral do Tesouro Público, cujo cargo foi criado em 1314, ou por auditores da receita pública.

Conforme Costa (op. cit. p. 24), em 1547, foi publicado um livro em inglês de autor anônimo, que
tratava da escrituração comercial e que se dirigia, entre outros, aos auditores. Já o Escritório de
Controlador e Auditor Geral da Inglaterra foi formalmente estabelecido em 1866. Vale mencionar que,
no século XIII, na Inglaterra, durante o reinado de Eduardo I surge o termo auditor.

Mas, em uma tentativa de resgatar a origem da auditoria na forma de atividade profissional, pode -se
dizer que o seu surgimento e desenvolvimento estão diretamente ligados à relação de propriedade e
de capital, sendo provável a ocorrência das seguintes fases: a acumulação de riqueza pelo homem,
formando um patrimônio; a distância entre o proprietário e o patrimônio; a guarda por terceiros; a
necessidade de controle; a necessidade de se obter informações e de se confirmar a adequação
dessas informações; e, por fim, a necessidade de uma opinião independente.

É evidente que a origem da auditoria, mais precisamente da Auditoria Contábil, advém do momento
em que o homem passa a acumular riquezas, constituindo, assim, um patrimônio. Com o constante
aumento desse patrimônio ou mesmo o aparecimento de novas fontes de riqueza, o proprietário passa
a permanecer durante muito tempo longe do seu acompanhamento direto, surgindo de a necessidade
de a sua guarda ser realizada por terceiros, evidentemente com a devida confiança e responsabilidade
delegadas pelo proprietário e assumidas por terceiros – relação de accountability.

Consequentemente, por ter seu patrimônio sob a guarda de um responsável, tornou-se necessário que
o proprietário implantasse determinados controles para que, mesmo distante, pudesse acompanhar e
se certificar do fiel cumprimento pelo responsável de suas determinações. Entre esses controles, é
fácil identificar que a informação tempestiva e adequada deveria configurar entre os principais.

Mas as Informações Eram de Fato Adequadas e Fidedignas?

Com o surgimento dessa dúvida, tornou-se imperioso que o proprietário atribuísse outra
responsabilidade a um agente independente da relação proprietário – responsável. Este teria a
incumbência de emitir uma opinião sobre a adequação das informações apresentadas ao proprietário
pelo responsável da guarda do patrimônio. Esse agente independente, então, seria o auditor.

Ética Profissional

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É sempre oportuno, em trabalhos sobre auditoria, tecer breves comentários sobre ética, já que a
reflexão sobre os valores éticos transcende os estudos científicos, filosóficos ou teológicos, indo
adentrar-se na consideração dos costumes e ações humanas, facilmente observáveis empiricamente
no nosso dia-a-dia, a exemplo do fenômeno da corrupção.

A ética é uma palavra de origem grega (ethiké), definida de diferenciadas formas, tais como: "estudo
dos juízos de apreciação referentes à conduta humana do ponto de vista do bem e do mal", como
registra Aurélio ou "conjunto de regras e de valores ao qual se submetem os fatos e as ações
humanas, para apreciá-los e distingui-los; moral", segundo Celso Pedro Luft.

A ética é o conjunto de preceitos, de regras e de princípios morais do dever-se, que são fundamentais
para a constituição de um caráter digno e para a criação de hábitos e costumes, dos quais resulte uma
maneira de ser e agir íntegra, conforme as leis, os deveres e os costumes, que são seus objetos
materiais.

A ética sempre foi objeto fundamental de estudo e reflexões de ilustres pensadores, tais como Sócrates,
Platão, Aristóteles, Pitágoras, Demócrito, Antístenes, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino,
Maquiavel, Spinoza, Hegel, Kierkegaard, Marx, Sartre, entre tantos outros. Contudo, é com Aristóteles
(384-322 A.C.), pensador especulativo, que ela toma sobre si caráter de disciplina filosófica
sistematizada.

A Ética Aristotélica é determinada pelos fins a serem alcançados para se atingir a felicidade, que
somente é obtida com a virtude. Ainda segundo esse grande filósofo, a virtude ética é aquela que se
desenvolve na esfera da vida prática e que se destina à reflexão de um fim, tal como a justiça, o valor,
a amizade, etc. Na vida social, o ser humano tem de exercê-la, embora cioso de sua liberdade, zeloso
de suas opiniões não admitindo, que outros venham a dizer-lhe o que está certo ou errado, o que é
lícito ou proibido, o que é moral ou imoral, o que deve ou não deve fazer.

Na arapuca do individualismo ou na ausência de identidade ética entre si, os profissionais não aceitam
a justa maneira de ser e de agir.

O exercício da profissão deve ser convivido, não apenas vivido em nível individual. Não é possível que
cada um tenha sua doutrina, seu código, seu modus faciendi. Os auditores devem ter o ponto de
referência da profissão, não são, nem serão pessoas ou grupos isolados.

Todavia, deve-se voltar para uma reflexão concedente ao tema deste tópico, que é a ética profissional
do auditor moderno, já que os estudos filosóficos requerem uma análise mais aprofundada e fogem do
nosso objeto.

Como, para muitos, o conceito de ética está diretamente relacionado ao de moral, sendo ela tida até
mesmo como a própria moral, poder-se-ia definir ética profissional como uma série de preceitos
morais, pelos quais o ser humano deve guiar sua conduta no ofício, atividade ou profissão que exerce.

Assim, a ética profissional aplicada a qualquer atividade pode ser entendida como a parte da moral
que trata das regras de comportamento do indivíduo que exerce determinada profissão. Essas regras
são valorizadas de uma forma ou de outra, em maior ou menor grau, pelos diversos profissionais.

Quando a profissão é encarada como uma meta, um dever, uma opção de vida e não pod e existir
dúvida de que assim deve ser - a ética profissional alcança uma nova e significante missão,
ultrapassando o que insuficientemente oferece a habilitação técnica ou formal. É necessário, portanto,
complementar-se a formação técnica com a busca da verdadeira vocação, com o querer, o desejar e o
gostar de fazer.

A ética profissional relaciona-se, assim, com o knob how de cada atividade, pois o saber fazer e o
saber conduzir-se estão intimamente interligados e são interdependentes.

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Diante do exposto, não se pode chegar à outra conclusão: Ética Profissional do Auditor Moderno pode
ser definida como o conjunto de regras de comportamento ou de conduta no exercício de suas
atividades. Mas quais seriam essas regras? Onde estão coligidas? Existe um Código de Ética dos
Auditores no Brasil?

Sabe-se que os chamados Códigos de Ética, Estatutos ou Regimento - dos Médicos, Advogados,
Engenheiros, Contabilistas, Militares, Religiosos, etc. constituem-se, em rigor, num conjunto metódico
e sistemático de normas de conduta de cada profissão, sendo tais ordenamento éticos indispensáveis
para o estabelecimento e reconhecimento das diferentes atividades profissionais, já que tais normas
são reconhecidamente transformadas em leis que devem ser inexoravelmente obedecidas.

Os Auditores Privados e Públicos do Brasil Ainda, Infelizmente, não Possuem o seu Código de
Ética.

No que se refere aos auditores privados, existem normas de auditoria que trazem alguns preceitos
éticos, tais como independência, responsabilidade, integridade, sigilo, entre outros.

No que se refere aos auditores públicos, apesar de não possuírem um código com normas éticas
elencadas sistematicamente, há regras esparsas e estudos que versam sobre a matéria, além dos
relevantes preceitos da atual Constituição Federal, que são aplicáveis ao Auditor Público, e o próprio
Código de Ética dos Servidores Públicos do Governo Federal, aprovado pelo Decreto n. 1.171de
22.06.94.

O Código de Ética para Auditores Públicos

Nos Anais do I Encontro Técnico publicado pelo Tribunal de Contas do Estado da Bahia Araújo (1992)
apresentou artigo intitulado “O auditor público perante a ética profissional”. Naquele momento foi
enfatizado que, apesar da existência de preceitos constitucionais, leis esparsas e estudos sobre o
tema, os auditores públicos no Brasil não possuíam – e ainda não possuem – o seu Código de Ética.

Sugeriu-se, ainda que de forma modesta, a necessidade de discussão entre os organismos de


auditoria pública no Brasil de forma a se normalizar a conduta profissional dos a uditores públicos e
foram apresentadas as seguintes regras de conduta como condições mínimas:

 Dos deveres:

1. Exercer sua profissão com competência, zelo, diligência, honestidade e responsabilidade.

2. Observar as disposições legais vigentes;

3. Resguardar os interesses das instituições e da sociedade, sem prejuízo da sua dignidade e


independência profissional;

4. Guardar sigilo sobre o que souber em razão de suas funções;

5. Zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços sob sua responsabilidade;

6. Reportar, imediatamente, eventuais circunstâncias adversas que possam influir na conclusão do


seu trabalho;

7. Inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opiniões;

8. Evitar declarações públicas sobre o resultado do seu trabalho;

9. Manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício de sua atividade;

10. Manter-se atualizado com as modernas técnicas e métodos de auditoria e de áreas correlatas;

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11. Respeitar as regras de disciplinas impostas pela instituição a que pertença;

12. Obter formas de aumentar a eficiência, a efetividade e a economia das operações e atividades dos
organismos auditados;

13. Conduzir-se de forma a obter crédito e prestígio em sua profissão;

14. Comportar-se de forma exemplar em todas as suas atividades profissionais e particulares, de


modo a ser um modelo a ser imitado por todos os servidores públicos.

 Das proibições:

1. Solicitar, provocar ou sugerir publicidade que importe propaganda pessoal de suas atividades;

2. Auferir qualquer provento ou benefício em função do exercício de sua atividade, que não decorra
exclusivamente de sua prática correta e honesta;

3. Assinar relatórios por outro ou sem participação na sua elaboração;

4. Realizar auditoria quando impedido profissionalmente e

5. Manter atividade profissional incompatível.

Em novembro de 1998, foi aprovado na 44ª reunião da INTOSAI, realizada em Montevidéu, o Código
de Ética da INTOSAI para os Auditores do Setor Público.

Nesse documento, além de apresentar o código de ética internacional para os auditores pertencentes
ao setor público, que se constitui em um complemento necessário ao fortalecimento das Normas de
Auditoria da INTOSAI emitidas em junho de 1992 pela Comissão de Normas de Auditoria da INTOSAI,
recomenda a INTOSAI que, “devido às diferenças nacionais de cultura, idioma e sistemas jurídicos e
sociais, é responsabilidade de cada entidade fiscalizadora superior, ou simplesmente EFS, a
elaboração de um código de ética próprio que se ajuste otimamente as suas próprias características”.

Logo, urge a aprovação do código de ética dos auditores públicos do Brasil que, entre outros
aspectos, deve observar diretrizes emanadas do código da INTOSAI, que a seguir é resumido.

Na sua introdução o código apresenta as noções, antecedentes e objetivos do código, bem como a
importância de sua instituição. A segurança, confiança e credibilidade da auditoria governamental são
também comentadas.

No Capítulo II a integridade, que se constitui no valor central de um código de ética, é tratada.

A independência, objetividade e imparcialidade são temas do capítulo III. Nesse capítulo é dada
ênfase à necessidade de neutralidade política da EFS e do auditor e o cuidado em relação ao conflitos
de interesses.

Posteriormente é destacadas a necessidade do segredo, competência e desenvolvimento profissional.

É evidente que a observância da recomendação da INTOSAI, no que tange à implantação do código


de ética próprio, por si só não contribuirá para o avanço da auditoria governamental no Brasil, contudo,
e isso é pacífico, representa um grande passo.

Exercícios

01. Assinale a alternativa correta:

a) No sentido lato auditoria significa um conjunto de procedimentos técnicos aplicados sobre uma obrigação

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de responder por uma responsabilidade conferida, objetivando emitir uma opinião de como esta obrigação
está sendo cumprida.

b) No sentido stricto, a auditoria se confunde com a auditoria contábil ou financeira, que objetiva, após
aplicação de procedimentos auditorias, a emissão de opinião sobre a adequação das demonstrações
contábeis ou financeiras, ou seja, se essas representam apropriadamente à situação financeira e
patrimonial, o resultado das operações, as mutações no patrimônio e as fontes e aplicações de recursos de
uma organização.

c) “A auditoria independente das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos


que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a adequação com que estas representam à posição
patrimonial e financeira, o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e
aplicações de recursos da entidade auditada, consoante as Normas Brasileiras de Contabilidade e a
legislação específica, no que for pertinente”.

d) A B e C estão corretas.

e) NRA.

02. No Brasil, existem os seguintes Princípios Fundamentais de Contabilidade apresentados pela Resolução
do Conselho Federal de Contabilidade – CFC n.º 750, de 29 de dezembro de 1993:

a) O da entidade e o da continuidade.

b) O da oportunidade e o do registro pelo valor original.

c) O da atualização monetária.

d) O da competência e o da prudência.

e) O Todas as alternativas anteriores estão corretas.

03. Relacione a primeira coluna com a segunda. Posteriormente assinale qual a alternativa correta:

1. (Princípio da Entidade a) () reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia


patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição
de qualquer natureza ou finalidade.

2. (Princípio da Continuidade b) () determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em


aumento ou diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações
patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da Oportunidade.

3. (Princípio da Oportunidade c) () o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes


patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos.

4. (Princípio do Registro pelo Valor Original d) () sua observância é indispensável correta aplicação do
Princípio da Competência, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes
patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de
geração de resultado.

5. (Princípio da Competência e) (.) refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro


das mutações patrimoniais, determinando que este seja feito no tempo certo e com extensão correta. Desde
que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de
somente existir razoável certeza de sua ocorrência.

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A A A A A
a) 1 , 2D, 3E, 4C e 5B. (b)1E, 2 , 3B, 4C e 5D. c) 2B, 3C, 5D, 1 e 4E. (d)1 , 2B, 3C, 4D e 5E. e) 1E, 2 , 3B,
4D e 5C.

04. (AFRF) Sob o aspecto financeiro, indique a proteção que a auditoria oferece à riqueza patrimonial.

a) Contribui para a redução da ineficiência e da negligência.

b) Possibilita melhor controle dos bens, direitos e obrigações.

c) Assegura a maior exatidão dos custos e veracidade dos resultados.

d) Resguarda créditos de terceiros, contra possíveis fraudes.

e) Inibe a ocorrência de fraudes e erros.

05. (AFRF) Sob o aspecto administrativo, o reflexo da auditoria sobre a riqueza patrimonial é:

a) Contribuir para uma melhor adequação na utilização das contas contábeis e do plano de contas.

b) Assegurar maior exatidão dos custos e estabelecimentos de padrão para os custos diretos e indiretos.

c) Melhor controle dos bens, direitos e obrigações e ainda maior exatidão dos custos indiretos.

d) Reduzir a ineficiência, negligência e improbidade dos empregados e administradores.

e) Promover eficiência na utilização de recursos humanos e materiais e uma melhor utilização de contas.

06. (AFRF) Para o Fisco, as vantagens oferecidas por um adequado processo de auditoria:

a) Permite maior exatidão das demonstrações e resultados contábeis.

b) Assegura maior correção dos registros financeiros gerenciais.

c) Aponta falhas nos sistemas de controles internos da empresa.

d) Opina sobre a adequação das demonstrações contábeis.

e) Armazena evidências de erros e irregularidades cometidos.

07. A principal finalidade de uma auditoria contábil é:

a) Elaboração de demonstrativos contábeis.

b) Confirmação dos registros e demonstrações contábeis.

c) Conferência física dos elementos do ativo.

d) Elaboração e avaliação dos registros contábeis.

e) Apuração correta do lucro do exercício.

08. Quais são os demonstrativos contábeis que devem ser auditados segundo a Lei n.º 6.404, de 15de
dezembro de 1976 (Lei das Sociedades Anônimas)?

a) Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício; Demonstração de Lucros ou Prejuízos


Acumulados e a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.

b) Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício; Demonstração das Mutações do

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Patrimônio Líquido e a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.

c) Balanço Orçamentário; Balanço Financeiro; Balanço Patrimonial e Demonstração das Variações


Patrimoniais e a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.

d) Balanço Orçamentário.

e) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.

09. Relacione a primeira coluna com a segunda. Posteriormente assinale qual a alternativa correta:

1. (Balanço Patrimonial a) () demonstra como se formou o lucro ou o prejuízo, essa demonstração


esclarece, também, muitas das variações do patrimônio líquido, no período entre dois balanços;

2. (Resultado do Exercício b) () discriminará: o saldo do início do período, os ajustes de exercícios


anteriores e a correção monetária do saldo inicial; as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; as
transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do
período;

3. (Lucros ou Prejuízos Acumulados c) () apresenta as mutações ocorridas com as contas patrimoniais Não
Circulantes e os seus efeitos no Capital de Giro (Capital Circulante Líquido) da Empresa;

4. (Mutações do Patrimônio Líquido d) () informa resumidamente toda a movimentação ocorrida nas contas
integrantes do Patrimônio Líquido, a partir do saldo inicial do exercício anterior até o saldo final do exercício
atual;

(Origens e Aplicações de Recursos e) () é a demonstração contábil que tem por finalidade apresentar a
situação patrimonial da empresa em um determinado momento
A A A A A
a) 1 , 2D, 3E, 4C e 5B. (b)1E, 2 , 3B, 4C e 5D. c) 2B, 3C, 5D, 1 e 4E. (d)1 , 2B, 3C, 4D e 5E. e) 1E, 2 , 3B,
4D e 5C.

10. A Lei n.º 4.320/64 determina que no final de cada exercício, os resultados gerais do exercício sejam
demonstrados no:

a) Balanço Orçamentário; Balanço Financeiro; Balanço Patrimonial e Demonstração das Variações


Patrimoniais.

b) Balanço Financeiro; Balanço Patrimonial e Demonstração das Variações Patrimoniais.

c) Balanço Orçamentário; Balanço Financeiro e Balanço Patrimonial.

d) Balanço Orçamentário; Fluxo de Caixa; Balanço Patrimonial e Demonstração das Variações Patrimoniais.

e) Todas as alternativas anteriores estão corretas.

Gabarito Capítulo 1

01. D

02. E

03. A

04. D

05. DA

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06. B

07. B

08. E

10 . A

Tipos de Auditoria

Nos últimos anos, tem sido muito comum encontrar-se tanto na literatura técnica, como nos debates,
seminários, congressos e outros eventos acadêmicos, uma vasta enumeração de tipos de auditoria.
Esse fato decorre da não existência de uma classificação uniforme, que seja aceita por todos, para a
4
atividade auditorial .

Contudo, sem pretender esgotar a matéria, adotar-se-á, neste trabalho, a seguinte classificação por
conveniência didática:

 Quanto ao Campo de atuação:

e) Governamental

b) Privada

 Quanto à Forma de realização:

(E) Interna

b) Externa

 Quanto ao objetivo dos trabalhos:

e) Contábil ou Financeira

b) Operacional

c) Integrada

Auditoria Governamental

A auditoria governamental atua diretamente sobre a administração da coisa pública. Ela está
diretamente relacionada com o acompanhamento das ações empreendidas pelos órgãos e entidades
que compõem a administração direta e indireta das três esferas de governo. Normalmente é realizada
por entidades superiores de fiscalização, sob a forma de Tribunais de Contas ou Controladorias, e
organismos de controle interno da administração pública. Vale mencionar que alguns consideraram a
atividade de fiscalização – auditoria fiscal – realizada pelos órgãos responsáveis pela arrecadação
dos tributos como uma espécie de auditoria governamental.

A auditoria fiscal pode ser conceituada como o conjunto de procedimentos técnicos, pautados em
normas profissionais, aplicados por prepostos dos governos federal, estaduais e municipais com
objetivo de verificar se os impostos, taxas e contribuições devidos aos cofres públicos estão sendo
reconhecidos e recolhidos em conformidade com a legislação pertinente, assim como outras funções
correlatas.

Entre outras, os auditores fiscais podem possuir as seguintes atribuições:

 Constituir créditos tributários por meio de lançamentos de ofício com lavratura de autos de infração;

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 Planejar, coordenar e executar atividades de fiscalização de receitas governamentais, principalmente


as relacionadas com tributos;

 Efetuar revisões fiscais e contábeis;

 Planejar, coordenar e executar atividades de elaboração e divulgação de atos normativos, de


elaboração de pareceres sobre a interpretação e a aplicação da legislação tributária e de orientação
aos contribuintes.

Auditoria Privada

A auditoria privada é toda aquela cujo campo de atuação se dá no âmbito da iniciativa particular, que
objetiva o lucro, de uma maneira geral.

Auditoria Interna

A auditoria interna é a auditoria realizada por profissionais empregados da própria entidade auditada,
portanto, parcialmente independente, e que, além das informações contábeis e financeiras, se
preocupa também com os aspectos operacionais. Normalmente, a auditoria interna se reporta à
presidência da organização, funcionando como um órgão de assessoramento.

Segundo Neiva apud Guzmán (19, p. 37), a auditoria interna é, em livre tradução, assim conceituada:

Atividade independente de avaliação de uma organização, mediante a revisão de sua contabilidade,


finanças e outras operações que servem de base à administração da empresa. Também se pode dizer
que é um controle gerencial que funciona medindo e avaliando a eficácia de outros controles.

Segundo o Escritório do Auditor Geral do Canadá – OAG, a Auditoria Interna é a “revisão e avaliação,
sistemática e independente de todas as operações, incluindo as atividades administrativas, com a
finalidade de informar a administração sobre a eficiência, eficácia e economia das práticas internas de
gestão e dos controles”.

A INTOSAI, no glossário anexo às suas Normas (1995, p. 37), afirma que a auditoria interna é:

O meio funcional pelo qual os dirigentes de uma entidade certificam-se, com base em fontes internas,
de que as atividades pelas quais são responsáveis estão sendo executadas de forma a minimizar a
probabilidade de ocorrência de fraudes, erros ou práticas ineficientes e antieconômicas. A auditoria
interna possui várias das características de auditoria externa, entretanto pode perfeitamente seguir as
orientações emanadas do órgão ao qual deve apresentar seus relatórios. (Grifado)

O CFC, através da Resolução n.º 986/03, apresentou o seguinte conceito:

A Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações,


metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e
economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao
ambiente e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no
cumprimento de seus objetivos.

A atividade de Auditoria Interna está estruturada em procedimentos, com enfoque técnico, objetivo
sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização,
apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos,
por meio da recomendação de soluções para as não conformidades apontadas nos relatórios.
(Grifado)

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É oportuno salientar que a auditoria interna não se limita somente aos aspectos contábeis de uma
organização, logo deve ser realizada, preferencialmente, por uma equipe multe e interdisciplinar.

Auditoria Externa

Inicialmente, vale frisar que, apesar de ser muito divulgada, não existe uma definição consensual do
que vem a ser auditoria externa. Em um sentido amplo, pode-se dizer que é a auditoria sobre a área
financeira e outras, realizada por profissionais independentes.

De acordo com o Glossário de termos e expressões utilizados em matéria de auditoria externa das
finanças públicas da INTOSAI, elaborado por Everardo e Walter (1986,187), tem- se que a Auditoria
Externa é a:

Auditoria realizada por um organismo externo e independente da entidade controlada, tendo por
objetivo, por um lado, emitir parecer sobre as contas e a situação financeira, a regularidade e a
legalidade das operações e/ou sobre a gestão financeira e, por outro, elaborar relatórios
correspondentes.

Ela também pode ser conceituada como sendo a auditoria realizada por profissionais qualificados e
externos à empresa auditada, ou seja, que não é empregados da administração, normalmente sob a
forma de firmas de auditoria, com o objetivo precípuo de emitir uma opinião independente, com base
em normas técnicas, sobre adequação ou não das demonstrações contábeis, assim como, em certos
casos, um relatório sobre a regularidade das operações e/ou sobre o resultado da gestão financeira e
administrativa. Também conceituada como auditoria independente, é a auditoria realizada por
especialistas contratados pela organização fiscalizada, ou por imposição normativa.

Normalmente, os auditores externos realizam contábil, que segundo o CFC, representa o conjunto de
procedimentos técnicos que têm por objetivo a emissão de parecer sobre a adequação das
demonstrações contábeis, conforme os Princípios Fundamentais de Contabilidade, as Normas
Brasileiras de Contabilidade e a legislação específica, no que for pertinente.

No Brasil, a prática da Auditoria Externa está regulamentada pelo CFC, pela Comissão de Valores
Mobiliários – CVM e pelo Banco Central do Brasil – BACEN.

Consoante o art. 177 da Lei n.º 6.404/76, as demonstrações financeiras das companhias abertas
devem observar as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e são
obrigatoriamente auditadas por auditores independentes ou externos registrados na mesma
Comissão.

Principais Diferenças Entre a Auditoria Interna e a Externa

Apresenta-se a seguir um quadro comparativo entre as principais diferenças conceituais entre a


Auditoria Interna e a Auditoria Externa.

Auditoria Contábil

Auditoria Interna Auditoria Externa

É executed poor empregado da organização ou O profissional que a realiza não possui qualquer
empresa auditada. Portanto, é realizada por vínculo empregatício nem relação de interesse
profissionais que possuem uma independência com a empresa auditada.
relativa. É oportuno ressaltar que tem sido
comum a terceirização dos serviços de auditoria Os objetivos fundamentais são atender às
interna. necessidades de terceiros interessados pela
empresa auditada, notadamente os acionistas
Objetiva atender às necessidades e aos que nela estão investindo capital, no que tange a
interesses da administração. Logo a extensão adequação das informações contábeis, bem

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(escopo) dos seus trabalhos será sempre como atender aos objetivos da administração.
definido em função dos anseios da alta direção.
A revisão das operações e do controle interno é
A avaliação das operações e do sistema de realizada para atender as normas de auditoria e
controle interno é realizada para, entre outras para determinar a extensão (escopo) do exame
finalidades, desenvolver, aperfeiçoar e para das informações contábeis.
induzir ao cumprimento de políticas e normas.
O exame normalmente está limitado aos
Normalmente não se restringe aos assuntos aspectos financeiro. O enfoque está voltado para
financeiros. As fases dos exames são as principais contas do balanço patrimonial e
subdivididas em relação às áreas operacionais e para as demonstrações contábeis.
às linhas de responsabilidade da administração.
O auditor deve planejar seus trabalhos de modo
O auditor direciona seus exames para a a identificar erros e fraudes que ocasionem
identificação de erros e fraudes. efeitos relevantes nas demonstrações contábeis.

O auditor interno possui uma independência O auditor externo deve ser independente em
relativa, pois na qualidade de empregado da relação a empresa auditada, não podendo ser
empresa auditada, ele somente deve ser influenciado por fatores estranhos, por
independente em relação às atividades e às preconceitos ou quaisquer outros elementos
pessoas cujo trabalho está sob escopo do seu materiais ou afetivos que resultem em perda,
exame, devendo subordinar-se às necessidades efetiva ou aparente, de sua independência.
e aos interesses da administração.
As informações comprobatórias das
As áreas da empresa auditada são demonstrações contábeis são auditadas
continuadamente revisadas. A periodicidade é periodicamente, geralmente em base anual.
definida pela administração.

O CFC, através da Resolução n.º 820/97, que aprova as Normas de Auditoria Independente das
Demonstrações Contábeis, apresentou o seguinte conceito para a auditoria contábil:

A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por
objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação, consoante os Princípios Fundamentais de
Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação
específica.

Conforme o citado Glossário elaborado por P. Everard e D. Wolter, tem-se o seguinte conceito:

Auditoria relativa ao plano da organização, aos procedimentos e documentos que se referem à


proteção dos ativos e à confiabilidade das contas e dos balanços financeiros. Esta auditoria é,
conseqüentemente, concebida com a finalidade de fornecer uma garantia razoável que:

e) As transações e o acesso aos ativos sejam efetuadas em conformidade com as autorizações;

b) As transações sejam registradas quando necessário;

c) A contabilização dos ativos seja comparada com a existência física a intervalos razoáveis e que
sejam tomadas as medidas adequadas relativamente às todas as diferenças não justificadas.

A Auditoria Contábil representa o conjunto de procedimentos técnicos aplicados de forma


independente por um profissional habilitado, segundo normas preestabelecidas, com o objetivo de se
emitir uma opinião sobre se as demonstrações contábeis tomadas em seu conjunto, em relação aos
Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas brasileiras de contabilidade, bem como
sobre assuntos financeiros relacionados.

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Portanto, o foco central dos trabalhos da auditoria contábil são os exames das demonstrações
contábeis com o objetivo de se emitir uma opinião sobre sua adequação. Isto se deve ao fato de que
essas demonstrações objetivam retratar, em determinada data, a situação orçamentária, financeira,
econômica e patrimonial de uma organização, logo a sua adequada elaboração vai possibilitar um
completo diagnóstico das condições dessa mesma entidade.

O objetivo da auditoria contábil é a emissão de um parecer independente, que tem por limite os
objetivos da auditoria (demonstrações contábeis) e não representa garantia de viabilidade futura
ou de eficácia da administração na gestão dos negócios.

Segundo o CFC, o parecer da Auditoria Contábil é de exclusiva responsabilidade de contador


registrado nesse Conselho profissional, que deve realizar seu trabalho assegurando o devido
controle de qualidade.

Os requisitos que o auditor deve adotar para o controle da qualidade dos seus trabalhos, conforme o
CFC, é:

e) O pessoal designado deve ter a competência e habilidade profissionais compatíveis com o


requerido no trabalho realizado;

b) O pessoal designado deve ter o nível de independência e demais atributos definidos nas Normas
Profissionais de Auditor Independente para ter uma conduta profissional inquestionável;

c) O trabalho de auditoria deverá ser realizado por pessoal que tenha um nível de treinamento e de
experiência profissional compatível com o grau de complexidade das atividades da entidade auditada;
e

d) O auditor deverá planejar, supervisionar e revisar o trabalho em todas as suas etapas, de modo a
garantir aos usuários de seus serviços a certeza razoável de que o trabalho foi realizado de acordo
com as normas de controle de qualidade requeridas nas circunstâncias.

Em um resumo gráfico do processo da auditoria contábil, tem-se:

Auditoria Operacional

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É a tradução da performance audit dos americanos. Refere-se ao conjunto de procedimentos


auditoriais que são aplicados com o objetivo de se avaliar o desempenho e a eficácia das operações,
dos sistemas de informação e de organização, dos métodos de administração; examinar a propriedade
e o cumprimento das políticas administrativas da empresa auditada, além de analisar a adequação e a
oportunidade das decisões estratégicas. É o exame que pode abranger todos os níveis de uma
5
administração sob o ponto de vista da economia, eficiência, eficácia e efetividade . É também
denominada de Auditoria de Otimização de Recursos, Auditoria de Desempenho ou de Resultados.
Segundo alguns, a auditoria operacional também é uma expressão sinônima para a auditoria de
gestão.

A auditoria operacional surgiu da necessidade de melhorar os informes apresentados pelos auditores


no que se refere aos resultados da gestão privada e pública, em face das limitações das informações
financeiras. Os objetivos principais da Auditoria Operacional são: apresentar sugestões para
melhorar a gestão dos recursos e identificar aspectos de ineficiência, desperdícios, desvios e
abusos.

Em um resumo gráfico, tem-se:

Auditoria Integrada

A auditoria integrada corresponde à tradução adotada em Portugal e no Brasil para a

Comprehensive Audit dos canadenses.

A literatura técnica internacional vem definindo a Auditoria Integrada mais como um conceito do que
como uma técnica propriamente dita, na qual são envolvidos aspectos relacionados, mas
individualmente distinguíveis no que se referem à accountability, quais sejam: exame de
demonstrações contábeis ou financeira e exames de economia, eficiência e eficácia na gerência dos
recursos.

O termo Auditoria Integrada, consoante a OLACEFS (1981, p. 20), é utilizado pelo Escritório do
Auditor Geral do Canadá para descrever um “enfoque de auditoria de escopo ampliado com objetivo
de revisar sistematicamente e emitir relatórios sobre as relações de responsabilidade de prestar
contas e sobre as atividades de apoio, os sistemas e controles utilizados pela administração no
cumprimento dos seus deveres e obrigações”. Logo, pode- se denominar a Auditoria Integrada como
Auditoria de Amplo Escopo.

Exercícios

01. (ATM-RC/03) A opção que representa o objetivo da auditoria externa é:

a) A elaboração das normas e procedimentos econômicos, financeiros e de auditoria da empresa auditada.

b) Expressar um palpite sobre a posição patrimonial e financeira da empresa sem assegurar que elas
representem adequadamente as operações da empresa.

c) Assegurar que as demonstrações financeiras irrelevantes representem a situação contábil financeira da


empresa de forma fidedigna.

d) O processo pelo qual o auditor se certifica de que as demonstrações financeiras representam


adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da empresa.

e) Garantir que todos os lançamentos contábeis foram efetuados corretamente nos livros da empresa.

02. (AFPS/02) É uma característica da auditoria interna:

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a) Manter independência total da empresa.

b) Ser sempre executada por profissional liberal.

c) Emitir parecer sobre as demonstrações financeiras.

d) Revisar integralmente os registros contábeis.

e) Existir em todas as empresas de capital aberto.

03. (AFPS/02) O objetivo geral da auditoria interna é atender:

a) À administração da empresa.

b) Aos acionistas da empresa.

c) À auditoria externa da empresa.

d) À gerência financeira da empresa.

e) À gerência comercial da empresa.

04. (FTE/RS) Os auditores internos têm como característica entre outras que:

a) Não são diretamente vinculados às empresas, cujas demonstrações contábeis examinam.

b) Têm os pareceres que eles fornecem a seus clientes com respeito à fidelidade de suas demonstrações
contábeis, transmitindo a outras entidades interessadas, tais como bancos e fornecedores, que confiam
integralmente em seus relatórios por serem auditores completamente independentes.

c) Devem colaborar com a administração da empresa no acompanhamento e análise das normas internas
executadas.

d) Situam-se a meio caminho entre a empresa e outros interessados, que usam suas informações
contábeis.

e) Não se preocupam com os controles internos.

05. (Auditor/RS) A atividade fundamental do auditor independente é:

a) Orientar o diretor financeiro da empresa auditada.

b) Expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis.

c) Localizar fraudes que estejam ocorrendo.

d) Conferir a conta caixa.

e) Orientar a direção da empresa para que seus produtos tenham melhor aceitação pelos clientes.

06. (Auditor/RS) A auditoria externa é realizada

a) Pelo diretor presidente da empresa auditada.

b) Por um (ou mais) funcionários da assessoria da empresa.

c) Pelo funcionário responsável pela caixa da empresa.

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d) Por um (ou mais) diretores executivos da empresa, especialmente designados.

e) Por um (ou mais) profissionais independentes, especificamente contratados pela empresa para tal.

07. Segundo o NBC-P-1 – Normas Profissionais de Auditor Independente, para o exercício da profissão de
auditor independente exige-se que:

a) A auditoria independente seja exercida por qualquer profissional, desde que devidamente treinado.

b) A auditoria independente seja exercida por Contador, registrado no Conselho Regional de Contabilidade.

c) A auditoria independente seja exercida por técnicos em contabilidade e por contadores registrados no
Conselho Regional de Contabilidade.

d) A auditoria independente seja exercida por quaisquer profissionais treinados e qualificados, através de
educação formal.

e) A auditoria independente seja exercida por profissional graduado em economia, administração de


empresas ou ciências contábeis.

08. O objetivo da auditoria contábil é:

a) A análise do sistema contábil e do sistema de controle interno.

b) A execução do programa de auditoria.

c) Emissão de parecer sobre a adequação das demonstrações contábeis.

d) A aplicação de procedimentos de auditoria com vista à emissão de opinião.

e) NRA.

09. A auditoria externa significa:

a) “O meio funcional pelo qual os dirigentes de uma entidade certificam-se, com base em fontes internas,
de que as atividades pelas quais são responsáveis estão sendo executadas de forma a minimizar a
probabilidade de ocorrência de fraudes, erros ou práticas ineficientes e antieconômicas”.

b) Um processo de investigação conduzido por um contador relacionado aos aspectos contábeis e


operacionais de uma Empresa para expressar um relatório sobre a razoabilidade de seus demonstrativos
financeiros, soba luz dos princípios que regem a profissão.

c) A auditoria realizada por profissionais, normalmente firmas de auditoria, externos e independentes da


organização auditada, com a finalidade de emitir um parecer sobre se as demonstrações contábeis
representam adequadamente, ou não, a situação financeira, patrimonial, a regularidade das operações e/ou
a gestão financeira.

d) “A atividade de avaliação independente dentro de uma organização, para revisar as operações contábeis,
financeiras e outras, com a finalidade de prestar serviço à administração. É um controle administrativo cuja
função é medir e avaliar a eficiência dos outros controles”.

e) A, B e C estão corretas.

10. A auditoria interna significa:

a) A auditoria realizada por profissionais da própria entidade auditada, e, além das informações contábeis e
financeiras, se preocupa também com os aspectos operacionais. Normalmente o auditor interno se reporta à
presidência da empresa, funcionando como um órgão de assessoramento.

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b) “Uma atividade independente de avaliação de uma organização, mediante a revisão de sua contabilidade,
finanças e outras operações que servem de base à administração da empresa. Também se pode dizer que
é um controle gerencial que funciona medindo e avaliando a eficácia de outros controles”.

c) “Revisão e avaliação, sistemática e independente de todas as operações, incluindo as atividades


administrativas, com a finalidade de informar a administração sobre a eficiência, eficácia e economia das
práticas internas de gestão e de controle”.

d) “Um processo de investigação conduzido por um contador público independente relacionado aos aspectos
contábeis de uma Empresa para expressar uma opinião imparcial sobre a razoabilidade de seus
demonstrativos financeiros, sob a luz dos princípios que regem a profissão.”

e) A, B e C estão corretas.

11. Assinale a alternativa que contém exclusivamente características da auditoria externa ou da auditoria
interna:

a) O profissional que a realiza é independente da organização ou empresa auditada, não possuindo qualquer
vínculo empregatício; a revisão das operações e do controle interno é realizada para atender as normas de
auditoria e para determinar a extensão (escopo) do exame das informações contábeis; objetiva atender às
necessidades e aos interesses da administração.

b) É executada por empregado da organização ou empresa auditada; objetiva atender às necessidades e


aos interesses da administração; o auditor direciona seus exames para a identificação de erros e fraudes.

c) As áreas da organização ou empresa auditada são continuadamente revisadas. A periodicidade é


definida pela administração/ organização ou empresa auditada; o auditor deve planejar seus trabalhos de
modo a identificar erros e fraudes que ocasionem efeitos relevantes nas demonstrações contábeis.

d) As informações comprobatórias das demonstrações contábeis são auditadas periodicamente, geralmente


em base anual; normalmente não se restringe aos assuntos financeiros. As fases dos exames são
subdivididas em relação às áreas operacionais e às linhas de responsabilidade da administração.

e) Todas as alternativas anteriores estão corretas.

12. As auditorias podem se classificar quanto à (ao):

a) Forma, tipo e padrão.

b) Objetivo, forma de realização e campo de atuação.

c) Objetivo, tipo e forma.

d) Forma de realização, tipo e sistema.

e) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.

13. (AFRF/2002) A apresentação das demonstrações contábeis é de responsabilidade:

a) Do auditor independente

b) Da administração

c) Do auditor interno

d) Do contador

e) Do conselho fiscal

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14. (AFRF/96) A principal finalidade de uma auditoria contábil é:

a) Elaboração de demonstrativos contábeis.

b) Confirmação dos registros e demonstrações contábeis.

c) Conferência física dos elementos do ativo.

d) Elaboração e avaliação dos registros contábeis.

e) Apuração correta do lucro do exercício.

15. (Simulado/98) O auditor deverá emitir um parecer sobre as seguintes demonstrações financeiras exceto:

a) Balanço Patrimonial.

b) Demonstração do Resultado do Exercício.

c) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.

d) Notas Explicativas.

e) Balancete de Verificação.

16. (TCM-BA/2004) Tipo de Auditoria Governamental, que atua nas áreas interacionadas do órgão ou
entidade avaliando a eficácia dos seus resultados em relação aos recursos materiais, humanos tecnológicos
disponíveis, bem como a economicidade e eficiência dos controles internos existentes para a gestão dos
recursos públicos. Sua filosofia de abordagem dos fatos é de apoio, pela avaliação do atendimento às
diretrizes e normas, bem como pela apresentação de sugestões para seu aprimoramento.

a) Auditoria Especial.

b) Auditoria de Gestão.

c) Auditoria Contábil.

d) Auditoria Operacional.

e) Auditoria de Sistemas.

17. (TCE-Se/2004) A auditoria que examina os atos governamentais relativos aos aspectos da
economicidade, eficiência e eficácia é

a) De cumprimento.

b) De gestão.

c) Especial.

d) De sistemas.

e) Operacional.

18. (TCE-Se/2004) São finalidades e objetivos da auditoria governamental, EXCETO:

a) Comprovar a legalidade, legitimidade e avaliar os resultados, quanto à economicidade, eficiência e


eficácia da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.

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b) Verificar o controle e a utilização dos bens e valores sob o uso e guarda dos administradores ou gestores.

c) Examinar os sistemas administrativo e operacional de controle interno utilizado na gestão orçamentária,


financeira e patrimonial.

d) Certificar a idoneidade dos gestores públicos por meio de testes substantivos.

e) Verificar e avaliar os sistemas de informação e a utilização dos recursos computacionais das unidades da
administração direta e entidades supervisionadas.

19. (TCE-Se/2004) O exame de Demonstrações Contábeis, ou de áreas específicas, ou procedimentos


predeterminados com subsequente emissão de parecer de auditoria em conformidade com as normas
brasileiras de auditoria é competência de auditoria:

a) De programas.

b) De desempenho.

c) Operacional.

d) Interna.

e) Independente.

20. Segundo o CFC, a auditoria interna “compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e
comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia,
eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados
ao ambiente e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no
cumprimento de seus objetivos”. Logo, pode-se afirmar que a auditoria interna deve prestar contas:

a) À administração.

b) Aos auditores externos.

c) Ao Conselho Fiscal.

d) Aos acionistas.

e) Ao governo.

21. (AFTE - RN - 2004/2005) Analise as afirmativas a seguir e assinale a opção correta.

I. A auditoria interna deve assessorar a administração na prevenção de fraudes e erros;

II. A auditoria interna é independente e imparcial;

III. Fraude é o ato intencional de omissão praticado para manipular documentos, registros e relatórios.

a) As assertivas I, II e III estão erradas.

b) As assertivas I, II e III estão corretas.

c) As assertivas I e II estão corretas e a III está incorreta.

d) As assertivas II e III estão incorretas e a I está correta.

e) As assertivas I e III estão corretas e a II está incorreta.

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22. (AFTE - RN - 2004/2005) Podemos afirmar que as companhias abertas que estão obrigadas a efetuar
demonstrações contábeis consolidadas, deverão sofrer obrigatoriamente somente auditoria nas
demonstrações contábeis:

a) Das entidades consolidadas.

b) Das entidades abertas consolidadas.

c) Da controladora.

d) Das consolidadas e das entidades abertas controladas.

e) Das controladas e das entidades consolidadas.

23. (AFTE - RN - 2004/2005) O auditor interno, ao constatar impropriedades e irregularidades relevantes com
necessidade de providências imediatas, deve:

a) Proceder à conclusão dos relatórios imediatamente.

b) Antecipar o relatório final para permitir providências rápidas.

c) Emitir relatório parcial para permitir providências imediatas.

d) Concluir os trabalhos no curso do prazo planejado.

e) Expedir relatório até o estágio de realização, sem concluir o trabalho.

Normas Brasileiras Para o Exercício da Auditoria

Como se pode depreender dos conceitos de auditoria contábil e auditoria operacional, todo o processo
realizado deve estar pautado em normas profissionais.

Norma, em termos gerais, significa lei, regra, fórmula pela qual se deve dirigir qualquer pessoa, coisa,
etc.; modelo, exemplo, regra, procedimento. A palavra aplicada à auditoria significa os preceitos a
serem utilizados para se obter a qualidade desejada e certa padronização do trabalho executado.

As normas de auditoria são regras ou parâmetros que o auditor deve respeitar em relação aos
objetivos a serem alcançados, aos procedimentos e técnicas de auditoria utilizados, ao relatório que
deve ser elaborados e à qualidade do trabalho. Segundo a INTOSAI, normas de auditoria são aquelas
que "proporcionam ao auditor uma orientação básica que o ajuda a determinar a extensão das
medidas e dos procedimentos de auditoria a serem empregados para atingir seu objetivo”. Constituem,
portanto, os parâmetros de referência para avaliar a qualidade dos resultados da auditoria.

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No Brasil, o CFC tem apresentado diversas normas sobre a prática auditorial. As resoluções que estão
em vigor são as seguintes:

RESOLUÇÃO n.º FINALIDADE

752/93 Aprova a NBC T 11 (IT – 01) – Carta de Responsabilidade da Administração

781/95 Aprova NBC P 3 – Normas Profissionais do Auditor Interno

820/97 Aprova a NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações


Contábeis

821/97 Aprova a NBC P 1 – Normas Profissionais de Auditor Independente

828/98 Aprova a NBC T 11 – (IT – 02) –Papéis de Trabalho e Documentação de


Auditoria

830/98 Aprova a NBC T 11 (IT – 05) – Parecer dos Auditores Independentes sobre as
Demonstrações Contábeis

836/99 Aprova a NBC T 11 (IT – 03) – Fraude e Erro

839/99 Aprova a NBC T 11 (IT – 04) – Transações e Eventos Subseqüentes

915/01 Aprova a NBC P 1 (IT – 02) - Regulamentação dos Itens 1.2 - Independência e
1.6 - Sigilo, da NBC P 1 - Normas Profissionais do Auditor Independente

914/01 Aprova a NBC T 11 (IT – 06) – Supervisão e Controle de Qualidade

936/02 Aprova a NBC T 11 (IT – 07) – Planejamento da Auditoria

953/03 Dispõe sobre alteração no modelo de parecer referido no item 11.3.2.3 da NBC
T 11 – Normas de auditoria independente das demonstrações contábeis.

981/03 Aprova a NBC T 11.6 – Relevância na Auditoria.

986/03 Aprova a NBC T 12 – Da Auditoria Interna

Quadro 01 – Resoluções do CFC

A seguir, em face do objetivo deste trabalho, apresenta-se breves considerações sobre as duas
principais normas de auditoria contábil aprovadas pelo CFC, através Resoluções n.º 820 e 821/97.

Resolução CFC N.º 820/97

Esta Resolução aprova as Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas n.º 11 – Normas de Auditoria
Independente das Demonstrações Contábeis. Seus principais tópicos são:

 Conceituação e disposições gerais

 Normas de execução dos trabalhos

 Normas relativas ao parecer dos auditores independentes

Conceituação e Disposições Gerais

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A auditoria das demonstrações contábeis, na qual o parecer é de competência exclusiva de


Contador registrado em Conselho Regional de Contabilidade – CRC, constitui o conjunto de
procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a adequação desses
informes contábeis, consoante os Princípios Fundamentais de Contabilidade, Normas Brasileiras de
Contabilidade e legislação pertinente.

Os procedimentos de auditoria contábil são os exames, incluindo testes de observância e testes


substantivos, que permitem ao auditor obter provas (evidências) suficientes para fundamentar suas
conclusões e recomendações.

 Testes de observância: visam verificar se os controles internos estabelecidos pela administração


estão em efetivo funcionamento.

 Testes substantivos: visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade


dos dados e envolvem: a) testes de transações e saldos e b) procedimentos de revisão analítica.

As evidências representam as informações que fundamentam os resultados da auditoria. Elas devem


ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis e devem ser devidamente registradas em papéis de
trabalho, que compreendem o conjunto de documentos e apontamentos com informações e provas
coligidas pelo auditor, e que serão discutido no capítulo 9.

Enquanto o auditor externo deve planejar seu trabalho avaliando o risco de sua ocorrência, de forma
a detectar fraudes e erros que impliquem efeitos relevantes nas demonstrações contábeis, pois a
responsabilidade primária na sua prevenção e identificação é da administração através de um
adequado sistema contábil e de controle interno (Item 11.1.4.3 da Res. CFC n.º 820/97), o auditor
interno deve assessorar a administração no trabalho de prevenção de erros e fraudes, obrigando -se a
informá-la, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de erros ou fraudes
detectados no decorrer de seu trabalho.

Segundo o CFC, fraude corresponde a atos voluntários de omissão e manipulação de transações e


operações, adulteração de documentos, registros, relatórios e demonstrações contábeis, tanto em
termos físicos quanto monetários e pode envolver:

a) Manipulação, falsificação ou alteração de registros ou documentos, de modo a modificar os


registros de ativos, passivos e resultados;

b) Apropriação indébita de ativos;

c) Supressão ou omissão de transações nos registros contábeis;

d) Registro de transações sem comprovação; e

e) Aplicação de práticas contábeis indevidas. (Grifado)

Como erro entende-se os atos involuntários de omissão, desatenção, desconhecimento ou má


interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis, bem como de
transações e operações e pode envolver:

a) Erros aritméticos na escrituração contábil ou nas demonstrações contábeis;

b) Aplicação incorreta das normas contábeis;

c) Interpretação errada das variações patrimoniais.

Consoante imposição normativa, “Ao detectar erros relevantes ou fraudes no decorrer dos seus
trabalhos, o auditor tem a obrigação de comunicá-los à administração da entidade e sugerir medidas
corretivas, informando sobre os possíveis efeitos no seu parecer, caso elas não sejam adotadas”.

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O CFC, através Resolução n.º 836/99, aprovou a Interpretação Técnica – IT n.º 03 – Fraude e Erro
objetivando apresentar esclarecimentos adicionais sobre a responsabilidade do auditor na
identificação de fraudes e erros, nos trabalhos de auditoria. Entre outros aspectos, são apresentadas
as condições ou eventos que representem aumento de risco de fraude ou erro, que incluem:

a) Estrutura ou atuação inadequada da administração da entidade auditada ou de algum dos seus


membros;

b) pressões internas e externas;

c) transações que pareçam anormais;

d) problemas internos no cumprimento dos trabalhos de auditoria;

e) fatores específicos no ambiente de sistemas de informação computadorizados.

Normas de Execução dos Trabalhos

O trabalho de auditoria deve ser devidamente planejado. Esta fase do processo auditorial
compreende os exames preliminares para definir a amplitude do trabalho a ser realizado de acordo
com os objetivos da auditoria.

O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos trabalhos,


especialmente:

 O conhecimento detalhado dos sistemas contábil e de controles internos e seu grau de


confiabilidade;

 A natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria;

 A existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas;

 O uso do trabalho de especialistas e outros auditores;

 Os ciclo operacionais relacionados com volume de transações e operações;

 O conhecimento das atividades operacionais, como suporte para a análise eficaz dos pro cedimentos
e sistemas de Contabilidade de Custos;

 O conhecimento da execução orçamentária, tanto operacional como de investimentos, no sentido de


verificar a exatidão de apropriação dos valores, se os desvios estão sendo controlados e adotadas
ações corretivas.

Segundo o CFC, “a relevância deve ser considerada pelo auditor quando: a) determinar a natureza,
oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria; b) avaliar o efeito das distorções sobre os
saldos, denominações e classificação das contas; e c) determinar a adequação da apresentação e da
divulgação da informação contábil”.

Nesta fase também é realizada o estudo e avaliação do sistema contábil e de controles internos.

Concluindo a fase de planejamento, que será estudada em detalhes no capítulo 4, o auditor deve
elaborar o plano e os programas de Auditoria.

O plano de auditoria corresponde à documentação do planejamento. Os programas de trabalho


detalham as ações necessárias para a compreensão dos procedimentos que serão aplicados, em
termos de natureza, oportunidade e extensão. Eles devem ser estruturados de forma a servir como
guia e meio de controle, porém devem ser revisados e ou atualizados quando necessário.

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No que tange à aplicação dos procedimentos, o auditor deve obter, analisar, interpretar e
documentar as informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais para dar suporte aos
resultados de seu trabalho.

Segundo o CFC, essas informações devem ser suficientes, adequadas, relevantes e úteis no
fornecimento de evidências às conclusões e recomendações da auditoria, a saber:

 Informação suficiente: é factual e convincente, de tal forma que uma pessoa prudente e
informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor;

 Informação adequada: é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor evidência alcançável
através do uso apropriado das técnicas auditoriais;

 Informação relevante: é a que dá suporte às conclusões e recomendações;

 Informação útil: é a que auxilia a entidade a atingir suas metas.

A aplicação dos procedimentos de auditoria, devidamente supervisionada, deve ser definida


antecipadamente e modificada quando necessário.

Procedimentos adequados devem ser adotados para assegurar-se que todas as contingências ativas
e passivas foram identificadas e são do conhecimento da administração.

Outro aspecto que deve ser observado pelo auditor é a observância das legislações tributária,
trabalhista e societária, bem como o cumprimento de normas reguladoras.

Os papéis de trabalho, que compreendem o conjunto de documentos e apontamentos com


informações e provas coligidas pelo auditor, devem documentar todos os elementos significativos
dos exames realizados, que evidenciem ter sido a auditoria executada de acordo com as normas
aplicáveis.

As principais características dos papéis de trabalho são:

 Propicia a compreensão do planejamento, da natureza, da oportunidade e extensão dos


procedimentos;

 Propicia a compreensão do julgamento exercido e do suporte das conclusões;

 Elaborados, organizados e arquivados de forma sistemática e racional.

O auditor deve certificar a exatidão das análises, demonstrações ou quaisquer outros documentos que
integrem os papéis de trabalho.

A amostragem estatística pode ser empregada no processo de determinação da extensão de um


teste, assim como na seleção dos itens a serem testados. Sobre este tema é oportuna a leitura do
capítulo 5.

O auditor deve dispor de conhecimento suficiente dos recursos de processamento eletrônico de


dados, ou simplesmente, PED e dos sistemas de processamento da entidade, a fim de avaliá-los e
planejar adequadamente seu trabalho.

No uso de técnicas que demandem o emprego de recursos de PED, o auditor deve dominar essas
técnicas, de forma a implementá-las ou, se for o caso, orientar, supervisionar e revisar os trabalhos de
especialistas.

Normas Relativas ao Parecer do Auditor

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O parecer de auditoria é a comunicação oficial da opinião obtida em função dos trabalhos realizados.
Ele deve ser redigido em conformidade com os requisitos estabelecidos em normas próprias, na forma
que será discutida no capítulo 10.

Resolução CFC N.º 820/93

Esta Resolução aprova as Normas Brasileiras de Contabilidade Procedimentais n.º 1 – Normas


Profissionais de Auditor Independente. Seus principais tópicos são:

 Competência técnico-profissional

 Independência

 Responsabilidade do auditor na execução dos trabalhos

 Honorários

 Guarda da documentação

 Sigilo

 Responsabilidade pela utilização do trabalho do auditor interno

 Responsabilidade pela utilização do trabalho de especialistas

 Informações anuais aos conselhos regionais de contabilidade

 Educação continuada

 Exame de competência profissional

Competência Técnico-Profissional

O auditor independente deve manter conhecimento atualizado dos Princípios Fundamentais de


Contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade, das técnicas contábeis, especialmente na
área de auditoria, da legislação inerente à profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da
legislação específica aplicável à entidade auditada.

Independência

O auditor não pode deixar-se influenciar por “fatores estranhos, por preconceitos ou quaisquer outros
elementos materiais ou afetivos que resultem perda, efetiva ou aparente, de sua independência”.

Segundo o CFC, está impedido de executar trabalho, o auditor que tenha tido, no período a que se
refere a auditoria ou durante a execução dos serviços, em relação à entidade auditada, suas
coligadas, controladas, controladoras ou integrantes do mesmo grupo econômico:

a) Vínculo conjugal ou de parentesco consangüíneo em linha reta, sem limites de grau, em linha
colateral até o 3º grau e por afinidade até o 2º grau, com administradores, acionistas, sócios ou com
empregados que tenham ingerência na sua administração ou nos negócios ou sejam responsáveis por
sua contabilidade. Os vínculos podem ser assim demonstrados:

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a) Relação de trabalho como empregado, administrador ou colaborador assalariado, ainda que esta
relação seja indireta, nos dois últimos anos;

b) Participação direta ou indireta como acionista ou sócio;

c) Interesse financeiro direto, imediato ou mediato, ou substancial interesse financeiro indireto,


compreendida a intermediação de negócios de qualquer tipo e a realização de empreendimentos
conjuntos;

d) Função ou cargo incompatível com a atividade de auditoria independente;

e) Fixado honorários condicionais ou incompatíveis com a natureza do trabalho contratado; e

f) Qualquer outra situação de conflito de interesses no exercício da auditoria independente, na forma


que vier a ser definida pelos órgãos reguladores e fiscalizadores.

Responsabilidades do Auditor na Execução dos Trabalhos

O trabalho de auditoria deve ser executado por pessoas com capacitação profissional e treinamento. O
auditor deve ter o máximo de cuidado, imparcialidade e zelo na realização dos trabalhos e na
exposição das conclusões.

Honorários

O auditor deve estabelecer e documentar seus honorários mediante avaliação dos serviços.

Guarda da Documentação

O auditor deve conservar seus papéis de trabalho pelo prazo de cinco anos, a partir da data de
emissão do parecer.

Sigilo

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O auditor deve respeitar o sigilo relativamente às informações obtidas durante o seu trabalho, não as
divulgando para terceiros, sob nenhuma circunstância, sem autorização expressa da Entidade em que
atua.

Responsabilidade Pela Utilização do Auditor Interno e de Especialistas

A responsabilidade do auditor não se altera se for utilizado o trabalho do auditor interno, todavia fica
restrita a sua competência se for utilizado especialista contratado pela empresa.

Exercícios

01. (ICMS/RS) O trabalho do auditor interno tem por finalidade:

a) A verificação da fidelidade das informações

b) Servir ao interesse de terceiros

c) Completa independência no trabalho

d) Maior atenção ao exame dos procedimentos operacionais e contábeis

e) Absoluta imparcialidade e total independência no trabalho

02. (AFRF) Assinale a opção correta.

a) A utilização de trabalho de especialistas provoca perda de autonomia do auditor interno.

b) De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, auditoria interna contábil é atribuição privativa de
contadores.

c) O auditor interno não deve prestar assessoria ao Conselho Fiscal ou órgãos equivalentes do empregador.

d) O dever de manter sigilo encerra-se 3 anos após terminado o vínculo empregatício do auditor interno.

e) O conhecimento da execução orçamentária não é um fator relevante para os trabalhos do auditor interno.

03. (AFRF/96) Na auditoria das demonstrações contábeis, o auditor deve efetuar o estudoeavaliaçãodo
sistema contábil e de controles internos da entidade, com a finalidade principal de:

a) Determinar a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria

b) Verificar se os sistemas funcionam da forma como estão previstos

c) Proporcionar a emissão de relatório de recomendação de melhorias requeridas

d) Constatar pontos fracos e ineficiências que possam gerar fraudes e erros

e) Proporcionar conhecimentos básicos sobre a empresa e sua organização

04. Indique normas relacionadas com o auditor independente:

a) Planejamento de Auditoria, Independência e Avaliação dos Controles Internos.

b) Zelo Profissional, Risco de Auditoria e Relevância.

c) Risco de Auditoria, Supervisão e Controle de Qualidade e Zelo Profissional.

d) Supervisão e Controle de Qualidade, Zelo Profissional e Relevância.

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e) Cuidado, Imparcialidade e Zelo.

05. (ATM-RC/03) Entre as habilidades e competências profissionais que o auditor deve possuir, estão:

a) Capacidade para aplicação das normas, procedimentos e técnicas na execução das auditorias.

b) Capacidade de supor e imaginar quando não conseguir evidenciar, em seus procedimentos de auditoria,
confirmação dos fatos analisados.

c) Conhecimentos de fundamentos de economia, direito comercial, impostos, finanças, entre outros.

d) Capacidade na área de princípios, convenções, postulados e técnicas contábeis.

e) Conhecimentos dos princípios de administração, para reconhecer e avaliar a relevância e o significado


dos eventuais desvios em relação às boas práticas empresariais.

06. (AFPS/2002) Segundo as normas de auditoria, as definições de fraude e erro são, respectivamente:

a) Ato não-intencional de registrar documentos oficiais corretamente, bem como elaborar demonstrações
financeiras de forma correta. Ato intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de
fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis.

b) Ato não-intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e


demonstrações contábeis. Ato intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatosna
elaboração de registros e demonstrações contábeis.

c) Ato não-intencional de evidenciar a manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e


demonstrações contábeis. Ato intencional resultante de omissão, desatenção ou interpretação correta de
fatos na elaboração de registros e demonstrações financeiras.

d) Ato intencional de registrar as transações de forma adequada os fatos contábeis e a elaboração das
demonstrações contábeis. Ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou interpretaçãode fatos
de forma correta na elaboração de registros e demonstrações contábeis.

e) Ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e


demonstrações contábeis. Ato não-intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de
fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis.

07. Os testes substantivos envolvem:

a) Testes de controle e de transações;

b) Testes de transações e físicos;

c) Testes de transações e saldos e procedimentos de revisão analítica;

d) Testes físicos e procedimentos de revisão;

e) Testes de procedimentos e analíticos.

08. (AFPS/2002) Ao constatar a ineficácia de determinados procedimentos de controle o auditor deve:

a) Aumentara extensão dos testes de controle.

b) Diminuira extensãodos testes substantivos.

c) Aumentar o nível planejado de risco de detecção.

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d) Diminuir o nível de risco inerente da área em questão.

e) Aumentar o nível planejado de testes substantivos.

09. (AFPS/2002) Na aplicação dos testes de observância,o auditor deve verificar a, e de controles internos.

a) Existência, efetividade, continuidade

b) Deficiência, inexistência, continuidade

c) Validade, relevância, materialidade

d) Aplicabilidade, eficiência, lógica

e) Extensão, irregularidade e descontinuidade

10. (AFPS/2002) Os testes substantivos têm por finalidade:

a) Avaliar a eficácia dos controles internos mantidos pela administração da empresa.

b) Determinar a adequação de afirmações significativas nas demonstrações contábeis.

c) Determinar a adequação das metas significativas previstas nas demonstrações contábeis.

d) Avaliar os critérios contábeis aplicados pela administração na elaboração de demonstrações contábeis.

e) Avaliar a fidedignidade dos controles mantidos pela administração através de testes documentais.

11. (AFPS/2002) Ao utilizar os trabalhos já efetuados pela auditoria interna em seus testes substantivos, se o
auditor independente julgar que o volume de testes não é suficiente, ele deve:

a) Ressalvar o parecer de auditoria.

b) Abster-se de emitir uma opinião de auditoria.

c) Requisitar novos testes à auditoria interna.

d) Efetuar testes adicionais necessários.

e) Incluir uma nota explicativa em seu parecer.

12. O sistema contábil e de controles internos é de responsabilidade:

a) Do auditor interno.

b) Do auditor externo.

c) Da administração.

d) Do setor contábil da empresa.

e) Do setor financeiro da empresa.

13. (ICMS/RS) O auditor independente deve conservar em boa guarda toda documentação, correspondência,
papéis de trabalho, relatórios e pareceres, relacionados com os serviços realizados pelo prazo de:

a) 3 anos a partir da data da emissão de seu parecer.

b) 3 anos a partir da publicação de seu parecer.

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c) 5 anos a partir da data emissão de seu parecer.

d) 5 anos a partir da data da publicação de seu parecer.

e) 3 anos em relação aos pareceres adversos ou com abstenção de opinião e de 5 anos em relação aos
pareceres sem ressalva ou com ressalva, contados a partir da data da emissão de seu parecer.

14. Indique o item em que há erro quanto à independência do auditor. Estará impedido de executar auditoria o
auditor que:

a) Manter vínculo conjugal, vínculo de parentesco consangüíneo em linha reta, sem limite de grau, em linha
colateral até o segundo grau e por afinidade até o terceiro grau.

b) Relação de trabalho como empregado, administrador ou colaborador assalariado, ainda que esta relação
seja indireta, nos dois últimos anos.

c) Participar direta ou indiretamente como acionista ou sócio.

d) Interesse financeiro direto, mediato, ou substancial interesse financeiro indireto compreendida a


intermediação de negócios de qualquer tipo e a realização de empreendimentos conjuntos.

e) Função ou cargo incompatíveis com atividade da auditoria independente.

15. Não representa possibilidade de fraude:

a) Apropriação indébita de ativos.

b) Omissão de transações.

c) Aplicação de práticas contábeis indevidas.

d) Registro sem comprovação.

e) Aplicação incorreta de normas contábeis.

16. No planejamento de auditorianão deve ser considerado:

a) A naturezae extensão dos procedimentos de auditoria.

b) A possibilidade de uso de especialistas.

c) O conhecimento das atividades operacionais.

d) O conhecimento dos planos estratégicos e confidenciais.

e) O conhecimento das práticas contábeis.

17. Detalham os procedimentos de auditoria que serão aplicados

a) Programas de auditoria.

b) Plano de auditoria.

c) Parecer.

d) Plano de trabalho.

e) Carta de responsabilidade.

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18. Uma informação é considerada relevante pelo auditor quando:

a) Auxilia a entidade a atingir suas metas

b) Dá suporte às conclusões e recomendações

c) Propicia melhor evidência alcançável

d) É convincente

e) É factual

19. São objetivos dos papéis de trabalho:

a) Propiciar a compreensão do planejamento.

b) Permitir o acompanhamento da auditoria.

c) Possibilitar a revisão dos procedimentos.

d) Permitir a verificação das observância das normas.

e) Todas as alternativas estão corretas.

20. O auditor foi contratado para emitir um parecer sobre demonstrações contábeis de uma empresa na qual
seu primo figurava como empregado com ingerência na administração. Neste caso, o auditor:

a) Deve se declarar impedido.

b) Estará obrigado a emitir uma opinião com ressalva.

c) Poderá emitir opinião com restrição ou com parágrafo de ênfase.

d) Estará proibido de emitir parecer.

e) Não estará impedido de emitir opinião.

21. Com fulcro nas normas de auditoria vigentes, responda os itens (a) a (h) assinalando V e F para,
respectivamente, as questões verdadeiras e para as falsas (CESP/UNB):

a) A seleção, a extensão e a aplicação dos procedimentos de auditoria devem ocorrer emconformidade


comas normas de auditoria, não dependendo, portanto, do julgamento pessoal e profissional do auditor.

b) Um dos princípios de ética profissional a que o auditor externo deve atender é a independência. Sob esse
aspecto, é vedado ao auditor, relativamente à entidade auditada, possuir relação de trabalho como
empregado, administrador ou colaborador assalariado, ainda que essa relação seja indireta, nos últimos dois
anos.

c) O sigilo profissional do auditor deve ser mantido, a qualquer custo, a menos que assuntos sigilosos
devam ser revelados em circunstâncias especiais - em juízo, por exemplo - para a defesa de legítimos
direitos de terceiros ligados à empresa.

d) A adequação com que os elementos informativos são apresentados nas demonstrações financeiras
constitui parte implícita e de integral responsabilidade da empresa. A responsabilidade do auditor
independente limita-se à emissão de parecer sobre as demonstrações examinadas.

e) O plano de auditoria incluirá, quando necessário, a designação de assistentes que atuarão sob
supervisão e orientação do auditor e que, juntamente com ele, compartilharão a responsabilidade pelos

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trabalhos executados.

f) Em uma organização, o controle internorepresenta o conjuntode procedimentos, métodosou rotinascom os


objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar aadministraçãona condução
ordenada dos negócios da empresa.

g) De acordo com a Resolução CFC nº 700, de 24/4/1991,o parece do auditorclassifica-se,segundoa


natureza da o opinião que contém, em três categorias: parecer sem ressalva, parecer com ressalva parecer
com abstenção de opinião.

h) O parecer com ressalva deve ser emitido quando o Auditor constatar que as demonstrações financeiras
não representam adequadamente a posição patrimonial e financeira e(ou) demais aspectos relacionados ao
resultado das operações, às mutações patrimoniais ou às origens e aplicações de recursos, a ponto de
impedi-lo de expressar opinião sobre a adequação das demonstrações financeiras, tomadas em conjunto

22. (AFTE - RN - 2004/2005) Não é fator que impeça o auditor independente de aceitar trabalhos de auditoria
em entidades:

a) Vínculo conjugal com administradores da entidade.

b) Ter sido empregado da entidade há mais de dois anos.

c) Ser acionista da empresa auditada.

d) Ter interesse financeiro direto na entidade.

e) Fixar honorários condicionais à natureza do trabalho.

23. (AFTE - RN - 2004/2005) O auditor, na aplicação dos testes substantivos, não deve avaliar se

a) O componente patrimonial existe em certa data.

b) A transação de fato ocorreu.

c) Há disponibilidade das informações.

d) Os itens patrimoniais estão avaliados.

e) Todas as transações estão registradas.

24. (AFTE - RN - 2004/2005) Na ética profissional do auditor independente, a integridade é a qualidade na


qual a confiança do usuário de seus serviços se norteia. Para isso, o auditor não pode

a) Questionar os fatos contabilizados.

b) Renunciar aos trabalhos.

c) Ser imparcial em sua opinião.

d) Subordinar-se a julgamento.

e) Cometer erros não intencionais.

25. (AFTE-RN-2004/2005)Nocontroledaqualidadedosseusserviços,o auditordeverá ,


supervisionar e revisar o trabalho em todas as suas etapas, de modo a garantir aos usuários de seus
serviços a certeza de que o trabalho foi realizado de acordo com as
de controle de qualidade requeridas nas circunstâncias.

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a) Planejar / razoável / normas

b) Reestruturar / parcial / normas

c) Organizar / mínima / leis

d) Elaborar / total / regulamentações

e) Auditar / razoável / leis

26. (AFTE - RN - 2004/2005) Na constatação de evidências de riscos na continuidade normal das atividades
da entidade, o auditor independente deverá emitir parecer:

a) Com abstenção de opinião.

b) Semressalva e sem parágrafo de ênfase.

c) Comressalva e com parágrafo de ênfase.

d) Semressalva e com parágrafo de ênfase.

e) Adverso e com parágrafo de ênfase.

Planejamento de Auditoria

Como visto, a auditoria contábil possui a finalidade de emitir um parecer sobre a adequação ou não
das demonstrações contábeis. Portanto, ao emitir essa opinião o auditor deve verificar se elas foram
elaboradas de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade, com as normas brasileiras
de contabilidade e com a legislação pertinente.

A auditoria operacional, também denominada de auditoria de resultados ou de gestão, objetiva


verificar se, na execução de práticas administrativas, foram observados os princípios de economia
(gastar menos), eficiência (gastar bem) e eficácia (gastar certo). Nesse tipo de auditoria, o auditor não
emite parecer sobre as demonstrações contábeis, e, sim, comentários sobre as práticas operacionais.

Também tem sido conceituada como sendo a auditoria voltada para avaliar eficácia dos resultados “em
relação aos recursos materiais, humanos e tecnológicos disponíveis, bem como a economicidade e
eficiência dos controles internos existentes para a gestão dos recursos”.

Não importando qual o tipo de auditoria a ser realizado, o auditor, no transcurso de suas atividades,
examina determinadas ocorrências, com base em critérios de seleção previamente definidos na fase
de planejamento .

E é justamente na realização do planejamento da auditoria que reside uma das principais

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dificuldades do processo, pois é nesse momento que o auditor definirá o que será feito e o modo e os
meios para se alcançar esse objetivo.

Planejamento

Planejar é a técnica de se pensar hoje as implicações futuras de uma decisão que pode ser ou não
tomada agora. É o prever hoje o que poderá ocorrer amanhã. É a função basilar da administração. E
isso vale também para a atividade auditorial.

Megginson et al (1998, p. 129) registram que “o planejamento pode ser definido como o processo de
estabelecer objetivos ou metas, determinando a melhor maneira de atingi-las. O planejamento
estabelece o alicerce para as subsequentes funções de organizar, liderar e controlar, e por isso é
considerado função fundamental do administrador.”

Em um sentido mais genérico, planejamento significa "trabalho de preparação para qualquer


empreendimento, segundo roteiro e métodos determinados; elaboração, por etapas, com bases
técnicas (especialmente no campo sócio-econômico), de planos e programas com objetivos definidos”,
conforme define Aurélio (1995. p. 510).

Planejamento de Auditoria

O CFC, através da Interpretação Técnica NBC T 11 - IT – 07, aprovada pela Resolução n.º 936/02,
apresentou o seguinte conceito para o planejamento de auditoria:

É a etapa do trabalho na qual o auditor independente estabelece a estratégia geral dos trabal hos a
executar na entidade a ser auditada, elaborando-o a partir da contratação dos serviços, estabelecendo
a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames, de modo que possa desempenhar uma auditoria
eficaz.

Segundo ainda o CFC, “o planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre as


atividades, os fatores econômicos, legislação aplicável e as práticas operacionais da entidade, e o
nível geral de competência de sua administração”.

Ao planejar uma auditoria, nos termos da citada Interpretação Técnica, o auditor deve objetivar:

 Obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventos e transações relevantes que
afetem as demonstrações contábeis;

 Propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro dos prazos e
compromissos previamente estabelecidos;

 Assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes contidos em suas


demonstrações contábeis recebam a atenção requerida;

 Identificar os problemas potenciais da entidade;

 Identificar a legislação aplicável à entidade;

 Estabelecer a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a serem efetuados, em


consonância com os termos constantes na sua proposta de serviços para a realização do trabalho;

 Definir a forma de divisão das tarefas entre os membros da equipe de trabalho, quando houver;

 Facilitar a supervisão dos serviços executados, especialmente quando forem realizados por uma
equipe de profissionais;

 Propiciar a coordenação do trabalho a ser efetuado por outros auditores independentes e

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especialistas;

 Buscar a coordenação do trabalho a ser efetuado por auditores internos;

 Identificar os prazos para entrega de relatórios, pareceres e outros informes decorrentes do trabalho
contratado com a entidade.

Como descrito, o planejamento de auditoria representa a fase inicial e basilar de todo o processo. Nele
o auditor procura compreender o ente auditado, suas áreas-chave, avaliar os fatores internos e externos
que podem afetar a execução do trabalho e definir as finalidades da ação a ser realizada. Consoante
recomendam as normas de auditoria universalmente aceitas, o auditor responsável deve planejar seus
exames de modo a atender aos objetivos da auditoria de forma eficiente e eficaz.

A Norma Internacional de Auditoria n.º 300 da Federação Internacional de Contabilidade – IFAC


determina que “o auditor deve planejar o trabalho de auditoria de maneira que a auditoria seja
executada eficazmente.”

Já a INTOSAI, na mesma linha, em suas normas de procedimentos na execução da auditoria pública,


define que “o auditor deve planejar suas auditorias com o objetivo de garantir que sejam de alta
qualidade, bem como sejam executadas de forma econômica, eficiente, eficaz e oportuna.”

Outro não é o entendimento do Escritório da Controladoria Geral dos Estados Unidos – GAO no seu
Yellow Book, que assim preconiza: “O trabalho deve ser devidamente planejado e os auditores devem
levar em consideração a relevância, entre outros temas, ao determinarem a natureza, o cronograma e
a extensão dos procedimentos de auditoria e ao avaliarem os resultados desses procedimentos.”

No Brasil, o CFC, através da Resolução n.º 820/97, que trata das Normas de Auditoria Independente
das Demonstrações Contábeis – NBC T 11, preconiza que o planejamento do trabalho de auditoria
deve ser realizado consoante as Normas Profissionais de Auditor Independente, e de acordo com os
prazos e demais compromissos assumidos.

O planejamento de auditoria, como já descrito neste trabalho, deve considerar os fatores mais
relevantes na execução dos trabalhos, especialmente, conforme estabelece o CFC, os seguintes:

 O conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e as alterações


procedidas em relação ao exercício anterior;

 O conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos da entidade e seu grau de


confiabilidade;

 Os riscos de auditoria e a identificação das áreas importantes da entidade, quer pelo volume de
transações, quer pela complexidade de suas atividades;

 A natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria a serem aplicados;

 A existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas;

 O uso dos trabalhos de outros auditores independentes, especialistas e auditores internos;

 A natureza, conteúdo e oportunidade dos pareceres, relatórios e outros informes a sere m entregues
à entidade e

 A necessidade de atender prazos estabelecidos por entidades reguladoras ou fiscalizadoras e para a


entidade prestar informações aos demais usuários externos.

A Interpretação Técnica NBC T 11 – IT – 07, aprovada pela Resolução n.º 936/02, destaca as
informações e condições para elaborar o planejamento de auditoria e que são reproduzidas, a seguir:

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 Conhecimento das Atividades da Entidade: o planejamento pressupõe adequado nível de


conhecimento das atividades, os fatores econômicos, legislação aplicável, as práticas operacionais da
entidade e o nível geral de competência de sua administração.

 Fatores Econômicos: para o auditor independente completar o conhecimento do negócio da


entidade a ser auditada, deve avaliar os fatores econômicos desta, abrangendo:

a) O nível geral da atividade econômica na área de atuação da entidade e fatores que podem
influenciar seu desempenho, tais como níveis de inflação, crescimento, recessão, deflação,
desemprego, situação política, entre outros;

b) As taxas de juros e as condições de financiamento;

c) As políticas governamentais, tais como monetária, fiscal, cambial e tarifas para importação e
exportação; e

d) O controle sobre capitais externos.

A análise preliminar desses fatores é a base para identificar riscos que possam afetar a continuidade
operacional da entidade, a existência de contingências fiscais, legais, trabalhistas, previdenciárias,
comerciais, ambientais, obsolescência de estoques e imobilizações, e outros aspectos do negócio com
impacto potencial nas demonstrações contábeis.

 Legislação Aplicável: o conhecimento prévio da legislação que afeta a entidade a ser auditada é
fundamental para a avaliação, pelo auditor, dos impactos que a não- observância das normas
pertinentes pode ter nas demonstrações contábeis. Neste sentido, o auditor deve considerar os
seguintes aspectos:

a) Os impostos, taxas e contribuições a que a entidade está sujeita;

b) As contribuições sociais a que a entidade está sujeita;

c) A regulamentação própria do setor de atividade; e

d) As informações que a entidade deve fornecer a terceiros em função de suas atividades, como, por
exemplo, bancos, companhias abertas, seguradoras, fundos de pensão, etc.

 Práticas Operacionais da Entidade: uma entidade tem sua dinâmica nas transações regulares que
se propõe no seu objeto social. Dentro do conceito de continuidade, devem ser considerados, entre
outros, os seguintes aspectos da entidade:

a) A natureza das atividades e o tipo de operações que ela realiza;

b) A localização das instalações e o grau de integração entre elas;

c) Os produtos que fabrica, comercializa, ou os serviços que executa;

d) Os mercados de atuação e sua participação neles;

e) Sistemas de controle interno das principais atividades: vendas, compras, produção, pessoal,
estocagem, tesouraria, etc.;

f) As margens de resultado operacional bruto, de contribuição e de resultado líquido;

g) As políticas de vendas e marketing, compras, estocagem, produção, manutenção e conservação de


bens, e recursos humanos;

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h) As políticas de importação e exportação, e de formação de preços, as tendências, a qualidade dos


produtos e a garantia dos produtos pós-venda;

i) A identificação de clientes e fornecedores estratégicos ou importantes, e a forma de relacionamento


com eles;

j) As modalidades de inventários;

k) As franquias, licenças, marcas e patentes;

l) A pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos ou serviços;

m) Os sistemas de informações sobre as operações;

n) O uso de manuais operacionais;

o) O grau de interferência da administração e dos controladores nas operações da entidade; e

p) Controles gerenciais.

Nível Geral de Competência da Administração: uma entidade é gerida por uma administração, que
tem a responsabilidade pelo registro, controle, análise e aprovação das transações. O conhecimento
do nível de competência da administração é fundamental para que o auditor tenha uma percepção
razoável da organização da entidade e dos reflexos que uma gestão não-confiável pode determinar
nas demonstrações contábeis. Para isso, tem de considerar itens como os que seguem:

a) A estrutura corporativa e o grau de relacionamento com os controladores;

b) As formas de relacionamento com partes relacionadas;

c) As formas de eleições e designações da administração;

d) A estrutura de capital e suas modificações em relação ao exercício anterior;

e) A estrutura organizacional, limites de alçada e definições de linhas de responsabilidade;

f) Os objetivos e o plano estratégico da administração;

g) As aquisições, fusões, incorporações ou cisões efetuadas no período, ou efeitos decorrentes


dessas operações, realizadas em períodos anteriores, e suas influências na administração;

h) A independência da administração para a tomada de decisões; e

i) A freqüência das reuniões da administração e o grau de decisões tomadas.

 Conhecimento das Práticas Contábeis Adotadas e suas Alterações em Relação ao Exercício


Anterior: o Planejamento de Auditoria deve abranger o conhecimento detalhado das práticas contábeis
adotadas pela entidade, para propiciar uma adequada avaliação da consistência das demonstrações
contábeis, considerando os seus efeitos sobre o programa de auditoria em face das novas normas de
contabilidade que passarem a ser aplicáveis à entidade. A alteração das práticas contábeis pode
determinar modificações na comparabilidade das demonstrações contábeis. Daí a necessidade de:

a) Comparar as práticas contábeis adotadas no exercício com as adotadas no exercício anterior;

b) Dimensionar seus efeitos na posição patrimonial e financeira e no resultado da entidade.

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Conhecimento do Sistema Contábil e Controles Internos: o conhecimento do sistema contábil e de


controles internos é fundamental para o Planejamento da Auditoria necessário para determinar a
natureza, extensão e oportunidade dos procedimentos de auditoria, devendo o auditor:

a) Ter conhecimento do sistema de contabilidade adotado pela entidade e de sua integração com os
sistemas de controles internos;

b) Avaliar o grau de confiabilidade das informações geradas pelo sistema contábil, sua temporalidade
e sua utilização pela administração; e

c) Avaliar o grau de confiabilidade dos controles internos adotados pela entidade, mediante a
aplicação de provas de procedimentos de controle.

 Áreas Importantes da Entidade: a identificação das áreas importantes depende do tipo de negócio
da entidade. Uma indústria difere de uma entidade que atua somente no comércio ou daquelas que
atuam nas atividades rurais, de mineração ou de serviços. Existem muitos tipos de entidades
industriais, comerciais e de serviços, dos mais variados portes e atuando em diferentes mercados.
Portanto, o auditor independente deve iniciar pela análise da natureza do negócio da entidade e, a
partir daí, definir um tipo de planejamento para o trabalho de auditoria. A identificação das áreas
importantes de uma entidade deve abranger o que se segue:

a) Verificação dos casos em que elas têm efeitos relevantes sobre as transações da entidade e se
refletem nas demonstrações contábeis;

b) A localização das unidades operacionais em que a entidade realiza suas transações;

c) A estrutura de recursos humanos, a política de pessoal adotada, a existência de fundo de pensão,


compromissos com sindicatos, níveis salariais e tipos de benefícios indiretos;

d) A identificação de clientes importantes, participação no mercado, políticas de preços, margens de


lucro, qualidade e reputação dos produtos e serviços, estratégias mercadológicas, garantia dos
produtos e outros fatores comerciais;

e) A identificação de fornecedores importantes de bens e serviços, e avaliação da qualidade dos


produtos e serviços, garantias de entrega, contratos de longo prazo, importações, formas de
pagamento e métodos de entrega dos produtos;

f) Os inventários, com identificação de locais, quantidades, tipos de armazenamento, pessoal envolvido


e outros fatores;

g) As franquias, licenças, marcas e patentes quanto a contratos e registros existentes;

h) Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento;

i) Os ativos, passivos e transações em moeda estrangeira;

j) A legislação, normas e regulamentos que afetam a entidade;

k) A estrutura do passivo e níveis de endividamento;

l) A qualidade e consistência dos níveis de informação gerencial para a tomada de decisões;

m) Os índices e estatísticas de desempenho físico e financeiro;

n) Análise da tendência da entidade.

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 Volume de Transações: a avaliação do volume de transações deve ser feita para que o auditor
independente tenha:

a) O conhecimento e o dimensionamento mais adequado dos testes a serem aplicados e dos períodos
em que tais volumes são mais significativos;

b) A identificação de como as normas internas são seguidas, suas diversas fases, as pessoas
envolvidas e os controles internos adotados sobre elas; e

c) A definição das amostras a serem selecionadas, e noção da existência de um grande volume de


transações de pequeno valor ou de um volume pequeno de transações, mas com valor individual
significativo.

 Complexidade das Transações: a complexidade das transações de uma entidade é fator


determinante do grau de dificuldade que o auditor independente pode encontrar para realizar seu
trabalho. Desse modo, deve levar em conta que:

a) A complexidade das transações de uma entidade pode significar a necessidade de planejar a


execução dos trabalhos com profissionais mais experientes ou de haver uma supervisão mais direta
durante sua realização;

b) As operações complexas podem ser passíveis de erro e fraude, com maior freqüência, se não
possuírem controles que atendam às exigências e riscos das operações;

c) As transações complexas podem determinar um ciclo mais longo para a realização do negócio e
margens de lucros não-uniformes para um mesmo tipo de operação, visto existir, muitas vezes, o fator
oportunidade;

d) Uma entidade com operações complexas exige maior grau de especialização e experiência da
administração.

 Existência de Entidades Associadas, Filiais e Partes Relacionadas: para definir a abrangência de


seu trabalho, o auditor independente deve considerar, no seu planejamento, a existência de entidades
controladas, coligadas, filiais e unidades operacionais. Para tanto, é necessário:

a) Definir se os exames são extensivos às partes relacionadas, como controladas e coligadas, e se


abrangem as filiais e unidades operacionais da entidade;

b) Definir a natureza, a extensão e a oportunidade dos procedimentos de auditoria a serem adotados


em relação às partes relacionadas, podendo ocorrer, inclusive, a necessidade de elaboração de um
programa de auditoria específico, porém coordenado com o planejamento global, para o grupo de
entidades;

c) Entender a natureza das operações com as partes relacionadas e seu impacto nas demonstrações
contábeis;

d) Ter em conta que situação semelhante pode ocorrer com o planejamento nas filiais e unidades
operacionais, pois estas podem ter, além das atividades próprias, outras, decorrentes de uma política
de descentralização determinada pela matriz. Cabe observar que em muitas entidades as unidades
operacionais têm muita autonomia, como se fossem outras entidades, cabendo ao auditor
independente avaliar esses aspectos para definir um planejamento adequado.

 Uso do Trabalho de Outros Auditores Independentes, Especialistas e Auditores Internos: o


planejamento deve considerar a participação de auditores internos e de especialistas na execução do
trabalho na entidade auditada, e a possibilidade de as controladas e coligadas serem examinadas por
outros auditores independentes. Nestas circunstâncias, o auditor independente deve levar em conta as

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seguintes questões:

a) A necessidade do uso do trabalho de outros auditores ocorre quando estes realizam trabalhos para
partes relacionadas, em especial quando os investimentos da entidade são relevantes, ou se faz
necessário consolidar as demonstrações contábeis. No planejamento de auditoria, este aspecto é
muito importante, pois deve haver uma coordenação entre os auditores independentes, de forma que
sejam cumpridos as normas profissionais e os prazos estabelecidos com as entidades auditadas;

b) Dependendo das circunstâncias, pode ocorrer a necessidade de revisão dos papéis de trabalho do
outro auditor independente;

c) Quando o auditor de uma entidade investidora não examinar as demonstrações contábeis das
entidades investidas e se os ativos destas representam parte relevante dos ativos totais daquela,
deve considerar se pode assumir a incumbência;

d) O uso do trabalho dos auditores internos deve ser avaliado quando da contratação dos serviços, e,
ao elaborar o seu planejamento, o auditor independente deve ter noção clara do envolvimento com a
auditoria interna da entidade a ser auditada, do nível de coordenação e colaboração a ser adotado e do
tipo de trabalho que a auditoria interna vai realizar como suporte ao auditor independente; e

e) O uso de especialistas permite duas situações: a primeira, quando o profissional é contratado pelo
auditor independente, respondendo este pelo trabalho efetuado por aquele. Nesta circunstância, o
planejamento dos trabalhos é facilitado, já que existe maior entrosamento e vinculação entre o
especialista e o auditor independente. A segunda ocorre quando o especialista é contratado pela
entidade a ser auditada, sem vínculo empregatício, para executar serviços que tenham efeitos
relevantes nas demonstrações contábeis. Neste caso, o auditor independente mencionará o fato em
seu parecer.

 Natureza, Conteúdo e Oportunidade dos Pareceres e Relatórios a Serem Emitidos: quando da


contratação dos serviços de auditoria, o auditor independente deve identificar com a administração da
entidade os pareceres e relatórios a serem por ele emitidos, os prazos para sua apresentação e os
conteúdos dos relatórios. Os pareceres e relatórios dos auditores podem ser previamente discutidos
com a administração da entidade.

 Exigências e Prazos Estabelecidos por Órgãos Reguladores: muitas atividades têm normas
estabelecidas por órgãos reguladores, que têm de ser cumpridas pela entidade. O auditor deve
verificar o nível de cumprimento dessas normas e, também, emitir relatórios específicos sobre elas.
Assim, ao efetuar o seu planejamento, o auditor independente deve considerar as seguintes situações:

Determinadas atividades estão sujeitas ao controle e regulamentação por organismos oficiais, como as
áreas de mercado de capitais, mercado financeiro, mercado segurador e outras. As entidades que
exercem atividades reguladas por estes organismos têm de submeter-se às exigências por eles
estabelecidas, que, muitas vezes, fixam prazos para a entrega de documentações contábeis, relatórios
e pareceres de auditor independente e informações periódicas sobre dados contábeis, financeiro s,
econômicos e físicos, visando a informar terceiros interessados sobre o desempenho da entidade. O
auditor independente, ao executar seu planejamento, deve observar o enquadramento da entidade
auditada em tais exigências, de modo que cumpra as responsabilidades com ela assumidas;

a) A identificação de tais exigências também deve ser feita quando da avaliação dos trabalhos a serem
oferecidos à entidade auditada;

b) O auditor deve estar suficientemente esclarecido quanto às penalidades a que está sujeito pelo
não-cumprimento de prazos para entrega dos trabalhos sob sua responsabilidade; e

c) Sempre que a entidade auditada estabelecer limitações para que o auditor possa cumprir os prazos
a que estiver sujeito por força de compromissos contratuais, deve formalizar tais circunstâncias à

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administração, destacando os efeitos pecuniários respectivos.

Como se pode inferir das diretrizes emanadas do CFC, o auditor, ao elaborar planejamento dos seus
trabalhos, deve considerar precipuamente o grau de confiança que pode ser depositado nos sistemas
contábeis e de controle interno, a existência de possíveis áreas de risco, que possam levar à emissão
de uma opinião inadequada, assim como deverá definir, com precisão, quais os procedimentos que
serão utilizados no transcurso dos exames auditoriais e em qual extensão e momento serão aplicados.
É nessa fase que o auditor procura conhecer o ambiente geral de controle da organização, seus
sistemas de informação (conjunto de subsistemas inter-relacionados que funcionam em sintonia para
coletar, processar, armazenar, transformar e distribuir informações para fins de planejamento, tomada
de decisões e controle) e realiza a revisão dos controles internos.

A fase do planejamento de auditoria pode ser dividida em dois estágios, que são: análise geral e
análise específica.

Análise Geral

A análise geral é o estágio do planejamento onde o auditor procura obter o conhecimento e a


compreensão geral do auditado, avaliando as principais informações endógenas e exógenas inerentes
ao trabalho a ser realizado. O objetivo fundamental dessa análise é obter e avaliar as principais
informações sobre o objeto a ser examinado para fornecer subsídios para a elaboração do plano de
auditoria e permitir uma adequada realização dos exames, com a identificação das área s que serão
examinadas e os respectivos critérios auditoriais.

As mencionadas informações são obtidas, normalmente, através de observações; análise da


legislação básica inerente ao auditado; de exames de documentos, relatórios gerenciais, de auditorias
anteriores, sendo complementadas por entrevistas e discussões, principalmente com funcionários -
chave das principais áreas. Elas devem ser analisadas, levando-se em consideração os objetivos,
metas, finalidades, principais antecedentes históricos, atividades, planos, recursos disponíveis,
procedimentos e controles administrativos.

Ainda nesta fase o auditor deve procurar avaliar o risco envolvido no processo auditorial. Risco de
auditoria, segundo o CFC, “é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente
inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas”. A análise de risco envolve
a relevância em dois níveis:

Geral: demonstrações contábeis tomadas no seu conjunto, bem como as atividades, qualidade da
administração, avaliação do sistema contábil e de controles internos e situação econômica e financeira
da entidade;

Específicos: saldo das contas ou natureza e volume das transações.

No processo de avaliação do risco o auditor, também em consonância com as regras estabelecidas


pelo CFC, o auditor deverá analisar:

A função e envolvimento dos administradores nas atividades da entidade;

A estrutura organizacional e os métodos de administração adotados, especialmente quanto a


limites de autoridade e responsabilidade;

As políticas de pessoal e segregação de funções;

A fixação, pela administração, de normas para inventário, para conciliação de contas, preparação
de demonstrações contábeis e demais informes adicionais;

As implantações, modificações e acesso aos sistemas de informação computadorizada, bem como


acesso a arquivos de dados e possibilidade de inclusão ou exclusão de dados;

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O sistema de aprovação e registro de transações;

As limitações de acesso físico a ativos e registros contábeis e/ou administrativos; e

As comparações e análises dos resultados financeiros com dados históricos e/ou projetados.

Os riscos de auditoria podem ser classificados da seguinte forma:

Risco Inerente: é a suscetibilidade de uma afirmação a um erro ou classificação indevida material,


supondo que não haja controles.

Risco de Controle: é o risco de que um erro ou classificação indevida de materiais que possam
constar de uma afirmação não sejam evitados ou detectados tempestivamente pelos controles internos
da entidade.

Risco de Detecção: é o risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação indevida
relevante que existe em uma afirmação.

Para facilitar as consultas durante a realização dos exames, as informações obtidas devem ser
cuidadosamente compiladas no plano de auditoria, cadastradas e arquivadas.

Não é necessária a realização de uma análise geral a cada auditoria. Admite-se, geralmente, que os
trabalhos desenvolvidos nessa análise somente sejam elaborados de uma forma ampla, uma vez a
cada três ou quatro anos. Contudo, nos intervalos entre as auditorias, as informações cadastradas
devem ser devidamente acompanhadas, examinadas, avaliadas e, se aplicável, atualizadas.

É importante frisar que somente devem ser arquivadas as informações essenciais e os assuntos
importantes que afetam ou possam afetar o ente auditado, de modo a manter os dados relativos a
auditoria atualizados e fornecer os subsídios necessários para os auditores realizarem suas
atividades.

Para permitir o completo conhecimento do ente auditado, devem ser obtidos, entre outros, os
seguintes documentos e informações: legislação básica (lei de criação, estatutos e leis que podem
afetar os negócios da entidade), regimento interno, organogramas, orçamento, plano de contas,
relatórios gerenciais, planos e propostas políticas, sistemas e pessoas chave, manuais de normas e
procedimentos, descrição das atividades (recursos humanos, financeiros e tecnológicos, principais
transações e compromissos), entre outros.

O estágio da análise geral pode ser resumido nas seguintes etapas:

Compreensão e conhecimento da entidade auditada;

Acompanhamento das recomendações das auditorias anteriores;

Identificação das relações de responsabilidade, sistemas e controles;

Identificação das áreas-chave que deverão ser examinadas;

Identificação dos critérios de auditoria, que representam os parâmetros para a realização dos
trabalhos do auditor, definindo qual a situação ideal.

Análise Específica

E o estágio que representa o elo de ligação entre a fase do planejamento e a de execução. A análise
específica corresponde à avaliação detalhada das áreas-chave, objetivando verificar se os sistemas
de controle interno existentes garantem a salvaguarda do patrimônio, a adequação das informações e
a eficiência e a eficácia operacional. Envolve os seguintes procedimentos: revisão dos sistemas de

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controle interno, exame de registros e documentos, entrevistas e discussões com as pessoas


responsáveis pelas citadas áreas do auditado. Ao cabo desta etapa, deve ser elaborado o plano de
auditoria, que é a materialização do planejamento, constituindo-se em seu ponto de controle.

Após identificação das áreas-chave e dos critérios de auditoria de modo a avaliar as principais
atividades, os sistemas e controles aplicados e os pontos fortes e fracos, os auditores devem
proceder, na análise específica, à avaliação dos pontos de potencial importância identificados.

Nessa fase, caso os auditores julguem necessário, pode-se recorrer a peritos e especialistas para a
definição e programação de procedimentos especiais. O prazo para a realização do s exames das
áreas-chave identificadas pode variar de acordo como tamanho e a complexidade do negócio auditado
que estão sendo examinado.

Assim, de forma resumida, pode-se dizer que a análise específica é dividida na revisão dos sistemas
de controles internos e na elaboração do plano de auditoria.

Sistema de Controle Interno

Segundo o Instituto Americano dos Contadores Públicos Certificados – AICPA o controle interno é “o
plano da organização e todos os métodos e medidas coordenados, adotados dentro da empr esa para
salvaguardar seus ativos, verificar a adequação e confiabilidade de seus dados contábeis, promover a
eficiência operacional e fomentar o respeito e obediência às políticas administrativas fixadas pela
gestão.”

Esse conceito apresentado pelo AICPA é um dos mais divulgados e aceitos pela doutrina auditorial.

Consoante o Guia de Orientação sobre Auditoria Internacional – n.º 05 da IFAC, tem-se a seguinte
definição relativa ao controle interno:

O sistema de controle interno constitui-se do plano organizacional, bem como da totalidade de


métodos e procedimentos adotados pela administração de uma entidade para ajudar a alcançar o
objetivo administrativo de assegurar, tanto quanto possível, a condução ordeira e eficiente de seus
negócios, incluindo observância de políticas e normas administrativas, a salvaguarda física dos ativos,
a prevenção e detecção de erros e irregularidades, a integridade dos registros contábeis e a
tempestiva preparação de demonstrações contábeis confiáveis. O sistema de controle int erno vai além
dos assuntos que se relacionam diretamente com as funções do sistema contábil. Os elementos do
sistema de controle interno, isoladamente considerados, são conhecidos como controles internos, os
quais, agregadamente, são conhecidos como controle interno.

Os procedimentos de controle representam os instrumentos utilizados pela administração para


assegurar o cumprimento das políticas, metas e diretrizes, e, segundo a IFAC, incluem:

 Relatar, revisar e aprovar conciliações;

 Conferir a precisão aritmética dos registros;

 Controlar aplicativos e o ambiente de sistemas de informação computadorizados, por exemplo,


estabelecendo controles sobre mudanças de programas de computador e acesso a arquivos de dados;

 Manter e revisar balancetes e contas de controle;

 Aprovar e controlar documentos;

 Comparar dados internos com fontes externas de informações;

 Comparar os resultados das contagens de caixa, títulos e estoques com os registros;

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 Comparar e analisar os resultados financeiros com os valores orçados.

Se a administração adotar um adequado sistema de controle interno, ela poderá ter uma razoável
segurança de que os ativos estão salvaguardados contra o mau uso ou utilização não autorizada, bem
como saber se os registros contábeis são fontes confiáveis para a elaboração de demonstrações
adequadas.

A seguir, são apresentados alguns procedimentos específicos de controle interno orientados para
atingirem os mencionados objetivos: rodízio e segregação de funções; conferência da exatidão de
cálculos; elaboração tempestiva de conciliações; rotinas de verificação e controle; elaboração de
balancetes de verificação; implantação de sistemas de aprovação e controle de documentação, limites
de alçada; confirmação com fontes externas independentes; confrontação entre o resultado de
contagens físicas de numerário, mercadorias, ativos fixos, ações, títulos e os respectivos registros
contábeis; acesso limitado e autorizado a ativos e a registros contábeis, acompanhamento e
comparação do tipo custo previsto versus realizado.

Não obstante a importância de se implantar e de se manter um sistema de controle interno, não se


pode olvidar das limitações a que ele está sujeito, a saber:

 Princípio do custo x benefício: fator preponderante no processo de análise do sistema de controle


interno, pois nenhum controle será vantajoso se o custo de implantação e manutenção for superior aos
benefícios auferidos. Todavia, devem ser considerados os benefícios atuais e os benefícios futuros;

 Cobertura de transações conhecidas e rotineiras e não das eventuais: por mais adequado que seja o
sistema de controle interno adotado, ele não será capaz de garantir que operações não usuais sejam
acompanhadas com satisfação;

 Potencial de erro humano: a imensa maioria dos procedimentos de controle possui como ponto
chave a verificação humana, que está sempre sujeita ao erro;

 Ocorrência de conluio: a conferência e a confirmação dependem sempre da inexistência de conluios


entre as pessoas envolvidas. Um bom procedimento para evitar o conluio é o rodízio de funções;

 Abuso de autoridade: a eficiência de sistema de controle interno depende do grau de


comprometimento da alta administração;

 Inadequação dos procedimentos em função do tempo: com o avanço da tecnologia é natural que um
bom controle do passado perca a efetividade nos dias atuais.

Portanto, por melhor que seja o grau de confiança que o auditor depositar no sistema de controle
interno, uma atenção especial deve ser dada às limitações inerentes ao sistema, e as pessoas
responsáveis por esses controles.

Ao revisar o sistema de controle interno de uma entidade, o auditor deverá avaliar a sua eficiência e
eficácia, de modo a estabelecer o grau de confiança que será depositado nesse sistema, objetivando
definir o volume de testes que serão realizados para fundamentar a opinião.

A revisão dos controles internos consiste no exame detalhado dos sistemas de controle interno
mantidos pelo ente auditado, objetivando avaliar se existem procedimentos de controle adequados e
se eles estão funcionando da maneira prevista pela administração.

É com base na revisão e avaliação do sistema de controle interno que o auditor irá determinar qual a
extensão dos exames a serem realizados. Um bom controle interno significa que serão necessários
menos exames para fundamentar a opinião do auditor. Por ouro lado, um sistema de controle interno
deficiente acarretará um maior volume de testes a ser realizado. Ou seja:

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Essa revisão e avaliação devem ser executadas para cada área-chave do auditado e devem estar
suportadas nos resultados da análise do grau de risco ou vulnerabilidade envolvido no processo. Grau
de vulnerabilidade ou grau de risco é o nível que indica o quanto um determinado sistema é vulnerável
(área de risco) à ocorrência de práticas abusivas, irregulares, ineficientes, antieconômic as, ilegais,
entre outros.

Ao avaliar o sistema de controle interno, o auditor deve verificar quais os procedimentos utilizados pela
entidade para salvaguardar os ativos contra um determinado risco e garantir a adequação das
informações; examinar a documentação dos procedimentos de controle com a finalidade de verificar
se existem documentos e processos suficientes para atingir os objetivos de controle e identificar a
existência de controles excessivos ou insuficientes, bem como a ocorrência de situações
antieconômicas.

Ao proceder essa avaliação o auditor deverá verificar se os mencionados controles estão funcionando
na maneira em que foram concebidos, considerando as tarefas e procedimentos a seguir:
compreender como funciona um fluxo de transações; selecionar uma amostra de transações; revisar a
documentação de tais transações; efetuar outras observações e averiguações julgadas necessárias;
assegurar-se de que foram executados os procedimentos de controle especificados acompanhando os
passos seguidos pelas transações selecionadas por amostragem durante o processo. É o que se
denomina auditoria de walkthrough.

Apresenta-se a seguir, sem pretender limitar o processo, os principais passos para realização de uma
avaliação de sistema de controle interno:

 Identificar as principais áreas operacionais: uma área operacional representa uma seção da entidade
que executa um ciclo de transações, aqui compreendido como sendo processos utilizados para dar
início e executar atividades que se complementam entre si. Como exemplo, o cicio de transações de
pessoal; de compras, contas a pagar, pagamentos; de custos; de faturamento; entre outros.
Normalmente, essas áreas são identificadas na fase da análise geral.

 Análise do ambiente geral de controle: essa avaliação deve ser considerada em face do fato de o
ambiente, no qual o ente auditado opera, influenciar de forma significativa, a eficácia dos controles
internos. Na realização dessa avaliação, devem ser considerados, entre outros, os seguintes
aspectos: atitude da direção, estrutura e equilíbrio organizacional; pessoal envolvido; delegação e
comunicação de autoridade e responsabilidade e práticas orçamentárias e de informação.

 Documentação do ciclo de transações: após identificação das áreas, estas devem ter seu ciclo de
transações devidamente documentado através de memorandos, questionários padronizados ou
fluxogramas.

 Selecionar algumas transações objetivando verificar se os procedimentos de controles foram


observados ou se inexistem.

 Levantar os pontos fortes e fracos do sistema recomendando, se aplicável, a adoção de medidas


corretivas.

 Concluir sobre a adequação ou não do sistema de controle existente.

Na fase de documentação, como visto, podem ser utilizados os seguintes procedimentos:

a) Memorando: representa uma descrição detalhada do funcionamento de um ciclo de transações,


enfatizando seus pontos fortes e fracos de controle. Deve conter o maior volume de informações

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possível, contudo não pode dificultar um entendimento rápido e global do cicio.

b) Questionário: é um check-list padronizado que contém uma série de indagações sobre o


funcionamento de um ciclo de transações. Embora seja a forma mais prática de se proceder ao
levantamento do sistema de controle interno, seu uso tem sido bastante criticado em face de limitar
significativamente a autonomia do auditor.

c) Fluxograma: é um diagrama que apresenta um fluxo de procedimentos, documentos e informações.


É a técnica que permite demonstrar graficamente o funcionamento de um ciclo de transações. Em
decorrência de sua forma de elaboração, a visualização de todo o processo que está sendo avaliado
se torna bastante facilitada.

A finalidade da etapa de documentar o ciclo de transações é obter uma completa compreensão do


processo. Os passos que devem ser considerados são:

 Entrevistar o pessoal envolvido no ciclo;

 Observar a atividade sendo desenvolvida;

 Preparar uma explicação narrativa (memorando) ou um fluxograma ou responder a um questionário


padronizado;

 Revisar a documentação obtida com as pessoas que facilitaram o acesso à informação.

Assim, uma avaliação de controle interno pode identificar diversos pontos fortes em um fluxo de
transações na área de estoque, como, por exemplo, tem-se: utilização de coletas de preços para
aquisições; utilização de requisições de materiais para produção e consumo; determinação do ponto
mínimo de estoques, adoção de inventário permanente; contagens rotativas, ou periódicas, de
estoques; entre outros.

No fluxo de transações na área de pessoal podem ser encontrados os seguintes pontos fortes: seleção
e contratação manualizadas, plano de cargos e salários, rodízio de funções, acesso restrito às senhas
de manipulação de dados, limites de alçadas para autorização, análises periódicas de variações,
conferência de cálculos, entre outros.

Em resumo, o processo de avaliação de controles internos deve identificar controles inadequados que
devem ser ajustados e a necessidade de novos controles.

Ao cabo da revisão dos controles internos, o auditor, se considerar oportuno e aplicável, poderá emitir
um relatório gerencial contendo as seguintes informações: quais as deficiências do ambiente geral
de controle; em que áreas não existem controles; quais os principais desvios identificados e em que
áreas os controles não estão funcionando da maneira prevista ou são inadequados; em que áreas os
controles parecem excessivos e, em consequência, estariam sendo antiatômicos e ineficientes, de que
maneira as instruções e determinações gerenciais estão sendo cumpridas, recomendações sobre
quais procedimentos que poderão ser implementados para corrigir ou melhorar a situação encontrada;
e considerações sobre os custos e benefícios esperados das mudanças.

O tema relatório de auditoria será discutido no capítulo 10 deste trabalho.

Plano de Auditoria

Na fase do planejamento o auditor deverá procurar responder às seguintes questões fundamentais: O


que auditar? Quando auditar? Como auditar? Com quem auditar? Para que auditar? Quais os recursos
a se utilizar?

Assim, o planejamento de auditoria refere-se aos trabalhos que serão executados para determinar o
alcance ou escopo dos trabalhos, as áreas de risco, o tempo necessário para a execução, os objetivos,

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os critérios, a metodologia a ser aplicada e os recursos financeiros e materiais necessários, além do


pessoal que deverá ser utilizado para garantir que a auditoria cubra as atividades, os processos, os
sistemas e os controles mais importantes.

Ao cabo da fase de planejamento, deverá ser elaborado um documento denominado plano de


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auditoria , que deverá conter os seguintes elementos fundamentais:

a) Descrição detalhada do ente auditado: neste tópico, devem ser apresentadas, de forma sumária,
as informações mais relevantes acerca da entidade sob auditoria, na forma a seguir demonstrada:

 Objetivos sociais: descrição sucinta dos objetivos sociais, com a finalidade de auxiliar o
conhecimento das operações do auditado;

 Histórico: descrição da evolução histórica da entidade auditada. Sua origem, seu desenvolvimento,
suas particularidades, entre outros;

 Estrutura organizacional: detalhes dos principais elementos e de como funciona a estrutura


organizacional, que são de fundamental importância para uma adequada compreensão do ente
auditado e de suas atividades;

 Principais responsáveis: descrição dos cargos e das pessoas chave que são responsáveis pela
condução dos negócios do auditado;

 Endereço das instalações (telefones, home-page, e-mail, fax, entre outros): de modo a permitir
uma rápida identificação de onde está localizado o auditado, bem como agilizar e facilitar a
comunicação. O endereço das instalações deve constar no plano de auditoria em nível de detalhe
satisfatório;

 Tamanho do negócio: dados sobre as principais atividades, volume de recursos, faturamento,


principais gastos, número de empregados, entre outros:

 Indicadores financeiros: de modo a facilitar a aplicação dos procedimentos de revisão analítica,


deve ser feita uma adequada descrição dos indicadores financeiros;

 Práticas contábeis adotadas (Lei n.º 4.320/64 ou Lei n.º 6.404/76) e legislação específica:
descrição das principais práticas contábeis adotadas pelo ente auditado, dando ênfase aos
procedimentos específicos. Também devem ser apresentados detalhes da legislação a que está
sujeito o ente auditado;

 Orçamento: sumário do orçamento do exercício auditado, enfocando os programas a serem


desenvolvidos ou em desenvolvimento. Descrição dos sistemas de acompanhamento e de avaliação;

 Exercício financeiro: descrição do exercício financeiro da entidade, que normalmente corresponde


ao ano civil;

 Áreas-chave da organização: relação das áreas principais, considerando a relevância em relação à


auditoria, assim como o risco envolvido, ou seja, detalhamento das possíveis áreas de risco.

Em se tratando de auditoria interna, os itens anteriormente referidos devem ser adaptados, em


conformidade com as áreas objeto de exame.

b) Detalhamento da auditoria: neste item, deve ser descrito com detalhes o trabalho a ser realizado,
incluindo, entre outros pontos, os seguintes:

 Objetivo da auditoria: descrição do motivo por qual se fará a auditoria. Dessa forma ficará delimitado
o tipo da auditoria que será realizado, a saber: auditoria contábil ou operacional;

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 Período de realização dos exames: data provável de realização dos trabalhos, que deve ser
definida após discussão com o ente auditado;

 Tipos de relatórios exigidos: definição de quais os tipos de relatório de auditoria que deverão ser
apresentados ao cabo dos trabalhos;

 Prazos dos relatórios: data em que os relatórios deverão ser apresentados;

 Destinação dos relatórios: descrição dos usuários a quem se destina o relatório;

 Escopo ou alcance do exame: estabelece qual o limite dos trabalhos de auditoria, ou seja, até que
ponto os trabalhos alcançarão;

 Principais pontos de auditorias anteriores: resumo dos principais pontos identificados em


trabalhos já realizados;

 Resultado do trabalho de outros auditores: na hipótese de trabalhos de auditoria anteriores terem


sido realizados por outros profissionais, o resultado que foi alcançado deve ser considerado e descrito
neste tópico;

 Resultado do trabalho da auditoria interna: na hipótese de trabalhos realizados pela auditoria


interna, o resultado que foi alcançado deve ser considerado e mencionado neste tópico;

 Opiniões dadas em anos anteriores: descrição sumária das opiniões apresentadas nos trabalhos
anteriores;

 Análise de eventuais problemas: os problemas identificados no transcurso da fase de


planejamento, ou mesmo indícios de fatos significativos devem ser aqui descritos;

 Resultado da revisão dos controles internos: as avaliações dos controles internos devem ser
claramente demonstradas;

 Definição dos principais procedimentos: descrição dos principais procedimentos de auditorias que
poderão ser utilizados, tais como: exame documental, observação, conferência de cálculos, inspeções
físicas, entrevistas, circularizações, entre outros;

 Pessoal técnico envolvido: relação da equipe técnica envolvida, que deverá conter, além dos
dirigentes máximos, gerentes, supervisores, encarregados e demais envolvidos, com as respectivas
formações, tais como: contador, economista, administrador, advogado, engenheiro, entre outros.
Concurso de Especialistas: se aplicável, a participação desses especialistas deve ser prevista e
estimados os custos a serem incorridos;

 Estimativa de horas: quantidade de horas a serem utilizadas no transcurso dos trabalhos,


devidamente acompanhada de um cronograma de tempo;

 Material necessário: descrição dos recursos materiais que serão utilizados;

 Estimativa de custos: planejamento de custos do trabalho: salários, encargos, diárias, materiais,


entre outros;

 Revisão e aprovação: o plano de auditoria deve ser adequadamente revisado e aprovado pelos
auditores mais experientes.

Por fim, vale mencionar que o plano de auditoria não é um documento estático, devendo ser
atualizado todas as vezes que as circunstâncias assim determinarem.

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Programa de Auditoria

O programa de auditoria é o instrumento que fornece ao auditor que irá executar os trabalhos os
passos específicos a serem seguidos de acordo com o plano de auditoria. Representando o
detalhamento do plano de auditoria, o programa deve ser elaborado de forma abrangente. Contudo,
não pode limitar a criatividade do auditor, que é necessária em certas circunstâncias. Este
instrumento, definindo os objetivos, o escopo adotado e os procedimentos a serem seguidos, deve ser
elaborado por área específica a ser examinada.

Os programas de auditoria objetivam: a) evidenciar os requisitos planejados; b) estabelecer a


extensão e datas dos procedimentos a serem executados; c) estabelecer a estimativa de horas por
procedimentos a serem aplicados; d) controlar os passos do programa realizados e a realizar; e)
evidenciar quem realizou os passos e f) registrar quem revisou os trabalhos.

A seguir, apresenta-se modelo de formulário utilizado para elaboração de programas de auditoria:

Exercícios

01. (ATM-RC/03) As indicações de que a continuidade da entidade em regime operacional estejaemrisco


podem vir das demonstrações contábeis ou de outras fontes. De acordo com a interpretação técnica dada
pelo Conselho Federal de Contabilidade, indique qual das opções a seguir não representa uma indicação
financeira.

a) Perda de mercado importante, fornecedor essencial ou financiador estratégico.

b) Passivo a Descoberto ou Patrimônio Líquido Negativo.

c) Posição negativa de Capital Circulante ou Capital Circulante Negativo.

d) Falta de capacidade financeira dos clientes para saldar seus compromissos.

e) Prejuízos operacionais substanciais de forma continuada.

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02. (ATM-RC/03) A existência de controles internos eficientes previne contra a fraude e minimiza os riscos de
erros e irregularidades nos registros e nos processos contábeis. Com base nesta afirmação, indique qual das
afirmativas a seguir não representa um procedimento de controle interno.

a) Segregação de funções da pessoa que executa a escrituração contábil da que elabora os relatórios
contábeis.

b) Sistema de autorização e aprovação de compras, com limites de alçada e níveis de autorização.

c) Elaboração de inventários periódicos para confirmação da existência física dos estoques pertencentes à
empresa.

d) Controles da entrada e saída de bens do Ativo Permanente Imobilizado.

e) Acordo entre os funcionários do processo de compras para direcionar a compra para a empresa Beta.

03. (ATM-RC/03) A auditoria estabelece como "escopo" do trabalho o período das demonstrações
financeiras. Indique qual das normas abaixo não se refere ao período objeto da auditoria.

a) Transações com partes relacionadas.

b) Carta de responsabilidade da administração.

c) Amostragem estatística.

d) Eventos subsequentes.

e) Estimativas contábeis.

04. (AFPS/2000) Os controles internos podem ser classificados em:

a) Contábeis e jurídicos.

b) Patrimoniais e econômicos.

c) Financeiros e econômicos.

d) Empresariais e externos.

e) Administrativos e contábeis.

05. (AFPS/2000) A determinação da amplitude dos exames necessários à obtenção dos elementos de
convicção que sejam válidos para o todo no processo de auditoria é feita com base:

a) Na experiência do auditor em trabalhos executados.

b) Na quantidade de horas negociadas com o cliente para execução do trabalho.

c) Na análise de riscos de auditoria e outros elementos que dispuser.

d) Na quantidade de lançamentos contábeis feitos pela empresa.

e) Na observância dos documentos utilizados no processo de contabilização.

06. (Auditor/RS) De maneira geral, um sistema básico de controle interno das disponibilidades incluiria o
seguinte:

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a) Exigência no sentido de que todos os recebimentos em cheques sejam descontados no mesmo dia.

b) Exigência no sentido de que todos os pagamentos sejam feitos somente por uma pessoa.

c) Exigência no sentido de que todos os pagamentos sejam feitos em dinheiro.

d) Integração das atividades que estejam associadas com os pagamentos daquelas que estejam ligadas ao
recebimentos, de modo que somente uma pessoa detenha os controles necessários a fim de evitar fraudes
erros.

e) Separação do trabalho de manuseio de disponibilidades da função dos registros.

Nas questões de número 7 a 9, são dadas cinco afirmativas. Indicar as verdadeiras e as falsas

07. (UNB) Com relação ao controle interno em uma organização, o auditor deve levar em consideração o
ambiente estabelecido para que possa fazer um julgamento adequado na condução e nos reflexos das
operações em seu trabalho. Sendo assim:

1. O sistema de controle interno tem como finalidade promover a confiabilidade e tempestividade dos
registros, controles e demonstrações, resultados e eficácia.

2. Tanto a implantação dos sistemas de controles internos quanto a manutenção e melhoria destes são de
responsabilidade do auditor, uma vez que exercem influência direta no resultado de seus trabalhos como
também no momento de expressar sua opinião (Parecer dos Auditores).

3. São considerados controles internos para efeito de determinar sua eficácia todos os documentos que são
gerados pela administração da empresa e que têm reflexo contábil. Os demais controles, tais como os
administrativos, as portarias, os decretos, os regulamentos e as instruções normativas são considerados
controles administrativos com reflexo nas decisões empresariais.

4. Para obtenção da compreensão dos sistemas operacionais de uma empresa, são empregadas técnicas de
auditoria das quais as mais utilizadas nesta fase são a “técnica da entrevista” e a elaboração de
“fluxogramas” ou “narrativas” sendo que esta última pode ser aplicada isoladamente ou em conjunto.

5. Para o bom desenvolvimento dos trabalhos de auditoria, é de fundamental importância que todos os
passos planejados pelo auditor sejam cumpridos e que este esteja capaz de fazer um julgamento adequado
sobre os sistemas de controles internos da empresa, como também efetue análise, avaliação e estabeleça o
grau de segurança dos controles como base.

08. (UNB) O estudo e avaliação dos controles internos – classificados em controles contábeis e
administrativos – servem de base para um auditor determinar a natureza, a oportunidade e a extensão da
aplicação dos procedimentos de auditoria. Os exemplos de controles administrativos incluem:

a) Treinamento de pessoal

b) Controles físicos sobre ativos

c) Controle de qualidade

d) Estudos de tempos e movimentos

e) Sistemas de conferência, aprovação e autorização de gastos

09. (BACEN) Por controles internos entendem-se todos os instrumentos da organização destinados à
vigilância, fiscalização e verificação administrativa, que permitam prever, observar, dirigir ou controlar os
acontecimentos que se verificam dentro da empresa e que produzam reflexos no seu patrimônio. Os
objetivos dos controles internos incluem:

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a) Controlar a vida das pessoas de interesse da organização

b) Fornecer dados corretos à contabilidade

c) Evitar desperdícios e erros

d) Instaurar processos administrativos para apuração de fraudes

e) Conferir a exatidão da escrituração

10. (Auditor/RS) Examine atentamente os itens abaixo e cumpra a instrução dada logo a seguir:

I – Anotação da comparação dos balanços dos últimos 3 anos para acompanhar a tendência de dados da
empresa.

II – Anotações dos detalhes de inspeções de títulos e obrigações ao portador guardados em cofre de bancos.
III – Confirmações de saldos (cópias das cartas) referentes a bancos, clientes, advogados, fornecedores,

seguradoras, contas mantidas no exterior.

IV – Cópias de contratos bancários de financiamentos a longo prazo.

V – Análise da declaração do imposto de renda da pessoa jurídica, para adequação da provisão do imposto
de renda.

Assinale a opção que contém os itens que correspondem aos papéis de trabalho do auditor que devem
corretamente fazer parte da pasta corrente.

a) I, IV e V

b) I, II e IV

c) III, IV e V

d) II, III e V

e) I, II e III

11. (Sim/98) De acordo com a NBC-T-11, a continuidade normal dos negócios da entidade deve merecer
especial atenção do auditor quando do planejamento dos seus trabalhos, ao analisar:

a) Os testes de auditoria

b) Os procedimentos de auditoria

c) Os efeitos nas demonstrações contábeis

d) Os fatores objetivos

e) Os riscos de auditoria

12. (AFRF/96) Indique a assertiva que não configura conflito de interesses e, portanto perda efetiva, ou
aparente, da independência do auditor:

a) Vínculos conjugais com administrador da empresa auditada

b) Relação de trabalho como empregado, nos últimos dois anos

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c) Utilização dos trabalhos de auditores internos

d) Fixação de honorários condicionais à natureza dos trabalhos

e) Participação indireta como acionista da empresa auditada

13. Ao planejar seu trabalho o auditor deve considerar-se impedido na ocorrência das seguintes hipóteses,
exceto:

a) Vínculos conjugais com administradores ou sócios

b) Relação de trabalho como empregado ou administrador nos últimos três anos

c) Participação como acionista ou sócio da empresa auditada

d) Interesse financeiro direto ou indireto nos negócios da empresa

e) Fixar honorários condicionais ou incompatíveis com a natureza do trabalho.

14. O planejamento de auditoria deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos trabalhos.
Indique a opção que não se constitui em fator relevante para o planejamento de auditoria externa:

a) Riscos de auditoria.

b) Existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas.

c) Uso dos trabalhos de especialistas.

d) Prevenção de fraude e erro.

e) Grau de confiança nos sistemas de controles internos.

15. Qual das opções abaixo corresponde à definição de risco de auditoria?

a) É a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre o Sistema de
Controle Interno significativamente correto.

b) É a possibilidade de o auditor vir a não emitir uma opinião tecnicamente adequada sobre as
demonstrações contábeis significativamente incorretas.

c) É a impossibilidade de o auditor vir a não emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre as
demonstrações contábeis significativamente corretas.

d) É a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre as demonstrações
contábeis significativamente incorretas.

e) É a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente adequada sobre a demonstração
financeira da auditada.

16. A análise dos riscos de auditoria deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos, considerando a
relevância em dois níveis:

a) Teórico e prático.

b) Teórico e sistemático.

c) Geral e específico.

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d) Geral e sistemático.

e) Geral e prático-sistemático.

17. O auditor deve efetuar sugestões objetivas para o aprimoramento do sistema contábil e de controle
interno, decorrentes de constatações feitas no decorrer do trabalho. A responsabilidade pelo sistema
contábil e de controle interno será:

a) Do auditor independente.

b) Da administração da entidade auditada.

c) Dos acionistas da empresa.

d) Do conselho fiscal.

e) Do conselho de administração e da diretoria.

18. O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente
os seguintes, com exceção de:

a) Conhecimento detalhado do controle contábil e de controle interno da entidade e seu grau de


confiabilidade.

b) A natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem aplicados e os riscos


de auditoria.

c) Controle dos sistemas gerenciais, administrativos e de operacionalização das áreas relevantes da


entidade.

d) A existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas.

e) O uso dos trabalhos de outros auditores, especialistas e auditor interno.

19. Os exames de auditoria devem ser planejados e executados na expectativa de que os eventos relevantes
relacionados com as demonstrações contábeis sejam identificados. Marque a opção falsa. A relevância deve
ser considerada pelo auditor quando:

a) Avaliar o efeito das distorções sobre os saldos, denominação e classificação das contas.

b) Determinar a natureza, a oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria.

c) Aplicar os testes de observância.

d) Determinar a adequação da apresentação e da divulgação da informação contábil.

e) Nenhuma das alternativas anteriores.

20. (AFPS/2002) O risco de sistemas contábeis e de controles internos que deixarem de prevenir e/ou
detectar uma distorção no saldo de uma conta que pode ser relevante, classifica-se como risco:

a) Inerente

b) Do trabalho

c) De controle

d) Detecção

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e) Do negócio

21. Representa uma descrição detalhada do funcionamento de um ciclo de transações, enfatizando seus
pontos fortes e fracos de controle. Deve conter o maior volume de informações possível, contudo não pode
dificultar um entendimento rápido e global do ciclo de transação:

a) Questionário.

b) Fluxograma.

c) Memorando.

d) Programa de auditoria.

e) Plano de auditoria.

22. Não obstante a importância de se implantar e de se manter um sistema de controle interno, não se pode
olvidar das limitações a que ele está sujeito. Como exemplo de limitações têm-se:

a) Princípio do custo x benefício.

b) Cobertura de transações conhecidas e rotineiras e não das eventuais.

c) Potencial de erro humano e ocorrência de conluio.

d) Abuso de autoridade.

e) Todas as anteriores.

23. Os procedimentos de controle representam os instrumentos utilizados pela administração para assegurar
o cumprimento das políticas, metas e diretrizes. Não são exemplos de procedimentos de controle:

a) Relatar, revisar e aprovar conciliações;

b) Conferir a precisão aritmética dos registros;

c) Controlar aplicativos e o ambiente de sistemas de informação computadorizados, porexemplo,


estabelecendo controles sobre mudanças de programas de computador e acesso a arquivos de dados;

d) Manter e revisar balancetes e contas de controle e aprovar e controlar documentos;

e) Todas as anteriores.

24. Os riscos de auditoria podem ser classificados da seguinte forma:

I - Risco Inerente: é a suscetibilidade de uma afirmação a um erro ou classificação indevida material,


supondo que não haja controles.

II - Risco de Controle: é o risco de que um erro ou classificação indevida de materiais que possam constar de
uma afirmação não sejam evitados ou detectados tempestivamente pelos controles internos da entidade.

III - Risco de Detecção: é o risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação indevida relevante
que existe em uma afirmação.

Assinale a opção que contém a afirmação correta:

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a) Apenas a I está correta;

b) Apenas a II está correta;

c) Apenas a III está correta;

d) As alternativas I, II e III estão corretas;

e) NRA.

25. Na análise de continuidade das operações o auditor deverá considerar os seguintes indicadores de
operação:

a) perda de elementos-chaves na administração sem modificações ou substituições imediatas e perda de


mercado, franquia, licença, fornecedor essencial ou financiador estratégico;

b) Não cumprimento de normas legais, regulamentares e estatutárias;

c) Contingências capazes de não serem cumpridas pela entidade;

d) Mudanças das políticas governamentais que afetam a entidade;

e) Todas as anteriores.

26. (ICMS/RS) Todos os procedimentos de auditoria são baseados em uma ou mais das técnicas auditoriais,
de forma que o conhecimento perfeito dessas técnicas é primordial na elaboração do programa de auditoria,
por isso o auditor deve levar em consideração que:

a) A elaboração do programa não depende da revisão do controle interno

b) O programa de auditoria deve incluir procedimentos que visam à apuração de quaisquer erros que se
enquadrem dentro do exame

c) Os procedimentos de auditoria mais complexos são sempre os mais eficientes

d) Quanto mais simples e direto é um procedimento, menos eficiente e mais dispendioso

e) Não deve investigar, observar e examinar os documentos para saber se a situação existente é a mesma
descrita

27. Das opções abaixo, assinale a que corresponde a um procedimento usual de auditoria:

a) Exame físico, inspeção e conferência de cálculo.

b) Conferência de cálculo e exame da escrituração.

c) Exames dos documentos originais e confirmação.

d) Inspeção, investigação minuciosa e observação.

e) Todas as anteriores.

28. O planejamento e os programas de trabalho devem ser revisados e atualizados:

a) Ao final de cada auditoria.

b) Quando a auditada solicitar.

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c) Quando novos fatos o recomendarem.

d) Quando o conselho de administração o recomendar.

e) Ao final de cada gestão.

29. O conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para
fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas, chama-se:

a) Planejamento da auditoria.

b) Provas seletivas, testes e amostragens.

c) Sistema contábil e de controle interno.

d) Programas de auditoria.

e) Procedimentos de auditoria.

30. Os programas de auditoria objetivam:

a) ((((1) evidenciar os requisitos planejados; 2) estabelecer a extensão e datas dos procedimentos a serem
executados; 3) estabelecer a estimativa de horas por procedimentos a serem realizados; e 4) controlar os
passos do programa realizados e a realizar.

b) (((1) evidenciar os requisitos planejados; 2) estabelecer a extensão e datas dos procedimentos a serem
executados; e 3) estabelecer a estimativa de horas por procedimentos a serem realizados.

c) ((((1) evidenciar os requisitos planejados; 2) estabelecer a extensão e datas dos procedimentos a serem
executados; 3) estabelecer a estimativa de horas por procedimentos a serem realizados; 4) controlar os
passos do programa realizados e a realizar; 5) evidenciar quem realizou os passos e f) evidenciar quem
revisou os trabalhos.

d) A e B estão corretas.

Todas as alternativas anteriores estão incorretas

31. (AFTE - RN - 2004/2005) Os fluxogramas são diagramas que descrevem os passos do processamento
da informação nas rotinas contábeis. Sua elaboração é acompanhada por descrições narrativas que
evidenciam detalhes adicionais dos controles. Assim, podemos afirmar que eles somente não evidenciam da
entidade.

a) As funções principais do processo.

b) A trilha de auditoria documentária.

c) Os passivos contingenciais omitidos.

d) Os programas e arquivos de computadores.

e) Os relatórios produzidos nos processos.

32. (AFTE - RN - 2004/2005) Na avaliação do risco de auditoria, quando na fase de planejamento, em nível
específico, deve o auditor avaliar:

a) A natureza e o volume das transações.

b) O sistema de controles internos da entidade.

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c) As atividades da entidade.

d) O sistema contábil da entidade.

e) A qualidade da administração da entidade.

33. (AFTE - RN - 2004/2005) A responsabilidade primária na prevenção e identificação de fraude e erros da


entidade é:

a) Da auditoria independente da entidade.

b) Do contador da entidade.

c) Da consultoria contábil da entidade.

d) Do advogado da entidade.

e) Da administração da entidade.

34. (AFTE - RN - 2004/2005) Os testes de observância têm como objetivo obter:

a) Certeza de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração estão em efetivo
funcionamento e cumprimento.

b) Razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração estão
em efetivo funcionamento e cumprimento.

c) Certeza de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração não estão em
efetivo funcionamento e cumprimento.

d) Confiabilidade absoluta de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração


não estão em efetivo funcionamento e parcial cumprimento.

e) Razoável certeza de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração não
estão em efetivo funcionamento e cumprimento.

35. (AFTE - RN - 2004/2005) Na avaliação do risco de auditoria, o auditor deve avaliar o ambiente de
controle da entidade, excetuando:

a) A avaliação do cumprimento do planejamento.

b) A estrutura organizacional da entidade.

c) Os métodos de administração adotados.

d) As limitações de acesso físico a ativos.

e) O sistema de aprovação e registro de transações.

36. (AFTE - RN - 2004/2005) A relação custo versus benefício para a avaliação e determinação dos
controles internos deve considerar que o custo dos controles internos de uma entidade:

a) Deve ser superior aos benefícios por ele gerados.

b) Não deve ser inferior aos benefícios por ele gerados.

c) Não deve ser igual ou inferior aos benefícios por ele gerados.

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d) Deve ser superior ou igual aos benefícios por ele gerados.

e) Não deve ser superior aos benefícios por ele gerados.

37. (AFTE - RN - 2004/2005) São componentes inter-relacionados de controles internos, exceto o(a):

a) Ambiente de controle.

b) Avaliação de risco.

c) Atividades de controle.

d) Método de custos.

e) Monitoração.

38. (AFTE - RN - 2004/2005) Para dimensionar se a empresa terá continuidade de suas atividades, o auditor
deve avaliar se haverá normalidade nas operações da empresa pelo período de:

a) Seis meses após a data das demonstrações contábeis.

b) Dois anos após a data das demonstrações contábeis.

c) Um ano após a publicação das demonstrações contábeis.

d) Seis meses após a publicação das demonstrações contábeis.

e) Um ano após a data das demonstrações contábeis.

39. (AFTE - RN - 2004/2005) No planejamento de auditoria, o auditor deve avaliar relevância em dois níveis:

a) De demonstração de resultado e de saldo sintético.

b) De demonstrações contábeis e de saldo de conta.

c) De saldo de conta e de parecer de auditoria.

d) De parecer de auditoria e volume de transações.

e) De volume de transações e de demonstrações contábeis.

Amostragem Estatística

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Nos primórdios da auditoria, mais precisamente até o século XIX, o exame era feito, quase sempre,
sobre a totalidade das operações, ou seja, 100% das transações eram observadas. As práticas
comerciais e administrativas, até então, assim permitiam.

No transcurso do século XX, a auditoria adquire caráter mais sistemático e profissional, surge o auditor
independente. Nos anos quarenta, a auditoria passa a ser realizada com base em testes, assim como
a avaliação do controle interno começa a ser utilizada para suportar os exames. Nos anos sessenta, a
amostragem estatística começa a ser utilizada como instrumento para definição do escopo auditorial,
ou seja, a estatística passa a contribuir significativamente para a aplicação de procedimentos
auditoriais, principalmente em face da economia de recursos e de tempo gerada.

A estatística pode ser conceituada como o método que permite observar, descrever, categorizar,
mensurar e interpretar dados, objetivando obter relações de modo a facilitar o processo de tomada de
decisão em qualquer campo de atividade e do pensamento humano, entre eles a auditoria.

Etimologicamente, a palavra estatística origina-se da forma italiana statistica. Por volta de 1633, ela foi
associada com o sentido de ciência do Estado, pois o termo era empregado, conforme preceitua a
Enciclopédia Barsa, para representar o conjunto de informações “referentes a assuntos de interesse
do Estado, geralmente com finalidade de controle fiscal ou de segurança nacional.”

A palavra estatística no sentido atual – método auxiliar de estudo dos fenômenos coletivos,
econômicos, sociais ou científicos – foi pioneiramente utilizada pelo economista alemão Gottfried
Achenwall (1719 – 1772).

Assim, a estatística, hoje, é empregada para designar o método que possibilita obter determinadas
conclusões sobre o todo, que é a população, com base em estudos, observações e análises de
partes desse todo, que é o que se denomina de amostra.

Amostragem é a técnica utilizada para seleção de amostra, que representa, nos dizeres de Crespo
(1995, p. 19), “um subconjunto finito de uma população”. A amostragem pode ser estatística e não -
estatística, sendo que esta última não permite a avaliação da probabilidade de erro.

A população estatística representa o universo estatístico, ou seja, o conjunto de elementos com uma
característica comum.

Registre-se que a amostragem deve garantir, sempre que possível, a mesma possibilidade de escolha
para todos os elementos da população.

As principais técnicas de amostragem são:

 Amostragem casual: também denominada de amostragem aleatória simples, é realizada pela


simples escolha aleatória, normalmente por sorteio, de um determinado número de elementos de uma
população. Muitas vezes pode ser utilizada para a escolha dos itens a serem testados, a tabela de
dígitos pseudo- aleatórios, a qual pode ser obtida facilmente nos livros de estatística, com o uso de
7
calculadoras ou planilhas eletrônicas, como, por exemplo, o Excel .

 Amostragem proporcional estratificada: neste tipo de amostragem a escolha dos itens a serem
testados ocorre de forma aleatória, mas dentro de um determinado estrato da população, que
apresenta um comportamento homogêneo. O estrato compreende uma divisão da população,
normalmente denominada de subpopulação.

 Amostragem por conglomerado: é o tipo de amostragem que pressupõe a disposição dos itens por
subgrupos heterogêneos representativos da população global.

 Amostragem sistemática: este tipo de amostragem é normalmente utilizado quando os elementos


da população já se encontram ordenados, por exemplo, conjunto de notas fiscais de 001 a 1000.

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Logo, a seleção poderá ser feita por um sistema imposto pelo auditor. No caso das notas fiscais
descritas, a seleção de 10 itens poderá ser feita na sequência de 100 em 100 (1.000/10 = 100).

Quando não for possível o exame integral das transações, o auditor pode utilizar a amostragem
estatística em auditoria, conceituada como o método de selecionar um determinado grupo da
população auditorial (amostra auditorial) para obter informações e expressar opinião ou comentários
sobre o total da população, ou seja, fazer as inferências estatísticas, que nos dizeres de Lopes (2001,
p. 10), representam a “parte da Estatística que usa uma amostra para fazer generalizações a respeito
de aspectos importantes de uma população.”

Segundo Giove (1998, p. 69), em livre tradução, amostragem de auditoria é:

A aplicação de procedimentos de auditoria sobre uma determinada parcela de itens dentro de um


grupo de transações ou contas do balanço para obter inferências sobre as características de 100%
dos itens (população).

Portanto, na aplicação dos procedimentos auditoriais pode ser observada pelo auditor as técnicas da
amostragem estatística, além das provas seletivas e dos testes. As próprias normas de auditoria assim
determinam.

A Norma Internacional de Auditoria n.º 530 da IFAC objetiva “estabelecer normas e proporcionar
orientação sobre o projeto e seleção de uma amostra em auditoria e sobre a avaliação dos resultados
da amostra”.

O CFC, através da Resolução n.º 820/97, que trata das “Normas de Auditoria Independente das
Demonstrações Contábeis – NBC T 11”, preconiza que:

A aplicação dos procedimentos de auditoria deve ser realizada, em razão da complexidade e volume
das operações, por meio de provas seletivas, testes e amostragens, cabendo ao auditor, com base
na análise de riscos de auditoria e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude dos
exames necessários à obtenção dos elementos de convicção que sejam válidos para o todo.
(Grifamos)

Nos dizeres de Miller e Bailey apud Costa (1998, p. 108), a utilização da amostragem estatística
possibilita as seguintes vantagens para o processo auditorial:

 Facilita a determinação de uma amostra eficiente;

 Mede a suficiência da matéria de prova;

 Facilita a avaliação dos resultados da amostra;

 Permite a quantificação dos riscos de amostragem.

Além das vantagens descritas, pode-se incluir a economia de recursos e de tempo, além de tornar
mais operacional a auditoria.

Logo, o auditor, ao determinar a extensão de um teste ou ao selecionar os itens a serem testados,


pode empregar técnicas de amostragem estatística, levando sempre em consideração o risco de
auditoria, que pode ser definido, segundo a Resolução n.º 820/97 do CFC, como sendo “a
possibilidade de se expressar uma opinião inadequada sobre demonstrações contábeis
significativamente incorretas.”

As principais normas sobre amostragem estatística em auditoria aprovadas pelo CFC indicam que:

 Ao usar métodos de amostragem estatística ou não estatística, o auditor deve projetar e selecionar
uma amostra de auditoria, aplicar a essa amostra procedimentos de auditoria e avaliar os resultados

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da amostra, de forma a proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada.

 A amostra selecionada pelo auditor deve ter uma relação direta com o volume de transações
realizadas pela entidade na área ou transação objeto de exame, como também com os efeitos na
posição patrimonial e financeira da entidade, e o resultado por ela obtido no período.

Segundo as normas de auditoria, no processo de determinação da amostra o auditor deve levar em


consideração: a) população; b) estratificação; c) tamanho da amostra; d) risco da amostragem; e) erro
tolerável; e f) erro esperado.

A população da amostra representa o conjunto dos dados de onde o auditor pretende selecionar a
sua amostra.

A estratificação da amostra é o processo de se dividir a população objeto de auditoria em


subpopulações com características homogêneas, ou seja, por camadas ou estratos.

O tamanho da amostra corresponde ao número de itens que serão testados. Na sua determinação
devem ser considerados os seguintes parâmetros: confiança, precisão, desvio-padrão e o tamanho da
população. Segundo a Norma Internacional de Auditoria n.º 530 da IFAC, “ao determinar o tamanho
da amostra, o auditor deve considerar o risco de amostragem, o erro tolerável e o erro esperado”.

Para se calcular o tamanho da amostra, pode ser utilizada a seguinte fórmula apresentada por
Barbetta (2001):

no = _1_
E2o
Onde:

n = tamanho da amostra

no = primeira aproximação do tamanho da amostra

Eo = erro amostral tolerável

n = _N.no_
N + no
Conhecendo o tamanho da população, pode-se usar a seguinte fórmula:

Sendo N = tamanho da população.

Portanto, para se obter o tamanho mínimo de uma amostra aleatória simples em uma população, por
exemplo, de 1.000 notas fiscais, com alta confiança de que os erros amostrais não ultrapassem 5%
(Eo = 0,05), tem-se:

Tamanho da amostra em uma primeira aproximação: no = ___1__,

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(0,05)

logo, no = 400

Corrigindo o cálculo, em função da população, tem-se:

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n = (1.000). (400)= 400.000 = 286

1.000+400 1.400

Em uma população de 1.000 notas fiscais, admitindo-se um erro amostral de 5%, deve- se selecionar
286 itens, o que é significativo.

Segundo Barbetta (2001, p. 59), erro amostral é “a diferença entre o valor que a estatística pode
acusar e o verdadeiro valor do parâmetro que se deseja estimar.”

A precisão é o maior valor que pode ser considerado como irrelevante.

Por risco de amostragem se entende a possibilidade da conclusão obtida com base na amostragem
ser diferente daquela que seria obtida se 100% da população fosse examinado.

O risco de amostragem pode abranger:

 Nos testes de observância:

a) Superavaliação de confiabilidade ou superdependência dos controles internos: consiste na


possibilidade de que a amostragem conduza o auditor a concluir que o grau de observância dos
controles internos na entidade auditada é maior do que o real.

b) Subavaliação de confiabilidade ou subdependência dos controles internos: consiste na


possibilidade de que a amostragem leve o auditor a concluir que o grau de observância dos controles
internos na entidade auditada é menor do que o real.

 Nos testes substantivos:

a) Risco de aceitação incorreta: consiste na possibilidade de que a amostragem conduza o auditor a


considerar que a informação auditada está correta, quando de fato não está.

b) Risco de rejeição incorreta: consiste na possibilidade de que a amostragem conduza o auditor a


julgar que a informação auditada está incorreta, quando de fato não está.

O erro tolerável é o erro máximo admitido pelo auditor para poder emitir uma opinião favorável sobre
a população examinada. Ele deve ser definido na fase de planejamento de auditoria.

O erro esperado é a quantidade de erro que o auditor espera que a população contenha. Portanto,
muitas vezes será necessário ampliar o tamanho da amostra, quando o erro da população excede o
erro tolerável.

Não se pode olvidar que, segundo a Resolução n.º 820/97 do CFC, na seleção de amostra devem ser
considerados pelo auditor os seguintes tipos de amostragem estatística:

 Seleção aleatória;

 Seleção sistemática, observando um intervalo constante entre as transações realizadas e

 Seleção casual, a critério do auditor, baseada em sua experiência profissional.

Não obstante as normas de auditoria não mencionarem, os auditores devem considerar a


probabilidade, que é o número que evidencia a possibilidade de determinada situação ocorrer.
Portanto, os erros decorrentes de uma inferência estatística podem ser quantificados por um valor
numérico, ou seja, pela probabilidade.

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Os auditores também devem considerar os elementos da estatística descritiva, tais como as medidas
de tendência central (média, mediana e moda), as medidas de dispersão (amplitude total da amostra,
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variância amostral, desvio padrão ), além das noções sobre tabelas e gráficos estatísticos.

Assim, a estatística é de fundamental importância para a atividade auditorial, pois todas as vezes que
não for possível examinar a totalidade da população, principalmente em função de custo, tempo e
outras questões operacionais, o auditor, até por imposição normativa, deverá selecionar a amostra –
amostragem, calcular a probabilidade de erros e elaborar suas inferências sobre o todo objeto de
auditoria.

Exercícios

01. (AFPS/2002) Na determinação da amostra, o auditor não deve levar em consideração o(a):

a) Erro esperado.

b) Valor dos itens da amostra.

c) Tamanho da amostra.

d) População objeto da amostra.

e) Estratificação da amostra.

02. (AFPS/2002) Nas alternativas de escolha da amostra, um dos tipos a ser considerado pelo auditor é a
seleção:

a) Direcionada e padronizada dos itens que compõem a amostra.

b) Dirigida e padronizada dos itens que comporão a base da amostra a ser utilizada.

c) Casual, a critério do auditor, baseada em sua experiência profissional.

d) Casual, a critério da empresa auditada, para determinação da amostra a ser utilizada.

e) Dirigida em comum acordo entre a empresa auditada e o auditor.

03. (AFRF/98/ESAF) Os planos de amostragem probabilística, que pressupõem a disposição dos itens de
uma população em subgrupos heterogêneos representativos da população global, é do tipo:

a) Amostragem aleatória.

b) Amostragem sistemática.

c) Amostragem estratificada.

d) Amostragem por julgamento.

e) Amostragem por conglomerado.

04. (AFRF/98) Assinale a opção que não encontra amparo na NBC-T-11 – Normas de Auditoria
Independente das Demonstrações Contábeis:

a) A amostra de auditoria pode ser feita por seleção casual, a critério do auditor, baseado em sua
experiência.

b) A amostra pode ser por seleção sistemática observando intervalo constante entre transações.

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c) A estratificação e o tamanho são alguns fatores que devem ser considerados para determinar a amostra.

d) A amostra de auditoria selecionada deve ter uma relação direta com o volume de transações realizadas.

e) O auditor deve empregar métodos de amostragem estatística para seleção de itens por serem testados.

05. (AFRF/00) A técnica de amostragem estatística em que se divide a população em subgrupos


homogêneos visando, por exemplo, diminuir o tamanho da amostra é denominada:

a) Amostragem por conglomerado.

b) Amostragem por julgamento.

c) Amostragem sistemática.

d) Amostragem estratificada.

e) Amostragem não-pro balística.

06. (AFRF/2001/ESAF) Assinale a opção que não representa uma obrigação do auditor, segundo a NBC-T-
11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis:

a) Confirmar valores expressivos de contas a receber.

b) Empregar técnicas de amostragem estatística.

c) Acompanhar inventário físico de itens de valor expressivo.

d) Avaliar sistema contábil e de controles internos.

e) Confirmar valores expressivos de contas a pagar.

07. Em razão da complexidade e volume das operações, a aplicação dos procedimentos de auditoria pode
ser realizada através de:

a) Provas seletivas, investigação e amostragem.

b) Testes, amostragem e investigação.

c) Planejamento, testes e provas seletivas.

d) Provas seletivas, testes e amostragens.

e) Testes, investigação minuciosa e planejamento.

08. (AFRF/2001/ESAF) O conjunto de parâmetros formado pela confiança, precisão, desvio-padrão da


população e tamanho da população determina o:

a) Desvio-padrão normal.

b) Intervalo de confiança.

c) Erro-padrão da média.

d) Tamanho da amostra.

e) Gerador de números aleatórios.

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09. Sobre amostragem é possível afirmar:

I – A população da amostra representa o conjunto dos dados de onde o auditor pretende selecionar a sua
amostra.

II – A estratificação da amostra é o processo de se dividir a população objeto de auditoria em subpopulações


com características homogêneas.

III – O tamanho da amostra corresponde ao número de total de itens.

a) I e II estão corretas.

b) I está correta.

c) III está correta.

d) I e II estão incorretas.

e) II e III estão corretas.

10. Erro amostral é:

a) Diferença entre o valor que a estatística pode acusar e o verdadeiro valor do parâmetro que se deseja
estimar.

b) Possibilidade da conclusão obtida com base na amostragem ser diferente daquela que seria obtida se
100% da população fosse examinado.

c) Erro máximo admitido pelo auditor para poder emitir uma opinião favorável sobre a população examinada.

d) Quantidade de erro que o auditor espera que a população contenha.

e) É necessário ampliar o tamanho da amostra.

11. (AFRF/2002/ESAF) O risco de amostragem em auditoria nos testes de procedimentos de comprovação


pode ser assim classificado:

a) Subavaliação e superavaliação da confiabilidade.

b) Aceitação incorreta e superavaliação da confiabilidade.

c) Superavaliação da confiabilidade e rejeição incorreta.

d) Rejeição incorreta e subavaliação da confiabilidade.

e) Rejeição incorreta e subavaliação incorreta.

12. (AFRF/2002/ESAF) O risco que o auditor corre por considerar, como resultado de uma amostra que
suporte sua conclusão, que o saldo de uma conta ou classe de transações registradas estão relevantemente
corretos, quando de fato não estão, é denominado:

a) Risco de aceitação incorreta.

b) Risco de superavaliação de confiabilidade.

c) Risco de rejeição incorreta.

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d) Risco de subavaliação de confiabilidade.

e) Risco de estimativa contábil.

13. (AFRF/2002/ESAF) O auditor deve reavaliar o risco de amostragem quando o:

a) Erro tolerável excede os erros da população.

b) Risco de controle excede o risco de rejeição.

c) Risco da população excede o erro tolerável.

d) Risco de aceitação excede o de rejeição.

e) Risco de aceitação excede o risco de detecção.

14. (AFRF/2002/ESAF) Ao determinar o tamanho de uma amostra, o auditor deve considerar

a) Tamanho da população, risco de amostragem e erro esperado.

b) Tamanho da população, erro tolerável e erro esperado.

c) Risco da população, risco de controle e erro esperado.

d) Risco de amostragem, erro tolerável e erro esperado.

e) Risco de detecção, tamanho da população e desvio aceitável.

15. (AFRF/2002/ESAF) A técnica de amostragem estatística em que se divide a população em subgrupos


homogêneos, visando, por exemplo, diminuir o tamanho da amostra é denominada:

a) Amostragem por conglomerado.

b) Amostragem sistemática.

c) Amostragem estratificada.

d) Amostragem por julgamento.

e) Amostragem não-pro balística.

16. (AFRF/2002/ESAF) O termo estatístico que define o maior valor que um auditor poderia considerar
irrelevante na auditoria de uma determinada rubrica contábil denomina-se:

a) Desvio-padrão.

b) Precisão.

c) Variância.

d) Intervalo de confiança.

e) Erro-padrão.

17. (ISS/NATAL/2001/ESAF) Assinale a opção que não representa um fator importante que deve ser
considerado no planejamento dos trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis:

a) Uso dos trabalhos de outros auditores independentes.

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b) Existência de entidades associadas e partes relacionadas.

c) Conhecimento do sistema contábil e de controles internos.

d) Conhecimento detalhado das práticas contábeis da entidade.

e) Utilização compulsória de métodos de amostragem.

18. (AFC/NATAL/2001/ESAF) O critério de seleção casual para determinar a amostra ser testada pelo auditor
ocorre quando a amostra:

a) For selecionada aleatoriamente sem um critério definido.

b) Obedecer a um intervalo constante entre transações realizadas.

c) Possuir pequena cobertura em relação a população.

d) Contiver elevada cobertura em relação a população.

e) For definida em sua experiência profissional.

19. (AFC/NATAL/2001/ESAF) Ao utilizar o método de amostragem estatística para verificar a aderência aos
controles internos, o auditor tem maior probabilidade em conduzir a uma opinião errônea quando incorre no
risco de:

a) Subavaliação da confiabilidade.

b) Rejeição incorreta.

c) Aceitação incorreta.

d) Superavaliação da confiabilidade.

e) Avaliação da população

20. É o erro máximo:

a) Erro esperado.

b) Erro tolerável.

c) Erro total.

d) Erro superior.

e) Erro amostral.

21. (AFTE - RN - 2004/2005) Das assertivas a seguir, identifique a que não está relacionada à determinação
da amostra

a) Estratificação.

b) Tamanho.

c)Erro tolerável.

d) Erro esperado.

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e) Sequência.

Gabarito Capítulo 5

01. B

02. C

03. E

04. E

05. D

06. B

07. D

08. D

09. A

10. A

11. A

12. A

13. C

14. D

15. C

16. B

17. E

18. E

19. D

20. B

21. E

Procedimentos de Auditoria

Os procedimentos de auditoria são os mecanismos utilizados pelo auditor para a obtenção de


evidências ou provas de auditoria. Representam o conjunto de técnicas ou métodos que permitem ao
auditor obter elementos probatórios de forma suficiente e adequada para fundamentar seus
comentários, quando da elaboração do seu relatório.

Segundo o CFC, como já descrito no capítulo 3, os procedimentos de auditoria podem ser agrupados
em testes de observância a em testes substantivos. Os primeiros são relacionados com a
validação de controle internos. Os testes substantivos se relacionam com os exames de saldos de
balanços e a totalidade dos valores.

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Os procedimentos de auditoria não são rígidos, podendo variar de auditoria para auditoria, de modo a
se ajustarem às circunstâncias específicas de cada caso em exame.

A aplicação dos procedimentos de auditoria pode ser realizada através de exames, provas seletivas,
testes e amostragens em razão da complexidade e volume das operações de cada entidade auditada,
cabendo ao profissional da auditoria, com base na análise de riscos envolvidos e outros elementos de
que dispuser, determinar a amplitude ou o escopo dos exames necessários à obtenção dos elementos
probatórios que sejam válidos para o todo auditado.

Os principais procedimentos de auditoria são:

 Exame dos Registros: verificação da adequação dos registros contábeis e auxiliares.

 Exame Documental: é a análise da adequação dos documentos comprobatórios dos fatos auditados,
entre outros documentos que normalmente são examinados, pode- se citar notas fiscais, cautelas,
duplicatas quitadas, contratos. Quando o auditor realiza o exame dos documentos originais, deve estar
atento para a autenticidade, normalidade, aprovação e registro.

 Conferência de Cálculos: revisão dos principais (relevantes) cálculos realizados pela entidade
auditada, de modo a verificar sua exatidão. Entre as conferências de cálculos fundamentais está a
conferência de soma.

 Entrevistas: questões dirigidas de forma técnica aos auditados de modo a detalhar e esclarecer
procedimentos. Pode ser realizada de forma estruturada (questões padronizadas) ou não-
estruturadas.

 Inspeção Física: exame da existência de bens. Este procedimento deve ser aplicado de forma
cuidadosa pelo auditor, que deve estar atento aos detalhes envolvidos na utilização dos bens.
Segundo o CFC, a inspeção física envolve também o exame dos títulos e outros documentos
comprobatórios. Na aplicação deste procedimento devem ser consideradas: identificação, existência,
autenticidade, quantidade e qualidade.

 Circularização: é a confirmação de saldos e informações mantidos com terceiros. Solicitada pelo


auditor, é elaborada pela entidade auditada. Todavia, é o auditor que deverá receber diretamente as
respostas. A circularização implica a obtenção de declaração formal e isenta de pessoas
independentes com relação ao ente auditado. Os procedimentos a seguir estão relacionados com os
exames de confirmação: seleção criteriosa dos itens, para serem examinados; controle dos pedidos de
confirmação, para serem despachados aos destinatários; procedimento alternativo de verificação para
as respostas de confirmações não recebidas; as respostas do pedido de confirmação devem ser
endereçadas ao auditor e algumas confirmações devem ser obtidas pessoalmente, nos casos julgados
apropriados pelo auditor.

A circularização pode ser:

 preta: quanto fornece o saldo a ser confirmado;

 branca: quando não fornece o saldo a ser confirmado;

 negativa: quando informa que não é necessária a resposta quando o auditado concorda com o
valor informado;

 positiva: quando informa que é necessária a resposta.

 Observação: é a análise dos fatos durante a sua ocorrência.

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 Correlação: é a relação entre um fato examinado em uma área com seus impactos em outras.

 Procedimento de revisão analítica: é a avaliação dos dados com base em testes globais, aplicação
de índices de análise de balanço e análise de variações. Na aplicação dos procedimentos de revisão
analítica o auditor deve considerar a disponibilidade das informações, sua confiabilidade, relevância e
comparabilidade.

A Resolução n.º 820/93 do CFC, estabelece que a aplicação dos procedimentos de auditoria “deve ser
realizada, em razão da complexidade e volume das operações, por meio de provas seletivas, testes e
amostragens, cabendo ao auditor, com base na análise de riscos de auditoria e outros elementos de
que dispuser, determinar a amplitude dos exames necessários à obtenção dos elementos de convicção
que sejam válidos para o todo”.

Ainda segundo o CFC, na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve
considerar os seguintes procedimentos técnicos básicos:

a) inspeção – exame de registros, documentos e de ativos tangíveis;

b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução;

c) investigação e confirmação – obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras


da transação, dentro ou fora da entidade;

d) cálculo – conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, registros e


demonstrações contábeis e outras circunstâncias; e

e) revisão analítica – verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices,


quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou
tendências atípicas.

Tipos de Testes em Áreas Específicas das Demonstrações Contábeis

São apresentadas a seguir, sem pretender esgotar a lista, alguns objetivos e procedimentos de
auditoria em algumas áreas do Balanço Patrimonial, a saber:

 Disponível

Os objetivos de auditoria do disponível são verificar se:

a) os valores registrados no disponível representam os disponibilidades da organização;

b) os valores registrados no disponível estão adequadamente classificados;

c) as divulgações relativas ao disponível foram devidamente realizadas;

d) não há gravames ou riscos sobre o disponível;

e) a legislação correspondente foi seguida;

f) todo o disponível de propriedade da organização foi devidamente apresentado;

g) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do disponível são:

a) contagem física do numerário em caixa, que deve ser feita sempre na presença do responsável,
devendo ser obtida uma declaração por escrito de que os valores contados foram devolvidos na

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totalidade;

b) confirmação dos saldos bancários;

c) confirmação das aplicações financeiras;

d) confirmação das pessoas autorizadas a movimentar as contas bancárias e aplicações financeira;

e) análise dos controles de distribuição de senhas;

f) verificação da existência de limites de alçadas;

g) conferência de somas das conciliações bancárias e boletins de caixa;

h) revisão das conciliações bancárias;

i) conferência de cálculos da remuneração das aplicações financeiras;

j) correlação com a área de empréstimos;

k) observação da adequada classificação das contas;

l) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Contas a Receber

Os objetivos de auditoria do contas a receber são verificar se:

a) os valores registrados em contas a receber representam verdadeiramente valores realizáveis da


organização.

b) os valores registrados em contas a receber estão adequadamente classificados.

c) as divulgações relativas ao contas a receber foram devidamente realizadas.

d) não há gravames ou riscos sobre o contas a receber.

e) a legislação correspondente foi seguida.

f) todo o contas a receber de propriedade da organização foi devidamente apresentado.

g) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do contas a receber são:

a) contagem de duplicatas e títulos a receber, se aplicável.

b) confirmação de contas a receber relevantes.

c) conferência de cálculo de juros e correções que foram apropriados.

d) revisão das classificações de curto e longo prazo.

e) conferência da adequação dos valores considerados como provisão para devedores duvidosos.

f) exame do registro do razão analítico do contas a receber.

g) exame da liquidação subsequente.

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h) correlação com a área de vendas.

i) observação da adequada classificação das contas.

j) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Estoques

Os objetivos de auditoria dos estoques são verificar se:

a) os bens registrados como estoques existem fisicamente.

b) os valores registrados no estoque representam verdadeiramente bens realizáveis da organização.

c) os valores registrados no estoque estão adequadamente classificados.

d) os valores registrados no estoque estão adequadamente avaliados.

e) as divulgações relativas ao estoque foram devidamente realizadas.

f) não há gravames ou riscos sobre o estoque.

g) a legislação correspondente foi seguida.

h) todo o estoque de propriedade da organização foi devidamente apresentado.

i) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do estoque são:

a) contagem física do estoque por amostragem

b) revisão dos procedimentos utilizados pelo auditado na realização de inventários.

c) revisão dos mapas de inventário.

d) exame dos documentos de entrada e saída do estoque.

e) análise dos estoque de baixa rotatividade ou morosos.

f) analise dos estoques obsoletos ou improváveis de realização.

g) exame da adoção do critério de custo ou mercado, dos dois o menor.

h) confirmação dos estoques em poder de terceiros.

i) confirmação dos estoques de terceiros em poder da organização.

j) confirmação das importações em andamento

k) conferência de cálculos de apropriação de custos.

l) correlação com o custo das vendas e com o contas a apagar.

m) observação da adequada classificação das contas.

n) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

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 Despesas Antecipadas

Os objetivos de auditoria das despesas antecipadas são verificar se:

a) os valores registrados em despesas antecipadas representam verdadeiramente gastos que


beneficiarão o exercício seguinte.

b) os valores registrados em despesas antecipadas estão corretamente classificados.

c) a legislação correspondente foi seguida.

d) os valores das coberturas estão compatíveis com os valores de mercado dos bens segurados.

e) há cobertura suficiente para os ativos.

f) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria das despesas antecipadas são:

a) análise da adequação das apólices.

b) análise da adequação dos contratos.

c) confirmação dos valores das apólices e dos pagamentos.

d) conferência de cálculos das apropriações feitas para o resultado.

e) observação da adequada classificação das contas.

f) correlação com a área de despesas.

g) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Investimentos

Os objetivos de auditoria dos investimentos são verificar se:

a) os investimentos efetivamente existem.

b) Os valores registrados como investimentos representam verdadeiramente participações


permanentes em outras organizações.

c) os valores registrados como investimentos estão adequadamente classificados.

d) as divulgações relativas aos investimentos foram devidamente realizadas.

e) não há gravames ou riscos sobre os investimentos.

f) a legislação correspondente foi seguida.

g) Todos os investimentos de propriedade organização foram devidamente apresentados.

h) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria dos investimentos são:

a) inspeção física dos títulos dos principais valores classificados nos investimentos.

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b) exame dos documentos de entrada e de baixa dos investimentos.

c) análise dos investimentos considerados como não realizáveis.

d) conferência de cálculos de atualizações realizadas.

e) conferência do cálculo da equivalência patrimonial.

f) conferência de cálculos das provisões para perdas

g confirmação com terceiros.

h) correlação com o resultado.

i) observação da adequada classificação das contas.

j) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Imobilizado

Os objetivos de auditoria do imobilizado são verificar se:

a) os bens registrados como imobilizado existem fisicamente.

b) os valores registrados no imobilizado representam verdadeiramente bens e direitos que estão


sendo utilizados nas operações da organização.

c) os valores registrados no imobilizado estão adequadamente classificados.

d) as divulgações relativas ao imobilizado foram devidamente realizadas.

e) não há gravames ou riscos sobre o imobilizado.

f) a legislação correspondente foi seguida.

g) todo o imobilizado de propriedade da organização foi devidamente apresentado.

h) Os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do imobilizado são:

a) Inspeção física dos principais valores classificados no imobilizado.

b) Exame dos documentos de entrada e de baixa do imobilizado.

c) Análise dos bens imobilizados considerados como inservíveis.

d) Confirmação das importações em andamento.

e) Confirmação dos contratos de arrendamento mercantil.

f) Revisão dos livros de inventário.

g) Conferência de cálculos de apropriação de depreciação, amortização e exaustão.

h) Revisão das reavaliações feitas.

i) Análise das reavaliações realizadas.

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j) Correlação com o resultado.

k) Observação da adequada classificação das contas.

l) Observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Contas a Pagar

Os objetivos de auditoria das contas a pagar são verificar se:

a) Os valores registrados em contas a pagar representam verdadeiramente valores exigív eis da


organização.

b) Os valores registrados em contas a pagar estão adequadamente classificados.

c) As divulgações relativas às contas a pagar foram devidamente realizadas.

d) Existem ativos dados em garantias ou vinculados às contas a pagar.

e) Todos os passivos contingentes foram devidamente registrados.

f) A legislação correspondente foi seguida.

g) Todo o contas a pagar da organização foi devidamente apresentado.

h) Os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria das contas a pagar são:

a) Exame das duplicatas e títulos a pagar, se aplicável.

b) Confirmação dos saldos das contas a pagar.

c) Conferência de cálculo de juros e correções incorridos.

d) Conferência de cálculo de impostos e contribuições devidas.

e) Conferência de cálculo das provisões de férias e outras.

f) Revisão das classificações de curto e longo prazo.

g) Exame do registro do razão analítico das contas a pagar.

h) Correlação com a área de compras e estoques.

i) Exame da liquidação subsequente.

j) Observação da adequada classificação das contas.

k) Observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Empréstimo

Os objetivos de auditoria de empréstimo são verificar se:

a) Os valores registrados como empréstimo representam verdadeiramente valores exigíveis da


organização.

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b) Os valores registrados como empréstimo estão adequadamente classificados.

c) As divulgações relativas aos empréstimos foram devidamente realizadas.

d) Existem ativos dados em garantias ou vinculados aos empréstimos.

e) Todos os passivos contingentes foram devidamente registrados.

f) A legislação correspondente foi seguida.

g) Todos os empréstimos da organização foram devidamente apresentados.

h) Os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria dos empréstimos são:

a) Exame documental dos contratos de empréstimo.

b) Exame documental dos pagamentos realizados.

c) Confirmação dos saldos de empréstimos.

d) Conferência de cálculo de juros e variações incorridos.

e) Revisão das classificações de curto e longo prazo.

f) Exame dos controles paralelos.

g) Correlação com a área de disponibilidades e de despesas.

h) Exame da liquidação subsequente.

i) Observação da adequada classificação das contas.

j) Observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Patrimônio Líquido

Os objetivos de auditoria do patrimônio líquido são verificar se:

a) Os valores registrados no patrimônio líquido representam verdadeiramente valores pertencentes


aos proprietários da organização.

b) Os valores registrados no patrimônio líquido estão adequadamente classificados.

c) As divulgações relativas ao patrimônio líquido foram devidamente realizadas.

d) A legislação correspondente foi seguida.

e) As normas estatutárias foram seguidas.

f) Os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

O principal procedimento de auditoria do patrimônio liquida são:

a) Contagem das cautelas de ações.

b) Confirmação da participação acionária.

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c) Confirmação dos valores classificados como reservas de capital.

d) Conferência de cálculo.

e) Conferência de cálculo das reservas de lucro.

f) Conferência de cálculo das realizações de reservas.

g) Conferência de cálculo da distribuição dos dividendos.

h) Revisão das classificações contábeis realizadas.

i) Exame das atas de assembleias.

j) Correlação com a área de resultado.

k) Observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Resultado de Exercício

Os objetivos de auditoria do resultado do exercício são verificar se:

a) Os valores registrados no resultado do exercício representam verdadeiramente receitas realizadas


e despesas incorridas da organização.

b) Todos os custos e despesas foram contrapostos às receitas.

c) Os valores registrados no resultado do exercício estão adequadamente classificados.

d) As divulgações relativas ao resultado do exercício foram devidamente realizadas.

e) A legislação correspondente foi seguida.

f) Os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do resultado do exercício são:

a) Correlação com as outras áreas do balanço.

b) Correlação com os exames de controle interno.

b) Exame documental da receita e da despesa.

c) Análise de variações.

d) Correlação com os resultados da revisão dos controles internos das áreas de faturamento, de
pessoal e de custo.

e) Estudo e análise das contas de resultado.

f) Revisão de cálculos de juros, receitas financeiras e impostos.

g) Observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Os objetivos e procedimentos para uma auditoria operacional depenem da natureza e finalidade do


trabalho a ser executado, o que dificulta em muito a elaboração de um elenco padronizado. Isso
ocorre, em face da auditoria operacional não repousar sobre normas explícitas, como acontece com a
auditoria contábil. O que é perfeitamente aceitável, pois o campo de atuação da auditoria operacional –

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universo da gestão – não é exato e o auditor incumbido dessa tarefa deve apreciar caso a caso os
diferentes domínios da administração.

Evidência de Auditoria

Evidência é toda prova obtida pelo auditor, em face da aplicação dos procedimentos de auditoria, para
avaliar se os critérios estabelecidos estão sendo ou não atendidos.

A evidência de auditoria é classificada segundo os procedimentos que a originaram.

Assim, tem-se:

a) Evidência física: obtida em decorrência de uma inspeção física ou observação direta de pessoas,
bens, ou transações. Normalmente são apresentadas sob a forma de fotografias, gráficos,
memorandos descritivos, mapas, amostras físicas, etc.

b) Evidência documental: é aquela obtida dos exames de ofícios, contratos, documentos


comprobatórios (notas fiscais, recibos, duplicatas quitadas, etc.) e de informações prestadas por
pessoas de dentro e de fora da entidade auditada, sendo que a evidência obtida de fontes externas
adequadas é mais fidedigna que a obtida na própria organização sob auditoria.

c) Evidência testemunhal: é aquela decorrente da aplicação de entrevistas ou questionários.

d) Evidência analítica: decorre da conferência de cálculos, comparações, correlações e análises


feitas pelo auditor, dentre outras.

O auditor deve atentar que o processo de obtenção de evidências em uma auditoria operacional é
muito mais complexo do que em uma auditoria contábil. Isso acontece em virtude de, nas áreas
operacionais, o processo de identificação dos critérios, na maioria das vezes, não ser claramente
definido como nas áreas financeiras. A identificação das áreas problemáticas e críticas dependerão
enormemente da perspicácia, experiência e determinação do auditor.

Exercícios

01. Entre os procedimentos e técnicas de Auditoria, tem-se o Exame Físico que deve conter as seguintes
características:

a) Identificação, existência contábil, valor, existência física, amostragem.

b) Existência contábil, autenticidade, qualidade, quantidade, tamanho.

c) Identificação, existência física, autenticidade, quantidade qualidade.

d) Existência contábil, existência física, autenticidade, valor, quantidade.

e) Identificação, tamanho, volume, valor, amostragem, existência física.

02. Na aplicação dos testes substantivos, o auditor deve objetivar a seguinte conclusão:

a) Existência.

b) Ocorrência.

c) Avaliação.

d) Abrangência.

e) Totalidade.

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03. (AFPS/2002) Os procedimentos relacionados para compor um programa de auditoria são desenhados
para:

a) Detectar erros e irregularidades significativas.

b) Proteger o auditor em caso de litígio legal.

c) Avaliar a estrutura dos controles internos.

d) Coletar evidências suficientes de auditoria.

e) Desenvolver um plano estratégico da empresa.

04. (AFPS/2002) Os procedimentos de auditoria são um conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter
evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações
contábeis auditadas. Tais procedimentos abrangem os seguintes testes:

a) Substantivos e de observância.

b) De revisão analítica e substantivos.

c) Substantivos e de cálculo.

d) De confirmação e de observância.

e) De inspeção e revisão analítica.

05. (AFRF/96) Procedimentos de auditoria é o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidenciou
provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas
e abrangem:

a) Testes de observância e procedimentos de revisão analítica.

b) Testes de transações e saldos e testes substantivos.

c) Testes de observância e testes substantivos.

d) Testes de transações e procedimentos de revisão analítica.

e) Testes substantivos e procedimentos de revisão analítica.

06. “O conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para
fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis”. O enunciado refere-se a:

a) Testes de Observância.

b) Testes Substantivos.

c) Relevância.

d) Papéis de trabalho.

e) Procedimentos de Auditoria.

07. (AFRF/98) Os procedimentos de auditoria que têm por finalidade obter evidência quanto à suficiência,
exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade são denominados testes:

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a) De observância.

b) De controle.

c) Substantivos.

d) De aderência.

e) De existência.

08. (AFRF/2001/ESAF) A conclusão quanto à ocorrência efetiva de uma transação contábil é mudos
objetivos do auditor para a aplicação dos:

a) Testes de cálculos.

b) Testes de observância.

c) Testes de abrangência.

d) Testes substantivos.

e) Testes de procedimentos.

09. (AFRF/98) A conclusão sobre a adequada mensuração, apresentação e divulgação das transações
econômico-financeiras, em consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade, é um dos
objetivos de:

a) Testes de observância

b) Testes de procedimento

c) Procedimentos de confirmação

d) Testes substantivos

e) Procedimentos de inspeção

10. (AFPS/2002) Identifique um procedimento de auditoria para evidenciação de um evento subsequente.

a) Circularização do saldo de contas a receber do período findo auditado.

b) Inventário físico dos saldos de abertura e final do período auditado.

c) Exame dos pagamentos realizados no período auditado.

d) Exame de devoluções de vendas realizadas no período seguinte auditado.

e) Teste de adições de imobilizado realizado durante o período auditado.

11. (AFPS/2002) A circularização é um procedimento de auditoria que aplicado à área de contas a receber
confirma:

a) Os cálculos efetuados pelo auditor.

b) A existência física do bem da empresa.

c) A existência física do documento gerador do fato.

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d) A existência de duplicatas descontadas.

e) O saldo apresentado pela empresa no cliente.

12. (AFPS/2002) A administração de uma entidade envia uma carta às diversas instituições financeiras com
as quais se relaciona comercialmente, solicitando informações dos saldos em aberto existentes nessas
empresas em uma determinada data, cuja resposta deva ser enviada diretamente aos seus auditores
independentes. Nesse caso, ocorre um procedimento de:

a) Investigação.

b) Observação.

c) Confirmação.

d) Revisão analítica.

e) Inspeção.

13. (AFPS/2002) Na aplicação dos procedimentos de revisão analítica, o auditor deve considerar a.

Das informações, sua, e comparabilidade.

a) Facilidade, materialidade, irrelevância.

b) Disponibilidade, relevância, confiabilidade.

c) Clareza, existência, individualidade.

d) Indisponibilidade, apresentação, existência.

e) Facilidade, irrelevância, materialidade.

14. (AFPS/2002) Para determinação da suficiência de cobertura de seguros para ativo imobilizado deve-se
proceder ao confronto da cobertura da apólice com o valor:

a) Da existência física do ativo imobilizado.

b) Das despesas antecipadas.

c) Total das despesas de seguros.

d) Do saldo contábil do ativo imobilizado.

e) Do Patrimônio Líquido.

15. (AFPS/2002) Normalmente, o auditor efetua a conferência da exatidão de rendimentos de aplicações


financeiras de longo prazo considerando as receitas auferidas destas aplicações de acordo com o regime
de competência. Esse procedimento de auditoria é denominado:

a) Inspeção.

b) Cálculo.

c) Observação.

d) Revisão analítica.

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e) Investigação.

16. (AFPS/2002) Assinale a opção em que o procedimento de revisão analítica não está associado a clientes.

a) Análise de flutuações de volume ou na quantidade de vendas por produto.

b) Análise do nível de devoluções e abatimentos por clientes individualmente.

c) Margem bruta por produto ou por localidade de seus postos de vendas.

d) Análise de variação de preços de produtos entregues pelos fornecedores.

e) Alterações nos preços unitários e taxas de desconto para clientes especiais.

17. Ao auditar o imobilizado o auditor verifica se os veículos adquiridos pela entidade existem. Esta é a
aplicação do seguinte procedimento:

a) Conferência de cálculo.

b) Inserção física.

c) Exame documental.

d) Procedimento de revisão analítica.

e) Observação.

18. (Auditor/RS) A circularização de fornecedores é um procedimento básico de:

a) Inspeção.

b) Observação.

c) Investigação e confirmação.

d) Contingenciamento.

e) Controle.

19. (AFRF/96) Das opções abaixo, assinale a que não corresponde a um procedimento de auditoria:

a) Exame físico, inspeção e conferência de cálculo.

b) Conferência de cálculo e exame de escrituração.

c) Exames de documentos originais e confirmação.

d) Análise de balanço e análise de fluxo de caixa.

e) Inspeção, investigação minuciosa e observação.

20. (AFRF/96) Assinale a opção que representa alguns procedimentos técnicos básicos de auditoria,
conforme as normas de auditoria independente das demonstrações contábeis:

a) Inspeção, observação, investigação e confirmação.

b) Inspeção, observação e composição de saldos contábeis.

c) Revisão analítica cálculo e conciliação bancária.

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d) Investigação e confirmação, inventário de estoques.

e) Composição e conciliação de saldos de fornecedores.

21. A evidência de auditoria mais apropriada para o auditor certificar-se da existência física de um bem é:

a) Inspeção física.

b) Registro contábil.

c) Nota fiscal de compra.

d) Bons controles internos.

e) Declaração do administrador.

22. (AFRF/96) A confirmação implica a obtenção de declaração formal e isenta de pessoas independentes
à Cia. Quais dos procedimentos abaixo não estão relacionados com os exames da confirmação?

a) Seleção criteriosa dos itens, por serem examinados através do procedimento de confirmação.

b) Controle dos pedidos de confirmação por serem despachados aos destinatários.

c) Procedimentos alternativo de verificação para as respostas.

d) As respostas do pedido de confirmação devem ser endereçadas à empresa auditada.

e) Confirmações obtidas pessoalmente, nos casos julgados apropriados pelo auditor.

23. (AFRF/96) A investigação constitui-se em um dos procedimentos de auditoria. Este deve ser utilizado em
qual caso abaixo:

a) Exame do saldo contábil de duplicatas a receber e dos contratos.

b) Exame de saldos bancários de livre movimentação e contratos.

c) Exame de contratos e do saldo de contas a pagar.

d) Exame da variação de saldo de contas a pagar e dos controles.

e) Exame detalhados das aprovações de baixas de duplicatas incobráveis.

24. Dentre as alternativas abaixo, aquela que apresenta uma técnica básica de auditoria é:

a) Segregação.

b) Controle interno.

c) Interdependência.

d) Papéis de trabalho.

e) Inspeção física.

25. A técnica de auditoria que consiste na identificação do objeto que está sendo examinado, a fim de
assegurar-se da sua existência, compreendendo a contagem, verificação de autenticidade e qualidade,
limitada a bens materiais, denomina-se:

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a) Confirmação.

b) Circularização.

c) Conferência de cálculos.

d) Exame e contagem física.

e) Exame dos livros auxiliares.

26. (Auditor/RS) Objetivando verificar a existência de estoques, pertencentes à empresa auditada,


armazenados em armazéns públicos, o auditor obtém declaração escrita firmada pelo depositário, onde
consta detalhadamente o estoque assim armazenado. Ao obter a informação acima, o auditor utilizou a
técnica de:

a) Exame e contagem física.

b) Exame dos livros auxiliares.

c) Conferência de cálculos.

d) Confirmação.

e) Acompanhamento dos procedimentos de escrituração.

27. (Auditor/RS) A aplicação dos procedimentos de auditoria deve ser realizada através de provas seletivas,
testes e amostragens, em razão da complexidade e volume das operações.

As normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis em relação à amplitude dos exames
necessários à obtenção dos elementos de convicção que sejam válidos para todo, prescrevem:

a) A amplitude não poderá ser inferior, em valores a 70% das operações em análise.

b) A amplitude deverá representar pelo menos três quartos do valor das operações analisadas, salvo se
identificarem.

c) Elementos irrelevantes em relação às Demonstrações Contábeis.

d) A amplitude deverá representar, pelo menos, 85% dos valores das operações analisadas, quando
identificarem elementos de que relevantes em relação às Demonstrações Contábeis.

e) Cabe ao auditor, com base na análise de riscos de auditoria e outros elementos de que dispuser a
determinação da amplitude dos referidos exames.

28. Na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve considerar os seguintes
procedimentos técnicos básicos, exceto:

a) Inspeção.

b) Cálculo.

c) Avaliação.

d) Observação.

e) Confirmação.

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29. (BACEN) A aplicação dos procedimentos de auditoria deve ser realizada por meio de provas seletivas,
testes e amostragens, em razão da complexidade e do volume das operações, cabendo ao auditor, com
base na análise de riscos da auditoria e outros elementos de que dispuser determinar a amplitude dos
exames necessários à obtenção dos elementos de convicção que sejam válidos para o todo. Os
procedimentos técnicos básicos que o auditor deve considerar na aplicação dos testes incluem (verifique as
certas e as erradas).

a) Instauração – estabelecimento de caminho crítico que determine os pontos falhos e vícios utilizados
pelos interessados nos desvios patrimoniais.

b) Rastreamento – verificação dos relacionamentos de atividades e tarefas para levantamento da rede de


interações, necessária à consolidação dos planos estratégicos da organização.

c) Investigação e confirmação – obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da


transação, dentro ou fora da organização.

d) Observação, acompanhamento da execução e processo ou procedimento.

e) Inspeção – exame de registros, documentos e ativos tangíveis.

30. Na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve considerar os seguintes
procedimentos técnicos.

a) Inspeção, revisão analítica e existência do componente patrimonial.

b) Abrangência, revisão analítica e existência do componente patrimonial.

c) Inspeção, revisão analítica, investigação e confirmação.

d) Inspeção, revisão analítica e obediência aos princípios fundamentais.

e) Obediência aos princípios fundamentais e a exatidão aritmética dos dados.

31. (AFRF/98) No exame das demonstrações contábeis de uma entidade, o risco de continuidade normal
das atividades desta deve ser objeto de atenção dos auditores independentes. Assinale a opção que não
representa indicadores deste tipo de risco

a) Empréstimos e financiamentos de curto prazo.

b) Índices financeiros adversos de forma contínua.

c) Incapacidade de devedores na data do vencimento.

d) Dificuldades de acertos com credores.

e) Passivo a descoberto.

32. Dentre as alternativas abaixo, aquela que apresenta uma técnica básica de auditoria é:

a) Segregação.

b) Controle interno.

c) Interdependência.

d) Papéis de trabalho.

e) Investigação minuciosa.

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33. Para o CFC, correspondem a exame de registros, documentos e de ativos tangíveis:

a) Observação.

b) Inspeção.

c) Investigação.

d) Cálculo.

e) Revisão analítica.

34. São tipos de procedimentos de auditoria:

a) Inspeção e observação.

b) Cálculo e revisão analítica.

c) Observação e cálculo.

d) Investigação e exame documental.

e) Todas as alternativas anteriores.

35. A circularização pode ser utilizada para testar as seguintes áreas:

a) Bancos.

b) Estoques.

c) Aplicação financeira.

d) Empréstimo.

e) Todas as alternativas anteriores.

36. (AFRF/00) Pedido de confirmação (circularização) no qual o auditor solicita que o destinatário responda
apenas se a informação está errada é usualmente denominado na atividade de auditoria independente:

a) Positivo.

b) Em preto.

c) Em branco.

d) Negativo.

e) Com divergência.

37. A Execução é a fase de aplicação dos procedimentos de auditoria. É neste estágio que o auditor realiza
seus exames. Os principais procedimentos de auditoria são:

a) Questionamentos; conferência de cálculos; análises; inspeção material e circularização.

b) Questionamentos; confirmação; análises; inspeção material e circularização.

c) Exame documental; conferência de cálculos; entrevistas; inspeção física circularização.

d) Questionamentos; confirmação; análises; observação; inspeção material e circularização.

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e) Todas as alternativas anteriores estão corretas.

38. Os Controles Internos Contábeis são:

a) Aqueles que estão diretamente relacionados com a proteção dos ativos e a validade dos registros
contábeis. Como exemplo destes controles, temos: segregação de funções, sistemas de autorização e
aprovação, etc.

b) Compreendem o plano de organização e todos os métodos e procedimentos relacionados com a


eficiência operacional, bem como com o cumprimento das políticas da administração.

c) Aqueles que estão diretamente relacionados com aspectos operacionais. Como exemplo destes controles,
temos: segregação de funções, sistemas de autorização e aprovação, etc.

d) A e B estão corretas.

e) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.

39. São os objetivos de Controle Interno:

a) Obtenção de informação adequada; promoção da eficiência operacional; estimulação da obediência e do


respeito às políticas da administração.

b) Proteção de ativos; obtenção de informação adequada; promoção da eficiência operacional; estimulação


da obediência e do respeito às políticas da administração.

c) Proteção de ativos; obtenção de informação adequada; estimulação da obediência e do respeito às


políticas da administração.

d) A B e C estão corretas.

e) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.

40. Durante a fase de testes de observância, o auditor constatou algumas imperfeições no ciclo de compras
e foi necessário aumentar o nível de risco de detecção. Assim, pode-se afirmar que o auditor deve:

a) Aumentar os testes de controle.

b) Diminuir os testes substantivos.

c) Aumentar os testes substantivos.

d) Diminuir os testes de controle.

e) Manter os testes substantivos.

41. (AFTE - RN - 2004/2005) Em relação às estimativas contábeis, pode-se afirmar que o auditor não deve:

a) Comparar as estimativas contábeis de períodos anteriores com os resultados reais desses períodos.

b) Fazer uso de estimativa independente para isentar-se da responsabilidade de avaliação da estimativa


preparada pela administração.

c) Considerar se a revisão e aprovação foram feitas em níveis apropriados da administração da entidade.

d) Levar em conta se foi evidenciadas na documentação de suporte da determinação da estimativa contábil.

e) Testar os cálculos efetuados pela administração da entidade, para avaliar se estão adequados às

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condições da entidade.

42. (AFTE - RN - 2004/2005) A segregação de funções é um dos procedimentos de atividades de controle


para resguardar que as diretrizes da administração sejam seguidas. Indique qual das funções a seguir,
estaria atendendo ao procedimento de segregação de funções, no processo de recebimentos de caixa, se
acumulada sob responsabilidade do mesmo indivíduo.

a) Autoridade para aprovar e registrar créditos em contas de clientes.

b) Autoridade para efetuar fechamentos de caixa.

c) Ser responsável pelo cálculo da provisão para devedores duvidosos.

d) Poder efetuar a baixa de créditos considerados incobráveis.

e) Autoridade para efetuar devoluções de vendas.

43. (AFTE - RN - 2004/2005) Na ausência de disposições específicas para registro de fatos contábeis, pode
o Auditor, na avaliação desses fatos, adotar o procedimento de:

a) Acatar as práticas contábeis já consagradas pela Profissão Contábil, sempre formalizadas pelos seus
organismos próprios.

b) Não aceitar as práticas contábeis já consagradas pela Profissão Contábil, formalizadas ou não pelos
seus.

a) Organismos próprios.

b) Desconsiderar os fatos contábeis visto não estarem formalizados pelos seus organismos próprios.

c) Aceitar as práticas contábeis já consagradas pela Profissão Contábil, formalizadas ou não pelos seus
organismos próprios.

d) Ressalvar as práticas contábeis já consagradas pela Profissão Contábil e formalizadas pelos seus
organismos próprios.

44. (AFTE - RN - 2004/2005) O auditor externo, ao auditar entidade que controle outras empresas e que
registre seus investimentos pelo método de equivalência patrimonial, tem responsabilidade sobre.

a) As demonstrações contábeis das controladas que serviram de base para cálculo da equivalência
patrimonial.

b) O cálculo das equivalências patrimoniais registradas nos investimentos das entidades controladas.

c) A apresentação da reserva de reavaliação efetuada nas controladas no Patrimônio Líquido da


Controladora.

d) Os pareceres emitidos para as entidades controladas e emitidos por outros auditores independentes.

e) A apresentação da reavaliação efetuada nas controladas e registrada no Patrimônio Líquido da


Controlada.

Gabarito Capítulo 06

01. C17. B 33. B

02. E 18. C 34. E

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03. D19. D 35. E

04. A 20. A 36. D

05. C21. A 37. C

06. E 22. D 38. A

07. C23. E 39. B

08. D24. E 40. C

09. D25. D 41. B

10. D26. D 42. B

11. E 27. E 43. D

12. C28. C 44. C

13. B 29. F, F, V, V, V

14. D30. C

15. B 31. A

16. D32. E

Papéis de Trabalho

Em uma auditoria, todas as evidências obtidas pelo auditor devem ser compiladas em papéis de
trabalho, que representam o conjunto de documentos obtidos ou preparados pelo auditor, de forma
manual, por meios eletrônicos ou por outros meios, que constituem a prova do trabalho executado e
servem de fundamento dos comentários emitidos.

Os papéis de trabalho representam a documentação das evidências que respaldam as conclusões e


opiniões significativas dos auditores, constituindo-se no principal subsídio do relatório. Permitem
também que os auditores executem e supervisionem a auditoria, além de possibilitar a revisão de
qualidade por parte de outros auditores.

O CFC, através da Resolução n.º 828/98, aprovou a Interpretação Técnica NBC T 11 – IT – 02- Papéis
de Trabalho e Documentação da Auditoria objetivando apresentar as regras básicas a respeito da
documentação mínima obrigatória a ser gerada no contexto da auditoria das demonstrações
contábeis.

Para o CFC:

Os papéis de trabalho constituem a documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este na


execução da auditoria. Eles integram um processo organizado de registro de evidências da auditoria,
por intermédio de informações em papel, filmes, meios eletrônicos ou outros que assegurem o objetivo
a que se destinam.

O auditor deve documentar todas as questões que foram consideradas importantes para proporcionar
evidência, visando a fundamentar o parecer da auditoria e comprovar que a auditoria foi executada de
acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis.

Em síntese, o auditor elabora os papéis de trabalho para registrar todas as descobertas e para
comprovar o trabalho efetuado. Ressalte-se que não somente as análises elaboradas, mas qualquer

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documento obtido pelo auditor que se constitua evidência de um exame realizado também é
denominado de papel de trabalho. Assim, pode-se ter como elementos integrantes: fitas de vídeo,
CDs, disquetes, fotografias, entre outros.

Em uma auditoria contábil, para elaboração de suas análises, o auditor normalmente utiliza formulários
pré-impressões divididos em colunas, conforme figura 08. Contudo em vista da dinâmica utilizada,
muitos papéis constantes na pasta de trabalho do auditor é constituída por documentos elaborados
pela própria entidade auditada.

Apesar de serem preparados a partir dos documentos originais, que são de propriedade da organização
auditada, bem como das informações com ela relacionadas, os papéis de trabalho são de
propriedade exclusiva do auditor, pois é neles que se encontra fundamentada a sua opinião.

Por conterem documentos e informações obtidos sobre a entidade auditada, que não podem em
hipótese alguma ser utilizados em benefício próprio ou de outrem, os papéis de trabalho são de
natureza exclusivamente confidencial. O auditor deve adotar procedimentos apropriados para arquivar
os papéis de trabalho pelo prazo de cinco anos, a partir da data de emissão do seu parecer.

Quando da elaboração dos papéis de trabalho, o auditor deve considerar as seguintes regras básicas:

 Precisão: devem ser elaborados sob um extremo rigor técnico. Não podem conter informações
imprecisas e inadequadas;

 Concisão: devem ser concisos, de forma que qualquer interessado e conhecedor das normas e
procedimentos de auditoria entendamos sem a necessidade de explicações ou comentários adicionais
de quem os elaborou;

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 Objetividade: devem ser claros e objetivos, de forma que deles se depreenda o objetivo dos exames
e até onde o auditor pôde chegar;

 Limpeza: devem ser limpos para não prejudicar a sua compreensão.

 Lógica: devem ser preparados de maneira racional e lógica com início, meio e fim, na sequência
natural do objetivo a ser atingido;

 Completitudes: devem conter todas as informações necessárias para fundamentar a emissão da


opinião do auditor. Isso quer dizer que devem ser completos por si sós.

As seguintes técnicas devem ser igualmente observadas:

 Utilização de Lápis: objetivando facilitar as alterações e as modificações das informações


constantes nos papéis de trabalho, quando da elaboração das suas análises, o auditor deve utilizar o
lápis. Somente quando da realização da contagem de numerários em espécie ou bens de grande valor,
o auditor deve obter uma declaração à caneta dos responsáveis pela guarda desses bens e valores.
Atualmente, com a disponibilidade dos recursos de informática, a elaboração manual de papéis de
trabalho está cada vez mais restrita.

 Leiaute: os títulos e as informações genéricas que identificam o papel de trabalho devem ser
colocados na sua parte superior. A descrição dos exames e os cálculos, na parte central. Já as
descrição dos exames e comentários, na parte inferior.

 Verso dos papéis de trabalho: o auditor deve preferencialmente utilizar o anverso das cédulas,
objetivando facilitar a sua leitura e arquivamento.

Uso dos Papéis de Trabalho

Os papéis de trabalho, dentre outras, possui as seguintes finalidades:

a) Apresentar um registro permanente dos exames realizados, incluindo: descrição dos dados
relativos ao escopo do trabalho, que são devidamente considerados no plano de auditoria;
detalhamento dos procedimentos descritos no programa de auditoria; registro da revisão e avaliação
do sistema de controle interno; extensão do exame e testes de auditoria realizados sobre os registros
e natureza e grau de adequação das informações obtidas.

b) Demonstrar os objetivos, escopo e metodologia, incluindo os critérios de amostragem utilizados.

c) Evidenciar o trabalho realizado que embase as conclusões e comentários significativos.

d) Fornecer informações relevantes com relação ao planejamento de futuras auditorias.

e) Servir como evidência que fundamente o relatório emitido.

f) Registrar a evidência de reexame da supervisão do trabalho realizado.

g) Fornecer aos supervisores a oportunidade de avaliar a qualidade dos membros da equipe quanto
à competência técnica em assuntos de auditoria; senso de organização e habilidade em planejar,
executar e avaliar o trabalho.

Segundo o CFC, os papéis de trabalho destinam-se a:

a) Ajudar, pela análise dos documentos de auditorias anteriores, ou pelos coligidos quando da
contratação de uma primeira auditoria, no planejamento e execução da auditoria;

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b) Facilitar a revisão do trabalho de auditoria; e.

c) Registrar as evidências do trabalho executado, para fundamentar o parecer do auditor


independente.

Os fatores que podem afetar a forma e o conteúdo dos papéis de trabalho em conformidade as
normas emitidas pelo CFC são:

a) Natureza do trabalho;

b) Natureza e complexidade da atividade da entidade;

c) Natureza e condição dos sistemas contábeis e de controle interno da entidade;

d) Direção, supervisão e revisão do trabalho executado pela equipe técnica; e.

e) Metodologia e tecnologia utilizadas no curso dos trabalhos.

Identificação dos Papéis de Trabalho

Cada papel de trabalho elaborado deve ser adequadamente identificado. Assim, ele deve conter:

 Cabeçalho, contendo identificação dos auditores, identificação do auditado e identificação da área


auditada;

 Referência para indexação;

 Data da realização do trabalho;

 Assinatura do responsável pela elaboração;

 Assinatura do responsável pela revisão;

 Título da área;

 Objetivo do papel de trabalho.

Descrição das Informações dos Papéis de Trabalho

A descrição dos dados nos papéis de trabalho está dividida em dois estágios basicamente. O primeiro
consiste na sua compilação. O segundo, no arquivamento, na forma a seguir demonstrada:

a) Compilação de informações: que incluem demonstrativos e mapas de movimentação preparados


pelos departamentos de contabilidade, financeiro, de pessoal, fiscal e operacionais ou pelo auditor.
Por exemplo: Demonstrativo das movimentações; memorandos; confirmações; análises; composições
e outros tipos de documentação preparada ou reunida durante o exame.

b) Arquivamento: os papéis de trabalho, segundo as informações que contêm, devem ser arquivados
em pastas, como segue:

 Pasta Permanente: contendo legislação básica, estrutura organizacional, plano de contas,


fluxogramas, manual de serviços, bem como outras informações de natureza permanente. Portanto,
nessa pasta são arquivados os documentos que são utilizados em diversas auditorias em uma
determinada organização.

 Pasta Corrente: nessa pasta são arquivados os papéis de trabalho utilizados em uma única
auditoria. Nas auditorias recorrentes, eles podem ser usados como fonte de consulta. Como exemplo

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desses tipos de papéis, tem-se: análises de transações, programas de auditoria, memorandos,


questionários de avaliação dos controles internos, balancetes, movimentação de contas, entre outros.

Segundo as normas para a auditoria contábil no Brasil, os papéis de trabalho devem ser arquivados
pelo período de cinco anos. Na área governamental, não existe uma regra específica. Todavia, no
caso dos Tribunais de Contas, um prazo razoável seria o de três anos após a apreciação e julgamento
das contas e, nas auditorias internas governamentais, dois anos após a apresentação dos relatórios
aos interessados.

c) Referenciarão: os papéis de trabalho devem ser devidamente referenciados para fins de


arquivamento e organicidade. Normalmente é utilizado o tipo de referência alfanumérica, sendo as
letras para representar o papel principal de cada área e as letras e números para representar os
papéis subsidiários.

Assim, pode-se utilizar a seguinte padronização:

A – Papéis de natureza permanente

B – Papéis relacionados ao exame de controle interno C – Caixa e Bancos – Folha mestra

C.1 – Subsidiário de Caixa

C.2 – Subsidiário de bancos

C.2.1 – Exame do Saldo do banco X D – Aplicações Financeiras

E – Contas a Receber F – Estoques

G – Despesas Antecipadas

H – Realizável em Longo Prazo I – Investimentos

J – Imobilizado K – Diferido

L – Fornecedores e Contas a Pagar M – Empréstimos

N – Resultado de Exercícios Futuros O – Patrimônio Líquido

P – Resultado

Q – Eventos Subsequentes

Organização dos Papéis de Trabalho

Os papéis de trabalho devem ser organizados de forma a facilitar o manuseio. Seu conjunto pode ser
dividido em folhas mestras ou sintéticas, subsidiárias ou analíticas.

As folhas mestras descrevem as contas examinadas por área do balanço na auditoria contábil ou os
dados sintéticos a serem examinados na auditoria operacional. Esses papéis são complementados
pelas folhas subsidiárias (programas, folhas-suporte, movimentações de conta, análises, conciliações,
testes e demonstrativos), que evidenciam todo o exame realizado.

Em síntese, uma parte dos papéis de trabalho, pode ser organizada, contendo os seguintes
documentos:

 Capa da pasta, contendo identificação do auditor, do auditado, da auditoria, período de realização


dos trabalhos e outras informações consideradas importantes;

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 Índice dos papéis;

 Plano de auditoria;

 Programa de auditoria;

 Controle de tempo dos trabalhos;

 Notas do supervisor;

 Papéis de trabalho, contendo as evidências por área examinada;

 Correspondências emitidas;

 Respostas recebidas, devidamente referenciadas com os papéis de trabalho;

 Desenvolvimento das recomendações;

 Relatório de auditoria devidamente referenciado.

Para evidenciar os trabalhos realizados nos papéis de trabalho os auditores utilizam letras e tiques
explicativos.

As letras são utilizadas para destacar exceções encontradas na aplicação dos procedimentos.

Os tiques são sinais particulares que evidenciam os exames feitos ou a fonte de obtenção de
informações.

Com exemplo de tiques, têm-se.

– Soma conferida

W – Conforme papéis de trabalho do ano anterior

┴ – Conforme razão

– Examinada nota fiscal de compra

As letras e os tiques devem ser grafadas em vermelho.

Exemplos de Papéis de Trabalho

Segundo o CFC, os papéis de trabalho, além de outros, podem incluir:

a) Informações sobre a estrutura organizacional e legal da entidade;

b) Cópias ou excertos de documentos legais, contratos e atas;

c) Informações sobre os setor de atividades, ambiente econômico e legal em que a entidade opera;

d) Evidências do processo de planejamento, incluindo programas de auditoria e quaisquer mudanças


nesses programas;

e) Evidências do entendimento, por parte do auditor, do sistema contábil e de controle interno, e sua
concordância quanto à sua eficácia e adequação;

f) Evidências de avaliação dos riscos de auditoria;

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g) Evidências de avaliação e conclusões do auditor e revisão sobre o trabalho da auditoria interna;

h) Análises de transações, movimentação e saldos de contas;

i) Análises de tendências, coeficientes, quocientes, índices e outros indicadores significativos;

j) Registro da natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria e seus resultados;

k) Evidências de que o trabalho executado pela equipe técnica foi supervisionado e revisado;

l) Indicação de quem executou e revisou os procedimentos de auditoria e de quando o fez;

m) Detalhes dos procedimentos relativos a demonstrações contábeis auditadas por outro auditor;

n) Cópias de comunicações com outros auditores, peritos, especialistas e terceiros;

o) Cópias de comunicações à administração da entidade, e suas respostas, em relação aos trabalhos,


às condições de contratação e às deficiências constatadas, inclusive no controle interno;

p) Cartas de responsabilidade da administração;

q) Conclusões do auditor acerca de aspectos significativos, incluindo o modo como foram resolvidas
ou tratadas questões não usuais; e.

r) Cópias das demonstrações contábeis, assinadas pela administração da entidade e pelo contabilista
responsável, e do parecer e relatórios do auditor.

Relatório de Auditoria

Relatório de auditoria é a fase final do processo auditoria e consiste em uma narração ou descrição
escrita, ordenada e minuciosa dos fatos que foram constatados, com base em evidência concreta,
durante o transcurso dos exames de auditoria operacional. Representa a fase mais significativa do
trabalho e se constitui no seu produto final.

A figura a seguir demonstra o processo auditoria e seus principais pontos de controle ou produtos:

O relatório é o instrumento técnico pelo qual o auditor comunica ou apresenta os resu ltados dos
trabalhos realizados, suas conclusões, opiniões, recomendações e as providências necessárias que
devem ser tomadas pela administração.

Conforme a OLACEFS (1981, p. 284), tem-se a seguinte definição para o relatório de auditoria:

O relatório de auditoria é o produto final do trabalho do auditor governamental, no qual ele apresenta
os seus comentários sobre os achados, suas conclusões e recomendações e, no caso do exame das
demonstrações contábeis, o correspondente parecer.

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Os resultados dos trabalhos de auditoria podem ser apresentados sob a forma de parecer de auditoria
quando da realização de auditorias sobre as demonstrações financeiras ou contábeis, ou sob a forma
de relatório amplo, que é muito mais adequado para a auditoria operacional. Logo, tem-se relatório
como gênero e parecer de auditoria e relatório de auditoria como espécies.

Parecer de Auditoria

O parecer de auditoria é a opinião manifestada ou declarada pelo auditor em decorrência de seus


exames sobre as demonstrações contábeis. Através dele, o auditor informa aos administradores,
sócios, investidores e demais interessados nas informações contábeis, de forma clara e objetiva, se
concorda ou não com os fatos divulgados e apresenta as respectivas razões.

O parecer de auditoria deve expressar, clara e objetivamente, se as demonstrações contábeis


auditadas, em todos os aspecto relevantes, na opinião do auditor, representam, adequadamente ou
não, consoante as disposições normativas na data do levantamento e para o período; a que
correspondam: a posição orçamentária, patrimonial e financeira, o resultado das operações; as
mutações do patrimônio líquido, as variações patrimoniais e as origens e aplicações de recursos.

Sempre que o auditor emitir parecer que não seja sem ressalvas, ele deve incluir uma descrição clara
de todas as razões fundamentadas dos efeitos possíveis sobre as demonstrações contábeis. Essas
informações devem, preferencialmente, ser apresentadas em parágrafo separado precedendo a
opinião ou mesmo negativa, e também incluir referência uma discussão mais ampla em nota explicativa
às demonstrações contábeis.

O auditor deve revisar e avaliar todas as conclusões obtidas, para poder suportar a emissão do seu
parecer sobre as demonstrações contábeis.

Essa revisão e avaliação implicam a elaboração de uma opinião conveniente sobre se as


demonstrações contábeis:

 Representam adequadamente a situação orçamentária, financeira, econômica e patrimonial de uma


organização;

 Foram elaboradas de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade;

 Foram elaboradas segundo critérios e procedimentos de contabilidade geralmente aceitos no Brasil;

 Obedecem às regulamentações normativas e às exigências estatutárias;

 Consideram todas as informações julgadas necessárias em todos os assuntos relevantes, que


possibilitem a apresentação adequada.

O parecer de auditoria deve expressar de forma prudente e imparcial a opinião do auditor sobre as
demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Uma opinião sem restrições ou limpa demonstra a
concordância do auditor sobre todos os aspectos relevantes divulgados nas mencionadas
demonstrações.

Quando for emitida uma opinião parcialmente divergente, divergente ou mesmo não se emitir opinião –
denominadas, respectivamente, de opiniões com ressalva, adversa e negativa de opinião, como será
explicado –- o parecer de auditoria deve declarar, de forma clara e informativa, todas os motivos que
levaram o auditor a tomar tal decisão.

O parecer de auditoria, normalmente, segue um determinado padrão no que tange à forma e ao


conteúdo, de modo a facilitar o entendimento do leitor interessado. Os elementos básicos que devem
ser considerados, segundo as normas de auditoria, são: título; destinatário; identificação das

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demonstrações contábeis auditadas; referência às normas de auditoria ou praxes seguidas; expressão


ou negativa de opinião sobre as demonstrações contábeis; assinatura e a data do relatório.

Em resumo, o parecer de auditoria compõe-se, basicamente, de três parágrafos: o referente à


identificação das demonstrações contábeis e à definição das responsabilidades da administração e
dos auditores; o relativo à extensão dos trabalhos e o que expressa à opinião sobre as demonstrações
contábeis, conforme demonstrado na figura 09:

Os componentes do parecer de auditoria são:

 Título: um título adequado, como, por exemplo, "Parecer de Auditoria", deve ser usado, de modo a
ajudar o leitor a identificar o documento e facilmente distingui-lo dos demais relatórios que
normalmente são publicados em conjunto, tais como parecer do Conselho de Administração, Relatório
da Diretoria, etc.

 Destinatário: o parecer de auditoria deve ser apropriadamente endereçado conforme determinem as


circunstâncias do trabalho e as exigências normativas. Ele é normalmente dirigido aos acionistas ou à
diretoria da entidade cujas demonstrações contábeis estejam sendo auditadas. Em circunstâncias
próprias ou específicas, o parecer pode ser dirigido ao contratante dos serviços.

 Identificação das demonstrações contábeis auditadas: o parecer deve descrever as


demonstrações contábeis que foram objeto de auditoria, incluindo o nome da entidade e a data ou
período abrangido pelas mencionadas demonstrações.

 Definição de responsabilidade: o parecer deve evidenciar que as demonstrações contábeis


auditadas foram elaboradas sob a responsabilidade da administração. A responsabilidade do auditor é
a de expressar um parecer sobre a adequação ou não desse demonstrativos.

 Referência às normas de auditoria: o parecer deve mencionar a observância às normas de


auditoria na execução dos trabalhos, citando aquelas emanadas de organismos internacionais ou
estabelecidas no país. Isso é necessário para que o leitor tenha certeza de que a auditoria foi
executada em conformidade com padrões técnicos estabelecidos. Os procedimentos utilizados
também devem ser descritos de forma sucinta.

 Expressão ou negativa de parecer sobre as demonstrações contábeis: O parecer de auditoria

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deve mencionar claramente a opinião do auditor sobre a situação orçamentária, patrimonial e


financeira da entidade, o resultado de suas operações, as mutações no patrimônio líquido, as
variações patrimoniais e as origens e aplicações de recursos, ou mesmo a negativa de opinião.

Assinatura: o parecer de auditoria deve ser assinado em nome da organização que realizou a
auditoria, em nome do auditor, ou em ambos, conforme for o caso. Na realização da auditoria contábil,
o parecer deve ser datado e assinado pelo contador responsável pelos trabalhos com a indicação do
seu número de registro no Conselho Regional de Contabilidade. Caso o trabalho tenha sido realizado
por empresa de auditoria, o nome e número no Conselho Regional de Contabilidade também devem
constar do parecer.

 Data do relatório: o parecer de auditoria deve ser datado. Essa data informa ao leitor que o auditor
considerou o efeito, sobre as demonstrações contábeis e sobre a sua opinião, de eventos, dos quais
ele teve conhecimento, que tenham ocorrido até aquela data. A data do parecer deve corresponder
ao dia do encerramento dos trabalhos de auditoria na entidade.

Pode-se concluir, portanto, que o parecer de auditoria é o documento mediante o qual o auditor
expressa sua opinião ou não, de forma clara e objetiva, sobre as demonstrações contábeis nele
indicadas e se elas foram elaboradas de acordo com práticas contábeis adotadas no Brasil. Como o
auditor assume, ao emitir seu parecer, responsabilidade técnico-profissional perante o público, é
fundamental que tal documento obedeça às características Intrínsecas e extrínsecas estabelecidas em
normas próprias.

Tipos de Parecer de Auditoria

O parecer de auditoria é classificado segundo a natureza da opinião que apresenta em: sem ressalvas;
com ressalvas com restrições ou adverso e com negativa ou abstenção de opinião.

 Parecer sem Ressalva

O parecer sem ressalva ou "limpo" indica que o auditor está convencido de que as demonstrações
contábeis foram elaboradas segundo os Princípios Fundamentais de Contabilidade e com as demais
disposições contábeis e legais pertinentes, em todos os seus aspectos relevantes. Na hipótese de não
observância das disposições normativas, a emissão de um parecer sem ressalva está condicionada à
avaliação dos efeitos pelo auditor e se as divulgações cabíveis foram feitas nas demonstrações
contábeis e notas explicativas.

O auditor pode não emitir um parecer sem ressalvas, quando existirem quaisquer das circunstâncias
seguintes, as quais, na opinião do auditor, tenham efeitos que sejam relevantes e possam impactar
significativamente as demonstrações contábeis:

a) Há limitação na amplitude do seu trabalho, ou seja, há elementos significativos que não puderam
ser auditados;

b) Há discordância com a administração a respeito das demonstrações contábeis;

c) Há incerteza significativa não divulgada, que afeta as demonstrações contábeis e cuja solução
depende de eventos futuros.

As circunstâncias descritas nas alíneas (a) acima podem conduzir a opinião com ressalvas ou
negativa de opinião. A circunstância descrita em (b) pode conduzir a uma opinião com ressalva ou
adversa. Já a descrita em (c) ocasiona uma opinião com ressalva ou limpa. Neste último caso, com a
inclusão do parágrafo de ênfase, se a incerteza for corretamente divulgada em notas explicativas.

O parecer sem ressalva deve obedecer ao seguinte modelo:

Parecer

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Destinatário (Parágrafo do Escopo)

Examinamos os balanços patrimoniais da Companhia Vou Passar, levantados em 31 de dezembro de


20X1 e 20X0, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das
origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas , elaboradas
sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião
sobre essas demonstrações contábeis.

(Parágrafo das normas e procedimentos)

(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria, e compreendem: (a) o
planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o
sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das
evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a
avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração
da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

(Parágrafo da opinião)

Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam adequadamente, em


todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia Vai Passar em 31 de
dezembro de 20X1 e de 20X0, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido
e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo
9
com práticas contábeis adotadas no Brasil .

Local e data Assinatura

Nome do auditor – responsável técnico

N. de registro no CRC

Nome da empresa de auditoria

N. de registro no CRC
10
Vale mencionar que esse modelo, mutatis mutandis, sirva servandis , pode ser aplicado também à
auditoria contábil realizada na área governamental.

 Parecer com Ressalva

O parecer com ressalva é apresentado, quando o auditor conclui que as discordâncias ou restrições
no escopo de um trabalho não é relevante ao ponto de determinar a emissão de um parecer adverso
ou de uma negativa de opinião. Em outras palavras, é expresso quando o auditor avali a que não pode
emitir parecer sem ressalvas, mas que o efeito da discordância ou da restrição de amplitude não é tão
significativa, que requeira um parecer adverso, ou mesmo negativa de opinião.

O parecer com ressalva deve obedecer basicamente ao modelo do parecer limpo com a inclusão dos
parágrafos das ressalvas e com a utilização das expressões "exceto por", "exceto quanto" ou "com
exceção de" no parágrafo da opinião, referindo-se aos efeitos do assunto objeto da ressalva. A
utilização da expressão "sujeito a" é considerada adequada apenas nos casos em que exista incerteza
quanto ao resultado final de assunto pendente de definição.

O Parecer com Ressalva deve obedecer ao seguinte modelo:

Parecer

Destinatário (Parágrafo do Escopo)

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Examinamos os balanços patrimoniais da Companhia Vou Passar, levantados em 31 de dezembro de


20X1 e 20X0, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das
origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, ela boradas
sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião
sobre essas demonstrações contábeis.

(Parágrafo das normas e procedimentos)

(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria, e compreendem: (a) o
planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o
sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das
evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a
avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração
da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

(Parágrafo da ressalva)

(3) De acordo com suas instruções, não solicitamos a nenhum cliente que confirmasse seus saldos
relativos ao contas a receber. Como consequência, ficamos impossibilitados de avaliar a adequação
do saldo de Duplicatas a Receber no montante de $200.000,00, que representa 5% do total do
Patrimônio Líquido da Companhia e 10% do seu resultado.

(Parágrafo da opinião)

Em nossa opinião, exceto quanto ao fato mencionado no parágrafo anterior, as demonstrações


contábeis acima referidas representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição
patrimonial e financeira da Companhia Vou Passar em 31 de dezembro de 20X1 e de 20X0, o
resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de
seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com práticas contábeis
adotadas no Brasil.

Local e data Assinatura

Nome do auditor – responsável técnico

N. de registro no CRC

Nome da empresa de auditoria

N. de registro no CRC

 Parecer Adverso

O parecer adverso é emitido, quando o auditor realiza seus exames, mas discorda completamente das
demonstrações contábeis apresentadas. Ou seja, o auditor deve emitir esse tipo de parecer quando
verificar que as demonstrações contábeis estão incorretas ou incompletas, em tal magnitude que
impossibilite a emissão do parecer com ressalva. Nesse caso, o auditor emite opinião de que as
demonstrações não representam, adequadamente, a posição patrimonial e financeira, e/ou o resultado
das operações, e/ou as mutações do patrimônio líquido, e/ou as origens e aplicações dos recursos da
entidade, nas datas e períodos indicados.

Quando o auditor emitir um parecer adverso, deve explicitar todas as razões e justificativas
necessárias nos parágrafos intermediários, entre o escopo e a opinião.

O parecer adverso deve obedecer ao seguinte modelo:

Parecer

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Destinatário (Parágrafo do Escopo)

Examinamos os balanços patrimoniais da Companhia Vou Passar, levantados em 31 de dezembro de


20X1 e 20X0, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das
origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas
sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião
sobre essas demonstrações contábeis.

(Parágrafo das normas e procedimentos)

(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria, e compreenderam: (a) o
planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o
sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das
evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a
avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pel a administração
de entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

(Parágrafo das ressalvas)

3. No exercício de 20X1, a Companhia deixou de contabilizar depreciações do Ativo Imobilizado no


montante aproximado de $400.000,00, ocasionando uma superavaliação no resultado do exercício de
60%.

4. No exercício de 20X0, a Companhia deixou de contabilizar pelo Princípio da Competência o valor


de $450.000,00, relativos a juros sobre empréstimos, que foram reconhecidos neste exercício. Os
juros devidos no exercício de 20X1, no valor de $850.000,00, não foram contabilizados pela
Companhia. Tais fatos também acarretaram superavaliação de 40% no resultado do exercício.

5. A Companhia não procedeu à contabilização da amortização do ativo diferido, que, se calculada à


taxa mínima permitida pela legislação do Imposto de Renda relativo ao exercício de 20X1, seria de
$200.000,00, ocasionando uma superavaliação de 20% no resultado do exercício.

6. As atividades industriais não estão proporcionando resultados suficientes para a cobertura dos
custos e despesas incorridas, principalmente dos encargos financeiros, e para a amortização do ativo
diferido.

(Parágrafo da opinião)

Em nossa opinião, em face dos fatos mencionados nos parágrafos 3 a 6, as demonstrações contábeis
acima referidas não representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição
patrimonial e financeira da Companhia Vai Passar em 31 de dezembro de 20X1 e de 20X0, o
resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de
seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com práticas contábeis
adotadas no Brasil.

Local e data Assinatura

Nome do auditor – responsável técnico

N. de registro no CRC

Nome da empresa de auditoria

N. de registro no CRC

 Parecer com Negativa ou Abstenção de Opinião

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O parecer com negativa ou abstenção de opinião é aquele em que o auditor deixa de emitir opinião
sobre as demonstrações contábeis, por não ter obtido evidência adequada para fundament á-la ou em
face de uma restrição significativa. Todavia, essa negativa não elimina a responsabilidade do auditor
de informar qualquer fato significativo que possa influenciar a tomada de decisão dos usuários das
demonstrações contábeis.

O parecer com negativa ou abstenção de opinião deve obedecer ao seguinte modelo:

PARECER

Destinatário (Parágrafo do Escopo)

Fomos contratados para examinar os balanços patrimoniais da Companhia Vou Passar, levantados
em 31 de dezembro de 20X1 e 20X0, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do
patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos
naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a
de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

(Parágrafo das normas e procedimentos)

(2) Excetuando o fato mencionado no próximo parágrafo, nossos exames foram conduzidos de acordo
com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, consi derando a
relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da
entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências o dos registros que suportam os
valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas
contábeis mais representativas adotadas pela administração da entidade, bem como de apresentação
das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

(Parágrafo da ressalva)

De acordo com instruções recebidas da administração da Companhia Vou Passar, não estivemos
presentes à contagem física dos estoques realizada em 31 de dezembro de 20X1. Bem como não foi
possível à adoção de procedimentos alternativos de modo a possibilitar aerificação da existência
desse ativo naquela data. Como consequência, não podemos expressar qualquer opinião com
respeito a esse inventário, que monta a $1.500.000,00, representando 90% do total do Ativo da
Companhia.

(Parágrafo da opinião)

Em virtude de o saldo dos estoques de 31 de dezembro de 20X1 ter importância substancial na


determinação da posição patrimonial e financeira e do resultado das operações da Companhia Vou
Passar, não podemos expressar opinião sobre suas demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Local e data Assinatura

Nome do auditor- responsável técnico

N. de registro no CRC

Nome da empresa de auditoria

N. de registro no CRC

 Parecer com Parágrafo de Ênfase

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O parecer com parágrafo de ênfase é emitido quando ocorre uma incerteza relevante, cujo desfecho
poderá afetar significativamente a posição patrimonial e financeira da entidade, mas foi devidamente
divulgada nas notas explicativas. Se o auditor concluir que a matéria envolvendo incerteza relevante
não está adequadamente divulgada, o seu parecer deve conter ressalva ou opinião adversa.

O parecer com parágrafo de ênfase deve obedecer ao seguinte modelo:

PARECER

Destinatário (Parágrafo do Escopo)

Examinamos os balanços patrimoniais da Companhia Vou Passar, levantados em 31 de dezembro de


20X1 e 20X0, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das
origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas
sob a responsabilidade de sua administração, Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião
sobre essas demonstrações contábeis.

(Parágrafo das normas e procedimentos)

(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria, e compreendem: (a) o
planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o
sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das
evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a
avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração
da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

(Parágrafo da opinião)

Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam adequadamente, em


todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia Vai Passar em 31 de
dezembro de 20X1 e de 20X0, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido
e as origens e aplicações de seus recursos referentes os exercícios findos naquelas datas, de acordo
com práticas contábeis adotadas no Brasil.

(Parágrafo de ênfase)

A Companhia está em fase de reorganização, procedendo a uma ampla visão dos seus procedimentos
de controle interno. Os efeitos decorrentes, embora esperados, não puderam, até o momento, ser
quantificados. Nossa opinião está, portanto, sujeita aos efeitos desses ajustes.

Local e data Assinatura

Nome do auditor – responsável técnico

N. de registro no CRC

Nome da empresa de auditoria

N. de registro no CRC

Como resumo dessa importante fase do processo auditoria, pode-se afirmar que o parecer de auditoria
é a etapa em que são apresentados os resultados dos trabalhos realizados pelo auditor.

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Os tipos de parecer emitidos pelo auditor são:

 Parecer Limpo: emitido quando o auditor concorda com a situação apresentada.

 Parecer com Ressalva: emitido quando o auditor identifica situações que comprometem a emissão
de uma opinião limpa.

 Parecer Adverso: quando o auditor identifica situações que comprometem a adequação das
demonstrações contábeis e discorda da posição adotada pela administração.

 Negativa ou Abstenção de Opinião: o auditor não emite opinião quando, por qualquer motivo, não
puder realizar seus exames, ou seja, identificar uma limitação significativa à realização de seu
trabalho.

Relatório de Auditoria

O relatório de auditoria pode ser conceituado como a exposição fundamentada de comentários de


forma conclusiva, no qual são descritos os fatos de maior importância – denominados constatações,
achados, observações, revelações ou pontos de auditoria – constatados durante o curso normal dos
trabalhos e sugeridas às soluções. Tais sugestões deverão ser construtivas, visando o aprimoramento
dos controles internos, redução dos custos e desperdícios, aumento da economia, da efic iência e da
eficácia na utilização dos recursos, melhoramento das práticas contábeis e administrativas e até
mesmo uma forma mais adequada de gerir a entidade auditada.

O relatório de auditoria possui uma importância significativa para os responsáveis pela entidade
auditada, assim como para o pessoal cujas atividades das áreas envolvidas são nele abordadas e
discutidas, visto que podem utilizá-lo como base para tomada de decisões. Esse relatório ajuda os
leitores e interessados a avaliar as operações ocorridas no período examinado.

Como o relatório apresenta o resultado do trabalho de auditoria, se as observações e recomendações


não forem apresentadas de forma clara e precisa o trabalho não terá muita utilidade. O relatório se
constitui também o principal instrumento para a avaliação do trabalho realizado. O profissional pode
ser de fato um bom auditor, trabalhar com bastante afinco, elaborar bons papéis de trabalho, mas ele
certamente será avaliado pela qualidade do relatório que emitir.

Técnica de Elaboração de Relatórios

Para ter facilidade no momento da confecção do relatório de auditoria, e garantir sua qualidade, o
auditor deve, basicamente, obedecer às normas e utilizar de forma rigorosa as técnicas de auditoria.
Principalmente no que se refere à elaboração de programas e à adequada aplicação dos
procedimentos e, consequentemente, à preparação de papéis de trabalho criteriosos, de acordo com
as padronizações estabelecidas e que demonstrem a correta obtenção de evidências ou provas.

O relatório de auditoria deve ser elaborado de forma a facilitar a sua leitura e compreensão. Quando
da sua confecção, alguns requisitos técnicos devem ser observados.

A capa do relatório deve ter um “leiaute” discreto, indicando de forma clara e objetiva a natureza do
trabalho realizado, assim como o nome da entidade auditada e, de forma discreta, o nome do órgão
que realiza a auditoria, além do período examinado. O objetivo da auditoria também deve ser
especificado.

O conteúdo do relatório deve ser dividido nas seguintes partes:

a) Índice: tem como objetivo facilitar a identificação dos pontos abordados e deverá incluir o título do
item ou ponto e a página na qual ele está contido.

b) Sumário Executivo: breve descrição dos principais pontos contidos no relatório, de modo a

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despertar a atenção do leitor.

c) Informações: deve conter os seguintes dados:

a) Nome da entidade;

b) vinculação;

c) Exercício ou período auditado;

d) número do processo sob exame;

e) nome e endereço do gestor;

f) objetivo da entidade e

g) outros dados julgados necessários pelo auditor nas circunstâncias.

d) Introdução e Objetivo do Trabalho: deverá abordar os aspectos introdutórios como: número do


expediente que autoriza a auditoria, normas aplicadas e, principalmente, o objetivo do exame.

e) Alcance, Fontes de Critério e Procedimentos: o alcance corresponde à amplitude ou escopo do


exame, ou seja, o seu grau de abrangência, apresentando inclusive os empecilhos, ou seja, fatores
que limitaram o trabalho da auditoria, a exemplo da não apresentação de informações; atraso nos
registros; ausência ou deficiências significativas de controle; entre outros.

As fontes de critério correspondem a leis, atos, decretos, regulamentos, princípios e normas da


administração pública, princípios fundamentais de contabilidade, boas práticas administrativas, entre
outros, que forneceram os parâmetros que serviram de base para os exames.

Os principais procedimentos que normalmente são utilizados podem ser assim resumidos:
confirmação com terceiros (circularização), inspeções físicas, exame documental, conferência de
cálculos, observação, entrevistas, entre outros.

Nesse item, devem ser descritas todas as áreas que foram objeto de exame por parte do auditor.

Resultado da Auditoria: esse tópico é destinado a abordar os pontos significativos negativos ou não,
que foram detectados quando da execução e que são chamados de constatações, achados ou
observações de auditoria, devendo ser ordenados preferencialmente por grau decrescente de
importância do assunto abordado. Na sua elaboração, o auditor deve estar seguro de que obteve todas
as evidências necessárias para apoiar os achados de auditoria. Deve também considerar a opinião do
auditado.

O ponto deve ser redigido de forma clara e objetiva e ter um encaminhamento lógico. Com a finalidade
de facilitar o entendimento do assunto relatado, o auditor deve atentar para o aspecto estrutural na
elaboração do relatório. Cada ponto deve conter, em tese, três parágrafos, como segue: a)
procedimento em vigor ou situação constatada; b) influências ou consequências e c) sugestões, se
aplicáveis.

Ao redigir cada ponto, o auditor deve sempre procurar utilizar períodos curtos e diretos, pois é mais fácil
alcançar o entendimento do leitor, usando esse tipo de tese.

f) Conclusão: correspondem ao desfecho do trabalho, quando o auditor emitirá, de forma resumida,


seus comentários finais sobre os aspectos operacionais.

Requisitos para Elaboração de Relatórios

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Os principais requisitos para a apresentação de um relatório de qualidade são:

a) Importância do Conteúdo: o relatório de auditoria só deve conter os fatos julgados importantes


pelo auditor, de modo que possam merecer atenção dos seus destinatários. Nessa análise de
importância, o auditor deve considerar a relevância da informação para o interessado; o volume de
gasto envolvido; a repercussão externa; a contribuição para melhoria da economia, eficiência e
eficácia; a frequência das ocorrências e a prática recorrente já identificada em outras auditorias.

b) Utilidade e Oportunidade: a efetividade do relatório de auditoria somente será alcançada, se ele


for útil para o interessado no que se refere à aplicabilidade das recomendações propostas e se for
apresentado de maneira tempestiva, possibilitando a adoção de medidas corretivas por parte da
gerência. Um relatório de auditoria cuidadosamente preparado pode conter informações de grande
valia. Contudo, não será efetivo, se não for apresentado oportunamente. O relatório deve ser
apresentado nas datas programadas ou determinadas, de modo a tornar as informações disponíveis
para uso e para que ele tenha eficácia.

Os achados de auditoria que envolver aspectos relacionados a gastos desnecessários ou indevidos,


desperdícios de recurso, práticas ineficientes, ineficazes, antieconômicas, transações ilegais deverão
ser comunicados imediatamente, até mesmo antes da conclusão do relatório final. É o que se
denomina de relatório parcial, de modo a possibilitar a adoção de medidas corretivas oportunamente.

c) Cuidado e Adequação das Provas: na confecção do relatório, o auditor deve ser imparcial,
profissional, justo e seguro, transmitindo, assim, confiabilidade na matéria apresentada. Para tal, faz-
se necessário que os achados estejam claramente identificados e comprovados com evidência
objetiva suficiente. O auditor não deve olvidar que erros podem gerar dúvidas sobre a adequação das
informações apresentadas em todo o relatório.

Todos os achados, conclusões e recomendações apresentados pelo auditor no relatório de auditoria


devem estar adequadamente suportados por evidências objetivas constantes nos papéis de trabalho,
de modo a garantir a exatidão e razoabilidade das informações. Para isso, faz-se necessária a
referenciarão de todas as informações contidas no relatório com os respectivos papéis de trabalho.

d) Convencimento: cada achado deve ter em si a capacidade de persuadir o leitor de sua


importância. Portanto, devem ser elaborados de modo convincente. Devem ser evitadas expressões
do tipo “parece” e “os testes levam a crer”, pois elas demonstram que o auditor não conseguiu obter a
devida evidência para sustentar a sua opinião.

Os achados de auditoria devem ser apresentados de maneira convincente e o auditor precisa estar
seguro do que é informado, pois a responsabilidade da prova está no auditor e não na entidade
auditada.

e) Objetividade: cada achado de auditoria tem de ser redigido com informações suficientes, devendo
o auditor resguardar-se contra a tendência de exageros ou ênfases desnecessárias, evitando assim
interpretações distorcidas por parte do leitor, ou induzi-lo a conclusões não adequadas. A linguagem
direta e objetiva, sempre que possível, deve ser usada.

O relatório de auditoria deve apresentar os achados de maneira clara e objetiva, permitindo ao


interessado uma visão adequada do fato ocorrido.

f) Conteúdo: o relatório de auditoria deve possuir um conteúdo adequado, incluindo: declaração da


natureza do exame; relação dos achados com o tamanho e natureza das atividades ou entidades
auditadas; descrição correta dos achados e ênfase dos aspectos deficientes e satisfatórios.

g) Clareza e Simplicidade: partindo-se do pressuposto de que nem todos os leitores possuem


conhecimentos técnicos detalhados sobre os assuntos abordados no relatório, o auditor precisa ser
claro e simples na apresentação de suas conclusões. As abreviaturas e termos técnicos

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desconhecidos ou pouco usados devem ser definidos e explicados. Deve-se evitar linguagem
rebuscada, expressões “floreadas” e “chavões”.

Quanto mais claro e simples for o relatório, maior será a probabilidade da sua efetividade. Sempre que
possível, devem-se adotar os efeitos visuais.

h) Inteireza e Concisão: cada ponto redigido deve ser completo por si só, porém conciso, ou seja,
excessos de detalhes desnecessários que possam desviar a atenção do leitor do assunto principal
devem ser evitados.

i) Tom Construtivo: o auditor deve ter em mente que seu objetivo é obter reações favoráveis aos
achados e recomendações. Logo, o auditor tem de enfatizar os aspectos positivos.

j) Empatia: o auditor precisa se colocar na posição do auditado, refletindo sobre o quê e como deverá
ser relatado.

k) Efeitos Visuais: a utilização de gráficos, mapas e fotografias é recomendada, pois facilita o


processo de compreensão por parte do leitor. Contudo, exageros devem ser evitados.

l) Apresentação: as regras gramaticais e as técnicas de redação devem ser observadas com rigor.

Regras Gerais para Elaboração de Relatórios

Quando da elaboração de um relatório de auditoria, o auditor deve ter em mente que ele deve ser bem
redigido, completo por si só, claro e de fácil entendimento. Assim, necessária se faz o observância de
algumas regras fundamentais, a saber:

 Redação na linguagem corrente, sem erros gramaticais;

 Evitar uso de terminologia especializada. Se necessário uso, ela deve ser adequadamente explicada;

 Não redigir em Caixa Alta;

 Não misturar minúsculas com MAIÚSCULAS;

 Respeitar o emprego de maiúsculas;

 Padronizar letra. Nem muito grande, nem muito pequena;

 Redigir o ponto em três partes básicas: introdução, desenvolvimento e conclusão;

 Utilizar língua culta;

 Utilizar a boa expressão: clareza, concisão, correção e elegância;

 Utilizar frases curtas;

 Utilizar linguagem direta;

 Evitar gírias, chavões e lugares-comuns;

 Evitar a linguagem coloquial;

 Evitar termos rebuscados ou difíceis;

 Evitar linguagem metafórica;

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 Evitar períodos longos;

 Não fugir da constatação;

 Evitar ideias primárias ou infantis;

 Não dizer o óbvio;

 Selecionar os achados por hierarquia;

 Explorar o recurso dos exemplos;

 Valorar os achados;

 Sempre que possível, o ponto de auditoria deve conter três ou quatro parágrafos;

 Utilizar uma ideia básica por parágrafo;

 Evitar o parágrafo da contradição;

 Manter conexão entre os parágrafos;

 Distribuir harmoniosamente o número de linhas por parágrafos (4 a 6);

 Evitar o uso da maledicência;

 Não filosofar inutilmente;

 Não repetir seguidamente as palavras;

 Evitar os circunlóquios desnecessários;

 Conferir todas as informações;

 Conferir soma;

 Referenciar os achados com os papéis de trabalho;

 Evitar parágrafos longos;

 Utilizar linguagem direta;

 Somente incluir informação pertinente;

 Considerar o conteúdo dos atributos de um achado;

 Somente emitir relatório após a sua discussão com o auditado e a sua completa revisão.

Constatação ou Achado de Auditoria

No transcurso dos seus exames, o auditor pode identificar pontos negativos ou positivos que mereçam
ser reportados à alta administração. Esses pontos são denominados, como visto constatações,
observações ou achados em auditoria. A constatação ocorre quando uma determinada condição não
está em sintonia ou em conformidade com um determinado critério. A condição é a situação
encontrada pelo auditor, é o fato ocorrido. Já o critério é a situação ideal, esperada, ou, em outras
palavras, a situação que deveria ocorrer. A figura abaixo demonstra com propriedade o processo de
identificação de um achado:

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Normalmente, os achados negativos de auditoria se referem a assuntos, tais como:

 Práticas antieconômicas;

 Ineficácia;

 Ineficiência;

 Desperdícios;

 Uso indevido;

 Gastos inadequados;

 Descumprimento de leis e outras normas.

Não se pode olvidar que somente os achados significativos devem ser considerados pelo auditor,
quando da elaboração do relatório de auditoria.

Desenvolvimento de um Achado

O auditor, ao desenvolver um achado de auditoria, deverá, necessariamente, ter analisado os


seguintes atributos:

a) Condição: é a verificação do fato ocorrido. É a situação existente, determinada e documentada


durante a auditoria. A condição está diretamente relacionada com o grau em que os critérios de
auditoria estão sendo obedecidos. Assim, podem-se ter as seguintes formas de condição:

 Os critérios foram obedecidos satisfatoriamente;

 Os critérios não foram obedecidos;

 Os critérios foram obedecidos parcialmente.

Em suma, a condição representa o que é o que está acontecendo.

b) Critério: descrição da situação ideal com base em normas de controle interno, legislação aplicável,
princípios fundamentais, boas práticas administrativas metas e objetivos especificados, padrões de
economia, de eficiência, de eficácia, entre outros. Representa o parâmetro com o qual o auditor mede a
condição. Corresponde às metas, aos objetivos da atividade ou entidade auditada, bem como às
normas relacionadas com o alcance dessas metas e objetivos. Têm-se as seguintes fontes de critério:

 Disposições escritas: leis, normas procedimentais, regulamentos, manuais, instruções, etc.;

 Senso comum;

 Experiência do auditor;

 Opiniões independentes de especialistas;

 Práticas usuais.

Em suma, o critério representa o que deveria ser.

c) Causas: identificações das razões fundamentais que levaram à ocorrência dos fatos. Representam
os motivos pelos quais ocorreu um desempenho inadequado ou não. Da correta identificação das
causas depende a correta elaboração de recomendações de forma construtiva. Vale mencionar que

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somente a informação de que o achado ocorreu porque as normas não foram observadas,
normalmente não convence o interessado na auditoria. As causas típicas apresentadas pela doutrina
auditoria são as seguintes:

 Falta de segregação de função;

 Falta de rodízio de empregados;

 Desconhecimento inconsciente;

 Tempo insuficiente para realização das tarefas;

 Falta de capacitação;

 Falta de comunicação;

 Falta de conhecimento dos requisitos;

 Negligência ou descuido;

 Normas inadequadas, inexistentes, obsoletas ou impraticáveis;

 Desobediência consciente das normas;

 Falta de recursos humanos, materiais ou financeiros;

 Falta de honestidade;

 Inadvertência do problema;

 Falta de esforços e interesses suficientes;

 Falta de supervisão adequada;

 Falta de vontade para mudança;

 Organização defeituosa;

 Falta de delegação de autoridade;

 Auditoria interna deficiente.

d) Consequências: identificações detalhadas dos efeitos provocados pelo fato ocorrido. São os fatos
que demonstram a necessidade de ações corretivas em aposta aos problemas identificados. Sempre
que possível, o relatório de auditoria deve expressar a consequência quantificada em valores
monetários ou em outra unidade de medida. As consequências mais típicas, conforme a OLACEFS,
são:

 Uso antieconômico ou ineficiente dos recursos humanos, materiais ou financeiros;

 Perdas potenciais de receitas;

 Violação de disposições legais;

 Ineficácia dos trabalhos;

 Gastos indevidos;

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 Relatórios sem utilidade, pouco significativos ou imprecisos;

 Controle inadequado dos recursos ou atividades;

 Insegurança na adequação dos trabalhos;

 Desmoralização do pessoal.

Em suma, a consequência representa a diferença entre o que é e o que deveria ser.

e) Opinião da Entidade: relato da posição da organização auditada diante da condição encontrada.

f) Conclusão: é o posicionamento do auditor após a confrontação da posição encontrada, dos critérios,


causas, consequências e após a opinião da entidade.

g) Recomendação: Sugestões propostas pelo auditor para a regularização da situação encontrada, se


aplicável. ACOMPANHAMENTO DE AUDITORIA

Após a discussão dos achados e da entrega do relatório de auditoria, o auditor deve acompanhar a
aceitação de suas recomendações, de modo a garantir a eficácia do seu trabalho. A fase do
acompanhamento normalmente é realizada no transcurso da auditoria subsequente, na fase do
planejamento, e consiste na ação proativa do auditor, objetivando contribuir para o aprimoramento das
operações do auditado.

Não existe na doutrina auditoria a descrição dos procedimentos que devem ser adotados no transcurso
dessa fase. Contudo, prevalecem todos os requisitos e atributos que o auditor deve seguir, quando da
realização dos seus exames.

Eventos Subsequentes e Carta de Responsabilidade da Administração

Eventos Subsequentes

Eventos Subsequentes são transações ocorridas entre a data do balanço e a data de emissão do
parecer do auditor, que podem modificar se não forem corretamente divulgadas, a opinião emitida.
São exemplos destas situações:

 Perda em contas a receber decorrente da falência do devedor;

 Perdas relevantes em investimentos;

 Ocorrência de sinistros;

 Alterações significativas na legislação;

 Pagamento ou sentença judicial.

Segundo o CFC, o auditor deve aplicar procedimentos específicos em relação aos eventos ocorridos
entre as datas do balanço e a do seu parecer, que possam demandar ajustes nas demonstrações
contábeis ou a divulgação de informações nas notas explicativas.

Os efeitos decorrentes de eventos subsequentes relevantes ao exame das demonstrações contábeis


devem ser considerados no parecer como ressalva ou em parágrafo de ênfase, quando não ajustadas
ou reveladas adequadamente.

Há três situações de eventos subsequentes, tudo em consonância o CFC:

a) Ocorridos entre a data do término do exercício social e a data da emissão do parecer: Como

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exemplos têm-se: aporte de novos recursos, inclusive como aumento de capital; compra de nova
subsidiária ou de participação adicional relevante em investimento anterior; destruição de estoques ou
estabelecimento em decorrência de sinistro; e alteração do controle societário.

Os procedimentos para identificar esses tipos de eventos são:

Revisão dos procedimentos que a administração estabeleceu para assegurar que eventos
subsequentes sejam identificados;

Leitura de atas de assembleia de acionistas ou quotistas, de reunião dos conselhos de


administração e fiscal, da diretoria, bem como de comitês executivos e de auditoria, realizadas após o
fim do período;

Indagação sobre assuntos discutidos nas reuniões e para os quais ainda se dispõe de atas;

Leitura das demonstrações contábeis intermediárias posteriores àquelas auditadas;

Ampliação das indagações anteriores, escritas ou verbais, aos advogados da entidade a respeito de
litígios e reclamações;

Indagação à administração sobre se ocorreu qualquer evento subsequente que possa afetar as
demonstrações contábeis e obtenção, da parte dela, de carta de responsabilidade.

Os exemplos de assuntos a serem indagados incluem: situação atual de itens contabilizados com base
em dados preliminares ou não conclusivos; assunção de novos compromissos, empréstimos ou
garantias concedidas; vendas de ativos; emissão de debêntures ou ações novas ou acordo de fusão,
incorporação, cisão ou liquidação de atividades, ainda que parcialmente; destruição de ativos, por
exemplo, por fogo ou inundação; desapropriação por parte do governo; evolução subsequente de
contingências e assuntos de maior risco de auditoria; ajustes contábeis inusitados; e ocorrência ou
probabilidade de ocorrência de eventos que ponham em dúvida a adequação das práticas usadas nas
demonstrações contábeis, como na hipótese de dúvida sobre a continuidade normal das atividades da
entidade.

b) Ocorridos depois do término do trabalho de campo, com a consequente emissão do parecer


e a data da divulgação das demonstrações contábeis: O auditor não é responsável pela execução
de procedimentos ou indagações sobre as demonstrações contábeis após a data do seu parecer.
Durante o período entre as datas do parecer do auditor e a de divulgação das demonstrações
contábeis, a administração é responsável por informar ao auditor fatos que possam afetar as
demonstrações contábeis. Quando, após a data do parecer do auditor, mas antes da divulgação das
demonstrações contábeis, o auditor tomar conhecimento de um fato que possa afetar de maneira
relevante as demonstrações contábeis, ele deve decidir se elas devem ser ajustadas, discutir o
assunto com a administração e tomar as medidas apropriadas às circunstâncias. Assim,

Quando a administração alterar as demonstrações contábeis, o auditor deve executar os


procedimentos necessários nas circunstâncias e fornecer a ela um novo parecer sobre as
demonstrações contábeis ajustadas.

Quando a administração não alterar as demonstrações contábeis nos casos em que o auditor
decidir pela necessidade de sua alteração e o seu parecer não tiver sido liberado para a entidade, ele
deve revisá-lo e, se for o caso, expressar opinião com ressalva ou adversa.

c) Ocorridos após a divulgação das demonstrações contábeis: Após a divulgação das


demonstrações contábeis, o auditor não tem responsabilidade de fazer qualquer indagação sobre
essas demonstrações.

Ainda segundo o CFC, para ter condições de formar opinião sobre as demonstrações contábeis

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considerando os efeitos relevantes das transações e eventos subsequentes ao encerramento do


exercício social, o auditor deve considerar:

Os procedimentos da administração para que os eventos sejam divulgados;

Os atos e fatos administrativos registrados em atas de reuniões de acionistas, administradores e


outros órgãos estatutários;

Os informes, de qualquer espécie, divulgados pela entidade;

A situação de contingências conhecidas e reveladas pela administração e pelos advogados da


entidade; e.

A existência de eventos, não revelados pela administração nas demonstrações contábeis, que
tenham efeitos relevantes sobre as mesmas.

Carta de Responsabilidade da Administração

Carta de Responsabilidade é o documento obtido pelo auditor, ao término dos trabalhos, que
evidencia a “responsabilidade da administração quanto às informações e dados e à preparação e
apresentação das demonstrações contábeis submetidas aos exames de auditoria”. Ela deve ser
emitida com a mesma data do parecer do auditor sobre as demonstrações contábeis.

Segundo a Resolução n.º 752/93, a Carta de Responsabilidade da Administração “é o documento


emitido pelos Administradores da entidade auditada e endereçada ao auditor independente,
confirmando as informações e dados fornecidos ao auditor, as bases de preparação, apresentação e
divulgação das demonstrações contábeis submetidas à auditoria”.

Sua elaboração é de fundamental importância, pois nem todas as evidências podem ser obtidas através
de documentos, mas também a partir de informações verbais da administração, das gerências e do
responsável pela contabilidade.

Os objetivos do auditor ao obter essa carta são:

Atender às Normas de Auditoria Independente;

Obter evidência auditoria por escrito;

Delimitar as responsabilidades do Auditor e da Administração;

Dar mais confiabilidade as informações verbais obtidas durante a auditoria;

Dar garantias ao auditor independente quanto às responsabilidades posteriores à realização do


trabalho, onde o nome do auditor esteja diretamente envolvido, tais como a apresentação das
demonstrações aos sócios ou acionistas, a divulgação perante terceiros, e outros;

Possibilitar esclarecimento sobre pontos não constantes das demonstrações contábeis tais como
contingências ou responsabilidades não divulgadas, possibilidades efetivas de realização de
determinados ativos e também aspectos de continuidade operacional.

Ainda segundo o CFC, a Carta de Responsabilidade da Administração deve conter o que segue:

a) Ter data igual àquela do parecer do auditor independente;

b) Ser endereçada ao auditor independente;

c) Fazer referência às demonstrações contábeis objeto da auditoria;

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DOMINA CONCURSOS

d) Mencionar que a administração cumpriu com as normas e regulamentos a que a entidade está
sujeita;

e) Mencionar que o sistema contábil e os controles internos adotados pela entidade são de
responsabilidade da administração e adequados ao seu tipo de atividade e volume de transações;

f) Confirmar que todas as transações efetuadas no período foram devidamente registradas no sistema
contábil, de acordo com a legislação vigente;

g) Confirmar que as estimativas contábeis foram efetuadas com base em dados consistentes;

h) Confirmar que não há contingências fiscais, trabalhistas, previdenciárias e legais que possam
afetar substancialmente a situação financeira e patrimonial da entidade, influindo significativamente na
sua avaliação;

i) Confirmar que não há nenhum fato conhecido que possa impedir a continuidade normas e das
atividades da entidade;

j) Confirmar que não há qualquer evento subsequente que possa afetar a posição patrimonial e
financeira da entidade, bem como o resultado do período;

k) Confirmar que todos os livros e registros contábeis e documentos comprobatórios foram colocados
à disposição dos auditores;

l) Confirmar que foram adequadamente contabilizados e divulgados nas demonstrações contábeis, os


saldos e transações com “partes relacionadas”, os prejuízos decorrentes de compromissos de compra
e venda os acordos para a recompra de ativos anteriormente e vendidos, e os ativos dados em
garantia;

m) Confirmar quentão há planos ou intenções que possam afetar substancialmente o valor ou a


classificação de ativos e passivos constantes das demonstrações contábeis;

n) Confirmar que não existem irregularidades envolvendo a administração ou empregados que


possam ter efeito significativo sobre as demonstrações contábeis;

o) Confirmar que a entidade não tem ônus ou gravames sobre os seus ativos além dos mencionados
em nota explicativa;

p) Confirmar que não são do conhecimento da administração da entidade quaisquer questões


pendentes junto aos órgãos reguladores e fiscalizadores, que possam ter efeitos relevantes sobre as
demonstrações contábeis;

q) Confirmar que os seguros efetuados foram contratados em valores suficientes para cobrir eventuais
perdas com sinistros, impedindo a continuidade normal dos negócios sociais.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Procedimentos De Auditoria

Os procedimentos de auditoria são os mecanismos utilizados pelo auditor para a obtenção de


evidências ou provas de auditoria. Representam o conjunto de técnicas ou métodos que
permitem ao auditor obter elementos probatórios de forma suficiente e adequada para
fundamentar seus comentários, quando da elaboração do seu relatório.

Segundo o CFC, como já descrito no capítulo 3, os procedimentos de auditoria podem ser


agrupados em testes de observância a em testes substantivos. Os primeiros são
relacionados com a validação de controle internos. Os testes substantivos se relacionam com os
exames de saldos de balanços e a totalidade dos valores.

Os procedimentos de auditoria não são rígidos, podendo variar de auditoria para auditoria, de
modo a se ajustarem às circunstâncias específicas de cada caso em exame.

A aplicação dos procedimentos de auditoria pode ser realizada através de exames, provas
seletivas, testes e amostragens em razão da complexidade e volume das operações de cada
entidade auditada, cabendo ao profissional da auditoria, com base na análise de riscos
envolvidos e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude ou o escopo dos exames
necessários à obtenção dos elementos probatórios que sejam válidos para o todo auditado.

Os principais procedimentos de auditoria são:

 Exame dos Registros: verificação da adequação dos registros contábeis e auxiliares.

 Exame Documental: é a análise da adequação dos documentos comprobatórios dos fatos


auditados, entre outros documentos que normalmente são examinados, pode- se citar notas
fiscais, cautelas, duplicatas quitadas, contratos. Quando o auditor realiza o exame dos
documentos originais, deve estar atento para a autenticidade, normalidade, aprovação e registro.

 Conferência de Cálculos: revisão dos principais (relevantes) cálculos realizados pela entidade
auditada, de modo a verificar sua exatidão. Entre as conferências de cálculos fundamentais está
a conferência de soma.

 Entrevistas: questões dirigidas de forma técnica aos auditados de modo a detalhar e esclarecer
procedimentos. Pode ser realizada de forma estruturada (questões padronizadas) ou não-
estruturadas.

 Inspeção Física: exame da existência de bens. Este procedimento deve ser aplicado de forma
cuidadosa pelo auditor, que deve estar atento aos detalhes envolvidos na utilização dos bens.
Segundo o CFC, a inspeção física envolve também o exame dos títulos e outros documentos
comprobatórios. Na aplicação deste procedimento devem ser consideradas: identificação,
existência, autenticidade, quantidade e qualidade.

 Circularização: é a confirmação de saldos e informações mantidos com terceiros. Solicitada


pelo auditor, é elaborada pela entidade auditada. Todavia, é o auditor que deverá receber
diretamente as respostas. A circularização implica a obtenção de declaração formal e isenta de
pessoas independentes com relação ao ente auditado. Os procedimentos a seguir estão
relacionados com os exames de confirmação: seleção criteriosa dos itens, para serem
examinados; controle dos pedidos de confirmação, para serem despachados aos destinatários;
procedimento alternativo de verificação para as respostas de confirmações não recebidas; as
respostas do pedido de confirmação devem ser endereçadas ao auditor e algumas confirmações
devem ser obtidas pessoalmente, nos casos julgados apropriados pelo auditor.

A circularização pode ser:

 preta: quanto fornece o saldo a ser confirmado;

 branca: quando não fornece o saldo a ser confirmado;

 negativa: quando informa que não é necessária a resposta quando o auditado concorda com
o valor informado;

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

 positiva: quando informa que é necessária a resposta.

 Observação: é a análise dos fatos durante a sua ocorrência.

 Correlação: é a relação entre um fato examinado em uma área com seus impactos em outras.

 Procedimento de revisão analítica: é a avaliação dos dados com base em testes globais,
aplicação de índices de análise de balanço e análise de variações. Na aplicação dos
procedimentos de revisão analítica o auditor deve considerar a disponibilidade das informações,
sua confiabilidade, relevância e comparabilidade.

A Resolução n.º 820/93 do CFC, estabelece que a aplicação dos procedimentos de auditoria
“deve ser realizada, em razão da complexidade e volume das operações, por meio de provas
seletivas, testes e amostragens, cabendo ao auditor, com base na análise de riscos de auditoria
e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude dos exames necessários à obtenção
dos elementos de convicção que sejam válidos para o todo”.

Ainda segundo o CFC, na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve
considerar os seguintes procedimentos técnicos básicos:

a) inspeção – exame de registros, documentos e de ativos tangíveis;

b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução;

c) investigação e confirmação – obtenção de informações junto a pessoas ou entidades


conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade;

d) cálculo – conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, registros e


demonstrações contábeis e outras circunstâncias; e

e) revisão analítica – verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices,


quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou
tendências atípicas.

Tipos De Testes Em Áreas Específicas Das Demonstrações Contábeis

São apresentadas a seguir, sem pretender esgotar a lista, alguns objetivos e procedimentos de
auditoria em algumas áreas do Balanço Patrimonial, a saber:

 Disponível

Os objetivos de auditoria do disponível são verificar se:

a) os valores registrados no disponível representam os disponibilidades da organização;

b) os valores registrados no disponível estão adequadamente classificados;

c) as divulgações relativas ao disponível foram devidamente realizadas;

d) não há gravames ou riscos sobre o disponível;

e) a legislação correspondente foi seguida;

f) todo o disponível de propriedade da organização foi devidamente apresentado;

g) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do disponível são:

a) contagem física do numerário em caixa, que deve ser feita sempre na presença do
responsável, devendo ser obtida uma declaração por escrito de que os valores contados foram
devolvidos na totalidade;

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

b) confirmação dos saldos bancários;

c) confirmação das aplicações financeiras;

d) confirmação das pessoas autorizadas a movimentar as contas bancárias e aplicações


financeira;

e) análise dos controles de distribuição de senhas;

f) verificação da existência de limites de alçadas;

g) conferência de somas das conciliações bancárias e boletins de caixa;

h) revisão das conciliações bancárias;

i) conferência de cálculos da remuneração das aplicações financeiras;

j) correlação com a área de empréstimos;

k) observação da adequada classificação das contas;

l) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Contas A Receber

Os objetivos de auditoria do contas a receber são verificar se:

a) os valores registrados em contas a receber representam verdadeiramente valores realizáveis


da organização.

b) os valores registrados em contas a receber estão adequadamente classificados.

c) as divulgações relativas ao contas a receber foram devidamente realizadas.

d) não há gravames ou riscos sobre o contas a receber.

e) a legislação correspondente foi seguida.

f) todo o contas a receber de propriedade da organização foi devidamente apresentado.

g) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do contas a receber são:

a) contagem de duplicatas e títulos a receber, se aplicável.

b) confirmação de contas a receber relevantes.

c) conferência de cálculo de juros e correções que foram apropriados.

d) revisão das classificações de curto e longo prazo.

e) conferência da adequação dos valores considerados como provisão para devedores


duvidosos.

f) exame do registro do razão analítico do contas a receber.

g) exame da liquidação subseqüente.

h) correlação com a área de vendas.

i) observação da adequada classificação das contas.

j) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

 Estoques

Os objetivos de auditoria dos estoques são verificar se:

a) os bens registrados como estoques existem fisicamente.

b) os valores registrados no estoque representam verdadeiramente bens realizáveis da


organização.

c) os valores registrados no estoque estão adequadamente classificados.

d) os valores registrados no estoque estão adequadamente avaliados.

e) as divulgações relativas ao estoque foram devidamente realizadas.

f) não há gravames ou riscos sobre o estoque.

g) a legislação correspondente foi seguida.

h) todo o estoque de propriedade da organização foi devidamente apresentado.

i) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do estoque são:

a) contagem física do estoque por amostragem

b) revisão dos procedimentos utilizados pelo auditado na realização de inventários.

c) revisão dos mapas de inventário.

d) exame dos documentos de entrada e saída do estoque.

e) análise dos estoque de baixa rotatividade ou morosos.

f) analise dos estoques obsoletos ou improváveis de realização.

g) exame da adoção do critério de custo ou mercado, dos dois o menor.

h) confirmação dos estoques em poder de terceiros.

i) confirmação dos estoques de terceiros em poder da organização.

j) confirmação das importações em andamento

k) conferência de cálculos de apropriação de custos.

l) correlação com o custo das vendas e com o contas a apagar.

m) observação da adequada classificação das contas.

n) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Despesas Antecipadas

Os objetivos de auditoria das despesas antecipadas são verificar se:

a) os valores registrados em despesas antecipadas representam verdadeiramente gastos que


beneficiarão o exercício seguinte.

b) os valores registrados em despesas antecipadas estão corretamente classificados.

c) a legislação correspondente foi seguida.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

d) os valores das coberturas estão compatíveis com os valores de mercado dos bens
segurados.

e) há cobertura suficiente para os ativos.

f) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria das despesas antecipadas são:

a) análise da adequação das apólices.

b) análise da adequação dos contratos.

c) confirmação dos valores das apólices e dos pagamentos.

d) conferência de cálculos das apropriações feitas para o resultado.

e) observação da adequada classificação das contas.

f) correlação com a área de despesas.

g) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Investimentos

Os objetivos de auditoria dos investimentos são verificar se:

a) os investimentos efetivamente existem.

b) Os valores registrados como investimentos representam verdadeiramente participações


permanentes em outras organizações.

c) os valores registrados como investimentos estão adequadamente classificados.

d) as divulgações relativas aos investimentos foram devidamente realizadas.

e) não há gravames ou riscos sobre os investimentos.

f) a legislação correspondente foi seguida.

g) Todos os investimentos de propriedade organização foram devidamente apresentados.

h) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria dos investimentos são:

a) inspeção física dos títulos dos principais valores classificados nos investimentos.

b) exame dos documentos de entrada e de baixa dos investimentos.

c) análise dos investimentos considerados como não realizáveis.

d) conferência de cálculos de atualizações realizadas.

e) conferência do cálculo da equivalência patrimonial.

f) conferência de cálculos das provisões para perdas.

g confirmação com terceiros.

h) correlação com o resultado.

i) observação da adequada classificação das contas.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

j) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Imobilizado

Os objetivos de auditoria do imobilizado são verificar se:

a) os bens registrados como imobilizado existem fisicamente.

b) os valores registrados no imobilizado representam verdadeiramente bens e direitos que estão


sendo utilizados nas operações da organização.

c) os valores registrados no imobilizado estão adequadamente classificados.

d) as divulgações relativas ao imobilizado foram devidamente realizadas.

e) não há gravames ou riscos sobre o imobilizado.

f) a legislação correspondente foi seguida.

g) todo o imobilizado de propriedade da organização foi devidamente apresentado.

h) Os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do imobilizado são:

a) inspeção física dos principais valores classificados no imobilizado.

b) exame dos documentos de entrada e de baixa do imobilizado.

c) análise dos bens imobilizados considerados como inservíveis.

d) confirmação das importações em andamento.

e) confirmação dos contratos de arrendamento mercantil.

f) revisão dos livros de inventário.

g) conferência de cálculos de apropriação de depreciação, amortização e exaustão.

h) revisão das reavaliações feitas.

i) análise das reavaliações realizadas.

j) correlação com o resultado.

k) observação da adequada classificação das contas.

l) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Contas a Pagar

Os objetivos de auditoria do contas a pagar são verificar se:

a) os valores registrados em contas a pagar representam verdadeiramente valores exigíveis da


organização.

b) os valores registrados em contas a pagar estão adequadamente classificados.

c) as divulgações relativas ao contas a pagar foram devidamente realizadas.

d) existem ativos dados em garantias ou vinculados ao contas a pagar.

e) todos os passivos contingentes foram devidamente registrados.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

f) a legislação correspondente foi seguida.

g) todo o contas a pagar da organização foi devidamente apresentado.

h) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do contas a pagar são:

a) exame das duplicatas e títulos a pagar, se aplicável.

b) confirmação dos saldos das contas a pagar.

c) conferência de cálculo de juros e correções incorridos.

d) conferência de cálculo de impostos e contribuições devidas.

e) conferência de cálculo das provisões de férias e outras.

f) revisão das classificações de curto e longo prazo.

g) exame do registro do razão analítico do contas a pagar.

h) correlação com a área de compras e estoques.

i) exame da liquidação subsequente.

j) observação da adequada classificação das contas.

k) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Empréstimo

Os objetivos de auditoria de empréstimo são verificar se:

a) os valores registrados como empréstimo representam verdadeiramente valores exigíveis da


organização.

b) os valores registrados como empréstimo estão adequadamente classificados.

c) as divulgações relativas aos empréstimos foram devidamente realizadas.

d) existem ativos dados em garantias ou vinculados aos empréstimos.

e) todos os passivos contingentes foram devidamente registrados.

f) a legislação correspondente foi seguida.

g) todos os empréstimos da organização foram devidamente apresentados.

h) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria dos empréstimos são:

a) exame documental dos contratos de empréstimo.

b) exame documental dos pagamentos realizados.

c) confirmação dos saldos de empréstimos.

d) conferência de cálculo de juros e variações incorridos.

e) revisão das classificações de curto e longo prazo.

f) exame dos controles paralelos.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

g) correlação com a área de disponibilidades e de despesas.

h) exame da liquidação subseqüente.

i) observação da adequada classificação das contas.

j) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Patrimônio Líquido

Os objetivos de auditoria do patrimônio líquido são verificar se:

a) os valores registrados no patrimônio líquido representam verdadeiramente valores


pertencentes aos proprietários da organização.

b) os valores registrados no patrimônio líquido estão adequadamente classificados.

c) as divulgações relativas ao patrimônio líquido foram devidamente realizadas.

d) a legislação correspondente foi seguida.

e) as normas estatutárias foram seguidas.

f) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do patrimônio liquido são:

a) contagem das cautelas de ações.

b) confirmação da participação acionária.

c) confirmação dos valores classificados como reservas de capital.

d) conferência de cálculo.

e) conferência de cálculo das reservas de lucro.

f) conferência de cálculo das realizações de reservas.

g) conferência de cálculo da distribuição dos dividendos.

h) revisão das classificações contábeis realizadas.

i) exame das atas de assembléias.

j) correlação com a área de resultado.

k) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Resultado De Exercício

Os objetivos de auditoria do resultado do exercício são verificar se:

a) os valores registrados no resultado do exercício representam verdadeiramente receitas


realizadas e despesas incorridas da organização.

b) todos os custos e despesas foram contrapostos às receitas.

c) os valores registrados no resultado do exercício estão adequadamente classificados.

d) as divulgações relativas ao resultado do exercício foram devidamente realizadas.

e) a legislação correspondente foi seguida.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

f) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do resultado do exercício são:

a) correlação com as outras áreas do balanço.

b) correlação com os exames de controle interno.

b) exame documental da receita e da despesa.

c) análise de variações.

d) correlação com os resultados da revisão dos controles internos das áreas de faturamento, de
pessoal e de custo.

e) estudo e análise das contas de resultado.

f) revisão de cálculos de juros, receitas financeiras e impostos.

g) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Os objetivos e procedimentos para uma auditoria operacional depenem da natureza e finalidade


do trabalho a ser executado, o que dificulta em muito a elaboração de um elenco padronizado.
Isso ocorre, em face da auditoria operacional não repousar sobre normas explícitas, como
acontece com a auditoria contábil. O que é perfeitamente aceitável, pois o campo de atuação da
auditoria operacional – universo da gestão – não é exato e o auditor incumbido dessa tarefa deve
apreciar caso a caso os diferentes domínios da administração.

Evidência De Auditoria

Evidência é toda prova obtida pelo auditor, em face da aplicação dos procedimentos de auditoria,
para avaliar se os critérios estabelecidos estão sendo ou não atendidos.

A evidência de auditoria é classificada segundo os procedimentos que a originaram.

Assim, tem-se:

a) Evidência física: obtida em decorrência de uma inspeção física ou observação direta de


pessoas, bens, ou transações. Normalmente é apresentada sob a forma de fotografias, gráficos,
memorandos descritivos, mapas, amostras físicas, etc.

b) Evidência documental: é aquela obtida dos exames de ofícios, contratos, documentos


comprobatórios (notas fiscais, recibos, duplicatas quitadas, etc.) e de informações prestadas por
pessoas de dentro e de fora da entidade auditada, sendo que a evidência obtida de fontes
externas adequadas é mais fidedigna que a obtida na própria organização sob auditoria.

c) Evidência testemunhal: é aquela decorrente da aplicação de entrevistas ou questionários.

d) Evidência analítica: decorre da conferência de cálculos, comparações, correlações e análises


feitas pelo auditor, dentre outras.

O auditor deve atentar que o processo de obtenção de evidências em uma auditoria operacional
é muito mais complexo do que em uma auditoria contábil. Isso acontece em virtude de, nas
áreas operacionais, o processo de identificação dos critérios, na maioria das vezes, não ser
claramente definido como nas áreas financeiras. A identificação das áreas problemáticas e
críticas dependerá enormemente da perspicácia, experiência e determinação do auditor.

Normas Internacionais Para A Prática Profissional De Auditoria Interna (Normas)

Introdução Às Normas Internacionais

A auditoria interna é conduzida em diversos ambientes legais e culturais; entre organizações que
variam de propósito, tamanho, complexidade e estrutura; e por pessoas dentro ou fora da

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

organização. Enquanto as diferenças possam afetar a prática de auditoria interna em cada ambiente,
a conformidade com as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna do IIA
(Normas) é essencial para o atendimento das responsabilidades dos auditores internos e da atividade
de auditoria interna.

Se os auditores internos ou a atividade de auditoria interna estão proibidos por força de lei ou de
regulamentações a seguir determinadas partes das Normas, é necessária a conformidade com todas
as demais partes das Normas e a apropriada divulgação desta situação.

Se as Normas são utilizadas em conjunto com normas emitidas por outros órgãos reguladores, as
comunicações de auditoria interna podem também citar a utilização de outras normas, como for
apropriado. Neste caso, se houver inconsistências entre as Normas e outras normas, os auditores
internos e a atividade de auditoria interna devem sujeitar-se às Normas, e podem obedecer às outras
normas caso elas forem mais restritivas.

Os propósitos das Normas são:

1. Delinear os princípios básicos que representam a prática de auditoria interna.

2. Fornecer uma estrutura para a execução e promoção de um amplo espectro de auditoria interna
de valor agregado.

3. Estabelecer as bases para a avaliação de desempenho da auditoria interna.

4. Promover a melhoria dos processos e operações organizacionais.

As Normas são focadas em princípios, requerimentos mandatórios consistidos de:

 Declarações dos requerimentos básicos para a prática profissional de auditoria interna e para a
avaliação da eficácia do desempenho, as quais são internacionalmente aplicáveis às organizações e
aos indivíduos.

 Interpretações, as quais esclarecem termos ou conceitos contidos nas Declarações.

As Normas empregam termos aos quais foram atribuídos significados específicos que estão incluídos
no Glossário. Especificamente, as Normas utilizam a palavra “deve” para especificar um requerimento
incondicional e a palavra “deveria” onde há a expectativa de conformidade a não ser que, ao aplicar o
julgamento profissional, as circunstâncias justificam o desvio.

É necessário considerar as Declarações e suas Interpretações, assim como os significados


específicos do Glossário, para entender e aplicar as Normas corretamente.

A estrutura das Normas é dividida entre Normas de Atributos e de Desempenho. As Normas de


Atributos endereçam as características das organizações e dos indivíduos que executam auditoria
interna. As Normas de Desempenho descrevem a natureza da auditoria interna e fornecem os
critérios de qualidade contra os quais o desempenho desses serviços possa ser avaliado. As Normas
de Atributos e de Desempenho são fornecidas para serem aplicadas a todos os serviços de auditoria
interna.

As Normas de Implantação, adicionalmente, são fornecidas para expandir as normas de Atributos e


de Desempenho ao prover os requerimentos aplicáveis às atividades de (A) avaliação (assurance) ou
(C) consultoria.

Os serviços de avaliação (assurance) compreendem a avaliação objetiva da evidência pelo auditor


interno, a fim de fornecer uma opinião ou conclusões independentes a respeito de uma entidade,
operação, função, processo, sistema ou outro ponto importante. A natureza e o escopo do trabalho de
avaliação (assurance) são determinados pelo auditor interno. Geralmente há três partes envolvidas
nos serviços de avaliação (assurance): (1) a pessoa ou o grupo diretamente envolvido com a
entidade, operação, função, processo, sistema ou outro ponto importante - o proprietário do processo,
(2) a pessoa ou grupo que efetua a avaliação – o auditor interno, e (3) a pessoa ou grupo que utiliza a
avaliação – o usuário.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Os serviços de consultoria são, por natureza, de assessoria e geralmente são realizados a partir da
solicitação específica de um cliente do trabalho. A natureza e o escopo dos trabalhos de consultoria
estão sujeitos a um acordo com o cliente do trabalho. Geralmente os serviços de consultoria
envolvem duas partes: (1) a pessoa ou grupo que oferece a assessoria – o auditor interno, e (2) a
pessoa ou grupo que busca e recebe a assessoria – o cliente do trabalho. Ao realizar serviços de
consultoria, o auditor interno deveria manter a objetividade e não assumir responsabilidades que são
da administração.

As Normas são aplicáveis a auditores internos e a atividades de auditoria interna. Todos os auditores
internos são responsáveis pela conformidade com as normas em relação à objetividade, proficiência
e zelo profissional devido individual. Além disso, os auditores internos são responsáveis pela
conformidade com as normas que são relevantes para o desempenho das suas responsabilidades
profissionais. Os executivos chefes de auditoria são responsáveis pela conformidade geral com as
Normas.

A revisão e o desenvolvimento das Normas é um processo contínuo. O Conselho Internacional de


Normas de Auditoria Interna (The International Internal Audit Standards Board) se empenha em
extensa consulta e discussão antes da publicar as Normas. Isto inclui a solicitação de críticas do
público de todas as partes do mundo através de um processo de exposição de versões de rascunho.
Todas as exposições de rascunhos são postados no Web site do The IIA, assim como são
distribuídos a todos os institutos afiliados ao The IIA.

Normas Internacionais Para A Prática Profissional De Auditoria Interna (Normas)

Normas De Atributos

Propósito, Autoridade E Responsabilidade

O propósito, a autoridade e a responsabilidade da atividade de auditoria interna devem estar


formalmente definidos em um estatuto de auditoria interna, consistente com a Definição de Auditoria
Interna, com o Código de Ética e com as Normas. O executivo chefe de auditoria deve revisar
periodicamente o estatuto de auditoria interna e submetê-lo à alta administração e ao conselho para
aprovação.

Interpretação:

O estatuto de auditoria interna é um documento formal que define o propósito, a autoridade e a


responsabilidade da atividade de auditoria interna. O estatuto de auditoria interna estabelece a
posição da atividade de auditoria interna dentro da organização, incluindo a natureza da relação
funcional do executivo chefe de auditoria com o conselho; autoriza o acesso aos registros, aos
funcionários e às propriedades físicas relevantes ao desempenho do trabalho de auditoria e define o
escopo das atividades de auditoria interna. A aprovação final do estatuto de auditoria interna é de
responsabilidade do conselho.

– A natureza dos serviços de avaliação (assurance) prestados à organização deve ser definida no
estatuto de auditoria interna. Se avaliações (assurances) forem fornecidas para partes externas à
organização, a natureza dessas avaliações (assurances) deve também ser definida no estatuto da
auditoria interna.

– A natureza dos serviços de consultoria deve ser definida no estatuto de auditoria interna.

– Reconhecimento Da Definição De Auditoria Interna, Do Código De Ética E Das Normas No


Estatuto De Auditoria Interna

A natureza mandatória da Definição de Auditoria Interna, do Código de Ética e das Normas deve ser
reconhecida no estatuto de auditoria interna. O executivo chefe de auditoria deveria debater sobre a
Definição de Auditoria Interna, o Código de Ética e as Normas com a alta administração e com o
conselho.

– Independência E Objetividade

A atividade de auditoria interna deve ser independente e os auditores internos devem ser objetivos ao

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

executar seus trabalhos.

Interpretação:

Independência é a imunidade quanto às condições que ameaçam a capacidade da atividade de


auditoria interna de conduzir as responsabilidades de auditoria interna de maneira imparcial. Para
atingir o grau de independência necessário para conduzir eficazmente as responsabilidades da
atividade de auditoria interna, o executivo chefe de auditoria tem acesso direto e irrestrito à alta
administração e ao conselho. Isto pode ser alcançado através de um relacionamento de duplo
reporte. As ameaças à independência devem ser gerenciadas nos níveis do auditor individual, do
trabalho de auditoria, funcional e organizacional.

A objetividade é uma atitude mental imparcial que permite aos auditores internos executarem os
trabalhos de auditoria de maneira a confiarem no resultado de seu trabalho e que não seja feito
nenhum comprometimento da qualidade. A objetividade requer que os auditores internos não
subordinem a outras pessoas o seu julgamento em assuntos de auditoria. As ameaças à objetividade
devem ser gerenciadas nos níveis do auditor individual, do trabalho de auditoria, funcional e
organizacional.

Independência Organizacional

O executivo chefe de auditoria deve reportar-se a um nível dentro da organização que permita à
atividade de auditoria interna cumprir suas responsabilidades. O executivo chefe de auditoria deve
confirmar junto ao conselho, pelo menos anualmente, a independência organizacional da atividade de
auditoria interna.

Interpretação:

A independência dentro da organização se alcança de forma efetiva quando o executivo chefe de


auditoria se reporta funcionalmente ao conselho. Alguns exemplos de reporte funcional ao Conselho
implicam que este:

• Aprove o estatuto de auditoria interna;

• Aprove o planejamento de auditoria baseado em riscos;

• Aprove o orçamento de auditoria e o plano de recursos;

• Receba comunicações do executivo chefe de auditoria sobre o desempenho do plano de auditoria


interna e outros assuntos;

• Aprove as decisões referentes à nomeação e demissão do executivo chefe de auditoria;

• Aprove a remuneração do executivo chefe de auditoria; e

• Formule questionamentos adequados à administração e ao executivo chefe de auditoria para


determinar se existem escopos inadequados ou limitações de recursos.

– A atividade de auditoria interna deve estar livre de interferências na determinação do escopo da


auditoria interna, na execução dos trabalhos e na comunicação de resultados.

– Interação Direta Com O Conselho

O executivo chefe de auditoria deve se comunicar e interagir diretamente com o conselho.

– Objetividade Individual

Os auditores internos devem adotar uma atitude imparcial e isenta e evitar qualquer conflito de
interesses.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Interpretação:

O conflito de interesses é uma situação na qual um auditor interno, que esteja em uma posição de
confiança, tenha um interesse profissional ou pessoal conflitante. Tais interesses conflitantes podem
tornar difícil a ele ou ela executar suas funções com imparcialidade. Um conflito de interesses existe
mesmo que não se resulte em nenhum ato antiético ou impróprio. Um conflito de interesses pode criar
uma aparência de impropriedade que pode abalar a confiança no auditor interno, na atividade de
auditoria interna e na profissão. Um conflito de interesses pode prejudicar a habilidade do indivíduo
de executar suas funções e responsabilidades objetivamente.

– Prejuízo À Independência Ou À Objetividade

Caso a independência ou a objetividade sejam prejudicadas de fato ou na aparência, os detalhes de


tal prejuízo devem ser divulgados às partes apropriadas. A natureza da divulgação dependerá do tipo
de prejuízo.

Interpretação:

O prejuízo à independência organizacional e objetividade individual pode incluir, mas não se limitar, a
um conflito de interesses pessoal; limitações de escopo; restrição de acesso aos registros, ao pessoal
e às propriedades e limitações de recursos, tais como: recursos financeiros.

A determinação das partes apropriadas para as quais os detalhes do prejuízo à independência ou à


objetividade devem ser divulgados depende das expectativas em relação à atividade de auditoria
interna e das responsabilidades do executivo chefe de auditoria junto à alta administração e ao
conselho, conforme esteja descrito no estatuto de auditoria interna, assim como da natureza do
prejuízo.

– Os auditores internos devem abster-se de avaliar operações específicas pelas quais tenham sido
responsáveis anteriormente. Presume-se que a objetividade fique prejudicada se um auditor interno
prestar serviços de avaliação (assurance) de uma atividade pela qual o auditor interno tenha sido
responsável durante ano anterior.

– Os trabalhos de avaliação (assurance) de funções pelas quais o executivo chefe de auditoria tenha
responsabilidade devem ser supervisionados por uma parte externa à atividade de auditoria interna.

– Os auditores internos podem prestar serviços de consultoria relativos às operações pelas quais
tenham sido responsáveis anteriormente.

– Caso os auditores internos tenham potenciais prejuízos à independência ou à objetividade com


relação aos serviços de consultoria propostos, o cliente do trabalho de auditoria deve ser informado
antes de o trabalho ser aceito.

– Proficiência E Zelo Profissional Devido

Os trabalhos de auditoria devem ser executados com proficiência e zelo profissional devido.

– Proficiência

Os auditores internos devem possuir o conhecimento, as habilidades e outras competências


necessárias ao desempenho de suas responsabilidades individuais. A atividade de auditoria interna
deve possuir, ou obter, coletivamente o conhecimento, as habilidades e outras competências
necessárias ao desempenho de suas responsabilidades.

Interpretação:

Os conhecimentos, as habilidades e outras competências são termos gerais que se referem à


proficiência profissional requerida dos auditores internos para desempenharem eficazmente suas
responsabilidades profissionais. Os auditores internos são encorajados a demonstrar sua proficiência
obtendo as certificações e qualificações profissionais apropriadas, tais como o título de Certified
Internal Auditor e outras certificações promovidas pelo The Institute of Internal Auditors (IIA) e outras
organizações profissionais apropriadas.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 13
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

– O executivo chefe de auditoria deve obter aconselhamento e assistência competentes caso os


auditores internos não possuam os conhecimentos, as habilidades ou outras competências
necessárias à realização de todo ou parte do trabalho de auditoria.

– Os auditores internos devem possuir conhecimento suficiente para avaliar o risco de fraude e a
maneira com o qual é gerenciado pela organização, porém, não se espera que possuam a
especialização de uma pessoa cuja principal responsabilidade seja detectar e investigar fraudes.

– Os auditores internos devem possuir conhecimento suficiente sobre os principais riscos e controles
de tecnologia da informação e sobre as técnicas de auditoria baseadas em tecnologia disponíveis
para a execução dos trabalhos a eles designados. Entretanto, não se espera que todos os auditores
internos possuam a especialização de um auditor interno cuja principal responsabilidade seja
auditoria de tecnologia da informação.

– O executivo chefe de auditoria deve declinar dos trabalhos de consultoria, ou obter competente
aconselhamento e assistência, caso os auditores internos não possuam os conhecimentos, as
habilidades ou outras competências necessárias à realização de todo ou parte do trabalho.

– Zelo Profissional Devido

Os auditores internos devem empregar o zelo e habilidades esperados de um auditor interno


razoavelmente prudente e competente. O zelo profissional devido não implica em infalibilidade.

– Os auditores internos devem exercer o zelo profissional devido levando em consideração:

• A extensão do trabalho necessária para alcançar os objetivos do trabalho de auditoria;

• A complexidade relativa, a materialidade ou a significância dos assuntos aos quais os


procedimentos de avaliação (assurance) são aplicados;

• A adequação e a eficácia dos processos de governança, gerenciamento de riscos e controles;

• A probabilidade de erros significativos, fraudes ou não conformidades; e

• O custo da avaliação (assurance) em relação aos potenciais benefícios.

– No exercício do zelo profissional devido, os auditores internos devem considerar a utilização de


auditoria baseada em tecnologia e outras técnicas de análise de dados.

– Os auditores internos devem estar alertas aos riscos significativos que poderiam afetar os objetivos,
as operações ou os recursos. Entretanto, os procedimentos de avaliação (assurance) isoladamente,
mesmo quando realizados com o zelo profissional devido, não garantem que todos os riscos
significativos serão identificados.

C1 – Os auditores internos devem exercer o zelo profissional devido durante um trabalho de


consultoria, levando em consideração:

• As necessidades e as expectativas dos clientes, incluindo a natureza, o prazo e a comunicação dos


resultados do trabalho;

• A complexidade relativa e a extensão do trabalho necessária para alcançar os objetivos do trabalho;


e

• O custo do trabalho de consultoria em relação aos potenciais benefícios.

– Desenvolvimento Profissional Contínuo

Os auditores internos devem aperfeiçoar seus conhecimentos, habilidades e outras competências


através do desenvolvimento profissional contínuo.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 14
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

– Programa De Avaliação Da Qualidade E Melhoria

O executivo chefe de auditoria deve desenvolver e manter um programa de avaliação da qualidade e


melhoria que compreenda todos os aspectos da atividade de auditoria interna.

Interpretação:

Um programa de avaliação da qualidade e melhoria é desenhado para permitir uma avaliação da


conformidade da atividade de auditoria interna com a Definição de Auditoria Interna e com as
Normas, e uma avaliação quanto a se os auditores internos observam o Código de Ética. O programa
também avalia a eficiência e a eficácia da atividade de auditoria interna e identifica oportunidades de
melhoria.

– Requerimentos Do Programa De Avaliação Da Qualidade E Melhoria

O programa de avaliação da qualidade e melhoria deve incluir tanto avaliações internas quanto
externas.

– Avaliações Internas

As avaliações internas devem incluir:

• Monitoramento contínuo do desempenho da atividade de auditoria interna; e

• Autoavaliações ou avaliações periódicas realizadas por outras pessoas da organização com


conhecimento suficiente das práticas de auditoria interna.

Interpretação:

O monitoramento contínuo é uma parte integrante da rotina diária de supervisão, revisão e avaliação
da atividade de auditoria interna. O monitoramento contínuo está incorporado às políticas e práticas
rotineiras utilizadas para gerenciar a atividade de auditoria interna e utiliza os processos, as
ferramentas e as informações consideradas necessárias para avaliar a conformidade com a Definição
de Auditoria Interna, com o Código de Ética e com as Normas.

As avaliações periódicas são conduzidas para avaliar a conformidade com a Definição de Auditoria
Interna, com o Código de Ética e com as Normas.

O conhecimento suficiente das práticas de auditoria interna requer, pelo menos, a compreensão de
todos os elementos da Estrutura Internacional de Práticas Profissionais (International Professional
Practices Framework - IPPF).

– Avaliações Externas

As avaliações externas devem ser realizadas pelo menos uma vez a cada cinco anos, por um
avaliador, ou uma equipe de avaliação, qualificado e independente, externo à organização. O
executivo chefe de auditoria deve discutir com o conselho:

• A forma e a frequência da avaliação externa; e

• A qualificação e independência do avaliador externo, ou equipe de avaliação, incluindo qualquer


potencial conflito de interesses.

Interpretação:

Avaliações externas podem ser uma avaliação externa completa ou uma autoavaliação com
validação externa independente.

Um avaliador, ou equipe de avaliação, qualificados demonstram sua competência em duas áreas: a


prática profissional de auditoria interna e o processo de avaliação externa. A competência pode ser
demonstrada por meio de uma combinação entre experiência e aprendizado teórico. A experiência
obtida em organizações de porte, complexidade, setor ou indústria e de conteúdo técnico similar é
mais importante que a experiência em outras áreas menos relevantes. No caso de uma equipe de

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

avaliação, não é necessário que todos os membros da equipe possuam todas as competências; e sim
que a equipe em conjunto esteja qualificada. O executivo chefe de auditoria utilizará seu julgamento
profissional para avaliar se um avaliador ou equipe de avaliação apresenta competência suficiente
para que seja considerado qualificado.

Um avaliador, ou equipe de avaliação, independente significa não haver nenhum conflito de


interesses real ou aparente, e não ser parte ou estar sob o controle da organização da qual a
atividade de auditoria interna faz parte.

– Reporte Do Programa De Avaliação Da Qualidade E Melhoria

O executivo chefe de auditoria deve comunicar os resultados do programa de avaliação da qualidade


e melhoria à alta administração e ao conselho.

Interpretação:

A forma, o conteúdo e a frequência da comunicação dos resultados do programa de avaliação da


qualidade e melhoria são estabelecidos através de discussões com a alta administração e o conselho
e consideram as responsabilidades da atividade de auditoria interna e do executivo chefe de
auditoria, como disposto no estatuto de auditoria interna. Para demonstrar a conformidade com a
Definição de Auditoria Interna, com o Código de Ética e com as Normas, os resultados de avaliações
externas e internas periódicas são comunicados tão logo estas avaliações forem completadas, os
resultados do monitoramento contínuo são comunicados, pelo menos anualmente. Os resultados
incluem a avaliação do avaliador, ou da equipe de avaliação, com relação ao grau de conformidade.

– Uso De “Em Conformidade Com As Normas Internacionais Para A Prática Profissional De


Auditoria Interna”

O executivo chefe de auditoria pode declarar que a atividade de auditoria interna está em
conformidade com as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna, somente
se os resultados do programa de avaliação da qualidade e melhoria sustentam esta declaração.

Interpretação

A atividade de auditoria interna está em conformidade com as Normas quando alcança os resultados
descritos na Definição de Auditoria Interna, Código de Ética e Normas.

Os resultados do programa de avaliação da qualidade e melhoria incluem os resultados tanto das


avaliações internas como das externas.

Todas as atividades de auditoria interna terão os resultados das avaliações internas. Aquelas
atividades cuja existência ultrapasse cinco anos também terão os resultados de avaliações externas.

– Divulgação de Não Conformidade

Quando a não conformidade com a Definição de Auditoria Interna, com o Código de Ética ou com as
Normas impactar o escopo geral ou a operação da atividade de auditoria interna, o executivo chefe de
auditoria deve divulgar a não conformidade e os impactos à alta administração e ao conselho.

Normas De Desempenho

– Gerenciamento Da Atividade De Auditoria Interna

O executivo chefe de auditoria deve gerenciar eficazmente a atividade de auditoria interna para
assegurar que ela adiciona valor à organização.

Interpretação:

A atividade de auditoria interna é gerenciada eficazmente quando:

• Os resultados do trabalho da atividade de auditoria interna cumprem o propósito e a


responsabilidade incluídos no estatuto de auditoria interna;

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 16
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

• A atividade de auditoria interna está em conformidade com a Definição de Auditoria Interna e com
as Normas; e

• Os indivíduos que fazem parte da atividade de auditoria interna demonstram conformidade com o
Código de Ética e com as Normas.

A atividade de auditoria interna agrega valor à organização (e às suas partes interessadas) quando
proporciona avaliação objetiva e relevante, e contribui para a eficácia e eficiência dos processos de
governança, gerenciamento de riscos e controles.

– Planejamento

O executivo chefe de auditoria deve estabelecer um plano baseado em riscos para determinar as
prioridades da atividade de auditoria interna, de forma consistente com as metas da organização.

Interpretação:

O executivo chefe de auditoria é o responsável pelo desenvolvimento de um planejamento baseado


em riscos. O executivo chefe de auditoria leva em consideração a estrutura de gerenciamento de
riscos da organização, incluindo o uso dos níveis de apetite de risco estabelecidos pela administração
para as diferentes atividades ou partes da organização. Se não houver uma estrutura, o executivo
chefe de auditoria utiliza seu próprio julgamento quanto aos riscos após considerar a opinião da alta
administração e do conselho. O executivo chefe de auditoria deve revisar e ajustar o plano conforme
necessário, em resposta às mudanças do negócio, riscos, operações, programas, sistemas e
controles da organização.

– O planejamento dos trabalhos da atividade de auditoria interna deve ser baseado em uma avaliação
de risco documentada, realizada pelo menos anualmente. As informações fornecidas pela alta
administração e pelo conselho devem ser consideradas neste processo.

– O executivo chefe de auditoria deve identificar e considerar as expectativas da alta administração,


conselho e outras partes interessadas, acerca dos pareceres e outras conclusões de

– O executivo chefe de auditoria deveria se basear, ao considerar a aceitação de propostas de


trabalhos de consultoria, no potencial destes trabalhos para aperfeiçoar o gerenciamento de riscos, de
adicionar valor e de melhorar as operações da organização. Os trabalhos aceitos devem ser incluídos
no planejamento.

– Comunicação E Aprovação

O executivo chefe de auditoria deve comunicar o planejamento da atividade de auditoria interna e os


requerimentos de recursos, incluindo alterações interinas significativas, à alta administração e ao
conselho para revisão e aprovação. O executivo chefe de auditoria deve também comunicar o
impacto das limitações de recursos.

– Gerenciamento De Recursos

O executivo chefe de auditoria deve assegurar que os recursos de auditoria interna sejam
apropriados, suficientes e eficazmente aplicados para o cumprimento do planejamento aprovado.

Interpretação:

Apropriado refere-se à combinação de conhecimentos, habilidades e outras competências


necessárias para executar o planejamento. Suficiente refere-se à quantidade de recursos necessários
para cumprir o planejamento. Os recursos são aplicados eficazmente quando são utilizados de forma
a otimizar o cumprimento do planejamento aprovado.

– Políticas E Procedimentos

O executivo chefe de auditoria deve estabelecer políticas e procedimentos para orientar a atividade
de auditoria interna.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 17
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Interpretação:

A forma e o conteúdo das políticas e procedimentos dependem do tamanho e da estrutura da


atividade de auditoria interna, e da complexidade de seu trabalho.

– Coordenação

O executivo chefe de auditoria deveria compartilhar informações e coordenar atividades com outros
prestadores internos e externos de serviços de avaliação (assurance) e consultoria para assegurar
que a cobertura apropriada e a minimização da duplicação de esforços.

– Reporte Para A Alta Administração E O Conselho

O executivo chefe de auditoria deve reportar periodicamente à alta administração e ao conselho sobre
o propósito, a autoridade e a responsabilidade da atividade de auditoria interna e o desempenho em
relação ao seu planejamento. Os reportes devem também incluir a exposição de pontos de riscos
significativos e de controles, incluindo os riscos de fraude, os assuntos de governança e outros
assuntos necessários ou solicitados pela alta administração e pelo conselho.

Interpretação:

A frequência e o conteúdo dos reportes são determinados em discussão com a alta administração e
com o conselho e dependem da importância da informação a ser comunicada e da urgência das
respectivas ações a serem tomadas pela alta administração ou pelo conselho.

– Prestadores De Serviço Externo E A Responsabilidade Da Organização Sobre A Auditoria


Interna

Quando um prestador de serviços externo fornece serviços de auditoria interna, o prestador deve
manter a organização ciente de que esta continua com a responsabilidade de manter uma atividade
de auditoria interna eficaz.

Interpretação

Essa responsabilidade é demonstrada através de programas de avaliação da qualidade e melhoria


para avaliar a conformidade com a Definição de Auditoria Interna, o Código de Ética e as Normas.

– Natureza Do Trabalho

A atividade de auditoria interna deve avaliar e contribuir para a melhoria dos processos de
governança, gerenciamento de riscos e controles, utilizando uma abordagem sistemática e
disciplinada.

– Governança

A atividade de auditoria interna deve avaliar e propor recomendações apropriadas para a melhoria do
processo de governança no seu cumprimento dos seguintes objetivos:

• Promover a ética e os valores apropriados dentro da organização;

• Assegurar o gerenciamento eficaz do desempenho organizacional e a prestação de contas;

• Comunicar as informações relacionadas aos riscos e aos controles às áreas apropriadas da


organização; e

• Coordenar as atividades e a comunicação das informações entre o conselho, os auditores externos


e internos e a administração.

– A atividade de auditoria interna deve avaliar o desenho, implantação e a eficácia dos objetivos,
programas e atividades da organização relacionados à ética.

– A atividade de auditoria interna deve avaliar se a governança de tecnologia da informação da


organização dá suporte às estratégias e objetivos da organização.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

– Gerenciamento De Riscos

A atividade de auditoria interna deve avaliar a eficácia e contribuir para a melhoria dos processos de
gerenciamento de riscos.

Interpretação:

Determinar se os processos de gerenciamento de riscos são eficazes é um julgamento que resulta da


avaliação do auditor interno quanto a se:

• Os objetivos da organização dão suporte e estão alinhados com a missão da organização;

• Os riscos significativos são identificados e avaliados;

• Respostas apropriadas aos riscos são selecionadas de forma a alinhar os riscos com o apetite de
risco da organização; e

• Informações de riscos relevantes são capturadas e comunicadas de forma oportuna através da


organização, permitindo que colaboradores, administração e conselho cumpram com suas
responsabilidades.

A atividade de auditoria interna reúne informações para apoiar esta avaliação através de múltiplos
trabalhos de auditoria. O resultado destes trabalhos, visto em conjunto, proporciona uma
compreensão dos processos de gerenciamento de riscos das organizações e sua eficácia.

Os processos de gerenciamento de riscos são monitorados através de atividades contínuas de


gerenciamento, de avaliações específicas ou de ambos.

– A atividade de auditoria interna deve avaliar as exposições a riscos relacionadas à governança, às


operações e aos sistemas de informação da organização, em relação a:

• Alcance dos objetivos estratégicos da organização;

• Confiabilidade e integridade das informações financeiras e operacionais;

• Eficácia e eficiência das operações e programas;

• Salvaguarda dos ativos; e

• Conformidade com leis, regulamentos, políticas, procedimentos e contratos.

– A atividade de auditoria interna deve avaliar o potencial de ocorrência de fraude e como a


organização gerencia o risco de fraude.

– Durante os trabalhos de consultoria, os auditores internos devem endereçar os riscos de forma


consistente com os objetivos do trabalho e estar alertas à existência de outros riscos significativos.

– Os auditores internos devem incorporar os conhecimentos sobre riscos adquiridos nos trabalhos de
consultoria à sua avaliação dos processos de gerenciamento de riscos da organização.

– Ao auxiliar a administração no estabelecimento ou na melhoria dos processos de gerenciamento de


riscos, os auditores internos devem abster-se de assumir qualquer responsabilidade da administração
de efetivamente gerenciar os riscos.

– Controle

A atividade de auditoria interna deve auxiliar a organização a manter controles efetivos a partir da
avaliação sua eficácia e eficiência e da promoção de melhorias contínuas.

- A atividade de auditoria interna deve avaliar a adequação e a eficácia dos controles em resposta
aos riscos, abrangendo a governança, as operações e os sistemas de informação da organização,
com relação a:

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

• Alcance dos objetivos estratégicos da organização;

• Confiabilidade e integridade das informações financeiras e operacionais;

• Eficácia e eficiência das operações e programas;

• Salvaguarda dos ativos; e

• Conformidade com leis, regulamentos, políticas e procedimentos e contratos.

– Os auditores internos devem incorporar o conhecimento dos controles adquirido em trabalhos de


consultoria na avaliação dos processos de controle da organização.

– Planejamento Do Trabalho De Auditoria

Os auditores internos devem desenvolver e documentar um planejamento para cada trabalho de


auditoria, incluindo os objetivos, o escopo, o prazo e a alocação de recursos do trabalho.

– Considerações Sobre O Planejamento

No planejamento dos trabalhos de auditoria, os auditores internos devem considerar:

• Os objetivos da atividade que está sendo revisada e os meios pelos quais a atividade controla seu
desempenho;

• Os riscos significativos para a atividade, seus objetivos, recursos e operações e os meios pelos
quais o impacto potencial dos riscos é mantido em um nível aceitável;

• A adequação e a eficácia dos processos de governança, gerenciamento de riscos e controles da


atividade, comparativamente a uma estrutura ou modelo compatível; e

• As oportunidades para se fazer melhorias significativas nos processos de governança,


gerenciamento de riscos e controles da atividade.

– Ao planejar um trabalho de auditoria a ser executado por terceiros externos à organização, os


auditores internos devem estabelecer com estes um entendimento por escrito dos objetivos, do
escopo, das respectivas responsabilidades e de outras expectativas, incluindo restrições na
distribuição dos resultados do trabalho e acesso aos registros do trabalho.

– Os auditores internos devem estabelecer um entendimento com os clientes dos trabalhos de


consultoria quanto aos objetivos, ao escopo e às respectivas responsabilidades e a outras
expectativas do cliente. Para trabalhos significativos, este entendimento deve ser documentado.

– Objetivos Do Trabalho De Auditoria

Os objetivos devem ser estabelecidos para cada trabalho de auditoria.

– Os auditores internos devem conduzir uma avaliação preliminar dos riscos relevantes para a
atividade sob revisão. Os objetivos do trabalho de auditoria devem refletir os resultados desta
avaliação.

– Os auditores internos devem considerar a probabilidade de erros significativos, fraudes, não


conformidades e outras exposições ao desenvolver os objetivos do trabalho.

– São necessários critérios adequados para avaliar a governança, o gerenciamento de riscos e os


controles. Os auditores internos devem verificar a extensão na qual a administração e/ou o conselho
estabeleceu critérios adequados para determinar se os objetivos e metas têm sido alcançados. Se
forem adequados, os auditores internos devem utilizar tais critérios em sua avaliação. Se
inadequados, os auditores internos devem trabalhar com a administração e/ou o conselho para
desenvolver critérios apropriados de avaliação.

– Os objetivos dos trabalhos de consultoria devem endereçar os processos de governança,


gerenciamento de riscos e controles na extensão previamente acordada com o cliente.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

– Os objetivos de trabalho de consultoria devem ser consistentes com os valores, estratégias e


objetivos.

– Escopo Do Trabalho De Auditoria

O escopo estabelecido deve ser suficiente para alcançar os objetivos do trabalho de auditoria.

– O escopo do trabalho de auditoria deve incluir considerações sobre sistemas, registros, pessoal e
propriedades físicas relevantes, incluindo aqueles sob o controle de terceiros.

– Se oportunidades de trabalhos de consultoria significativos surgirem durante um trabalho de


avaliação (assurance) um entendimento por escrito específico dos objetivos, do escopo, das
respectivas responsabilidades e de outras expectativas que deveriam ser atendidas, assim como os
resultados do trabalho de consultoria, deveriam ser comunicados em conformidade com as normas
de consultoria.

– Ao executar trabalhos de consultoria, os auditores internos devem assegurar que o escopo do


trabalho seja suficiente para endereçar os objetivos previamente acordados. Caso os auditores
internos desenvolvam restrições quanto ao escopo durante o trabalho, estas restrições devem ser
discutidas com o cliente para se determinar se o trabalho irá continuar.

– Durante os trabalhos de consultoria, os auditores internos devem endereçar os controles de forma


consistente com os objetivos do trabalho e estarem alertas para pontos significativos de controle.

– Alocação De Recursos Para O Trabalho De Auditoria

Os auditores internos devem determinar os recursos apropriados e suficientes para cumprir os


objetivos do trabalho de auditoria, baseado em uma avaliação da natureza e da complexidade de
cada trabalho, das restrições de tempo e dos recursos disponíveis.

– Programa De Trabalho De Auditoria

Os auditores internos devem desenvolver e documentar programas de trabalho que atendam aos
objetivos do trabalho.

– Os programas de trabalho devem incluir os procedimentos para identificar, analisar, avaliar e


documentar as informações durante o trabalho de auditoria. O programa de trabalho deve ser
aprovado antes de ser implantado e quaisquer ajustes devem ser prontamente aprovados.

– Os programas de trabalho para trabalhos de consultoria podem variar na forma e no conteúdo


dependendo da natureza do trabalho.

– Execução Do Trabalho De Auditoria:

Os auditores internos devem identificar, analisar, avaliar e documentar informações suficientes para
cumprir os objetivos do trabalho de auditoria.

– Identificação Das Informações

Os auditores internos devem identificar informações suficientes, confiáveis, relevantes e úteis para
cumprir os objetivos do trabalho de auditoria.

Interpretação:

Informação suficiente é factual, adequada e convincente de forma que uma pessoa prudente e
informada chegaria às mesmas conclusões que o auditor. Informação confiável é a melhor
informação possível de ser obtida através da utilização de técnicas de auditoria apropriadas.
Informação relevante dá suporte às observações e recomendações do trabalho de auditoria e é
consistente com os objetivos do trabalho de auditoria. Informação útil auxilia a organização a atingir
as suas metas.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

– Análise E Avaliação

Os auditores internos devem basear suas conclusões e resultados dos trabalhos de auditoria em
análises e avaliações apropriadas.

– Documentação Das Informações

Os auditores internos devem documentar as informações relevantes para dar suporte às conclusões
e aos resultados do trabalho de auditoria.

– O executivo chefe de auditoria deve controlar o acesso aos registros dos trabalhos. O executivo
chefe de auditoria deve obter a aprovação da alta administração e/ou advogados antes de liberar tais
registros para partes externas, conforme for apropriado.

– O executivo chefe de auditoria deve desenvolver requisitos de retenção para os registros do


trabalho de auditoria, independentemente do meio onde cada registro está armazenado. Estes
requisitos de retenção devem ser consistentes com as diretrizes da organização e quaisquer outras
regulamentações ou outros requerimentos pertinentes.

– O executivo chefe de auditoria deve desenvolver políticas para reger a custódia e retenção de
registros de trabalhos de consultoria, bem como sua liberação para partes internas e externas. Estas
políticas devem ser consistentes com as diretrizes da organização e quaisquer exigências
regulatórias ou outros requerimentos pertinentes.

– Supervisão Do Trabalho De Auditoria

Os trabalhos de auditoria devem ser adequadamente supervisionados para assegurar que os


objetivos sejam alcançados, a qualidade seja assegurada e que a equipe seja desenvolvida.

Interpretação:

A extensão da supervisão requerida dependerá da proficiência e experiência dos auditores internos e


da complexidade do trabalho de auditoria. O executivo chefe de auditoria tem a responsabilidade
global pela supervisão do trabalho de auditoria, quer ele seja executado pela ou para a atividade de
auditoria interna, mas pode designar membros da equipe da atividade de auditoria interna com a
adequada experiência para efetuar a revisão. A evidência apropriada da supervisão é documentada e
mantida.

– Comunicação Dos Resultados

Os auditores internos devem comunicar os resultados dos trabalhos de auditoria.

– Critérios Para A Comunicação

As comunicações devem incluir os objetivos e o escopo do trabalho de auditoria, assim como as


conclusões, recomendações e planos de ação aplicáveis.

– A comunicação final dos resultados do trabalho deve, quando apropriado, conter a opinião e/ou
conclusões dos auditores internos. Uma vez emitida, uma opinião ou conclusão deve levar em conta
as expectativas da alta administração, conselho e outras partes interessadas e deve estar suportada
por informação suficiente, confiável, relevante e útil.

Interpretação

As opiniões de um trabalho de auditoria podem ser classificações (ratings), conclusões ou outras


descrições dos resultados. Um trabalho de auditoria pode estar relacionado aos controles sobre um
processo, risco ou unidade de negócios específica. A formulação das opiniões requer a consideração
dos resultados do trabalho e sua importância.

– Os auditores internos são encorajados a reconhecer o desempenho satisfatório nas comunicações


dos trabalhos de auditoria.

– Ao divulgar os resultados do trabalho para partes externas à organização, a comunicação deve

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

conter limitações sobre a distribuição e o uso dos resultados.

– A comunicação sobre o progresso e os resultados de um trabalho de consultoria irá variar na forma


e no conteúdo, dependendo da natureza do trabalho e das necessidades do cliente.

– Qualidade Das Comunicações

As comunicações devem ser precisas, objetivas, claras, concisas, construtivas, completas e


tempestivas.

Interpretação:

Comunicações precisas são livres de erros e distorções e são fiéis aos fatos fundamentais.
Comunicações objetivas são justas, imparciais e neutras e são o resultado de um julgamento justo e
equilibrado de todos os fatos e circunstâncias relevantes. Comunicações claras são facilmente
compreendidas e são lógicas, evitam linguagem técnica desnecessária e fornecem todas as
informações significativas e relevantes. Comunicações concisas são diretas ao ponto e evitam
elaboração desnecessária, detalhes supérfluos, redundância e excesso de palavras. Comunicações
construtivas são úteis ao cliente do trabalho de auditoria e à organização e conduzem às melhorias
onde seja necessário. Comunicações completas não omitem nada do que seja essencial à audiência
alvo e incluem todas as informações significativas e relevantes e as observações que dão suporte às
recomendações e conclusões. Comunicações tempestivas são oportunas e práticas, dependem da
importância do ponto, permitem à administração tomar as ações corretivas apropriadas.

– Erros E Omissões

Se uma comunicação final contiver erro ou omissão significativa, o executivo chefe de auditoria deve
comunicar a informação correta a todas as partes que tenham recebido a comunicação original.

– Uso De “Conduzido Em Conformidade Com As Normas Internacionais Para A Prática


Profissional De Auditoria Interna”

Os auditores internos podem reportar que seus trabalhos são “conduzidos em conformidade com as
Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna” somente se os resultados do
programa de avaliação da qualidade e melhoria sustentarem esta declaração.

– Declaração De Não Conformidade Do Trabalho De Auditoria

Quando a não conformidade com a Definição de Auditoria Interna, com o Código de Ética ou com as
Normas impactar em um trabalho específico, a comunicação dos resultados deve divulgar:

• O princípio ou regra de conduta do Código de Ética ou Norma(s) cuja conformidade plena não foi
alcançada;

• A(s) razão(ões) para a não conformidade; e

• O impacto da não conformidade sobre o trabalho de auditoria e sobre os resultados do trabalho


comunicados.

– Divulgação Dos Resultados

O executivo chefe de auditoria interna deve comunicar os resultados às partes apropriadas.

Interpretação:

O executivo chefe de auditoria é responsável por revisar e aprovar a comunicação final do trabalho de
auditoria antes da sua emissão e por decidir a quem e como ela será disseminada. Quando o
executivo chefe de auditoria delega estas tarefas, ele ou ela retém total responsabilidade.

O executivo chefe de auditoria é o responsável pela comunicação dos resultados finais às partes que
possam assegurar que os resultados recebam a devida consideração.

Se não houver exigências legais, estatutárias ou regulatórias em contrário, antes de se divulgar os

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

resultados para partes externas à organização, o executivo chefe de auditoria deve:

• Avaliar o risco potencial à organização;

• Consultar a alta administração e/ou advogado, conforme for apropriado; e

• Controlar a disseminação através da restrição da utilização dos resultados.

– O executivo chefe de auditoria é o responsável por comunicar os resultados finais de trabalhos de


consultoria aos clientes.

– Durante os trabalhos de consultoria, pontos relativos à governança, gerenciamento de riscos e


controles podem ser identificados. Toda vez que esses pontos forem significativos para a
organização, devem ser comunicadas à alta administração e ao conselho.

– Opiniões Gerais

Ao emitir uma opinião geral, esta deve levar em conta as expectativas da alta administração,
conselho e outras partes interessadas e deve estar suportada por informação suficiente, confiável,
relevante e útil.

Interpretação

A comunicação irá identificar:

• O escopo, incluindo o período de tempo a que diz respeito à opinião;

• As limitações de escopo;

• A consideração de todos os projetos relacionados, incluindo a dependência de outros provedores de


avaliação;

• O risco, estrutura de controle ou outros critérios utilizados como base para a opinião geral; e

• A opinião geral, julgamento ou conclusão alcançada.

Quando há uma opinião geral que não é favorável, deve-se expor as razões para a mesma.

– Monitoramento Do Progresso

O executivo chefe de auditoria deve estabelecer e manter um sistema para monitorar a disposição
dos resultados comunicados à administração.

– O executivo chefe de auditoria deve estabelecer um processo de acompanhamento para monitorar


e assegurar que as ações da administração tenham sido efetivamente implantadas ou que a alta
administração tenha aceitado o risco de não tomar nenhuma ação.

– A atividade de auditoria interna deve monitorar a disposição dos resultados dos trabalhos de
consultoria na extensão previamente acordada com o cliente.

– Comunicação Da Aceitação De Riscos

Quando o executivo chefe de auditoria conclui que a administração aceitou um nível de risco que
pode ser inaceitável para a organização, o executivo chefe de auditoria deve discutir o assunto com a
alta administração. Caso o executivo chefe de auditoria determine que a questão não foi resolvida, o
executivo chefe de auditoria deve comunicar a questão ao conselho.

Interpretação

A identificação do risco aceito pela administração pode ser observada por meio de um trabalho de
avaliação (assurance) ou consultoria, monitoramento do progresso das ações tomadas pela
administração como resultado de trabalhos anteriores ou por outros meios. Não é responsabilidade
do executivo chefe de auditoria resolver o risco.

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CONDUTA PROFISSIONAL DE AUDITORIA

Auditoria E Ética: Responsabilidade Para Evolução Profissional

Introdução

A sociedade ao passar do tempo, esta criando novas responsabilidades para o profissional da


auditoria, como a constante procura da verdade, por exemplo. Os procedimentos éticos estão cada
vez maiores e alcançando cada vez mais pessoas independentemente de sua função social.

A corrupção, a dissimulação, estão cegando a nossa sociedade, e ela clama o fim de tudo i sso,
ninguém mais umbilicalmente ligado a ética da profissão como o profissional da auditoria, para
manter-se acima dos ânimos exaltados, sabendo lidar com os problemas, permanecendo limpos,
transmitirão a verdadeira essência da profissão.

Para Franco e Marra (1992, p.86):

O auditor tem uma função de relevância, em face de sua atuação na defesa de interesses coletivos
e como defensores de equidade e justiça, na apuração de corretas prestações de contas. Daí a
necessidade de conquistar confiança e respeitabilidade, que deve resguardar e manter, a qualquer
preço.

Assim desejamos proceder na evolução do tema, mostrando o quanto se faz necessária na prática
da auditoria o compromisso ético, na realização de um trabalho não apenas competente, mais
acima de tudo envolto por uma conduta responsável e respeitável que constituem o seu maior
patrimônio. Suas atitudes devem justificar a confiança nele depositada, qualquer sanção em
contrário de ordem moral ou ética, virá a abalar esse patrimônio em seu alicerce.

Objetivos E Responsabilidade

Os objetivos e atribuições dos auditores, diferem-se de acordo com o profissional que se aplica,
seja este interno ou independente.

Enquanto o auditor interno apresenta-se como um profissional com vínculos empregatícios, como
também econômicos a entidade contratante de seus serviços, tem por isso um elevado grau de
dependência e uma maior amplitude de suas atividade ao ser comparado com o profissional
independente onde o principal objetivo é opinar sobre as demonstrações financei ras, tendo em
mãos uma grande responsabilidade.

A responsabilidade deste trabalho de total independência atinge inclusive a possibilidade de o


auditor responder com seus bens pessoais, caso seja acionado por causar prejuízos a terceiros em
razão de não-correspondência dos números certificados da sociedade auditada com a realidade.
(CREPALDI, 2002, p.27)

Os objetivos da profissão explícitos em seu código de conduta, são os de trabalhar nos padrões
mais elevados de profissionalismo e desempenho, de maneira geral, satisfazer as exigências de
interesse público, tendo como necessidade básica exigidas, credibilidade, profissionalismo,
qualidade de serviços e confiança.

O auditor deve ter como qualificações profissionais, responsabilidades tanto para com a profis são,
quanto para o seu comportamento civil.

Os auditores submetem-se forçosamente ás leis e regulamentos dos Estados em que se obtêm


suas licenças para atividade profissional, uma vez que são esses Estados que as emitem.
(CREPALDI, 2002, p.57)

Franco e Marra (1992, p.90), afirmam que, o auditor independente contratante de auditoria externa
em companhias abertas, assume a responsabilidade civil pelos danos que na sua atuação
profissional possa causar a terceiros. Essa responsabilidade lhe será imputada cas o o mesmo
venha agir fora das normas e procedimentos de auditoria adotados, não observando os princípios
de contabilidade geralmente aceitos.

A Moral E A Ética

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CONDUTA PROFISSIONAL DE AUDITORIA

O auditor deve ter como requisito prioritário de trabalho condições morais como também de étic a
profissional, estas entre outras estão diretamente condicionadas a pessoa do auditor, assim como
as condições intelectuais, legais, porém essas são vinculadas de uma forma mais técnica, sendo
que a ética e a moral é de foro pessoal e intransferível.

O auditor deve colocar sua honorabilidade profissional acima de quaisquer interesses pessoais e os
da coletividade acima dos interesses de grupos. (FRANCO E MARRA, 1992, p.147)

Franco e Marra (1992, p.90), cita como requisitos morais as seguintes característ icas:

● Integridade;
● Idoneidade;
● Respeitabilidade;
● Caráter ilibado;
● Padrão moral elevado;
● Vida privada irrepreensível;
● Justiça e imparcialidade;

É visível que de todos as profissões, o auditor é aquele que esta mais sujeito a participar de
esquemas espúrios já que sua atividade esta intimamente ligada a apuração do registro de cifras,
apuração de resultados que geram montates, entre outros, manter-se a margem com equilíbrio é
conseqüência da postura ética adotada pelo profissional.

A ética profissional é de grande valia em todas as profissões, notadamente na de auditor, que tem
em suas mãos grande responsabilidade, pois mediante seu serviço é possível conhecer todas as
irregularidades, erros, falhas dentro do grupo de empresas, conhecendo o respo nsável hierárquico
e executores das rotinas que originam estas informações. (CREPALDI, 2002, p.65)

Além das condições morais de ordem geral, Franco e Marra (1992, p.148) relaciona exigências
inerentes à ética profissional.

● Disputar clientes com colegas;


● Manter elevado padrão de serviço;
● Basear-se somente em elementos seguros de convicção;
● Cobrar honorários justos;
● Não atuar em defesa de interesses pessoais;
● Consideração pela classe e por colegas;
● Sigilo profissional: o sigilo profissional deve ser mantido, a qualquer custo, a menos que assuntos
sigilosos devam ser revelados em circunstancias especiais - em juízo, por exemplo - para a defesa
de legítimos direitos de terceiros ligados á empresa;

Para Crepaldi (2002, p.67), deve-se adicionar aos padrões de conduta profissional, os seguintes
elementos:

● Bom-senso no procedimento de revisão e sugestão;


● Autoconfiança;
● Capacidade prática;
● Meticulosidade e correção;
● Perspicácia nos exames;
● Pertinácia nas ações;
● Pesquisa permanente;
● Finura de trato e humanidade;

Do ponto de vista profissional, a ética em toda a sua extensão deve estar claramente explicita
desde os procedimentos a serem executados, á qualquer ação negocial, de registro, avaliação ou
opinião, principalmente dos aspectos embutidos no seu juramento profissional.

Respeito Ao Código De Ética

O respeito ao código de ética com certeza é uma das mais importantes condições relativas á ética

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CONDUTA PROFISSIONAL DE AUDITORIA

profissional, pois a base fundamental do processo de construção e moldura deste, seja de qua l
classe for, esta individualmente ligada ao código de ética profissional, o qual irá ditar seus
objetivos, direitos, deveres, responsabilidades e penalidades.

Existem basicamente duas fontes de normas técnicas do profissional de auditoria, o código de ét ica
do contabilista, estabelecido pelo CFC (Conselho Federal de Contabilidade) , através da
resoluçãon° 290/70, a que o auditor se sujeita por ser contador. E se for filiado ao IBRACOM -
Instituto Brasileiro de Contadores terá de observar os seus princípios de ética.

Crepaldi (2002, p.66), estabelecem as exigências do código de ética do auditor:

I -subordinação hierárquica;
II - Modo de trabalho (o auditor pede e não exige);
III - independência de qualquer política interna encontrada;
IV - discrição;
V - observância dos regulamentos internos, normais, instruções e leis;
VI - comportamento pessoal;

As penalidades administrativas serão aplicadas quando:

Atuarem em desacordo com as normas legais e regulamentares que disciplinam o mercado de


valores mobiliários;
Realizarem auditoria inepta ou fraudulenta, falsearem dados ou somente informações que sejam de
seu dever revelar;
Utilizarem, em benefício próprio ou de terceiros, informações a que tenham tido acesso em
decorrência do exercício da atividade de auditoria; (CREPALDI, 2002, p.59)

Caso as referidas penalidades venham a acontecer os mesmos poderão ser advertidos, multados,
ou ter seu registro na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), suspenso ou cancelado.

Visto todas as características, responsabilidades, atribuições, normas e padrões de conduta e


procedimentos éticos, verificam-se em meio aos profissionais três tipos de identidades:

● Aqueles que não estão preparados e, portanto, não têm como segui-las;
● Aqueles que estão parcialmente preparados e, portanto, correm o grande risco de não segui-las;
● Aqueles que estão preparados, e, portanto, não a seguem se não quiserem; (CREPALDI, 2002,
p.105)

Conclusão

Obviamente não será através do código de ética profissional, que irá conseguir abranger tod as as
questões que possam vir no transcorrer das atividades no exercício da profissão, porém tem como
objetivo ser uma linha observada pelos profissionais para dar embasamento a suas atuações,
inibindo comportamento fora dos padrões éticos visto o caráter punitivo, contribuindo para uma
conduta mais austera.

Apesar da acirrada concorrência entre os profissionais, fator este decorrente principalmente do


mundo cada vez mais globalizado é incompreensível o papel omisso acerca da falta negligente de
alguns profissionais no desempenho de suas atribuições de auditores.

A difusão da ética deve alcançar todos os níveis da sociedade, em todas as categorias de classes,
ela não precisa ser ensinada nos bancos universitários, cabe ao meio acadêmico despertar ou
aprimorar essa característica presente no DNA de cada ser social, de cada profissional
independente de classe ou categoria, e deixar de ser apenas uma formalidade que compõe as
solenidades de juramento nas formaturas.

A ética, a liberdade, a consciência, os valores a lei, tornaram-se problemas, que devem ser meta
pessoal e objeto em de estudo por profissionais cada vez mais competentes e habilitados para o
exercício da profissão, que nossa sociedade quer e precisa.

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CONDUTA PROFISSIONAL DE AUDITORIA

Ética Profissional

O profissional contador manuseia e certifica informações a respeito do patrimônio de outras pessoas


e organizações, daí a importância do trabalho que ele realiza. Ao desenvolver trabalhos relacionados
com a contabilidade em si, perícia contábil, auditoria independente, revisão das demonstrações
contábeis e auditoria interna, o profissional contador atua avaliando dados, produzindo, divulgando e
analisando informações a respeito da situação patrimonial, econômica, financeira, desempenho e
resultado das operações.

Esses dados e informações são de extrema importância e utilidade para o processo decisório de
usuários previstos, a respeito do patrimônio de terceiros, seja no meio empresarial ou referente à
sociedade como um todo.

Dessa forma, o profissional contador deve primar pela exação, perfeição, justeza e qualidade da
informação contábil produzida, uma vez que o mesmo desempenha um importante papel para
diversos setores de nosso país, como a economia, setor empresarial, o governo e mercado de
valores mobiliários.

Além disso, o profissional contador deverá observar e seguir rígidos padrões profissionais,
comportamentais e de conduta. Os objetivos seriam evitar prejuízos à honra, não comprometer o bom
nome da classe, assim como preservar os companheiros de profissão.

Como em qualquer profissão, os princípios éticos devem sempre ser respeitados. No caso do
profissional contador, existe um princípio moral geral, que é o Código de Ética Profissional do
Contador, e outro princípio moral que é proveniente dos aspectos particulares e individuais de cada
profissional contador. Existe um código de ética a ser obedecido e outro código de ética que é regido
pelo caráter, pelos princípios e pelos valores do profissional contador como pessoa e como indivíduo.
O profissional contador deve manter uma conduta ética firme, tanto profissional quanto individual.

É importante destacar, ainda, que o comportamento ético exige muito mais que o atendimento a leis,
normas e regulamentos. Nenhum código de ética contempla todas as situações que permeiam o
cotidiano do profissional contador. Dessa forma, para a prática da ética, será exigido do profissional
contador um julgamento pessoal, razoável e subjetivo diante de determinado caso concreto.

Observe o que traz o juramento do Bacharel em Ciências Contábeis:

Ao receber o grau de Bacharel em Ciências Contábeis, juro, perante Deus e a sociedade, exercer a
minha profissão com dedicação, responsabilidade e competência, respeitando as normas
profissionais e éticas.

Juro pautar minha conduta profissional observando sempre os meus deveres de cidadania,
independentemente de crenças, raças ou ideologias, concorrendo para que meu trabalho possa ser
um instrumento de controle e orientação útil e eficaz para o desenvolvimento da sociedade e o
progresso do país.

Comprometo-me, ainda, a lutar pela permanente união da classe contábil, o aprimoramento da


ciência contábil e a evolução da profissão.

O profissional contador deve possuir um comportamento ético inquestionável, pautado nos seguintes
aspectos:

• Sigilo;

• Independência;

• Conduta pessoal ilibada;

• Zelo;

• Prudência;

• Humildade;

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CONDUTA PROFISSIONAL DE AUDITORIA

• Dignidade;

• Honra;

• Competência; e

• Serenidade.

A discussão sobre a ética para a profissão contábil requer um conjunto de regras de comportamento
do contador no exercício de suas atividades profissionais. Assim, o contador deve conhecer os
aspectos técnicos, as prerrogativas e as regras de conduta moral para o bom exercício da profissão.
A fim de normatizar estas situações, o Código de Ética Profissional do Contador definiu as linhas e os
parâmetros comportamentais, as posturas profissionais dos contadores (aqueles que possuem curso
universitário de Ciências Contábeis) e dos técnicos em contabilidade (aqueles que possuem curso
técnico em contabilidade, ensino médio).

O Código de Ética Profissional do Contador possui as seguintes premissas:

• Práticas contábeis de qualidade que proporcionem aos usuários informações adequadas e


tempestivas;

• Exação e qualidade da informação contábil produzida e divulgada; e

• Fornecimento de serviços de qualidade em benefício da sociedade.

O Código de Ética Profissional do Contador está baseado em seis grandes tópicos:

• CAPÍTULO I – DO OBJETIVO

• CAPÍTULO II – DOS DEVERES E DAS PROIBIÇÕES

• CAPÍTULO III – DO VALOR DOS SERVIÇOS PROFISSIONAIS

• CAPÍTULO IV – DOS DEVERES EM RELAÇÃO AOS COLEGAS E À CLASSE

• CAPÍTULO V – DAS PENALIDADES

• CAPÍTULO VI – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Cabe aqui mencionar, ainda, que o Plenário do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) alterou no
início de dezembro de 2010 os dispositivos do Código de Ética Profissional do Contabilista –
Resolução CFC 803/96 –, por meio da Resolução CFC 1.307/10. A partir da referida alteração,
conforme previsto no novo texto, o Código de Ética Profissional do Contabilista passou a se chamar
Código de Ética Profissional do Contador (CEPC).

Vejamos, como exemplo, algumas questões de concursos:

01. (11º Exame de Qualificação Técnica Geral – Auditoria/CFC – 2011) Conforme o Código de Ética
Profissional do Contabilista aprovado pela Resolução nº 803/96, no que se refere à disponibilização
dos papéis de trabalho, relatórios e outros documentos, que deram origem e orientaram a execução
do seu trabalho, para fins de fiscalização pelo Conselho Regional de Contabilidade, o auditor
independente:

a) está obrigado a atender e a apresentar toda a documentação da auditoria.

b) pode recusar-se a apresentar a documentação da auditoria por ferir o sigilo profissional em relação
ao seu cliente.

c) pode recusar-se a apresentar a documentação da auditoria por inexistir norma profissional que o
obrigue a fazê-lo.

d) somente poderá apresentar toda a documentação da auditoria se a empresa auditada autorizar por
escrito a apresentação desses documentos, evitando a quebra flagrante de confidencialidade.

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CONDUTA PROFISSIONAL DE AUDITORIA

De acordo com o art. 5º do Código de Ética, o contador, quando perito, assistente técnico, auditor ou
árbitro, deverá atender à fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade e Conselho Federal
de Contabilidade no sentido de colocar à disposição destes, sempre que solicitado, papéis de
trabalho, relatórios e outros documentos que deram origem e orientaram a execução do seu trabalho.

02. (7º Exame de Qualificação Técnica Geral – Auditoria/CFC – 2007) Qual, entre as alternativas
abaixo, não infringe o Código de Ética Profissional do Contabilista:

a) remunerar profissional atuando como intermediário na identificação e na captura de clientes para


prestação de serviços de auditoria independente, mediante percentual variável sobre o valor dos
honorários cobrados.

b) assinar parecer de auditoria realizada por outro auditor independente, habilitado e devidamente
registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como forma de superar a limitação de prazo na
rotação do líder da equipe de auditoria prevista na NBC P1.2.

c) encaminhar para protesto título emitido contra cliente de auditoria independente, relativo a
honorários por serviços prestados, em virtude do não-pagamento motivado pela emissão de parecer
com negativa de opinião.

d) informar ao cliente sobre a não-aplicação de procedimentos de auditoria pelo auditor independente


responsável pela auditoria do exercício anterior, com o objetivo de desvalorizá-lo.

Segundo o art. 4º do Código de Ética, o profissional da contabilidade poderá publicar relatório,


parecer ou trabalho técnico-profissional, assinado e sob sua responsabilidade. Em virtude do não
pagamento, poderá encaminhar para protesto título emitido.

03. (Auditor Contábil em Saúde Pública – SEPLAG/BA- CESGRANRIO/2011) Em caso de


transgressão de preceitos do Código de Ética do Profissional Contabilista, o julgamento do suposto
infrator cabe originariamente ao

a) Conselho Regional de Contabilidade.

b) Conselho Federal de Contabilidade em sua condição de Tribunal Superior de Ética e Disciplina.

c) Conselho de Ética da própria empresa em que trabalha o infrator.

d) Conselho de Ética Pública que funcionará como Tribunal Regional de Ética e Disciplina para os
profissionais de contabilidade.

e) Conselho de Ética do setor em que atua a empresa.

Segundo o art. 13 do Código de Ética, o julgamento das questões relacionadas à transgressão de


preceitos do Código de Ética incumbe, originariamente, aos Conselhos Regionais de Contabilidade,
que funcionarão como Tribunais Regionais de Ética e Disciplina, facultado recurso dotado de efeito
suspensivo, interposto no prazo de quinze dias para o Conselho Federal de Contabilidade em sua
condição de Tribunal Superior de Ética e Disciplina.

04. (Inédita) Funcionarão como Tribunais Regionais de Ética e Disciplina

a) Os Conselhos Federais de Contabilidade

b) As Comissões Temáticas da Convergência

c) Os Conselhos Regionais de Contabilidade

d) As Regionais de Cadastro Nacional de Auditores Independentes

e) Os Conselhos Federais e Regionais de Contabilidade

Segundo o Art. 13 do Código de Ética, o julgamento das questões relacionadas à transgressão de


preceitos do Código de Ética incumbe, originariamente, aos Conselhos Regionais de Contabilidade,
que funcionarão como Tribunais Regionais de Ética e Disciplina, facultado recurso dotado de efeito

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CONDUTA PROFISSIONAL DE AUDITORIA

suspensivo, interposto no prazo de quinze dias para o Conselho Federal de Contabilidade em sua
condição de Tribunal Superior de Ética e Disciplina.

05. (8º Exame de Qualificação Técnica Geral – Auditoria/CFC – 2008) Constitui uma transgressão ao
Código de Ética Profissional do Contabilista, nos termos da Resolução CFC nº. 803/96, a adoção pelo
auditor independente do seguinte procedimento:

a) Utilização de profissionais não-contadores, devidamente supervisionados, nos trabalhos de


auditoria.

b) Suspensão da prestação de serviços a cliente que deixou de cumprir com o pagamento dos
honorários profissionais.

c) Anúncio, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, de conteúdo que resulte na


melhoria da classe contábil e oportunidade para divulgar a indicação de títulos, especializações,
serviços oferecidos, trabalhos realizados.

d) Reter abusivamente livros, papéis ou documentos, comprovadamente confiados à sua guarda.

Reter abusivamente livros, papéis ou documentos comprovadamente confiados à sua guarda


constituiu transgressão ao Código de Ética.

06. (1º Exame de Qualificação Técnica Geral – Auditoria/CFC – 2004) O Auditor Independente que
pretenda proceder à emissão de opinião sobre as Demonstrações Contábeis de companhia aberta
deve manter registro profissional, obrigatoriamente:

a) Na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e no IBRACON – Instituto dos Auditores


Independentes do Brasil.

b) No Conselho Regional de Contabilidade (CRC) e na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

c) No Conselho Regional de Contabilidade (CRC) e no IBRACON – Instituto dos Auditores


Independentes do Brasil.

d) No Conselho Regional de Contabilidade (CRC), na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e no


Banco Central do Brasil (BACEN).

O auditor independente que pretenda proceder à emissão de opinião sobre as Demonstrações


Contábeis de companhia ABERTA deve manter registro profissional obrigatoriamente no Conselho
Regional de Contabilidade (CRC) e na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

07. Exame de Qualificação Técnica Geral – Auditoria/CFC – 2006) Para atuar como Auditor
independente é necessário ser contador:

a) Registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

b) Vinculado a uma empresa de Auditoria e com registro no Cadastro Nacional de Auditores


Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

c) Graduado há mais de cinco anos em Ciências Contábeis.

d) Registrado em Conselho Regional de Contabilidade.

O auditor independente que pretenda proceder à emissão de opinião sobre as demonstrações


contábeis de companhia ABERTA deve manter registro profissional obrigatoriamente no Conselho
Regional de Contabilidade (CRC) e na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O enunciado não
menciona se a atuação do profissional será em companhia de capital aberto ou fechado.

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DOMINA CONCURSOS

Auditoria e Pericia Contábil

A expressão perícia advém do latim (peritia), que em seu sentido próprio significa conhecimento adquirido
pela experiência. Segundo D’Áurea et al. (1953), a perícia é o testemunho de uma ou mais pessoas
técnicas, no sentido de fazer conhecer um fato cuja existência não pode ser acertada ou juridicamente
apresentada, se não apoiada em especiais conhecimentos científicos ou técnicos.

A Perícia tem grande importância por examinar e trazer clareza, revelando a verdade de fatos obscuros
sobre determinado assunto. Ela está vinculada a conhecimento e experiência de determinados objetos.
Aquele que exerce a execução da perícia é chamado de perito, possuindo conhecimento e experiência no
assunto determinado para poder emitir uma opinião sobre a matéria examinada.

A Perícia, segundo o ambiente de atuação ao qual ela é solicitada, é classificada em quatro tipos
detectáveis os quais são determinados e de acordo com cada tipo, sendo determinado o seu modo de
execução e o objetivo final (laudo ou parecer). São estes os tipos: Perícia Judicial, Perícia Semijudicial,
Perícia Extrajurídica (subdividas em demonstrativas, discriminativas e comparativas).

Para Sá (2005), a pericia contábil é a verificação de fatos ligados ao patrimônio individualizado visando
oferecer opinião, mediante questão proposta. Par tal opinião realizam-se exames, vistorias, indagações,
investigações, avaliações, arbitramentos, em suma todo e qualquer procedimento necessário à opinião. Por
isso, esta disciplina tem a finalidade de trazer conhecimentos da perícia exercida pelos profissionais da
contabilidade, apresentando os normativos existentes, adentrando na questão processualística e na forma
de apresentação do trabalho realizado.

A Perícia

Conforme definições encontradas em dicionários, perícia está relacionada a habilidade e destreza,


especificamente definida como um exame feito por pessoa com estas características. A Perícia tem grande
importância por examinar e trazer clareza, revelando a verdade de fatos obscuros sobre determinado
assunto, necessitando, assim, de profissionais habilitados, com capacidade técnica e científica, aliado à
consciência ética.

Por isso, quando falamos em “Perícia” não podemos nos limitar a uma determinada área do conhecimento,
como é o caso da Ciência Contábil. A Perícia está vinculada a conhecimento e experiência de determinados
objetos. Aquele que exerce a execução da perícia, chamado Perito, é aquele que possui conhecimento e
experiência no assunto determinado para poder emitir uma opinião sobre a matéria examinada.

Assim, temos peritos-engenheiros, peritos-médicos, peritos-psicólogos, peritos-criminais, entre outras


profissões. E, entre elas, o perito-contador, que é o profissional qualificado e habilitado para lidar com
questões obscuras de fatos ligados à Ciência Contábil.

Portanto, não há como ensinarmos uma pessoa a ser um perito. O que podemos fazer é participarmos da
formação de um profissional que será especializado e experimentado em determinada matéria ou assunto.
Tendo esta qualificação, esta pessoa pode então ser requisitada (ou se dispor) a disponibilizar seu
conhecimento no exame de fato relacionado à matéria que possui entendimento. Neste caso, ela estará
realizando uma perícia. Perito não é profissão, mas sim o exercício de uma função dentro de seus
conhecimentos para acurar determinado fato no âmbito de domínio.

Por isso, esta disciplina tem a finalidade de trazer conhecimentos da perícia exercida pelos profissionais da
contabilidade, apresentando os normativos existentes, adentrando na questão processualística e na forma
de apresentação do trabalho realizado.

Ser um perito depende dos seus conhecimentos e experiência!

Tipos De Perícia

A Perícia, segundo o ambiente de atuação ao qual ela é solicitada, é classificada em quatro tipos

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detectáveis e, de acordo com cada tipo, será determinado o modo de execução e o objetivo final (laudo ou
parecer). São estes os tipos:

Pericia Judicial

Quando realizada por requerimento ou necessidade dos agentes do Poder Judiciário e devem obedecer às
regras legais específicas. Este tipo ainda se divide em duas formas, segundo a sua finalidade apontada pelo
processo judicial, a prova ou arbitramento. A prova será quando sua finalidade é trazer a verdade real,
demonstrada científica ou tecnicamente, e que subsidiará a decisão do juiz. O arbitramento se dá quando
sua finalidade é quantificar a obrigação segundo critério técnico.

Perícia Semijudicial

É aquela realizada dentro do aparato institucional do Estado, mas externo ao Poder Judiciário. Sua
finalidade é de ser prova nos ordenamentos institucionais usuários, que podem ser policial, parlamentar
(comissões de inquérito), administração tributária ou conselhos de contribuintes. É assim classificada
porque estes usuários têm relativo poder jurisdicional, apenas assemelhados ao judicial.

Perícia Extrajudicial

Realizada fora do âmbito do Estado e da esfera judicial, solicitada por partes do ambiente privado
(empresas ou pessoas físicas). São subdivididas em:

• Demonstrativas: mostrar a veracidade ou não do fato.

• Discriminativas: levantar os termos justos do fato em que dúvida do quantum.

• Comprovativas: comprovar fraudes, desvios, simulações etc.


Perícia Arbitral

Será assim chamada quando for realizada no âmbito de instância decisória criada pelas partes envolvidas e
não se enquadram nos tipos acima descritos. Pode ser probante quando sua finalidade é ser prova na
decisão. Ou pode ser decisória quando seu produto é a própria arbitragem da controvérsia.

Legislação Aplicada à Perícia e ao Perito

A perícia judicial começou a ser mencionada juridicamente no Brasil em 1939, por meio do Decreto-lei nº
1.608. Em 1946, com o Decreto-lei nº 9.295, o mesmo que criou o Conselho Federal de Contabilidade com
as respectivas atribuições do contador, foi oficialmente instituído a Perícia Contábil no Brasil.

Histórico judicial de regulamentação e disciplina da perícia judicial:

• 1939: Decreto-lei 1.608. Vagas regras sobre a perícia.


• 1946: Decreto-lei 8.579. Alterações nas normas periciais.
• 1946: Decreto-lei 9,295. Criação do CFC e regras para perícia contábil.
• 1973: Lei 5.869. Legislação ampla para as perícias judiciais.
• 1992: Lei 8.455. Observações à pessoa do perito.
• 1994: Lei 8.852. Honorários periciais.
• 2001: Lei 10.358. Entrega de pareceres e laudos (prazos).
2002: Lei 10.406. Domínio da matéria pelo perito contábil

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Nomenclatura de Dispositivos Reguladores

Princípios: fundamentos da ação da ciência sobre seu objeto e seu objetivo. Dos princípios decorrem as
normas e os padrões. Caracterizam-se pela universalidade e generalidade.

Normas: são os indicativos comportamentais, envolvendo as técnicas e a ética, obrigatórios na execução da


ciência. Caracterizam-se pela generalidade e especificidade e são obedientes aos princípios. São mutáveis
e adaptáveis à realidade do ambiente.

Padrões: também são comportamentos técnicos e éticos, mas oriundos do resultado das ações dos
profissionais daquela ciência. Representam a práxis adotada, habitualmente ou comumente.

Com relação às disposições normativas da classe contábil, veremos posteriormente nos próximos tópicos
abordados.

Auditoria X Perícia

Apesar das semelhanças encontradas no exercício da auditoria e da perícia, sendo a principal delas a
revisão de trabalhos já realizados por colegas de outras ramificações, a diferenciação entre estas duas
especializações está centrada nos objetivos e nas finalidades.

O objetivo básico da perícia é o esclarecimento de determinados fatos ou circunstâncias, seja de forma


judicial ou extrajudicial, como já vimos. Estes devem ser comprovados por Laudos ou Pareceres.

Por sua vez, a auditoria busca certificar de que a veracidade de registros ou procedimentos expressa os
seus resultados mediante relatórios.

A perícia está relacionada a uma época, questionamento ou necessidade, enquanto que a auditoria tende a
ser constante, atendendo um maior número de interessados e não sendo tão rigorosa na sua metodologia.

A auditoria também se preocupa com a amostragem, enquanto que a perícia se volta a um determinado
campo. A auditoria está relacionada à gestão e a perícia à eventualidade e especificidade.

Por fim, a perícia tem como finalidade a produção de prova e a auditoria à revisão de procedimentos.

Perícia Contábil

A Perícia Contábil está relacionada à construção de uma verdade sobre determinada matéria, em certo
aspecto ou situação, utilizando-se de procedimentos normatizados, técnicos e científicos, executada
debaixo de responsabilidades de profissionais formados em Ciências Contábeis. O produto desta perícia tem
o objetivo de apresentar à instância decisória os elementos de prova necessários a fundamentar uma solução
da questão em discussão.

Para que possamos entender a utilização da Perícia Contábil em determinada situação ou fato, é
importante relembrar o objeto da contabilidade, isto é, o Patrimônio. Por isso, quando se trata de trazer
elucidação a respeito de fatos que feriram, ou influenciaram, o patrimônio de uma pessoa jurídica ou física,
é necessária a opinião, ou laudo (como veremos adiante) de um Perito-Contador.

A perícia está diretamente relacionada a discussões judiciais, onde aquele que exerce o juízo avalia
informações e depoimentos apresentados pelas partes envolvidas: o autor e o réu. Na busca pela verdade dos
fatos, invariavelmente, o juízo necessitará de um terceiro parecer, imparcial e técnico para poder emitir seu
posicionamento e decisão. Entretanto, cabe salientar que a perícia é exercida também fora do âmbito judicial,
como veremos mais adiante.

A imagem a seguir reproduzida se presta para esquematizar em uma visão acadêmica, como as verdades são
apresentadas ou sustentadas, e o necessário equilíbrio para uma justa solução do litígio estabelecido entre as
partes.

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O doutrinamento da Perícia Contábil, assim como de outras prerrogativas que são executadas pelos
profissionais da Contabilidade estão descritas nas Normas Brasileiras de Contabilidade. Por isso, antes de
iniciarmos os conceitos e aplicações da perícia contábil, segue abaixo uma breve introdução às Normas
Brasileiras de Contabilidade.

Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC)

No exercício da profissão contábil devem ser observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), que
são um conjunto de regras e procedimentos de conduta, as chamadas normas profissionais (NBC- P’s),
bem como a doutrina conceitual, os princípios, estrutura técnica e os procedimentos, chamados de normas
técnicas (NBC-T’s), a serem aplicados na realização dos trabalhos previstos, e que são aprovadas por
resolução emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que inclusive tiveram sua aprovação
atualizada pela Resolução CFC 1.156/2009.

As NBC compreendem os códigos e normatizações abaixo:

• Código de Ética Profissional do Contabilista.

• Normas de Contabilidade.

• Normas de Auditoria Independente e de Asseguração.

• Normas de Auditoria Interna.

• Normas de Perícia Contábil


Importante salientar que as NBC, principalmente depois de aprovada a Lei 11.638/07, estão em processo de
harmonização com as Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo IASB - Comitê Internacional de
Normas de Contabilidade e as Normas Internacionais de Auditoria e Asseguração e as Normas
Internacionais de Contabilidade para o Setor Público emitidas pela IFAC - Federação Internacional de
Contadores.

Atualmente, com a evolução e padronização das normas internacionais de contabilidade, o Conselho


Federal de Contabilidade subdividiu as normas profissionais e normas técnicas de acordo com sua
especificidade, como vemos a seguir.

Estrutura das Normas Profissionais

• NBC-PG: normas gerais aplicadas aos profissionais da área contábil.

• NBC-PA: normas aplicadas especificamente aos contadores que atuam como auditor independente.

• NBC-PI: normas aplicadas especificamente aos contadores que atuam como auditor interno.

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• NBC-PP: são aplicadas especificamente aos contadores que atuam como perito contábil.
Estrutura das Normas Técnicas

• NBC-TS: são as normas societárias convergentes com as Normas Internacionais.


• NBC-TSP: normas ao Setor Público, convergentes com as Normas Internacionais de Contabilidade para o
Setor Público.

• NBC-TE: normas que não possuem Norma Internacional correspondente, observando as NBC-TS.
• NBC-TA: são as normas de Auditoria convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria Inde-
pendente (ISA’s) emitidas pela Federação Internacional de Contadores (IFAC).

• NBC-TR: são as normas de Revisão convergentes com as Normas Internacionais de Revisão (ISRE’s),
emitidas pela IFAC.

• NBC-TO: são as normas de Asseguração convergentes com as Normas Internacionais de Assegura- ção
(ISAE’s), emitidas pela IFAC.

• NBC-TSC: são as normas para Serviços Correlatos convergentes com as Normas Internacionais para
Serviços Correlatos (ISRS’s) emitidas pela IFAC.

• NBC-TI: são as normas aplicadas aos trabalhos de auditoria interna.


• NBC-TP: são as normas aplicadas aos trabalhos de perícia.
Inobservância

A inobservância das Normas Brasileiras de Contabilidade constitui infração disciplinar, sujeita às


penalidades previstas nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295/46, e, quando aplicável, ao
Código de Ética Profissional do Contabilista.

Voltando à questão conceitual da Perícia Contábil, as próprias Normas Brasileiras de Contabilidade se


preocuparam em trazer sua definição. As normas periciais contábeis estão regulamentadas desde 1992.
Com a nova estrutura normativa da classe contábil, segue a íntegra da NBC-TP-1, recentemente aprovada
pelo CFC por meio da Resolução 1.243/09, substituindo a anterior NBC-T-13. Para melhor acompanhamento,
teceremos comentários e grifos para que possamos utilizar a própria normatização para compreendermos a
perícia contábil.

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Objetivo

1. Esta Norma estabelece regras e procedimentos técnico-científicos a serem observados pelo perito,
quando da elaboração de perícia contábil, no âmbito judicial, extrajudicial, inclusive arbitral, mediante o
esclarecimento dos aspectos e dos fatos do litígio por meio de exame, vistoria, indagação, investigação,
arbitramento, avaliação, ou certificação.

Conceito

2. A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnico-científicos destinados a levar à instância


decisória elementos de prova necessários a subsidiar à justa solução do litígio ou constatação de um fato,
mediante laudo pericial contábil e/ou parecer pericial contábil, em conformidade com as normas jurídicas e
profissionais, e a legislação específica no que for pertinente.

Observe que seu conceito é baseado na aplicação dos conhecimentos específicos para levantar a verdade de
uma determinada matéria com a finalidade de demonstrar àquele que tem a responsabilidade de tomar a
decisão sobre um impasse.

3. O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil têm por limite os próprios objetivos da perícia
deferida ou contratada.

O objetivo, ou o produto da perícia, é o levantamento de um relatório pericial (seja laudo nas questões
judiciais ou parecer nas questões extrajudiciais), e este deve relatar exclusivamente aquilo que se refere à
matéria periciada.

4. A perícia contábil, tanto a judicial como a extrajudicial, é de competência exclusiva de contador registrado em
Conselho Regional de Contabilidade. Entende-se como perícia judicial aquela exercida sob a tutela da justiça.
A perícia extrajudicial é aquela exercida no âmbito arbitral, estatal ou voluntária.

A perícia contábil, como a própria sequência do nome diz, é exclusiva do profissional de formação na área
contábil, especificamente daquele que possui curso superior em contabilidade, ou seja, do Bacharel em
Ciências Contábeis. Portanto, não cabe ao técnico em contabilidade ou mesmo aos graduados nas áreas de
economia, administração e outras afins.

5. A perícia arbitral é aquela exercida sob o controle da lei de arbitragem. Perícia no âmbito estatal é
executada sob o controle de órgão do estado, tais como perícia administrativa das Comissões
Parlamentares de Inquérito, de perícia criminal e do Ministério Público. Perícia voluntária é aquela
contratada espontaneamente pelo interessado ou de comum acordo entre as partes.

Obedecendo este posicionamento do CFC, Alberto (1996) conceitua e define os objetivos da Perícia
Contábil como: “um instrumento técnico-científico de constatação, prova ou demonstração, quanto à
veracidade de situações, coisas ou fatos oriundos das relações, efeitos e haveres que fluem do patrimônio de
quaisquer entidades” (p.48).

Alberto (1996) elenca ainda, de acordo com as experiências profissionais vividas por ele e por um grupo de
profissionais pesquisados pela PUC-MG, que os objetivos e finalidades da Perícia Contábil são,
especificamente:

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• A informação fidedigna.

• A certificação, o exame e a análise do estado circunstancial do objetivo.

• O esclarecimento e a eliminação de dúvidas suscitadas sobre o objeto.

• O fundamento científico da decisão.

• A formulação de opinião ou juízo técnico.

• A mensuração, a análise, a avaliação ou arbitramento sobre o quantum monetário do objeto.

• Trazer à luz o que está oculto por inexatidão, erro, inverdade, má-fé, astúcia ou fraude.
Execução

6. O perito-contador assistente pode, tão logo tenha conhecimento da perícia, manter contato com o perito-
contador, pondo-se à disposição para o planejamento, para o fornecimento de documentos em poder da
parte que o contratou e ainda para a execução conjunta da perícia. Uma vez recusada a participação, o
perito-contador pode permitir ao assistente técnico acesso aos autos e aos elementos de prova arrecadados
durante a perícia, indicando local e hora para exame pelo assistente técnico.

7. O perito-contador assistente pode, logo após sua contratação, manter contato com o advogado da parte
que o contratou, requerendo dossiê completo do processo para conhecimento dos fatos e melhor
acompanhamento dos atos processuais no que pertine a perícia.

8. O perito, enquanto estiver de posse do processo ou de documentos, deve zelar por sua guarda e
segurança.

9. Para a execução da perícia contábil, o perito deve ater-se ao objeto e ao lapso temporal da perícia a ser
realizada.

10. Mediante termo de diligência, o perito deve solicitar por escrito todos os documentos e informações
relacionadas ao objeto da perícia.

1. A eventual recusa no atendimento a diligências solicitadas ou qualquer dificuldade na execução do


trabalho pericial deve ser comunicada, com a devida comprovação ou justificativa, ao juízo, em se tratando de
perícia judicial; ou à parte contratante, no caso de perícia extrajudicial.

2. O perito deve utilizar os meios que lhe são facultados pela legislação e normas concernentes ao
exercício de sua função, com vistas a instruir o laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil com as
peças que julgarem necessárias.

3. O perito deve manter registros dos locais e datas das diligências, nomes das pessoas que os
atenderem, livros e documentos ou coisas examinadas ou arrecadadas, dados e particularidades de
interesse da perícia, rubricando a documentação examinada, quando julgarem necessário e possível,
juntando o elemento de prova original, cópia ou certidão.

4. A execução da perícia, quando incluir a utilização de equipe técnica, deve ser realizada sob a orientação e
supervisão do perito, que assume a responsabilidade pelos trabalhos, devendo assegurar-se que as
pessoas contratadas estejam profissionalmente capacitadas à execução.

5. O perito deve documentar os elementos relevantes que serviram de suporte à conclusão formalizada no
laudo pericial contábil e no parecer pericial contábil, por meio de papéis de trabalho, que foram considerados
relevantes, visando fundamentar o laudo ou parecer e comprovar que a perícia foi executada de acordo com os
despachos e decisões judiciais, bem como as normas legais e Normas Brasileiras de Contabilidade.

6. Entende-se por papéis de trabalho a documentação preparada pelo perito para a execução da perícia. Eles

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integram um processo organizado de registro de provas, por intermédio de termos de diligência,


informações em papel, meios eletrônicos, plantas, desenhos, fotografias, correspondências, depoimentos,
notificações, declarações, comunicações ou outros quaisquer meios de prova fornecidos e peças que
assegurem o objetivo da execução pericial.

7. O perito-contador assistente que assessorar o contratante, na elaboração das estratégias a serem


adotadas na proposição de solução por acordo ou demanda, cumprirá, no que couber, os requisitos desta
Norma.

Procedimentos

8. Os procedimentos de perícia contábil visam fundamentar as conclusões que serão levadas ao laudo
pericial contábil ou parecer pericial contábil, e abrangem, total ou parcialmente, segundo a natureza e a
complexidade da matéria, exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e
certificação.

9. O exame é a análise de livros, registros das transações e documentos.

10. A vistoria é a diligência que objetiva a verificação e a constatação de situação, coisa ou fato, de forma
circunstancial.

11. A indagação é a busca de informações mediante entrevista com conhecedores do objeto ou de fato
relacionado à perícia.

12. A investigação é a pesquisa que busca trazer ao laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil o que
está oculto por quaisquer circunstâncias.

13. O arbitramento é a determinação de valores ou a solução de controvérsia por critério técnico-científico.

14. A mensuração é o ato de qualificação e quantificação física de coisas, bens, direitos e obrigações.

15. A avaliação é o ato de estabelecer o valor de coisas, bens, direitos, obrigações, despesas e receitas.

16. A certificação é o ato de atestar a informação trazida ao laudo pericial contábil pelo perito-contador,
conferindo-lhe caráter de autenticidade pela fé pública atribuída a este profissional.

17. Concluídas as diligências, o perito-contador apresentará laudo pericial contábil, e o perito-contador


assistente seu parecer pericial contábil, obedecendo aos respectivos prazos.

18. O perito-contador, depois de concluído seu trabalho, fornecerá, quando solicitado, cópia do laudo, ao
perito-contador assistente, informando-lhe a data em que o laudo pericial contábil será protocolizado.

19. O perito-contador assistente não pode firmar o laudo pericial quando o documento tiver sido elaborado por
leigo ou profissional de outra área, devendo, neste caso, apresentar um parecer pericial contábil sobre a
matéria investigada.

20. O perito-contador assistente, ao apor a assinatura, em conjunto com o perito-contador, em laudo pericial
contábil, não pode emitir parecer pericial contábil contrário ao laudo.

Planejamento

21. O planejamento da perícia é a etapa do trabalho pericial, que antecede as diligências, pesquisas,
cálculos e respostas aos quesitos, na qual o perito estabelece os procedimentos gerais dos exames a
serem executados no âmbito judicial, extrajudicial para o qual foi nomeado, indicado ou contratado,
elaborando-o a partir do exame do objeto da perícia.

22. Enquanto o planejamento da perícia é um procedimento prévio abrangente que se propõe a estabelecer
todas as etapas da perícia, o programa de trabalho é a especificação de cada etapa a ser realizada que
deve ser elaborada com base nos quesitos e/ou no objeto da perícia.

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O trabalho de planejamento da perícia constitui-se o ponto inicial para o desenvolvimento do trabalho a ser
executado, baseado na matéria pleiteada, e para a expectativa de remuneração, ou seja, dos cálculos dos
honorários (salvo quando estes forem arbitrados pelo juiz).

É na fase de planejamento em que o perito deve atentar para dois aspectos fundamentais do processo: o
que está sendo demandado e a época do acontecimento dos fatos. Portanto, é fundamental a leitura da
inicial, da contestação ou da impugnação, aos documentos juntados pelas partes e aos quesitos elaborados
pelo juízo o pelas partes.

Objetivos

11. Os objetivos do planejamento da perícia são:

(a) conhecer o objeto da perícia, a fim de permitir a adoção de procedimentos que conduzam à revelação da
verdade, a qual subsidiará o juízo, o árbitro ou o interessado a tomar a decisão a respeito da lide;

(b) definir a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a serem realizados, em consonância com o
objeto da perícia, os termos constantes da nomeação, dos quesitos ou da proposta de honorários oferecida
pelo perito;

(c) estabelecer condições para que o trabalho seja cumprido no prazo estabelecido;
(d) identificar potenciais problemas e riscos que possam vir a ocorrer no andamento da perícia;
(e) identificar fatos que possam vir a ser importantes para a solução da demanda de forma que não passem
despercebidos ou não recebam a atenção necessária;

(f) identificar a legislação aplicável ao objeto da perícia;


(g) estabelecer como ocorrerá a divisão das tarefas entre os membros da equipe de trabalho, sempre que o
perito necessitar de auxiliares;

(h) facilitar a execução e a revisão dos trabalhos.


Desenvolvimento

12. Os documentos dos autos servem como suporte para obtenção das informações necessárias à
elaboração do planejamento da perícia.

13. Em caso de ser identificada a necessidade de realização de diligências, na etapa de elaboração do


planejamento, devem ser considerados, se não declarada a preclusão de prova documental, a legislação
aplicável, documentos, registros, livros contábeis, fiscais e societários, laudos e pareceres já realizados e
outras informações que forem identificadas como pertinentes para determinar a natureza do trabalho a ser
executado.

14. O planejamento da perícia deve ser mantido por qualquer meio de registro que facilite o entendimento dos
procedimentos a serem adotados e sirva de orientação adequada à execução do trabalho.

15. O planejamento deve ser revisado e atualizado sempre que fatos novos surjam no decorrer da perícia.

16. O planejamento deve ser realizado pelo perito-contador, ainda que o trabalho venha a ser realizado de
forma conjunta com o perito-contador assistente, podendo este orientar-se no referido planejamento.

Riscos e Custos

17. O perito, na fase de elaboração do planejamento, com vistas a elaborar a proposta de honorários, deve
avaliar os riscos decorrentes de responsabilidade civil, despesas com pessoal e encargos sociais,
depreciação de equipamentos e despesas com manutenção do escritório.

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Equipe Técnica

18. Quandoaperíciaexigiranecessidadedeutilizaçãode trabalhode terceiros (equipe de apoio, trabalho de


especialistas ou profissionais de outras áreas de conhecimento), o planejamento deve prever a orientação e a
supervisão do perito, que assumirá responsabilidade pelos trabalhos executados exclusivamente por sua
equipe de apoio.

19. Quando a perícia exigir a utilização de perícias interdisciplinares ou trabalho de especialistas, estes
devem estar devidamente registrados em seus conselhos profissionais, quando aplicável, devendo o
planejamento contemplar tal necessidade.

Cronograma

20. O perito-contador deve levar em consideração que o planejamento da perícia, quando for o caso, inicia-
se antes da elaboração da proposta de honorários, considerando-se que, para apresentá-la ao juízo, árbitro
ou às partes no caso de perícia extrajudicial, há necessidade de se especificar as etapas do trabalho a
serem realizadas. Isto implica que o perito-contador deve ter conhecimento prévio de todas as etapas, salvo
aquelas que somente serão identificadas quando da execução da perícia, inclusive a possibilidade da
apresentação de quesitos suplementares, o que será objeto do ajuste no planejamento.

21. O planejamento da perícia deve evidenciar as etapas e as épocas em que serão executados os
trabalhos, em conformidade com o conteúdo da proposta de honorários a ser apresentada, incluindo-se a
supervisão e a revisão do próprio planejamento, os programas de trabalho quando aplicáveis, até a entrega
do laudo.

22. No cronograma de trabalho, devem ficar evidenciados, quando aplicáveis, todos os itens necessários à
execução da perícia, tais como: diligências a serem realizadas, deslocamentos, necessidade de trabalho de
terceiros, pesquisas que serão feitas, elaboração de cálculos e planilhas, respostas aos quesitos, prazo
para entrega do laudo e outros, de forma a assegurar que todas as etapas necessárias à realização da perícia
sejam cumpridas.

23. Para cumprir o prazo determinado ou contratado para realização dos trabalhos de perícia, o perito deve
considerar em seus planejamentos, quando aplicáveis, entre outros, os seguintes itens:

(a) o conteúdo da proposta de honorários apresentada pelo perito-contador e aceita pelo juízo, pelo árbitro ou
pelas partes no caso de perícia extrajudicial ou pelo perito-contador assistente;

(b) o prazo suficiente para solicitar e receber os documentos, bem como para a execução e a entrega do
trabalho;

(c) a programação de viagens, quando necessárias.


Conclusão

24. A conclusão do planejamento da perícia ocorre quando o perito-contador completar as análises


preliminares, dando origem, quando for o caso, à proposta de honorários (nos casos em que o juízo ou o
árbitro não tenha fixado, previamente, honorários definitivos), aos termos de diligências e aos programas de
trabalho. Um modelo de planejamento para perícia judicial encontra-se em anexo ao final desta Norma.

Termo de Diligência

25. Termo de diligência é o instrumento por meio do qual o perito solicita documentos, coisas, dados, bem
como quaisquer informações necessárias à elaboração do laudo pericial contábil ou do parecer pericial
contábil.

26. Servirá ainda para a execução de outros trabalhos que tenham sido a ele determinados ou solicitados por
quem de direito, desde que tenham a finalidade de orientar ou colaborar nas decisões, judiciais ou
extrajudiciais.

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Aplicabilidade

27. O termo de diligência deve ser redigido pelo perito, ser apresentado diretamente à parte, ao seu
procurador, ou ao terceiro, por qualquer meio escrito que se possa documentar a sua entrega, contendo
minuciosamente o rol dos documentos, livros, coisas, ou outros dados de que se necessite para a
elaboração do laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil.

28. Diligenciado é qualquer pessoa física ou jurídica, inclusive de direito público, que tenha a posse de
documentos, coisas, dados ou informações úteis e indispensáveis para subsidiar a elaboração do laudo
pericial contábil ou do parecer pericial contábil, e que o destinatário, por decorrência legal ou determinação de
autoridade competente, esteja obrigado a fornecer elementos de prova.

29. O perito deve observar os prazos a que está obrigado por força de determinação legal, e dessa forma,
sempre mencionar o tempo máximo para o cumprimento da solicitação a que está obrigado o diligenciado.

30. O termo de diligência deve conter, quando possível, a relação dos documentos, coisas ou dados que o
perito tenha mencionado em petição de honorários judicial ou em contrato.

31. Deve ser apensada ao laudo ou parecer cópia do termo de diligência contendo o ciente do diligenciado ou
do seu representante legal. Deve compor o texto do laudo, as informações colhidas ou não durante as buscas
das provas, bem como as providências tomadas para o cumprimento do seu ofício.

32. Caso ocorra a negativa da entrega dos elementos de prova ou para a colaboração na busca da verdade,
deve o perito se reportar diretamente a quem o nomeou, contratou ou indicou, narrando os fatos por meio de
provas e solicitando as providências cabíveis e necessárias, para que não seja imputada responsabilidade
por omissão na atividade profissional.

Estrutura

33. O termo de diligência deve conter os seguintes elementos:

(a) identificação do diligenciado;


(b) identificação das partes ou dos interessados, e, em se tratando de perícia judicial ou arbitral, o número do
processo, o tipo e o juízo em que tramita;

(c) identificação do perito com indicação do número do registro profissional no Conselho Regional de
Contabilidade;

(d) indicação de que está sendo elaborado nos termos do item 49 desta Norma;
(e) indicação detalhada dos livros, documentos, coisas e demais elementos a serem periciados,
consignando as datas e/ou períodos abrangidos, podendo identificar o quesito a que se refere;

(f) indicação do prazo e do local para a exibição dos livros, documentos, coisas e elementos necessários à
elaboração do laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil, devendo o prazo ser compatível com
aquele concedido pelo juízo, contratante ou convencionado pelas partes, considerada a quantidade de
documentos, as informações necessárias, a estrutura organizacional do diligenciado e o local de guarda dos
documentos;

(g) após atendidos os requisitos da alínea (e), quando o exame dos livros, documentos, coisas e elementos,
tiver de ser realizado junto à parte ou ao terceiro que detém em seu poder tais provas, haverá a indicação da
data e hora para sua efetivação; e

(h) local, data e assinatura.

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34. O perito elaborará o termo de diligência, podendo adotar os modelos sugeridos em anexo ao final desta
Norma.

Laudo e Parecer Pericial Contábil

35. O Decreto-Lei nº 9.295/46, na alínea “c” do art. 25, determina que o laudo pericial contábil e o parecer
pericial contábil somente sejam elaborados por contador que esteja devidamente registrado e habilitado em
Conselho Regional de Contabilidade.

36. O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil são documentos escritos, nos quais os peritos
devem registrar, de forma abrangente, o conteúdo da perícia e particularizar os aspectos e as minudências que
envolvam o seu objeto e as buscas de elementos de prova necessários para a conclusão do seu trabalho.

37. Obriga a Norma que os peritos, no encerramento do laudo pericial contábil ou do parecer pericial
contábil, consignem, de forma clara e precisa, as suas conclusões.

Apresentação do Laudo e do Parecer Pericial Contábil

O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil são orientados e conduzidos pelo perito-contador e pelo
perito-contador assistente, respectivamente, que adotarão padrão próprio, respeitada a estrutura prevista
nesta Norma. Neles devem ser registrados de forma circunstanciada, clara e objetiva, sequencial e lógica, o
objeto da perícia, os estudos e observações realizadas, as diligências executadas para a busca de
elementos de prova necessários, a metodologia e critérios adotados, os resultados devidamente
fundamentados e as suas conclusões.

38. O perito não deve utilizar-se dos espaços marginais ou interlineares para lançar quaisquer escritos no
laudo pericial contábil e parecer pericial contábil, ou produzir emendas ou rasuras.

39. A linguagem adotada pelo perito deverá ser acessível aos interlocutores, possibilitando aos julgadores e às
partes da demanda conhecimento e interpretação dos resultados obtidos nos trabalhos periciais contábeis.
Devem ser utilizados termos técnicos e o texto conter informações de forma clara. Os termos técnicos
devem ser inseridos na redação do laudo pericial contábil e do parecer pericial contábil, de modo a se obter
uma redação técnica, que qualifique o trabalho pericial, respeitadas as Normas Brasileiras de Contabilidade,
bem como a legislação de regência da profissão contábil.

40. Tratando-se de termos técnicos atinentes à profissão contábil, devem quando necessário, ser acrescidos
de esclarecimentos adicionais e recomendada a utilização daqueles de maior domínio público.

41. O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil deverão ser escritos de forma direta, devendo
atender às necessidades dos julgadores e dos interessados e ao objeto da discussão, sempre com
conteúdo claro e limitado ao assunto da demanda, de forma que possibilite os julgadores a proferirem justa
decisão. O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil não devem conter documentos, coisas, e/ou
informações que conduzam a duvidosa interpretação, para que não induza os julgadores e interessados a
erro.

42. Os peritos devem elaborar o laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil utilizando-se do
vernáculo, sendo admitidas apenas palavras ou expressões idiomáticas de outras línguas de uso comum nos
tribunais judiciais ou extrajudiciais.

43. O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil devem contemplar o resultado final de todo e
qualquer trabalho alcançado por meio de elementos de prova inclusos nos autos ou adquiridos em
diligências que o perito-contador tenha efetuado, por intermédio de peças contábeis e quaisquer outros
documentos, tipos e formas.

Terminologia

44. Forma circunstanciada: a redação pormenorizada, minuciosa, efetuada com cautela e detalhamento em
relação aos procedimentos e aos resultados do laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil.

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45. Síntese do objeto da perícia: o relato sucinto de forma que resulte numa leitura compreensiva dos fatos
relatados ou na transcrição resumida dos fatos da lide sobre as questões básicas que resultaram na
nomeação ou na contratação do perito.

Diligência: todos os procedimentos e atos adotados pelo perito na busca de documentos, coisas,
informações ou quaisquer outros elementos de prova, bem como todos os subsídios necessários à
elaboração do laudo pericial contábil e do parecer pericial contábil, mediante termo de diligência, quando
possível, desde que tais provas não estejam insertas nos autos. Ainda são consideradas diligências, as
comunicações às partes, aos peritos-contadores assistentes ou a terceiros, ou petições judiciais, em
decorrências de necessidade de arrecadar elementos de prova.

46. Critérios da perícia: procedimentos que servem de norma para julgar ou decidir o caminho que deve
seguir o perito na elaboração do trabalho pericial. É a faculdade que tem de distinguir como proceder em
torno dos fatos alegados.

47. Metodologia: conjunto dos meios dispostos convenientemente para alcançar o resultado da perícia por
meio do conhecimento técnico-científico, de maneira que possa ao final inseri-lo no corpo técnico do laudo
pericial contábil e do parecer pericial contábil.

48. Resultados fundamentados: representam as consequências do trabalho técnico-científico do perito, por


meio da explicitação da forma pela qual o perito chegou às conclusões da perícia.

49. Conclusão: é a quantificação, quando possível, do valor da demanda, podendo reportar-se a


demonstrativos apresentados no corpo do laudo pericial contábil e do parecer pericial contábil ou em
documentos. É na conclusão que o perito colocará outras informações que não foram objeto de quesitação,
porém, as encontrou na busca dos elementos de prova inerentes ao objeto da perícia e que, de alguma
forma, servirão de apoio para a opinião ou julgamento.

50. Anexos: são documentos elaborados pelas partes ou terceiros com o intuito de complementar a
argumentação ou elementos de prova, arrecadados ou requisitados, pelo perito durante as diligências.

51. Apêndices: são documentos elaborados pelo perito com o intuito de complementar a argumentação ou
elementos de prova.

52. Palavras e termos ofensivos: o perito que se sentir ofendido por expressões injuriosas, de forma escrita
ou verbal, no processo, poderá tomar as seguintes providências:

(a) sendo a ofensa escrita ou verbal, por qualquer das partes, peritos ou advogados, o perito ofendido pode
requerer a autoridade competente que mande riscar os termos ofensivos dos autos ou cassada a palavra;

(b) sendo a ofensa escrita ou verbal, por qualquer dos peritos, o perito ofendido pode requerer a autoridade
competente que mande riscar os termos ofensivos dos autos ou cassada a palavra. Pode ainda, ser
comunicado o ocorrido mediante protocolo ao Conselho Regional de Contabilidade da sua jurisdição;

(c) as providências adotadas, na forma prevista nos itens precedentes, não impedem outras medidas de
ordem civil ou criminal.

53. Esclarecimentos: havendo determinação de esclarecimentos do laudo pericial contábil ou do parecer


pericial contábil sem a realização de audiência, o perito s fará por escrito, observando em suas respostas

os mesmos procedimentos adotados quando da feitura do esclarecimento em audiência, no que for


aplicável.

54. Quesitos novos e honorários suplementares: o perito deve observar os quesitos suplementares
formulados pelas partes ou pelo julgador.

55. Os peritos devem, na conclusão do laudo pericial contábil e do parecer pericial contábil, considerar as
formas explicitadas nos itens seguintes:

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(a) omissão de fatos: o perito-contador não pode omitir nenhum fato relevante encontrado no decorrer de
suas pesquisas ou diligências, mesmo que não tenha sido objeto de quesitação e desde que esteja
relacionado ao objeto da perícia;

(b) a conclusão com quantificação de valores é viável em casos de: apuração de haveres; liquidação de
sentença, inclusive em processos trabalhistas; resolução de sociedade; avaliação patrimonial, entre outros;

(c) pode ocorrer que na conclusão seja necessária a apresentação de alternativas, condicionada às teses
apresentadas pelas partes, casos em que cada uma apresenta uma versão para a causa. O perito deve
apresentar ao juiz as alternativas condicionadas às teses apresentadas, devendo, necessariamente, serem
identificados os critérios técnicos que lhes deem respaldo. Tal situação deve ser apresentada de forma a não
representar a opinião pessoal do perito, consignando os resultados obtidos, caso venha a ser aceita a tese de
um ou de outro demandante, como no caso de discussão de índices de atualização e taxas;

(d) a conclusão pode ainda reportar-se às respostas apresentadas nos quesitos;

(e) a conclusão pode ser, simplesmente, elucidativa quanto ao objeto da perícia, não envolvendo,
necessariamente, quantificação de valores.

Estrutura

56. O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil devem conter, no mínimo, os seguintes itens:

(a) identificação do processo e das partes;

(b) síntese do objeto da perícia;

(c) metodologia adotada para os trabalhos periciais;

(d) identificação das diligências realizadas;

(e) transcrição e resposta aos quesitos: para o laudo pericial contábil;

(f) transcrição e resposta aos quesitos: para o parecer pericial contábil, onde houver divergência,

transcrição dos quesitos, respostas formuladas pelo perito-contador e as respostas e comentários do perito-
contador assistente;

(g) conclusão;

(h) anexos;

(i) apêndices;

(j) assinatura do perito: fará constar sua categoria profissional de contador e o seu número de registro em
Conselho Regional de Contabilidade, comprovada mediante Declaração de Habilitação Profissional

- DHP. É permitida a utilização da certificação digital, em consonância com a legislação vigente e as


normas estabelecidas pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras - ICP-Brasil.

Assinatura em Conjunto

57. Quando se tratar de laudo pericial contábil assinado em conjunto, pelo(s) perito-contador e perito(s)-
contador(es) assistente(s), há responsabilidade solidária sobre o referido documento.

58. Em se tratando de laudo pericial contábil realizado por peritos contadores não oficiais para a área
criminal, o exame só pode ser realizado após a prestação de compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.

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59. Quando se tratar de laudo pericial contábil realizado para área criminal, assinado em conjunto pelos
peritos não oficiais, há responsabilidade solidária sobre o referido documento.

Laudo e parecer de leigo ou profissional não habilitado

60. O Decreto-Lei nº. 9.295/46 e a Norma Brasileira de Contabilidade consideram leigo ou profissional não
habilitado para a elaboração de laudos periciais contábeis e pareceres periciais contábeis, qualquer
profissional que não seja contador habilitado perante Conselho Regional de Contabilidade.

Esclarecimentos do laudo e do parecer pericial contábil em audiência

61. Esclarecimentos são respostas oferecidas pelo perito aos pedidos de esclarecimentos do laudo pericial
contábil e parecer pericial contábil, determinados pelas autoridades competentes, quando estas por algum
motivo entenderem a necessidade da presença do perito na audiência, para descrever e explicar de maneira
ordenada e pormenorizada o conteúdo do laudo pericial. Os quesitos de esclarecimentos efetuados podem
ser respondidos de duas maneiras:

(a) de forma escrita: os quesitos de esclarecimentos deferidos e apresentados ao perito, no prazo legal,
podem ser respondidos por escrito e, neste caso, deverá ser entregue o original, na audiência, para a
juntada nos autos.

(b) de forma oral: os quesitos de esclarecimentos deferidos e apresentados ao perito, no prazo legal,

podem ser respondidos de forma oral, cuidando para sanar as obscuridades, omissões, contradições ou
interpretações distintas daquelas constantes no laudo pericial contábil.

62. Se for necessário efetuar diligências para arrecadar novos documentos ou outros elementos de prova, o
perito deve adotar todas as providências constantes nesta Norma, não podendo, no entanto, requerer
honorários complementares para aquele feito.

Quesitos e Respostas

63. O perito deve observar as perguntas efetuadas pelas partes, no momento próprio dos esclarecimentos, pois
tal ato se limita às respostas a quesitos integrantes do laudo pericial, ou do parecer pericial contábil às
explicações sobre o conteúdo da lide ou sobre a conclusão.

Quesitos Novos

64. O perito-contador deve observar se os quesitos formulados nesta fase processual são pedidos de
esclarecimentos sobre o seu laudo pericial contábil ou se tratam de quesitos novos. Mesmo atinente ao
objeto da discussão, as respostas a esses novos quesitos ficam sujeitas ao deferimento do julgador da
causa.

O Perito-Contador

Em relação ao Perito-Contador, as próprias Normas Brasileiras de Contabilidade também se preocuparam em


definir seu papel e atribuições. As normas do perito também estão regulamentadas desde 1992. Entretanto,
com a nova estrutura normativa da classe contábil, recentemente aprovada pelo CFC mediante a Resolução
1.244/09 a NBC-TP-1, que substitui a anterior NBC-P-2. Para melhor acompanhamento, teceremos
comentários e grifos para que possamos utilizar a própria normatização para compreendermos a perícia
contábil.

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Objetivo

1. Esta Norma estabelece procedimentos inerentes à atuação do contador na condição de perito.

Conceito

2. Perito é o contador regularmente registrado em Conselho Regional de Contabilidade, que exerce a


atividade pericial de forma pessoal, devendo ser profundo conhecedor, por suas qualidades e experiências, da
matéria periciada.

3. Perito-contador nomeado é o designado pelo juiz em perícia contábil judicial; contratado é o que atua
em perícia contábil extrajudicial; e escolhido é o que exerce sua função em perícia contábil arbitral.

4. Perito-contador assistente é o contratado e indicado pela parte em perícias contábeis, em processos


judiciais e extrajudiciais, inclusive arbitral.

Competência Profissional

5. Competência técnico-científica pressupõe ao perito manter adequado nível de conhecimento da ciência


contábil, das Normas Brasileiras de Contabilidade, das técnicas contábeis, da legislação relativa à profissão
contábil e aquelas aplicáveis à atividade pericial, atualizando-se, permanentemente, mediante programas de

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capacitação, treinamento, educação continuada e especialização. Para tanto, deve demonstrar capacidade
para:

(a) pesquisar, examinar, analisar, sintetizar e fundamentar a prova no laudo pericial contábil e no parecer
pericial contábil;

realizar seus trabalhos com a observância da equidade significa que o perito-contador e o perito-contador
assistente devem atuar com igualdade de direitos, adotando os preceitos legais, inerentes à profissão
contábil.

6. O espírito de solidariedade do perito não induz nem justifica a participação ou a conivência com erros ou
atos infringentes às normas profissionais, técnicas e éticas que regem o exercício da profissão, devendo
estar vinculado à busca da verdade fática, a fim de esclarecer o objeto da perícia de forma técnica-científica
e o perito-contador assistente para subsidiar na defesa da parte que o indicou.

Habilitação Profissional

7. O perito deve comprovar sua habilitação profissional por intermédio da Declaração de Habilitação
Profissional – DHP, de que trata a Resolução CFC nº. 871/00. É permitida a utilização da certificação digital,
em consonância com a legislação vigente e as normas estabelecidas pela Infraestrutura de Chaves Públicas
Brasileiras - ICP-Brasil.

8. A DHP deve ser afixada abaixo da assinatura do perito-contador ou do perito-contador assistente, e no


caso da DHP-Eletrônica, deve ser colocada na primeira folha após a assinatura de cada profissional, no
laudo pericial contábil ou no parecer pericial contábil.

9. A nomeação, a contratação e a escolha do perito-contador para o exercício da função pericial contábil, em


processo judicial, extrajudicial e arbitral devem ser consideradas como distinção e reconhecimento da
capacidade e honorabilidade do contador, devendo este escusar-se do encargo sempre que reconhecer não
ter competência técnica ou não dispor de estrutura profissional para desenvolvê-lo, podendo utilizar o serviço
de especialistas de outras áreas, quando parte do objeto da perícia assim o requerer.

10. A indicação ou a contratação para o exercício da atribuição de perito-contador assistente, em processo


extrajudicial, devem ser consideradas como distinção e reconhecimento da capacidade e da honorabilidade
docontador,devendoesterecusarosserviçossemprequereconhecernãoestarcapacitadoadesenvolvê-los,
contemplada a utilização de serviços de especialistas de outras áreas, quando parte do objeto do seu
trabalho assim o requerer.

11. A utilização de serviços de especialista de outras áreas, quando parte do objeto da perícia assim o
requerer, não implica presunção de incapacidade do perito, devendo tal fato ser, formalmente, relatado no
laudo pericial contábil ou no parecer pericial contábil para conhecimento do julgador, das partes ou dos
contratantes.

12. A indicação ou a contratação de perito-contador assistente ocorre quando a parte ou contratante desejar
ser assistida por um contador, ou comprovar algo que dependa de conhecimento técnico-científico, razão
pela qual o profissional só deve aceitar o encargo se reconhecer estar capacitado com conhecimento
suficiente, discernimento e irrestrita independência para a realização do trabalho.

Para efeito de controle técnico dos laudos periciais e pareceres periciais contábeis, os Conselhos Regionais
de Contabilidade devem manter relatórios atualizados contendo, no mínimo, identificação do número do
processo e local de sua tramitação, para os quais foram utilizados a DHP. Tratando-se de perícia
extrajudicial, inclusive arbitral, devem ser indicadas as partes para as quais foram utilizadas tais
declarações.

Educação Continuada

13. O perito, no exercício de suas atividades, deve comprovar a participação em programa de educação
continuada, na forma a ser regulamentada pelo Conselho Federal de Contabilidade.

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Independência

14. O perito deve evitar qualquer interferência que possa constrangê-lo em seu trabalho, não admitindo, em
nenhuma hipótese, subordinar sua apreciação a qualquer fato, pessoa, situação ou efeito que possa
comprometer sua independência, denunciando a quem de direito a eventual ocorrência da situação
descrita.

Impedimento e Suspeição

15. São situações fáticas ou circunstanciais que impossibilitam o perito de exercer, regularmente, suas
funções ou realizar atividade pericial em processo judicial ou extrajudicial, inclusive arbitral. Os itens
previstos nesta Norma explicitam os conflitos de interesse motivadores dos impedimentos e das suspeições
a que está sujeito o perito nos termos da legislação vigente e do Código de Ética Profissional do Contabilista.

16. Para que o perito possa exercer suas atividades com isenção, é fator determinante que ele se declare
impedido, após, nomeado, contratado, escolhido ou indicado quando ocorrerem as situações previstas
nesta Norma, nos itens abaixo.

17. Quando nomeado em juízo, o perito deve dirigir petição, no prazo legal, justificando a escusa ou o motivo
do impedimento.

18. Quando indicado pela parte e não aceitando o encargo, o perito-contador assistente deve comunicar a
ela sua recusa, devidamente justificada por escrito, com cópia ao juízo.

Impedimento Legal

19. O perito-contador nomeado ou escolhido deve se declarar impedido quando não puder exercer suas
atividades com imparcialidade e sem qualquer interferência de terceiros, ou ocorrendo pelo menos uma das
seguintes situações:

(a) for parte do processo;


(b) tiver atuado como perito-contador contratado ou prestado depoimento como testemunha no processo;
tiver mantido, nos últimos dois anos, ou mantenha com alguma das partes ou seus procuradores, relação
de trabalho como empregado, administrador ou colaborador assalariado;

(c) tiver cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou em linha colateral até o terceiro grau,
postulando no processo ou entidades da qual esses façam parte de seu quadro societário ou de direção;

(d) tiver interesse, direto ou indireto, mediato ou imediato, por si, por seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou
afim, em linha reta ou em linha colateral até o terceiro grau, no resultado do trabalho pericial;

(e) exercer cargo ou função incompatível com a atividade de perito-contador, em função de impedimentos
legais ou estatutários;

(f) receber dádivas de interessados no processo;


(g) subministrar meios para atender às despesas do litígio; e
(h) receber quaisquer valores e benefícios, bens ou coisas sem autorização ou conhecimento do juiz ou
árbitro.

Impedimento Técnico-Científico

20. O impedimento por motivos técnico-científicos a ser declarado pelo perito decorre da autonomia,
estrutura profissional e da independência que devem possuir para ter condições de desenvolver de forma
isenta o seu trabalho. São motivos de impedimento técnico-científico:

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(a) a matéria em litígio não ser de sua especialidade;

(b) a constatação de que os recursos humanos e materiais de sua estrutura profissional não permitem
assumir o encargo; cumprir os prazos nos trabalhos em que o perito-contador for nomeado, contratado ou
escolhido; ou em que o perito-contador assistente for indicado;

(c) ter o perito-contador da parte atuado para a outra parte litigante na condição de consultor técnico ou
contador responsável, direto ou indireto em atividade contábil ou em processo no qual o objeto de perícia
seja semelhante àquele da discussão, sem previamente comunicar ao contratante.

Suspeição

21. O perito-contador nomeado ou escolhido deve declarar-se suspeito quando, após, nomeado, contratado
ou escolhido verificar a ocorrência de situações que venham suscitar suspeição em função da sua
imparcialidade ou independência e, desta maneira, comprometer o resultado do seu trabalho em relação à
decisão.

22. Os casos de suspeição aos quais estão sujeitos o perito-contador são os seguintes:

(a) ser amigo íntimo de qualquer das partes;

(b) ser inimigo capital de qualquer das partes;

(c) ser devedor ou credor em mora de qualquer das partes, dos seus cônjuges, de parentes destes em linha
reta ou em linha colateral até o terceiro grau ou entidades das quais esses façam parte de seu quadro
societário ou de direção;

(d) ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos seus cônjuges;

(f) ser parceiro, empregador ou empregado de alguma das partes;


(g) aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio acerca do objeto da discussão; e
(h) houver qualquer interesse no julgamento da causa em favor de alguma das partes.
23. O perito pode ainda declarar-se suspeito por motivo íntimo.

Sigilo

24. O perito, em obediência ao Código de Ética Profissional do Contabilista, deve respeitar e assegurar o
sigilo das informações a que teve acesso, proibida a sua divulgação, salvo quando houver obrigação legal
de fazê-lo.

25. O dever de sigilo subsiste mesmo na hipótese de o profissional se desligar do trabalho antes de tê-lo
concluído.

26. Os empregados designados pelo Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de


Contabilidade, para efetuarem a fiscalização do exercício profissional devem ter competência legal similar à
requerida do perito para o trabalho por ele realizado, e assumem compromisso de sigilo profissional
semelhante.

Responsabilidade

27. O perito deve conhecer as responsabilidades sociais, éticas, profissionais e legais, às quais está sujeito no
momento em que aceita o encargo para a execução de perícias contábeis judiciais e extrajudiciais, inclusive
arbitral.

28. O termo “responsabilidade” refere-se à obrigação do perito em respeitar os princípios da moral, da ética
e do direito, atuando com lealdade, idoneidade e honestidade no desempenho de suas atividades, sob

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pena de responder civil, criminal, ética e profissionalmente por seus atos.

Responsabilidade e Ética

29. A responsabilidade do perito decorre da relevância que o resultado de sua atuação pode produzir para
solução da lide.

30. A responsabilidade ética do perito decorre da necessidade do cumprimento dos princípios éticos, em
especial, os estabelecidos no Código de Ética Profissional do Contabilista e nesta Norma.

1. Ciente do livre exercício profissional deve o perito-contador, sempre que possível e não houver prejuízo aos
seus compromissos profissionais e suas finanças pessoais, em colaboração com o Poder Judiciário aceitar
o encargo confiado, na condição de perito-contador do juízo, ou escusar-se do encargo, no prazo legal,
apresentando suas razões.

2. Cumpre ao perito-contador no exercício de seu ofício atuar com independência.

3. O perito-contador no desempenho de suas funções deve propugnar pela imparcialidade, dispensando


igualdade de tratamento às partes e especialmente aos perito-contadores assistentes. Não se considera
parcialidade, entre outros, os seguintes:

(a) atender a uma das partes ou perito-contadores assistentes, desde que se assegure igualdade de
oportunidade à outra parte, quando solicitado;

(b) trabalho técnico-científico anteriormente publicado pelo perito-contador que verse sobre o tema objeto da
perícia.

Responsabilidade Civil e Penal

4. A legislação civil determina responsabilidades e penalidades para o profissional que exerce a função de
perito-contador, as quais consistem em multa, indenização e inabilitação.

5. A legislação penal estabelece penas de multa, detenção e reclusão para os profissionais que exercem a
atividade pericial que vierem a descumprir as normas legais.

Zelo Profissional

6. O termo “zelo” para o perito refere-se ao cuidado que o mesmo deve dispensar na execução de suas
tarefas, em relação à sua conduta, documentos, prazos, tratamento dispensado às autoridades, aos
integrantes da lide e aos demais profissionais, de forma que sua pessoa seja respeitada, seu trabalho
levado a bom termo e, consequentemente, o laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil dignos de fé
pública.

7. O zelo profissional do perito na realização dos trabalhos periciais compreende:

(a) cumprir os prazos fixados pelo juiz em perícia judicial e nos termos contratados em perícia extrajudicial,
inclusive arbitral;

(b) assumir a responsabilidade pessoal por todas as informações prestadas, quesitos respondidos,
procedimentos adotados, diligências realizadas, valores apurados e conclusões apresentadas no Laudo
Pericial Contábil e no Parecer Pericial Contábil;

(c) prestar os esclarecimentos determinados pelo juiz ou pelo árbitro, respeitados os prazos legais ou
contratuais;

(d) propugnar pela celeridade processual, valendo-se dos meios que garantam eficiência, segurança,
publicidade dos atos periciais, economicidade, o contraditório e a ampla defesa;

(e) ser prudente, no limite dos aspectos técnico-científicos, e atento às consequências advindas dos seus

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atos;

(f) ser receptivo aos argumentos e críticas, podendo ratificar ou retificar o posicionamento anterior.

8. A transparência eorespeito recíproco entre operito-contador eoperito-contadorassistente pressupõem


tratamento impessoal, restringindo os trabalhos, exclusivamente, ao conteúdo técnico-científico.

9. O perito é responsável pelo trabalho de sua equipe técnica, a qual compreende os auxiliares para
execução do trabalho complementar do laudo pericial contábil e/ou parecer pericial contábil, tais como:
digitação, pesquisas e análises contábeis, cálculos e pesquisas pertinentes.

10. Operito aocontratar osserviços deprofissionais deoutrasprofissões regulamentadas, deve certificar-se de


que eles se encontram em situação regular perante o seu conselho profissional. São exemplos de laudos
interprofissionais para subsidiar a perícia contábil:

(a) avaliação de engenharia;

(b) de medicina para subsidiar a perícia contábil em cálculo de indenização de perdas e danos, para
apuração de danos emergentes ou lucros cessantes;

(c) de perito criminal em documentos, cópia e grafotecnia para reconhecer a autenticidade ou a falsidade de
documentos.

11. Sempre que não for possível concluir o laudo pericial contábil no prazo fixado pelo juiz, deve o perito-
contador requerer a sua dilação antes de vencido aquele, apresentando os motivos que ensejaram a
solicitação.

12. Na perícia extrajudicial, o perito deve estipular, de comum acordo com o contratante, os prazos
necessários para a execução dos trabalhos, junto com a proposta de honorários e com a descrição dos
serviços a executar.

13. A realização de diligências para busca de provas, quando necessária, é de responsabilidade exclusiva do
perito, podendo mediante delegação expressa autorizar terceiros, na arrecadação de elementos de prova.

Esclarecimentos

14. Em defesa de sua conduta técnica profissional, o perito deve prestar esclarecimentos sobre o conteúdo do
laudo pericial contábil ou do parecer pericial contábil, em atendimento a determinação do juiz ou árbitro que
preside o feito ou a pedido das partes.

Utilização de Trabalho de Especialista

31. O perito pode valer-se de especialistas de outras áreas para a realização do trabalho, desde que parte
da matéria-objeto da perícia assim o requeira. Tal obrigação assumida pelo perito perante o julgador ou
contratante não exime o especialista contratado da responsabilidade pelo trabalho executado. São exemplos
de trabalho de especialista: analista de sistema, atuário, tecnólogo, geólogo, especialista em obras de artes
e outros avaliadores. Neste caso, o especialista nomeado pelo juiz deve protocolizar o seu laudo em juízo e
o perito-contador, ou perito-contador assistente, pode valer-se das apurações e conclusões ali constantes.

Honorários

32. Na elaboração da proposta de honorários, o perito dever considerar os seguintes fatores: a relevância, o
vulto, o risco, a complexidade, a quantidade de horas, o pessoal técnico, o prazo estabelecido, a forma de
recebimento e os laudos interprofissionais, entre outros fatores.

33. A relevância é entendida como a importância da perícia no contexto social e sua essencialidade para
dirimir as dúvidas de caráter técnico-científico contábil, suscitadas em demanda judicial ou extrajudicial.

34. O vulto está relacionado ao valor da causa no que se refere ao objeto da perícia; à dimensão

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determinada pelo volume de trabalho; e à abrangência pelas áreas de conhecimento envolvidas.

35. O risco compreende a possibilidade do honorário pericial não ser integralmente recebido, o tempo
necessário ao recebimento, bem como a antecipação das despesas necessárias à execução do trabalho.
Igualmente, devem ser levadas em consideração as implicações cíveis, penais, profissionais e outras de
caráter específico a que poder estar sujeito o perito.

36. A complexidade está relacionada à dificuldade técnica para a realização do trabalho pericial em
decorrência do grau de especialização exigido; à dificuldade em obter os elementos necessários para a
fundamentação do laudo pericial contábil; e ao tempo transcorrido entre o fato a ser periciado e a realização
da perícia. Deve ser considerado também o ineditismo da matéria periciada.

37. As horas estimadas para a realização de cada fase do trabalho é o tempo despendido para a realização da
perícia, mensurado em horas trabalhadas pelo perito-contador, quando aplicável.

38. O pessoal técnico é formado pelos auxiliares que integram a equipe de trabalho do perito, estando os
mesmos sob sua orientação direta e inteira responsabilidade.

39. O prazo determinado nas perícias judiciais ou contratado nas extrajudiciais deve ser levado em conta nas
propostas de honorários, considerando-se eventual exiguidade do tempo que requeira dedicação exclusiva
do perito e da sua equipe para a consecução do trabalho.

40. O prazo médio habitual de liquidação compreende o tempo necessário para recebimento dos honorários.

41. Os laudos interprofissionais e outros inerentes ao trabalho são peças técnicas executadas por perito
qualificado e habilitado na forma definida no Código de Processo Civil e de acordo com o conselho
profissional ao qual estiver vinculado.

Elaboração de Proposta

42. O perito deve elaborar a proposta de honorários estimando, quando possível, o número de horas para a
realização do trabalho, por etapa e por qualificação dos profissionais (auxiliares, assistentes, seniores, etc.)
considerando os trabalhos a seguir especificados:

(a) retirada e entrega dos autos;


(b) leitura e interpretação do processo;
(c) elaboração de termos de diligências para arrecadação de provas e comunicações às partes, terceiros e
peritos-contadores assistentes;

(d) realização de diligências;


(e) pesquisa documental e exame de livros contábeis, fiscais e societários;
(f) realização de planilhas de cálculos, quadros, gráficos, simulações e análises de resultados;
(g) laudos interprofissionais;
(h) elaboração do laudo;
(i) reuniões com peritos-contadores assistentes, quando for o caso;
(j) revisão final;
(k) despesas com viagens, hospedagens, transporte, alimentação, etc.;

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(l) outros trabalhos com despesas supervenientes.


43. O perito deve considerar, na proposta de honorários, os seguintes itens:

(a) relevância e valor da causa;


(b) prazos para execução da perícia;
(c) local da coleta de provas e realização da perícia.
Quesitos Suplementares

O perito deve ressaltar, em sua proposta de honorários, que esta não contempla os honorários relativos a
quesitos suplementares e, se estes forem formulados pelo juiz e/ou pelas partes, pode haver incidência de
honorários suplementares a serem requeridos, observando os mesmos critérios adotados para elaboração
da proposta anterior.

Quesitos de Esclarecimentos

44. O oferecimento de respostas aos quesitos de esclarecimentos formulados pelo juiz e/ou pelas partes
podem não ensejar novos honorários periciais, se forem apresentados para obtenção de detalhes do
trabalho realizado.

45. O perito-contador deve analisar com zelo os quesitos de esclarecimentos, uma vez que as partes podem
formulá-los com essa denominação, mas serem quesitos suplementares, situação em que o trabalho deve
ser remunerado na forma prevista no item 63. Para tanto, o perito-contador poderá requerer honorários
suplementares, justificando o pleito, pela caracterização de quesito suplementar.

Apresentação de Proposta dos Honorários

46. O perito-contador deve apresentar sua proposta de honorários, devidamente fundamentada, ao juízo ou
contratante, podendo conter o orçamento ou este constituir-se em um documento anexo.

47. O perito-contador assistente deve explicitar a sua proposta no contrato que, obrigatoriamente, celebrará com
o seu cliente, observando as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade.

48. O perito-contador assistente deve estabelecer, mediante “Contrato Particular de Prestação de Serviços
Profissionais de Perícia Contábil”, o objeto, as obrigações das partes e os honorários profissionais,
podendo, para tanto, utilizar-se dos parâmetros estabelecidos nesta Norma com relação aos honorários do
perito-contador. O perito-contador assistente deve adotar, no mínimo, o modelo constante nesta Norma
referente ao seu contrato de prestação de serviços.

Levantamento dos Honorários

49. O perito-contador deve requerer o levantamento dos honorários periciais, previamente depositados, na
mesma petição em que requer a juntada do laudo pericial aos autos.

50. O perito-contador pode requerer a liberação parcial dos honorários quando julgar necessário para o
custeio de despesas durante a realização dos trabalhos.

Execução de Honorários Periciais

51. Quando os honorários periciais forem fixados por decisão judicial, estes podem ser executados,
judicialmente, pelo perito-contador em conformidade com os dispositivos do Código de Processo Civil.

Despesas Supervenientes na Execução da Perícia

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DOMINA CONCURSOS

Nos casos em que houver necessidade de desembolso para despesas supervenientes, tais como viagens e
estadas, para a realização de outras diligências, o perito deve requerer ao juízo ou solicitar ao contratante o
pagamento das despesas, apresentando a respectiva comprovação, desde que não estejam contempladas ou
quantificadas na proposta inicial de honorários.

Modelos

1. Em anexo, são apresentados os seguintes modelos exemplificativos: Modelo nº. 01 - ETscusa em perícia
judicial;

Modelo nº. 02 - Renúncia em perícia arbitral; Modelo nº. 03 - Renúncia em perícia extrajudicial;

Modelo nº. 04 - Renúncia à indicação em perícia judicial; Modelo nº. 05 - Renúncia à indicação em perícia
arbitral;

Modelo nº. 06 - Renúncia em assistência em perícia extrajudicial; Modelo nº. 07 - Petição de honorários
periciais;

Modelo nº. 08 - Petição de juntada de laudo pericial contábil e pedido de levantamento de honorários;
Modelo nº. 09 - Petição de juntada de laudo trabalhista e pedido de arbitramento de honorários; e Modelo
nº. 10 - Contrato particular de prestação de serviços profissionais de perito-contador assistente.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Procedimentos De Auditoria

Os procedimentos de auditoria são os mecanismos utilizados pelo auditor para a obtenção de


evidências ou provas de auditoria. Representam o conjunto de técnicas ou métodos que
permitem ao auditor obter elementos probatórios de forma suficiente e adequada para
fundamentar seus comentários, quando da elaboração do seu relatório.

Segundo o CFC, como já descrito no capítulo 3, os procedimentos de auditoria podem ser


agrupados em testes de observância a em testes substantivos. Os primeiros são
relacionados com a validação de controle internos. Os testes substantivos se relacionam com os
exames de saldos de balanços e a totalidade dos valores.

Os procedimentos de auditoria não são rígidos, podendo variar de auditoria para auditoria, de
modo a se ajustarem às circunstâncias específicas de cada caso em exame.

A aplicação dos procedimentos de auditoria pode ser realizada através de exames, provas
seletivas, testes e amostragens em razão da complexidade e volume das operações de cada
entidade auditada, cabendo ao profissional da auditoria, com base na análise de riscos
envolvidos e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude ou o escopo dos exames
necessários à obtenção dos elementos probatórios que sejam válidos para o todo auditado.

Os principais procedimentos de auditoria são:

 Exame dos Registros: verificação da adequação dos registros contábeis e auxiliares.

 Exame Documental: é a análise da adequação dos documentos comprobatórios dos fatos


auditados, entre outros documentos que normalmente são examinados, pode- se citar notas
fiscais, cautelas, duplicatas quitadas, contratos. Quando o auditor realiza o exame dos
documentos originais, deve estar atento para a autenticidade, normalidade, aprovação e registro.

 Conferência de Cálculos: revisão dos principais (relevantes) cálculos realizados pela entidade
auditada, de modo a verificar sua exatidão. Entre as conferências de cálculos fundamentais está
a conferência de soma.

 Entrevistas: questões dirigidas de forma técnica aos auditados de modo a detalhar e esclarecer
procedimentos. Pode ser realizada de forma estruturada (questões padronizadas) ou não-
estruturadas.

 Inspeção Física: exame da existência de bens. Este procedimento deve ser aplicado de forma
cuidadosa pelo auditor, que deve estar atento aos detalhes envolvidos na utilização dos bens.
Segundo o CFC, a inspeção física envolve também o exame dos títulos e outros documentos
comprobatórios. Na aplicação deste procedimento devem ser consideradas: identificação,
existência, autenticidade, quantidade e qualidade.

 Circularização: é a confirmação de saldos e informações mantidos com terceiros. Solicitada


pelo auditor, é elaborada pela entidade auditada. Todavia, é o auditor que deverá receber
diretamente as respostas. A circularização implica a obtenção de declaração formal e isenta de
pessoas independentes com relação ao ente auditado. Os procedimentos a seguir estão
relacionados com os exames de confirmação: seleção criteriosa dos itens, para serem
examinados; controle dos pedidos de confirmação, para serem despachados aos destinatários;
procedimento alternativo de verificação para as respostas de confirmações não recebidas; as
respostas do pedido de confirmação devem ser endereçadas ao auditor e algumas confirmações
devem ser obtidas pessoalmente, nos casos julgados apropriados pelo auditor.

A circularização pode ser:

 preta: quanto fornece o saldo a ser confirmado;

 branca: quando não fornece o saldo a ser confirmado;

 negativa: quando informa que não é necessária a resposta quando o auditado concorda com
o valor informado;

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

 positiva: quando informa que é necessária a resposta.

 Observação: é a análise dos fatos durante a sua ocorrência.

 Correlação: é a relação entre um fato examinado em uma área com seus impactos em outras.

 Procedimento de revisão analítica: é a avaliação dos dados com base em testes globais,
aplicação de índices de análise de balanço e análise de variações. Na aplicação dos
procedimentos de revisão analítica o auditor deve considerar a disponibilidade das informações,
sua confiabilidade, relevância e comparabilidade.

A Resolução n.º 820/93 do CFC, estabelece que a aplicação dos procedimentos de auditoria
“deve ser realizada, em razão da complexidade e volume das operações, por meio de provas
seletivas, testes e amostragens, cabendo ao auditor, com base na análise de riscos de auditoria
e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude dos exames necessários à obtenção
dos elementos de convicção que sejam válidos para o todo”.

Ainda segundo o CFC, na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve
considerar os seguintes procedimentos técnicos básicos:

a) inspeção – exame de registros, documentos e de ativos tangíveis;

b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução;

c) investigação e confirmação – obtenção de informações junto a pessoas ou entidades


conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade;

d) cálculo – conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, registros e


demonstrações contábeis e outras circunstâncias; e

e) revisão analítica – verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices,


quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou
tendências atípicas.

Tipos De Testes Em Áreas Específicas Das Demonstrações Contábeis

São apresentadas a seguir, sem pretender esgotar a lista, alguns objetivos e procedimentos de
auditoria em algumas áreas do Balanço Patrimonial, a saber:

 Disponível

Os objetivos de auditoria do disponível são verificar se:

a) os valores registrados no disponível representam os disponibilidades da organização;

b) os valores registrados no disponível estão adequadamente classificados;

c) as divulgações relativas ao disponível foram devidamente realizadas;

d) não há gravames ou riscos sobre o disponível;

e) a legislação correspondente foi seguida;

f) todo o disponível de propriedade da organização foi devidamente apresentado;

g) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do disponível são:

a) contagem física do numerário em caixa, que deve ser feita sempre na presença do
responsável, devendo ser obtida uma declaração por escrito de que os valores contados foram
devolvidos na totalidade;

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

b) confirmação dos saldos bancários;

c) confirmação das aplicações financeiras;

d) confirmação das pessoas autorizadas a movimentar as contas bancárias e aplicações


financeira;

e) análise dos controles de distribuição de senhas;

f) verificação da existência de limites de alçadas;

g) conferência de somas das conciliações bancárias e boletins de caixa;

h) revisão das conciliações bancárias;

i) conferência de cálculos da remuneração das aplicações financeiras;

j) correlação com a área de empréstimos;

k) observação da adequada classificação das contas;

l) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Contas A Receber

Os objetivos de auditoria do contas a receber são verificar se:

a) os valores registrados em contas a receber representam verdadeiramente valores realizáveis


da organização.

b) os valores registrados em contas a receber estão adequadamente classificados.

c) as divulgações relativas ao contas a receber foram devidamente realizadas.

d) não há gravames ou riscos sobre o contas a receber.

e) a legislação correspondente foi seguida.

f) todo o contas a receber de propriedade da organização foi devidamente apresentado.

g) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do contas a receber são:

a) contagem de duplicatas e títulos a receber, se aplicável.

b) confirmação de contas a receber relevantes.

c) conferência de cálculo de juros e correções que foram apropriados.

d) revisão das classificações de curto e longo prazo.

e) conferência da adequação dos valores considerados como provisão para devedores


duvidosos.

f) exame do registro do razão analítico do contas a receber.

g) exame da liquidação subseqüente.

h) correlação com a área de vendas.

i) observação da adequada classificação das contas.

j) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

 Estoques

Os objetivos de auditoria dos estoques são verificar se:

a) os bens registrados como estoques existem fisicamente.

b) os valores registrados no estoque representam verdadeiramente bens realizáveis da


organização.

c) os valores registrados no estoque estão adequadamente classificados.

d) os valores registrados no estoque estão adequadamente avaliados.

e) as divulgações relativas ao estoque foram devidamente realizadas.

f) não há gravames ou riscos sobre o estoque.

g) a legislação correspondente foi seguida.

h) todo o estoque de propriedade da organização foi devidamente apresentado.

i) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do estoque são:

a) contagem física do estoque por amostragem

b) revisão dos procedimentos utilizados pelo auditado na realização de inventários.

c) revisão dos mapas de inventário.

d) exame dos documentos de entrada e saída do estoque.

e) análise dos estoque de baixa rotatividade ou morosos.

f) analise dos estoques obsoletos ou improváveis de realização.

g) exame da adoção do critério de custo ou mercado, dos dois o menor.

h) confirmação dos estoques em poder de terceiros.

i) confirmação dos estoques de terceiros em poder da organização.

j) confirmação das importações em andamento

k) conferência de cálculos de apropriação de custos.

l) correlação com o custo das vendas e com o contas a apagar.

m) observação da adequada classificação das contas.

n) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Despesas Antecipadas

Os objetivos de auditoria das despesas antecipadas são verificar se:

a) os valores registrados em despesas antecipadas representam verdadeiramente gastos que


beneficiarão o exercício seguinte.

b) os valores registrados em despesas antecipadas estão corretamente classificados.

c) a legislação correspondente foi seguida.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

d) os valores das coberturas estão compatíveis com os valores de mercado dos bens
segurados.

e) há cobertura suficiente para os ativos.

f) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria das despesas antecipadas são:

a) análise da adequação das apólices.

b) análise da adequação dos contratos.

c) confirmação dos valores das apólices e dos pagamentos.

d) conferência de cálculos das apropriações feitas para o resultado.

e) observação da adequada classificação das contas.

f) correlação com a área de despesas.

g) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Investimentos

Os objetivos de auditoria dos investimentos são verificar se:

a) os investimentos efetivamente existem.

b) Os valores registrados como investimentos representam verdadeiramente participações


permanentes em outras organizações.

c) os valores registrados como investimentos estão adequadamente classificados.

d) as divulgações relativas aos investimentos foram devidamente realizadas.

e) não há gravames ou riscos sobre os investimentos.

f) a legislação correspondente foi seguida.

g) Todos os investimentos de propriedade organização foram devidamente apresentados.

h) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria dos investimentos são:

a) inspeção física dos títulos dos principais valores classificados nos investimentos.

b) exame dos documentos de entrada e de baixa dos investimentos.

c) análise dos investimentos considerados como não realizáveis.

d) conferência de cálculos de atualizações realizadas.

e) conferência do cálculo da equivalência patrimonial.

f) conferência de cálculos das provisões para perdas.

g confirmação com terceiros.

h) correlação com o resultado.

i) observação da adequada classificação das contas.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

j) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Imobilizado

Os objetivos de auditoria do imobilizado são verificar se:

a) os bens registrados como imobilizado existem fisicamente.

b) os valores registrados no imobilizado representam verdadeiramente bens e direitos que estão


sendo utilizados nas operações da organização.

c) os valores registrados no imobilizado estão adequadamente classificados.

d) as divulgações relativas ao imobilizado foram devidamente realizadas.

e) não há gravames ou riscos sobre o imobilizado.

f) a legislação correspondente foi seguida.

g) todo o imobilizado de propriedade da organização foi devidamente apresentado.

h) Os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do imobilizado são:

a) inspeção física dos principais valores classificados no imobilizado.

b) exame dos documentos de entrada e de baixa do imobilizado.

c) análise dos bens imobilizados considerados como inservíveis.

d) confirmação das importações em andamento.

e) confirmação dos contratos de arrendamento mercantil.

f) revisão dos livros de inventário.

g) conferência de cálculos de apropriação de depreciação, amortização e exaustão.

h) revisão das reavaliações feitas.

i) análise das reavaliações realizadas.

j) correlação com o resultado.

k) observação da adequada classificação das contas.

l) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Contas a Pagar

Os objetivos de auditoria do contas a pagar são verificar se:

a) os valores registrados em contas a pagar representam verdadeiramente valores exigíveis da


organização.

b) os valores registrados em contas a pagar estão adequadamente classificados.

c) as divulgações relativas ao contas a pagar foram devidamente realizadas.

d) existem ativos dados em garantias ou vinculados ao contas a pagar.

e) todos os passivos contingentes foram devidamente registrados.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

f) a legislação correspondente foi seguida.

g) todo o contas a pagar da organização foi devidamente apresentado.

h) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do contas a pagar são:

a) exame das duplicatas e títulos a pagar, se aplicável.

b) confirmação dos saldos das contas a pagar.

c) conferência de cálculo de juros e correções incorridos.

d) conferência de cálculo de impostos e contribuições devidas.

e) conferência de cálculo das provisões de férias e outras.

f) revisão das classificações de curto e longo prazo.

g) exame do registro do razão analítico do contas a pagar.

h) correlação com a área de compras e estoques.

i) exame da liquidação subsequente.

j) observação da adequada classificação das contas.

k) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Empréstimo

Os objetivos de auditoria de empréstimo são verificar se:

a) os valores registrados como empréstimo representam verdadeiramente valores exigíveis da


organização.

b) os valores registrados como empréstimo estão adequadamente classificados.

c) as divulgações relativas aos empréstimos foram devidamente realizadas.

d) existem ativos dados em garantias ou vinculados aos empréstimos.

e) todos os passivos contingentes foram devidamente registrados.

f) a legislação correspondente foi seguida.

g) todos os empréstimos da organização foram devidamente apresentados.

h) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria dos empréstimos são:

a) exame documental dos contratos de empréstimo.

b) exame documental dos pagamentos realizados.

c) confirmação dos saldos de empréstimos.

d) conferência de cálculo de juros e variações incorridos.

e) revisão das classificações de curto e longo prazo.

f) exame dos controles paralelos.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

g) correlação com a área de disponibilidades e de despesas.

h) exame da liquidação subseqüente.

i) observação da adequada classificação das contas.

j) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Patrimônio Líquido

Os objetivos de auditoria do patrimônio líquido são verificar se:

a) os valores registrados no patrimônio líquido representam verdadeiramente valores


pertencentes aos proprietários da organização.

b) os valores registrados no patrimônio líquido estão adequadamente classificados.

c) as divulgações relativas ao patrimônio líquido foram devidamente realizadas.

d) a legislação correspondente foi seguida.

e) as normas estatutárias foram seguidas.

f) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do patrimônio liquido são:

a) contagem das cautelas de ações.

b) confirmação da participação acionária.

c) confirmação dos valores classificados como reservas de capital.

d) conferência de cálculo.

e) conferência de cálculo das reservas de lucro.

f) conferência de cálculo das realizações de reservas.

g) conferência de cálculo da distribuição dos dividendos.

h) revisão das classificações contábeis realizadas.

i) exame das atas de assembléias.

j) correlação com a área de resultado.

k) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Resultado De Exercício

Os objetivos de auditoria do resultado do exercício são verificar se:

a) os valores registrados no resultado do exercício representam verdadeiramente receitas


realizadas e despesas incorridas da organização.

b) todos os custos e despesas foram contrapostos às receitas.

c) os valores registrados no resultado do exercício estão adequadamente classificados.

d) as divulgações relativas ao resultado do exercício foram devidamente realizadas.

e) a legislação correspondente foi seguida.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

f) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do resultado do exercício são:

a) correlação com as outras áreas do balanço.

b) correlação com os exames de controle interno.

b) exame documental da receita e da despesa.

c) análise de variações.

d) correlação com os resultados da revisão dos controles internos das áreas de faturamento, de
pessoal e de custo.

e) estudo e análise das contas de resultado.

f) revisão de cálculos de juros, receitas financeiras e impostos.

g) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Os objetivos e procedimentos para uma auditoria operacional depenem da natureza e finalidade


do trabalho a ser executado, o que dificulta em muito a elaboração de um elenco padronizado.
Isso ocorre, em face da auditoria operacional não repousar sobre normas explícitas, como
acontece com a auditoria contábil. O que é perfeitamente aceitável, pois o campo de atuação da
auditoria operacional – universo da gestão – não é exato e o auditor incumbido dessa tarefa deve
apreciar caso a caso os diferentes domínios da administração.

Evidência De Auditoria

Evidência é toda prova obtida pelo auditor, em face da aplicação dos procedimentos de auditoria,
para avaliar se os critérios estabelecidos estão sendo ou não atendidos.

A evidência de auditoria é classificada segundo os procedimentos que a originaram.

Assim, tem-se:

a) Evidência física: obtida em decorrência de uma inspeção física ou observação direta de


pessoas, bens, ou transações. Normalmente é apresentada sob a forma de fotografias, gráficos,
memorandos descritivos, mapas, amostras físicas, etc.

b) Evidência documental: é aquela obtida dos exames de ofícios, contratos, documentos


comprobatórios (notas fiscais, recibos, duplicatas quitadas, etc.) e de informações prestadas por
pessoas de dentro e de fora da entidade auditada, sendo que a evidência obtida de fontes
externas adequadas é mais fidedigna que a obtida na própria organização sob auditoria.

c) Evidência testemunhal: é aquela decorrente da aplicação de entrevistas ou questionários.

d) Evidência analítica: decorre da conferência de cálculos, comparações, correlações e análises


feitas pelo auditor, dentre outras.

O auditor deve atentar que o processo de obtenção de evidências em uma auditoria operacional
é muito mais complexo do que em uma auditoria contábil. Isso acontece em virtude de, nas
áreas operacionais, o processo de identificação dos critérios, na maioria das vezes, não ser
claramente definido como nas áreas financeiras. A identificação das áreas problemáticas e
críticas dependerá enormemente da perspicácia, experiência e determinação do auditor.

Normas Internacionais Para A Prática Profissional De Auditoria Interna (Normas)

Introdução Às Normas Internacionais

A auditoria interna é conduzida em diversos ambientes legais e culturais; entre organizações que
variam de propósito, tamanho, complexidade e estrutura; e por pessoas dentro ou fora da

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 9
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

organização. Enquanto as diferenças possam afetar a prática de auditoria interna em cada ambiente,
a conformidade com as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna do IIA
(Normas) é essencial para o atendimento das responsabilidades dos auditores internos e da atividade
de auditoria interna.

Se os auditores internos ou a atividade de auditoria interna estão proibidos por força de lei ou de
regulamentações a seguir determinadas partes das Normas, é necessária a conformidade com todas
as demais partes das Normas e a apropriada divulgação desta situação.

Se as Normas são utilizadas em conjunto com normas emitidas por outros órgãos reguladores, as
comunicações de auditoria interna podem também citar a utilização de outras normas, como for
apropriado. Neste caso, se houver inconsistências entre as Normas e outras normas, os auditores
internos e a atividade de auditoria interna devem sujeitar-se às Normas, e podem obedecer às outras
normas caso elas forem mais restritivas.

Os propósitos das Normas são:

1. Delinear os princípios básicos que representam a prática de auditoria interna.

2. Fornecer uma estrutura para a execução e promoção de um amplo espectro de auditoria interna
de valor agregado.

3. Estabelecer as bases para a avaliação de desempenho da auditoria interna.

4. Promover a melhoria dos processos e operações organizacionais.

As Normas são focadas em princípios, requerimentos mandatórios consistidos de:

 Declarações dos requerimentos básicos para a prática profissional de auditoria interna e para a
avaliação da eficácia do desempenho, as quais são internacionalmente aplicáveis às organizações e
aos indivíduos.

 Interpretações, as quais esclarecem termos ou conceitos contidos nas Declarações.

As Normas empregam termos aos quais foram atribuídos significados específicos que estão incluídos
no Glossário. Especificamente, as Normas utilizam a palavra “deve” para especificar um requerimento
incondicional e a palavra “deveria” onde há a expectativa de conformidade a não ser que, ao aplicar o
julgamento profissional, as circunstâncias justificam o desvio.

É necessário considerar as Declarações e suas Interpretações, assim como os significados


específicos do Glossário, para entender e aplicar as Normas corretamente.

A estrutura das Normas é dividida entre Normas de Atributos e de Desempenho. As Normas de


Atributos endereçam as características das organizações e dos indivíduos que executam auditoria
interna. As Normas de Desempenho descrevem a natureza da auditoria interna e fornecem os
critérios de qualidade contra os quais o desempenho desses serviços possa ser avaliado. As Normas
de Atributos e de Desempenho são fornecidas para serem aplicadas a todos os serviços de auditoria
interna.

As Normas de Implantação, adicionalmente, são fornecidas para expandir as normas de Atributos e


de Desempenho ao prover os requerimentos aplicáveis às atividades de (A) avaliação (assurance) ou
(C) consultoria.

Os serviços de avaliação (assurance) compreendem a avaliação objetiva da evidência pelo auditor


interno, a fim de fornecer uma opinião ou conclusões independentes a respeito de uma entidade,
operação, função, processo, sistema ou outro ponto importante. A natureza e o escopo do trabalho de
avaliação (assurance) são determinados pelo auditor interno. Geralmente há três partes envolvidas
nos serviços de avaliação (assurance): (1) a pessoa ou o grupo diretamente envolvido com a
entidade, operação, função, processo, sistema ou outro ponto importante - o proprietário do processo,
(2) a pessoa ou grupo que efetua a avaliação – o auditor interno, e (3) a pessoa ou grupo que utiliza a
avaliação – o usuário.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Os serviços de consultoria são, por natureza, de assessoria e geralmente são realizados a partir da
solicitação específica de um cliente do trabalho. A natureza e o escopo dos trabalhos de consultoria
estão sujeitos a um acordo com o cliente do trabalho. Geralmente os serviços de consultoria
envolvem duas partes: (1) a pessoa ou grupo que oferece a assessoria – o auditor interno, e (2) a
pessoa ou grupo que busca e recebe a assessoria – o cliente do trabalho. Ao realizar serviços de
consultoria, o auditor interno deveria manter a objetividade e não assumir responsabilidades que são
da administração.

As Normas são aplicáveis a auditores internos e a atividades de auditoria interna. Todos os auditores
internos são responsáveis pela conformidade com as normas em relação à objetividade, proficiência
e zelo profissional devido individual. Além disso, os auditores internos são responsáveis pela
conformidade com as normas que são relevantes para o desempenho das suas responsabilidades
profissionais. Os executivos chefes de auditoria são responsáveis pela conformidade geral com as
Normas.

A revisão e o desenvolvimento das Normas é um processo contínuo. O Conselho Internacional de


Normas de Auditoria Interna (The International Internal Audit Standards Board) se empenha em
extensa consulta e discussão antes da publicar as Normas. Isto inclui a solicitação de críticas do
público de todas as partes do mundo através de um processo de exposição de versões de rascunho.
Todas as exposições de rascunhos são postados no Web site do The IIA, assim como são
distribuídos a todos os institutos afiliados ao The IIA.

Normas Internacionais Para A Prática Profissional De Auditoria Interna (Normas)

Normas De Atributos

Propósito, Autoridade E Responsabilidade

O propósito, a autoridade e a responsabilidade da atividade de auditoria interna devem estar


formalmente definidos em um estatuto de auditoria interna, consistente com a Definição de Auditoria
Interna, com o Código de Ética e com as Normas. O executivo chefe de auditoria deve revisar
periodicamente o estatuto de auditoria interna e submetê-lo à alta administração e ao conselho para
aprovação.

Interpretação:

O estatuto de auditoria interna é um documento formal que define o propósito, a autoridade e a


responsabilidade da atividade de auditoria interna. O estatuto de auditoria interna estabelece a
posição da atividade de auditoria interna dentro da organização, incluindo a natureza da relação
funcional do executivo chefe de auditoria com o conselho; autoriza o acesso aos registros, aos
funcionários e às propriedades físicas relevantes ao desempenho do trabalho de auditoria e define o
escopo das atividades de auditoria interna. A aprovação final do estatuto de auditoria interna é de
responsabilidade do conselho.

– A natureza dos serviços de avaliação (assurance) prestados à organização deve ser definida no
estatuto de auditoria interna. Se avaliações (assurances) forem fornecidas para partes externas à
organização, a natureza dessas avaliações (assurances) deve também ser definida no estatuto da
auditoria interna.

– A natureza dos serviços de consultoria deve ser definida no estatuto de auditoria interna.

– Reconhecimento Da Definição De Auditoria Interna, Do Código De Ética E Das Normas No


Estatuto De Auditoria Interna

A natureza mandatória da Definição de Auditoria Interna, do Código de Ética e das Normas deve ser
reconhecida no estatuto de auditoria interna. O executivo chefe de auditoria deveria debater sobre a
Definição de Auditoria Interna, o Código de Ética e as Normas com a alta administração e com o
conselho.

– Independência E Objetividade

A atividade de auditoria interna deve ser independente e os auditores internos devem ser objetivos ao

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

executar seus trabalhos.

Interpretação:

Independência é a imunidade quanto às condições que ameaçam a capacidade da atividade de


auditoria interna de conduzir as responsabilidades de auditoria interna de maneira imparcial. Para
atingir o grau de independência necessário para conduzir eficazmente as responsabilidades da
atividade de auditoria interna, o executivo chefe de auditoria tem acesso direto e irrestrito à alta
administração e ao conselho. Isto pode ser alcançado através de um relacionamento de duplo
reporte. As ameaças à independência devem ser gerenciadas nos níveis do auditor individual, do
trabalho de auditoria, funcional e organizacional.

A objetividade é uma atitude mental imparcial que permite aos auditores internos executarem os
trabalhos de auditoria de maneira a confiarem no resultado de seu trabalho e que não seja feito
nenhum comprometimento da qualidade. A objetividade requer que os auditores internos não
subordinem a outras pessoas o seu julgamento em assuntos de auditoria. As ameaças à objetividade
devem ser gerenciadas nos níveis do auditor individual, do trabalho de auditoria, funcional e
organizacional.

Independência Organizacional

O executivo chefe de auditoria deve reportar-se a um nível dentro da organização que permita à
atividade de auditoria interna cumprir suas responsabilidades. O executivo chefe de auditoria deve
confirmar junto ao conselho, pelo menos anualmente, a independência organizacional da atividade de
auditoria interna.

Interpretação:

A independência dentro da organização se alcança de forma efetiva quando o executivo chefe de


auditoria se reporta funcionalmente ao conselho. Alguns exemplos de reporte funcional ao Conselho
implicam que este:

• Aprove o estatuto de auditoria interna;

• Aprove o planejamento de auditoria baseado em riscos;

• Aprove o orçamento de auditoria e o plano de recursos;

• Receba comunicações do executivo chefe de auditoria sobre o desempenho do plano de auditoria


interna e outros assuntos;

• Aprove as decisões referentes à nomeação e demissão do executivo chefe de auditoria;

• Aprove a remuneração do executivo chefe de auditoria; e

• Formule questionamentos adequados à administração e ao executivo chefe de auditoria para


determinar se existem escopos inadequados ou limitações de recursos.

– A atividade de auditoria interna deve estar livre de interferências na determinação do escopo da


auditoria interna, na execução dos trabalhos e na comunicação de resultados.

– Interação Direta Com O Conselho

O executivo chefe de auditoria deve se comunicar e interagir diretamente com o conselho.

– Objetividade Individual

Os auditores internos devem adotar uma atitude imparcial e isenta e evitar qualquer conflito de
interesses.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Interpretação:

O conflito de interesses é uma situação na qual um auditor interno, que esteja em uma posição de
confiança, tenha um interesse profissional ou pessoal conflitante. Tais interesses conflitantes podem
tornar difícil a ele ou ela executar suas funções com imparcialidade. Um conflito de interesses existe
mesmo que não se resulte em nenhum ato antiético ou impróprio. Um conflito de interesses pode criar
uma aparência de impropriedade que pode abalar a confiança no auditor interno, na atividade de
auditoria interna e na profissão. Um conflito de interesses pode prejudicar a habilidade do indivíduo
de executar suas funções e responsabilidades objetivamente.

– Prejuízo À Independência Ou À Objetividade

Caso a independência ou a objetividade sejam prejudicadas de fato ou na aparência, os detalhes de


tal prejuízo devem ser divulgados às partes apropriadas. A natureza da divulgação dependerá do tipo
de prejuízo.

Interpretação:

O prejuízo à independência organizacional e objetividade individual pode incluir, mas não se limitar, a
um conflito de interesses pessoal; limitações de escopo; restrição de acesso aos registros, ao pessoal
e às propriedades e limitações de recursos, tais como: recursos financeiros.

A determinação das partes apropriadas para as quais os detalhes do prejuízo à independência ou à


objetividade devem ser divulgados depende das expectativas em relação à atividade de auditoria
interna e das responsabilidades do executivo chefe de auditoria junto à alta administração e ao
conselho, conforme esteja descrito no estatuto de auditoria interna, assim como da natureza do
prejuízo.

– Os auditores internos devem abster-se de avaliar operações específicas pelas quais tenham sido
responsáveis anteriormente. Presume-se que a objetividade fique prejudicada se um auditor interno
prestar serviços de avaliação (assurance) de uma atividade pela qual o auditor interno tenha sido
responsável durante ano anterior.

– Os trabalhos de avaliação (assurance) de funções pelas quais o executivo chefe de auditoria tenha
responsabilidade devem ser supervisionados por uma parte externa à atividade de auditoria interna.

– Os auditores internos podem prestar serviços de consultoria relativos às operações pelas quais
tenham sido responsáveis anteriormente.

– Caso os auditores internos tenham potenciais prejuízos à independência ou à objetividade com


relação aos serviços de consultoria propostos, o cliente do trabalho de auditoria deve ser informado
antes de o trabalho ser aceito.

– Proficiência E Zelo Profissional Devido

Os trabalhos de auditoria devem ser executados com proficiência e zelo profissional devido.

– Proficiência

Os auditores internos devem possuir o conhecimento, as habilidades e outras competências


necessárias ao desempenho de suas responsabilidades individuais. A atividade de auditoria interna
deve possuir, ou obter, coletivamente o conhecimento, as habilidades e outras competências
necessárias ao desempenho de suas responsabilidades.

Interpretação:

Os conhecimentos, as habilidades e outras competências são termos gerais que se referem à


proficiência profissional requerida dos auditores internos para desempenharem eficazmente suas
responsabilidades profissionais. Os auditores internos são encorajados a demonstrar sua proficiência
obtendo as certificações e qualificações profissionais apropriadas, tais como o título de Certified
Internal Auditor e outras certificações promovidas pelo The Institute of Internal Auditors (IIA) e outras
organizações profissionais apropriadas.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 13
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

– O executivo chefe de auditoria deve obter aconselhamento e assistência competentes caso os


auditores internos não possuam os conhecimentos, as habilidades ou outras competências
necessárias à realização de todo ou parte do trabalho de auditoria.

– Os auditores internos devem possuir conhecimento suficiente para avaliar o risco de fraude e a
maneira com o qual é gerenciado pela organização, porém, não se espera que possuam a
especialização de uma pessoa cuja principal responsabilidade seja detectar e investigar fraudes.

– Os auditores internos devem possuir conhecimento suficiente sobre os principais riscos e controles
de tecnologia da informação e sobre as técnicas de auditoria baseadas em tecnologia disponíveis
para a execução dos trabalhos a eles designados. Entretanto, não se espera que todos os auditores
internos possuam a especialização de um auditor interno cuja principal responsabilidade seja
auditoria de tecnologia da informação.

– O executivo chefe de auditoria deve declinar dos trabalhos de consultoria, ou obter competente
aconselhamento e assistência, caso os auditores internos não possuam os conhecimentos, as
habilidades ou outras competências necessárias à realização de todo ou parte do trabalho.

– Zelo Profissional Devido

Os auditores internos devem empregar o zelo e habilidades esperados de um auditor interno


razoavelmente prudente e competente. O zelo profissional devido não implica em infalibilidade.

– Os auditores internos devem exercer o zelo profissional devido levando em consideração:

• A extensão do trabalho necessária para alcançar os objetivos do trabalho de auditoria;

• A complexidade relativa, a materialidade ou a significância dos assuntos aos quais os


procedimentos de avaliação (assurance) são aplicados;

• A adequação e a eficácia dos processos de governança, gerenciamento de riscos e controles;

• A probabilidade de erros significativos, fraudes ou não conformidades; e

• O custo da avaliação (assurance) em relação aos potenciais benefícios.

– No exercício do zelo profissional devido, os auditores internos devem considerar a utilização de


auditoria baseada em tecnologia e outras técnicas de análise de dados.

– Os auditores internos devem estar alertas aos riscos significativos que poderiam afetar os objetivos,
as operações ou os recursos. Entretanto, os procedimentos de avaliação (assurance) isoladamente,
mesmo quando realizados com o zelo profissional devido, não garantem que todos os riscos
significativos serão identificados.

C1 – Os auditores internos devem exercer o zelo profissional devido durante um trabalho de


consultoria, levando em consideração:

• As necessidades e as expectativas dos clientes, incluindo a natureza, o prazo e a comunicação dos


resultados do trabalho;

• A complexidade relativa e a extensão do trabalho necessária para alcançar os objetivos do trabalho;


e

• O custo do trabalho de consultoria em relação aos potenciais benefícios.

– Desenvolvimento Profissional Contínuo

Os auditores internos devem aperfeiçoar seus conhecimentos, habilidades e outras competências


através do desenvolvimento profissional contínuo.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 14
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

– Programa De Avaliação Da Qualidade E Melhoria

O executivo chefe de auditoria deve desenvolver e manter um programa de avaliação da qualidade e


melhoria que compreenda todos os aspectos da atividade de auditoria interna.

Interpretação:

Um programa de avaliação da qualidade e melhoria é desenhado para permitir uma avaliação da


conformidade da atividade de auditoria interna com a Definição de Auditoria Interna e com as
Normas, e uma avaliação quanto a se os auditores internos observam o Código de Ética. O programa
também avalia a eficiência e a eficácia da atividade de auditoria interna e identifica oportunidades de
melhoria.

– Requerimentos Do Programa De Avaliação Da Qualidade E Melhoria

O programa de avaliação da qualidade e melhoria deve incluir tanto avaliações internas quanto
externas.

– Avaliações Internas

As avaliações internas devem incluir:

• Monitoramento contínuo do desempenho da atividade de auditoria interna; e

• Autoavaliações ou avaliações periódicas realizadas por outras pessoas da organização com


conhecimento suficiente das práticas de auditoria interna.

Interpretação:

O monitoramento contínuo é uma parte integrante da rotina diária de supervisão, revisão e avaliação
da atividade de auditoria interna. O monitoramento contínuo está incorporado às políticas e práticas
rotineiras utilizadas para gerenciar a atividade de auditoria interna e utiliza os processos, as
ferramentas e as informações consideradas necessárias para avaliar a conformidade com a Definição
de Auditoria Interna, com o Código de Ética e com as Normas.

As avaliações periódicas são conduzidas para avaliar a conformidade com a Definição de Auditoria
Interna, com o Código de Ética e com as Normas.

O conhecimento suficiente das práticas de auditoria interna requer, pelo menos, a compreensão de
todos os elementos da Estrutura Internacional de Práticas Profissionais (International Professional
Practices Framework - IPPF).

– Avaliações Externas

As avaliações externas devem ser realizadas pelo menos uma vez a cada cinco anos, por um
avaliador, ou uma equipe de avaliação, qualificado e independente, externo à organização. O
executivo chefe de auditoria deve discutir com o conselho:

• A forma e a frequência da avaliação externa; e

• A qualificação e independência do avaliador externo, ou equipe de avaliação, incluindo qualquer


potencial conflito de interesses.

Interpretação:

Avaliações externas podem ser uma avaliação externa completa ou uma autoavaliação com
validação externa independente.

Um avaliador, ou equipe de avaliação, qualificados demonstram sua competência em duas áreas: a


prática profissional de auditoria interna e o processo de avaliação externa. A competência pode ser
demonstrada por meio de uma combinação entre experiência e aprendizado teórico. A experiência
obtida em organizações de porte, complexidade, setor ou indústria e de conteúdo técnico similar é
mais importante que a experiência em outras áreas menos relevantes. No caso de uma equipe de

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 15
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

avaliação, não é necessário que todos os membros da equipe possuam todas as competências; e sim
que a equipe em conjunto esteja qualificada. O executivo chefe de auditoria utilizará seu julgamento
profissional para avaliar se um avaliador ou equipe de avaliação apresenta competência suficiente
para que seja considerado qualificado.

Um avaliador, ou equipe de avaliação, independente significa não haver nenhum conflito de


interesses real ou aparente, e não ser parte ou estar sob o controle da organização da qual a
atividade de auditoria interna faz parte.

– Reporte Do Programa De Avaliação Da Qualidade E Melhoria

O executivo chefe de auditoria deve comunicar os resultados do programa de avaliação da qualidade


e melhoria à alta administração e ao conselho.

Interpretação:

A forma, o conteúdo e a frequência da comunicação dos resultados do programa de avaliação da


qualidade e melhoria são estabelecidos através de discussões com a alta administração e o conselho
e consideram as responsabilidades da atividade de auditoria interna e do executivo chefe de
auditoria, como disposto no estatuto de auditoria interna. Para demonstrar a conformidade com a
Definição de Auditoria Interna, com o Código de Ética e com as Normas, os resultados de avaliações
externas e internas periódicas são comunicados tão logo estas avaliações forem completadas, os
resultados do monitoramento contínuo são comunicados, pelo menos anualmente. Os resultados
incluem a avaliação do avaliador, ou da equipe de avaliação, com relação ao grau de conformidade.

– Uso De “Em Conformidade Com As Normas Internacionais Para A Prática Profissional De


Auditoria Interna”

O executivo chefe de auditoria pode declarar que a atividade de auditoria interna está em
conformidade com as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna, somente
se os resultados do programa de avaliação da qualidade e melhoria sustentam esta declaração.

Interpretação

A atividade de auditoria interna está em conformidade com as Normas quando alcança os resultados
descritos na Definição de Auditoria Interna, Código de Ética e Normas.

Os resultados do programa de avaliação da qualidade e melhoria incluem os resultados tanto das


avaliações internas como das externas.

Todas as atividades de auditoria interna terão os resultados das avaliações internas. Aquelas
atividades cuja existência ultrapasse cinco anos também terão os resultados de avaliações externas.

– Divulgação de Não Conformidade

Quando a não conformidade com a Definição de Auditoria Interna, com o Código de Ética ou com as
Normas impactar o escopo geral ou a operação da atividade de auditoria interna, o executivo chefe de
auditoria deve divulgar a não conformidade e os impactos à alta administração e ao conselho.

Normas De Desempenho

– Gerenciamento Da Atividade De Auditoria Interna

O executivo chefe de auditoria deve gerenciar eficazmente a atividade de auditoria interna para
assegurar que ela adiciona valor à organização.

Interpretação:

A atividade de auditoria interna é gerenciada eficazmente quando:

• Os resultados do trabalho da atividade de auditoria interna cumprem o propósito e a


responsabilidade incluídos no estatuto de auditoria interna;

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 16
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

• A atividade de auditoria interna está em conformidade com a Definição de Auditoria Interna e com
as Normas; e

• Os indivíduos que fazem parte da atividade de auditoria interna demonstram conformidade com o
Código de Ética e com as Normas.

A atividade de auditoria interna agrega valor à organização (e às suas partes interessadas) quando
proporciona avaliação objetiva e relevante, e contribui para a eficácia e eficiência dos processos de
governança, gerenciamento de riscos e controles.

– Planejamento

O executivo chefe de auditoria deve estabelecer um plano baseado em riscos para determinar as
prioridades da atividade de auditoria interna, de forma consistente com as metas da organização.

Interpretação:

O executivo chefe de auditoria é o responsável pelo desenvolvimento de um planejamento baseado


em riscos. O executivo chefe de auditoria leva em consideração a estrutura de gerenciamento de
riscos da organização, incluindo o uso dos níveis de apetite de risco estabelecidos pela administração
para as diferentes atividades ou partes da organização. Se não houver uma estrutura, o executivo
chefe de auditoria utiliza seu próprio julgamento quanto aos riscos após considerar a opinião da alta
administração e do conselho. O executivo chefe de auditoria deve revisar e ajustar o plano conforme
necessário, em resposta às mudanças do negócio, riscos, operações, programas, sistemas e
controles da organização.

– O planejamento dos trabalhos da atividade de auditoria interna deve ser baseado em uma avaliação
de risco documentada, realizada pelo menos anualmente. As informações fornecidas pela alta
administração e pelo conselho devem ser consideradas neste processo.

– O executivo chefe de auditoria deve identificar e considerar as expectativas da alta administração,


conselho e outras partes interessadas, acerca dos pareceres e outras conclusões de

– O executivo chefe de auditoria deveria se basear, ao considerar a aceitação de propostas de


trabalhos de consultoria, no potencial destes trabalhos para aperfeiçoar o gerenciamento de riscos, de
adicionar valor e de melhorar as operações da organização. Os trabalhos aceitos devem ser incluídos
no planejamento.

– Comunicação E Aprovação

O executivo chefe de auditoria deve comunicar o planejamento da atividade de auditoria interna e os


requerimentos de recursos, incluindo alterações interinas significativas, à alta administração e ao
conselho para revisão e aprovação. O executivo chefe de auditoria deve também comunicar o
impacto das limitações de recursos.

– Gerenciamento De Recursos

O executivo chefe de auditoria deve assegurar que os recursos de auditoria interna sejam
apropriados, suficientes e eficazmente aplicados para o cumprimento do planejamento aprovado.

Interpretação:

Apropriado refere-se à combinação de conhecimentos, habilidades e outras competências


necessárias para executar o planejamento. Suficiente refere-se à quantidade de recursos necessários
para cumprir o planejamento. Os recursos são aplicados eficazmente quando são utilizados de forma
a otimizar o cumprimento do planejamento aprovado.

– Políticas E Procedimentos

O executivo chefe de auditoria deve estabelecer políticas e procedimentos para orientar a atividade
de auditoria interna.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Interpretação:

A forma e o conteúdo das políticas e procedimentos dependem do tamanho e da estrutura da


atividade de auditoria interna, e da complexidade de seu trabalho.

– Coordenação

O executivo chefe de auditoria deveria compartilhar informações e coordenar atividades com outros
prestadores internos e externos de serviços de avaliação (assurance) e consultoria para assegurar
que a cobertura apropriada e a minimização da duplicação de esforços.

– Reporte Para A Alta Administração E O Conselho

O executivo chefe de auditoria deve reportar periodicamente à alta administração e ao conselho sobre
o propósito, a autoridade e a responsabilidade da atividade de auditoria interna e o desempenho em
relação ao seu planejamento. Os reportes devem também incluir a exposição de pontos de riscos
significativos e de controles, incluindo os riscos de fraude, os assuntos de governança e outros
assuntos necessários ou solicitados pela alta administração e pelo conselho.

Interpretação:

A frequência e o conteúdo dos reportes são determinados em discussão com a alta administração e
com o conselho e dependem da importância da informação a ser comunicada e da urgência das
respectivas ações a serem tomadas pela alta administração ou pelo conselho.

– Prestadores De Serviço Externo E A Responsabilidade Da Organização Sobre A Auditoria


Interna

Quando um prestador de serviços externo fornece serviços de auditoria interna, o prestador deve
manter a organização ciente de que esta continua com a responsabilidade de manter uma atividade
de auditoria interna eficaz.

Interpretação

Essa responsabilidade é demonstrada através de programas de avaliação da qualidade e melhoria


para avaliar a conformidade com a Definição de Auditoria Interna, o Código de Ética e as Normas.

– Natureza Do Trabalho

A atividade de auditoria interna deve avaliar e contribuir para a melhoria dos processos de
governança, gerenciamento de riscos e controles, utilizando uma abordagem sistemática e
disciplinada.

– Governança

A atividade de auditoria interna deve avaliar e propor recomendações apropriadas para a melhoria do
processo de governança no seu cumprimento dos seguintes objetivos:

• Promover a ética e os valores apropriados dentro da organização;

• Assegurar o gerenciamento eficaz do desempenho organizacional e a prestação de contas;

• Comunicar as informações relacionadas aos riscos e aos controles às áreas apropriadas da


organização; e

• Coordenar as atividades e a comunicação das informações entre o conselho, os auditores externos


e internos e a administração.

– A atividade de auditoria interna deve avaliar o desenho, implantação e a eficácia dos objetivos,
programas e atividades da organização relacionados à ética.

– A atividade de auditoria interna deve avaliar se a governança de tecnologia da informação da


organização dá suporte às estratégias e objetivos da organização.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

– Gerenciamento De Riscos

A atividade de auditoria interna deve avaliar a eficácia e contribuir para a melhoria dos processos de
gerenciamento de riscos.

Interpretação:

Determinar se os processos de gerenciamento de riscos são eficazes é um julgamento que resulta da


avaliação do auditor interno quanto a se:

• Os objetivos da organização dão suporte e estão alinhados com a missão da organização;

• Os riscos significativos são identificados e avaliados;

• Respostas apropriadas aos riscos são selecionadas de forma a alinhar os riscos com o apetite de
risco da organização; e

• Informações de riscos relevantes são capturadas e comunicadas de forma oportuna através da


organização, permitindo que colaboradores, administração e conselho cumpram com suas
responsabilidades.

A atividade de auditoria interna reúne informações para apoiar esta avaliação através de múltiplos
trabalhos de auditoria. O resultado destes trabalhos, visto em conjunto, proporciona uma
compreensão dos processos de gerenciamento de riscos das organizações e sua eficácia.

Os processos de gerenciamento de riscos são monitorados através de atividades contínuas de


gerenciamento, de avaliações específicas ou de ambos.

– A atividade de auditoria interna deve avaliar as exposições a riscos relacionadas à governança, às


operações e aos sistemas de informação da organização, em relação a:

• Alcance dos objetivos estratégicos da organização;

• Confiabilidade e integridade das informações financeiras e operacionais;

• Eficácia e eficiência das operações e programas;

• Salvaguarda dos ativos; e

• Conformidade com leis, regulamentos, políticas, procedimentos e contratos.

– A atividade de auditoria interna deve avaliar o potencial de ocorrência de fraude e como a


organização gerencia o risco de fraude.

– Durante os trabalhos de consultoria, os auditores internos devem endereçar os riscos de forma


consistente com os objetivos do trabalho e estar alertas à existência de outros riscos significativos.

– Os auditores internos devem incorporar os conhecimentos sobre riscos adquiridos nos trabalhos de
consultoria à sua avaliação dos processos de gerenciamento de riscos da organização.

– Ao auxiliar a administração no estabelecimento ou na melhoria dos processos de gerenciamento de


riscos, os auditores internos devem abster-se de assumir qualquer responsabilidade da administração
de efetivamente gerenciar os riscos.

– Controle

A atividade de auditoria interna deve auxiliar a organização a manter controles efetivos a partir da
avaliação sua eficácia e eficiência e da promoção de melhorias contínuas.

- A atividade de auditoria interna deve avaliar a adequação e a eficácia dos controles em resposta
aos riscos, abrangendo a governança, as operações e os sistemas de informação da organização,
com relação a:

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

• Alcance dos objetivos estratégicos da organização;

• Confiabilidade e integridade das informações financeiras e operacionais;

• Eficácia e eficiência das operações e programas;

• Salvaguarda dos ativos; e

• Conformidade com leis, regulamentos, políticas e procedimentos e contratos.

– Os auditores internos devem incorporar o conhecimento dos controles adquirido em trabalhos de


consultoria na avaliação dos processos de controle da organização.

– Planejamento Do Trabalho De Auditoria

Os auditores internos devem desenvolver e documentar um planejamento para cada trabalho de


auditoria, incluindo os objetivos, o escopo, o prazo e a alocação de recursos do trabalho.

– Considerações Sobre O Planejamento

No planejamento dos trabalhos de auditoria, os auditores internos devem considerar:

• Os objetivos da atividade que está sendo revisada e os meios pelos quais a atividade controla seu
desempenho;

• Os riscos significativos para a atividade, seus objetivos, recursos e operações e os meios pelos
quais o impacto potencial dos riscos é mantido em um nível aceitável;

• A adequação e a eficácia dos processos de governança, gerenciamento de riscos e controles da


atividade, comparativamente a uma estrutura ou modelo compatível; e

• As oportunidades para se fazer melhorias significativas nos processos de governança,


gerenciamento de riscos e controles da atividade.

– Ao planejar um trabalho de auditoria a ser executado por terceiros externos à organização, os


auditores internos devem estabelecer com estes um entendimento por escrito dos objetivos, do
escopo, das respectivas responsabilidades e de outras expectativas, incluindo restrições na
distribuição dos resultados do trabalho e acesso aos registros do trabalho.

– Os auditores internos devem estabelecer um entendimento com os clientes dos trabalhos de


consultoria quanto aos objetivos, ao escopo e às respectivas responsabilidades e a outras
expectativas do cliente. Para trabalhos significativos, este entendimento deve ser documentado.

– Objetivos Do Trabalho De Auditoria

Os objetivos devem ser estabelecidos para cada trabalho de auditoria.

– Os auditores internos devem conduzir uma avaliação preliminar dos riscos relevantes para a
atividade sob revisão. Os objetivos do trabalho de auditoria devem refletir os resultados desta
avaliação.

– Os auditores internos devem considerar a probabilidade de erros significativos, fraudes, não


conformidades e outras exposições ao desenvolver os objetivos do trabalho.

– São necessários critérios adequados para avaliar a governança, o gerenciamento de riscos e os


controles. Os auditores internos devem verificar a extensão na qual a administração e/ou o conselho
estabeleceu critérios adequados para determinar se os objetivos e metas têm sido alcançados. Se
forem adequados, os auditores internos devem utilizar tais critérios em sua avaliação. Se
inadequados, os auditores internos devem trabalhar com a administração e/ou o conselho para
desenvolver critérios apropriados de avaliação.

– Os objetivos dos trabalhos de consultoria devem endereçar os processos de governança,


gerenciamento de riscos e controles na extensão previamente acordada com o cliente.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

– Os objetivos de trabalho de consultoria devem ser consistentes com os valores, estratégias e


objetivos.

– Escopo Do Trabalho De Auditoria

O escopo estabelecido deve ser suficiente para alcançar os objetivos do trabalho de auditoria.

– O escopo do trabalho de auditoria deve incluir considerações sobre sistemas, registros, pessoal e
propriedades físicas relevantes, incluindo aqueles sob o controle de terceiros.

– Se oportunidades de trabalhos de consultoria significativos surgirem durante um trabalho de


avaliação (assurance) um entendimento por escrito específico dos objetivos, do escopo, das
respectivas responsabilidades e de outras expectativas que deveriam ser atendidas, assim como os
resultados do trabalho de consultoria, deveriam ser comunicados em conformidade com as normas
de consultoria.

– Ao executar trabalhos de consultoria, os auditores internos devem assegurar que o escopo do


trabalho seja suficiente para endereçar os objetivos previamente acordados. Caso os auditores
internos desenvolvam restrições quanto ao escopo durante o trabalho, estas restrições devem ser
discutidas com o cliente para se determinar se o trabalho irá continuar.

– Durante os trabalhos de consultoria, os auditores internos devem endereçar os controles de forma


consistente com os objetivos do trabalho e estarem alertas para pontos significativos de controle.

– Alocação De Recursos Para O Trabalho De Auditoria

Os auditores internos devem determinar os recursos apropriados e suficientes para cumprir os


objetivos do trabalho de auditoria, baseado em uma avaliação da natureza e da complexidade de
cada trabalho, das restrições de tempo e dos recursos disponíveis.

– Programa De Trabalho De Auditoria

Os auditores internos devem desenvolver e documentar programas de trabalho que atendam aos
objetivos do trabalho.

– Os programas de trabalho devem incluir os procedimentos para identificar, analisar, avaliar e


documentar as informações durante o trabalho de auditoria. O programa de trabalho deve ser
aprovado antes de ser implantado e quaisquer ajustes devem ser prontamente aprovados.

– Os programas de trabalho para trabalhos de consultoria podem variar na forma e no conteúdo


dependendo da natureza do trabalho.

– Execução Do Trabalho De Auditoria:

Os auditores internos devem identificar, analisar, avaliar e documentar informações suficientes para
cumprir os objetivos do trabalho de auditoria.

– Identificação Das Informações

Os auditores internos devem identificar informações suficientes, confiáveis, relevantes e úteis para
cumprir os objetivos do trabalho de auditoria.

Interpretação:

Informação suficiente é factual, adequada e convincente de forma que uma pessoa prudente e
informada chegaria às mesmas conclusões que o auditor. Informação confiável é a melhor
informação possível de ser obtida através da utilização de técnicas de auditoria apropriadas.
Informação relevante dá suporte às observações e recomendações do trabalho de auditoria e é
consistente com os objetivos do trabalho de auditoria. Informação útil auxilia a organização a atingir
as suas metas.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

– Análise E Avaliação

Os auditores internos devem basear suas conclusões e resultados dos trabalhos de auditoria em
análises e avaliações apropriadas.

– Documentação Das Informações

Os auditores internos devem documentar as informações relevantes para dar suporte às conclusões
e aos resultados do trabalho de auditoria.

– O executivo chefe de auditoria deve controlar o acesso aos registros dos trabalhos. O executivo
chefe de auditoria deve obter a aprovação da alta administração e/ou advogados antes de liberar tais
registros para partes externas, conforme for apropriado.

– O executivo chefe de auditoria deve desenvolver requisitos de retenção para os registros do


trabalho de auditoria, independentemente do meio onde cada registro está armazenado. Estes
requisitos de retenção devem ser consistentes com as diretrizes da organização e quaisquer outras
regulamentações ou outros requerimentos pertinentes.

– O executivo chefe de auditoria deve desenvolver políticas para reger a custódia e retenção de
registros de trabalhos de consultoria, bem como sua liberação para partes internas e externas. Estas
políticas devem ser consistentes com as diretrizes da organização e quaisquer exigências
regulatórias ou outros requerimentos pertinentes.

– Supervisão Do Trabalho De Auditoria

Os trabalhos de auditoria devem ser adequadamente supervisionados para assegurar que os


objetivos sejam alcançados, a qualidade seja assegurada e que a equipe seja desenvolvida.

Interpretação:

A extensão da supervisão requerida dependerá da proficiência e experiência dos auditores internos e


da complexidade do trabalho de auditoria. O executivo chefe de auditoria tem a responsabilidade
global pela supervisão do trabalho de auditoria, quer ele seja executado pela ou para a atividade de
auditoria interna, mas pode designar membros da equipe da atividade de auditoria interna com a
adequada experiência para efetuar a revisão. A evidência apropriada da supervisão é documentada e
mantida.

– Comunicação Dos Resultados

Os auditores internos devem comunicar os resultados dos trabalhos de auditoria.

– Critérios Para A Comunicação

As comunicações devem incluir os objetivos e o escopo do trabalho de auditoria, assim como as


conclusões, recomendações e planos de ação aplicáveis.

– A comunicação final dos resultados do trabalho deve, quando apropriado, conter a opinião e/ou
conclusões dos auditores internos. Uma vez emitida, uma opinião ou conclusão deve levar em conta
as expectativas da alta administração, conselho e outras partes interessadas e deve estar suportada
por informação suficiente, confiável, relevante e útil.

Interpretação

As opiniões de um trabalho de auditoria podem ser classificações (ratings), conclusões ou outras


descrições dos resultados. Um trabalho de auditoria pode estar relacionado aos controles sobre um
processo, risco ou unidade de negócios específica. A formulação das opiniões requer a consideração
dos resultados do trabalho e sua importância.

– Os auditores internos são encorajados a reconhecer o desempenho satisfatório nas comunicações


dos trabalhos de auditoria.

– Ao divulgar os resultados do trabalho para partes externas à organização, a comunicação deve

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

conter limitações sobre a distribuição e o uso dos resultados.

– A comunicação sobre o progresso e os resultados de um trabalho de consultoria irá variar na forma


e no conteúdo, dependendo da natureza do trabalho e das necessidades do cliente.

– Qualidade Das Comunicações

As comunicações devem ser precisas, objetivas, claras, concisas, construtivas, completas e


tempestivas.

Interpretação:

Comunicações precisas são livres de erros e distorções e são fiéis aos fatos fundamentais.
Comunicações objetivas são justas, imparciais e neutras e são o resultado de um julgamento justo e
equilibrado de todos os fatos e circunstâncias relevantes. Comunicações claras são facilmente
compreendidas e são lógicas, evitam linguagem técnica desnecessária e fornecem todas as
informações significativas e relevantes. Comunicações concisas são diretas ao ponto e evitam
elaboração desnecessária, detalhes supérfluos, redundância e excesso de palavras. Comunicações
construtivas são úteis ao cliente do trabalho de auditoria e à organização e conduzem às melhorias
onde seja necessário. Comunicações completas não omitem nada do que seja essencial à audiência
alvo e incluem todas as informações significativas e relevantes e as observações que dão suporte às
recomendações e conclusões. Comunicações tempestivas são oportunas e práticas, dependem da
importância do ponto, permitem à administração tomar as ações corretivas apropriadas.

– Erros E Omissões

Se uma comunicação final contiver erro ou omissão significativa, o executivo chefe de auditoria deve
comunicar a informação correta a todas as partes que tenham recebido a comunicação original.

– Uso De “Conduzido Em Conformidade Com As Normas Internacionais Para A Prática


Profissional De Auditoria Interna”

Os auditores internos podem reportar que seus trabalhos são “conduzidos em conformidade com as
Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna” somente se os resultados do
programa de avaliação da qualidade e melhoria sustentarem esta declaração.

– Declaração De Não Conformidade Do Trabalho De Auditoria

Quando a não conformidade com a Definição de Auditoria Interna, com o Código de Ética ou com as
Normas impactar em um trabalho específico, a comunicação dos resultados deve divulgar:

• O princípio ou regra de conduta do Código de Ética ou Norma(s) cuja conformidade plena não foi
alcançada;

• A(s) razão(ões) para a não conformidade; e

• O impacto da não conformidade sobre o trabalho de auditoria e sobre os resultados do trabalho


comunicados.

– Divulgação Dos Resultados

O executivo chefe de auditoria interna deve comunicar os resultados às partes apropriadas.

Interpretação:

O executivo chefe de auditoria é responsável por revisar e aprovar a comunicação final do trabalho de
auditoria antes da sua emissão e por decidir a quem e como ela será disseminada. Quando o
executivo chefe de auditoria delega estas tarefas, ele ou ela retém total responsabilidade.

O executivo chefe de auditoria é o responsável pela comunicação dos resultados finais às partes que
possam assegurar que os resultados recebam a devida consideração.

Se não houver exigências legais, estatutárias ou regulatórias em contrário, antes de se divulgar os

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

resultados para partes externas à organização, o executivo chefe de auditoria deve:

• Avaliar o risco potencial à organização;

• Consultar a alta administração e/ou advogado, conforme for apropriado; e

• Controlar a disseminação através da restrição da utilização dos resultados.

– O executivo chefe de auditoria é o responsável por comunicar os resultados finais de trabalhos de


consultoria aos clientes.

– Durante os trabalhos de consultoria, pontos relativos à governança, gerenciamento de riscos e


controles podem ser identificados. Toda vez que esses pontos forem significativos para a
organização, devem ser comunicadas à alta administração e ao conselho.

– Opiniões Gerais

Ao emitir uma opinião geral, esta deve levar em conta as expectativas da alta administração,
conselho e outras partes interessadas e deve estar suportada por informação suficiente, confiável,
relevante e útil.

Interpretação

A comunicação irá identificar:

• O escopo, incluindo o período de tempo a que diz respeito à opinião;

• As limitações de escopo;

• A consideração de todos os projetos relacionados, incluindo a dependência de outros provedores de


avaliação;

• O risco, estrutura de controle ou outros critérios utilizados como base para a opinião geral; e

• A opinião geral, julgamento ou conclusão alcançada.

Quando há uma opinião geral que não é favorável, deve-se expor as razões para a mesma.

– Monitoramento Do Progresso

O executivo chefe de auditoria deve estabelecer e manter um sistema para monitorar a disposição
dos resultados comunicados à administração.

– O executivo chefe de auditoria deve estabelecer um processo de acompanhamento para monitorar


e assegurar que as ações da administração tenham sido efetivamente implantadas ou que a alta
administração tenha aceitado o risco de não tomar nenhuma ação.

– A atividade de auditoria interna deve monitorar a disposição dos resultados dos trabalhos de
consultoria na extensão previamente acordada com o cliente.

– Comunicação Da Aceitação De Riscos

Quando o executivo chefe de auditoria conclui que a administração aceitou um nível de risco que
pode ser inaceitável para a organização, o executivo chefe de auditoria deve discutir o assunto com a
alta administração. Caso o executivo chefe de auditoria determine que a questão não foi resolvida, o
executivo chefe de auditoria deve comunicar a questão ao conselho.

Interpretação

A identificação do risco aceito pela administração pode ser observada por meio de um trabalho de
avaliação (assurance) ou consultoria, monitoramento do progresso das ações tomadas pela
administração como resultado de trabalhos anteriores ou por outros meios. Não é responsabilidade
do executivo chefe de auditoria resolver o risco.

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AUDITORIA INTERNA

Manual De Auditoria Interna

Da Unidade De Auditoria Interna

Introdução E Atributos

A auditoria interna é o conjunto de técnicas que visa avaliar, de forma amostral, a gestão da
Companhia, pelos processos e resultados gerenciais, mediante a confrontação entre uma situação
encontrada com um determinado critério técnico, operacional ou normativo. Trata-se de um
importante componente de controle das Corporações na busca da melhor alocação dos recursos do
contribuinte, não só atuando para corrigir os desperdícios, as impropriedades/disfunções, a
negligência e a omissão, mas, principalmente, antecipando-se a essas ocorrências, buscando garantir
os resultados pretendidos, além de destacar os impactos e benefícios sociais advindos, em especial
sob a dimensão da eqüidade, intimamente ligada ao imperativo de justiça social.

Tem por objetivo primordial fortalecer a gestão e racionalizar as ações de controle da Companhia,
bem como prestar apoio aos órgãos do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
Esse trabalho auditorial é exercido nos meandros da organização, observando os aspectos
relevantes relacionados à avaliação da gestão e dos programas de governo com reflexos na
Companhia.

Subordinada ao Conselho de Administração, e vinculada administrativamente à Presidência, tem


como competência multidisciplinar, prestar um serviço para a Companhia na forma de
assessoramento e consultoria interna no intuito de agregar valor à gestão e a melhorar as operações,
propondo ações preventivas e saneadoras, de forma a assistir a Companhia na consecução de seus
objetivos estratégicos, mediante abordagem sistematizada e disciplinada no Manual de Auditoria
Interna com ênfase para a avaliação da gestão de riscos operacionais, dos controles internos
administrativos e do processo de governança corporativa. Sua finalidade básica é fortalecer a gestão.

Os trabalhos desenvolvidos pela Unidade de Auditoria Interna objetivam, em última instância, a


adequação da gestão de riscos operacionais, dos controles internos administrativos e do processo de
governança corporativa proporcionando uma razoável garantia de que tais processos funcionam de
acordo com o planejado, fazendo recomendações para a melhoria das operações da Companhia, em
termos de economicidade, eficiência, eficácia, efetividade e eqüidade do desempenho organizacional.

O fortalecimento da gestão consiste em fornecer julgamentos imparciais, com independência e


objetividade, no intuito de agregar valor aos processos de trabalho, contribuindo para o cumprimento
das metas previstas, a execução dos programas de governo e do orçamento anual da Companhia, a
comprovação da aderência aos normativos internos e a avaliação dos resultados, consubstanciados
em indicadores de desempenho quanto à economicidade, eficiência, eficácia, efetividade e eqüidade
da gestão, relativamente às variáveis: tempo, custo, quantidade, qualidade, acesso, etc.

A racionalização das ações de auditoria interna objetiva eliminar atividades de controle


antieconômicas, em desproporção com o dano que se desejaria supostamente apurar e ressarcir,
bem como gerar novas atividades que preencham lacunas por meio de pauta de ações articuladas.
Essa racionalização visa otimizar a utilização dos recursos humanos, altamente especializados, e
materiais disponíveis na Unidade de Auditoria Interna.

O exercício da auditoria interna terá foco administrativo, recursos humanos e materiais, orçamentário,
contábil, financeiro e programas para atingir as finalidades regimentais, cuja execução pressupõe a
disponibilidade de equipe multidisciplinar.

A atividade de auditoria interna é de alta relevância estratégica e se constitui em um conjunto de


procedimentos, tecnicamente normatizados, que funciona por meio de acompanhamento de
processos de trabalho, avaliação de resultados e proposição de ações saneadoras para os possíveis
desvios da gestão, contando com o suporte multidisciplinar necessário de recursos humanos e
materiais. Os trabalhos de auditoria interna são executados por profissionais denominados auditores
internos, e tem como característica principal o assessoramento diferenciado à alta administração da
Companhia, buscando agregar valor à gestão.

Todos os sistemas, processos, operações, funções e atividades da Companhia estão sujeitos às


avaliações amostrais dos auditores internos, na conformidade do planejamento anual dos trabalhos

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AUDITORIA INTERNA

auditoriais.

O auditor interno faz uma avaliação equilibrada das circunstâncias relevantes e os seus julgamentos
não devem ser influenciados por interesses particulares ou por opiniões alheias.

O auditor interno comunicará previamente ao Titular da Unidade de Auditoria Interna qualquer


situação em que exista, ou possa razoavelmente inferir-se, conflito de interesses ou de idéias
preconcebidas sobre pessoas, unidades organizacionais ou sistemas administrativos a serem
auditados5.

Os empregados transferidos para a Unidade de Auditoria Interna não poderão auditar as atividades
que previamente tenham executados em outra unidade organizacional da Companhia até que decorra
o período de quarentena de 1 (um) ano.

Resguardada a independência da Unidade de Auditoria Interna, será prestado apoio ao Sistema de


Controle Interno do Poder Executivo Federal no fornecimento de informações sobre os resultados dos
trabalhos realizados, com a disponibilização, para fins de consulta, dos papéis de trabalho utilizados
e/ou produzidos, aí incluídos os programas de auditoria e os elementos comprobatórios respectivos,
bem como no atendimento das solicitações de trabalhos específicos, observadas a conveniência e
oportunidade internas, bem como o disposto no art. 14 do Decreto-lei n.º 200, de 25/02/1967, no
sentido de que o trabalho administrativo deve ser racionalizado mediante simplificação de processos
e supressão de controles que se evidenciarem como puramente formais ou cujo custo seja
evidentemente superior ao risco.

Os auditores internos, ao utilizar informações produzidas pelas unidades organizacionais auditadas,


devem registrar em seus relatórios a fonte dessas informações.

Competência Regimental

A Unidade de Auditoria Interna tem como competências:

a) Assessorar, orientar, acompanhar e avaliar os atos de gestão administrativa, orçamentária,


financeira, patrimonial, operacional e de pessoal, objetivando a economicidade, a eficiência, a
eficácia, a efetividade e a eqüidade, assim como a aderência regulatória;

b) Acompanhar a implementação das recomendações e determinações de medidas saneadoras


apontadas pelos órgãos/unidades do Poder Executivo Federal e do Tribunal de Contas da União;

c) Estabelecer e monitorar planos, programas de auditoria, critérios, avaliações e métodos de


trabalho, objetivando uma maior eficiência e eficácia dos controles internos administrativos,
colaborando para a redução das possibilidades de fraudes e erros e eliminação de atividades que não
agregam valor para a Companhia;

d) Elaborar o Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna – PAINT e o Relatório Anual de


Atividades da Auditoria Interna – RAINT;

e) Examinar e emitir parecer sobre a Prestação de Contas Anual da Companhia e em Tomadas de


Contas Especial, segundo diretrizes emanadas do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal e do Tribunal de Contas da União;

f) Avaliar os indicadores relativos ao Sistema de Avaliação Permanente do Desempenho da


Companhia, emitindo parecer conclusivo;

g) Realizar as atividades de auditoria em empresas coligadas e controladas, assim como no Instituto


Conab de Seguridade Social - CIBRIUS;

h) Promover diligências e elaborar relatórios por demanda dos Conselhos de Administração e Fiscal,
da Presidência e das Diretorias;

i) Assessorar a Presidência, as Diretorias e os Conselhos de Administração e Fiscal, nos assuntos


de sua competência.

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AUDITORIA INTERNA

Posicionamento Hierárquico E Grau De Dependência Da Unidade De Auditoria Interna

A Unidade de Auditoria Interna, quanto à vinculação hierárquica, deve estar subordinada ao Conselho
de Administração, e vinculada administrativamente à Presidência, sendo vedado delegar a vinculação
à outra autoridade hierarquicamente inferior. Essa vinculação tem por objetivo proporcionar à Unidade
de Auditoria Interna um posicionamento suficientemente elevado de modo a conferir-lhe
independência organizacional e permitir-lhe desincumbir-se de suas responsabilidades com
abrangência.

A nomeação ou exoneração do titular da Unidade de Auditoria Interna será submetida pelo


Presidente da Companhia, de forma motivada, à aprovação do Conselho de Administração,
informando-se o Órgão Central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal a
respeito.

A independência técnica da atuação da Unidade de Auditoria Interna deverá ser assegurada pela sua
subordinação direta ao Conselho de Administração e, também, pela supervisão por parte do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

A Unidade de Auditoria Interna sujeita-se à orientação normativa e à supervisão técnica do Sistema


de Controle Interno do Poder Executivo Federal, prestando apoio aos órgãos e às unidades que o
integram, sem prejuízo, todavia, à sua liberdade quanto à fixação anual do escopo dos trabalhos
auditoriais. Essa vinculação técnica visa proporcionar qualidade dos trabalhos e efetividade nos
resultados das auditagens.

As atividades da Unidade de Auditoria Interna devem guardar similitude operativa àquelas exercidas
pelos órgãos/unidades integrantes do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal; em
que pese a diferença de enfoques e clientes, por estar inserida na estrutura organizacional da
Companhia e por caracterizar-se pela alta especialização, devendo adotar ações específicas e
tempestivas na verificação da aderência às normas e diretrizes internas, conforme posicionamento do
Tribunal de Contas da União no item 3.2.7.1, D.O.U. de 22/11/2005, S. 1, página 144.

A Unidade de Auditoria Interna, em suas atividades técnicas e na medida das possibilidades, deve
atuar em sintonia com a metodologia operativa do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal, no que tange à tecnicidade da auditoria interna governamental, e do Tribunal de Contas da
União, particularmente no que se refere às ferramentas de avaliação de natureza operacional – Anop,
empregadas no diagnóstico do ambiente, dos processos de trabalho e da performance; sem
embargos às normas de atributo e às normas de desempenho editadas pelo The Institute of Internal
Auditors – IIA, que constituem os padrões internacionais para a prática da auditoria interna.

Atividade De Orientação

A Unidade de Auditoria Interna prestará orientação aos administradores de bens e recursos,


preferencialmente sobre a tese e não sobre casos concretos, de forma adstrita à sua área de
competência. Essa atividade não se confunde com as de consultoria e assessoramento jurídico, que
competem à Unidade Jurídica e seus respectivos órgãos, nem com as atribuições da Corregedoria
Geral, no que se refere aos feitos disciplinares, ou com as competências regimentais de qualquer
outra unidade organizacional da Companhia.

A opinião fortuita de auditor interno, preferencialmente sobre a tese e não sobre o caso concreto, não
representa a opinião oficial da Unidade de Auditoria Interna, cujos documentos, relatórios e notas
técnicas se revestem do caráter institucional e não pessoal, item 7 do Parecer n.º 337/2005
ASJUR/CGU-PR, de 25 de outubro de 2005.

A Unidade de Auditoria Interna divulgará entre as unidades organizacionais da Companhia os


principais julgados do Tribunal de Contas da União, no intuito de que, sob a ótica da autotutela, os
gestores pautem suas práticas, a taxas crescentes, no diapasão da Corte de Contas.

Avaliação Do Desempenho

Sob o ponto de vista da alta administração da Companhia, o desempenho da Unidade de Auditoria


Interna será avaliado de acordo com a pertinência e tempestividade de suas propostas de correção
de disfunções ou impropriedades. Sob o ponto de vista do Sistema de Controle Interno do Poder

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AUDITORIA INTERNA

Executivo Federal, suas atividades serão supervisionadas com o objetivo de avaliar se os trabalhos
atendem a requisitos técnicos na seara da auditoria interna governamental.

Os auditores internos serão avaliados por ocasião de cada encerramento de trabalho de campo
ordinário, em caráter confidencial, mediante feedback oferecido pelo auditado- cliente nos termos do
“Formulário de Avaliação dos Auditores Internos pelos Auditados da Conab”, a ser preenchido pelo
chefe da unidade organizacional auditada (na condição de cliente), ou preposto, e encaminhado ao
Titular da Unidade de Auditoria Interna.

Este processo elucidará a percepção da gestão para com a atividade de auditoria interna e poderá,
ainda, resultar em sugestões para tornar mais eficaz e com maior capacidade de atendimento às
solicitações da gestão.

A Unidade de Auditoria Interna submeter-se-á à avaliação anual por parte de profissionais do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo Federal por ocasião das auditorias de gestão, a fim de que
seja evidenciado o cumprimento das atividades previstas no Plano Anual de Atividades de Auditoria
Interna; bem como se sujeitará, a cada três anos, à avaliação por outras unidades de auditoria interna
no âmbito do Poder Executivo Federal, avaliação essa denominada “revisão pelos pares”, visando
verificar se a Unidade de Auditoria Interna está realizando suas atividades de acordo com as normas
técnicas cabíveis.

O Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna estará orientado aos objetivos e planos da
Companhia.

Atividades Subsidiárias

As atividades a cargo da Unidade de Auditoria Interna destinam-se, de forma amostral e


multidisciplinar, a assessorar:

a) O exercício da direção superior na Companhia;

b) O acompanhamento sobre o cumprimento das metas do Plano Plurianual no âmbito da


Companhia, visando comprovar sua execução;

c) Os gestores no acompanhamento da execução dos programas de governo, visando comprovar o


nível de execução das metas, o alcance dos objetivos e a adequação do gerenciamento;

d) Na verificação da execução do orçamento, visando comprovar a conformidade da execução com


os limites e destinações estabelecidas na legislação pertinente;

e) Na verificação do desempenho da gestão, consubstanciados em indicadores de desempenho,


examinando os resultados quanto à economicidade, à eficiência, à eficácia, à efetividade e à
eqüidade da gestão orçamentária, financeira, patrimonial, de pessoal e demais sistemas
administrativos operacionais;

f) Os dirigentes da Companhia quanto aos princípios e às normas pertinentes aos controles internos
administrativos;

g) No tocante aos mecanismos para o exercício do controle social sobre as ações, quando couber,
bem como a adequação dos mecanismos de controle social em funcionamento no âmbito da
Companhia;

h) Na orientação aos profissionais da Companhia sobre julgados do Tribunal de Contas da União


acerca da gestão pública, em geral;

i) Na verificação do alinhamento e da aderência das iniciativas aos objetivos estratégicos constantes


do Mapa Estratégico Corporativo, inserido no Sistema de Avaliação Permanente do Desempenho da
Companhia.

Os empregados auditores internos não poderão assumir responsabilidades operacionais extra-


auditoria, caso contrário haverá enfraquecimento da objetividade na medida em que seria auditada
atividade sobre a qual aqueles profissionais teriam autoridade e responsabilidade.

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AUDITORIA INTERNA

Os empregados auditores internos não integrarão comissões de feitos administrativo- disciplinares,


pois que se configura em situação de impedimento a designação de empregado da Unidade de
Auditoria Interna para compor comissão de investigação, item 1.1.2, TC-010.811/2002-8, Acórdão n°
1.157/2005-TCU-2ª Câmara e IIA n.º 1130.A1-1.

As funções de auditoria interna deverão ser segregadas das demais atividades na Companhia item
1.2, TC-010.240/2005-1, acórdão n.º 1.214/2006-TCU-1ª Câmara.

Se o auditor interno for solicitado, de forma excepcional, para o desempenho de trabalho extra-
auditoria, que possa enfraquecer a objetividade, o Titular da Unidade de Auditoria Interna deverá
informar os gestores superiores de que tal atividade não é um trabalho de auditoria e, por
conseguinte, não deverão ser tiradas conclusões como se de um trabalho de auditoria se tratasse.

Um trabalho de auditoria poderá incluir múltiplas tarefas ou atividades destinadas a satisfazer um


conjunto específico de objetivos relacionados.

O Parecer da Unidade de Auditoria Interna, no processo de prestação de contas anual da


Companhia, adequar-se-á às diretrizes emanadas do Tribunal de Contas da União, do Órgão Central
do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal assim como ao disposto na lei 6.404/76,
cujas assinaturas ficarão a cargo, especificamente, do Titular da Unidade de Auditoria Interna e de
seus gerentes, quando for o caso, sendo necessária a assinatura de pelo menos um contador,
devidamente registrado no respectivo conselho profissional.

Controle Social

Deverão ser fomentadas condições para o exercício do controle social sobre os programas
contemplados com recursos oriundos dos orçamentos da União, visando fortalecer este mecanismo
complementar de controle, por intermédio da disponibilização de informações sobre as atividades
desenvolvidas, particularmente no que se refere à avaliação da execução dos programas e à
avaliação da gestão no âmbito da Companhia.

A Unidade de Auditoria Interna deve avaliar de forma metodológica, por amostragem, os mecanismos
de controle social previstos nos respectivos programas de governo, particularmente naqueles casos
em que a execução das ações se realiza de forma descentralizada nas diferentes unidades da
federação e nos municípios, devendo destacar se estão devidamente constituídos, operando
adequadamente, possuem efetiva representatividade dos agentes sociais e realizam suas atividades
de forma efetiva e independente, conforme o caso.

Tomada De Contas Especial

A Tomada de Contas Especial – TCE é um processo administrativo, instaurado pela autoridade


administrativa competente, quando se configurar omissão no dever de prestar contas, a não
comprovação da aplicação dos recursos repassados pela Companhia, a ocorrência de desfalque ou
desvio de dinheiros, bens e valores públicos ou, ainda, a prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou
antieconômico de que resulte dano à Companhia.

A TCE é um procedimento de exceção que visa apurar os fatos, identificar os responsáveis,


quantificar o dano e obter o ressarcimento à Companhia, dos prejuízos que lhe foram causados.

A atuação da Unidade de Auditoria Interna sobre os processos de TCE dar-se-á em conformidade


com as orientações e disposições próprias emanadas do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal e do Tribunal de Contas da União.

Diligências

As diligências promovidas pela Unidade de Auditoria Interna visam buscar informações e


esclarecimentos externamente ou junto aos gestores e a empregados da Companhia sobre as razões
que levaram à prática de qualquer ato orçamentário, financeiro, patrimonial e operacional, seja ele
omissivo ou comissivo, executado por dirigente ou empregado da Companhia, a fim de subsidiar os
exames a cargo da alta administração, ou atendendo à solicitação da Ouvidoria ou da Corregedoria-
Geral, inclusive no apoio institucional ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

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AUDITORIA INTERNA

Após a diligência, poderá ser emitida nota técnica sobre os assuntos levantados, contendo as
revelações, conclusões, recomendações e ações corretivas adotadas, conforme o caso.

A minuta da nota técnica sobre fraude deverá ser submetida à Corregedoria-Geral – Coger, para
análise e revisão, se for o caso.

Quando a diligência tiver a finalidade de verificar in loco processos de trabalho, no intuito de


desenvolver ou aprimorar programa de auditoria, será empreendida preferencialmente por auditor
interno com formação em ciência da administração ou em ciências econômicas.

Nenhum trabalho de auditoria in loco, de cunho ordinário, poderá ser empreendido sem que haja o
respectivo programa de auditoria, o qual se configura na essência do ato de auditar, definindo o ponto
de controle sobre o qual se deve atuar.

Organização E Estrutura

O Regimento Interno da Companhia disporá, minimamente, sobre duas gerências integrantes da


Unidade de Auditoria Interna.

Áreas De Atuação

A área de atuação da Unidade de Auditoria Interna abrange todas as unidades organizacionais da


Companhia Nacional de Abastecimento, constituindo-se objetos de exames amostrais os processos
de trabalho, com ênfase para:

a) Sistemas administrativo-operacionais e os controles internos administrativos utilizados na gestão


orçamentária, contábil, financeira, patrimonial, operacional e de pessoal;

b) A execução dos planos, programas, projetos e atividades que envolvam aplicação de recursos
públicos federais;

c) A aplicação e transferências de recursos da Companhia a entidades públicas ou privadas;

d) Os contratos e convênios firmados por gestores da Companhia com entidades públicas ou


privadas, para ações de cooperação, prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de
materiais;

e) Os processos de licitação, inclusive na modalidade pregão, as dispensas e as inexigibilidades;

f) Os instrumentos e sistemas de guarda e conservação dos bens e do patrimônio sob


responsabilidade das unidades organizacionais da Companhia;

g) Os atos administrativos que resultem direitos e obrigações para a Companhia;

h) Os sistemas eletrônicos de processamento de dados, suas informações de entrada e de saída,


objetivando constatar: a) segurança física do ambiente e das instalações do centro de processamento
de dados; b) segurança lógica e a confidencialidade nos sistemas desenvolvidos em computadores
de diversos portes; c) eficácia dos serviços prestados pela área de informática; d) eficiência na
utilização dos diversos computadores existentes na Companhia;

i) Verificação do cumprimento das normas internas e da legislação pertinente;

j) Os processos de Tomadas de Contas Especial;

k) As iniciativas estratégicas e os indicadores de desempenho levados a efeito diante do Mapa


Estratégico Corporativo.

Estão sujeitos à atuação da Unidade de Auditoria Interna quaisquer unidades organizacionais ou


empregados, que utilizem, arrecadem, guardem, gerenciem ou administrem dinheiros, bens e valores
da Companhia ou pelos quais a Companhia responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações
de natureza pecuniária.

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AUDITORIA INTERNA

Nenhum processo, documento ou informação poderá ser sonegado aos auditores internos, no
desempenho de suas atribuições, devendo os profissionais da Unidade de Auditoria Interna guardar o
sigilo das informações conforme previsto na normatização técnica, usando nos relatórios e notas
técnicas apenas informações de caráter consolidado, sem identificação de pessoa física ou jurídica
quando essas informações estiverem protegidas legalmente por sigilo; sendo vedada a obtenção de
elementos comprobatórios de forma ilícita.

O auditor interno respeita o valor e a propriedade da informação que recebe e não a divulga sem a
devida autorização, sendo-lhe vedado, em consciência, participar de atividades ilegais ou em atos
que descreditem a Unidade de Auditoria Interna ou a Companhia, como um todo.

É vedado a qualquer empregado em exercício na Unidade de Auditoria Interna a extração de cópia


pessoal de relatório de auditoria ou de nota técnica e dos respectivos papéis de trabalho (file =
programa de auditoria + elementos comprobatórios), em meio físico ou em meio magnético, pois que
esta documentação é propriedade da Companhia, permanecendo sob o estrito controle da Unidade
de Auditoria Interna e estando acessível apenas a pessoal autorizado, sendo arquivada pelo prazo de
5 (cinco) anos a contar do julgamento da Prestação de Contas Anual da Companhia, relativamente ao
exercício financeiro da execução da respectiva auditagem.

A Unidade de Auditoria Interna encaminhará todas as denúnias recebidas à Ouvidoria, para fins de
avaliação da admissibilidade quanto à oportunidade e ao custo/benefício de um possível esforço
apuratório. O objetivo do trabalho de auditoria inclui a promoção de controles internos administrativos
eficazes, a custos razoávies.

Para o cumprimento de suas atribuições e alcance de suas finalidades, a Unidade de Auditoria


Interna deve realizar suas atividades com foco nos resultados almejados estrategicamente pela
Companhia, para o qual se utilizará de metodologia de planejamento específica, com ênfase na visão
dos programas de governo como fator básico de organização da função pública, na gestão como
mobilização organizacional para o alcance desses resultados e no Mapa Estratégico Corporativo, que
se configura em ferramenta destinada a apresentar, de forma lógica e estruturada, as diretrizes
organizacionais de médio e longo prazo.

Orientação À Estratégia

O Mapa Estratégico Corporativo traduz a missão, a visão e a estratégia da Companhia em um


conjunto abrangente de objetivos, encadeados logicamente de forma a direcionar o comportamento e
o desempenho institucionais.

O aprendizado coletivo da Unidade de Auditoria Interna deverá fomentar a capacidade de interagir


sistematicamente com o ambiente e identificar mudanças, riscos, oportunidades, tendências e outros
sinais, bem como de definir, priorizar e comunicar esforços que favoreçam a criação de valor para os
auditados, na condição de clientes da Unidade de Auditoria Interna.

Os auditores internos, à guisa de questões fundamentais para o fortalecimento institucional da


Unidade de Auditoria Interna num horizonte temporal de longo prazo, deverão ter clareza sobre:

a) Propósito (para que existe a Unidade de Auditoria Interna?);

b) Visão (o que se quer da Unidade de Auditoria Interna?);

c) Valores que orientarão seus comportamentos.


Os propósitos e a visão, emanados da Administração Superior da Companhia, encontram-se
explicitados neste Manual de Auditoria Interna e buscam tornar esta Unidade de Auditoria Interna um
centro de excelência em controle, em prol do fortalecimento da gestão.

Quanto às crenças e aos valores que orientarão a conduta dos auditores internos rumo ao
desenvolvimento de uma cultura orientada a resultados, destacam-se:

a) Parceria;

b) Comprometimento ético com o auditado (cliente);

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AUDITORIA INTERNA

c) Socialização de conhecimentos técnicos;

d) Bom senso e justiça;

e) Trabalho em equipe;

f) Melhores informações para os auditados;

g) Obediência às normas internas;

h) Baixo custo operativo;

i) Inovação;

j) Qualidade e profissionalismo;

k) Gestão participativa;

l) Valorização das pessoas;

m) Constância de propósitos; e

n) Melhoria contínua.
É recomendável o intercâmbio multidisciplinar de informações e metodologias de trabalho entre
profissionais auditores internos governamentais, devendo os auditores internos da Companhia
interagirem com profissionais assemelhados de outras organizações públicas e privadas, nacionais e
internacionais.

Planejamento

O planejamento é a etapa fundamental para o sucesso do trabalho do auditor interno, sendo


imprescindível que seja alocado o tempo adequado para sua realização. A tentativa de abreviar o
tempo destinado ao planejamento muitas vezes redunda em problemas na execução, que poderão
provocar acréscimo no tempo total de realização do trabalho, além de repercussões negativas em sua
qualidade.

A Unidade de Auditoria Interna, no seu esforço de planejamento, poderá contar com recursos
externos nos casos em que se verificar a necessidade de conhecimentos adicionais ou outro domínio
de técnicas, matérias e metodologias.

Materialidade, Relevância E Criticidade

As variáveis básicas a serem utilizadas pela Unidade de Auditoria Interna em seu processo de
planificação dos trabalhos são:

a) Materialidade;

b) Relevância; e

c) Criticidade.
A materialidade refere-se ao montante de recursos orçamentários ou financeiros alocados por uma
gestão, em um específico ponto de controle (unidade organizacional, sistema, área, processo de
trabalho, programa de governo ou ação) objeto dos exames pelos empregados auditores internos.
Essa abordagem leva em consideração o caráter relativo dos valores envolvidos.

A relevância significa a importância relativa ou papel desempenhado por uma determinada questão,
situação ou unidade organizacional, existentes em um dado contexto.

A criticidade representa o quadro de situações críticas efetivas ou potenciais a ser controlado,


identificadas em uma determinada unidade organizacional ou programa de governo. Trata-se da

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AUDITORIA INTERNA

composição dos elementos referenciais de vulnerabilidade, das fraquezas, dos pontos de controle
com riscos operacionais latentes, etc.

Deve-se levar em consideração o valor relativo de cada situação indesejada. A criticidade é ainda, a
condição imprópria, por não conformidade às normas internas, por ineficácia ou por ineficiência, de
uma situação de gestão. Expressa a não-aderência normativa e os riscos potenciais a que estão
sujeitos os recursos utilizados. Representa o perfil organizado, por área, dos pontos fracos de uma
organização.

Plano Anual De Atividades De Auditoria Interna – Paint

As prioridades do planejamento anual das atividades da Unidade de Auditoria Interna serão


fundamentadas em análise de riscos, consistente com os objetivos da Companhia.

O planejamento anual dos trabalhos será consubstanciado no Plano Anual de Atividades de Auditoria
Interna – PAINT, a ser elaborado segundo orientações técnicas emanadas do Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo Federal.

Ao ser aprovado o PAINT, já estarão autorizadas pela alta administração, automaticamente, as


despesas com diárias e passagens dele decorrentes.

Programa De Auditoria

Constitui-se no objetivo final do planejamento. É um plano de ação detalhado e se destina,


precipuamente, a orientar adequadamente o trabalho do auditor interno, facultando-se-lhe, ainda,
sugerir oportunamente complementações quando as circunstâncias o recomendarem.

O programa de auditoria é uma definição ordenada de objetivos, determinação de escopo e roteiro de


procedimentos detalhados, destinado a orientar a equipe de auditoria; configura-se na essência
operacional do trabalho de auditagem relativamente a uma área específica da Companhia ou à
gestão de determinado sistema organizacional e deve estabelecer os procedimentos para a
identificação, análise, avaliação e registro da informação durante a execução do trabalho.

O programa de auditoria será estruturado de forma padronizada e conterá minimamente:

a) Sistema organizacional a ser auditado;

b) Conceituação;

c) Áreas envolvidas;

d) Período;

e) Objetivos;

f) Cronograma dos trabalhos;

g) Equipe de auditores internos;

h) Custos envolvidos;

i) Tick-marks utilizadas;

j) Procedimentos;

k) Questionário de Avaliação - Controles Internos Administrativos (QACI);

l) Campo para observações dos auditores internos;

m) Conceito dos auditores internos;

n) Orientações gerais.

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AUDITORIA INTERNA

A utilização criteriosa do programa de auditoria permitirá à equipe avaliar, em campo, sobre a


conveniência de ampliar os exames (testes de auditoria) quanto à extensão e/ou à profundidade,
caso necessário.

O programa visa definir os meios mais econômicos, eficientes e oportunos para se atingir os objetivos
da auditoria. Deve ser suficientemente discutido no âmbito da Unidade de Auditoria Interna e ser
aprovado por seu titular ou seu delegado, antes do início de trabalho de campo.

Para auxiliar na utilização do programa de auditoria, serão utilizadas marcas (símbolos) usuais de
verificação denominadas tick-marks21. A principal função de tais marcas é evidenciar qual o tipo de
revisão que foi efetuada sobre aquele item marcado. As marcas a serem utilizadas são:

a) Conforme documento original examinado ( Ø )

b) Conforme registro do sistema informatizado ( )

c) Conferido ( √ )

d) Cálculo conferido ( Σ )

e) Ponto de relatório ( X )
É importante que os programas de auditoria indiquem claramente o significado de cada marca ou
símbolo empregado.

Os empregados auditores internos dispensarão ao preparo dos programas de auditoria todo o


cuidado e o empenho necessários para que o resultado final atinja o padrão de qualidade técnica
almejado.

É desejável, ainda, que o programa de auditoria seja suficientemente flexível para permitir
adaptações tempestivas, sempre que surgirem questões relevantes que justifiquem as alterações
propostas. Qualquer modificação deve ser levada, por escrito, ao conhecimento da Unidade de
Auditoria Interna e receber a devida análise.

É recomendável que o novo programa de auditoria seja submetido a pelo menos um teste-piloto,
especialmente diante da elevada complexidade e da falta de manualização ou de informações
precisas a respeito do objeto da auditoria.

Ferramenta útil para facilitar a elaboração conceitual do trabalho e subsidiar as decisões sobre a
estratégia metodológica a ser empregada é a matriz de planejamento, de utilização obrigatória nas
avaliações de natureza operacional e facultativa nas demais modalidades de trabalho realizadas pela
Unidade de Auditoria Interna.

Papéis De Trabalho – PT

Os empregados auditores internos deverão registrar a informação relevante para fundamentar as


conclusões e avaliações adequadas.

Os papéis de trabalho – PT constituem-se no conjunto formado pelo programa de auditoria utilizado,


acrescido dos elementos comprobatórios (formulários, documentos...) coletados in loco, e se
constituem na evidência do trabalho executado e no fundamento da opinião da equipe de auditoria.

A custódia dos papéis de trabalho ficará a cargo da Unidade de Auditoria Interna. Os papéis de
trabalho de auditoria são propriedades da Companhia, devendo permanecer sob rigoroso controle da
Unidade de Auditoria Interna e devem ser acessíveis somente a pessoal autorizado, aí incluídos os
auditores do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e do Tribunal de Contas da
União, por exemplo.

Os papéis de trabalho serão arquivados em file, na Unidade de Auditoria Interna, pelo período de 5
(cinco) anos contados do julgamento, pela regularidade, da prestação de contas anual da
Companhia, relativamente ao exercício financeiro da execução da respectiva auditagem; constituindo-
se, portanto, no registro permanente do trabalho efetuado pela equipe.

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AUDITORIA INTERNA

Os papéis de trabalho podem ser em papel, fitas, discos, disquetes, CD, filmes ou outros suportes. Se
os papéis de trabalho de auditoria forem em suporte diverso do papel, deve-se providenciar a
obtenção de cópias de segurança.

É com base nos papéis de trabalho que o auditor interno irá relatar suas conclusões. Não serão
reportados em relatório ou nota técnica, conforme o caso, assuntos desprovidos de suporte
comprobatório em papéis de trabalho, caso contrário, constituir- se-á em grave imperícia técnica.

Os papéis de trabalho constituem a prova de validade dos exames efetuados e, consequentemente,


do relatório respectivo, e devem possuir os seguintes atributos:

d) Abrangência;

e) Objetividade;

f) Clareza;

g) Limpeza.
Quando da elaboração dos papéis de trabalho, o auditor interno deve levar em consideração os
seguintes imperativos de apresentação:

a) Devem ser concisos de forma que outro leitor entenda sem a necessidade de explicações da
pessoa que os elaborou;

b) Devem ser objetivos, de forma que se entenda onde o auditor interno pretende chegar com seus
apontamentos;

c) Devem estar limpos de forma a não prejudicar o seu entendimento;

d) Devem ser elaborados de forma lógica quanto ao raciocínio, na seqüência natural do objetivo a ser
atingido;

e) Devem ser completos, por si só.


São as seguintes as finalidades dos papéis de trabalho:

a) Racionalizar e auxiliar na execução do trabalho;

b) Garantir o alcance dos objetivos;

c) Evidenciar o trabalho feito e as conclusões emitidas;

d) Fundamentar e servir de suporte à minuta do relatório de auditoria ou da nota técnica;

e) Facilitar e fornecer um meio de revisão do trabalho por parte dos gerentes e do Titular da Unidade
de Auditoria Interna;

f) Constituir um registro que possibilite consultas posteriores, a fim de se obter detalhes relacionados
com a atividade de auditoria realizada;

g) Fornecer orientação para futuros trabalhos.


Sempre que possível, o Questionário de Avaliação dos Controles Internos Administrativos – QACI
conterá indicação de normativos ou de julgados do Tribunal de Contas da União no intuito de facilitar
os trabalhos de campo e de evitar que itens importantes possam passar despercebidos na auditagem.

Os papéis de trabalho serão revisados pelo Gerente de Auditoria e confrontados com a minuta de
relatório, no intuito de averiguar a consistência interna do trabalho e se os registros na minuta do
relatório são úteis e relevantes.

Os papéis de trabalho, contendo os programas de auditoria, estarão acessíveis aos auditores do

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Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e do Tribunal de Contas da União, de modo
a assegurar que os auditores externos se satisfaçam tecnicamente, em termos de confiabilidade do
trabalho anteriormente empreendido pelos auditores internos.

Amostragem

O método de amostragem é aplicado como forma de viabilizar a realização de ações da Unidade de


Auditoria Interna em situações onde o objeto alvo da ação se apresenta em grandes quantidades
e/ou se distribui de maneira bastante pulverizada. A amostragem é também aplicada em função da
necessidade de obtenção de informações em tempo hábil, em casos em que a ação, na sua
totalidade, torna-se impraticável, até mesmo em termos de custo/benefício.

O auditor interno, ao recorrer a uma amostra, reduzirá a população a dimensões menores, sem perda
das características essenciais.

A amostragem tem como objetivo conhecer as características de interesse de uma determinada


população a partir de uma parcela representativa. É um método utilizado quando se necessita obter
informações sobre um ou mais aspectos de um grupo de elementos (população) considerado grande
ou numeroso, observando apenas uma parte do mesmo (amostra). As informações obtidas dessa
parte somente poderão ser utilizadas de forma a concluir algo a respeito do grupo, como um todo,
caso esta seja representativa.

A representatividade é uma característica fundamental para a amostra, que depende da forma de


seleção e do tamanho da população. Potencialmente, a amostra obtém essa característica quando
ela é tomada ao acaso. Para uma amostra ser considerada representativa de uma população, ela
deve possuir as características de todos os elementos da mesma, bem como ter conhecida a
probabilidade de ocorrência de cada elemento na sua seleção, ou seja, uma amostra, para ser boa,
tem de ser representativa, devendo conter em proporção tudo o que a população possui qualitativa e
quantitativamente. E tem de ser imparcial, isto é, todos os elementos da população devem ter igual
oportunidade de fazer parte da amostra.

Existem várias razões que justificam a utilização de amostragem em levantamentos de grandes


populações. Uma dessas razões é a economicidade dos meios, reforçada pelo art. 14 do Decreto-lei
n.º 200, de 27 de fevereiro de 1967. Onde os recursos humanos e materiais são escassos a
amostragem se torna imprescindível, tornando o trabalho do profissional auditor interno bem mais
fácil e adequado. Outro fator de grande importância é o tempo, pois onde as informações das quais
se necessitam são valiosas e tempestivas, o uso de amostra também se justifica. Outra razão é o fato
de que, com a utilização da amostragem, a confiabilidade dos dados é maior devido ao número
reduzido de elementos, pode-se dar mais atenção aos casos individuais, evitando erros nas
respostas. Além disso, a operacionalidade em pequena escala torna mais fácil o controle do processo
como um todo.

Porém, existem casos onde não se recomenda a utilização de amostragem, tais como:

a) Quando a população é considerada muito pequena e a sua amostra fica relativamente grande;

b) Quando as características da população são de fácil mensuração, mesmo que a população não
seja pequena; e

c) Quando há necessidade de alta precisão recomenda-se fazer censo, que nada mais é do que o
exame da totalidade da população.

O método de amostragem se subdivide em dois tipos: o probabilístico e o não- probabilístico.

A principal característica do método de amostragem não-probabilístico é que este se baseia,


principalmente, na experiência do profissional auditor interno, sendo assim, a aplicação de tratamento
estatístico a seus resultados se torna inviável, bem como a generalização dos resultados obtidos
através da amostra para a população.

Essa limitação faz com que o método não sirva de suporte para uma argumentação, visto que a
extrapolação dos resultados não são passíveis de demonstração segundo às normas de cálculo
existentes hoje. Contudo, é inegável a sua utilidade dentro de determinados contextos, tal como, na

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AUDITORIA INTERNA

busca exploratória de informações ou sondagem, quando se deseja obter informações detalhadas


sobre questões particulares, durante um espaço de tempo específico.

Na amostragem não-probabilística, em auditoria interna, o tamanho usual da amostra corresponde a


10% ou 15% da população alvo; sendo recomendável, para a seleção desta, o uso de uma tábua de
números equiprováveis, também denominada de tábua de números aleatórios.

Na utilização da tábua de números equiprováveis, os itens, quer da população total (até

99 elementos), quer das estratificações, são efetuadas de modo aleatório. Torna-se mais fácil a
aplicação dessa técnica em auditoria interna quando os itens da população são ordenados
numericamente e dispostos numa tabela impressa, a qual integrará os papéis de trabalho, à guisa de
comprovante da lisura e da imparcialidade do procedimento adotado pelo auditor interno, com o
registro do número da tábua (de 1 a 3), do número da coluna (1 a 5) e do número da linha (1 a 13), os
quais deverão ser escolhidos, preferencialmente, pelo cliente auditado.

Deve-se evitar a utilização de programas de informática ou de máquinas geradoras de números


aleatórios, pois que dificultam a demonstração da imparcialidade, em papéis de trabalho, do
procedimento adotado pelo profissional auditor interno.

O Planejamento Deverá Ser Documentado.

Já o método de amostragem probabilística tem como característica fundamental o fato de poder ser
submetido a tratamento estatístico, sendo, portanto, os resultados obtidos na amostra generalizáveis
para a população. Para tanto, a amostragem estatística conta com uma série de formas diferentes de
obtenção do tamanho da amostra.

Uma dessas formas é a Amostra Aleatória Simples que tem como característica que cada elemento
da população tem a mesma chance de pertencer à amostra. Considera- se para isso que os
elementos da população em questão estão distribuídos de maneira uniforme. Nas demais formas ou
métodos de amostragem, pelo fato dos elementos não se processarem de maneira homogênea na
população, se faz necessário dispor de técnicas mais sofisticadas na obtenção do tamanho e seleção
da amostra.

Para se obter uma amostra se faz necessário obter alguns elementos fundamentais, sem os quais
fica impraticável o uso da técnica. O elemento primordial para se elaborar um plano amostral é saber
exatamente qual o objetivo da ação de controle, ou seja, o que se deseja obter com os resultados e
de posse deles a quais conclusões deseja-se chegar. Pois quando os objetivos da ação estão bem
definidos fica claro o estabelecimento de qual é a população alvo a ser considerada para a
elaboração da amostra, bem como a definição das unidades de amostragem (elementos). A partir do
conhecimento da população objeto de estudo e seus elementos é que se torna possível conhecer
como essa população se distribui entre os seus elementos, para a partir daí ser definido o método de
amostragem a ser adotado, bem como todas as suas considerações a priori.

Outro fator importante a ser definido anteriormente é a precisão que se deseja, ou seja, o máximo que
se admitirá de erro para os resultados obtidos na amostra. Além disso, é importante que a seleção
dos elementos da amostra seja rigorosamente aleatória, essa exigência é necessária pois, se na
seleção da amostra não for garantida a aleatoriedade significa que o servidor está influenciando com
seu juízo pessoal na escolha dos elementos da amostra e colocando assim em risco todo o trabalho
realizado, pois as informações obtidas a partir daquela amostra enviesada irá trazer resultados
equivocados a respeito do universo em questão. Ou seja, uma amostra mal dimensionada, e sem
aleatoriedade é tendenciosa, levando o servidor a conclusões errôneas.

Existem situações onde não é possível a obtenção de informações a respeito da população e sua
distribuição, seja pelo fato de a obtenção dessas informações ser muito dispendiosa, ou seja pelo fato
de se levar muito tempo para essas serem concluídas. Ou mesmo, pelo fato do acesso às mesmas
somente ser possível no ato da ação de controle.

Sendo assim, é usual a utilização de tabelas aplicadas ao Controle Estatístico de Qualidade, com a
definição prévia do risco que se deseja assumir, ou seja, qual o limite máximo de itens ou elementos
irregulares aceitáveis para se considerar uma situação regular, através do qual o tamanho da amostra
é dimensionada. A utilização dessas tabelas deve ser feita com muito critério, pois os resultados

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obtidos das amostras provenientes delas são bastante específicos. Tais situações específicas devem
ser devidamente estudadas pois essas tabelas não são de aplicação generalizada, sendo portanto
necessário o estudo de cada caso em separado, mensurando as vantagens e desvantagens da sua
utilização.

Diante do exposto, e do fato de que o Pedido de Ação de Controle é disponibilizado conforme o Plano
Amostral elaborado é necessário que o planejador da ação conste no relatório final de
acompanhamento todas as considerações adotadas na elaboração do mesmo, tais como: nível de
confiança, margem de erro, método de amostragem escolhido, divisões da população, caso seja a
nível nacional, ou estadual, ou municipal, ou ainda, por tipos de ocorrência.

Existem situações em que a natureza e qualidade dos itens a serem testados não permitem a
utilização de amostragem estatística ou os motivos da realização da auditagem torna desnecessária a
imparcialidade. Nestes casos, os testes tem base no julgamento pessoal do auditor interno, o qual
efetua a seleção dos itens subjetivamente, calcado principalmente na sua capacidade e experiência
profissionais, sob a motivação de suspeito de erros, impropriedades/disfunções e fraudes.

Riscos Operacionais

A avaliação do risco, durante a fase do planejamento da auditoria, destina-se à identificação de áreas


e sistemas relevantes a serem auditados.

São as seguintes as espécies de riscos operacionais:

a) Risco humano (erro não-intencional; qualificação; fraude);

b) Risco de processo (modelagem; transação; conformidade; controle; técnico);

c) Risco tecnológico (equipamentos; sistemas; confiabilidade da informação).


A fraude engloba um conjunto de irregularidades e ilegalidades caracterizado pelo engano
intencional, encobertamento ou violação da confiança. Pode ser perpetrada em benefício de pessoas
ou em prejuízo da organização e por pessoas tanto externamente como integrantes da Companhia.

O desencorajamento da fraude consiste em ações tomadas tempestivamente para dissuadir práticas


fraudulentas e limitar os riscos operacionais. O principal mecanismo para o desencorajamento da
fraude são os controles internos administrativos. A responsabilidade primeira pelo estabelecimento e
manutenção de controles pertence à gestão a custos razoáveis.

Apesar de não ser o objetivo primordial das atividades da Unidade de Auditoria Interna a busca de
fraudes, o auditor interno deve estar consciente da probabilidade de, no decorrer dos exames e
testes, defrontar-se com tais ocorrências. Compete-lhe assim, prestar especial atenção às transações
ou situações que apresentem indícios de fraudes e, quando obtida evidências, comunicar o fato à alta
administração para a adoção das medidas corretivas cabíveis.

Avaliar risco em auditoria interna significa identificar, medir e priorizar os riscos para possibilitar a
focalização das áreas auditáveis mais significativas. A avaliação do risco é utilizada para identificar as
áreas mais importantes dentro do seu âmbito de atuação, permitindo ao auditor interno delinear um
planejamento de auditoria capaz de testar os controles mais significativos para as questões de
auditoria que se mostrarem materialmente e criticamente relevantes.

Como ferramenta para a avaliação de riscos, de forma a sistematizar e estruturar informações de


riscos sobre o ambiente de análise, poder-se-á utilizar o Diagrama de Avaliação de Risco, que
estabelece o impacto potencial e as probabilidades de ocorrência dos riscos identificados.

Os riscos considerados de baixo impacto, ou seja, de conseqüências de baixa gravidade, poderão ser
aceitos e monitorados, com ou sem redirecionamento de condutas/procedimentos. Os riscos de alto
impacto poderão requerer a adoção de medidas saneadoras. Os riscos que além de alto impactos,
apresentarem alta probabilidade de ocorrência, merecerão imediatas medidas saneadoras.

A auditoria com foco em resultados e centrada no risco acrescenta mais valor à organização do que
uma auditoria centrada apenas nos aspectos de conformidade. Trata-se de novo paradigma, que

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significa ampliar a perspectiva da auditoria interna para abarcar as técnicas de gestão de riscos aos
programas de auditoria e de avaliação de natureza operacional.

Pasta Permanente

A Unidade de Auditoria Interna manterá informações úteis, atualizadas e digitalizadas para subsidiar
os trabalhos dos empregados auditores internos, denominada Pasta Permanente, a ser
disponibilizada no espaço específico da Unidade de Auditoria Interna na intranet.

A Pasta Permanente conterá, entre outros documentos, a legislação federal aplicável à Companhia e
os principais acórdãos do Tribunal de Contas da União.

Desenvolvimento Profissional Continuado

Os auditores internos deverão aperfeiçoar seus conhecimentos, capacidades e outras competências


mediante um desenvolvimento profissional contínuo.

A formação continuada pode ser obtida pela freqüência a conferências, seminários, cursos
universitários, programas de formação interna e participação em projetos de pesquisa.

A Companhia deve encorajar e patrocinar os empregados auditores internos a demonstrar sua


proficiência mediante da obtenção do Certified Internal Auditor – CIA, ou outras postas à disposição
pelo Institute of Internal Auditors; além disso, serão destinadas pelo menos 8% das horas anuais
trabalhadas para a realização de treinamentos.

Os profissionais da Unidade de Auditoria Interna deverão possuir, coletivamente, os conhecimentos e


dominar as técnicas e as matérias essenciais à prática da profissão na Companhia.

É responsabilidade do auditor interno manter um conhecimento sobre espécies de fraudes praticadas


no histórico de vida organizacional e, desta forma, estar apto a identificar futuros indicadores de
fraude.

Não se espera que o auditor interno tenha domínio de um conhecimento equivalente a um


profissional cuja principal responsabilidade seja a detecção e a investigação de práticas fraudulentas.
Por outro lado, os procedimentos de auditoria interna por si só, mesmo quando executados com zelo
profissional, não são suficientes para garantir que a fraude será detectada.

Exame

O auditor interno, no exercício de suas funções, terá livre acesso a todas as dependências da
Companhia, assim como a documentos, valores e livros considerados indispensáveis ao cumprimento
de suas atribuições, não lhe podendo ser sonegado, sob qualquer pretexto, nenhum processo,
documento ou informação, devendo o empregado guardar o sigilo das informações.

A independência permite ao auditor interno promover julgamentos imparciais e sem preconceitos.

Quando houver limitação da ação auditorial, o fato deverá ser comunicado, de imediato, por escrito,
ao nível gerencial máximo da unidade organizacional auditada, solicitando as providências
necessárias

O auditor interno deverá ser prudente na utilização e proteção da informação obtida no desempenho
de suas atividades. Não deverá utilizar a informação para benefício próprio ou que de outra forma
estaria em desacordo com as normas internas da organização ou em detrimento dos objetivos
legítimos da Companhia.

Espécies De Auditoria

A finalidade clássica da atividade de auditoria interna governamental é comprovar a legalidade e


legitimidade dos atos e fatos administrativos e avaliar os resultados alcançados, quanto aos aspectos
de economicidade, eficiência, eficácia, efetividade e eqüidade da gestão orçamentária, financeira,
patrimonial, operacional, contábil e finalística das unidades organizacionais e da Companhia como um
todo.

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Os trabalhos de auditoria, que geram relatórios, classificam-se em:

a) Auditoria de avaliação da gestão: esse tipo de auditoria objetiva emitir opinião com vistas à
elaboração do Parecer da Unidade de Auditoria Interna no processo de prestação de contas anual da
Companhia, relativamente ao exercício findo, atendendo às diretrizes do Órgão Central do Sistema de
Controle Interno do Poder Executivo Federal;

b) Auditoria de acompanhamento da gestão: realizada ao longo dos processos de gestão, com o


objetivo de se atuar tempestivamente sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e
negativos de uma unidade organizacional, evidenciando melhorias e economias existentes no
processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da missão institucional da Companhia;

c) Auditoria contábil-financeira: compreende o exame in loco e/ou à distância (via SIAFI) dos
registros e documentos e na coleta de informações e confirmações, mediante procedimentos
específicos explicitados em programa de auditoria, pertinentes ao controle do patrimônio. Objetivam
obter elementos comprobatórios suficientes que permitam opinar se os registros contábeis e
financeiros foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se as
demonstrações deles originárias refletem, adequadamente, em seus aspectos mais relevantes, a
situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as
demais situações nelas demonstradas; e

d) Auditoria especial: objetiva o exame não previsto de fatos ou situações consideradas relevantes,
de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas para atender solicitação expressa de
autoridade competente. Nesses casos, poder-se-á dispensar a existência prévia de programa de
auditoria.

A Unidade de Auditoria Interna executa outros trabalhos demandados pela Diretoria Colegiada e
pelos Conselhos de Administração e Fiscal, não inseridos nessa classificação, cujos resultados das
avaliações, inclusive de natureza operacional, serão destinados à Alta Administração da Companhia,
na forma de nota técnica.

Os trabalhos de auditoria tradicionais serão executadas das seguintes formas:

a) Direta – trata-se das atividades de auditoria executadas diretamente por empregados desta
Unidade de Auditoria Interna da Companhia;

b) Integrada – executada em conjunto com empregados da Companhia, externos à esta Unidade de


Auditoria Interna;

c) Compartilhada – coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal com o
auxílio de empregados auditores internos da Companhia.

Controles Internos Administrativos

Devem ser entendidos como quaisquer ações, métodos ou procedimentos adotados pela Companhia
ou por uma de suas unidades organizacionais, compreendendo tanto a Alta Administração como os
níveis gerenciais apropriados, relacionados com a eficiência operacional e obediências às diretrizes
estratégicas, para aumentar a probabilidade de que os objetivos e metas sejam atingidos. A Alta
Administração e a gerência planejam, organizam, dirigem e controlam o desempenho de maneira a
possibilitar com razoável certeza essa realização.

Um controle interno é qualquer ação adotada pelo gestor no intuito de reforçar a possibilidade de que
os objetivos e metas estabelecidos sejam alcançados. O conceito de controles internos
administrativos, ou sistema de controles internos, é o conjunto integrado de componentes de controle
e atividades utilizados pela Companhia para alcançar os seus objetivos e metas.

Os controles internos podem ser:

e) Preventivos (buscam evitar que fatos indesejáveis ocorram);

f) Detectores (para detectar e corrigir fatos indesejáveis já ocorridos);

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g) Diretivos (para provocar ou encorajar a ocorrência de um fato desejável).


Em linhas gerais, são objetivos dos controles internos:

a) Salvaguardar os ativos de prejuízos decorrentes de fraudes ou de erros não intencionais;

b) Antecipar-se, preventivamente, ao cometimento de erros, desperdícios, abusos e práticas


antieconômicas e fraudes;

c) Assegurar a validade e integridade dos dados financeiros e contábeis que serão utilizados pela
gerência para a tomada de decisões;

d) Incrementar a eficiência operacional e promover a obediência às normas internas;

e) Assegurar aderência às diretrizes estratégicas, planos, normas e procedimentos da Companhia;

f) Propiciar informações oportunas e confiáveis, inclusive de caráter administrativo/operacional,

g) Permitir a implementação de programas, projetos, atividades, sistemas e operações, visando


economicidade, eficiência, eficácia, efetividade e eqüidade.

Os controles internos administrativos implementados na Companhia têm caráter prioritariamente


preventivo, e se prestam como instrumentos auxiliares de gestão relativamente a todos os níveis
hierárquico-organizacionais.

O ambiente organizacional favorece a consciência sobre os controles internos administrativos.

Um necessário ambiente de controle na Companhia, fomentado pelas atitudes e ações dos gestores
e empregados, inclui:

a) Valores éticos compartilhados;

b) Filosofia e estilo de gestão;

c) Estrutura organizacional;

d) A delegação de responsabilidades;

e) Política e prática da gestão de pessoas;

f) Competência técnica dos profissionais; e

g) Canais de comunicação capazes de dar à gestão informações adequadas e fidedignas.


A Unidade de Auditoria Interna deverá, periodicamente, avaliar as práticas relativas à segurança da
informação e recomendar, se apropriado, o incremento ou a implementação de novos controles e
salvaguardas

Na avaliação dos controles internos administrativos na Companhia, a Unidade de Auditoria Interna


deverá levar em consideração:

a) Relação custo/benefício: consiste na avaliação do custo de um controle em relação aos benefícios


que ele possa proporcionar;

b) Qualificação adequada, treinamento e rodízio de funcionários: a eficácia dos controles internos


administrativos está diretamente relacionada com a competência, formação profissional e integridade
do pessoal. É imprescindível haver uma política de pessoal que contemple:

c) Seleção e treinamento de forma criteriosa e sistematizada, buscando melhor rendimento e


menores custos;

d) Rodízio de funções, com vistas a reduzir/eliminar possibilidades de fraudes; e

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e) Obrigatoriedade de funcionários gozarem férias regularmente, como forma, inclusive, de evitar a


dissimulação de irregularidades;

f) Delegação de poderes e definição de responsabilidades: a delegação de competência, conforme


previsto em lei, será utilizada como instrumento de descentralização administrativa, com vistas a
assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, e o ato de delegação deverá indicar, com
precisão, a autoridade delegante, delegada e o objeto da delegação, devendo ser, na Companhia,
observado o seguinte:

g) Existência de estatuto ou regimento e organograma adequados, em que a definição de autoridade


e conseqüentes responsabilidades sejam claras e satisfaçam plenamente as necessidades da
organização; e

h) Existência de manuais de procedimentos e rotinas, claramente determinados, que considerem as


funções de todos os setores da Companhia;Segregação de funções: a estrutura das unidades
organizacionais deve prever a separação entre as funções de autorização ou aprovação de
operações, execução, controle e contabilização, de tal forma que nenhuma pessoa detenha
competências e atribuições em desacordo com este princípio;

i) Instruções devidamente formalizadas: para atingir um grau de segurança adequado é


indispensável que as ações, procedimentos e instruções sejam disciplinados e formalizados por meio
de instrumentos eficazes e específicos, ou seja, claros e objetivos e emitidos por autoridade
competente;

j) Controles sobre as transações: é imprescindível estabelecer o acompanhamento dos fatos


contábeis, financeiros e operacionais, objetivando que sejam efetuados mediante atos legítimos,
relacionados com a finalidade da unidade ou entidade e autorizados por quem de direito; e

k) Aderência a diretrizes e normas legais: o controle interno administrativo deve assegurar


observância às diretrizes, planos, normas, leis, regulamentos e procedimentos administrativos, e que
os atos e fatos de gestão sejam efetuados mediante atos legítimos, relacionados com a finalidade da
unidade ou entidade.

A Unidade de Auditoria Interna se constitui em um elemento de controle, que tem como um de seus
objetivos a avaliação dos controles internos administrativos da Companhia.

Existem limitações inerentes aos controles internos administrativos, as quais devem ser reconhecidas
ao se considerar a eficácia de qualquer meio de controle, tendo em vista a possibilidade de
ocorrência de falhas humanas, como interpretação errônea de instruções, negligência, conluio, etc.

A avaliação preliminar dos controles internos pela aplicação do Questionário de Avaliação dos
Controles Internos Administrativos – QACI poderá incluir, também, a avaliação da força da prova dos
documentos que suportaram os registros. Quanto maior for o grau de adequação dos controles
internos administrativos aferidos pelas respostas aos questionamentos, menor será a vulnerabilidade,
podendo-se dispensar, na via de conseqüência, testes adicionais de auditoria ou, ainda, determinar
uma menor extensão e profundidade dos próprios testes.

Testes E Técnicas De Auditoria

Os testes que caracterizam os procedimentos de auditoria interna são classificados em duas


espécies:

Testes de observância (também denominados de aderência ou de conformidade); e

Testes Substantivos.

O objetivo do teste de observância é proporcionar ao auditor interno razoável segurança quanto à


efetiva utilização dos procedimentos previstos como controles internos administrativos, previamente
especificados pela Alta Administração nas normas internas. Visam, portanto, à obtenção de razoável
segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela Companhia estão em
efetivo funcionamento e cumprimento. Os Questionários de Avaliação dos Controles Internos – QACI
são ferramentas adequadas para os testes de observância.

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AUDITORIA INTERNA

Os testes substantivos são procedimentos que objetivam obter evidências que corroborem a validade
e propriedade dos atos e fatos administrativos, assegurando razoável grau de certeza quanto à
conformidade ou a existência de impropriedades. Depende da decisão do auditor interno o
dimensionamento do escopo dos testes substantivos a serem realizados, quanto à extensão e à
profundidade. Visam, portanto, à obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validação
dos dados produzidos pelos sistemas administrativos e contábil da Companhia, dividindo-se, em
linhas gerais, em testes de transações e saldos e procedimentos de revisão analítica. As espécies de
testes substantivos se classificam em:

a) Circularização (confirmação, junto a terceiros, de fatos alegados pelo auditado);

b) Verificação física (in loco, com registro fotográfico, se possível);

c) Conciliações (confronto de registros de fontes diferenciadas);

d) Exame dos registros;

e) Análise documental;

f) Conferência de cálculos;

g) Entrevistas (indagação escrita ou oral);

h) Corte das operações (cut-off);

i) Rastreamento;

j) Teste laboratorial.
As inúmeras classificações e formas de apresentação das técnicas de auditoria são agrupadas nos
seguintes tipos básicos:

a) Indagação escrita ou oral - uso de entrevistas e questionários junto ao pessoal da unidade


organizacional auditada, para a obtenção de dados e informações;

b) Análise documental - exame de processos, atos formalizados e documentos avulsos;

c) Conferência de cálculos - revisão das memórias de cálculos ou a confirmação de valores por meio
do cotejamento de elementos numéricos correlacionados, de modo a constatar a adequação dos
cálculos apresentados;

d) Confirmação externa – verificação junto a fontes externas ao auditado, da fidedignidade das


informações obtidas internamente. Uma das técnicas, consiste na circularização das informações com
a finalidade de obter confirmações em fonte diversa da origem dos dados;

e) Exame dos registros – verificação dos registros constantes de controles regulamentares, relatórios
sistematizados, mapas e demonstrativos formalizados, elaborados de forma manual ou por sistemas
informatizados. A técnica pressupõe a verificação desses registros em todas as suas formas;

f) Correlação das informações obtidas - cotejamento de informações obtidas de fontes


independentes, autônomas e distintas, no interior da própria Companhia. Essa técnica procura a
consistência mútua entre diferentes amostras de evidência;

g) Inspeção física - exame usado para testar a efetividade dos controles internos administrativos,
particularmente daqueles relativos à segurança de quantidades físicas ou qualidade de bens
tangíveis. A evidência é coletada sobre itens tangíveis;

h) Observação das atividades e condições – verificação das atividades que exigem a aplicação de
testes flagrantes, com a finalidade de revelar erros, problemas ou deficiências que de outra forma
seriam de difícil constatação. Os elementos da observação são:

h.1)A identificação da atividade específica a ser observada; h.2)Observação da sua execução;

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h.3)Comparação do comportamento observado com os padrões; e h.4)Avaliação e conclusão.

i) Corte das operações ou cut-off - corte interruptivo das operações ou transações para apurar, de
forma seccionada, a dinâmica de um procedimento. Representa a “fotografia” do momento-chave de
um processo;

j) Rastreamento - investigação minuciosa, com exame de documentos, setores, unidades


organizacionais e procedimentos interligados, visando dar segurança à opinião do responsável pela
execução do trabalho sobre o fato observado.

A Solicitação de Auditoria – SA é o documento endereçado ao dirigente máximo da unidade auditada,


utilizado pela equipe de auditores ao longo da fase de apuração, para:

● solicitar o acesso da equipe de auditores às dependências da unidade auditada;

● informar à unidade auditada as ocorrências identificadas pela equipe de auditoria, que poderão
constituir-se em registros do relatório de auditoria a ser emitido;

● solicitar a apresentação de documentos, informações, justificativas e demais elementos


necessários às atividades de auditagem.

A Nota de Auditoria – NA é o documento em solicitação de ação corretiva aplicada durante os


trabalhos de campo. A NA pode servir para a proposição de ação corretiva sobre questões pontuais –
falhas formais – de caráter não postergável. Também serve à recomendação de solução para
eliminação de situações potencialmente danosas ao patrimônio da Companhia, passíveis de serem
evitadas pela assunção de procedimentos corretivos.

Procedimentos Analíticos De Auditoria

Os empregados auditores internos deverão fundamentar as conclusões e resultados do trabalho


mediante análises e avaliações apropriadas.

Os procedimentos analíticos proporcionam ao auditor interno da Companhia um meio eficiente e


efetivo de fazer uma avaliação da informação recolhida numa auditoria. A avaliação resulta da
comparação dessa informação com expectativas identificadas ou desenvolvidas pelo auditor interno.

Os procedimentos analíticos de auditoria são úteis na identificação, entre outros aspectos, de:

1. Diferenças não esperadas;

2. Ausência de diferenças quando esperadas;

3. Erros potenciais;

4. Impropriedades potenciais ou atos não aderentes aos normativos internos;

Outras transações ou fatos não recorrentes ou não usuais. Os procedimentos analíticos adotados
pelo auditor interno podem incluir:

a) Comparação de informações do período corrente com informações similares de períodos


anteriores;

b) Comparação de informações do período corrente com orçamentos ou previsões;

c) Estudo de relações de informações financeiras com informações não financeiras (por exemplo,
custos com pessoal com alterações no número médio de empregados);

d) Estudo de relações entre elementos de informação;

e) Comparação de informações com informações similares de outras unidades organizacionais da


Companhia;

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f) Comparação de informações com informações de segmentos econômicos nos quais a Companhia


opera.

Os procedimentos analíticos poderão ser efetuados por meio de valores monetários,


preferencialmente a preços reais (e não nominais), quantidades físicas, razões e porcentagens. Os
procedimentos analíticos de auditoria incluem, mas não se limitam, a análise de regressão, de razões
ou de tendências observadas, as comparações entre períodos (sazonalidades), a comparação com
orçamentos, as previsões e a informação externa de cunho econômico.

Os procedimentos analíticos de auditoria auxiliam o auditor interno na identificação de condições que


possam necessitar de testes subseqüentes.

Os empregados auditores internos da Companhia devem considerar as seguintes circunstâncias para


avaliar em que medida se utilizarão dos procedimentos analíticos de auditoria:

a) A importância da área a ser examinada;

b) A adequação dos controles internos administrativos;

c) A disponibilidade e a confiança das informações financeira e não financeira;

d) A precisão com a qual os resultados dos procedimentos analíticos de auditoria podem ser
previstos;

e) A disponibilidade e a comparabilidade da informação referente ao segmento econômico no qual a


Companhia opera;

f) A extensão em que outros procedimentos de trabalhos de auditoria já realizados, à guisa de


suporte para os resultados desta auditoria.

Quando os procedimentos analíticos de auditoria identificam resultados ou relações inesperados, os


empregados auditores internos devem examinar e avaliar esses resultados ou relações, no intuito de
que se convençam de que os resultados e relações são suficientemente explicados. Os resultados ou
relações que não forem convenientemente explicados devem ser comunicados aos níveis adequados
da gestão. O auditor interno pode recomendar a adoção de providências, dependendo das
circunstâncias.

Avaliação

Evidências

Evidência é a informação que o auditor interno precisa obter para registrar, na minuta do relatório,
suas constatações, também denominadas de achados de auditoria, as quais servirão para a
sustentação das conclusões da equipe.

As conclusões da equipe somente se justificam se amparadas pelo suporte de evidências que devem
atender a determinados requisitos/atributos de validade:

a) Ser suficientes (permitir a terceiros que cheguem às mesmas conclusões do auditor interno);

b) Ser relevantes ou pertinentes;

c) Ser adequadas ou fidedignas (obtidas mediante a aplicação de um procedimento aceito


profissionalmente).

Procedimentos de auditoria são no âmbito da Companhia, o conjunto de técnicas que permitem ao


auditor interno obter, legitimamente, evidências relevantes, suficientes e adequadas para
fundamentar sua opinião.

Os assuntos resolvidos em campo não constarão de relatório de auditoria, mas farão parte do file.

Comunicação

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AUDITORIA INTERNA

O Titular da Unidade de Auditoria Interna deve supervisionar a elaboração e assinar todos os


relatórios de auditoria, cujo original será arquivado em dossiê específico na Unidade de Auditoria
Interna.

Quanto ao conteúdo, os relatórios de auditoria devem ser suficientemente importantes para


merecerem a atenção daqueles a quem são dirigidos. Deverão ser evitados temas de baixa
relevância ou aqueles desprovidos de lastro documental comprobatório.

Os fatos devem ser apresentados com objetividade e fidedignidade, omitindo-se a vontade, emoção e
interesses de quem elaborou o relatório.

A linguagem utilizada deverá ser simples, evitando-se rebuscamento, de modo a permitir que a
mensagem seja entendida por qualquer pessoa, mesmo a que não detenha conhecimentos na área
auditada. Os termos, siglas e abreviaturas utilizados devem estar sempre definidos.

O auditor interno deverá ser hábil no relacionamento com as pessoas e no processo efetivo de
comunicação. O auditor interno deverá compreender as relações humanas e manter relações
satisfatórias com os auditados, seus clientes.

As comunicações deverão ser corretas, objetivas, claras, concisas, construtivas, completas e


oportunas

Quanto à concisão, deve-se avaliar o que é importante e descartar o que é desnecessário ou


dispensável, evitando-se o desperdício de idéias e/ou palavras. Os parágrafos devem ser,
preferencialmente, curtos.

Quando for inevitável um relatório de auditoria mais extenso, deverá ser elaborado um Sumário
Executivo introdutório, para aumentar a possibilidade de que a mensagem seja transmitida.

O relatório deverá atender aos requisitos de fidelidade (fidedignidade), fazendo referência escrita
apenas àquilo que os exames permitiram saber, sem fazer suposições. Todos os dados, deficiências
e conclusões devem estar adequadamente sustentados por evidências suficientes nos papéis de
trabalho, para efeito de prova.

O auditor interno deverá informar ao Titular da Unidade de Auditoria Interna qualquer situação em
que exista, ou possa razoavelmente inferir-se, a existência de um conflito de interesses ou de idéias
preconcebidas. Nesses casos, será renomeado o auditor interno para a realização do trabalho.

A exatidão dos dados e a precisão das colocações são de importância fundamental, na medida em
que fornecem credibilidade ao exame efetuado. O texto do relatório deve ser cuidadosamente revisto
pela equipe e pelo Gerente de Auditoria, de modo a garantir a imparcialidade de julgamento.

As informações expostas devem ser apresentadas de maneira convincentes relativamente à sua


importância e razoabilidade das constatações, recomendações e sugestões. A informação deve ser
suficiente, competente, relevante e útil para fornecer uma base sólida para as constatações e
recomendações da Unidade de Auditoria Interna.

A informação suficiente é factual, adequada e convincente no sentido de que uma pessoa informada
e prudente chegaria às mesmas conclusões do auditor interno. A informação competente é de
confiança e a mais acessível por meio do uso de apropriadas técnicas de auditoria. A informação
relevante suporta as constatações e recomendações dos auditores internos e é consistente com os
objetivos do trabalho auditorial. A informação útil ajuda a Companhia a atingir seus objetivos, pois que
se insere na ótica do controle orientado a resultados.

Ao formular uma recomendação, sempre que possível, a equipe deve estimar a economia líquida de
recursos decorrente da sua implementação, especificando, dessa maneira, o valor agregado e os
benefícios advindos da atuação da Unidade de Auditoria Interna. As dificuldades de quantificar os
benefícios potenciais variam segundo o tipo de benefício. Entretanto, em muitos casos, os impactos
financeiros podem ser estimados com razoável segurança.

As constatações são impropriedades pontuais que demandariam medidas corretivas ou saneadoras.


As recomendações relevantes e úteis ao gestor se dão em face da fragilidade nos controles internos

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administrativos, na gestão de riscos operacionais, e na exígua aderência aos objetivos estratégicos


da Companhia (governança), as quais poderão ser monitoradas em follow-up, ou não. As sugestões
são de caráter mais geral, estando na dependência de ação de outras unidades organizacionais.

Nem toda constatação gera recomendação; e nem toda recomendação deve ser incluída no follow-up
da Unidade de Auditoria Interna.

O auditor interno deverá manter-se atrelado aos quesitos propostos no respectivo programa de
auditoria, à exceção daqueles trabalhos extraordinários, demandados externamente.

O relatório deve causar boa impressão estética, devidamente titulado, e distribuído numa seqüência
lógica.

As conclusões devem estar coerentes e ajustadas ao conteúdo do relatório.

O relatório também deve ser convincente, de modo que as recomendações e sugestões efetuadas
ganhem apoio dos atores capazes de influenciar na gestão do objeto auditado, de forma a serem
efetivamente implementadas e a gerarem melhorias de desempenho ou readequação de
procedimentos em benefício da Companhia.

O convencimento dos atores interessados sobre a pertinência das recomendações propostas


depende da maneira como as questões de auditoria são tratadas nos relatórios. Importa que as
informações sejam organizadas e dispostas com rigor técnico, com apropriado grau de detalhamento
e que os principais pontos sejam destacados. O desenvolvimento do texto deve guardar coerência
com a seqüência lógica dos argumentos, formando um texto coeso, convincente e claro.

Cumpre às Unidades Organizacionais da Companhia se manifestarem formalmente acerca das


recomendações e sugestões da Unidade de Auditoria Interna no prazo de 20 (vinte) dias úteis da data
do recebimento do Relatório de Auditoria ou da Avaliação de Natureza Operacional – Anop.

Compete ao Titular da Unidade de Auditoria Interna determinar como, quando, e a quem os


resultados dos trabalhos de auditoria deverão ser comunicados na forma de relatório padronizado ou
de nota técnica.

O auditor interno deve se preocupar com habilidades de comunicação verbal com as pessoas na
Companhia, devendo manter um bom relacionamento de modo a obter cooperação para executar as
tarefas que lhe foram designadas.

É permitido ao auditor interno dar crédito, mediante elogio, a serviços que outros empregados da
Companhia tenham executados com proficiência. Deve-se evitar a crítica verbal a colegas de
Companhia, bem como o revidar ataques.

O auditor interno procurará ver as coisas do ponto de vista da outra pessoa, sendo necessário, para
tanto, maturidade, controle emocional e esforço consciente.

Os relatórios de auditoria devem ser distribuídos a um número mínimo de agentes da Companhia


capazes de assegurar que os resultados da auditoria serão levados em consideração, ou seja, os
resultados serão levados ao conhecimento daqueles que estejam em posição de determinar as
medidas saneadoras ou assegurar que essas ações corretivas sejam implementadas.

Aos membros da Diretoria Colegiada da Companhia, do Conselho de Administração ou do Conselho


Fiscal poderá ser disponibilizado apenas um Sumário Executivo, contendo a síntese do relatório.

Atributos De Qualidade Das Informações

As informações que proporcionem a abordagem da atividade, quanto aos atos de gestão, fatos ou
situações observados na Companhia, devem reunir principalmente os seguintes atributos de
qualidade:

a) Concisão - utilizar linguagem sucinta e resumida, transmitindo o máximo de informações de forma


breve. É característica dessa linguagem a precisão e a exatidão;

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b) Objetividade – expressar linguagem prática e positiva, demonstrando a existência real e material


da informação;

c) Convicção – demonstrar a certeza da informação que a comunicação deve conter visando


persuadir e convencer qualquer pessoa para as mesmas conclusões, evitando termos e expressões
que possam ensejar dúvidas;

d) Clareza – expressar linguagem inteligível e nítida de modo a assegurar que a estrutura da


comunicação e a terminologia empregada permitam que o entendimento das informações sejam
evidentes e transparentes;

e) Integridade – registrar a totalidade das informações de forma exata e imparcial, devendo ser
incluídos na comunicação todos os fatos observados, sem nenhuma omissão, proporcionando uma
visão completa das impropriedades/disfunções apontadas, recomendações efetuadas e conclusão;

f) Oportunidade – transmitir a informação, simultaneamente, com tempestividade e integridade de


modo que as comunicações sejam emitidas de imediato, com a extensão correta, a fim de que os
assuntos neles abordados possam ser objeto de oportunas providências;

g) Coerência – assegurar que a linguagem seja harmônica e concordante, de forma que a


comunicação seja lógica, correspondendo aos objetivos determinados;

h) Apresentação – assegurar que os assuntos sejam apresentados numa seqüência estruturada,


isenta de erros ou rasuras que possam prejudicar o correto entendimento, segundo os objetivos do
trabalho, de forma adequada, com uma linguagem que atenda, também, aos atributos de qualidade
mencionados; e

i) Conclusivo – permitir a formação de opinião sobre as atividades realizadas. Em algumas situações


identificadas, poderá ficar especificado que não cabe uma manifestação conclusiva da Unidade de
Auditoria Interna, principalmente nos casos em que os exames forem de caráter intermediário.

Audiência E Comentários Do Auditado

Antes de emitir a minuta do relatório de auditoria, a equipe deverá discutir as conclusões e


recomendações com os níveis de gestão apropriados56, considerando, inclusive, a necessidade dos
gestores da Companhia de ter assegurada, em tempo hábil, a oportunidade de apresentar
esclarecimentos adicionais ou justificativas a respeito dos atos e fatos administrativos sob sua
responsabilidade, no pleno exercício de seu direito de defesa.

A discussão das conclusões e recomendações será realizada em reunião de encerramento dos


trabalhos com o gestor. Além disso, será enviada a versão preliminar do relatório de auditoria, em
caráter confidencial, para apreciação do responsável de cada unidade organizacional auditada no
prazo de 5 (cinco) dias úteis. Estas discussões e revisões ajudam a assegurar que não se verificaram
mal entendidos ou incompreensões acerca dos fatos, dando a oportunidade ao auditado para
esclarecer pontos específicos e para expressar pontos de vista sobre as constatações e
recomendações.

Manifestações posteriores do gestor auditado serão analisadas pela Unidade de Auditoria Interna e
informadas, oportunamente, ao órgão central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal, no que se refere exclusivamente à remessa de relatório de auditoria ao Sistema de Controle
Interno.

As auditorias subseqüentes verificarão se os gestores da Companhia adotaram as providências


necessárias à implementação das recomendações consignadas nos relatórios de auditoria.

Não-Conformidade Com As Normas Internas

Diante da não-conformidade de um ato de gestão às normas internas da Companhia, que impacte


significativamente a gestão quanto à sua relevância, a comunicação do resultado em relatório de
auditoria conterá a(s) norma(s) interna(s) que não foram devidamente cumpridas, o(s) motivo(s) por
não ter(em) sido cumprida(s) e o impacto para a unidade organizacional ou para a Companhia.

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Erros E Omissões

Caso a Unidade de Auditoria Interna venha a incorrer, involuntariamente, em erros e omissões no


transcorrer dos trabalhos, será dado oportuno conhecimento a todos os destinatários originais do
relatório de auditoria ou da nota técnica produzida por equipe de auditores internos.

Será feita, periodicamente, revisão interna formal por parte dos membros desta Unidade de Auditoria
Interna, para avaliar a qualidade do trabalho de auditoria realizado e fornecer recomendações para
melhorias.

Relatório Anual De Atividades Da Auditoria Interna – Raint

A Unidade de Auditoria Interna submeterá o relatório anual de atividades à Diretoria Colegiada da


Companhia e ao Conselho de Administração. O relatório sublinhará as constatações e as
recomendações mais significativas da Unidade de Auditoria Interna, tenham ou não sido
satisfatoriamente solucionadas, e os desvios relevantes em relação à programação anual dos
trabalhos aprovada, bem como a razão de ser desses desvios.

A elaboração do RAINT seguirá normatização do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo


Federal.

Considerar-se-á como constatação mais significativa aquela que, na opinião do Titular da Unidade de
Auditoria Interna, pode afetar adversamente a Companhia. Os achados significativos podem incluir
condições relacionadas com impropriedades em face dos normativos internos, erros, ineficiências,
perdas, ineficácia, conflitos de interesse e pontos fracos nos controles internos administrativos.

Sistema De Auditoria Interna – SIAUDI

O Siaudi busca fundamento na IN/SFC n.º 1, de 6 de abril de 2001, a qual determina, em seu capítulo
VIII, seção I, item 7, subitem III, que trata da computação eletrônica de dados, que:

“Os órgãos e unidades de Controle Interno do Poder Executivo Federal devem utilizar de todos os
recursos tecnológicos disponíveis na área de informática, tais como sistemas, acesso a internet,
redes locais, a fim de otimizarem suas ações e tornarem mais eficaz o processo de consolidação de
informações e transmissão dos resultados produzidos.”

Apesar de a Coaud não ser um órgão do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal,
suas atividades devem, por determinação expressa na mesma Instrução Normativa, guardar
similitude àquelas exercidas por órgãos/unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal.

No mesmo sentido, o Siaudi vem atender também a objetivos estratégico-corporativos não


financeiros, como o de “facilitar o acesso às informações e conhecimentos e fortalecer os
mecanismos de divulgação”, “melhorar a geração de informações e conhecimento” e “prover a
Companhia de infra-estrutura de tecnologia de informação atualizada”, além de permitir a “otimização
da gestão orçamentário-financeira”, objetivo este sob a perspectiva financeira.

O Siaudi desenvolveu-se no espaço pricipiológico da moderna gestão pública gerencial, voltada para
resultados. Privilegiou-se a descentralização, a delegação de competências, a gestão participativa, a
desburocratização e a democratização de informações, de modo a permitir melhor eficiência
procedimental e efetividade ao objetivo precípuo da Coaud, ou seja, adicionar valor e melhorar as
operações da Companhia nas áreas de gerenciamento de riscos, controles e governança corporativa,
por meio de avaliações e consultorias disciplinadas e sistematizadas.

Com a utilização do Siaudi, os processos de auditoria interna passam a ser exclusivamente digitais.
Além de eliminar por completo a necessidade de relatórios impressos, a utilização do sistema permite
maior celeridade processual, maior segurança de dados, acessibilidade compartilhada, simultânea e
remota, economicidade e eficiência na utilização de recursos e melhor gestão de conhecimentos
gerados no âmbito da Coaud.

A eliminação de papel, possibilitada pelo Sistema, alinha-se à necessidade de preservação da


cobertura vegetal do planeta, amplamente divulgada por organismos e instituições nacionais e

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internacionais, a exemplo da Organização das Nações Unidas - ONU. A máxima eficiência na


utilização do papel é considerado, hoje, mais do que uma necessidade em termos de economicidade,
mas, principalmente, um valor social da humanidade.

A utilização do Sistema dar-se-á mediante o cadastramento automático de usuários, em função dos


cargos que ocupam na estrutura organizacional da Companhia. O acesso poderá ser permitido a
qualquer técnico lotado na unidade auditada, desde que este detenha conhecimentos técnicos
relevantes, avaliados pelo Gestor máximo do órgão auditado. Essa atividade é efetivada diretamente
no Sistema por meio de mecanismo próprio, com a finalidade de permitir a instrução dos processos
de acompanhamento de auditorias realizadas com evidências que comprovem o completo
atendimento às recomendações, consignadas nos respectivos relatórios de auditoria.

O Siaudi será de uso compulsório pelos órgãos auditados e disponibilizado à alta administração da
Companhia, a exemplo do Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Presidência, para consultas
e averiguações nos relatórios de auditoria e de acompanhamento.

Também os órgãos de Controle Federais, a exemplo da Controladoria Geral da União – CGU e do


Tribunal de Contas da União – TCU, poderão ter acesso ao Sistema, desde que solicitado.

O acompanhamento das recomendações da Unidade de Auditoria Interna será feito por meio do
Siaudi61. Esse processo de monitoramento (follow-up) assegurará que as ações saneadoras de
gestão foram efetivamente implementadas ou que os gestores superiores aceitaram o risco de não
adotar qualquer medida.

A etapa de monitoramento compreende, também, a revisão dos trabalhos realizados com base nos
programas de auditoria previamente estabelecidos. Nesse sentido, o planejamento, a execução e a
comunicação dos resultados devem ser supervisionados pelo Gerente de Auditoria e continuamente
analisados e avaliados, com o objetivo de alimentar o ciclo da metodologia dos trabalhos no âmbito
da Unidade de Auditoria Interna.

O monitoramento tem por finalidade básica, desenvolver metodologias, corrigir desvios e garantir os
objetivos previstos, constituindo-se em processo usado como orientação, desenvolvimento das
equipes e aprimoramento dos trabalhos.

O monitoramento deve contribuir para o alcance dos objetivos dos trabalhos da Unidade de Auditoria
Interna. O papel do monitoramento dos trabalhos é identificar e localizar as falhas ou distorções
existentes no planejamento, na execução e na comunicação dos resultados, com vistas a indicar as
correções a serem feitas, no sentido de se alcançarem os objetivos colimados.

Aceitação Do Risco

Quando o Titular da Unidade de Auditoria Interna for da opinião de que os gestores superiores
optaram por um nível de risco residual que é inaceitável para a Companhia, o responsável pela
Unidade de Auditoria Interna deverá discutir o assunto com a Diretoria Colegiada. Se a decisão sobre
o risco residual não for solucionada, o Titular da Unidade de Auditoria Interna e a Diretoria Colegiada
deverão relatar o assunto exclusivamente para o Conselho de Administração, para fins de decisão.

Os gestores podem assumir o risco de não corrigir a constatação reportada por razões de custo ou
outras considerações motivadas.

Monitoramento E Controle De Qualidade

O controle de qualidade das atividades de auditoria interna visa a estabelecer critérios de avaliação
sobre a aderência dos trabalhos realizados pela Unidade de Auditoria Interna com relação à
observância das normas internas e das práticas internacionais da atividade, avaliando o desempenho
dos auditores internos em todas as etapas do trabalho, no intuito de identificar aspectos operativos
passíveis de aperfeiçoamentos.

A fim de possibilitar a consecução dos objetivos, a Unidade de Auditoria Interna manterá sob
constante controle e avaliação suas atividades, relacionadas, entre outras, com os seguintes e
importantes aspectos:

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a) Organização administrativa dos recursos humanos, materiais e instrumentais, da legislação


atualizada, normas específicas, programas de auditoria, papéis de trabalho, pastas permanentes;

Planejamento dos trabalhos de forma a adequar suas atividades às reais necessidades da alta
administração da Companhia a curto, médio e longo prazos, observando critérios uniformes,
parâmetros previamente estabelecidos e atividades harmônicas em relação às ações desenvolvidas
pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e pelo Tribunal de Contas da União;

b) Execução dos trabalhos deve ser desenvolvida, atentando-se para:

b.1) A elaboração de papéis de trabalho limpos, claros, objetivos, conclusivos e corretamente


referenciados;

b.2) Comprovação satisfatória, junto aos papéis de trabalho, das ocorrências detectadas que
ensejarem sugestões e recomendações às unidades organizacionais da Companhia;

b.3) Obediência aos modelos estabelecidos para montagem e apresentação dos relatórios e das
notas técnicas;

b.4) Distribuição dos assuntos, no corpo do relatório, com observância da fundamentação legal,
quando necessária, conteúdo técnico e terminologia apropriada;

b.5) Observância às normas ortográficas e gramaticais na redação dos relatórios;

b.6) Elaboração de comentários sucintos sobre os assuntos enfocados, nas


sugestões/recomendações, sem explanações muito extensas, desnecessárias ou inexpressivas, que
nada acrescentem ao trabalho;

b.7) Não utilização de termos dúbios, obscuros ou ofensivos; c.8) Eventual existência de
interpretações ou conclusões subjetivas que

evidenciem pontos de vista pessoais, não calcados em provas substanciais ou fatos devidamente
comprovados;

c.9) Análise dos atos e fatos, objeto de exame, com isenção e bom senso, atendo-se mais à
eficiência e segurança dos controles internos administrativos e aos riscos operacionais envolvidos e
não, especificamente, às pessoas que os tenham praticado;

c.10) Redação clara e objetiva, que transmita, por parte da equipe de auditores internos, seriedade,
consideração e respeito aos responsáveis e dirigentes das unidades organizacionais examinadas; e

c.11) Conclusão objetiva, coerente com o assunto enfocado, e ressalvas oportunas condizentes com
os itens que expressam claramente a impropriedade/disfunção detectada.

Avaliação De Natureza Operacional

A avaliação de natureza operacional consiste em avaliar as ações gerenciais e os procedimentos


relacionados ao processo operacional, ou parte dele, das unidades organizacionais da Companhia,
programas de governo, projetos, atividades, ou segmentos destes, com a finalidade de emitir uma
opinião, consubstanciada em nota técnica, sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência,
eficácia, economicidade, efetividade e eqüidade, procurando auxiliar os gestores da Companhia na
gerência e nos resultados, por meio de recomendações que visem aprimorar os procedimentos,
melhorar os controles internos administrativos, sensibilizar acerca dos riscos operacionais e aumentar
a responsabilidade gerencial sob a égide da governança corporativa.

Este tipo de trabalho da Unidade de Auditoria Interna consiste numa atividade de assessoramento à
alta administração da Companhia, com vistas a aprimorar as práticas dos atos e fatos administrativos,
sendo desenvolvida de forma tempestiva, atuando sobre a gestão, seus programas governamentais e
sistemas informatizados, inclusive.

Primeiramente, a Unidade de Auditoria Interna deverá identificar o problema (propósito) que será
enfocado pela avaliação de natureza operacional – Anop; porquanto, na maior parte dos casos as

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solicitações de auditoria são formuladas de maneira genérica ou muito abrangente, o trabalho da


equipe consistirá em definir o escopo e expressar, de forma clara e objetiva, o problema que norteará
todo o esforço exploratório de concepção e execução do trabalho, que deverá ser exeqüível.

Nas avaliações de natureza operacional, o Titular da Unidade de Auditoria Interna deverá aconselhar-
se com outros profissionais externos à Unidade de Auditoria Interna com vistas à obtenção de apoio e
assistência, caso o corpo técnico careça dos conhecimentos e do domínio das técnicas e matérias
necessárias para o desempenho de toda ou parte do trabalho de avaliação a executar.

A Unidade de Auditoria Interna deverá, de forma multidisciplinar, possuir empregados qualificados em


matérias como contabilidade, gestão, economia, finanças, estatística e métodos quantitativos,
tecnologia da informação, engenharia, tributação, legislação, letras, assuntos ambientais, etc.; não se
exigindo de cada auditor interno, todavia, a qualificação em todas as disciplinas.

O Titular da Unidade de Auditoria Interna deverá estabelecer critérios apropriados de formação e de


experiência para o preenchimento das vagas na Unidade de Auditoria Interna, tendo em conta o
âmbito multidisciplinar do trabalho e o nível de responsabilidade. Deverá obter-se segurança razoável
relativamente à competência e qualificações de cada candidato.

Toda e qualquer avaliação de natureza operacional deverá conter uma esquematização das
informações relevantes do planejamento, denominada Matriz de Planejamento, cujo propósito é
auxiliar, de forma flexível, na elaboração conceitual do trabalho e na orientação da equipe na fase de
execução. A matriz de planejamento facilitará a comunicação a metodologia entre a equipe e os
superiores hierárquicos, auxiliando na condução dos trabalhos de campo.

Caso a Unidade de Auditoria Interna seja solicitada a interpretar ou a escolher padrões operacionais,
seus profissionais deverão obter previamente o acordo dos seus clientes (auditados) quanto aos
critérios necessários para a avaliação de natureza operacional.

Os seguintes elementos compõem a Matriz de Planejamento: questões-problema; informações


requeridas; fontes de informação; estratégias metodológicas, métodos de coleta/obtenção de dados;
métodos de análise de dados; limitações; e o que a análise vai permitir dizer.

Embora os itens da Matriz de Planejamento sejam apresentados seqüencialmente, a definição das


questões-problema e a escolha das estratégias metodológicas apropriadas acontecem
simultaneamente, confrontando-se cada questão com as possíveis estratégias metodológicas.

A questão-problema é o elemento central na determinação do direcionamento dos trabalhos de


avaliação de natureza operacional, das metodologias e técnicas a serem adotadas e dos resultados
que se pretende atingir.

Ao formular as questões e, quando necessário, as subquestões, a equipe da Unidade de Auditoria


Interna está, ao mesmo tempo, estabelecendo com clareza o foco de sua investigação e os limites e
dimensões que deverão ser observados durante a execução dos trabalhos.

Na elaboração das questões-problema deve-se levar em conta os seguintes aspectos: clareza e


especificidade; uso de termos que possam ser definidos e mensurados; viabilidade investigativa
(possibilidade de ser respondida); articulação e coerência (o conjunto das questões elaboradas deve
ser capaz de esclarecer o problema de avaliação previamente identificado).

O tipo de questão-problema a ser formulada terá uma relação direta com a natureza da resposta e o
tipo de informação que constará da nota técnica. As questões se classificam em três tipos:

a) Questões descritivas – do tipo “Quem?”, “Onde?”, “Quando?”, “O quê?”. São formuladas de


maneira a fornecer informações relevantes sobre o objeto da avaliação de natureza operacional e, em
grande parte, devem ser respondidas durante a fase de levantamento de auditoria. Exemplo de
questão descritiva: “Como funciona o programa?”;

b) Questões normativas – são aquelas que tratam de comparações entre o desempenho atual e
aquele estabelecido em norma, padrão ou meta, tanto de caráter qualitativo quanto quantitativo.
Abordam o que deveria ser e usualmente são perguntas do tipo: “O programa tem alcançado as
metas previstas?”. A abordagem metodológica empregada nesses casos é a comparação com

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AUDITORIA INTERNA

critérios previamente identificados e as técnicas de mensuração de desempenho;

c) Questões avaliativas (ou de impacto, ou de causa-e-efeito) – referem-se à efetividade de um


programa e vão além das questões descritivas e normativas, para enfocar o que teria ocorrido caso o
programa ou a atividade não tivesse sido executada. Em outras palavras, uma questão avaliativa quer
saber que diferença, caso tenha havido alguma, fez a intervenção da Companhia ou de alguma de
suas unidades organizacionais para a solução do problema identificado. O escopo da pergunta
abrange também os efeitos não esperados, positivos ou negativos, provocados pelo programa.
Exemplo de questão de causa-e-efeito ou de impacto: “Os efeitos observados podem ser atribuídos
ao programa?”.

Entre as possíveis estratégias metodológicas da avaliação de natureza operacional, destacam-se:


estudo de caso; pesquisa; delineamento experimental; delineamentos quase-experimentais;
delineamentos não experimentais; etc.

Sobre os métodos de coleta/obtenção de dados, pode-se utilizar entrevistas (estruturadas ou não-


estruturadas); questionário enviado pelo correio; observação direta; dados secundários; etc.

Relativamente aos métodos de análise de dados, a Unidade de Auditoria Interna poderá fazer uso de
estatística descritiva; análise qualitativa; análise de conteúdo; etc.

Dimensões Do Desempenho

Os diagnósticos sobre o desempenho de uma determinada unidade organizacional (UORG) da


Companhia se dará sob três dimensões do desempenho: economicidade, eficiência e eficácia. As
avaliações de natureza operacional voltadas para os programas de governo atenderão àquelas três
dimensões, acrescidas da efetividade e da eqüidade, esta última mais ligada à questão da justiça
social.

Economicidade

A economicidade tem relação direta com a minimização dos custos de determinado processo ou
atividade, sem o comprometimento dos padrões de qualidade almejados. Daí, a relação dela com a
habilidade de a organização ou unidade organizacional gerir adequadamente os recursos financeiros
de que dispõe, numa dinâmica de economia de meios ou custos mínimos.

A minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de uma atividade, sem o
comprometimento dos padrões de qualidade, deve estar inserida no contexto da avaliação de
natureza operacional.

Eficiência

Significa a relação entre produtos (bens ou serviços) gerados numa atividade ou processo e os custos
dos insumos empregados, num determinado período de tempo. Se a unidade organizacional
consegue obter mais produção para um determinado insumo, ela aumentou a eficiência; se consegue
obter os mesmos produtos com menos insumos (dinheiro, pessoas e/ou equipamentos), foi eficiente.

Eficácia

A eficácia mede o nível de alcance das metas oriundas do planejamento da Companhia, em um


determinado período de tempo, independentemente dos custos incorridos na execução.

Os objetivos e metas organizacionais devem ser realistas.

Efetividade

Relação entre os resultados alcançados (impactos observados) e os objetivos (impactos esperados)


que motivaram a atuação da Companhia ou de uma unidade organizacional.

Eqüidade

Medida da possibilidade de acesso aos benefícios de uma determinada ação por parte de grupos
sociais menos favorecidos, comparativamente com as mesmas possibilidades da média do país.

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AUDITORIA INTERNA

Ferramentas De Diagnóstico Do Ambiente

No diagnóstico quanto ao ambiente, a Unidade de Auditoria Interna se utilizará da análise SWOT


(Strengths; Weaknesses; Opportunities and Threats; designando, respectivamente: forças, fraquezas,
oportunidades e ameaças) e da análise stakeholder, também denominada de análise de atores
intervenientes.

Ferramentas De Diagnóstico De Processo

No transcorrer das avaliações de natureza operacional, a Unidade de Auditoria Interna se utilizará da


técnica do mapa de processo, que é a representação visual de um processo de trabalho por meio de
um diagrama contendo a seqüência dos passos necessários à consecução de determinada atividade.

São as seguintes as notações utilizadas em mapas de processo:

No diagnóstico do processo, poderá ser utilizada a análise RECI, também denominada matriz de
responsabilidades, que é uma ferramenta que ajuda a identificar quem é Responsável (quem detém a
responsabilidade final, com poder de veto: pessoa que arcará com o ônus pelo eventual insucesso)
pelas atividades desenvolvidas, quem as Executa (quem é encarregado de desenvolver a atividade,
aquele ou aqueles responsáveis pela implementação), quem é Consultado (aquele que deve ser
consultado antes que as decisões ou ações sejam implementadas) e quem é Informado (aquele que
deve ser informado depois que a decisão ou ação for implementada), seja no âmbito limitado de uma
unidade organizacional integrante do organograma da Companhia ou, até mesmo, em relação a um
programa de governo integrante de uma política pública federal.

Ferramentas De Diagnóstico De Resultado

Para fins de avaliação de natureza operacional, deve-se entender como produto um bem, um serviço
prestado ou uma condição resultante de atividade da Companhia ou de uma unidade organizacional.
Diante dessa definição, mapa de produtos é uma técnica utilizada para a obtenção de Indicadores de
Desempenho – ID´s.

Uma gestão voltada para resultados deve direcionar sua atenção para seus produtos. Entretanto,
esse enfoque pode encontrar alguma resistência atávica por parte de gerentes (gestores) habituados
a administrar predominantemente os insumos (pessoal, recursos financeiros, instalações, etc.) e os

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AUDITORIA INTERNA

processos de trabalho (atividades desempenhadas).

Um mapa de produtos possui três componentes básicos: insumos, produtos intermediários e produtos
finais. Ele se assemelha a uma linha de produção ou de montagem, na qual o importante é o produto
gerado em cada fase, em vez do processo de trabalho (ou atividade) que gerou o produto.

O produto final (output) das atividades não deve ser confundido com o impacto (outcome) originado
dessas atividades. Enquanto o produto final depende apenas do desempenho das atividades, o
impacto que ele causa é afetado por condições externas, que fogem ao controle da
organização/UORG ou do indivíduo.

Processos e atividades mudam com o passar do tempo, enquanto que os produtos, se identificados
adequadamente, devem permanecer os mesmos, independente das atividades realizadas para obtê-
los.

O produto final não deve ser um resultado genérico, mas algo mensurável.

A utilização de indicadores de desempenho para aferir os resultados alcançados pelos gerentes


(gestores) é uma metodologia utilizada mundialmente em avaliação de natureza operacional.

Indicador de desempenho é um número, percentagem ou razão que mede um aspecto do


desempenho (performance), com o objetivo de comparar esta medida com metas preestabelecidas
(ou historicamente observadas).

Os ID’s quase sempre são compostos por variáveis provenientes de um dos seguintes grupos: custo,
tempo, quantidade, qualidade e acesso.

São necessários poucos indicadores. Um número excessivo de indicadores irá sobrecarregar a


Companhia na obtenção de dado/informação necessária ao seu cálculo.

É preciso que os indicadores cubram todos os produtos-chave e forneçam informações em cinco


dimensões: economicidade, eficiência, eficácia, efetividade e eqüidade. Deve- se evitar a
concentração de indicadores em torno de um único produto, e procurar fazer- se uma distribuição
equilibrada dos indicadores entre as dimensões e variáveis.

A verificação do equilíbrio entre as dimensões e as variáveis poderá ser feita por um teste de
aderência de qui-quadrado de Karl Pearson.

A Unidade de Auditoria Interna acompanhará bienalmente 15% dos ID’s da Companhia, sendo que
sua avaliação sobre indicadores de desempenho utilizados nesta, quanto a sua qualidade e
confiabilidade, abordará as seguintes características:

a) Representatividade: o indicador deve ser a expressão dos produtos essenciais de uma atividade
ou função; o enfoque deve ser no produto: medir aquilo que é produzido, identificando produtos
intermediários e finais, além dos impactos desses produtos;

b) Homogeneidade: na construção de indicadores devem ser consideradas apenas variáveis


homogêneas;

c) Praticidade: garantia de que o indicador realmente funciona na prática e permite a tomada de


decisões gerenciais, devendo, para tanto, ser testado;

d) Validade: o indicador deve refletir o fenômeno a ser monitorado;

e) Independência: o indicador deve medir os resultados atribuíveis às ações que se quer monitorar,
devendo ser evitados indicadores que possam ser influenciados por fatores externos à ação do
gestor;

f) Simplicidade: o indicador deve ser de fácil compreensão e não envolver dificuldades de cálculo ou
de uso;

g) Cobertura: os indicadores devem representar adequadamente a amplitude e a diversidade de

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AUDITORIA INTERNA

características do fenômeno monitorado, resguardado o princípio da seletividade e da simplicidade;

h) Economicidade: as informações necessárias ao cálculo do indicador devem ser coletadas e


atualizadas a um custo razoável, em outras palavras, a manutenção da base de dados não pode ser
dispendiosa;

i) Acessibilidade: deve haver facilidade de acesso às informações primárias bem como de registro e
manutenção para o cálculo dos indicadores;

j) Estabilidade: a estabilidade conceitual das variáveis componentes e do próprio indicador bem


como a estabilidade dos procedimentos para sua elaboração são condições necessárias ao emprego
de indicadores para avaliar o desempenho ao longo do tempo.

Para que haja confiabilidade, é necessário que a fonte dos dados utilizada para o cálculo do indicador
seja confiável, de tal forma que diferentes avaliadores possam chegar aos mesmos resultados.

A matriz de indicadores de desempenho é uma técnica utilizada em trabalhos de avaliação de


natureza operacional mediante a qual o profissional subsidia a alta gerência com a integração e o
balanceamento de indicadores de desempenho vinculados aos produtos chave existentes na
Companhia/UORG, favorecendo, dessa forma, a consolidação de uma conduta corporativa orientada
pela gestão estratégica e pela ótica da qualidade, inclusive.

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DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

Documentação De Auditoria

Introdução

Alcance

1. Esta Norma trata da responsabilidade do auditor na elaboração da documentação de auditoria para


a auditoria das demonstrações contábeis. O Apêndice relaciona outras normas que contêm
exigências de documentação e orientações específicas. As exigências específicas de documentação
de outras normas não limitam a aplicação desta Norma. Leis ou regulamentos podem estabelecer
exigências adicionais de documentação.

Natureza E Finalidade Da Documentação De Auditoria

2. A documentação de auditoria, que atende às exigências desta Norma e às exigências específicas


de documentação de outras normas de auditoria relevantes, fornece:

(a) evidência da base do auditor para uma conclusão quanto ao cumprimento do objetivo global do
auditor (NBC TA 200); e

(b) evidência de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas de
auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis.

3. A documentação de auditoria serve para várias finalidades adicionais, que incluem:

- assistir a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria;

- assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do trabalho de
auditoria e no cumprimento de suas responsabilidades de revisão em conformidade com a NBC TA
220 - Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis;

- permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu trabalho;

- manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras;

- permitir a condução de revisões e inspeções de controle de qualidade em conformidade com a NBC


PA 01 - Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores
Independentes que executam exames de auditoria e revisões de informação financeira histórica, e
outros trabalhos de asseguração e de serviços correlatos (NBC TA 220, item 2);

- permitir a condução de inspeções externas em conformidade com as exigências legais,


regulamentares e outras exigências aplicáveis.

Data De Vigência

4. Esta Norma é aplicável a auditorias de demonstrações contábeis para períodos iniciados em ou


após 1º de janeiro de 2010.

Objetivo

5. O objetivo do auditor é preparar documentação que forneça:

(a) registro suficiente e apropriado do embasamento do relatório do auditor; e

(b) evidências de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e as
exigências legais e regulamentares aplicáveis.

Definições

6. Para fins das normas de auditoria, os seguintes termos possuem os significados atribuídos abaixo:

Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de

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DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente também é utilizada a
expressão "papéis de trabalho").

Arquivo de auditoria compreende uma ou mais pastas ou outras formas de armazenamento, em


forma física ou eletrônica que contêm os registros que constituem a documentação de trabalho
específico.

Auditor experiente é um indivíduo (interno ou externo à firma de auditoria) que possui experiência
prática de auditoria e conhecimento razoável de:

(i) processos de auditoria;

(ii) normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;

(iii) ambiente de negócios em que opera a entidade; e

(iv) assuntos de auditoria e de relatório financeiro relevantes ao setor de atividade da entidade.

Requisitos

Elaboração Tempestiva Da Documentação De Auditoria

7. O auditor deve preparar tempestivamente a documentação de auditoria (ver item A1).

Documentação dos procedimentos de auditoria executados e da evidência de auditoria obtida

Forma, conteúdo e extensão da documentação de auditoria

8. O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja suficiente para permitir que um
auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria, entenda (ver itens A2 a A5 e
A16 e A17):

(a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir com as
normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis (ver itens A6 e A7);

(b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria obtida; e

(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito deles e
os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões (ver itens A8 a
A11).

9. Ao documentar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria executados, o


auditor deve registrar:

(a) as características que identificam os itens ou assuntos específicos testados (ver item A12);

(b) quem executou o trabalho de auditoria e a data em que foi concluído; e

(c) quem revisou o trabalho de auditoria executado e a data e extensão de tal revisão (ver item A13).

10. O auditor deve documentar discussões de assuntos significativos com a administração, os


responsáveis pela governança e outros, incluindo a natureza dos assuntos significativos discutidos e
quando e com quem as discussões ocorreram (ver item A14).

11. Se o auditor identificou informações referentes a um assunto significativo que são inconsistentes
com a sua conclusão final, ele deve documentar como tratou essa inconsistência (ver item A15).

Não Atendimento De Exigência Relevante

12. Se, em circunstâncias excepcionais, o auditor julgar necessário não atender um requisito
relevante de uma norma, ele deve documentar como os procedimentos alternativos de auditoria
executados cumprem a finalidade desse requisito, e as razões para o não atendimento (ver itens A18
e A19).

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DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA

Assuntos Surgidos Após A Data Do Relatório Do Auditor

13. Se, em circunstâncias excepcionais, o auditor executar procedimentos novos ou adicionais ou


chegar a outras conclusões após a data do relatório, o auditor deve documentar (ver item A20):

(a) as circunstâncias identificadas;

(b) os procedimentos novos ou adicionais executados, a evidência de auditoria obtida e as novas


conclusões alcançadas, e seu efeito sobre o relatório do auditor; e

(c) quando e por quem as modificações resultantes da documentação de auditoria foram executadas
e revisadas.

Montagem Do Arquivo Final De Auditoria

14. O auditor deve montar a documentação em arquivo de auditoria e completar o processo


administrativo de montagem do arquivo final de auditoria tempestivamente após a data do relatório do
auditor (ver itens A21 e A22).

15. Após a montagem do arquivo final de auditoria ter sido completada, o auditor não apaga nem
descarta documentação de auditoria de qualquer natureza antes do fim do seu período de guarda
dessa documentação (ver item A23).

16. Em outras circunstâncias, que não as contempladas no item 13, nas quais o auditor julgar
necessário modificar a documentação de auditoria existente ou acrescentar nova documentação de
auditoria após a montagem do arquivo final de auditoria, o auditor, independentemente da natureza
das modificações ou acréscimos, deve documentar (ver item A24):

(a) as razões específicas para fazê-los; e

(b) quando e por quem foram executados e revisados.

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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA

Evidência De Auditoria Apropriada E Suficiente E Risco De Auditoria

Resolução Conselho Federal De Contabilidade - CFC Nº 1.203 De 27.11.2009

D.O.U.: 03.12.2009

Aprova a NBC TA 200 - Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em


Conformidade com Normas de Auditoria.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e


regimentais,

CONSIDERANDO o processo de convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade aos padrões


internacionais;

CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade é membro associado da IFAC -


Federação Internacional de Contadores;

CONSIDERANDO a Política de Tradução e Reprodução de Normas, emitida pela IFAC em dezembro


de 2008;

CONSIDERANDO que a IFAC, como parte do serviço ao interesse público, recomenda que seus
membros e associados realizem a tradução das suas normas internacionais e demais publicações;

CONSIDERANDO que mediante acordo firmado entre as partes, a IFAC autorizou, no Brasil, como
tradutores das suas normas e publicações, o Conselho Federal de Contabilidade e o IBRACON -
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil;

CONSIDERANDO que a IFAC, conforme cessão de direitos firmado, outorgou aos órgãos tradutores
os direitos de realizar a tradução, publicação e distribuição das normas internacionais impressas e em
formato eletrônico, resolve:

Art. 1º Aprovar a NBC TA 200 - "Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria
em Conformidade com Normas de Auditoria", elaborada de acordo com a sua equivalente
internacional ISA 200.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor nos exercícios iniciados em ou após 1º. de janeiro de 2010.

Art. 3º Aplicam-se as normas atualmente vigentes para os trabalhos de auditoria de exercícios


iniciados antes de 1º de janeiro de 2010.

Art. 4º Observado o disposto no artigo anterior, ficam revogadas, a partir de 1º. de janeiro de 2010, as
Resoluções CFC nºs 820/97, 830/98, 836/99, 953/03, 981/03, 1.012/05, 1.022/05, 1.024/05, 1.029/05,
1.035/05, 1.036/05, 1.037/05, 1.038/05, 1.039/05, 1.040/05 e 1.054/05, publicadas no D.O.U., Seção
I, de 21/1/98, 21/12/98, 2/3/99, 3/2/03, 11/11/03, 25/1/05, 22/4/05, 9/5/05, 6/7/05, 22/9/05, 22/9/05,
22/9/05, 22/9/05, 22/9/05, 22/9/05 e 8/11/05, respectivamente.

Ata CFC nº 931

Normas Brasileiras De Contabilidade

NBC Ta 200 - Objetivos Gerais Do Auditor Independente E A Condução Da Auditoria Em


Conformidade Com Normas De Auditoria

Introdução

Alcance

1. Esta Norma de Auditoria trata das responsabilidades gerais do auditor independente na condução
da auditoria de demonstrações contábeis em conformidade com as normas brasileiras e
internacionais de auditoria. Nesta Norma e em outras normas elas estão substancialmente
apresentadas pela sua sigla "NBC TA". Especificamente, ela expõe os objetivos gerais do auditor
independente e explica a natureza e o alcance da auditoria para possibilitar ao auditor independente

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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA

o cumprimento desses objetivos. Ela também explica o alcance, a autoridade e a estrutura das NBC
TAs e inclui requisitos estabelecendo as responsabilidades gerais do auditor independente aplicáveis
em todas as auditorias, inclusive a obrigação de atender todas as NBC TAs. Doravante, o "auditor
independente" é denominado o "auditor".

2. As NBC TAs são escritas no contexto da auditoria de demonstrações contábeis executada por um
auditor. Elas devem ser adaptadas conforme necessário às circunstâncias, quando aplicadas a
auditorias de outras informações contábeis históricas. As NBC TAs não endereçam as
responsabilidades do auditor que possam existir numa legislação, regulamentação ou de outra forma,
por exemplo, como em conexão com uma oferta pública de títulos. Essas responsabilidades podem
ser diferentes daquelas estabelecidas pelas NBC TAs. Dessa forma, enquanto o auditor pode
encontrar aspectos nas NBC TAs que o apoiem nessas circunstâncias, é responsabilidade do auditor
garantir cumprimento de todas as obrigações legais, regulatórias e profissionais.

Auditoria De Demonstrações Contábeis

3. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos
usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com
uma estrutura de relatório financeiro aplicável. No caso da maioria das estruturas conceituais para
fins gerais, essa opinião expressa se as demonstrações contábeis estão apresentadas
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro. A auditoria conduzida em conformidade com as normas de auditoria e exigências éticas
relevantes capacita o auditor a formar essa opinião (ver item A1).

4. As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade, elaboradas pela sua


administração, com supervisão geral dos responsáveis pela governança. As NBC TAs não impõem
responsabilidades à administração ou aos responsáveis pela governança e não se sobrepõe às leis e
regulamentos que governam as suas responsabilidades.

Contudo, a auditoria em conformidade com as normas de auditoria é conduzida com base na


premissa de que a administração e, quando apropriado, os responsáveis pela governança têm
conhecimento de certas responsabilidades que são fundamentais para a condução da auditoria. A
auditoria das demonstrações contábeis não exime dessas responsabilidades a administração ou os
responsáveis pela governança (ver itens A2 a A11).

5. Como base para a opinião do auditor, as NBC TAs exigem que ele obtenha segurança razoável de
que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante,
independentemente se causadas por fraude ou erro. Asseguração razoável é um nível elevado de
segurança. Esse nível é conseguido quando o auditor obtém evidência de auditoria apropriada e
suficiente para reduzir a um nível aceitavelmente baixo o risco de auditoria (isto é, o risco de que o
auditor expresse uma opinião inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção
relevante). Contudo, asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança porque há
limitações inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a maioria das evidências de
auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião, é persuasiva e não conclusiva (ver
itens A28 a A52).

6. O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na execução da auditoria, e


na avaliação do efeito de distorções identificadas sobre a auditoria e de distorções não corrigidas, se
houver, sobre as demonstrações contábeis (NBC TA 320 - Materialidade no Planejamento e na
Execução da Auditoria, e NBC TA 450 - Avaliação das Distorções Identificadas durante a Auditoria).
Em geral, as distorções, inclusive as omissões, são consideradas relevantes se for razoável esperar
que, individual ou conjuntamente, elas influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas
com base nas demonstrações contábeis. Julgamentos sobre a materialidade são estabelecidos
levando-se em consideração as circunstâncias envolvidas e são afetadas pela percepção que o
auditor tem das necessidades dos usuários das demonstrações contábeis e pelo tamanho ou
natureza de uma distorção, ou por uma combinação de ambos. A opinião do auditor considera as
demonstrações contábeis como um todo e, portanto, o auditor não é responsável pela detecção de
distorções que não sejam relevantes para as demonstrações contábeis como um todo.

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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA

7. A estrutura das NBC TAs contempla uma introdução, os objetivos, os requisitos e uma seção
contendo aplicação e outros materiais explicativos que se destinam a dar suporte ao auditor na
obtenção de segurança razoável. Quando necessário, elas são complementadas com Apêndices. As
NBC TAs exigem que o auditor exerça o julgamento profissional e mantenha o ceticismo profissional
ao longo de todo o planejamento e na execução da auditoria e, entre outras coisas:

Identifique e avalie os riscos de distorção relevante, independentemente se causados por fraude ou


erro, com base no entendimento da entidade e de seu ambiente, inclusive o controle interno da
entidade.

Obtenha evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se existem distorções relevantes
por meio do planejamento e aplicação de respostas (procedimentos de auditoria) apropriadas aos
riscos avaliados.

Forme uma opinião a respeito das demonstrações contábeis com base em conclusões obtidas das
evidências de auditoria obtidas.

8. A forma da opinião expressa pelo auditor depende da estrutura de relatório financeiro aplicável e
de lei ou regulamento aplicáveis (ver itens A12 e A13).

9. O auditor também pode ter outras responsabilidades de comunicação e de relatório, perante os


usuários, a administração, os responsáveis pela governança ou partes fora da entidade, a respeito
dos assuntos decorrentes da auditoria. Essas outras responsabilidades podem ser estabelecidas
pelas NBC TAs, por lei ou regulamento aplicável, como, por exemplo, NBC TA 260 - Comunicação
com os Responsáveis pela Governança, e item 43 da NBC TA 240 que trata da responsabilidade do
auditor em relação a fraude, no contexto da auditoria de demonstrações contábeis.

Data De Vigência

10. Esta Norma é aplicável para auditorias de demonstrações contábeis para períodos iniciados em
ou após 1º de janeiro de 2010.

Objetivos gerais do auditor

11. Ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos gerais do auditor são:

(a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim que o
auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; e

(b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC
TAs, em conformidade com as constatações do auditor.

12. Em todos os casos em que não for possível obter segurança razoável e a opinião com ressalva
no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender aos usuários previstos das
demonstrações contábeis, as NBC TAs requerem que o auditor se abstenha de emitir sua opinião ou
renuncie ao trabalho, quando a renúncia for possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável.

Definições

13. Para fins das NBC TAs, os seguintes termos possuem os significados atribuídos a seguir:

Estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatório financeiro adotada pela


administração e, quando apropriado, pelos responsáveis pela governança na elaboração das
demonstrações contábeis, que é aceitável em vista da natureza da entidade e do objetivo das
demonstrações contábeis ou que seja exigida por lei ou regulamento.

A expressão "estrutura de apresentação adequada" é utilizada para se referir a uma estrutura de


relatório financeiro que exige conformidade com as exigências dessa estrutura e:

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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA

(i) reconhece explícita ou implicitamente que, para conseguir a apresentação adequada das
demonstrações contábeis, pode ser necessário que a administração forneça divulgações além das
especificamente exigidas pela estrutura; ou

(ii) reconhece explicitamente que pode ser necessário que a administração se desvie de uma
exigência da estrutura para conseguir a apresentação adequada das demonstrações contábeis.
Espera-se que tais desvios sejam necessários apenas em circunstâncias extremamente raras.

A expressão "estrutura de conformidade" (compliance) é utilizada para se referir a uma estrutura de


relatório financeiro que exija a conformidade com as exigências dessa estrutura, mas não reconhece
os aspectos contidos em (i) e (ii) acima.

Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões
em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos
registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações. Para fins das
NBC TAs:

(i) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A


quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de
distorção relevante e também pela qualidade de tal evidência;

(ii) a adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria; isto é,


sua relevância e confiabilidade no fornecimento de suporte às conclusões em que se baseia a opinião
do auditor.

Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando
as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos
riscos de distorção relevante e do risco de detecção.

Auditor é usado em referência à pessoa ou pessoas que conduzem a auditoria, geralmente o sócio do
trabalho ou outros integrantes da equipe do trabalho, ou, como aplicável, à firma. Quando uma NBC
TA pretende expressamente que uma exigência ou responsabilidade seja cumprida pelo sócio do
trabalho, usa-se o termo "sócio do trabalho" ao invés de auditor. "Sócio do trabalho" e "firma" devem
ser lidos como se referindo a seus equivalentes no setor público, quando for relevante.

Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de
auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser
relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções.

Demonstrações contábeis são a representação estruturada de informações contábeis históricas,


incluindo notas explicativas relacionadas, com a finalidade de informar os recursos econômicos ou
obrigações da entidade em determinada data no tempo ou as mutações de tais recursos ou
obrigações durante um período de tempo, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro.
As notas explicativas relacionadas geralmente compreendem um resumo das políticas contábeis
significativas e outras informações. O termo "demonstrações contábeis" geralmente se refere a um
conjunto completo de demonstrações contábeis, como determinado pela estrutura de relatório
financeiro aplicável, mas também pode se referir a uma única demonstração contábil, que seria um
quadro isolado.

Informação contábil histórica é a informação expressa em termos financeiros em relação a uma


entidade específica, derivada principalmente do sistema contábil da entidade, a respeito de eventos
econômicos ocorridos em períodos passados ou de condições ou circunstâncias econômicas em
determinada data no passado.

Administração é a pessoa com responsabilidade executiva pela condução das operações da


entidade. Para algumas entidades, como no Brasil, a administração inclui alguns ou todos os
responsáveis pela governança, por exemplo, membros executivos de um conselho de governança, ou
sócio-diretor.

Distorção é a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação de uma


demonstração contábil relatada e o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação que é
exigida para que o item esteja de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. As

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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA

distorções podem originar-se de erro ou fraude. Quando o auditor expressa uma opinião sobre se as
demonstrações contábeis foram apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, as
distorções também incluem os ajustes de valor, classificação, apresentação ou divulgação que, no
julgamento do auditor, são necessários para que as demonstrações contábeis estejam apresentadas
adequadamente, em todos os aspectos relevantes.

Premissa, relativa às responsabilidades da administração e, quando apropriado, dos responsáveis


pela governança, com base na qual a auditoria é conduzida - Que a administração e, quando
apropriado, os responsáveis pela governança, tenham conhecimento e entendido que eles têm as
seguintes responsabilidades, fundamentais para a condução da auditoria em conformidade com as
normas de auditoria. Isto é, a responsabilidade:

(i) pela elaboração das demonstrações contábeis em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro aplicável, incluindo quando relevante sua apresentação adequada;

(ii) pelo controle interno que os administradores e, quando apropriado, os responsáveis pela
governança, determinam ser necessário para permitir a elaboração de demonstrações contábeis que
estejam livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro;

(iii) por fornecer ao auditor:

a. acesso às informações que os administradores e, quando apropriado, os responsáveis pela


governança, tenham conhecimento que sejam relevantes para a elaboração e apresentação das
demonstrações contábeis como registros, documentação e outros assuntos;

b. quaisquer informações adicionais que o auditor possa solicitar da administração e, quando


apropriado, dos responsáveis pela governança para o propósito da auditoria; e

c. acesso irrestrito àqueles dentro da entidade que o auditor determina ser necessário obter
evidências de auditoria.

No caso de uma estrutura de apresentação adequada, o item (i) acima pode ser redigido como "pela
elaboração e apresentação adequada das demonstrações contábeis em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro", ou "pela elaboração de demonstrações contábeis que propiciem
uma visão verdadeira e justa em conformidade com a estrutura de relatório financeiro". Isso se aplica
a todas as referências à elaboração e apresentação das demonstrações contábeis nas normas de
auditoria.

Julgamento profissional é a aplicação do treinamento, conhecimento e experiência relevantes, dentro


do contexto fornecido pelas normas de auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões
informadas a respeito dos cursos de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria.

Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que
possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de
auditoria.

Asseguração razoável é, no contexto da auditoria de demonstrações contábeis, um nível alto, mas


não absoluto, de segurança.

Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção


relevante antes da auditoria.

Consiste em dois componentes, descritos a seguir no nível das afirmações:

(i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou
divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras
distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados;

(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma
classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo
controle interno da entidade.

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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA

Responsável pela governança é a pessoa ou organização com a responsabilidade de supervisionar


de forma geral a direção estratégica da entidade e obrigações relacionadas com a responsabilidade
da entidade. Isso inclui a supervisão geral do processo de relatório financeiro. Para algumas
entidades, os responsáveis pela governança podem incluir empregados da administração, por
exemplo, membros executivos de conselho de governança de uma entidade do setor privado ou
público, ou sócio-diretor.

Requisitos

Requisitos éticos relacionados à auditoria de demonstrações contábeis

14. O auditor deve cumprir as exigências éticas relevantes, inclusive as pertinentes à independência,
no que se refere aos trabalhos de auditoria de demonstrações contábeis (ver itens A14 a A17).

Ceticismo Profissional

15. O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, reconhecendo que
podem existir circunstâncias que causam distorção relevante nas demonstrações contábeis (ver itens
A18 a A22).

Julgamento Profissional

16. O auditor deve exercer julgamento profissional ao planejar e executar a auditoria de


demonstrações contábeis (ver itens A23 a A27).

Evidência De Auditoria Apropriada E Suficiente E Risco De Auditoria

17. Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente
para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar a ele obter
conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião (ver itens A28 a A52).

Condução Da Auditoria Em Conformidade Com NBC TAs

Conformidade Com NBC TAs Relevantes Para A Auditoria

18. O auditor deve observar todas as NBC TAs relevantes para a auditoria. Uma NBC TA é relevante
para a auditoria quando ela está em vigor e as circunstâncias tratadas nela existem na situação
específica (ver itens A53 a A57).

19. O auditor deve entender o texto inteiro de cada NBC TA, inclusive sua aplicação e outros
materiais explicativos para entender os seus objetivos e aplicar as suas exigências adequadamente
(ver itens A8 a A66).

20. O auditor não deve declarar conformidade com as normas de auditoria (brasileiras e
internacionais) no seu relatório, a menos que ele tenha cumprido com as exigências desta Norma e
de todas as demais NBC TAs relevantes para a auditoria.

Objetivos Declarados Em NBC TAS Individuais

21. Para atingir os objetivos gerais do auditor, ele deve utilizar os procedimentos estabelecidos nas
NBC TAs relevantes ao planejar e executar a auditoria, considerando as inter-relações entre as NBC
TAs, para (ver itens A67 a A69):

(a) determinar se são necessários quaisquer procedimentos de auditoria, além dos exigidos pelas
NBC TAs, na busca dos objetivos formulados nas NBC TAs (ver item A70); e

(b) avaliar se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente (ver item A71).

Conformidade Com Exigências Relevantes

22. Observado o disposto no item 23, o auditor deve cumprir com cada exigência de uma NBC TA, a
menos que, nas circunstâncias da auditoria:

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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA

(a) a NBC TA inteira não seja relevante; ou

(b) a exigência não seja relevante por ser condicional e a condição não existir (ver itens A72 a A73).

23. Em circunstâncias excepcionais, o auditor pode julgar necessário não considerar uma exigência
relevante em uma NBC TA. Em tais circunstâncias, o auditor deve executar procedimentos de
auditoria alternativos para cumprir o objetivo dessa exigência. Espera- se que a necessidade do
auditor não considerar uma exigência relevante surja apenas quando a exigência for a execução de
um procedimento específico e, nas circunstâncias específicas da auditoria, esse procedimento seria
ineficaz no cumprimento do objetivo da exigência (ver item A74).

Não Cumprimento De Um Objetivo

24. Se um objetivo em uma NBC TA relevante não pode ser cumprido, o auditor deve avaliar se isso
o impede de cumprir os objetivos gerais de auditoria e se isso exige que ele, em conformidade com
as NBC TAs, modifique sua opinião ou renuncie ao trabalho (quando a renúncia é possível de acordo
com lei ou regulamento aplicável). A falha no cumprimento de um objetivo representa um assunto
significativo, que exige documentação em conformidade com a NBC TA 230 - Documentação de
Auditoria (ver itens A75 a A76).

Para melhor entendimento das expressões "que o auditor modifique sua opinião" ou "emitir uma
opinião modificada" ver NBC TA 705 que trata da emissão de relatórios com modificações, que
significa emitir um relatório adverso ou com ressalva.

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GERENCIMENTO DE RISCO

O Papel Da Auditoria Interna Na Prevenção De Riscos.

O risco normalmente é definido como a incerteza de um resultado ou de um evento. Ele pode referir-
se tanto a uma ameaça negativa quanto a uma oportunidade positiva para uma empresa assumir um
risco que vale a pena e pode trazer uma vantagem competitiva sobre concorrentes avessos ao risco.
Porém, considerando o potencial de perdas significativas e também dos lucros, é importante que os
riscos sejam avaliados com exatidão, calculando-se a probabilidade dos resultados assim como seu
impacto em um negócio.

Todos os negócios enfrentam riscos, pois operam em um ambiente de incertezas inerentes ao livre
mercado que coloca qualquer atividade econômica à mercê da oferta e da procura. Assim, todo
negócio deve ter um sistema implantado para administrar esses resultados. Isso envolve tipicamente
identificação, de maneira mais exata possível, dos riscos potenciais e do provável impacto deles na
empresa e, depois, o desenvolvimento de respostas adequadas e preparadas para enfrentar tais
eventos, se e quando eles ocorrerem. Os riscos se originam de várias áreas diferentes:

 Os riscos estratégicos abrangem incertezas relacionadas ao mercado, como quedas de demanda,


fracasso no desenvolvimento de novos produtos ou entrada de novos concorrentes.

 Os riscos financeiros relacionam-se a mudanças de custos e receitas não diretamente ligadas ao


mercado e podem incluir dívidas incobráveis ou aumentos em pagamentos de juros de empréstimos.

 Os riscos operacionais cobrem os perigos de turbulências nas funções de distribuição e produção,


como falhas no maquinário fabril ou perda de pessoal importante.

Finalmente, os riscos de conformidade relacionam-se à capacidade da empresa atender a exigências


legais e reguladoras. Falhas, neste caso, podem resultar no fechamento forçado do negócio ou em
ameaças de ações na justiça. Outros riscos mais gerais incluiriam catástrofes naturais e a
instabilidade política em mercados externos.

Uma vez identificados os riscos, é importante o negócio avaliar a probabilidade de eles ocorrerem,
bem como seu impacto ou significado. Assim, o negócio pode classificar ou priorizar os riscos que vai
enfrentar. Essa classificação permite concentrar recursos nas áreas de risco mais importantes,
aquelas que têm maior potencial de impacto sobre o sucesso dos objetivos da empresa. A estimativa
de risco pode ser obtida em nível básico, simplesmente avaliando se os resultados são de baixa,
média ou alta probabilidade. Em nível mais sofisticado, os riscos podem ser analisados pela
aplicação da ciência atual.

A etapa final é o desenvolvimento de sistemas ou políticas para gerenciar o risco. A primeira


abordagem é simplesmente aceitar o risco. Normalmente isso significa que os custos de administrar o
risco superam os custos do próprio risco.Riscos que não podem ser ser evitados nem transferidos
entram na categoria de “auto-seguro”. A segunda estratégia é transferir o risco. Isso normalmente é
executado com a compra de uma apólice de seguro. O risco também pode ser transferido por acordo
contratual( por exemplo, o comprador pode aceitar cobrir todos os preços de produção de uma
empresa de fornecimento)

A terceira é reduzir o risco fazendo vários investimentos, como compra de máquinas melhores, mais
caras, mas com menor probabilidade de transtornos.

A abordagem final é evitar o risco. Significa que as atividades ou os investimentos não serão
empreendidos, pois os riscos são considerados muito altos. O problema dessa abordagem, às vezes,
é ter de abrir mão de oportunidades lucrativas.

Nossos Treinamentos ocorrem em várias cidades do Brasil, aborda de forma ampla e objetiva os
assuntos aqui expostos de forma a reafirmar a importância da Auditoria Interna como parte integrante
do sistema global de controle e gerenciamento de Riscos Empresariais. Acesse a agenda de Cursos
no Site: www.portaldeauditoria.com.br e saiba dos próximos treinamentos.

O Gerenciamento De Riscos E O Novo Papel Da Auditoria Interna

Duas inovações normativas trouxeram os riscos para o centro das atenções das Uadins (Unidades de
Auditoria Interna) dos institutos federais.

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GERENCIMENTO DE RISCO

Primeira: a Instrução Normativa nº 24/2015, emitida pela CGU (Controladoria-Geral da União) com o
intuito de orientar a elaboração dos planos e relatórios anuais de auditoria interna (os PAINTs e os
RAINTs, respectivamente). (Para saber mais a respeito, clique aqui.)

Segunda: a Instrução Normativa nº 01/2016, emitida pela CGU em parceria com o MPOG (Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão) com o intuito de introduzir o gerenciamento de riscos nos
entes do Poder Executivo federal. (Para saber mais a respeito, clique aqui.)

Ambas as normativas têm despertado uma expectativa crescente acerca do papel das Uadins na
definição do gerenciamento de riscos em institutos federais.

Em um whitepaper de 2009, o IIA (Institute of Internal Auditors) repartiu este papel em três tipos:

 papel fundamental (“core internal audit roles”)

 papel legítimo (“legitimate internal audit roles”)

 papel ilegítimo (“roles internal audit should not undertake”)

A diferença entre eles, para o IIA, está na crescente prática de atos de gestão, que vai de zero no
papel fundamental até um máximo intolerável no papel ilegítimo; no papel legítimo, a auditoria interna
ocupa um meio termo delicado.

O “papel fundamental” pode corresponder a uma definição razoável de auditoria interna: uma
auditoria interna é uma avaliação sistemática de uma situação em comparação com um critério. Não
é a criação do critério, nem a implementação ou a manutenção dele.

O “papel legítimo” pode corresponder à participação da auditoria interna na prática de atos de gestão.
Neste papel, a auditoria interna presta consultoria para o desenvolvimento da estrutura de
gerenciamento de riscos.

O “papel ilegítimo” pode corresponder à prática de atos de gestão pela auditoria interna. Neste papel,
a auditoria interna desempenharia atos de gestão tendentes ao estabelecimento e à manutenção da
estrutura de gerenciamento de riscos.

Na visão do IIA, quanto mais a Uadin desempenhar os componentes do “papel legítimo”, que são
atos de gestão, mais ela estará longe de seu “papel fundamental” e mais estará perto de seu “papel
ilegítimo”.

A esse respeito, o IIA fez uma ressalva importante: o “papel legítimo” da auditoria implica a execução
de atos de gestão, e, por isto, deve ser abreviado, restringido ou, de preferência, evitado.

O IIA recomenda que a auditoria interna desempenhe o papel legítimo exclusivamente se tiver larga
experiência em seu papel fundamental e sólido domínio prático e teórico de gerenciamento de riscos.

O IIA também recomenda que os projetos de gerenciamento de riscos, tão logo sejam implementados
pela unidade de auditoria interna, passem à responsabilidade da alta administração, que os assumirá
daí em diante em sua integralidade.

A viabilidade da proposta do IIA para as Uadins, entretanto, requer alguma consideração.

Tenho a opinião de que a relação das Uadins com o gerenciamento de riscos deve limitar-se
ao papel fundamental.

O TCU (Tribunal de Contas da União), no Acórdão TCU nº 1.089/2014, não apenas se posicionou
contrário à prática de atos de gestão pelas Uadins, como trouxe dados preocupantes:

 A prática de atos de gestão, em desrespeito à segregação de funções, acontece em 30% das


Uadins de universidades e institutos federais

 A avaliação dos controles internos é realizada por 33% das Uadins de universidades e institutos
federais

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GERENCIMENTO DE RISCO

 Nenhuma das Uadins executava, em 2014, qualquer tipo de auditoria relacionada com o
gerenciamento de riscos, até como consequência de nenhuma das universidades ou dos institutos
federais adotar qualquer sistema de gestão de riscos

Isso quer dizer que as Uadins têm dificuldade de desempenhar seu papel fundamental e,
provavelmente, não possuem experiência em gerenciamento de riscos o suficiente para
desempenhar o papel legítimo apresentado no whitepaper do IIA.

 Levantamento do TCU sobre as Uadins

De forma realista, o TCU posiciona-se assim a respeito da relação das Uadins com o gerenciamento
de riscos:

“A maior interessada em realizar a avaliação e a gestão dos riscos deveria ser a própria
administração, pois tais instrumentos apontariam as providências a serem tomadas a fim de evitar
que vulnerabilidades não detectadas impeçam o atingimento dos objetivos da organização. A Audin
deveria atuar na avaliação desses instrumentos, apontando as oportunidades de melhoria” (Acórdão
TCU nº 1.089/2014, item 214).

Neste trecho, o TCU reiterou o que já expressara em um estudo de 2009, intitulado “Critérios Gerais
de Controle Interno na Administração Pública”:

“A auditoria interna, que não deve ser confundida com controle interno ou com unidade de ou do
controle interno, é um controle da própria gestão que tem por atribuição medir e avaliar a eficiência e
eficácia de outros controles. Importa destacar que não cabe à auditoria interna estabelecer
estratégias para gerenciamento de riscos ou controles internos para mitigá-los, pois estas são
atividades próprias dos gestores. Cabe-lhe avaliar a qualidade desses processos.” (p. 7)

Acredito que, levando em conta o que eu falei até aqui, há como reorganizar os componentes dos
papeis “fundamental”, “legítimo” e “ilegítimo” de forma condizente com a situação em geral das
Uadins.

As Uadins poderiam tomar as seguintes medidas com relação ao gerenciamento de riscos dos
institutos federais:

 Avaliar, por meio de auditoria, a estrutura de gerenciamento de riscos com relação ao referencial
empregado em sua elaboração (obrigatoriamente a Instrução Normativa CGU/MPOG nº 01/2016, e
opcionalmente algum outro)

 Avaliar, por meio de auditoria, a execução dos procedimento de gerenciamento de riscos

 Opinar, por meio de parecer, sobre a estrutura de gerenciamento de riscos que for submetida à
aprovação do Conselho Superior

 Promover, por meio de consultoria, o conhecimento acerca da existência de referenciais de


gerenciamento de riscos

Porém, as Uadins não deveriam:

 Preparar ou treinar a alta administração a reagir a riscos ou a gerenciar riscos

 Treinar a alta administração acerca de referenciais de gerenciamento de riscos

 Coordenar ou desempenhar atividades de projeto, execução ou implementação de ERM (Enterprise


Risk Management, ou Estrutura de Gestão de Riscos Corporativos)

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Procedimentos De Auditoria

Os procedimentos de auditoria são os mecanismos utilizados pelo auditor para a obtenção de


evidências ou provas de auditoria. Representam o conjunto de técnicas ou métodos que
permitem ao auditor obter elementos probatórios de forma suficiente e adequada para
fundamentar seus comentários, quando da elaboração do seu relatório.

Segundo o CFC, como já descrito no capítulo 3, os procedimentos de auditoria podem ser


agrupados em testes de observância a em testes substantivos. Os primeiros são
relacionados com a validação de controle internos. Os testes substantivos se relacionam com os
exames de saldos de balanços e a totalidade dos valores.

Os procedimentos de auditoria não são rígidos, podendo variar de auditoria para auditoria, de
modo a se ajustarem às circunstâncias específicas de cada caso em exame.

A aplicação dos procedimentos de auditoria pode ser realizada através de exames, provas
seletivas, testes e amostragens em razão da complexidade e volume das operações de cada
entidade auditada, cabendo ao profissional da auditoria, com base na análise de riscos
envolvidos e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude ou o escopo dos exames
necessários à obtenção dos elementos probatórios que sejam válidos para o todo auditado.

Os principais procedimentos de auditoria são:

 Exame dos Registros: verificação da adequação dos registros contábeis e auxiliares.

 Exame Documental: é a análise da adequação dos documentos comprobatórios dos fatos


auditados, entre outros documentos que normalmente são examinados, pode- se citar notas
fiscais, cautelas, duplicatas quitadas, contratos. Quando o auditor realiza o exame dos
documentos originais, deve estar atento para a autenticidade, normalidade, aprovação e registro.

 Conferência de Cálculos: revisão dos principais (relevantes) cálculos realizados pela entidade
auditada, de modo a verificar sua exatidão. Entre as conferências de cálculos fundamentais está
a conferência de soma.

 Entrevistas: questões dirigidas de forma técnica aos auditados de modo a detalhar e esclarecer
procedimentos. Pode ser realizada de forma estruturada (questões padronizadas) ou não-
estruturadas.

 Inspeção Física: exame da existência de bens. Este procedimento deve ser aplicado de forma
cuidadosa pelo auditor, que deve estar atento aos detalhes envolvidos na utilização dos bens.
Segundo o CFC, a inspeção física envolve também o exame dos títulos e outros documentos
comprobatórios. Na aplicação deste procedimento devem ser consideradas: identificação,
existência, autenticidade, quantidade e qualidade.

 Circularização: é a confirmação de saldos e informações mantidos com terceiros. Solicitada


pelo auditor, é elaborada pela entidade auditada. Todavia, é o auditor que deverá receber
diretamente as respostas. A circularização implica a obtenção de declaração formal e isenta de
pessoas independentes com relação ao ente auditado. Os procedimentos a seguir estão
relacionados com os exames de confirmação: seleção criteriosa dos itens, para serem
examinados; controle dos pedidos de confirmação, para serem despachados aos destinatários;
procedimento alternativo de verificação para as respostas de confirmações não recebidas; as
respostas do pedido de confirmação devem ser endereçadas ao auditor e algumas confirmações
devem ser obtidas pessoalmente, nos casos julgados apropriados pelo auditor.

A circularização pode ser:

 preta: quanto fornece o saldo a ser confirmado;

 branca: quando não fornece o saldo a ser confirmado;

 negativa: quando informa que não é necessária a resposta quando o auditado concorda com
o valor informado;

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

 positiva: quando informa que é necessária a resposta.

 Observação: é a análise dos fatos durante a sua ocorrência.

 Correlação: é a relação entre um fato examinado em uma área com seus impactos em outras.

 Procedimento de revisão analítica: é a avaliação dos dados com base em testes globais,
aplicação de índices de análise de balanço e análise de variações. Na aplicação dos
procedimentos de revisão analítica o auditor deve considerar a disponibilidade das informações,
sua confiabilidade, relevância e comparabilidade.

A Resolução n.º 820/93 do CFC, estabelece que a aplicação dos procedimentos de auditoria
“deve ser realizada, em razão da complexidade e volume das operações, por meio de provas
seletivas, testes e amostragens, cabendo ao auditor, com base na análise de riscos de auditoria
e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude dos exames necessários à obtenção
dos elementos de convicção que sejam válidos para o todo”.

Ainda segundo o CFC, na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve
considerar os seguintes procedimentos técnicos básicos:

a) inspeção – exame de registros, documentos e de ativos tangíveis;

b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução;

c) investigação e confirmação – obtenção de informações junto a pessoas ou entidades


conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade;

d) cálculo – conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, registros e


demonstrações contábeis e outras circunstâncias; e

e) revisão analítica – verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices,


quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou
tendências atípicas.

Tipos De Testes Em Áreas Específicas Das Demonstrações Contábeis

São apresentadas a seguir, sem pretender esgotar a lista, alguns objetivos e procedimentos de
auditoria em algumas áreas do Balanço Patrimonial, a saber:

 Disponível

Os objetivos de auditoria do disponível são verificar se:

a) os valores registrados no disponível representam os disponibilidades da organização;

b) os valores registrados no disponível estão adequadamente classificados;

c) as divulgações relativas ao disponível foram devidamente realizadas;

d) não há gravames ou riscos sobre o disponível;

e) a legislação correspondente foi seguida;

f) todo o disponível de propriedade da organização foi devidamente apresentado;

g) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do disponível são:

a) contagem física do numerário em caixa, que deve ser feita sempre na presença do
responsável, devendo ser obtida uma declaração por escrito de que os valores contados foram
devolvidos na totalidade;

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

b) confirmação dos saldos bancários;

c) confirmação das aplicações financeiras;

d) confirmação das pessoas autorizadas a movimentar as contas bancárias e aplicações


financeira;

e) análise dos controles de distribuição de senhas;

f) verificação da existência de limites de alçadas;

g) conferência de somas das conciliações bancárias e boletins de caixa;

h) revisão das conciliações bancárias;

i) conferência de cálculos da remuneração das aplicações financeiras;

j) correlação com a área de empréstimos;

k) observação da adequada classificação das contas;

l) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Contas A Receber

Os objetivos de auditoria do contas a receber são verificar se:

a) os valores registrados em contas a receber representam verdadeiramente valores realizáveis


da organização.

b) os valores registrados em contas a receber estão adequadamente classificados.

c) as divulgações relativas ao contas a receber foram devidamente realizadas.

d) não há gravames ou riscos sobre o contas a receber.

e) a legislação correspondente foi seguida.

f) todo o contas a receber de propriedade da organização foi devidamente apresentado.

g) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do contas a receber são:

a) contagem de duplicatas e títulos a receber, se aplicável.

b) confirmação de contas a receber relevantes.

c) conferência de cálculo de juros e correções que foram apropriados.

d) revisão das classificações de curto e longo prazo.

e) conferência da adequação dos valores considerados como provisão para devedores


duvidosos.

f) exame do registro do razão analítico do contas a receber.

g) exame da liquidação subseqüente.

h) correlação com a área de vendas.

i) observação da adequada classificação das contas.

j) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

 Estoques

Os objetivos de auditoria dos estoques são verificar se:

a) os bens registrados como estoques existem fisicamente.

b) os valores registrados no estoque representam verdadeiramente bens realizáveis da


organização.

c) os valores registrados no estoque estão adequadamente classificados.

d) os valores registrados no estoque estão adequadamente avaliados.

e) as divulgações relativas ao estoque foram devidamente realizadas.

f) não há gravames ou riscos sobre o estoque.

g) a legislação correspondente foi seguida.

h) todo o estoque de propriedade da organização foi devidamente apresentado.

i) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do estoque são:

a) contagem física do estoque por amostragem

b) revisão dos procedimentos utilizados pelo auditado na realização de inventários.

c) revisão dos mapas de inventário.

d) exame dos documentos de entrada e saída do estoque.

e) análise dos estoque de baixa rotatividade ou morosos.

f) analise dos estoques obsoletos ou improváveis de realização.

g) exame da adoção do critério de custo ou mercado, dos dois o menor.

h) confirmação dos estoques em poder de terceiros.

i) confirmação dos estoques de terceiros em poder da organização.

j) confirmação das importações em andamento

k) conferência de cálculos de apropriação de custos.

l) correlação com o custo das vendas e com o contas a apagar.

m) observação da adequada classificação das contas.

n) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Despesas Antecipadas

Os objetivos de auditoria das despesas antecipadas são verificar se:

a) os valores registrados em despesas antecipadas representam verdadeiramente gastos que


beneficiarão o exercício seguinte.

b) os valores registrados em despesas antecipadas estão corretamente classificados.

c) a legislação correspondente foi seguida.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

d) os valores das coberturas estão compatíveis com os valores de mercado dos bens
segurados.

e) há cobertura suficiente para os ativos.

f) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria das despesas antecipadas são:

a) análise da adequação das apólices.

b) análise da adequação dos contratos.

c) confirmação dos valores das apólices e dos pagamentos.

d) conferência de cálculos das apropriações feitas para o resultado.

e) observação da adequada classificação das contas.

f) correlação com a área de despesas.

g) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Investimentos

Os objetivos de auditoria dos investimentos são verificar se:

a) os investimentos efetivamente existem.

b) Os valores registrados como investimentos representam verdadeiramente participações


permanentes em outras organizações.

c) os valores registrados como investimentos estão adequadamente classificados.

d) as divulgações relativas aos investimentos foram devidamente realizadas.

e) não há gravames ou riscos sobre os investimentos.

f) a legislação correspondente foi seguida.

g) Todos os investimentos de propriedade organização foram devidamente apresentados.

h) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria dos investimentos são:

a) inspeção física dos títulos dos principais valores classificados nos investimentos.

b) exame dos documentos de entrada e de baixa dos investimentos.

c) análise dos investimentos considerados como não realizáveis.

d) conferência de cálculos de atualizações realizadas.

e) conferência do cálculo da equivalência patrimonial.

f) conferência de cálculos das provisões para perdas.

g confirmação com terceiros.

h) correlação com o resultado.

i) observação da adequada classificação das contas.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

j) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Imobilizado

Os objetivos de auditoria do imobilizado são verificar se:

a) os bens registrados como imobilizado existem fisicamente.

b) os valores registrados no imobilizado representam verdadeiramente bens e direitos que estão


sendo utilizados nas operações da organização.

c) os valores registrados no imobilizado estão adequadamente classificados.

d) as divulgações relativas ao imobilizado foram devidamente realizadas.

e) não há gravames ou riscos sobre o imobilizado.

f) a legislação correspondente foi seguida.

g) todo o imobilizado de propriedade da organização foi devidamente apresentado.

h) Os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do imobilizado são:

a) inspeção física dos principais valores classificados no imobilizado.

b) exame dos documentos de entrada e de baixa do imobilizado.

c) análise dos bens imobilizados considerados como inservíveis.

d) confirmação das importações em andamento.

e) confirmação dos contratos de arrendamento mercantil.

f) revisão dos livros de inventário.

g) conferência de cálculos de apropriação de depreciação, amortização e exaustão.

h) revisão das reavaliações feitas.

i) análise das reavaliações realizadas.

j) correlação com o resultado.

k) observação da adequada classificação das contas.

l) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Contas a Pagar

Os objetivos de auditoria do contas a pagar são verificar se:

a) os valores registrados em contas a pagar representam verdadeiramente valores exigíveis da


organização.

b) os valores registrados em contas a pagar estão adequadamente classificados.

c) as divulgações relativas ao contas a pagar foram devidamente realizadas.

d) existem ativos dados em garantias ou vinculados ao contas a pagar.

e) todos os passivos contingentes foram devidamente registrados.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

f) a legislação correspondente foi seguida.

g) todo o contas a pagar da organização foi devidamente apresentado.

h) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do contas a pagar são:

a) exame das duplicatas e títulos a pagar, se aplicável.

b) confirmação dos saldos das contas a pagar.

c) conferência de cálculo de juros e correções incorridos.

d) conferência de cálculo de impostos e contribuições devidas.

e) conferência de cálculo das provisões de férias e outras.

f) revisão das classificações de curto e longo prazo.

g) exame do registro do razão analítico do contas a pagar.

h) correlação com a área de compras e estoques.

i) exame da liquidação subsequente.

j) observação da adequada classificação das contas.

k) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Empréstimo

Os objetivos de auditoria de empréstimo são verificar se:

a) os valores registrados como empréstimo representam verdadeiramente valores exigíveis da


organização.

b) os valores registrados como empréstimo estão adequadamente classificados.

c) as divulgações relativas aos empréstimos foram devidamente realizadas.

d) existem ativos dados em garantias ou vinculados aos empréstimos.

e) todos os passivos contingentes foram devidamente registrados.

f) a legislação correspondente foi seguida.

g) todos os empréstimos da organização foram devidamente apresentados.

h) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria dos empréstimos são:

a) exame documental dos contratos de empréstimo.

b) exame documental dos pagamentos realizados.

c) confirmação dos saldos de empréstimos.

d) conferência de cálculo de juros e variações incorridos.

e) revisão das classificações de curto e longo prazo.

f) exame dos controles paralelos.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

g) correlação com a área de disponibilidades e de despesas.

h) exame da liquidação subseqüente.

i) observação da adequada classificação das contas.

j) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Patrimônio Líquido

Os objetivos de auditoria do patrimônio líquido são verificar se:

a) os valores registrados no patrimônio líquido representam verdadeiramente valores


pertencentes aos proprietários da organização.

b) os valores registrados no patrimônio líquido estão adequadamente classificados.

c) as divulgações relativas ao patrimônio líquido foram devidamente realizadas.

d) a legislação correspondente foi seguida.

e) as normas estatutárias foram seguidas.

f) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do patrimônio liquido são:

a) contagem das cautelas de ações.

b) confirmação da participação acionária.

c) confirmação dos valores classificados como reservas de capital.

d) conferência de cálculo.

e) conferência de cálculo das reservas de lucro.

f) conferência de cálculo das realizações de reservas.

g) conferência de cálculo da distribuição dos dividendos.

h) revisão das classificações contábeis realizadas.

i) exame das atas de assembléias.

j) correlação com a área de resultado.

k) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

 Resultado De Exercício

Os objetivos de auditoria do resultado do exercício são verificar se:

a) os valores registrados no resultado do exercício representam verdadeiramente receitas


realizadas e despesas incorridas da organização.

b) todos os custos e despesas foram contrapostos às receitas.

c) os valores registrados no resultado do exercício estão adequadamente classificados.

d) as divulgações relativas ao resultado do exercício foram devidamente realizadas.

e) a legislação correspondente foi seguida.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

f) os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram devidamente aplicados.

Os principais procedimentos de auditoria do resultado do exercício são:

a) correlação com as outras áreas do balanço.

b) correlação com os exames de controle interno.

b) exame documental da receita e da despesa.

c) análise de variações.

d) correlação com os resultados da revisão dos controles internos das áreas de faturamento, de
pessoal e de custo.

e) estudo e análise das contas de resultado.

f) revisão de cálculos de juros, receitas financeiras e impostos.

g) observação da adequada aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Os objetivos e procedimentos para uma auditoria operacional depenem da natureza e finalidade


do trabalho a ser executado, o que dificulta em muito a elaboração de um elenco padronizado.
Isso ocorre, em face da auditoria operacional não repousar sobre normas explícitas, como
acontece com a auditoria contábil. O que é perfeitamente aceitável, pois o campo de atuação da
auditoria operacional – universo da gestão – não é exato e o auditor incumbido dessa tarefa deve
apreciar caso a caso os diferentes domínios da administração.

Evidência De Auditoria

Evidência é toda prova obtida pelo auditor, em face da aplicação dos procedimentos de auditoria,
para avaliar se os critérios estabelecidos estão sendo ou não atendidos.

A evidência de auditoria é classificada segundo os procedimentos que a originaram.

Assim, tem-se:

a) Evidência física: obtida em decorrência de uma inspeção física ou observação direta de


pessoas, bens, ou transações. Normalmente é apresentada sob a forma de fotografias, gráficos,
memorandos descritivos, mapas, amostras físicas, etc.

b) Evidência documental: é aquela obtida dos exames de ofícios, contratos, documentos


comprobatórios (notas fiscais, recibos, duplicatas quitadas, etc.) e de informações prestadas por
pessoas de dentro e de fora da entidade auditada, sendo que a evidência obtida de fontes
externas adequadas é mais fidedigna que a obtida na própria organização sob auditoria.

c) Evidência testemunhal: é aquela decorrente da aplicação de entrevistas ou questionários.

d) Evidência analítica: decorre da conferência de cálculos, comparações, correlações e análises


feitas pelo auditor, dentre outras.

O auditor deve atentar que o processo de obtenção de evidências em uma auditoria operacional
é muito mais complexo do que em uma auditoria contábil. Isso acontece em virtude de, nas
áreas operacionais, o processo de identificação dos critérios, na maioria das vezes, não ser
claramente definido como nas áreas financeiras. A identificação das áreas problemáticas e
críticas dependerá enormemente da perspicácia, experiência e determinação do auditor.

Normas Internacionais Para A Prática Profissional De Auditoria Interna (Normas)

Introdução Às Normas Internacionais

A auditoria interna é conduzida em diversos ambientes legais e culturais; entre organizações que
variam de propósito, tamanho, complexidade e estrutura; e por pessoas dentro ou fora da

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

organização. Enquanto as diferenças possam afetar a prática de auditoria interna em cada ambiente,
a conformidade com as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna do IIA
(Normas) é essencial para o atendimento das responsabilidades dos auditores internos e da atividade
de auditoria interna.

Se os auditores internos ou a atividade de auditoria interna estão proibidos por força de lei ou de
regulamentações a seguir determinadas partes das Normas, é necessária a conformidade com todas
as demais partes das Normas e a apropriada divulgação desta situação.

Se as Normas são utilizadas em conjunto com normas emitidas por outros órgãos reguladores, as
comunicações de auditoria interna podem também citar a utilização de outras normas, como for
apropriado. Neste caso, se houver inconsistências entre as Normas e outras normas, os auditores
internos e a atividade de auditoria interna devem sujeitar-se às Normas, e podem obedecer às outras
normas caso elas forem mais restritivas.

Os propósitos das Normas são:

1. Delinear os princípios básicos que representam a prática de auditoria interna.

2. Fornecer uma estrutura para a execução e promoção de um amplo espectro de auditoria interna
de valor agregado.

3. Estabelecer as bases para a avaliação de desempenho da auditoria interna.

4. Promover a melhoria dos processos e operações organizacionais.

As Normas são focadas em princípios, requerimentos mandatórios consistidos de:

 Declarações dos requerimentos básicos para a prática profissional de auditoria interna e para a
avaliação da eficácia do desempenho, as quais são internacionalmente aplicáveis às organizações e
aos indivíduos.

 Interpretações, as quais esclarecem termos ou conceitos contidos nas Declarações.

As Normas empregam termos aos quais foram atribuídos significados específicos que estão incluídos
no Glossário. Especificamente, as Normas utilizam a palavra “deve” para especificar um requerimento
incondicional e a palavra “deveria” onde há a expectativa de conformidade a não ser que, ao aplicar o
julgamento profissional, as circunstâncias justificam o desvio.

É necessário considerar as Declarações e suas Interpretações, assim como os significados


específicos do Glossário, para entender e aplicar as Normas corretamente.

A estrutura das Normas é dividida entre Normas de Atributos e de Desempenho. As Normas de


Atributos endereçam as características das organizações e dos indivíduos que executam auditoria
interna. As Normas de Desempenho descrevem a natureza da auditoria interna e fornecem os
critérios de qualidade contra os quais o desempenho desses serviços possa ser avaliado. As Normas
de Atributos e de Desempenho são fornecidas para serem aplicadas a todos os serviços de auditoria
interna.

As Normas de Implantação, adicionalmente, são fornecidas para expandir as normas de Atributos e


de Desempenho ao prover os requerimentos aplicáveis às atividades de (A) avaliação (assurance) ou
(C) consultoria.

Os serviços de avaliação (assurance) compreendem a avaliação objetiva da evidência pelo auditor


interno, a fim de fornecer uma opinião ou conclusões independentes a respeito de uma entidade,
operação, função, processo, sistema ou outro ponto importante. A natureza e o escopo do trabalho de
avaliação (assurance) são determinados pelo auditor interno. Geralmente há três partes envolvidas
nos serviços de avaliação (assurance): (1) a pessoa ou o grupo diretamente envolvido com a
entidade, operação, função, processo, sistema ou outro ponto importante - o proprietário do processo,
(2) a pessoa ou grupo que efetua a avaliação – o auditor interno, e (3) a pessoa ou grupo que utiliza a
avaliação – o usuário.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Os serviços de consultoria são, por natureza, de assessoria e geralmente são realizados a partir da
solicitação específica de um cliente do trabalho. A natureza e o escopo dos trabalhos de consultoria
estão sujeitos a um acordo com o cliente do trabalho. Geralmente os serviços de consultoria
envolvem duas partes: (1) a pessoa ou grupo que oferece a assessoria – o auditor interno, e (2) a
pessoa ou grupo que busca e recebe a assessoria – o cliente do trabalho. Ao realizar serviços de
consultoria, o auditor interno deveria manter a objetividade e não assumir responsabilidades que são
da administração.

As Normas são aplicáveis a auditores internos e a atividades de auditoria interna. Todos os auditores
internos são responsáveis pela conformidade com as normas em relação à objetividade, proficiência
e zelo profissional devido individual. Além disso, os auditores internos são responsáveis pela
conformidade com as normas que são relevantes para o desempenho das suas responsabilidades
profissionais. Os executivos chefes de auditoria são responsáveis pela conformidade geral com as
Normas.

A revisão e o desenvolvimento das Normas é um processo contínuo. O Conselho Internacional de


Normas de Auditoria Interna (The International Internal Audit Standards Board) se empenha em
extensa consulta e discussão antes da publicar as Normas. Isto inclui a solicitação de críticas do
público de todas as partes do mundo através de um processo de exposição de versões de rascunho.
Todas as exposições de rascunhos são postados no Web site do The IIA, assim como são
distribuídos a todos os institutos afiliados ao The IIA.

Normas Internacionais Para A Prática Profissional De Auditoria Interna (Normas)

Normas De Atributos

Propósito, Autoridade E Responsabilidade

O propósito, a autoridade e a responsabilidade da atividade de auditoria interna devem estar


formalmente definidos em um estatuto de auditoria interna, consistente com a Definição de Auditoria
Interna, com o Código de Ética e com as Normas. O executivo chefe de auditoria deve revisar
periodicamente o estatuto de auditoria interna e submetê-lo à alta administração e ao conselho para
aprovação.

Interpretação:

O estatuto de auditoria interna é um documento formal que define o propósito, a autoridade e a


responsabilidade da atividade de auditoria interna. O estatuto de auditoria interna estabelece a
posição da atividade de auditoria interna dentro da organização, incluindo a natureza da relação
funcional do executivo chefe de auditoria com o conselho; autoriza o acesso aos registros, aos
funcionários e às propriedades físicas relevantes ao desempenho do trabalho de auditoria e define o
escopo das atividades de auditoria interna. A aprovação final do estatuto de auditoria interna é de
responsabilidade do conselho.

– A natureza dos serviços de avaliação (assurance) prestados à organização deve ser definida no
estatuto de auditoria interna. Se avaliações (assurances) forem fornecidas para partes externas à
organização, a natureza dessas avaliações (assurances) deve também ser definida no estatuto da
auditoria interna.

– A natureza dos serviços de consultoria deve ser definida no estatuto de auditoria interna.

– Reconhecimento Da Definição De Auditoria Interna, Do Código De Ética E Das Normas No


Estatuto De Auditoria Interna

A natureza mandatória da Definição de Auditoria Interna, do Código de Ética e das Normas deve ser
reconhecida no estatuto de auditoria interna. O executivo chefe de auditoria deveria debater sobre a
Definição de Auditoria Interna, o Código de Ética e as Normas com a alta administração e com o
conselho.

– Independência E Objetividade

A atividade de auditoria interna deve ser independente e os auditores internos devem ser objetivos ao

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

executar seus trabalhos.

Interpretação:

Independência é a imunidade quanto às condições que ameaçam a capacidade da atividade de


auditoria interna de conduzir as responsabilidades de auditoria interna de maneira imparcial. Para
atingir o grau de independência necessário para conduzir eficazmente as responsabilidades da
atividade de auditoria interna, o executivo chefe de auditoria tem acesso direto e irrestrito à alta
administração e ao conselho. Isto pode ser alcançado através de um relacionamento de duplo
reporte. As ameaças à independência devem ser gerenciadas nos níveis do auditor individual, do
trabalho de auditoria, funcional e organizacional.

A objetividade é uma atitude mental imparcial que permite aos auditores internos executarem os
trabalhos de auditoria de maneira a confiarem no resultado de seu trabalho e que não seja feito
nenhum comprometimento da qualidade. A objetividade requer que os auditores internos não
subordinem a outras pessoas o seu julgamento em assuntos de auditoria. As ameaças à objetividade
devem ser gerenciadas nos níveis do auditor individual, do trabalho de auditoria, funcional e
organizacional.

Independência Organizacional

O executivo chefe de auditoria deve reportar-se a um nível dentro da organização que permita à
atividade de auditoria interna cumprir suas responsabilidades. O executivo chefe de auditoria deve
confirmar junto ao conselho, pelo menos anualmente, a independência organizacional da atividade de
auditoria interna.

Interpretação:

A independência dentro da organização se alcança de forma efetiva quando o executivo chefe de


auditoria se reporta funcionalmente ao conselho. Alguns exemplos de reporte funcional ao Conselho
implicam que este:

• Aprove o estatuto de auditoria interna;

• Aprove o planejamento de auditoria baseado em riscos;

• Aprove o orçamento de auditoria e o plano de recursos;

• Receba comunicações do executivo chefe de auditoria sobre o desempenho do plano de auditoria


interna e outros assuntos;

• Aprove as decisões referentes à nomeação e demissão do executivo chefe de auditoria;

• Aprove a remuneração do executivo chefe de auditoria; e

• Formule questionamentos adequados à administração e ao executivo chefe de auditoria para


determinar se existem escopos inadequados ou limitações de recursos.

– A atividade de auditoria interna deve estar livre de interferências na determinação do escopo da


auditoria interna, na execução dos trabalhos e na comunicação de resultados.

– Interação Direta Com O Conselho

O executivo chefe de auditoria deve se comunicar e interagir diretamente com o conselho.

– Objetividade Individual

Os auditores internos devem adotar uma atitude imparcial e isenta e evitar qualquer conflito de
interesses.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Interpretação:

O conflito de interesses é uma situação na qual um auditor interno, que esteja em uma posição de
confiança, tenha um interesse profissional ou pessoal conflitante. Tais interesses conflitantes podem
tornar difícil a ele ou ela executar suas funções com imparcialidade. Um conflito de interesses existe
mesmo que não se resulte em nenhum ato antiético ou impróprio. Um conflito de interesses pode criar
uma aparência de impropriedade que pode abalar a confiança no auditor interno, na atividade de
auditoria interna e na profissão. Um conflito de interesses pode prejudicar a habilidade do indivíduo
de executar suas funções e responsabilidades objetivamente.

– Prejuízo À Independência Ou À Objetividade

Caso a independência ou a objetividade sejam prejudicadas de fato ou na aparência, os detalhes de


tal prejuízo devem ser divulgados às partes apropriadas. A natureza da divulgação dependerá do tipo
de prejuízo.

Interpretação:

O prejuízo à independência organizacional e objetividade individual pode incluir, mas não se limitar, a
um conflito de interesses pessoal; limitações de escopo; restrição de acesso aos registros, ao pessoal
e às propriedades e limitações de recursos, tais como: recursos financeiros.

A determinação das partes apropriadas para as quais os detalhes do prejuízo à independência ou à


objetividade devem ser divulgados depende das expectativas em relação à atividade de auditoria
interna e das responsabilidades do executivo chefe de auditoria junto à alta administração e ao
conselho, conforme esteja descrito no estatuto de auditoria interna, assim como da natureza do
prejuízo.

– Os auditores internos devem abster-se de avaliar operações específicas pelas quais tenham sido
responsáveis anteriormente. Presume-se que a objetividade fique prejudicada se um auditor interno
prestar serviços de avaliação (assurance) de uma atividade pela qual o auditor interno tenha sido
responsável durante ano anterior.

– Os trabalhos de avaliação (assurance) de funções pelas quais o executivo chefe de auditoria tenha
responsabilidade devem ser supervisionados por uma parte externa à atividade de auditoria interna.

– Os auditores internos podem prestar serviços de consultoria relativos às operações pelas quais
tenham sido responsáveis anteriormente.

– Caso os auditores internos tenham potenciais prejuízos à independência ou à objetividade com


relação aos serviços de consultoria propostos, o cliente do trabalho de auditoria deve ser informado
antes de o trabalho ser aceito.

– Proficiência E Zelo Profissional Devido

Os trabalhos de auditoria devem ser executados com proficiência e zelo profissional devido.

– Proficiência

Os auditores internos devem possuir o conhecimento, as habilidades e outras competências


necessárias ao desempenho de suas responsabilidades individuais. A atividade de auditoria interna
deve possuir, ou obter, coletivamente o conhecimento, as habilidades e outras competências
necessárias ao desempenho de suas responsabilidades.

Interpretação:

Os conhecimentos, as habilidades e outras competências são termos gerais que se referem à


proficiência profissional requerida dos auditores internos para desempenharem eficazmente suas
responsabilidades profissionais. Os auditores internos são encorajados a demonstrar sua proficiência
obtendo as certificações e qualificações profissionais apropriadas, tais como o título de Certified
Internal Auditor e outras certificações promovidas pelo The Institute of Internal Auditors (IIA) e outras
organizações profissionais apropriadas.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

– O executivo chefe de auditoria deve obter aconselhamento e assistência competentes caso os


auditores internos não possuam os conhecimentos, as habilidades ou outras competências
necessárias à realização de todo ou parte do trabalho de auditoria.

– Os auditores internos devem possuir conhecimento suficiente para avaliar o risco de fraude e a
maneira com o qual é gerenciado pela organização, porém, não se espera que possuam a
especialização de uma pessoa cuja principal responsabilidade seja detectar e investigar fraudes.

– Os auditores internos devem possuir conhecimento suficiente sobre os principais riscos e controles
de tecnologia da informação e sobre as técnicas de auditoria baseadas em tecnologia disponíveis
para a execução dos trabalhos a eles designados. Entretanto, não se espera que todos os auditores
internos possuam a especialização de um auditor interno cuja principal responsabilidade seja
auditoria de tecnologia da informação.

– O executivo chefe de auditoria deve declinar dos trabalhos de consultoria, ou obter competente
aconselhamento e assistência, caso os auditores internos não possuam os conhecimentos, as
habilidades ou outras competências necessárias à realização de todo ou parte do trabalho.

– Zelo Profissional Devido

Os auditores internos devem empregar o zelo e habilidades esperados de um auditor interno


razoavelmente prudente e competente. O zelo profissional devido não implica em infalibilidade.

– Os auditores internos devem exercer o zelo profissional devido levando em consideração:

• A extensão do trabalho necessária para alcançar os objetivos do trabalho de auditoria;

• A complexidade relativa, a materialidade ou a significância dos assuntos aos quais os


procedimentos de avaliação (assurance) são aplicados;

• A adequação e a eficácia dos processos de governança, gerenciamento de riscos e controles;

• A probabilidade de erros significativos, fraudes ou não conformidades; e

• O custo da avaliação (assurance) em relação aos potenciais benefícios.

– No exercício do zelo profissional devido, os auditores internos devem considerar a utilização de


auditoria baseada em tecnologia e outras técnicas de análise de dados.

– Os auditores internos devem estar alertas aos riscos significativos que poderiam afetar os objetivos,
as operações ou os recursos. Entretanto, os procedimentos de avaliação (assurance) isoladamente,
mesmo quando realizados com o zelo profissional devido, não garantem que todos os riscos
significativos serão identificados.

C1 – Os auditores internos devem exercer o zelo profissional devido durante um trabalho de


consultoria, levando em consideração:

• As necessidades e as expectativas dos clientes, incluindo a natureza, o prazo e a comunicação dos


resultados do trabalho;

• A complexidade relativa e a extensão do trabalho necessária para alcançar os objetivos do trabalho;


e

• O custo do trabalho de consultoria em relação aos potenciais benefícios.

– Desenvolvimento Profissional Contínuo

Os auditores internos devem aperfeiçoar seus conhecimentos, habilidades e outras competências


através do desenvolvimento profissional contínuo.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

– Programa De Avaliação Da Qualidade E Melhoria

O executivo chefe de auditoria deve desenvolver e manter um programa de avaliação da qualidade e


melhoria que compreenda todos os aspectos da atividade de auditoria interna.

Interpretação:

Um programa de avaliação da qualidade e melhoria é desenhado para permitir uma avaliação da


conformidade da atividade de auditoria interna com a Definição de Auditoria Interna e com as
Normas, e uma avaliação quanto a se os auditores internos observam o Código de Ética. O programa
também avalia a eficiência e a eficácia da atividade de auditoria interna e identifica oportunidades de
melhoria.

– Requerimentos Do Programa De Avaliação Da Qualidade E Melhoria

O programa de avaliação da qualidade e melhoria deve incluir tanto avaliações internas quanto
externas.

– Avaliações Internas

As avaliações internas devem incluir:

• Monitoramento contínuo do desempenho da atividade de auditoria interna; e

• Autoavaliações ou avaliações periódicas realizadas por outras pessoas da organização com


conhecimento suficiente das práticas de auditoria interna.

Interpretação:

O monitoramento contínuo é uma parte integrante da rotina diária de supervisão, revisão e avaliação
da atividade de auditoria interna. O monitoramento contínuo está incorporado às políticas e práticas
rotineiras utilizadas para gerenciar a atividade de auditoria interna e utiliza os processos, as
ferramentas e as informações consideradas necessárias para avaliar a conformidade com a Definição
de Auditoria Interna, com o Código de Ética e com as Normas.

As avaliações periódicas são conduzidas para avaliar a conformidade com a Definição de Auditoria
Interna, com o Código de Ética e com as Normas.

O conhecimento suficiente das práticas de auditoria interna requer, pelo menos, a compreensão de
todos os elementos da Estrutura Internacional de Práticas Profissionais (International Professional
Practices Framework - IPPF).

– Avaliações Externas

As avaliações externas devem ser realizadas pelo menos uma vez a cada cinco anos, por um
avaliador, ou uma equipe de avaliação, qualificado e independente, externo à organização. O
executivo chefe de auditoria deve discutir com o conselho:

• A forma e a frequência da avaliação externa; e

• A qualificação e independência do avaliador externo, ou equipe de avaliação, incluindo qualquer


potencial conflito de interesses.

Interpretação:

Avaliações externas podem ser uma avaliação externa completa ou uma autoavaliação com
validação externa independente.

Um avaliador, ou equipe de avaliação, qualificados demonstram sua competência em duas áreas: a


prática profissional de auditoria interna e o processo de avaliação externa. A competência pode ser
demonstrada por meio de uma combinação entre experiência e aprendizado teórico. A experiência
obtida em organizações de porte, complexidade, setor ou indústria e de conteúdo técnico similar é
mais importante que a experiência em outras áreas menos relevantes. No caso de uma equipe de

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

avaliação, não é necessário que todos os membros da equipe possuam todas as competências; e sim
que a equipe em conjunto esteja qualificada. O executivo chefe de auditoria utilizará seu julgamento
profissional para avaliar se um avaliador ou equipe de avaliação apresenta competência suficiente
para que seja considerado qualificado.

Um avaliador, ou equipe de avaliação, independente significa não haver nenhum conflito de


interesses real ou aparente, e não ser parte ou estar sob o controle da organização da qual a
atividade de auditoria interna faz parte.

– Reporte Do Programa De Avaliação Da Qualidade E Melhoria

O executivo chefe de auditoria deve comunicar os resultados do programa de avaliação da qualidade


e melhoria à alta administração e ao conselho.

Interpretação:

A forma, o conteúdo e a frequência da comunicação dos resultados do programa de avaliação da


qualidade e melhoria são estabelecidos através de discussões com a alta administração e o conselho
e consideram as responsabilidades da atividade de auditoria interna e do executivo chefe de
auditoria, como disposto no estatuto de auditoria interna. Para demonstrar a conformidade com a
Definição de Auditoria Interna, com o Código de Ética e com as Normas, os resultados de avaliações
externas e internas periódicas são comunicados tão logo estas avaliações forem completadas, os
resultados do monitoramento contínuo são comunicados, pelo menos anualmente. Os resultados
incluem a avaliação do avaliador, ou da equipe de avaliação, com relação ao grau de conformidade.

– Uso De “Em Conformidade Com As Normas Internacionais Para A Prática Profissional De


Auditoria Interna”

O executivo chefe de auditoria pode declarar que a atividade de auditoria interna está em
conformidade com as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna, somente
se os resultados do programa de avaliação da qualidade e melhoria sustentam esta declaração.

Interpretação

A atividade de auditoria interna está em conformidade com as Normas quando alcança os resultados
descritos na Definição de Auditoria Interna, Código de Ética e Normas.

Os resultados do programa de avaliação da qualidade e melhoria incluem os resultados tanto das


avaliações internas como das externas.

Todas as atividades de auditoria interna terão os resultados das avaliações internas. Aquelas
atividades cuja existência ultrapasse cinco anos também terão os resultados de avaliações externas.

– Divulgação de Não Conformidade

Quando a não conformidade com a Definição de Auditoria Interna, com o Código de Ética ou com as
Normas impactar o escopo geral ou a operação da atividade de auditoria interna, o executivo chefe de
auditoria deve divulgar a não conformidade e os impactos à alta administração e ao conselho.

Normas De Desempenho

– Gerenciamento Da Atividade De Auditoria Interna

O executivo chefe de auditoria deve gerenciar eficazmente a atividade de auditoria interna para
assegurar que ela adiciona valor à organização.

Interpretação:

A atividade de auditoria interna é gerenciada eficazmente quando:

• Os resultados do trabalho da atividade de auditoria interna cumprem o propósito e a


responsabilidade incluídos no estatuto de auditoria interna;

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 16
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

• A atividade de auditoria interna está em conformidade com a Definição de Auditoria Interna e com
as Normas; e

• Os indivíduos que fazem parte da atividade de auditoria interna demonstram conformidade com o
Código de Ética e com as Normas.

A atividade de auditoria interna agrega valor à organização (e às suas partes interessadas) quando
proporciona avaliação objetiva e relevante, e contribui para a eficácia e eficiência dos processos de
governança, gerenciamento de riscos e controles.

– Planejamento

O executivo chefe de auditoria deve estabelecer um plano baseado em riscos para determinar as
prioridades da atividade de auditoria interna, de forma consistente com as metas da organização.

Interpretação:

O executivo chefe de auditoria é o responsável pelo desenvolvimento de um planejamento baseado


em riscos. O executivo chefe de auditoria leva em consideração a estrutura de gerenciamento de
riscos da organização, incluindo o uso dos níveis de apetite de risco estabelecidos pela administração
para as diferentes atividades ou partes da organização. Se não houver uma estrutura, o executivo
chefe de auditoria utiliza seu próprio julgamento quanto aos riscos após considerar a opinião da alta
administração e do conselho. O executivo chefe de auditoria deve revisar e ajustar o plano conforme
necessário, em resposta às mudanças do negócio, riscos, operações, programas, sistemas e
controles da organização.

– O planejamento dos trabalhos da atividade de auditoria interna deve ser baseado em uma avaliação
de risco documentada, realizada pelo menos anualmente. As informações fornecidas pela alta
administração e pelo conselho devem ser consideradas neste processo.

– O executivo chefe de auditoria deve identificar e considerar as expectativas da alta administração,


conselho e outras partes interessadas, acerca dos pareceres e outras conclusões de

– O executivo chefe de auditoria deveria se basear, ao considerar a aceitação de propostas de


trabalhos de consultoria, no potencial destes trabalhos para aperfeiçoar o gerenciamento de riscos, de
adicionar valor e de melhorar as operações da organização. Os trabalhos aceitos devem ser incluídos
no planejamento.

– Comunicação E Aprovação

O executivo chefe de auditoria deve comunicar o planejamento da atividade de auditoria interna e os


requerimentos de recursos, incluindo alterações interinas significativas, à alta administração e ao
conselho para revisão e aprovação. O executivo chefe de auditoria deve também comunicar o
impacto das limitações de recursos.

– Gerenciamento De Recursos

O executivo chefe de auditoria deve assegurar que os recursos de auditoria interna sejam
apropriados, suficientes e eficazmente aplicados para o cumprimento do planejamento aprovado.

Interpretação:

Apropriado refere-se à combinação de conhecimentos, habilidades e outras competências


necessárias para executar o planejamento. Suficiente refere-se à quantidade de recursos necessários
para cumprir o planejamento. Os recursos são aplicados eficazmente quando são utilizados de forma
a otimizar o cumprimento do planejamento aprovado.

– Políticas E Procedimentos

O executivo chefe de auditoria deve estabelecer políticas e procedimentos para orientar a atividade
de auditoria interna.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 17
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Interpretação:

A forma e o conteúdo das políticas e procedimentos dependem do tamanho e da estrutura da


atividade de auditoria interna, e da complexidade de seu trabalho.

– Coordenação

O executivo chefe de auditoria deveria compartilhar informações e coordenar atividades com outros
prestadores internos e externos de serviços de avaliação (assurance) e consultoria para assegurar
que a cobertura apropriada e a minimização da duplicação de esforços.

– Reporte Para A Alta Administração E O Conselho

O executivo chefe de auditoria deve reportar periodicamente à alta administração e ao conselho sobre
o propósito, a autoridade e a responsabilidade da atividade de auditoria interna e o desempenho em
relação ao seu planejamento. Os reportes devem também incluir a exposição de pontos de riscos
significativos e de controles, incluindo os riscos de fraude, os assuntos de governança e outros
assuntos necessários ou solicitados pela alta administração e pelo conselho.

Interpretação:

A frequência e o conteúdo dos reportes são determinados em discussão com a alta administração e
com o conselho e dependem da importância da informação a ser comunicada e da urgência das
respectivas ações a serem tomadas pela alta administração ou pelo conselho.

– Prestadores De Serviço Externo E A Responsabilidade Da Organização Sobre A Auditoria


Interna

Quando um prestador de serviços externo fornece serviços de auditoria interna, o prestador deve
manter a organização ciente de que esta continua com a responsabilidade de manter uma atividade
de auditoria interna eficaz.

Interpretação

Essa responsabilidade é demonstrada através de programas de avaliação da qualidade e melhoria


para avaliar a conformidade com a Definição de Auditoria Interna, o Código de Ética e as Normas.

– Natureza Do Trabalho

A atividade de auditoria interna deve avaliar e contribuir para a melhoria dos processos de
governança, gerenciamento de riscos e controles, utilizando uma abordagem sistemática e
disciplinada.

– Governança

A atividade de auditoria interna deve avaliar e propor recomendações apropriadas para a melhoria do
processo de governança no seu cumprimento dos seguintes objetivos:

• Promover a ética e os valores apropriados dentro da organização;

• Assegurar o gerenciamento eficaz do desempenho organizacional e a prestação de contas;

• Comunicar as informações relacionadas aos riscos e aos controles às áreas apropriadas da


organização; e

• Coordenar as atividades e a comunicação das informações entre o conselho, os auditores externos


e internos e a administração.

– A atividade de auditoria interna deve avaliar o desenho, implantação e a eficácia dos objetivos,
programas e atividades da organização relacionados à ética.

– A atividade de auditoria interna deve avaliar se a governança de tecnologia da informação da


organização dá suporte às estratégias e objetivos da organização.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 18
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

– Gerenciamento De Riscos

A atividade de auditoria interna deve avaliar a eficácia e contribuir para a melhoria dos processos de
gerenciamento de riscos.

Interpretação:

Determinar se os processos de gerenciamento de riscos são eficazes é um julgamento que resulta da


avaliação do auditor interno quanto a se:

• Os objetivos da organização dão suporte e estão alinhados com a missão da organização;

• Os riscos significativos são identificados e avaliados;

• Respostas apropriadas aos riscos são selecionadas de forma a alinhar os riscos com o apetite de
risco da organização; e

• Informações de riscos relevantes são capturadas e comunicadas de forma oportuna através da


organização, permitindo que colaboradores, administração e conselho cumpram com suas
responsabilidades.

A atividade de auditoria interna reúne informações para apoiar esta avaliação através de múltiplos
trabalhos de auditoria. O resultado destes trabalhos, visto em conjunto, proporciona uma
compreensão dos processos de gerenciamento de riscos das organizações e sua eficácia.

Os processos de gerenciamento de riscos são monitorados através de atividades contínuas de


gerenciamento, de avaliações específicas ou de ambos.

– A atividade de auditoria interna deve avaliar as exposições a riscos relacionadas à governança, às


operações e aos sistemas de informação da organização, em relação a:

• Alcance dos objetivos estratégicos da organização;

• Confiabilidade e integridade das informações financeiras e operacionais;

• Eficácia e eficiência das operações e programas;

• Salvaguarda dos ativos; e

• Conformidade com leis, regulamentos, políticas, procedimentos e contratos.

– A atividade de auditoria interna deve avaliar o potencial de ocorrência de fraude e como a


organização gerencia o risco de fraude.

– Durante os trabalhos de consultoria, os auditores internos devem endereçar os riscos de forma


consistente com os objetivos do trabalho e estar alertas à existência de outros riscos significativos.

– Os auditores internos devem incorporar os conhecimentos sobre riscos adquiridos nos trabalhos de
consultoria à sua avaliação dos processos de gerenciamento de riscos da organização.

– Ao auxiliar a administração no estabelecimento ou na melhoria dos processos de gerenciamento de


riscos, os auditores internos devem abster-se de assumir qualquer responsabilidade da administração
de efetivamente gerenciar os riscos.

– Controle

A atividade de auditoria interna deve auxiliar a organização a manter controles efetivos a partir da
avaliação sua eficácia e eficiência e da promoção de melhorias contínuas.

- A atividade de auditoria interna deve avaliar a adequação e a eficácia dos controles em resposta
aos riscos, abrangendo a governança, as operações e os sistemas de informação da organização,
com relação a:

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 19
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

• Alcance dos objetivos estratégicos da organização;

• Confiabilidade e integridade das informações financeiras e operacionais;

• Eficácia e eficiência das operações e programas;

• Salvaguarda dos ativos; e

• Conformidade com leis, regulamentos, políticas e procedimentos e contratos.

– Os auditores internos devem incorporar o conhecimento dos controles adquirido em trabalhos de


consultoria na avaliação dos processos de controle da organização.

– Planejamento Do Trabalho De Auditoria

Os auditores internos devem desenvolver e documentar um planejamento para cada trabalho de


auditoria, incluindo os objetivos, o escopo, o prazo e a alocação de recursos do trabalho.

– Considerações Sobre O Planejamento

No planejamento dos trabalhos de auditoria, os auditores internos devem considerar:

• Os objetivos da atividade que está sendo revisada e os meios pelos quais a atividade controla seu
desempenho;

• Os riscos significativos para a atividade, seus objetivos, recursos e operações e os meios pelos
quais o impacto potencial dos riscos é mantido em um nível aceitável;

• A adequação e a eficácia dos processos de governança, gerenciamento de riscos e controles da


atividade, comparativamente a uma estrutura ou modelo compatível; e

• As oportunidades para se fazer melhorias significativas nos processos de governança,


gerenciamento de riscos e controles da atividade.

– Ao planejar um trabalho de auditoria a ser executado por terceiros externos à organização, os


auditores internos devem estabelecer com estes um entendimento por escrito dos objetivos, do
escopo, das respectivas responsabilidades e de outras expectativas, incluindo restrições na
distribuição dos resultados do trabalho e acesso aos registros do trabalho.

– Os auditores internos devem estabelecer um entendimento com os clientes dos trabalhos de


consultoria quanto aos objetivos, ao escopo e às respectivas responsabilidades e a outras
expectativas do cliente. Para trabalhos significativos, este entendimento deve ser documentado.

– Objetivos Do Trabalho De Auditoria

Os objetivos devem ser estabelecidos para cada trabalho de auditoria.

– Os auditores internos devem conduzir uma avaliação preliminar dos riscos relevantes para a
atividade sob revisão. Os objetivos do trabalho de auditoria devem refletir os resultados desta
avaliação.

– Os auditores internos devem considerar a probabilidade de erros significativos, fraudes, não


conformidades e outras exposições ao desenvolver os objetivos do trabalho.

– São necessários critérios adequados para avaliar a governança, o gerenciamento de riscos e os


controles. Os auditores internos devem verificar a extensão na qual a administração e/ou o conselho
estabeleceu critérios adequados para determinar se os objetivos e metas têm sido alcançados. Se
forem adequados, os auditores internos devem utilizar tais critérios em sua avaliação. Se
inadequados, os auditores internos devem trabalhar com a administração e/ou o conselho para
desenvolver critérios apropriados de avaliação.

– Os objetivos dos trabalhos de consultoria devem endereçar os processos de governança,


gerenciamento de riscos e controles na extensão previamente acordada com o cliente.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 20
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

– Os objetivos de trabalho de consultoria devem ser consistentes com os valores, estratégias e


objetivos.

– Escopo Do Trabalho De Auditoria

O escopo estabelecido deve ser suficiente para alcançar os objetivos do trabalho de auditoria.

– O escopo do trabalho de auditoria deve incluir considerações sobre sistemas, registros, pessoal e
propriedades físicas relevantes, incluindo aqueles sob o controle de terceiros.

– Se oportunidades de trabalhos de consultoria significativos surgirem durante um trabalho de


avaliação (assurance) um entendimento por escrito específico dos objetivos, do escopo, das
respectivas responsabilidades e de outras expectativas que deveriam ser atendidas, assim como os
resultados do trabalho de consultoria, deveriam ser comunicados em conformidade com as normas
de consultoria.

– Ao executar trabalhos de consultoria, os auditores internos devem assegurar que o escopo do


trabalho seja suficiente para endereçar os objetivos previamente acordados. Caso os auditores
internos desenvolvam restrições quanto ao escopo durante o trabalho, estas restrições devem ser
discutidas com o cliente para se determinar se o trabalho irá continuar.

– Durante os trabalhos de consultoria, os auditores internos devem endereçar os controles de forma


consistente com os objetivos do trabalho e estarem alertas para pontos significativos de controle.

– Alocação De Recursos Para O Trabalho De Auditoria

Os auditores internos devem determinar os recursos apropriados e suficientes para cumprir os


objetivos do trabalho de auditoria, baseado em uma avaliação da natureza e da complexidade de
cada trabalho, das restrições de tempo e dos recursos disponíveis.

– Programa De Trabalho De Auditoria

Os auditores internos devem desenvolver e documentar programas de trabalho que atendam aos
objetivos do trabalho.

– Os programas de trabalho devem incluir os procedimentos para identificar, analisar, avaliar e


documentar as informações durante o trabalho de auditoria. O programa de trabalho deve ser
aprovado antes de ser implantado e quaisquer ajustes devem ser prontamente aprovados.

– Os programas de trabalho para trabalhos de consultoria podem variar na forma e no conteúdo


dependendo da natureza do trabalho.

– Execução Do Trabalho De Auditoria:

Os auditores internos devem identificar, analisar, avaliar e documentar informações suficientes para
cumprir os objetivos do trabalho de auditoria.

– Identificação Das Informações

Os auditores internos devem identificar informações suficientes, confiáveis, relevantes e úteis para
cumprir os objetivos do trabalho de auditoria.

Interpretação:

Informação suficiente é factual, adequada e convincente de forma que uma pessoa prudente e
informada chegaria às mesmas conclusões que o auditor. Informação confiável é a melhor
informação possível de ser obtida através da utilização de técnicas de auditoria apropriadas.
Informação relevante dá suporte às observações e recomendações do trabalho de auditoria e é
consistente com os objetivos do trabalho de auditoria. Informação útil auxilia a organização a atingir
as suas metas.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 21
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

– Análise E Avaliação

Os auditores internos devem basear suas conclusões e resultados dos trabalhos de auditoria em
análises e avaliações apropriadas.

– Documentação Das Informações

Os auditores internos devem documentar as informações relevantes para dar suporte às conclusões
e aos resultados do trabalho de auditoria.

– O executivo chefe de auditoria deve controlar o acesso aos registros dos trabalhos. O executivo
chefe de auditoria deve obter a aprovação da alta administração e/ou advogados antes de liberar tais
registros para partes externas, conforme for apropriado.

– O executivo chefe de auditoria deve desenvolver requisitos de retenção para os registros do


trabalho de auditoria, independentemente do meio onde cada registro está armazenado. Estes
requisitos de retenção devem ser consistentes com as diretrizes da organização e quaisquer outras
regulamentações ou outros requerimentos pertinentes.

– O executivo chefe de auditoria deve desenvolver políticas para reger a custódia e retenção de
registros de trabalhos de consultoria, bem como sua liberação para partes internas e externas. Estas
políticas devem ser consistentes com as diretrizes da organização e quaisquer exigências
regulatórias ou outros requerimentos pertinentes.

– Supervisão Do Trabalho De Auditoria

Os trabalhos de auditoria devem ser adequadamente supervisionados para assegurar que os


objetivos sejam alcançados, a qualidade seja assegurada e que a equipe seja desenvolvida.

Interpretação:

A extensão da supervisão requerida dependerá da proficiência e experiência dos auditores internos e


da complexidade do trabalho de auditoria. O executivo chefe de auditoria tem a responsabilidade
global pela supervisão do trabalho de auditoria, quer ele seja executado pela ou para a atividade de
auditoria interna, mas pode designar membros da equipe da atividade de auditoria interna com a
adequada experiência para efetuar a revisão. A evidência apropriada da supervisão é documentada e
mantida.

– Comunicação Dos Resultados

Os auditores internos devem comunicar os resultados dos trabalhos de auditoria.

– Critérios Para A Comunicação

As comunicações devem incluir os objetivos e o escopo do trabalho de auditoria, assim como as


conclusões, recomendações e planos de ação aplicáveis.

– A comunicação final dos resultados do trabalho deve, quando apropriado, conter a opinião e/ou
conclusões dos auditores internos. Uma vez emitida, uma opinião ou conclusão deve levar em conta
as expectativas da alta administração, conselho e outras partes interessadas e deve estar suportada
por informação suficiente, confiável, relevante e útil.

Interpretação

As opiniões de um trabalho de auditoria podem ser classificações (ratings), conclusões ou outras


descrições dos resultados. Um trabalho de auditoria pode estar relacionado aos controles sobre um
processo, risco ou unidade de negócios específica. A formulação das opiniões requer a consideração
dos resultados do trabalho e sua importância.

– Os auditores internos são encorajados a reconhecer o desempenho satisfatório nas comunicações


dos trabalhos de auditoria.

– Ao divulgar os resultados do trabalho para partes externas à organização, a comunicação deve

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 22
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

conter limitações sobre a distribuição e o uso dos resultados.

– A comunicação sobre o progresso e os resultados de um trabalho de consultoria irá variar na forma


e no conteúdo, dependendo da natureza do trabalho e das necessidades do cliente.

– Qualidade Das Comunicações

As comunicações devem ser precisas, objetivas, claras, concisas, construtivas, completas e


tempestivas.

Interpretação:

Comunicações precisas são livres de erros e distorções e são fiéis aos fatos fundamentais.
Comunicações objetivas são justas, imparciais e neutras e são o resultado de um julgamento justo e
equilibrado de todos os fatos e circunstâncias relevantes. Comunicações claras são facilmente
compreendidas e são lógicas, evitam linguagem técnica desnecessária e fornecem todas as
informações significativas e relevantes. Comunicações concisas são diretas ao ponto e evitam
elaboração desnecessária, detalhes supérfluos, redundância e excesso de palavras. Comunicações
construtivas são úteis ao cliente do trabalho de auditoria e à organização e conduzem às melhorias
onde seja necessário. Comunicações completas não omitem nada do que seja essencial à audiência
alvo e incluem todas as informações significativas e relevantes e as observações que dão suporte às
recomendações e conclusões. Comunicações tempestivas são oportunas e práticas, dependem da
importância do ponto, permitem à administração tomar as ações corretivas apropriadas.

– Erros E Omissões

Se uma comunicação final contiver erro ou omissão significativa, o executivo chefe de auditoria deve
comunicar a informação correta a todas as partes que tenham recebido a comunicação original.

– Uso De “Conduzido Em Conformidade Com As Normas Internacionais Para A Prática


Profissional De Auditoria Interna”

Os auditores internos podem reportar que seus trabalhos são “conduzidos em conformidade com as
Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna” somente se os resultados do
programa de avaliação da qualidade e melhoria sustentarem esta declaração.

– Declaração De Não Conformidade Do Trabalho De Auditoria

Quando a não conformidade com a Definição de Auditoria Interna, com o Código de Ética ou com as
Normas impactar em um trabalho específico, a comunicação dos resultados deve divulgar:

• O princípio ou regra de conduta do Código de Ética ou Norma(s) cuja conformidade plena não foi
alcançada;

• A(s) razão(ões) para a não conformidade; e

• O impacto da não conformidade sobre o trabalho de auditoria e sobre os resultados do trabalho


comunicados.

– Divulgação Dos Resultados

O executivo chefe de auditoria interna deve comunicar os resultados às partes apropriadas.

Interpretação:

O executivo chefe de auditoria é responsável por revisar e aprovar a comunicação final do trabalho de
auditoria antes da sua emissão e por decidir a quem e como ela será disseminada. Quando o
executivo chefe de auditoria delega estas tarefas, ele ou ela retém total responsabilidade.

O executivo chefe de auditoria é o responsável pela comunicação dos resultados finais às partes que
possam assegurar que os resultados recebam a devida consideração.

Se não houver exigências legais, estatutárias ou regulatórias em contrário, antes de se divulgar os

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 23
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

resultados para partes externas à organização, o executivo chefe de auditoria deve:

• Avaliar o risco potencial à organização;

• Consultar a alta administração e/ou advogado, conforme for apropriado; e

• Controlar a disseminação através da restrição da utilização dos resultados.

– O executivo chefe de auditoria é o responsável por comunicar os resultados finais de trabalhos de


consultoria aos clientes.

– Durante os trabalhos de consultoria, pontos relativos à governança, gerenciamento de riscos e


controles podem ser identificados. Toda vez que esses pontos forem significativos para a
organização, devem ser comunicadas à alta administração e ao conselho.

– Opiniões Gerais

Ao emitir uma opinião geral, esta deve levar em conta as expectativas da alta administração,
conselho e outras partes interessadas e deve estar suportada por informação suficiente, confiável,
relevante e útil.

Interpretação

A comunicação irá identificar:

• O escopo, incluindo o período de tempo a que diz respeito à opinião;

• As limitações de escopo;

• A consideração de todos os projetos relacionados, incluindo a dependência de outros provedores de


avaliação;

• O risco, estrutura de controle ou outros critérios utilizados como base para a opinião geral; e

• A opinião geral, julgamento ou conclusão alcançada.

Quando há uma opinião geral que não é favorável, deve-se expor as razões para a mesma.

– Monitoramento Do Progresso

O executivo chefe de auditoria deve estabelecer e manter um sistema para monitorar a disposição
dos resultados comunicados à administração.

– O executivo chefe de auditoria deve estabelecer um processo de acompanhamento para monitorar


e assegurar que as ações da administração tenham sido efetivamente implantadas ou que a alta
administração tenha aceitado o risco de não tomar nenhuma ação.

– A atividade de auditoria interna deve monitorar a disposição dos resultados dos trabalhos de
consultoria na extensão previamente acordada com o cliente.

– Comunicação Da Aceitação De Riscos

Quando o executivo chefe de auditoria conclui que a administração aceitou um nível de risco que
pode ser inaceitável para a organização, o executivo chefe de auditoria deve discutir o assunto com a
alta administração. Caso o executivo chefe de auditoria determine que a questão não foi resolvida, o
executivo chefe de auditoria deve comunicar a questão ao conselho.

Interpretação

A identificação do risco aceito pela administração pode ser observada por meio de um trabalho de
avaliação (assurance) ou consultoria, monitoramento do progresso das ações tomadas pela
administração como resultado de trabalhos anteriores ou por outros meios. Não é responsabilidade
do executivo chefe de auditoria resolver o risco.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 24
PROCESSO DE PLANEJAMENTO

Norma Brasileira De Contabilidade Interpretação Técnica NBC T 11 - IT - 07 Planejamento Da


Auditoria

Esta Interpretação Técnica (IT) visa a explicitar o subitem 11.2.1 - relativo ao PLANEJAMENTO DA
AUDITORIA, da NBC T 11 - Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, etapa
na qual o auditor independente define o seu plano de trabalho e o detalhamento dos procedimentos
de auditoria a serem aplicados.

Conceituação E Disposições Gerais

1. O Planejamento da Auditoria é a etapa do trabalho na qual o auditor independente estabelece a


estratégia geral dos trabalhos a executar na entidade a ser auditada, elaborando-o a partir da
contratação dos serviços, estabelecendo a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames, de
modo que possa desempenhar uma auditoria eficaz.

2. O Planejamento da Auditoria é muitas vezes denominado Plano de Auditoria, ou Programa de


Auditoria, conceitos que nesta IT são considerados partes do Planejamento da Auditoria.

3. As informações obtidas quando da avaliação dos serviços, conforme previsto nas Normas
Profissionais de Auditor Independente aprovadas pelo CFC, devem servir de base, também, para a
elaboração do Planejamento da Auditoria, sendo esta uma etapa subseqüente àquela.

4. O auditor independente deve ter em conta que o Planejamento da Auditoria é um processo que se
inicia na fase de avaliação para a contratação dos serviços. Nesta etapa devem ser levantadas as
informações necessárias para conhecer o tipo de atividade da entidade, sua complexidade, a
legislação aplicável, relatórios, parecer e outros informes a serem emitidos, para assim determinar a
natureza do trabalho a ser executado. A conclusão do Planejamento da Auditoria só se dá quando o
auditor independente completar os trabalhos preliminares, com o atendimento dos objetivos do item
12.

5. As informações obtidas, preliminarmente, para fins de elaboração da proposta de serviços,


juntamente com as levantadas para fins do Planejamento da Auditoria, devem

6. Muitas informações que compõem o planejamento definitivo para determinado período são
confirmadas durante os trabalhos de campo, o que implica a necessidade de o auditor independente
revisá-lo e ajustá-lo à medida que for executando os trabalhos.

7. O programa de auditoria deve ser preparado por escrito ou por outro meio de registo, o que facilita
o entendimento dos procedimentos de auditoria a serem adotados e propicia uma orientação mais
adequada para a divisão do trabalho.

8. O detalhamento dos procedimentos de auditoria a serem adotados deve esclarecer o que o auditor
necessita examinar na entidade, com base no seu sistema contábil e de controles internos.

9. No programa de auditoria devem ficar claras as diversas épocas para a aplicação dos
procedimentos e a extensão com que os exames serão efetuados.

10. O programa de auditoria, além de servir como guia e instrumento de controle para a execução do
trabalho, deve abranger todas as áreas a serem examinadas pelo auditor independente.

Objetivos

11. Os principais objetivos do Planejamento da Auditoria são:

a) obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventos e transações relevantes
que afetem as demonstrações contábeis;

b) propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro dos prazos e
compromissos previamente estabelecidos;

c) assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes contidos em suas


demonstrações contábeis recebam a atenção requerida;

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 1
PROCESSO DE PLANEJAMENTO

d) identificar os problemas potenciais da entidade;

e) identificar a legislação aplicável à entidade;

f) estabelecer a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a serem efetuados, em


consonância com os termos constantes na sua proposta de serviços para a realização do trabalho;

12. As alíneas do item anterior não excluem outros objetivos que possam ser fixados, segundo as
circunstâncias de cada trabalho, especialmente quando houver o envolvimento com partes
relacionadas e auditoria de demonstrações contábeis consolidadas.

Informações E Condições Para Elaborar O Planejamento De Auditoria

13. Nos itens a seguir, destacam-se os aspectos a serem considerados no Planejamento da


Auditoria. Tais elementos não excluem outros que se revelarem necessários, conforme o tipo de
atividade da entidade, seu tamanho, qualidade de seu sistema contábil e de controles internos e a
competência de sua administração.

Conhecimento Das Atividades Da Entidade

14. Conforme estabelecido na NBC T 11, item 11.2.1.2, o planejamento pressupõe adequado nível de
conhecimento das atividades, os fatores econômicos, legislação aplicável, as práticas operacionais
da entidade e o nível geral de competência de sua administração.

Fatores Econômicos

15. Para o auditor independente completar o conhecimento do negócio da entidade a ser auditada,
deve avaliar os fatores econômicos desta, abrangendo:

a) o nível geral da atividade econômica na área de atuação da entidade e fatores que podem
influenciar seu desempenho, tais como níveis de inflação, crescimento, recessão, deflação,
desemprego, situação política, entre outros;

b) as taxas de juros e as condições de financiamento;

c) as políticas governamentais, tais como monetária, fiscal, cambial e tarifas para importação e
exportação; e

d) o controle sobre capitais externos.

16. A análise preliminar desses fatores é a base para identificar riscos que possam afetar a
continuidade operacional da entidade, a existência de contingências fiscais, legais, trabalhistas,
previdenciárias, comerciais, ambientais, obsolescência de estoques e imobilizações, e outros
aspectos do negócio com impacto potencial nas demonstrações contábeis.

17. É recomendável que tais circunstâncias, se constatadas, sejam discutidas previamente entre o
auditor independente e a administração da entidade a ser auditada. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

18. O conhecimento prévio da legislação que afeta a entidade a ser auditada é fundamental para a
avaliação, pelo auditor, dos impactos que a não-observância das normas pertinentes pode ter nas
demonstrações contábeis. Neste sentido, o auditor deve considerar os seguintes aspectos:

a) os impostos, taxas e contribuições a que a entidade está sujeita;

b) as contribuições sociais a que a entidade está sujeita;

c) a regulamentação própria do setor de atividade; e

d) as informações que a entidade deve fornecer a terceiros em função de suas atividades, como, por
exemplo, bancos, companhias abertas, seguradoras, fundos de pensão, etc.

Práticas Operacionais Da Entidade

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 2
PROCESSO DE PLANEJAMENTO

19. Uma entidade tem sua dinâmica nas transações regulares que se propõe no seu objeto social.
Dentro do conceito de continuidade, devem ser considerados, entre outros, os seguintes aspectos da
entidade:

a) a natureza das atividades e o tipo de operações que ela realiza;

b) a localização das instalações e o grau de integração entre elas;

c) os produtos que fabrica, comercializa, ou os serviços que executa;

d) os mercados de atuação e sua participação neles;

e) sistemas de controle interno das principais atividades: vendas, compras, produção, pessoal,
estocagem, tesouraria, etc.;

f) as margens de resultado operacional bruto, de contribuição e de resultado líquido;

g) as políticas de vendas e marketing, compras, estocagem, produção, manutenção e conservação


de bens, e recursos humanos;

h) as políticas de importação e exportação, e de formação de preços, as tendências, a qualidade dos


produtos e a garantia dos produtos pós-venda;

i) a identificação de clientes e fornecedores estratégicos ou importantes, e a forma de relacionamento


com eles;

j) as modalidades de inventários;

k) as franquias, licenças, marcas e patentes;

l) a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos ou serviços;

m) os sistemas de informações sobre as operações;

n) o uso de manuais operacionais;

o) o grau de interferência da administração e dos controladores nas operações da entidade; e

p) controles gerenciais.

20. O conhecimento das atividades da entidade e as suas características operacionais são


fundamentais para a identificação dos riscos da auditoria.

Nível Geral De Competência Da Administração

21. Uma entidade é gerida por uma administração, que tem a responsabilidade pela registro, controle,
análise e aprovação das transações. O conhecimento do nível de competência da administração é
fundamental para que o auditor tenha uma percepção razoável da organização da entidade e dos
reflexos que uma gestão não-confiável pode determinar nas demonstrações contábeis. Para isso, tem
de considerar itens como os que seguem:

a) a estrutura corporativa e o grau de relacionamento com os controladores;

b) as formas de relacionamento com partes relacionadas;

c) as formas de eleições e designações da administração;

d) a estrutura de capital e suas modificações em relação ao exercício anterior;

e) a estrutura organizacional, limites de alçada e definições de linhas de responsabilidade;

f) os objetivos e o plano estratégico da administração;

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PROCESSO DE PLANEJAMENTO

g) as aquisições, fusões, incorporações ou cisões efetuadas no período, ou efeitos decorrentes


dessas operações, realizadas em períodos anteriores, e suas influências na administração;

h) a independência da administração para a tomada de decisões; e

22. O Planejamento de Auditoria deve abranger o conhecimento detalhado das práticas contábeis
adotadas pela entidade, para propiciar uma adequada avaliação da consistência das demonstrações
contábeis, considerando os seus efeitos sobre o programa de auditoria em face das novas normas de
contabilidade que passarem a ser aplicáveis à entidade.

23. A alteração das práticas contábeis pode determinar modificações na comparabilidade das
demonstrações contábeis. Daí a necessidade de:

a) comparar as práticas contábeis adotadas no exercício com as adotadas no exercício anterior;

b) dimensionar seus efeitos na posição patrimonial e financeira e no resultado da entidade.

Conhecimento Do Sistema Contábil E Controles Internos

24. O conhecimento do sistema contábil e de controles internos é fundamental para o Planejamento


da Auditoria necessário para determinar a natureza, extensão e oportunidade dos procedimentos de
auditoria, devendo o auditor:

a) ter conhecimento do sistema de contabilidade adotado pela entidade e de sua integração com os
sistemas de controles internos;

b) avaliar o grau de confiabilidade das informações geradas pelo sistema contábil, sua temporalidade
e sua utilização pela administração; e

c) avaliar o grau de confiabilidade dos controles internos adotados pela entidade, mediante a
aplicação de provas de procedimentos de controle, dentro da abrangência definida no item 11.2.5 da
NBC T 11.

Áreas Importantes Da Entidade

25. A identificação das áreas importantes depende do tipo de negócio da entidade. Uma indústria
difere de uma entidade que atua somente no comércio ou daquelas que atuam nas atividades rurais,
de mineração ou de serviços.

26. Existem muitos tipos de entidades industriais, comerciais e de serviços, dos mais variados portes
e atuando em diferentes mercados. Portanto, o auditor independente deve iniciar pela análise da
natureza do negócio da entidade e, a partir daí, definir um tipo de planejamento para o trabalho de
auditoria.

27. O conhecimento do negócio passa pela identificação da espécie de produtos e serviços, mercado
de atuação, tipo e perfil dos clientes e fornecedores, as formas de comercialização, o nível de
dependência da entidade de clientes e fornecedores, os níveis de custos de pessoal, impostos,
matéria-prima, financeiros e outros no custo total da entidade.

28. A identificação das áreas importantes de uma entidade deve abranger o que se segue:

a) verificação dos casos em que elas têm efeitos relevantes sobre as transações da entidade e se
refletem nas demonstrações contábeis;

b) a localização das unidades operacionais em que a entidade realiza suas transações;

c) a estrutura de recursos humanos, a política de pessoal adotada, a existência de f undo de pensão,


compromissos com sindicatos, níveis salariais e tipos de benefícios indiretos;

d) a identificação de clientes importantes, participação no mercado, políticas de preços, margens de


lucro, qualidade e reputação dos produtos e serviços, estratégias mercadológicas, garantia dos
produtos e outros fatores comerciais;

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PROCESSO DE PLANEJAMENTO

e) a identificação de fornecedores importantes de bens e serviços, e avaliação da qualidade dos


produtos e serviços, garantias de entrega, contratos de longo prazo, importações, formas de
pagamento e métodos de entrega dos produtos;

f) os inventários, com identificação de locais, quantidades, tipos de armazenamento, pessoal


envolvido e outros fatores;

g) as franquias, licenças, marcas e patentes quanto a contratos e registros existentes;

h) os investimentos em pesquisa e desenvolvimento;

i) os ativos, passivos e transações em moeda estrangeira;

j) a legislação, normas e regulamentos que afetam a entidade;

k) a estrutura do passivo e níveis de endividamento;

l) a qualidade e consistência dos níveis de informação gerencial para a tomada de decisões;

m) os índices e estatísticas de desempenho físico e financeiro;

n) análise da tendência da entidade.

Volume De Transações

29. A avaliação do volume de transações deve ser feita para que o auditor independente tenha:

a) o conhecimento e o dimensionamento mais adequado dos testes a serem aplicados e dos períodos
em que tais volumes são mais significativos;

b) a identificação de como as normas internas são seguidas, suas diversas fases, as pessoas
envolvidas e os controles internos adotados sobre elas; e

c) a definição das amostras a serem selecionadas, e noção da existência de um grande volume de


transações de pequeno valor ou de um volume pequeno de transações, mas com valor individual
significativo.

Complexidade Das Transações

30. A complexidade das transações de uma entidade é fator determinante do grau de dificuldade que
o auditor independente pode encontrar para realizar seu trabalho. Desse modo, deve levar em conta
que:

a) a complexidade das transações de uma entidade pode significar a necessidade de planejar a


execução dos trabalhos com profissionais mais experientes ou de haver uma supervisão mais direta
durante sua realização;

b) as operações complexas podem ser passíveis de erro e fraude, com maior freqüência, se não
possuírem controles que atendam às exigências e riscos das operações;

c) as transações complexas podem determinar um ciclo mais longo para a realização do negócio e
margens de lucros não-uniformes para um mesmo tipo de operação, visto existir, muitas vezes, o
fator oportunidade;

d) uma entidade com operações complexas exige maior grau de especialização e experiência da
administração.

Existência De Entidades Associadas, Filiais E Partes Relacionadas

31. Para definir a abrangência de seu trabalho, o auditor independente deve considerar, no seu
planejamento, a existência de entidades controladas, coligadas, filiais e unidades operacionais. Para
tanto, é necessário:

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PROCESSO DE PLANEJAMENTO

a) definir se os exames são extensivos às partes relacionadas, como controladas e coligadas, e se


abrangem as filiais e unidades operacionais da entidade;

b) definir a natureza, a extensão e a oportunidade dos procedimentos de auditoria a serem adotados


em relação às partes relacionadas, podendo ocorrer, inclusive, a necessidade de elaboração de um
programa de auditoria específico, porém coordenado com o planejamento global, para o grupo de
entidades;

c) entender a natureza das operações com as partes relacionadas e seu impacto nas demonstrações
contábeis;

d) ter em conta que situação semelhante pode ocorrer com o planejamento nas filiais e unidades
operacionais, pois estas podem ter, além das atividades próprias, outras, decorrentes de uma política
de descentralização determinada pela matriz. Cabe observar que em muitas entidades as unidades
operacionais têm muita como se fossem outras entidades, cabendo ao auditor independente avaliar
esses aspectos para definir um planejamento adequado.

Uso Do Trabalho De Outros Auditores Independentes, Especialistas E Auditores Internos

32. O planejamento deve considerar a participação de auditores internos e de especialistas na


execução do trabalho na entidade auditada, e a possibilidade de as controladas e coligadas serem
examinadas por outros auditores independentes. Nestas circunstâncias, o auditor independente deve
levar em conta as seguintes questões:

a) a necessidade do uso do trabalho de outros auditores ocorre quando estes realizam trabalhos para
partes relacionadas, em especial quando os investimentos da entidade são relevantes, ou se faz
necessário consolidar as demonstrações contábeis. No planejamento de auditoria, este aspecto é
muito importante, pois deve haver uma coordenação entre os auditores independentes, de forma que
sejam cumpridos as normas profissionais e os prazos estabelecidos com as entidades auditadas;

b) dependendo das circunstâncias, pode ocorrer a necessidade de revisão dos papéis de trabalho do
outro auditor independente;

c) quando o auditor de uma entidade investidora não examinar as demonstrações contábeis das
entidades investidas e se os ativos destas representam parte relevante dos ativos totais daquela,
deve considerar se pode assumir a incumbência;

d) o uso do trabalho dos auditores internos deve ser avaliado quando da contratação dos serviços, e,
ao elaborar o seu planejamento, o auditor independente deve ter noção clara do envolvimento com a
auditoria interna da entidade a ser auditada, do nível de coordenação e colaboração a ser adotado e
do tipo de trabalho que a auditoria interna vai realizar como suporte ao auditor independente; e

e) o uso de especialistas permite duas situações: a primeira, quando o profissional é contratado pelo
auditor independente, respondendo este pelo trabalho efetuado por aquele. Nesta circunstância, o
planejamento dos trabalhos é facilitado, já que existe maior entrosamento e vinculação entre o
especialista e o auditor independente. A segunda ocorre quando o especialista é contratado pela
entidade a ser auditada, sem vínculo empregatício, para executar serviços que tenham efeitos
relevantes nas demonstrações contábeis. Neste caso, o auditor independente mencionará o fato em
seu parecer.

Natureza, Conteúdo E Oportunidade Dos Pareceres E Relatórios A Serem Emitidos

33. Quando da contratação dos serviços de auditoria, o auditor independente deve identificar com a
administração da entidade os pareceres e relatórios a serem por ele emitidos, os prazos para sua
apresentação e os conteúdos dos relatórios.

34. Os pareceres e relatórios dos auditores podem ser previamente discutidos com a administração
da entidade.

35. Todos os relatórios e pareceres a serem emitidos deve m obedecer aos prazos previamente
estabelecidos.

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PROCESSO DE PLANEJAMENTO

Exigências E Prazos Estabelecidos Por Órgãos Reguladores

36. Muitas atividades têm normas estabelecidas por órgãos reguladores, que têm de ser cumpridas
pela entidade. O auditor deve verificar o nível de cumprimento dessas normas e, também, emitir
relatórios específicos sobre elas. Assim, ao efetuar o seu planejamento, o auditor independente deve
considerar as seguintes situações:

a) determinadas atividades estão sujeitas ao controle e regulamentação por organismos oficiais,


como as áreas de mercado de capitais, mercado financeiro, mercado segurador e outras. As
entidades que exercem atividades reguladas por estes organismos têm de submeter-se às exigências
por eles estabelecidas, que, muitas vezes, fixam prazos para a entrega de documentações contábeis,
relatórios e pareceres de auditor independente e informações periódicas sobre dados contábeis,
financeiros, econômicos e físicos, visando a informar terceiros interessados sobre o desempenho da
entidade. O auditor independente, ao executar seu planejamento, deve observar o enquadramento da
entidade auditada em tais exigências, de modo que cumpra as responsabilidades com ela assumidas;

37. O planejamento deve evidenciar as etapas e as épocas em que serão executados os trabalhos,
de acordo com o teor da proposta de prestação de serviços e sua aceitação pela entidade auditada.

38. No cronograma de trabalho devem ficar evidenciadas as áreas, unidades e partes relacionadas
que serão atingidas pela auditoria, para comprovar que todos os compromissos assumidos com a
entidade auditada foram cumpridos.

Procedimentos De Auditoria

39. O planejamento deve documentar todos os procedimentos de auditoria programados, bem como
sua extensão e oportunidade de aplicação, objetivando comprovar que todos os pontos da entidade
considerados relevantes foram cobertos pelo auditor independente.

Relevância E Planejamento

40. O auditor independente deve, no planejamento da auditoria, considerar a ocorrência de fatos


relevantes que possam afetar a entidade e a sua opinião sobre as demonstrações contábeis.

Riscos De Auditoria

41. o auditor independente deve, na fase de planejamento, efetuar a avaliação dos riscos de
auditoria, para que os trabalhos sejam programados adequadamente, evitando a apresentação de
informações errôneas nas demonstrações contábeis.

Pessoal Designado

42. Quando incluir a designação de equipe técnica, o planejamento deve prever a orientação e
supervisão do auditor, que assumirá total responsabilidade pelos trabalhos a serem executados.

43. A responsabilidade pelo planejamento e execução dos trabalhos realizados é do auditor


independente, inclusive quando participarem, da equipe técnica, especialistas designados por ele.

Épocas Oportunas Dos Trabalhos

44. Para definir as épocas oportunas de realização dos trabalhos de auditoria, o auditor independente
deve considerar em seu planejamento:

a) o conteúdo da proposta de trabalho aprovada pela entidade;

b) a existência de épocas cíclicas nos negócios da entidade;

c) as épocas em que a presença física do auditor é recomendável para efetuar avaliações sobre as
transações da entidade;

d) as épocas adequadas para a inspeção física dos estoques e de outros ativos;

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PROCESSO DE PLANEJAMENTO

e) o momento adequado para solicitar confirmações de saldos e informações de terceiros, como


advogados, por exemplo;

f) a necessidade de cumprimento de prazos fixados pela própria administração da entidade ou por


órgãos reguladores;

g) fatores econômicos que afetem a entidade, tais como avaliação de efeitos de mudanças de política
econômica pelo governo ou aprovação de legislação ou normas regulamentadoras que influenciem
de forma significativa os negócios da entidade;

h) a possibilidade de utilizar trabalhos de auditores internos e de especialistas, que sirvam de


subsídio ao trabalho do auditor independente, de modo que estejam terminados e revisados de forma
coordenada com o cronograma de trabalho definido no planejamento;

i) a existência de fato relevante que possa afetar a continuidade normal dos negócios da entidade,
caso em que pode ser requerida uma modificação no planejamento, para avaliação dos efeitos sobre
a entidade;

j) os prazos para a emissão de pareceres e relatórios dos trabalhos realizados.

Horas Estimadas Para A Execução Dos Trabalhos

45. Ao elaborar sua proposta de trabalho, o auditor independente deve apresentar uma estimativa de
honorários e horas ao cliente - conforme determinam as Normas Profissionais de Auditoria
Independente -, na qual prevê o cumprimento de todas as etapas do trabalho a ser realizado. No
planejamento devem constar as horas distribuídas entre as várias etapas do trabalho e entre os
integrantes da equipe técnica.

Supervisão E Revisão

46. A supervisão e revisão devem ser planejadas para cobrirem desde a etapa inicial dos trabalhos,
abrangendo o próprio planejamento, até o término do trabalho contratado com a entidade.

Indagações À Administração Para Concluir O Planejamento

47. Embora a proposta de trabalho de auditoria elaborada pelo auditor independente e aceita pela
administração da entidade a ser auditada forneça base para o processo de preparação do
planejamento da auditoria, deve ser discutida com a administração da entidade, para confirmar as
informações obtidas e possibilitar sua utilização na condução dos trabalhos a serem realizados.

Revisões E Atualizações No Planejamento E Nos Programas De Auditoria

48. O planejamento e os programas de auditoria devem ser revisados permanentemente, como forma
de o auditor independente avaliar as modificações nas circunstâncias e os seus reflexos na extensão,
oportunidade e natureza dos procedimentos de auditoria a serem aplicados.

49. As atualizações no planejamento e nos programas de auditoria têm de ser documentadas nos
papéis de trabalho correspondentes, devendo ficar evidenciados, também, os motivos das
modificações a que se procedeu.

Planejamento Da Primeira Auditoria

50. A realização de uma primeira auditoria numa entidade requer alguns cuidados especiais da parte
do auditor independente, podendo ocorrer três situações básicas:

a) quando a entidade nunca foi auditada, situação que requer atenção do auditor independente, visto
que ela não tem experiência anterior de um trabalho de auditoria;

b) quando a entidade foi auditada no período imediatamente anterior, por auditor independente,
situação que permite uma orientação sobre aquilo que é requerido pelo auditor independente.

c) quando a entidade não foi auditada no período imediatamente anterior, situação que requer

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PROCESSO DE PLANEJAMENTO

atenção do auditor independente, porquanto as demonstrações contábeis que servirão como base de
comparação não foram auditadas.

51. Assim sendo, nessas circunstâncias, o auditor independente deve incluir no planejamento de
auditoria: análise dos saldos de abertura, procedimentos contábeis adotados, uniformidade dos
procedimentos contábeis, identificação de relevantes eventos subseqüentes ao exercício anterior e
revisão dos papéis de trabalho do auditor anterior.

Saldos De Abertura

52. O auditor deve examinar e confrontar os saldos de abertura com os registros contábeis dos
saldos das contas de ativo, passivo e patrimônio líquido, e examinar a sua consistência.

53. Quando os trabalhos de auditoria do exercício anterior tiverem sido efetuados por outro auditor, o
exame da consistência dos saldos iniciais pode ser feito mediante a revisão dos papéis de trabalho
do auditor anterior, complementado por trabalhos adicionais, se necessário.

Procedimentos Contábeis Adotados

54. Com vista a avaliar a observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e das Normas
Brasileiras de Contabilidade, o auditor independente deve proceder à revisão dos procedimentos
contábeis adotados pela entidade no exercício anterior e naquele a ser auditado.

55. Quanto ao exercício anterior, essa revisão resulta da necessidade da comparabilidade com os
procedimentos do exercício a ser auditado.

56. Para se certificar dos procedimentos contábeis adotados no exercício anterior, cabe ao auditor
proceder a um exame sumário daqueles adotados pela entidade, inclusive pelo que consta nas
respectivas demonstrações contábeis.

57. Se o exercício anterior foi examinado por outro auditor independente, devem ser analisados o
parecer dos auditores e o conteúdo das demonstrações contábeis, inclusive as notas explicativas,
como fonte de informação para uma avaliação, pela auditoria, do exercício a ser auditado.

Uniformidade Dos Procedimentos Contábeis

58. A comparabilidade das demonstrações contábeis de dois exercícios depende dos procedimentos
contábeis uniformes adotados.

59. No planejamento de uma primeira auditoria, o exame dos procedimentos contábeis adotados no
exercício, comparativamente com os adotados no exercício anterior, é fator relevante para a
formação de uma opinião sobre as demonstrações contábeis do exercício.

60. A adoção de procedimentos contábeis que não atendam aos Princípios Fundamentais de
Contabilidade e às Normas Brasileiras de Contabilidade deve ser objeto de discussão antecipada
entre o auditor e a administração da entidade, uma vez que pode caracterizar-se a necessidade da
emissão de parecer com ressalva ou adverso às demonstrações contábeis sob análise.

Identificação De Eventos Relevantes Subseqüentes Ao Exercício Anterior

61. Quando o auditor independente estiver realizando uma primeira auditoria numa entidade e
constatar situações que caracterizem como relevantes eventos subseqüentes ao exercício anterior,
deve imediatamente discuti-las com a administração da entidade e, quando as demonstrações
contábeis daquele exercício tenham sido examinadas por outros auditores independentes, discuti-las
com esses, inteirando-se, se for o caso, dos fatos que sejam de seu conhecimento com respeito aos
eventos subseqüentes.

Revisão Dos Papéis De Trabalho Do Auditor Anterior

62. No planejamento da primeira auditoria, o auditor independente deve avaliar a necessidade de


revisão dos papéis de trabalho e dos relatórios emitidos pelo seu antecessor.

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

Sistema De Controle Interno

Sistema De Controle Interno Integrado Da União:

Introdução

Acredita-se que o Brasil deve fortalecer os seus sistemas de controle interno tornando as atividades
de auditoria, fiscalização e controle verdadeiramente típicas de Estado, para caminharmos nesse
sentido faz-se necessário o conhecimento da realidade atual, obtendo-se dados e informações que
poderão auxiliar na proposição de um novo modelo, mais moderno e acima de tudo mais efetivo.

Dessa forma, pretende-se neste trabalho demonstrar que o sistema de controle interno integrado da
União, preconizado nos arts. 70 e 74 da Constituição Federal, é necessário para avaliar mais
adequadamente a gestão dos administradores públicos e para gerar informações técnicas, confiáveis
e padronizadas para os controles externo e social.

Procura-se ainda evidenciar a necessidade de regulamentação deste tema por parte do Congresso
Nacional, criando-se, em normas próprias, meios efetivos para que o sistema de controle interno
cumpra integralmente o previsto nos incisos I e II do art. 74 da Constituição Federal.

Intenta-se ademais estudar as estruturas organizacionais, carreiras, áreas de atuação, denominações


e competências dos principais órgãos de controle interno dos Poderes Legislativo (Senado Federal e
Câmara dos Deputados), Judiciário (Supremo Tribunal Federal e Tribunais Superiores) e Executivo
(Controladoria Geral da União) com o objetivo de conhecê-los de forma mais pormenorizada,
identificando as semelhanças e assimetrias atualmente existentes, buscando-se assim uma visão
panorâmica e sistêmica da realidade atual.

Para a realização deste trabalho utilizou-se, de início, a pesquisa bibliográfica, havendo, em seguida,
a documental, com o levantamento de dados e informações, em legislações e normas internas,
realizando-se consulta aos sítios dos órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo sobre a
estrutura e o funcionamento das unidades de controle interno e, posteriormente, houve a pesquisa de
campo, com a aplicação de questionários e, ato contínuo, a sua tabulação.

Para se chegar-se aos objetivos propostos, realizou-se, de início, uma breve revisão de literatura
(Capítulo 2), que basicamente tratou da evolução histórica das estruturas de controle interno no
Brasil, a partir da Constituição Federal de 1946 até os dias atuais, buscando-se, dessa forma, melhor
situarmos o escopo deste trabalho.

Tornou-se também essencial a realização de um comparativo (Capítulo 3) entre os dispositivos, que


contemplavam as diretrizes para o controle interno, da Constituição 1967 e os da Constituição de
1988, para se entender melhor o porquê de os constituintes terem promovido diversas inovações no
sistema de controle interno da União no texto da atual Carta Magna.

Em seguida, no Capítulo 4, foram estudados os normativos administrativos dos principais órgãos dos
Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo, que versavam sobre o tema controle interno, destacando-
se desses normativos as competências, atribuições e estruturas, o que possibilitou a realização, no
Capítulo 5, de uma análise comparativa entre elas.

Registre-se, em relação ao Capítulo 4, que, no transcorrer do trabalho, sentiu-se a necessidade de se


ter uma visão mais abrangente. Dessa forma, ampliou-se a quantidade dos órgãos analisados para
incluir, devido à relevância para o contexto deste estudo, o Tribunal de Contas da União, os
Conselhos Constitucionais e o Ministério Público da União, sendo realizado, também, nesses órgãos,
o estudo de normativos administrativos internos, voltados para área de controle interno, e a aplicação
de questionários.

Outra questão digna de nota, é que, no Capítulo 5, também se tratou da consolidação as respostas
apresentadas ao questionário aplicado (Apêndice I), o que ofertou ao trabalho uma visão mais
apropriada e atual sobre o grau de integração entre os órgãos de controle interno e de suas formas
de atuação.

Por fim, no Capítulo 6, foram apresentadas as conclusões oriundas das análises realizadas no
transcorrer deste trabalho e algumas sugestões de possíveis alterações na legislação federal, que

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

pudessem promover o fortalecimento e uma maior integração entre os órgãos de controle interno da
União.

Revisão De Literatura

A Constituição Federal de 1946 atribui ao Tribunal de Contas da União o controle prévio sobre atos
de gestão do executivo, conforme expõe Poubel (2008, p.94): ―os administradores públicos (...) se
acomodaram com o controle interno exercido por terceiros (...)‖, porquanto o controle contábil ficou a
cargo do Ministério da Fazenda e o controle administrativo estava nas mãos do Tribunal de Contas da
União.

Na década de 60, o Poder Executivo assume novamente o controle interno administrativo, coibindo
assim a existência de uma superestrutura vinculada ao Tribunal de Contas, havendo o advento de
duas importantes normas: a Lei 4.320/64 e o Decreto-Lei 200/67.

A Lei n.º 4.320, de 17/03/1964, ao estatuir normas gerais de Direito Financeiro para a elaboração e o
controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal,
institucionaliza o controle interno como um novo e ingente tipo de controle da Administração Pública.

Vale transcrever, devida sua relevância, excerto de comentário sobre a Lei nº 4.320/64:

Dentro desse contexto da Lei 4.320/64, a entidade incumbida dessa função de Controle Interno passa
a controlar a execução orçamentária sob novos e importantes aspectos, sem prejuízo das atribuições
do Tribunal de Contas ou órgão equivalente, e a ter que verificar também sob o foco de resultados
físicos. Todavia, o controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, passa a ter por objetivo
atribuições próprias mais específicas, ou seja, verificar a probidade da administração, a guarda e
legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento. (grifou-se)

Constata-se que ficaram evidenciadas as atribuições de Controle Interno para o Poder Executivo e do
Controle Externo, este cargo do Tribunal de Contas da União. Contudo, ficou a dúvida se a ação de
Controle Interno mantido pelo Executivo abarcaria o Poder Legislativo e o Judiciário. Ressalta-se que
o art. 74 da Constituição de 1998 acabou solvendo esse problema, conforme será tratado adiante.

A Constituição de 1967 previa que a reforma do Estado e que a fiscalização financeira e orçamentária
da União seria exercida pelo Congresso Nacional, por meio de controle externo, e pelos sistemas de
controle interno, instituídos por lei, sendo o Decreto-Lei nº 200/67 o marco normativo dessa nova
fase.

Nesse contexto destaca-se o art. 6º do referido Decreto-Lei, que resgatou o controle como um dos
princípios fundamentais da Administração Federal, dando-lhe à condição de um dos instrumentos
basilares com que o administrador público pode contar para o exercício de suas funções.

Sobre a abrangência do controle, segundo Martins (1998, p.6) tem-se:

(...) o artigo 13 dispôs sobre os níveis e a amplitude (em todos os órgãos), compreendendo,
particularmente:

a)o controle, pela chefia competente, da execução dos programas e da observância das normas que
governam a atividade específica do órgão controlado;

b)o controle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das normas gerais que regulam
o exercício das atividades auxiliares.

c)o controle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da União pelos órgãos
próprios do sistema de contabilidade e auditoria. (grifou-se)

Ressalte-se que o atual sistema de controle interno do governo federal, art.74, em pese estar previsto
na Constituição, trouxe e recepcionou grande parte do que estava previsto no art. 13 do Decreto-lei nº
200/67.

Outras relevantes mudanças, segundo Poubel (2008, p. 97), foram introduzidas pelo Decreto-lei nº
200/67:

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

fixou regras claras para o controle interno, tanto administrativo como contábil, e estabeleceu o
princípio da economicidade nas ações da administração, definindo que o trabalho administrativo
deveria ser racionalizado mediante simplificação de processos e supressão de controles que se
evidenciassem como puramente formais ou cujo custo fosse superior ao risco;

transformou a Contadoria Geral da República em Inspetoria Geral de Finanças (IGF), com


ramificação em cada Ministério Civil, subordinadas tecnicamente, à Inspetoria Geral de Finanças do
Ministério da Fazenda, que assumiu o papel de órgão central do sistema de controle interno (...)

Vale esclarecer que a gênese da IGF foi a citada Contadoria, que na sua origem foi a Diretoria
Central de Contabilidade Pública, criada pelo Decreto nº 15.21, de 28/12/1921, posteriormente, o
Decreto nº 4.555, de 10/08/1922, mudou sua denominação para Contadoria Central da República e,
finalmente, o Decreto-Lei nº 1.990, de 31/01/1940, deu- lhe nova organização e novo nome:
2
Contadoria Geral da República.

A atribuição principal da Contadoria Geral da República era ser responsável pela direção geral dos
serviços contábeis da União, era dirigida por um Contador Geral e subordinava-se diretamente ao
3
Ministro da Fazenda.

A Contadoria Geral da República foi sucedida pelas Inspetorias (IGF’s), cujo foco era predominante
contábil, consoante se percebe do regimento baixado por meio do Decreto n° 64.136, de 03/07/1969,
segundo Martins (1998, p. 7) a ―preocupação era que cada órgão público procedesse à contabilização
de suas despesas, passo inicial para que se pudesse promover a reforma dos instrumentos de
controle no do serviço público, dando-lhe meios para acompanhar os níveis de rentabilidade dos
órgãos que o integravam.‖

Segundo Poubel (2008, p. 102), houve o acúmulo de atribuições e trabalho nas IGF’s o que
prejudicou a sua atuação, acabando por inviabilizar uma gestão eficiente na área de controle interno,
para tentar amenizar a situação, criou-se, por meio do Decreto nº 64.441, de 02/05/1969, o Sistema
de Programação Financeiro do Tesouro Nacional.

Ressalte-se que mesmo sem a função financeira a IGF ficou sobrecarregada e atuando de forma
desarticulada e heterogênea.

Por meio do Decreto nº 64.777, de 03/07/1969, criou-se a Comissão de Coordenação das Inspetorias
Gerais de Finanças (INGECOR), para coordenar os assuntos relativos aos sistemas de
administração, finanças, contabilidade e auditoria.

Segundo Poubel (2008, p.103) havia a discussão prévia das questões, o que foi ganhando adeptos e
aumentando a integração das áreas e pessoas, inclusive dos órgãos militares, sendo essa
participação, posteriormente, regulamentada pelo Decreto nº 68.441, de 31/03/1971.

Outro fato digno de nota foi a criação do sistema de planejamento, por meio do Decreto nº 71.353, de
09/11/1972, sendo o Ministério do Planejamento o seu órgão central.

Na tentativa de aumentar o controle, devido à grave crise econômica, daquela década, houve a
transferência do comando do sistema de controle interno do Ministério da Fazenda para o Ministério
do Planejamento, por intermédio do Decreto nº 84.362, de 31/12/1979, que promoveu alterações de
foco e na organização do sistema, segundo Poubel (2008,

p.104 e 105):

Alterou a denominação das Inspetorias Gerais de Finanças (IGF), subordinadas aos diversos
ministérios, para Secretarias de Controle Interno, mais tarde batizadas com a sigla de CISET
(Controle Interno SETorial);

(...)

Retirou do âmbito dos ministérios (das CISET) a competência de realizar auditoria, passando essa
atribuição para o órgão central do sistema de controle interno, agora Ministério do Planejamento. Ou
seja, centralizou a auditoria no planejamento e deixou a contabilidade e a administração financeira
com cada ministério, como órgão de apoio ao Ministério de Estado;

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

Criou a SECIN – Secretaria Central de Controle Interno – como órgão central dos sistemas de
administração financeira, contabilidade e auditoria subordinada diretamente ao Ministro-Chefe da
Secretaria de Planejamento da Presidência da República (...)

Transformou a Comissão de Coordenação das Inspetorias-Gerais de Finanças (INGECOR) em


Comissão de Coordenação do Controle Interno (INTERCON) presidida pelo Ministro de Estado-Chefe
da Secretária de Planejamento da Presidência da República, representado, em seus impedimentos,
pelo Secretário Central de Controle Interno (...);

Registre-se que o Decreto nº 85.234, de 06/10/1980, aprovou o regulamento do órgão central


(SECIN), dos órgãos setoriais (CISETs) e das Delegacias regionais de Contabilidade e Finanças
(DECOF), sendo as siglas oficializadas.

Em 1985, tem-se novamente a transferência da Secretaria Central de Controle Interno (SECIN) e da


Comissão de Coordenação do Controle Interno (INTERCON) para o Ministério da Fazenda, por força
do Decreto nº 91.150, de 15/03/1985, havendo retrocesso para as atividades de auditoria, fiscalização
e controle interno, pois houve sensível diminuição da autonomia e da independência dos citados
órgãos transferidos.

Com a criação da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), por meio do Decreto nº 92.452/86, que ficou
como órgão central dos Sistemas de Administração Financeira Contabilidade e Auditoria a Secretaria
Central de Controle Interno (SECIN) foi extinta.

Coube à STN, segundo Martins (1988, p.10): ―papel econômico-financeiro, especialmente quanto ao
controle das operações realizadas por conta e ordem do Tesouro Nacional, dos pagamentos relativos
aos respectivos compromissos financeiros, valores mobiliários, contratação de operações de crédito
externo etc.‖

Além do papel acima descrito, coube a STN a orientação normativa, supervisão técnica e a
fiscalização específica dos órgãos setoriais do Sistema de Auditoria, e das atividades de auditoria,
que passaram a ser feitas quase na totalidade pelas Secretarias de Controle Interno – CISET’s.

Em 1986, houve a edição do Decreto nº 93.872, de 23/12/1986, que, segundo Poubel (2008, p.110),
foi o supedâneo do Sistema da Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) e da Conta
Única do Tesouro Nacional, implantados em 1987.

O Decreto nº 93.874, de 23/12/1986, promoveu outras mudanças importantes, segundo Poubel


(2008, p.111):

(...)

A Secretaria do Tesouro Nacional passou a ser o órgão central do Sistema de Controle Interno, tendo
as Secretarias de Controle Interno (CISET) dos ministérios civis e as unidades de competência
equivalente dos ministérios militares como órgãos setoriais, sabendo que os órgãos setoriais ficam
sujeitos à coordenação, orientação, supervisão e fiscalização do órgão central, sem prejuízo da
subordinação hierárquica ao órgão a cuja estrutura administrativa pertence;

Na organização fixada pelo decreto, a Secretaria do Tesouro Nacional passou a dispor de unidades
administrativas no Distrito Federal em cada capital de Estado, denominadas Delegacia do Tesouro
nacional (DTN), como órgão seccionais do Sistema, responsáveis pela contabilidade analítica na
região e suporte à implantação do SIAFI. Na Presidência da República e nos Ministérios Militares, os
órgãos seccionais continuaram com a denominação e subordinação previstas nos respectivos atos de
estruturação;

(...) as atribuições de auditoria que antes estavam subordinadas ao órgão central do sistema
passaram para as CISETs dos respectivos ministérios (...)

Finalmente, em 1987, tem-se um dos marcos mais importante para o controle interno no Brasil, qual
seja: a criação das carreiras de analistas de finanças e controle (AFC) e técnicos de finanças e
controle (TFC), pelo Decreto-lei nº 2.346, de 23/07/1987, sendo os primeiros cargos instituídos pelo
Decreto n° 95.076, de 22/11/1987.

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

Em 1988, tem-se a promulgação da Constituição de 1988, que realizou uma alteração de foco do
controle interno, porquanto houve a criação de Sistema de Controle Interno com finalidades
específicas, consoante se verá com mais vagar no subitem a seguir.

Com o advento da Lei nº 8.490, de 19/11/1992, houve o restabelecimento na estrutura do Ministério


da Fazenda, de um órgão específico com o nome de Secretaria Central de Controle Interno, ficando a
estrutura e a competência para serem definidas em lei específica.

Houve, naquele ano, momento crítico para a Carreira de Finanças e Controle, sustentáculo do
Sistema, com salários muito baixos, segundo Martins (1998, p.14): ―a remuneração chegou a níveis
críticos dos US$ 2,474.00 quando do primeiro concurso para Analista de Finanças e Controle, em
1989, chegou a US$ 730.00 para o mesmo cargo, no concurso de 1992.‖

A reformulação do Sistema de Controle Interno foi inevitável, tendo em vista que a Secretaria do
Tesouro Nacional estava sobrecarregada, pois cuidava de operações de crédito, dívida pública e
implantação do Plano Real, programação financeira, contabilidade e auditoria, sendo que essa última
ficou relegada a um segundo plano.

Nesse clima, elaborou-se a Medida Provisória nº 480, de 27/04/1994, que criou a Secretaria Federal
de Controle, com atividades voltadas para auditoria, fiscalização e avaliação de resultados da gestão.

A Medida Provisória, que tramitou 88 meses até ser convertida na Lei nº 10.180, de 07/02/2001,
sofreu várias alterações, ou seja, as medidas eram reeditadas a cada mês, podendo ser modificadas.
Dentre as principais mudanças podem ser citadas, segundo Poubel (2008, p. 129 e 130):

a) integração do ciclo de gestão uma vez que, congregou e integrou o Planejamento, Orçamento,
Finanças, Contabilidade e Auditoria;
b) modificação no órgão central, em 1999, houve ―a separação do Sistema de Administração
Financeira e de Contabilidade Federal do Sistema de Controle Interno, o órgão central do sistema de
controle interno ficou sobre a responsabilidade da Secretaria Federal de Controle‖;
c) extinção das CISETs civis, em 1999, sendo os servidores transferidos para Secretaria Federal de
Controle;
d) foi criado, na estrutura dos ministérios, o cargo de assessor especial de controle interno, para
fazer a ligação entre as demandas dos ministros e as ações da Secretaria Federal de Controle (...).

Ressalte-se ainda, nesse entremeio, a Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/1998, que promoveu
de fato a alteração da Administração Pública de burocrática para gerencial, destacando-se, ainda, os
Decretos nºs 2.829, de 29/10/1998 e 3.366, de 16/02/2000, que tratavam respectivamente da
instituição do Plano Plurianual (PPA) e da consolidação do Sistema de Controle Interno.

Vale ainda ressaltar que a referida Emenda Constitucional acrescentou parágrafo único ao art. 70 da
CF, que ampliou a atuação do sistema de controle interno.

Dessa forma, os vários aspectos do controle interno foram revigorados, inclusive a abrangência já
prevista no art. 70 da Carta Magna, em outras palavras, deixou-se de olhar para o passado e voltou-
se a atenção para o futuro, nos resultados, sendo a atuação governamental voltada para o cidadão,
para a melhoria dos serviços e atividades públicas.

Em 04/05/2000, houve a edição da Lei Complementar nº 101 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF),
sendo seu art. 59 de suma importância, visto que determinou que os sistemas de controle interno de
cada Poder e do Ministério Público, passariam a fiscalizar o cumprimento das normas previstas na
citada Lei, destacando-se o inciso I: ―atingimento das metas estabelecidas na Lei de Diretrizes
Orçamentárias - LDO‖, ou seja, o foco de atuação do sistema controle interno voltou-se para os
resultados alcançados, de acordo com metas constantes da LDO.

Outra inovação foi a prevista no art. 54 da LRF, ao estabelecer, ao final de cada quadrimestre, a
emissão de Relatório de Gestão Fiscal pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20.

Outro fato muito relevante para o Sistema de Controle Interno do Executivo foi a Decisão TCU nº
507/2001 – Plenário, pois recomendou à Casa Civil da Presidência da República que promovesse
estudos técnicos no sentido de avaliar a conveniência e a oportunidade de reposicionamento
hierárquico da Secretaria Federal de Controle Interno (SFC) junto ao órgão máximo do Poder

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

Executivo, retirando-a do Ministério da Fazenda. Essa medida mostrou-se necessária, uma vez que,
somente assegurando-se a independência funcional e a autonomia em relação aos órgãos auditados,
a Secretaria Federal de Controle exerceria com maior eficiência o desempenho das competências
definidas nos arts. 70 e 74 da Constituição Federal.

Essa transferência ocorreu de fato com a edição do Decreto nº 4.113, de 05/02/2002, entretanto, por
questões políticas, menos de dois meses depois, a Secretaria Federal de Controle foi transferida para
a Corregedoria, por meio do Decreto n° 4.177, 28/03/2002.

No mesmo ano, mais precisamente em 08/05/2002, houve a publicação da Medida Provisória nº


37/02, que transformou a Corregedoria-Geral da União em Controladoria- Geral da União, que ficou
incumbida da orientação normativa e da supervisão técnica dos órgãos que compunham o sistema,
consoante a nova redação dada ao artigo 8º do Decreto nº 3.591, por meio do Decreto nº 4.304, de
16/07/2002.

Já a Secretaria Federal de Controle ficou com funções operacionais de competência do Órgão


Central do Sistema, na forma definida no regimento interno, além das atividades de controle interno
de todos os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal, nos termos § 1º do citado artigo.

Em setembro, na conversão da Medida Provisória nº 37 pela Lei nº 10.539, de 23/09/2002, foram


retirados os parágrafos que tratavam da nova denominação, voltando o nome a ser Corregedoria
Geral da União. Essa medida foi totalmente equivocada e retrógada, uma vez que colocou
novamente as atividades de auditoria, desenvolvidas pela SFC, subordinadas à correição.

Com o novo governo, a partir de 1º/01/2003, por intermédio da Medida Provisória nº 103, novamente
a Corregedoria foi transformada em Controladoria Geral da União (CGU), sendo a conversão
efetivada pela Lei nº 10.683, de 28/05/2003.

Registre-se que as funções e competências da Controladoria Geral da União serão estudas no item
sistemas de controle interno do poder Executivo.

Vale ainda citar o Acórdão nº 1.074/2009 – Plenário do Tribunal de Contas da União que promoveu
levantamento nas estruturas de governança de diversos órgãos e unidades de controle interno da
administração pública federal, identificando a necessidade de melhorias nas estruturas institucionais,
na forma de atuação, no desenvolvimento de pessoal e de reposicionamento hierárquico.

As inúmeras recomendações da Excelsa Corte de Contas deveriam ser objeto de Projeto de Lei, com
o objetivo de regulamentar o art. 74 da Constituição Federal, e assim fortalecer a autonomia e
independência dos órgãos de controle interno da administração pública federal, bem como
harmonizar a sua forma de atuação.

Do Comparativo Entre As Constituições De 1967 E 1988

No processo de redemocratização do país, a Assembléia Nacional Constituinte foi convocada pela


Emenda Constitucional nº 26, de 27/11/1985, finalizando seus trabalhos, em 05/10/1988, quando
promulgou-se a atual Constituição Federal.

De início, apresentar-se-á, no quadro abaixo, a redação dos artigos 205 e 215 da Constituição de
1967 e dos arts. 70 e 74 da Constituição de 1988, relacionados com a matéria em estudo, para, a
seguir, comentar-se sobre a evolução pretendida pelos constituintes:

Constituição de 1967 Constituição de 1988

Art. 205 – A fiscalização financeira e Art. 70. A fiscalização contábil, financeira,


orçamentária da União será exercida pelo orçamentária, operacional e patrimonial da União
Congresso Nacional, mediante controle externo e das entidades da administração direta e
e pelos sistemas de controle interno do Poder indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
Executivo, instituídos por lei. economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo
(...) Congresso Nacional, mediante controle externo,
e pelo sistema de controle interno de cada
Art. 215 – A fim de assegurar maior eficácia do

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

controle externo e a regularidade da realização Poder.


da receita e da das despesas, o Poder
Executivo, no âmbito federal, estadual, municipal Parágrafo único. Prestará contas qualquer
e do Distrito federal manterá controle interno, pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
visando a: utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais
I – proteger os respectivos ativos patrimoniais; a União responda, ou que, em nome desta,
assuma obrigações de natureza
Il – acompanhar a execução de programas de pecuniária.(Redação dada pela Emenda
trabalho e dos orçamentos; Constitucional nº 19, de 1998)‖

III – avaliar os resultados alcançados pelos Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e
administradores, inclusive quanto à execução Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
dos contratos. de controle interno com a finalidade de:
parágrafo único – Os responsáveis pelo controle I - avaliar o cumprimento das metas previstas no
interno, ao tomarem conhecimento de qualquer plano plurianual, a execução dos programas de
irregularidade ou abuso, darão ciência ao governo e dos orçamentos da União; II -
Tribunal Federal de Contas, sob pena de comprovar a legalidade e avaliar os resultados,
responsabilidade solidária. quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos
órgãos e entidades da administração federal,
bem como da aplicação de recursos públicos por
entidades de direito privado;

III- exercer o controle das operações de crédito,


avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;

IV - apoiar o controle externo no exercício de


sua missão institucional.

§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao


tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dele darão ciência
ao Tribunal de Contas da União, sob pena de
responsabilidade solidária.

§ 2º Qualquer cidadão, partido político,


associação ou sindicato é parte legítima para, na
forma da lei, denunciar irregularidades ou
ilegalidades perante o Tribunal de Contas da
União.

Nota-se, do cotejo entre as redações dos artigos 205 da CF/1967 e do art. 70 da CF/1988, que
aquele falava somente fiscalização financeira e orçamentária, já este incluiu as fiscalizações contábil,
operacional e patrimonial. Ressalta-se a operacional, porquanto está diretamente vinculada aos
programas e ações de governo.

Vale, ainda, comparar a redação do inciso III do art. 205 com a do inciso II do art. 74, pois, em que
pese aquela falar em avaliar os resultados alcançados pelos administradores, focou na execução dos
contratos, já a redação do inciso II deste enfatizou a preocupação de avaliar a gestão orçamentária,
financeira e patrimonial, quanto à eficácia e eficiência, ou seja, a Constituição de 1988 orientou as
auditorias e fiscalizações para uma atuação mais abrangente e muito mais extensa.

Merece também cotejo a redação do art. 215 da CF/1967 com a do art. 74 da CF/1988, pois o
constituinte de 1988 teve a preocupação de assegurar no texto constitucional a existência de
sistemas de controle interno em todos os Poderes e, ainda, que eles exercessem suas atividades de
forma integrada.

Essa inovadora redação foi inicialmente proposta pelo Constituinte Osmundo Rebouças (Emenda nº
501108-6), sendo que da justificativa apresentada, transcreveu-se abaixo fragmento que bem

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

sintetiza o espírito singular e original de sua proposição:

(...) procura-se sintetizar, e ao mesmo tempo ser abrangente, todas as funções clássicas de
controle e fiscalização, assim como orientá-las no sentido de modernização, na medida em que
recomenda a análise dos resultados alcançados quanto à eficácia e eficiência. (grifou-se)

Registre-se que a introdução da expressão ―de forma integrada‖ foi fruto de Emenda do Constituinte
Adroaldo Streck (nº 500571-0), da qual se destacam de sua justificativa os seguintes excertos:

(...) Nunca devemos esquecer, além disso, que a finalidade do Controle Interno, é permitir que
obtenham informações oportunas e confiáveis, a qualquer momento, e não somente por ocasião do
Balanço. Isto é necessário até mesmo para que o Congresso Nacional exerça diuturnamente sua
ação fiscalizadora. Ora, a nível global, essas informações só serão confiáveis se puderem ser
coligidas, registradas, conferidas, enfim, tratada da mesma forma ao longo do exercício.

Ressaltamos, por fim, que caberá a legislação complementar disciplinar como deverá ser
efetuada a integração entre os sistemas de controle interno, buscando, sempre, o
fortalecimento da harmonia entre os Poderes, preservando, obviamente, as peculiaridades de
cada um. (grifou-se)

Outra alteração, de suma importância, promovida pelos constituintes de 1988, foi o fortalecimento do
4
controle social, presente no § 2º ao art. 74, originada de Emenda do Deputado Jorge Hage (nº
1P12396-8), da qual vale destacar sua breve e contundente justificativa:

De pouco vale a previsão Constitucional, se não se assegura, ao nosso tempo, a possibilidade de


cobrança social das medidas previstas. A realidade brasileira constitui disso a evidência mais
completa.(grifou-se)

Conclui-se, portanto, que a Constituição de 1988, em seus art. 70 e 74, inovou, em relação aos art.
205 e 215 da Constituição de 1967, em pelo menos em seis aspectos, porquanto:

e) consignou a obrigatoriedade de fiscalizações contábil, operacional e patrimonial, além da


financeira e orçamentária, já previstas na CF de 1967;
f) reforçou a preocupação com os resultados alcançados, ao prever a avaliação da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial, quanto à eficácia e eficiência;
g) deixou assente a necessidade de sistemas de controles internos em todos os Poderes da União;
h) inovou sobre os sistemas, que deveriam funcionar de forma integrada;
i) mudou o focou de atuação dos controles internos, que além de legalidade, deveriam avaliar
resultados da gestão orçamentária, financeira e patrimonial, quanto à eficácia e eficiência; e
j) reforçou o controle social ao legitimá-lo para denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o
Tribunal de Contas da União.

Sobre o tema sistema integrado de controle interno, cite-se a lição de Guerra (2009, p.273), quando
aduz:

Enfim, podemos dizer que a Lei Maior de 1988, ao prescrever a criação e manutenção obrigatória de
um sistema integrado de controle interno, quis alcançar de forma ampla toda a organização de
gerência pública, não se limitando aos tradicionais controles financeiro e administrativo. Buscou-se,
pois, a implementação de um sistema que englobasse o conjunto integrado de todos os controles,
fossem financeiros, gerenciais, administrativos e operacionais.

(...)

Em outras palavras, trata-se de um complexo de procedimentos administrativos, constitucionalmente


previsto, de natureza financeira, contábil e orçamentária, exercido por órgão posicionado dentro da
própria estrutura da Administração, indissociável desta impondo ao Gestor Público a necessária
visualização de todos seus atos administrativos com boa margem de segurança, de acordo com as
peculiaridades de cada órgão ou entidade, com fincas de prevenção, identificação e rápida correção
de irregularidades ou ilegalidades, capaz de garantir o cumprimento dos planos, metas e orçamentos
preconcebidos.

Dos Orgãos De Controle Interno Do Governo Federal

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

Neste item serão analisados os órgãos de controle interno dos Poderes Legislativo, Judiciário e
Executivo.

Dos Órgãos De Controle Interno Do Poder Legislativo

Neste subitem serão analisados os órgãos de controle interno do Senado Federal, da Câmara dos
Deputados e do Tribunal de Contas da União.

Senado Federal

A gênese da Secretaria de Controle Interno foi a Resolução n° 109, de 04/12/1984, que alterou o
Regulamento Administrativo do Senado Federal e criou a Auditoria do Senado Federal, composta de
Gabinete e Seção de Administração, tendo as atribuições:

de prestar assistência na área de sua especialidade à Comissão Diretora, ao Diretor-Geral e


Unidades do Senado Federal, aos Órgãos Supervisionados, exercendo a orientação e fiscalização da
execução do Orçamento do Senado, do Centro Gráfico e do Centro de Informática e Processamento
de Dados, nos seus aspectos contábeis, analisando os procedimentos expostos pela contabilidade
analítica.

Posteriormente, por intermédio da Resolução nº 71, de 09/09/1993, houve a criação efetiva da


Secretaria de Controle Interno – SCINT/SF, sendo considerada órgão de Assessoramento Superior,
consoante art. 9º da citada Resolução, sendo composta de 05 (cinco) seções: de Administração, de
Auditoria Contábil, de Auditoria de Programas, de Auditoria de Gestão e de Auditoria de Recursos
Humanos.

Tendo a SCINT/SF, naquela época, as atribuições a seguir, consoante o art. 45 da citada Resolução:

planejar, dirigir e executar as atividades de inspeção e auditoria contábil, financeira, orçamentária,


operacional e patrimonial do Senado Federal e seus órgãos supervisionados; avaliar o cumprimento
das metas previstas nos programas, projetos e atividades administrativas Senado Federal; verificar a
legalidade e avaliar os resultados quanto à economicidade, eficiência e eficácia na gestão
orçamentária, financeira e patrimonial do Senado Federal e seus órgãos supervisionados; fiscalizar a
execução de contratos, convênios e outros acordos bilaterais; acompanhar e avaliar os processos de
tomada de contas dos ordenadores de despesas e demais responsáveis por dinheiro, bens e outros
valores públicos; verificar a prestação de contas do Senado Federal e de seus órgãos
supervisionados e sobre elas emitir parecer prévio; propor normas e procedimentos para
aprimoramento dos controles sobre atos que impliquem despesa ou obrigações para o Senado
Federal; criar condições indispensáveis para assegurar eficácia ao controle externo, exercido pelo
Tribunal de Contas da União; verificar a exatidão e suficiência dos atos de admissão e desligamento
de pessoal e dos atos de concessão de aposentadoria e pensão, emitindo parecer sucinto e
conclusivo sobre a legalidade; encaminhar ao Tribunal de Contas da União a documentação dos atos
de admissão e desligamento de pessoal com os respectivos pareceres emitidos pela Secretaria de
Controle Interno; elaborar Relatório e emitir Certificado de Auditoria sobre as prestações/tomadas de
contas do Senado Federal e seus órgãos supervisionados a serem encaminhados, anualmente, ao
Tribunal de Contas da União, manifestando-se, inclusive, quanto à avaliação dos resultados da
gestão sobre os aspectos de eficiência e eficácia.

Em 29/01/1997, por intermédio da Resolução n° 09, a estrutura da Secretaria de Controle Interno foi
novamente alterada, sendo extintas as seções e criados somente 02 (dois) serviços (Auditoria de
Gestão e Auditoria de Programas), sendo que as suas atribuições passaram a ser as previstas no art.
98, a seguir transcrito:

Art. 98. À Secretaria de Controle Interno compete, no âmbito do Senado Federal e de seus órgãos
supervisionados planejar, dirigir e executar as atividades de inspeção e auditoria contábil, financeira,
orçamentária, operacional, patrimonial e de pessoal; propor normas e procedimentos para a
adequação das especificações dos materiais e serviços e para o aprimoramento dos controles sobre
os atos que impliquem despesa ou obrigações; verificar a compatibilidade entre as variações
patrimoniais e os rendimentos auferidos por Senadores e servidores ocupantes de cargo ou emprego
comissionados ou função de confiança; criar condições indispensáveis para assegurar eficácia ao
controle externo, exercido pelo Tribunal de Contas da União; promover a integração de ações com os

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

demais órgãos integrantes dos Sistemas de Controle Interno dos Poderes da União; executar outras
tarefas correlatas.

Finalmente, consubstanciando profundas alterações, foi criado, por intermédio do Ato nº 25 –


Comissão Diretora, de 22/12/2004, a atual estrutura da Secretaria de Controle Interno composta de
Diretoria, Diretoria-Adjunta, Gabinete, Assessoria Técnica, Serviço de Administração, Serviço de
Apoio Técnico, Subsecretaria de Auditoria de Recursos Humanos, Subsecretaria de Auditoria
Contábil e Subsecretaria de Auditoria de Gestão.

Registre-se que o referido Ato não promoveu qualquer alteração nas competências previstas na
Resolução nº 09 de 1997.

Câmara Dos Deputados

Em 1º/12/1971, por meio da Resolução nº 20, a Câmara dos Deputados dispôs sobre sua
organização administrativa, criando pela primeira vez a área de Auditoria Interna, com a atribuição de
―realizar inspeções, por determinação da Mesa e do Diretor-Geral, obedecendo a planos e programas
de trabalho preestabelecidos ou a solicitações especiais‖.

Além das demandas específicas dos órgãos superiores, a auditoria interna recebia demandas de
levantamentos diversos, além do pedido de realização de perícias contábeis por parte de outros
5
órgãos da administração, tais como : Diretoria Administrativa e Departamento de Finanças.

Alguns anos depois, a Câmara cria mais uma unidade de controle em sua estrutura administrativa,
por meio da Resolução nº 65, de 25/10/1984, a Mesa delega ao

Departamento de Finanças a atribuição adicional de exercer o controle interno das atividades


administrativas, alterando para isso não somente sua nomenclatura, como também seu rol de
responsabilidade, nos seguintes termos: ―superintender, no âmbito da Câmara dos Deputados, as
atividades normativas e executivas de administração financeira, contabilidade, movimentação
financeira e pagamento de pessoal‖ e ―assessorar a Mesa e o Diretor-Geral nos assuntos
relacionados com as atividades de administração financeira, contabilidade e controle interno‖.

Mesmo depois de promulgada a Constituição Federal de 1988, essa estrutura permaneceu vigorando
na Casa até o ano de 1994, quando, por meio da Resolução nº 69, de 21/06, a Câmara criou a
Secretaria de Controle Interno - SECIN/CD com subordinação direta à Mesa Diretora, sendo as suas
competências previstas nos arts. 1º e 2º da citada Resolução, os quais vão a seguir transcritos:

Art. 2º À Secretaria de Controle Interno, sem prejuízo das competências legais e constitucionais de
outros órgãos da Administração Pública Federal, compete exercer o acompanhamento e a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, a verificação e avaliação dos
resultados obtidos pelos administradores públicos, no âmbito da Câmara dos Deputados, observados
os princípios definidos no art. 37 da Constituição Federal.

Art. 3º Compete à Secretaria de Controle Interno, no âmbito da Câmara dos Deputados, o exercício
das funções de auditoria contábil, financeira, patrimonial e operacional e, em particular:

I - verificar e avaliar o cumprimento dos objetivos, o atingimento das metas e a execução do plano
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e dos orçamentos anuais e suas alterações;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à economicidade, eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos seus órgãos;

III - examinar os processos relacionados com licitações ou suas dispensas e inexigibilidades, e


contratos celebrados pela Câmara dos Deputados;
IV - verificar a prestação de contas relativa a processos de suprimento de fundos e adiantamentos;
V - avaliar a eficiência e eficácia dos controles internos sobre atos que impliquem despesas ou
obrigações para a Câmara dos Deputados, propondo, quando for o caso, o aprimoramento dos
mesmos;
VI - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional; VII - colaborar com as ações
do Ministério Público Federal, nos assuntos de sua competência;
VII- verificar a exatidão e suficiência dos atos de admissão e desligamento de pessoal, e de
concessão de aposentadoria e pensão, submetendo os resultados à apreciação do Tribunal de

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

Contas da União;
VIII - proceder ao exame das folhas de pagamento dos parlamentares, servidores ativos e inativos
e pensionistas;
IX - analisar, avaliar, elaborar relatório e emitir certificado de auditoria sobre as tomadas e prestações
de contas da Câmara dos Deputados e entidades subvencionadas, a serem encaminhadas,
anualmente, ao Tribunal de Contas da União, manifestando-se, inclusive, quanto à eficiência, eficácia
e economicidade da gestão;
X - alertar a autoridade administrativa sobre imprecisões e erros casuais de procedimentos, assim
como sobre a necessidade de instauração de tomadas de contas especial, nos casos previstos em
lei;
XI - verificar a adequação e privacidade dos dados e informações oriundos dos sistemas eletrônicos
de processamento de dados;
XII- verificar o cumprimento das diretrizes estabelecidas pela Mesa Diretora e da legislação aplicável;
XIII - realizar auditorias em programas especiais, de natureza administrativa, criados pela Câmara
dos Deputados;
XIV - realizar auditorias especiais, ou outras tarefas correlatas, por determinação da Mesa ou a
requerimento de parlamentar aprovado pelo Plenário;
XV - articular-se com os demais órgãos de controle interno dos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, com vistas à integração sistêmica prevista na Constituição Federal.

Consoante determinação normativa, o Secretário de Controle Interno tem mandato de dois anos,
renovável uma única vez. Sua nomeação6 7 é feita pelo próprio ―Presidente da Câmara dos
Deputados, após escolha pelo voto da maioria absoluta dos membros da Mesa Diretora, dentre
servidores públicos de carreira técnica ou profissional da Câmara dos Deputados que atendam aos
requisitos previstos no art. 73 da Constituição Federal‖.

Em 06/11/1997, a Resolução nº 23 organizou de forma mais detalhada as atribuições da Secretaria,


dividindo-a em três Coordenações temáticas: Coordenação de Auditoria Contábil e Operacional;
Coordenação de Auditoria de Licitações, Contratos e Patrimônio e Coordenação de Auditoria de
Pessoal.

Alguns anos depois, devido às demandas específicas relacionadas aos benefícios concedidos aos
parlamentares, a Mesa Diretora da Câmara determinou, por meio do Ato da Mesa nº 70/2001, a
criação da Coordenação de Auditoria de Assuntos Parlamentares, no âmbito da estrutura
administrativa da SECIN/CD.

Tribunal De Contas Da União

A Assessoria de Controle Interno do TCU foi criada em 22/02/1986, pela Resolução Administrativa
TCU nº 70. Ela foi responsável pela execução das atividades de controle interno do órgão, no período
de 1986 a 1993.

A Resolução TCU nº 06, de 15/12/1993, transformou a Assessoria em Secretaria de Controle Interno


- SECOI/TCU, unidade básica, diretamente subordinada à Presidência do Tribunal. Em maio de 1996,
a SECOI/TCU foi reestruturada, no entanto, sua competência, definida no art. 9º da Resolução TCU
nº 06/93, não foi alterada.

A Resolução nº 140, de 12/12/2000, redefiniu e atualizou a unidade, que passou de unidade básica
para unidade de assessoramento especializado, vinculada à Presidência do Tribunal.

Recentemente, a Resolução nº 199, de 28/12/2006, em seus artigos 62 e 63, trouxe a finalidade e a


competência da SECOI/TCU, que foram modificadas pelos artigos 60 e 61 da Resolução nº 214, de
20/8/2008.

Finalmente, a Portaria-SECOI/TCU n° 01, de 14/10/2008, dispõe sobre as competências, o


funcionamento, as atividades e a distribuição de funções comissionadas relativas à Secretaria de
Controle Interno.

A SECOI/TCU tem a suas competências e estrutura definidas no art. 2º da referida Portaria, a seguir
transcrito:

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Art. 2º À Secretaria de Controle Interno, unidade vinculada à Presidência, no cumprimento de sua


finalidade de assessorar o Presidente na supervisão da correta gestão orçamentário-financeira e
patrimonial do Tribunal de Contas da União (TCU), sob os aspectos da legalidade, da legitimidade, da
economicidade, da eficiência e da eficácia, incumbe o exercício das seguintes competências:

I - realizar acompanhamento, levantamento, inspeção e auditoria nos sistemas administrativo,


contábil, financeiro, patrimonial e operacional das unidades da Secretaria do Tribunal, com vistas a
verificar a legalidade e a legitimidade de atos de gestão dos responsáveis pela execução
orçamentário-financeira e patrimonial e a avaliar seus resultados quanto à economicidade, eficiência
e eficácia;
II - orientar os gestores da Secretaria do Tribunal no desempenho efetivo de suas funções e
responsabilidades;
III - certificar, nas contas anuais do Tribunal, a gestão dos responsáveis por bens e dinheiros
públicos;
IV - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual e nos programas de trabalho
constantes do orçamento geral da União para o Tribunal; V - apoiar o controle externo no exercício de
sua missão institucional;
VI - zelar pela qualidade e pela independência do sistema de controle interno;
VII- elaborar e submeter previamente ao Presidente do Tribunal o plano anual de auditoria interna;
VIII - atestar a compatibilidade, ou não, dos bens e dos rendimentos declarados por servidores
ocupantes de cargo ou função de confiança no âmbito do Tribunal; IX - emitir parecer quanto à
exatidão e à legalidade dos atos de admissão de pessoal e dos atos de concessão de aposentadoria
e de pensão expedidos pelo Tribunal;
X - manter intercâmbio de dados e conhecimentos técnicos com unidades de controle interno de
outros órgãos da Administração Pública;
XI - representar ao Presidente do Tribunal de Contas da União em caso de ilegalidade ou
irregularidade constatada;
XII- executar os demais procedimentos correlatos com as funções de auditoria interna;
XIII - desenvolver outras atividades inerentes à sua finalidade.

§ 1º À Secretaria de Controle Interno incumbe, ainda, o exercício das competências genéricas


previstas no art. 80 da Resolução TCU n.º 214, de 2008.

§ 2º As atividades de controle interno, sempre que possível, deverão ser exercidas de forma
concomitante aos atos controlados.

Art. 3º A Secretaria de Controle Interno tem a seguinte estrutura:

I – Diretoria de Acompanhamento e Orientação de Gestão (Diages); II – Diretoria de Auditoria Interna


(Diaud);

III – Assessoria;
IV – Serviço de Administração.

Parágrafo único. A Secretaria de Controle Interno conta, ainda, com uma função de assistente.

O negócio, a missão e a visão da Secretaria foram assim definidos: o negócio é o controle interno da
gestão contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial; a missão é zelar pela boa e
regular gestão administrativa no Tribunal de Contas da União e a visão é ser reconhecida pela
excelência em controle interno e pela contribuição para o aperfeiçoamento da gestão administrativa
do TCU.

Dos Órgãos De Controle Interno Do Poder Judiciário

Neste subitem serão analisados os principais órgãos de controle interno do Poder Judiciário, a saber:
Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Superior do Trabalho, Tribunal
Superior Eleitoral e Superior Tribunal Militar.

Supremo Tribunal Federal

A origem da Secretaria de Controle Interno foi a Resolução n° 07, de 17/11/1982, que criou a
Auditoria do Supremo Tribunal Federal, com 01 (um) auditor, sendo suas competências definidas no

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artigo 6º:

I – emitir pronunciamento em assuntos relacionados com orçamento, contabilidade, administração


financeira e patrimonial, que lhe forem submetidos; II – elaborar estudo e executar tarefas sobre as
matérias referidas no inciso anterior, quando determinadas pelo Presidente;

III – examinar processos relativos a concorrências, tomadas de preços, contratos, convênios e


acordos;
IV - proceder a auditagens periódicas nas unidades administrativas incumbidas da execução
orçamentária e financeira, bem como nas responsáveis por dinheiro, valores e outros bens públicos;
V – proceder à análise e avaliação do comportamento e desempeno dos controles de natureza
orçamentária, financeira e contábil, sugerindo, quando for o caso, medidas necessárias ao seu
aprimoramento;
VI – emitir pareceres e certificados de auditoria sobre prestações e tomadas de contas;
VII – elaborar cálculos em processos de execução de julgados do Tribunal.

Posteriormente, por intermédio da Resolução nº 76, de 16/09/1991, houve a criação efetiva da


Secretaria de Controle Interno, com as seguintes competências de acordo com o art. 2º:

I - realizar a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Supremo


Tribunal Federal, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade dos seus gastos (Constituição,
art. 70);
II - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas e do
orçamento, quanto ao Supremo Tribunal Federal (Id. - art. 74, I);
III - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial (Id. - art. 74, II);
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional (art. 74, IV);
V - proceder a auditagens periódicas nas unidades administrativas incumbidas da execução
orçamentária, financeira e patrimonial, bem como em relação aos demais responsáveis por dinheiro,
valores e outros bens públicos (Resolução nº 7 de 17/11/1982, art. 6º, IV);
VI - emitir pareceres e certificados de auditoria sobre prestações e tomada de contas (Id. - art. 6º, VI);
VII- elaborar cálculos em processos de execução de julgados do Tribunal (Id. - art. 6º, VI).

Com a edição do Regulamento da Secretaria do Supremo Tribunal Federal, em 30/10/2003, as


competências da Secretaria de Controle Interno foram alteradas, de acordo com o artigo 60:

Art. 60. A Secretaria de Controle Interno (SCI), unidade especializada de controle e auditoria,
subordinada ao Presidente, tem por finalidade acompanhar a gestão de pessoal, orçamentária,
financeira e patrimonial no Tribunal, bem como a execução dos programas de trabalho; orientar a
atuação dos gestores; verificar a utilização regular e racional dos recursos e bens públicos e avaliar
os resultados obtidos pela Administração.

O referido Regulamento criou a Coordenaria de Acompanhamento, Avaliação e Orientação (CAOR) e


a Coordenadoria de Auditoria (CAUD), nos artigos 61 a 62, respectivamente.

Atualmente, as competências da Secretaria de Controle foram dadas pelo Ato Regulamentar nº 04,
de 19/12/2006, que deu nova redação aos artigos 60, 61, 62, sendo as competências definidas no
artigo 60:

Art. 60. À Secretaria de Controle Interno (SCI), unidade especializada de controle e auditoria,
subordinada ao Presidente, tem por finalidade acompanhar a gestão orçamentária, financeira,
contábil, operacional, patrimonial e de pessoal no Tribunal, quanto à legalidade, moralidade e
legitimidade, bem como a execução dos programas de trabalho; orientar a atuação dos gestores;
verificar a utilização regular e racional dos recursos e bens públicos e avaliar os resultados obtidos
pela Administração quanto à economicidade, eficiência e eficácia.

O referido Regulamento, nos artigos 61 a 62, respectivamente, alterou a estrutura, ficando como
órgãos da Secretaria de Controle Interno a Coordenaria de Acompanhamento da Gestão (CAGE),
com a Seção de Análise de Licitações e Contratos, a Seção de Acompanhamento da Execução e
Contábil Analítica e a Seção de Análise de Atos de Gestão de Pessoal; e a Coordenadoria de
Auditoria e Fiscalização (CAUF), com a Seção de Contas e Fiscalização e a Seção de Auditoria
Operacional e de Gestão

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

Superior Tribunal De Justiça

A Resolução nº 12, de 16/04/1990, foi a gênese das estruturas de controle no Superior Tribunal de
Justiça, ao aprovar sua estrutura organizacional, criando a Auditoria e a Secretaria de Controle
Interno vinculadas ao Gabinete da Presidência.

A citada Resolução prévia, em seu art. 3º que: ―a categoria, finalidade e competência das diversas
Unidades, bem como as atribuições de seus titulares, serão descritas em regulamento próprio, a ser
baixado pelo Ministro-Presidente‖

O Ato Presidente nº 558, de 12/03/1991, aprovou o Regulamento da Secretaria de Controle Interno,


tendo as seguintes finalidades, de acordo com o art. 1º:

V - controlar a gestão orçamentária, financeira e patrimonial;


VI - acompanhar a execução do orçamento e dos programas de trabalho;
VII- verificar a utilização regular e racional dos recursos e bens públicos e avaliar os resultados
alcançados pelos administradores;
VIII - criar condições indispensáveis para assegurar eficácia ao controle externo;
IX - orientar os administradores com vistas à racionalização da execução da despesa, a eficiência e
eficácia da gestão e à efetividade das unidades gestoras; e VI - promover, mediante fornecimento de
subsídios e informações, o aperfeiçoamento das atividades de planejamento, orçamento e
programação financeira.

A estrutura, consoante o art. 2º, foi a seguinte: Gabinete, Divisão de Verificação e Análise e Divisão
de Contabilização e Controle.

Em 21/09/1992, por meio do Ato Presidente nº 143, alterou-se o Regulamento aprovado para
modificar a competência da Secretaria de Controle Interno, em especial no inciso IV, dando-lhe a
seguinte redação:

X - coordenar e executar o programa de auditoria interna, a fim de assessorar a alta administração


do Tribunal na prática de atos de gestão administrativa.

No art. 2º foi criada a Divisão de Auditoria, além das já criadas pelo Ato Presidente nº 558, e as
seções, vinculando-as às suas respectivas divisões.

O Ato Presidente n° 209, de 12/06/1995, inovou no caput ao dizer que a Secretaria de Controle
Interno é o ―órgão especializado de administração financeira, de contabilidade e de auditoria‖

Nas atribuições de substancial houve a alteração dos incisos V e VI que passaram a ter a seguinte
redação:

V - orientar os administradores, mediante o fornecimento de subsídios e informações, visando ao


aperfeiçoamento das atividades de planejamento, orçamento e programação financeira; e
VI - coordenar e executar o programa de auditoria interna, a fim de assessorar a administração
superior do Tribunal, na prática da gestão administrativa.

Ficando com seguinte estrutura: Gabinete, Divisão de Verificação e Análise – DIVAN, Divisão de
Análise de Despesas com Pessoal – DIAP, Divisão de Contabilização e Controle – DCCON, Divisão
de Auditoria – DIAUD e 12 (doze) Seções.

O Ato Presidente nº 185, de 12/05/1998, alterou as atribuições das Seções, permanecendo as


mesmas Divisões.

O Ato Presidente nº 167, de 27/08/2003, alterou novamente a estrutura, passando a ser: Gabinete -
GABIN; Divisão de Análise de Licitações e Contratos – DIVAN, Divisão de Análise de Despesas com
Pessoal – DIAPE; Divisão de Análise Contábil – DIVAC e Divisão de Auditoria – DIAUD e 10 (dez)
Seções.

Em 30/02/2005, o Ato nº 215, alterou profundamente as competências da Secretaria de Controle


Interno passando a ser as seguir arroladas, consoante art. 1º do Anexo IV:

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Art. 1º A Secretaria de Controle Interno – SCI – órgão especializado de controle das gestões
orçamentária, financeira, contábil e patrimonial, bem como de auditoria, subordinada à Presidência do
Tribunal, tem por finalidade:

I - planejar, coordenar e dirigir as atividades de controle interno, na forma da legislação pertinente;


II - acompanhar e controlar a execução orçamentária, financeira e patrimonial;
III - acompanhar o cumprimento das normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade
da gestão fiscal, especialmente quanto à observância dos limites das despesas públicas sujeitas ao
controle fiscal, nos termos da Lei Complementar nº 101/2000 (LRF);
IV - verificar a utilização regular e racional dos recursos e bens públicos e avaliar os resultados
alcançados pelos administradores;
V - criar condições para assegurar eficácia ao controle externo;
VI - orientar os administradores, mediante o fornecimento de informações, visando subsidiar o
processo de tomada de decisão;
VII- planejar, coordenar e executar o programa de auditoria interna, a fim de assessorar a
administração do Tribunal na prática da gestão administrativa;
VIII - elaborar os processos de Tomada e Prestação de Contas a serem enviados,
respectivamente, ao Tribunal de Contas da União e ao Congresso Nacional (Ato nº 353, de
22.11.2004, da Presidência);
IX - atuar junto ao Tribunal de Contas da União, com vistas a aprimorar o canal de comunicação com
aquele órgão de controle externo, visando à otimização dos procedimentos de análise e de auditoria
executados pela Secretaria.

Ressalte-se que o art. 2º do Anexo IV, do citado Ato nº 215/2005, extingui as Coordenações e criou
as Subsecretarias, passando a ter a seguinte estrutura:

1. Gabinete
2. Subsecretaria de Orientação e Análise de Licitações e Contratos – SALC
2.1 Seção de Análise de Licitação, Dispensas e Contratações - SANLIC
2.2 Seção de Análise de Despesas Contratuais - SEDCON
2.3 Seção de Análise de Despesas Diversas e Credenciamentos - SANDIV
3. Subsecretaria de Análise de Despesas com Pessoal – SADP
3.1 Seção de Análise de Despesas com Pessoal e Benefícios - SANDEP
3.2 Seção de Análise de Provimento, Vacância e Concessões – -SANAPE Subsecretaria de Auditoria
- SAUD
4.1 Seção de Auditoria de Gestão - SEAUGE
4.2 Seção de Auditoria Operacional – SEAOPE‖

Art. 3º A Secretaria de Controle Interno será dirigida por Secretário, as Subsecretarias por
Subsecretários e as Seções, por Chefes.

Finalmente, por intermédio da Portaria Presidente nº 101, de 02/04/2009, tem-se as competências e


estrutura atuais da Secretaria de Controle, definidas nos arts. 1º e 2º, respectivamente, que vão
transcritos a seguir:

Art. 1º A Secretaria de Controle Interno, órgão especializado de controle, orientação e auditoria,


subordinada ao Presidente, tem por finalidade acompanhar a execução dos programas de trabalho e
a gestão orçamentária, financeira, contábil, operacional, patrimonial e de pessoal no Tribunal quanto
aos princípios legais e constitucionais que regem a Administração Pública; orientar a atuação dos
gestores; verificar a utilização regular dos recursos e bens públicos; avaliar os resultados obtidos pela
Administração quanto à efetividade, economicidade, eficiência e eficácia, e ainda:

I - planejar, coordenar e dirigir as atividades de controle interno, na forma da legislação pertinente e


de acordo com o Plano Anual de Atividades;
II - acompanhar e controlar, por meio de ações preventivas e corretivas, a execução orçamentária,
financeira, contábil e patrimonial, podendo adotar, por decisão do titular da Secretaria, a metodologia
de análise de processos por amostragem, com fulcro nos princípios da racionalização administrativa e
economia processual, observando critérios de risco, materialidade e relevância; III - acompanhar o
cumprimento das normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade fiscal, especialmente
quanto à observância dos controles estabelecidos pela Lei Complementar nº 101/2000 (LRF);
IV - verificar a utilização dos recursos e bens públicos quanto à regularidade e avaliar os resultados

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

alcançados pela administração, no que concerne à efetividade, economicidade, eficiência e eficácia;


V – assegurar apoio eficaz ao controle externo, no exercício institucional de sua missão;
VI - orientar a administração para adoção de boas práticas de gestão, por meio de pareceres,
despachos, relatórios, notas técnicas e outros instrumentos congêneres, fundamentados em
informações e documentos obtidos no exercício das atividades de controle interno;
VII- planejar, coordenar e executar o programa de auditoria interna;
VIII – examinar previamente, em caráter excepcional e consultivo, as matérias que lhe forem
submetidas pela Presidência e Secretaria do Tribunal, quando a legislação, normas e procedimentos
administrativo-operacionais aplicáveis forem insuficientes para assegurar à administração os meios
necessários à execução da despesa e à realização de receitas públicas com racionalização,
eficiência, eficácia e efetividade;
IX - elaborar o processo de Tomada de Contas Anual a ser enviado ao Tribunal de Contas da União
e contribuir para a elaboração do processo de prestação de contas e do relatório de gestão fiscal a
serem enviados ao Congresso Nacional e ao Tribunal de Contas da União, respectivamente;
X - atuar junto ao Tribunal de Contas da União, com vistas a aprimorar o canal de comunicação com
aquele órgão de controle externo, visando à otimização dos procedimentos referentes à Tomada de
Contas Anual e demais atividades de controle interno;
XI – promover ações de integração com outros órgãos/unidades de controle interno, objetivando o
permanente aperfeiçoamento das competências da Secretaria;
XII– prestar às unidades competentes do Tribunal o auxílio necessário à elaboração da proposta
orçamentária anual, provendo informações e dados relativos à gestão orçamentária, financeira,
contábil, operacional e patrimonial, decorrentes do exercício das atividades de controle interno;
XIII – propor às unidades competentes, adoção de medidas preventivas e saneadoras necessárias,
em face das impropriedades, omissões e falhas verificadas nas ações de controle realizadas, fixando
prazo de no mínimo 30 (trinta) dias, exceto em casos excepcionais devidamente motivados, para o
atendimento e representando ao Diretor-Geral ou ao Ministro-Presidente, quando necessário, para
adoção das providências cabíveis, em caso de inadimplemento da unidade;
XIV – acompanhar junto ao Tribunal de Contas da União os processos de interesse do Superior
Tribunal de Justiça, até a deliberação final, visando orientar a administração quanto à implementação
das ações preventivas e corretivas necessárias e ao atendimento tempestivo das diligências
solicitadas;
XV – recomendar a instauração de inquérito administrativo ou processo de tomada de contas
especial, quando da ocorrência dos fatos tipificados em lei ou norma específica, depois de esgotadas
as medidas administrativas internas saneadoras;
XVI – acompanhar os processos de tomada de contas especial e verificar as conclusões finais de
procedimentos administrativos disciplinares, visando assegurar a observância das normas legais e
administrativas aplicáveis e contribuir para o aperfeiçoamento da gestão institucional.

Art. 2º A Secretaria de Controle Interno – SCI – tem a seguinte estrutura:

1. Gabinete
2. Coordenadoria de Orientação e Acompanhamento da Gestão Administrativa – COAD
2.1. Seção de Análise de Licitação – SALIC
2.2. Seção de Análise de Despesas Contratuais – SADEC
2.3. Seção de Análise de Dispensas, Inexigibilidades e Despesas Diversas – SADID
3. Coordenadoria de Orientação e Acompanhamento da Gestão de Pessoal – COAP
3.1. Seção de Análise de Despesas com Pessoal e Benefícios – SADEP
3.2. Seção de Análise de Provimento, Vacância e Concessões – SANAP
4. Coordenadoria de Auditoria – CAUD‖
4.1. Seção de Auditoria Operacional – SEAOP
4.2. Seção de Auditoria de Gestão – SEAUG
4.3. Seção de Auditoria de Sistemas e Análise de Custos – SEASC
4.4. Seção de Contabilidade Analítica – SECAN

4.1.2 Tribunal Superior do Trabalho


O Ato do Presidente nº 15/TST.GP, de 27/01/1995, mandou observar, transitória e
experimentalmente, normas que integravam o projeto do Regulamento Interno da Secretaria do
Tribunal Superior do Trabalho, sendo que o art. 162, a seguir transcrito dispunha sobre a Secretaria
de Auditoria, com as seguintes competências:

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Art. 162. À Secretaria de Auditoria, incumbe planejar, coordenar, orientar, supervisionar e decidir
quanto às atividades de auditoria e especificamente: I - controlar a gestão orçamentária, financeira e
patrimonial do Tribunal; II - acompanhar e controlar a execução do orçamento e dos Programas de
Trabalho a cargo do Tribunal; III - verificar a utilização regular e racional dos recursos e bens públicos
e avaliar os resultados alcançados pelos administradores; IV - apresentar sugestões que visem à
racionalização da despesa e à eficiência da gestão; V - criar condições indispensáveis para assegurar
eficácia do controle externo; VI - fornecer subsídios e informações que visem ao aperfeiçoamento das
atividades de planejamento, orçamento e programação financeira; VII - coordenar e executar o
programa de auditoria interna, assessorando a administração do Tribunal na prática de atos de
gestão administrativa; VIII - propor à administração do Tribunal a adoção de medidas que objetivem
aperfeiçoar e racionalizar a gestão de bens e recursos públicos, à padronização de procedimentos e
a simplificação de normas.

Parágrafo único. A Secretaria de Auditoria é integrada pelo Serviço de Acompanhamento e Controle


de Despesas Diversas e Serviço de Análise de Despesas com Pessoal.

Posteriormente o Ato do Presidente nº 223/GDGCA.GP., de 27/04/2000, realizou modificações na


estrutura das unidades subordinadas à Diretoria-Geral de Coordenação Administrativa, passando a
Secretaria de Auditoria a denominar-se Secretaria de Controle Interno, nos termos do inciso XXVII do
art. 1º.

A Resolução Administrativa do Tribunal Pleno nº 1.040, de 05/04/2005, subordinou a Secretaria de


Controle Interno à Presidência do Tribunal.

Com a Resolução Administrativa nº 1.173, de 05/10/2006, que referendou o Ato nº 273/


ATO.TST.SECOI.GP, a Secretaria de Controle passou a denominar-se Secretaria de Controle da
Justiça do Trabalho, com as atribuições e estrutura previstas nos art. 1 e 2º, a seguir transcritos:

art. 1º À Secretaria de Controle, integrante do Sistema de Controle Interno da Justiça do Trabalho,


compete planejar, coordenar, orientar, supervisionar e decidir quanto às atividades de Controle
Interno do Tribunal e auxiliar o Conselho Superior da Justiça do Trabalho em suas atribuições
constitucionais, especificamente:

I - controlar a gestão orçamentária, financeira e patrimonial do Tribunal e dos Tribunais Regionais


do Trabalho;
II - acompanhar e controlar a execução do orçamento e dos Programas de Trabalho a cargo do
Tribunal e dos Tribunais Regionais do Trabalho;
III - verificar a utilização regular e racional dos recursos e bens públicos e avaliar os resultados
alcançados pelos administradores;
IV - apresentar sugestões que visem à racionalização da despesa e à eficiência da gestão;
V - criar condições indispensáveis para assegurar eficácia do controle externo; VI - fornecer
subsídios e informações que visem ao aperfeiçoamento das atividades de planejamento, orçamento e
programação financeira;

VII - coordenar e executar o programa de auditoria interna, assessorando a administração do Tribunal


na prática de atos de gestão administrativa;

art. 2º A Secretaria de Controle da Justiça do Trabalho é integrada pelo Serviço de Controle de


Conformidade, Serviço de Auditoria e Inspeção e Serviço de Controle e Monitoramento da Gestão.

A seguir, por meio da Resolução Administrativa do Tribunal Pleno nº 1.232, de 24/05/2007, alterou-se
a denominação dos Serviços e Subsecretarias para Coordenadorias, passando a Secretaria de
Controle da Justiça do Trabalho a ter a seguinte estrutura, nos termos do Anexo I da citada
Resolução:

1. Gabinete
2. Coordenadoria de Controle de Conformidade
3. Coordenadoria de Auditoria e Inspeção
4. Coordenadoria de Controle e Monitoramento da Gestão

Na mesma data, foi publicada a Resolução Administrativa do Tribunal Pleno nº 1.274, onde se alterou
o Anexo I da Resolução Administrativa nº 1.232, passando a Secretaria de Controle da Justiça do

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

Trabalho a ter a seguinte estrutura:

1. Gabinete
2. Coordenadoria de Controle de Conformidade
2.1. Seção de Análise de Atos de Gestão de Pessoal
2.2. Seção de Análise de Atos de Gestão Administrativa
3. Coordenadoria de Auditoria e Inspeção
3.1. Seção de Auditoria de Gestão
3.2. Seção de Auditoria Operacional e de Sistemas
4. Coordenadoria de Controle e Monitoramento da Gestão
4.1. Seção de Monitoramento e Acompanhamento da Gestão
4.2. Seção de Desenvolvimento de Métodos de Controle

Posteriormente, a Secretaria de Controle da Justiça do Trabalho, teve suas competências ampliadas,


consoante art. 25 da Resolução Administrativa nº 1.306, de 28/08/2008, que aprovou o Regulamento
Geral da Secretaria do Tribunal Superior do Trabalho:

Art. 25 À Secretaria de Controle da Justiça do Trabalho – SECON, órgão integrante do Sistema de


Controle Interno da Justiça do Trabalho, subordinada diretamente à Presidência do Tribunal Superior
do Trabalho, compete:

I – planejar, coordenar, orientar, supervisionar e decidir quanto às atividades de controle interno do


Tribunal Superior do Trabalho bem como auxiliar o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, órgão
central do sistema, nas atividades de controle interno;
II – acompanhar e controlar a gestão orçamentária, financeira e patrimonial do Tribunal Superior do
Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho;
III – verificar a utilização regular e racional dos recursos e bens públicos pelos administradores;
IV – apresentar sugestões que visem à racionalização da despesa e à eficiência da gestão;
V – apoiar o controle externo em sua missão institucional;
VI – fornecer subsídios e informações que visem ao aperfeiçoamento das atividades de
planejamento, orçamento e programação financeira;
VII– coordenar e executar o programa de auditoria do Tribunal Superior do Trabalho e do Conselho
Superior da Justiça do Trabalho e avaliar os resultados; VIII – avaliar o cumprimento das metas no
plano plurianual; e

IX – comprovar a legalidade, avaliar os resultados quanto à eficácia e eficiência da gestão


orçamentária, financeira e patrimonial do Tribunal Superior do Trabalho, e certificar as contas dos
ordenadores de despesa.

Parágrafo único. A Secretaria de Controle da Justiça do Trabalho – SECON, é integrada pelo


Gabinete, pela Coordenadoria de Controle de Conformidade – CCONF, pela Coordenadoria de
Auditoria e Inspeção – CAUDI, e pela Coordenadoria de Controle e Monitoramento da Gestão –
CCMG.

Tribunal Superior Eleitoral

A Resolução nº 17.994, de 02/04/1992, tratou da estrutura organizacional do Tribunal Superior


Eleitoral, sendo criada a Secretaria de Coordenação Financeira, tendo como uma de suas
subsecretarias a de Controle Interno.

A Lei nº 8.868, de 14/04/1994, em seu art. 11, a seguir transcrito, prevê que a Secretaria de Controle
Interno do Tribunal Superior Eleitoral como órgão central da Justiça Eleitoral:

Art. 11. As atividades a serem desenvolvidas nas áreas de planejamento de eleições, informática,
recursos humanos, orçamento, administração financeira, controle interno de material e patrimônio
serão organizadas sob a forma de sistemas, cujos órgãos centrais serão as respectivas unidades do
Tribunal Superior Eleitoral.

§ 1º As disposições constantes do caput deste artigo aplicam-se a outras atividades auxiliares


comuns que necessitem de coordenação central na Justiça Eleitoral.

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§ 2º Os serviços incumbidos das atividades de que trata este artigo são considerados integrados ao
respectivo sistema e ficam, conseqüentemente, sujeitos à orientação normativa, supervisão técnica e
à fiscalização específica do órgão central do sistema, sem prejuízo da subordinação hierárquica aos
dirigentes dos órgãos em cuja estrutura administrativa estiverem integrados.

A criação efetiva da Secretaria de Controle Interno, ainda vinculada à Diretoria-Geral, ocorreu por
meio da Resolução nº 19.340, de 31/08/1995, que aprovou alterações na estrutura organizacional do
Tribunal Superior Eleitoral.

A Resolução nº 20.323, de 19/08/1998, consolidou as alterações promovidas no Regulamento da


Secretaria do Tribunal Superior Eleitoral, tendo a Secretaria de Controle Interno, ainda vinculada à
Diretoria-Geral, a seguinte competência e estrutura, previstas nos arts. 15 e 16 :

Art. 15. À Secretaria de Controle Interno, integrante do Sistema de Controle Interno instituído pela
Constituição Federal, compete planejar, coordenar e supervisionar as atividades de controle interno
do Tribunal e, ainda, no âmbito da Justiça Eleitoral, propor diretrizes, normas, critérios e programas a
serem adotados na execução dessas atividades.

Art.16. A Secretaria de Controle Interno tem a seguinte estrutura: I- Gabinete:

II- Assessoria de Controle Interno:

a) Seção de Orientação e Acompanhamento de Gestão; III – Coordenadoria de Auditoria:

a) Seção de Auditoria:
b) Seção de análise da Admissões, Aposentadorias e Pensões;
c) Seção de Análise Contábil.

Atualmente as atribuições e estrutura da Secretaria de Controle Interno, vinculada à Presidência,


constam dos arts. 8º A a 8º F, a seguir transcritos, do Regulamento Interno da Secretaria, com nova
redação acrescentada pelo art. 5º, II, da Res.-TSE no 21.423, de 1º/07/2003:

Art. 8º-A. À Secretaria de Controle Interno, integrante do Sistema de Controle Interno instituído pela
Constituição Federal, compete planejar, coordenar e supervisionar as atividades de controle interno
do Tribunal e, ainda, no âmbito da Justiça Eleitoral, propor diretrizes, normas, critérios e programas a
serem adotados na execução dessas atividades.

Art. 8º-B. A Secretaria de Controle Interno tem a seguinte estrutura: I . Gabinete;

II . Coordenadoria de Auditoria:
a) Seção de Auditoria;
b) Seção de Controle e Análise de Custos;
III . Coordenadoria de Acompanhamento e Orientação de Gestão:
a) Seção de Acompanhamento de Gestão;
b) Seção de Análise de Admissões, Aposentadorias e Pensões.

Por meio da Resolução nº 22.201, de 16/05/2006, houve a alteração da estrutura orgânica do


Tribunal, passando o órgão de controle a ser denominado Secretaria de Controle Interno e Auditoria,
tendo a seguinte estrutura de acordo com Anexo I-IV:

A Secretaria de Controle Interno tem a seguinte estrutura: I . Gabinete;

II. Assessoria de Planejamento e Gestão;


III. Coordenadoria de Acompanhamento e Orientação da Gestão:
a) Seção de Acompanhamento de Gestão;
b) Seção de Acompanhamento da Execução de Contratos e Convênios;
c) Seção de Análise de Admissões, Aposentadorias e Pensões;
IV. Coordenadoria de Auditoria:
a) Seção de Auditoria;
b) Seção de Controle e Análise de Custos;
V. Coordenadoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias:
a) Seção de Análise de Contas Eleitorais e Partidárias;

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b) Seção de Fiscalização.

Vale ainda citar o § 1º do art. 3º da citada Resolução que manteve as mesmas competências
administrativas previstas na Resolução nº 20.323/98, enquanto não aprovadas as alterações no
Regulamento Interno.

Registre-se que, no ano de 2008, houve a edição do Manual de Auditoria do Tribunal Superior
Eleitoral, com finalidade de ―delinear a estrutura, definir conceitos e estabelecer diretrizes gerais,
assim como normas e procedimentos para a realização dos trabalhos de auditoria na Justiça Eleitoral,
com ênfase nos aspectos relacionados a planejamento, exame, avaliação, conclusão e oferecimento
de medidas saneadoras‖.

Por intermédio da Portaria nº 349, de 22/05/2009, houve a instalação do Comitê Técnico de Controle
Interno, com a seguinte composição: Secretário de Controle Interno e Auditoria, Secretário de
Administração, Secretário de Gestão de Pessoas, Secretário de Tecnologia da Informação,
Coordenador de Auditoria, Coordenador de Contas Eleitorais e Coordenador de Contas Eleitorais
Partidárias, todos do TSE, além de um representante das áreas de Controle Interno dos Tribunais
Regionais Eleitorais, sendo um titular e um suplente da Região Norte, da Região Nordeste, da Região
Centro-Oeste, da Região Sudeste e da Região Sul, sendo suas atribuições definidas no art. 2º, a
seguir transcrito:

Art. 2º O CTCI-JE reportar-se-á ao Diretor-Geral do Tribunal Superior Eleitoral, tendo as seguintes


atribuições, sem prejuízo da autoridade e supervisão de outros órgãos:

I - elaborar propostas de aprimoramento das diversas áreas de controle interno;


II - realizar estudos técnicos e sugerir critérios para a definição de prioridades de atendimento da
demanda de controle;
III — propor o desenvolvimento e o aperfeiçoamento dos sistemas de informação que dão suporte
aos processos vinculados ao controle interno;
IV — sugerir mecanismos de integração das unidades responsáveis pelas atividades de controle
interno e auditoria;
V — propor a criação de câmaras técnicas, de caráter permanente ou provisório, para tratar de
temas inerentes às atividades das áreas de controle interno;
VI — sugerir o aprimoramento e a uniformização de procedimentos no âmbito da Justiça Eleitoral.

Superior Tribunal Militar

A Resolução nº 42, de 13/05/1992, tratou da estrutura organizacional do Superior Tribunal Militar,


sendo criada, a Secretaria de Planejamento e Controle, vinculada à Presidência, tendo como uma de
suas assessorias a de Controle Interno.

A Resolução nº 47, de 10/03/1993, aprovou o Regulamento Administrativo, que estabeleceu a


finalidade e as competências dos órgãos que compõem a estrutura do Superior Tribunal Militar.

Posteriormente, com o advento da Resolução nº 123, de 24/09/2003, houve a efetiva criação da


Secretaria de Controle Interno, tendo a seguinte estrutura:

2.1.4 Secretaria de Controle Interno


2.1.4.1 Seção de Análise de Despesas com Aquisição de Bens e Serviços
2.1.4.2 Seção de Análise de Registros de Pessoal
2.1.4.3 Seção de Análise e Controle Contábil
2.1.4.4 Seção de Auditoria

Em relação à competência e às atribuições da Secretaria de Controle Interno, essas foram definidas


na Guia de Atribuições, GDA nº 2140.3, de 16/12/2003, a seguir transcritas:

Competência

Fiscalizar e orientar os procedimentos contábeis, financeiros, orçamentários, patrimoniais e


administrativos, no âmbito da Justiça Militar da União, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, eficácia e eficiência da gestão, assim como assessorar o Ministro-Presidente na

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supervisão e no controle dos Órgãos subordinados, apoiando o Controle Externo no exercício de sua
missão institucional.

Atribuições

· Verificar e certificar as contas dos responsáveis pela aplicação, utilização ou guarda de bens e
valores públicos, e de todo aquele que, por ação ou omissão, dê causa a perda, subtração ou estrago
de valores, bens materiais de propriedade ou responsabilidade da União;
· identificar a capacidade das diversas unidades gestoras quanto ao cumprimento das finalidades e
dos objetivos que lhe são inerentes, bem como quanto aos produtos obtidos, apontando alternativas
para a correção dos desvios porventura ocorridos durante a gestão;
· avaliar o desempenho de gestão dos diversos órgãos integrantes da JMU;
· subsidiar a verificação da consistência do Relatório de Gestão Fiscal, conforme estabelecido no
art. 54 da Lei Complementar nº 101, de 2000;
· elaborar estudos e propostas visando ao estabelecimento de prioridades para a realização de
auditorias nos diversos órgãos da JMU;
· produzir informações aos escalões superiores para alimentar o processo de tomada de decisão;
· apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional;
· propor realização de auditorias e inspeções quando os dados analisados assim o aconselharem;
· manter registro das decisões do TCU, atas, resoluções, súmulas, certificados, pareceres, etc., de
interesse da SECIN;
· propor à Presidência a adoção de medidas que objetivem aperfeiçoar e racionalizar a gestão de
bens e recursos públicos, padronizar procedimentos e simplificar normas de interesse comum;
· colaborar na elaboração do Relatório Anual de Atividades, nos assuntos pertinentes à SECIN;
· ligar-se, diretamente, com os diversos órgãos da JMU, com vistas ao cumprimento de suas
determinações;
· desempenhar outras atribuições típicas do órgão, delegadas por autoridade superior ou cometidas
através de normas;
· subsidiar a Presidência na verificação da consistência dos dados contidos no Relatório de Gestão
Fiscal, conforme estabelecido no art. 54 da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000;
· verificar e avaliar a adoção de medidas para o retorno da despesa total com pessoal ao limite de
que tratam os arts. 22 e 23 da Lei Complementar nº 101, de 2000;

fiscalizar e avaliar a execução dos programas de governo consignados no orçamento da JMU,


inclusive ações descentralizadas realizadas à conta de recursos oriundos dos orçamentos da União,
quanto ao nível de execução das metas e dos objetivos estabelecidos e à qualidade do
gerenciamento;

· apurar os atos ou fatos inquinados de ilegais ou irregulares, praticados por agentes públicos ou
privados, na utilização de recursos públicos federais, dar ciência ao controle externo e à Presidência.

Dos Órgãos de Controle Interno do Poder Executivo

Neste subitem será analisado o principal órgão de controle interno do Poder Executivo, a saber:
Controladoria Geral da União.

Controladoria Geral Da União

A Controladoria Geral da União, consoante dito na Introdução (item 1), foi fruto da evolução do
Controle Interno do Brasil, que, antes da Constituição de 1988, esteve basicamente vinculado ao
Executivo.

Dessa forma, a Lei nº 10.683, de 28/05/2003, alterou a denominação da Corregedoria para


Controladoria Geral da União, atribuindo-lhe, de acordo com arts. 17 e 18, as seguintes
competências:

Art. 17. À Controladoria-Geral da União compete assistir direta e imediatamente ao Presidente da


República no desempenho de suas atribuições quanto aos assuntos e providências que, no âmbito do
Poder Executivo, sejam atinentes à defesa do patrimônio público, ao controle interno, à auditoria
pública, à correição, à prevenção e ao combate à corrupção, às atividades de ouvidoria e ao
incremento da transparência da gestão no âmbito da administração pública federal. (Redação dada
pela Lei nº 11.204, de 2005)

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(...)

Art. 18. À Controladoria-Geral da União, no exercício de sua competência, cabe dar o devido
andamento às representações ou denúncias fundamentadas que receber, relativas a lesão ou
ameaça de lesão ao patrimônio público, velando por seu integral deslinde.

§ 1º À Controladoria-Geral da União, por seu titular, sempre que constatar omissão da autoridade
competente, cumpre requisitar a instauração de sindicância, procedimentos e processos
administrativos outros, e avocar aqueles já em curso em órgão ou entidade da Administração Pública
Federal, para corrigir-lhes o andamento, inclusive promovendo a aplicação da penalidade
administrativa cabível.

§ 2º Cumpre à Controladoria-Geral da União, na hipótese do § 1º, instaurar sindicância ou processo


administrativo ou, conforme o caso, representar ao Presidente da República para apurar a omissão
das autoridades responsáveis.

§ 3º A Controladoria-Geral da União encaminhará à Advocacia-Geral da União os casos que


configurem improbidade administrativa e todos quantos recomendem a indisponibilidade de bens, o
ressarcimento ao erário e outras providências a cargo daquele órgão, bem como provocará, sempre
que necessária, a atuação do Tribunal de Contas da União, da Secretaria da Receita Federal, dos
órgãos do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e, quando houver indícios de
responsabilidade penal, do Departamento de Polícia Federal e do Ministério Público, inclusive quanto
a representações ou denúncias que se afigurarem manifestamente caluniosas.

§ 4º Incluem-se dentre os procedimentos e processos administrativos de instauração e avocação


facultadas à Controladoria-Geral da União aqueles objeto do Título V da Lei nº 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, e do Capítulo V da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, assim como outros a ser
desenvolvidos, ou já em curso, em órgão ou entidade da Administração Pública Federal, desde que
relacionados a lesão ou ameaça de lesão ao patrimônio público. (...)

Em relação à sua estrutura, foi inicialmente definida por intermédio do Decreto nº 4.785, de
21/06/2003, sendo atualmente regulamentada, pelo art. 3º do Anexo I do Decreto nº 5.683, de
24/01/2006, a seguir transcrito:

Art. 3º A Controladoria-Geral da União tem a seguinte estrutura organizacional: I - órgãos de


assistência direta e imediata ao Ministro de Estado:

(...)

II - órgãos específicos singulares:

a) Secretaria Federal de Controle Interno:

(...)

b) Ouvidoria-Geral da União; (...)


c) Corregedoria-Geral da União: (...)
d) Secretaria de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas (...) ‖ (grifou-se)

Percebe-se que da estrutura da CGU que sua atuação está pautada em quatro principais focos, a
saber: auditoria e fiscalização, ouvidoria, correição e prevenção da corrupção, sendo que, neste
trabalho, nosso foco de estudo será a Secretaria Federal de Controle Interno, cujas competências
estão definidas no art. 10 do Decreto nº 5.683, de 25/01/2006, a seguir transcrito:

Art. 10. À Secretaria Federal de Controle Interno compete:

I - exercer as atividades de órgão central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo


Federal;
II - propor ao Ministro de Estado a normatização, a sistematização e a padronização dos
procedimentos operacionais dos órgãos e das unidades integrantes do Sistema de Controle Interno
do Poder Executivo Federal;
III - coordenar as atividades que exijam ações integradas dos órgãos e das unidades do Sistema de

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Controle Interno do Poder Executivo Federal;


IV - auxiliar o Ministro de Estado na supervisão técnica das atividades desempenhadas pelos órgãos
e pelas unidades integrantes do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal;
V - subsidiar o Ministro de Estado na verificação da consistência dos dados contidos no relatório de
gestão fiscal, conforme disposto no art. 54 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000;
VI - auxiliar o Ministro de Estado na elaboração da prestação de contas anual do Presidente da
República, a ser encaminhada ao Congresso Nacional, nos termos do disposto no art. 84, inciso
XXIV, da Constituição;
VII- exercer o controle das operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres da União;
VIII - avaliar o desempenho e supervisionar a consolidação dos planos de trabalho das unidades de
auditoria interna das entidades da administração pública federal indireta;
IX - verificar a observância dos limites e das condições para realização de operações de crédito e
inscrição em restos a pagar;
X - verificar e avaliar a adoção de medidas para o retorno da despesa total com pessoal ao limite de
que tratam os arts. 22 e 23 da Lei Complementar nº 101, de 2000;
XI - verificar a adoção de providências para recondução dos montantes das dívidas consolidada e
mobiliária aos limites de que trata o art. 31 da Lei Complementar nº 101, de 2000;
XII- verificar a destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, tendo em vista as restrições
constitucionais e as da Lei Complementar nº 101, de 2000; XIII - avaliar o cumprimento das metas
estabelecidas no plano plurianual e na lei de diretrizes orçamentárias;
XIV - avaliar a execução dos orçamentos da União;
XV - fiscalizar e avaliar a execução dos programas de governo, inclusive ações descentralizadas
realizadas à conta de recursos oriundos dos orçamentos da União, quanto ao nível de execução das
metas e dos objetivos estabelecidos e à qualidade do gerenciamento;
XVI - fornecer informações sobre a situação físico-financeira dos projetos e das atividades
constantes dos orçamentos da União;
XVII - realizar auditorias sobre a gestão dos recursos públicos federais sob a responsabilidade de
órgãos e entidades públicos e privados, bem como sobre a aplicação de subvenções e renúncia de
receitas;
XVIII - realizar atividades de auditoria e fiscalização nos sistemas contábil, financeiro, orçamentário,
de pessoal, de recursos externos e demais sistemas administrativos e operacionais;
XIX - manter atualizado o cadastro de gestores públicos federais, para fins de prestação de contas
ao Tribunal de Contas da União;
XX - apurar, em articulação com a Corregedoria-Geral da União e com a Secretaria de Prevenção
da Corrupção e Informações Estratégicas, os atos ou fatos inquinados de ilegalidade ou
irregularidade, praticados por agentes públicos ou privados, na utilização de recursos públicos
federais;
XXI - determinar a instauração de tomadas de contas especiais e promover o seu registro para fins
de acompanhamento;
XXII - zelar pela observância ao disposto no art. 29 da Lei nº 10.180, de 6 de fevereiro de 2001,
supervisionando e coordenando a atualização e manutenção dos dados e dos registros pertinentes;
XXIII - promover capacitação e treinamento nas áreas de controle, auditoria e fiscalização, sob a
orientação da Secretaria-Executiva; e
XXIV - realizar outras atividades determinadas pelo Ministro de Estado.

Segundo consta do sitío da CGU, as principais atividades exercidas pela Secretaria Federal de
Controle Interno são: Avaliação da Execução de Programas de Governo, Auditorias Especiais, Ações
de Controle nos Gastos com Pessoal da Administração Pública Federal, Auditorias Anuais de
Prestação de Contas, Auditoria das Tomadas de Contas Especial, Auditoria sobre os Contratos de
Recursos Externos; Demandas externas e Interação com Gestores Federais.

Convêm ainda ressaltar, que a CGU tem feito convênios e parcerias com órgãos públicos, sociedade
civil e organizações não governamentais, destacando o Projeto Combatendo a Corrupção no Brasil
(Convênio entre a CGU e a Embaixada do Reino Unido no Brasil) e o Convênio UNODC (Convênio
entre a CGU e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime).

Do Ministério Público Da União

Neste subitem será analisado o órgão de controle interno do Ministério Público da União.

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Do Ministério Público Da União

Até o advento da Lei Complementar nº 75, de 20/05/1993, o Ministério Público da União integrava o
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo, regulamentado pelos Decretos nº 83.974, de
23/12/1986, e alterado pelo Decreto nº 86.774, 26/09/1988, e nos termos previstos na Portaria nº 542,
D.O.U. de 09/12/1988.

Destaque-se, da referida Lei Complementar, o § 2º do art. 23, abaixo transcrito:

Art. 23. O Ministério Público da União elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites da lei
de diretrizes orçamentárias.

§ 1º Os recursos correspondentes às suas dotações orçamentárias, compreendidos os créditos


suplementares e especiais, ser-lhe-ão entregues até o dia vinte de cada mês.

§ 2º A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Ministério Público


da União será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, segundo o disposto no Título IV, Capítulo I, Seção IX, da Constituição
Federal, e por sistema próprio de controle interno.‖ (grifou-se)

No mesmo ano, institui-se o Regimento interno do MPU, aprovado pela Portaria nº 474,

D.O.U de 28/12/1993, que criou a Auditoria Interna do Ministério Público da União – AUDIN, sendo a
sua estrutura e competências previstas no arts. 2º e 3º, a seguir transcritos:

Art. 2º - A Auditoria interna tem a seguinte estrutura: 1 – AUDITORIA INTERNA

1.1. – Coordenadoria De Normas E Orientação

1.1.1. – Seção de Legislação Aplicada


1.1.2. – Seção de Análise de Licitações e Contratos
1.1.3. – Seção de Análise de Provimento e Vacância
1.2. – SUBSECRETARIA DE CONTRE FINANCEIRO E CONTÁBIL
1.2.1. – Coodenadoria de Contabilidade, Verificação e Análise
1.2.1.1. – Seção de Controle da Conformidade Diária

1.2.1.3 - Seção de Orientação dos Procedimentos Contábeis

1.2.1.4. – Seção de Tomada de Contas

1.2.2. – Seção de Análise da Despesa

1.2.3 – Seção de Arquivo

1.3. – SUBSECRETARIA DE AUDITORIA


1.3.1. Coordenadoria de Auditoria
1.3.2. Coordenadoria de Apoio Técnico
1.3.2.1 – Seção de Programação e Procedimentos
1.3.2.2 – Seção de Controle e Registro
1.4. – COORDENADORIA DE INFORMÁTICA
1.5. – DIVISÃO DE APOIO ADMINISTRATIVO

Art. 3º - À Auditoria Interna do Ministério Público da União compete:

I – planejar, orientar, coordenar e controlar a gestão orçamentária, financeira, patrimonial e


administrativa dos quatro ramos do MPU, com vistas à aplicação e a utilização regular dos recursos e
bens públicos;
II – propor as normas e instruções tendentes á aplicação uniforme da execução das despesas;
III - elaborar e examinar e submeter ao Procurador-Geral da República estudos e propostas de
diretrizes, programas e ações que objetivem a racionalização da execução da despesa e o
aperfeiçoamento da gestão orçamentário-financeira, patrimonial e contábil;
IV – criar e manter sistema de registro de informações inerentes à administração financeira,
patrimonial e contábil;

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V – avaliar, mediante inspeções regulares, os resultados da gestão orçamentária, financeira,


patrimonial e administrava nas unidades gestoras do MPU;
VI – estabelecer normas de procedimentos contábeis para o perfeito registro dos atos e fatos da
gestão orçamentário-financeira e patrimonial;
VII– promover a padronização dos instrumentos utilizados para a descentralização dos recursos
financeiros bem como sistematizar o acompanhamento e o controle das aplicações;

VII – colaborar com os órgãos responsáveis pelo planejamento, orçamento e programação financeira
com informações que permitam aperfeiçoar essas atividades;

IX – orientar as unidades gestoras dos órgãos integrantes do MPU sobre a utilização operacional do
Sistema Integrado de Administração Financeira- SIAFI, bem como sobre eventuais alterações de
códigos e eventos;
X – apoiar o Secretário-Geral do MPU na elaboração das propostas de cronogramas de desembolso
financeiro setoriais;
XI – acompanhar a execução da programação financeira setorial e verificar a exata observância dos
limites de saques fixados para cada unidade orçamentária; XII – pronunciar-se sobre propostas de
crédito e de alteração do detalhamento de despesa, bem como de propostas de reformulação do
cronograma setorial de desembolso, e de saques dos ramos do MPU.

Atualmente as finalidades, estrutura e competências da Auditoria Interna, estão definidas nos arts. 1º,
2º e 3º da Portaria PGR nº 200, de 28/04/2009, que aprovou o Regimento Interno da citada Auditoria
Interna:

Art. 1º A Auditoria Interna, órgão de controle interno do Ministério Público da União, diretamente
subordinada ao Procurador-Geral da República, dirigida pelo Auditor-Chefe, tem as seguintes
finalidades:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual e a execução dos programas e
dos orçamentos do Ministério Público da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira, patrimonial e de pessoal nos órgãos e unidades do Ministério Público da
União;
III - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Art. 2º A Auditoria Interna do Ministério Público da União possui a seguinte estrutura:

I – Gabinete do Auditor-Chefe, composto por:

a) Auditor-Chefe;
b) Auditor-Chefe Adjunto
c) Divisão de Apoio Administrativo;
d) Núcleo de Registro, Informação e Documentação. II - Secretaria de Orientação e Avaliação:
a) Coordenadoria de Orientação de Atos de Gestão;
b) Coordenadoria de Análise de Atos de Provimento e Vacância;
c) Coordenadoria de Controle e Análise Contábil. III - Secretaria de Auditoria:
a) Coordenadoria de Auditoria de Gestão;
b) Coordenadoria de Auditoria de Recursos Humanos.

Art. 3º À Auditoria Interna do Ministério Público da União compete:

I - assessorar o Procurador-Geral da República quanto à legalidade e a regularidade dos atos de


gestão contábil, orçamentária, financeira, patrimonial e de pessoal dos órgãos e unidades do
Ministério Público da União, encaminhando a devida impugnação quando entender necessário;
II - orientar os dirigentes e gestores de recursos públicos do Ministério Público da União quanto à
gestão contábil, orçamentária, financeira, patrimonial e de pessoal, efetuando o respectivo
acompanhamento, controle, fiscalização e avaliação;
III - exercer o acompanhamento, o controle e a fiscalização da gestão contábil, orçamentária,
financeira, patrimonial e de pessoal, inclusive quanto à economicidade, eficiência e eficácia de seus
resultados;
IV - realizar auditorias sobre a gestão de recursos do Ministério Público da União decorrentes de
convênios, acordos, ajustes, contratos ou outro instrumento similar que tenha sido firmado com

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órgãos públicos, privados ou organismos nacionais e internacionais;


V - verificar a exatidão e suficiência dos dados relativos à admissão e ao desligamento de pessoal, a
qualquer título, e à concessão de aposentadorias e pensões;
VI - apurar os atos ou fatos inquinados de ilegais ou irregulares, praticados na utilização de recursos
públicos federais disponibilizados ao Ministério Público da União e, quando for o caso, comunicar ao
Procurador-Geral da República;
VII- desempenhar outras atribuições de sua competência determinadas pelo Procurador-Geral da
República.

Digno de nota também é a Portaria PGR/MPU nº 286, de 12/06/2007, que fixou as atribuições dos
cargos, as áreas de atividades, as especialidades e os requisitos de escolaridade e habilitação legal
específica para ingresso nas Carreiras de Analista, Técnico e Auxiliar do Ministério Público da União,
onde consta o cargo de Analista de Controle Interno e Técnico de Apoio Especializado/Controle
Interno.

Dos Conselhos Constitucionais

Conselho Da Justiça Federal

Em 30/05/66, a Lei nº 5.010 criou o Conselho da Justiça Federal - CJF, posteriormente, na


Constituição de 1988, esse Conselho passou a figurar (art. 105, parágrafo único) como órgão que
funciona junto ao Superior Tribunal de Justiça, cabendo-lhe a supervisão administrativa e
orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus.

Com a Emenda Constitucional nº 45, de 30/12/2004, foram atribuídos ao CJF poderes correicionais e
caráter vinculante às suas decisões. À Corregedoria-Geral da Justiça Federal incumbe a fiscalização,
o controle e a orientação normativa da Justiça Federal, no que se refere ao desempenho dessa
atividade correicional.

Atualmente a composição e as competências do Conselho da Justiça Federal estão definidas na Lei


nº 11.798, de 29/10/2008.

Em relação à estrutura, a Resolução nº 1, de 14/04/1989, manteve a estrutura organizacional da


Secretaria do Conselho da Justiça Federal de que trata a Resolução nº19-TFR, de 03/11/1983 e
alterações posteriores, bem como os níveis e atribuições dos cargos em comissão e funções
gratificadas que a integram, até a aprovação do seu Regimento Interno.

No mesmo ano, a Resolução nº 4, de 14/09/1989, tratou da estrutura da Secretaria de Controle, cujas


atribuições estão as seguir descritas:

Art. 9º - À Secretaria de Controle Interno, órgão central do sistema de administração financeira,


contabilidade e auditoria, compete planejar, orientar, coordenar e controlar a gestão orçamentária,
financeira e patrimonial da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, com vistas à aplicação
regular e racional dos recursos e bens públicos e dar orientação aos administradores, objetivando
racionalizar a execução da despesa dos órgãos vinculados tecnicamente.

Em relação à estrutura, foram criadas duas Subsecretarias a saber: de Administração Financeira e


Contabilidade, com duas divisões, e a de Sistema de Auditoria, com uma divisão.

Em 1990, houve a edição da Instrução Normativa nº 06-005, de 30/07/1990, que tratou da finalidade e
organização do sistema de controle interno da Justiça Federal.

Pela Resolução nº 34, de 26/06/1991, foi acrescido o Gabinete à Secretaria de Controle Interno e
mais uma Divisão a Subsecretaria do Sistema de Auditoria.

A Resolução n° 84, de 15/04/1993, dispôs sobre a organização e as diretrizes básicas de


funcionamento do Sistema de Controle Interno da Justiça Federal, da qual se destaca o seu art. 1º, a
seguir transcrito:

Art. 1º – O Sistema de Controle Interno da Justiça Federal é constituído pela Secretaria de Controle
Interno do Conselho da Justiça Federal e pelos órgãos setoriais e seccionais correspondentes nos
Tribunais Regionais Federais e Seções Judiciárias.

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

Art. 2º – A coordenação central das atividades de controle interno no âmbito da Justiça Federal
compreenderá, além de outras medidas consideradas necessárias pelo Conselho da Justiça Federal:

I – o estabelecimento de diretrizes básicas para o funcionamento do Sistema de Controle Interno no


âmbito da Justiça Federal, com a finalidade de:
a) promover a padronização e racionalização dos procedimentos administrativos e operacionais em
todos os níveis de atividade do Sistema;
b) adequar e desenvolver instrumentos de comunicação do sistema, visando a integração harmônica
dos seus órgãos;
c) oferecer condições ao aperfeiçoamento dos métodos e técnicas de trabalho, visando à eficiência e
eficácia dos resultados obtidos;
II – a definição de áreas de atuação dos órgãos do sistema;
III – a proposição de normas com vistas a regulamentar os atos de administração dos recursos
públicos, bem como a execução da despesa; e
IV - as ações junto ao órgão de Controle Externo da União, nos assuntos de interesse da Justiça
Federal (...);

No mesmo ano, a Resolução nº 101, de 09/07/1993, criou duas seções para Divisão de Orientação e
Controle dos Procedimentos de Auditoria da Secretaria de Controle Interno.

Em 1998, a Resolução nº 204, de 15/06/1998, alterou a estrutura da Secretaria de Controle Interno


que, de acordo com o Anexo I item 2, passou a ser a seguinte:

Secretaria De Controle Interno

2.1. Gabinete
2.2. Subsecretaria de Orientação, Acompanhamento e Avaliação
2.2.1. Seção de Análise Contábil
2.2.2. Seção de Análise de Despesas Diversas
2.2.3. Seção de Análise de Despesas com Pessoal
2.2.4. Seção de Tomada de Contas
2.3. Subsecretaria de Auditoria
2.3.1. Seção de Auditoria de Gestão
2.3.2. Seção de Auditoria de Sistemas
2.3.3. Seção de Apoio Técnico

A Resolução nº 24, de 24/10/2001, alterou a estrutura da Secretaria de Controle Interno que, de


acordo com o Anexo I item 2, passou a ser a seguinte:

2. Secretaria De Controle Interno


2.1. Gabinete
2.2. Subsecretaria de Orientação, Acompanhamento e Avaliação
2.2.1. Seção de Orientação e Avaliação Contábil
2.2.2. Seção de Apoio Técnico
2.2.3. Seção de Acompanhamento da Gestão
2.2.4. Seção de Acompanhamento e Avaliação de Programas
2.3. Subsecretaria de Auditoria
2.3.1. Seção de Auditoria de Gestão
2.3.2. Seção de Auditoria Operacional

Por intermédio da Portaria de Presidência nº 19, de 02/04/2002, as atribuições da Secretaria de


Controle Interno, de acordo com Anexo I, item 2, passaram a ser as seguintes:

- promover a integração do Sistema de Controle Interno do Conselho da Justiça Federal e Justiça


Federal de Primeiro e Segundo Graus com outros sistemas da Administração Pública Federal;
- coordenar as atividades que exijam ações integradas dos órgãos e das unidades do Sistema de
Controle Interno do Conselho da Justiça Federal e Justiça Federal de Primeiro e Segundo Graus,
com vistas à efetividade das competências que lhes são comuns;
- supervisionar, orientar, coordenar e controlar a gestão orçamentária, financeira e patrimonial com
vistas à aplicação regular e racional dos recursos públicos;
- elaborar os relatórios previstos nos artigos 54, 55 e 56 da Lei Complementar n.º 101/200 – Lei de

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

Responsabilidade Fiscal;
- avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos Programas e do
Orçamento Anual;
- comprovar a legalidade dos atos e fatos praticados pelos gestores;
- avaliar os resultados, quanto à eficácia, eficiência e economicidade da gestão orçamentária,
financeira e patrimonial;
- promover a integração dos órgãos componentes do Sistema de Controle Interno da Justiça
Federal;
- propor a emissão e atualização de atos normativos relativos à execução orçamentária financeira e
patrimonial no âmbito do Conselho da Justiça Federal e da Justiça Federal de Primeiro e Segundo
graus;
- promover a verificação da exatidão e suficiência dos dados relativos à admissão de pessoal, a
qualquer título, e à concessão de aposentadorias e pensões no Conselho da Justiça Federal;
- supervisionar e orientar a correta aplicação da legislação concernente à execução orçamentária,
financeira e patrimonial, no âmbito da Justiça Federal de Primeiro e Segundo graus;
- apoiar o Controle Externo no exercício de sua missão institucional;
- apoiar o Tribunal de Contas da União na fiscalização do cumprimento das normas da Lei
Complementar n.º 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal;
- acompanhar a implementação, das recomendações do Tribunal de Contas da União pelas
unidades;
- submeter à apreciação do Egrégio Conselho os processos de tomada e de prestação de contas,
para o fim previsto no art. 52 da Lei n.º 8.443, de 16 de julho de 1992;
- apurar os atos inquinados de ilegais ou irregulares, praticados por agentes públicos ou privados,
na utilização de recursos públicos federais, dando ciência ao controle externo e ao Ministério Público
Federal e, quando for o caso, comunicar à unidade responsável pela contabilidade, para as
providências cabíveis;
- orientar os administradores de bens e recursos públicos nos assuntos pertinentes de competência
do Sistema de Controle Interno do Conselho da Justiça Federal e Justiça Federal de Primeiro e
Segundo Graus, inclusive sobre a forma de prestar contas, conforme o disposto no parágrafo único
do art. 70 da Constituição.

Posteriormente, a Resolução nº 377, de 15/06/2004, alterou novamente a estrutura da Secretaria de


Controle Interno que, de acordo com o Anexo I item 2, passou a ser a seguinte:

2. Secretaria De Controle Interno


2.1. Assessoria Técnica
2.2. Seção de Apoio Técnico
2.3. Subsecretaria de Monitoramento e Avaliação da Gestão
2.3.1. Seção de Monitoramento da Gestão
2.3.2. Seção de Avaliação e Orientação Contábil
2.3.3. Seção de Avaliação da Gestão
2.4. Subsecretaria de Auditoria
2.4.1. Seção de Auditoria da Gestão
2.4.2. Seção de Formulação e Acompanhamento de Ações Corretivas
2.4.3. Seção de Auditoria Temática
2.4.4. Seção de Auditoria em Despesas com Pessoal

Destaque-se, ainda, que a Resolução nº 362, de 30/03/2004, regulamentou os procedimentos de


auditoria do Conselho da Justiça Federal.

Registre-se que a Portaria nº 040, de 01/06/2009, manteve a mesma estrutura da Resolução n°


377/2004.

Do Conselho Superior Da Justiça Do Trabalho

O Conselho Superior da Justiça do Trabalho, criado pela Emenda Constitucional nº 45, de


30/12/2004, para exercer a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da
Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, atuando como órgão central do sistema, tendo suas
decisões efeito vinculante, conforme estabelecido no art. 111-A, § 2º, inciso II, da Constituição
Federal.

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

No sítio do referido Conselho consta a existência de uma Assessoria Controle e Auditoria, entretanto
as suas atribuições ainda não foram regulamentadas, sendo que essas atividades são atualmente
exercidas pela Secretaria de Controle da Justiça do Trabalho que integra a estrutura do Tribunal
Superior do Trabalho, a qual já foi estudada anteriormente.

Do Conselho Nacional do Ministério Público

O Conselho Nacional do Ministério Público foi instituído pela Emenda Constitucional nº 45, de
30/12/2004, com atribuição de controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e
do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros.

Segundo § 2º do art. 130-A, compete ao mencionado Conselho o controle da atuação administrativa e


financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros

Segundo consta do inciso I do art. 33 do Regimento Interno do Conselho, aprovado pela Resolução
nº 31, de 1º/09/2008, há uma Comissão de Controle Administrativo e Financeiro, contudo sem
atribuições definidas em outros normativos internos.

- Do Conselho Nacional De Justiça

A Emenda Constitucional nº 45 de 2004, de 30/12/2004, introduziu o art. 103-B na Constituição


Federal, criando o Conselho Nacional de Justiça, sendo que suas atribuições estão previstas no § 4º
do referido artigo:

(...)

§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do


cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo- lhe, além de outras atribuições que lhe
forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:

I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura,


podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;

- zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos
atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-
los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da
lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;

II - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive
contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro
que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e
correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção,
a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço
e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;

IV- representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso
de autoridade;

V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de


tribunais julgados há menos de um ano;
VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por
unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário; VII - elaborar relatório anual,
propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as
atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal
a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa.

Em relação ao órgão de controle interno, suas atribuições estão previstas no sítio da seguinte forma:

É uma unidade especializada de controle e auditoria com o objetivo de garantir a transparência, a


legalidade, a moralidade e a legitimidade na execução dos programas desenvolvidos no Conselho
Nacional de Justiça.

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

Está subordinada à Presidência e tem como foco o acompanhamento dos programas de trabalho,
contratos, convênios e as gestões: orçamentária, financeira, contábil, operacional, patrimonial e de
pessoal do CNJ.

No exercício de sua missão institucional, a Secretaria exerce orientação e controle preventivos,


desenvolvendo ações capazes de identificar impropriedades a tempo de contê-las, evitando erros ou
desperdícios e priorizando a análise da qualidade dos gastos

Atinente aos atos regulamentares, referentes ao controle interno destaca-se a Resolução nº 86, de
08/09/2009, que devido a sua pertinência vai, na íntegra, a seguir transcrita:

Art. 1º - Os Tribunais integrantes do Poder Judiciário e sujeitos ao controle do Conselho Nacional de


Justiça, criarão unidades ou núcleos de controle interno, de acordo com o disposto no art. 74
da Constituição Federal.

§1º - Os núcleos ou unidades administrativas de controle interno desenvolverão suas atividades, com
os seguintes propósitos:

I- avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual respectivo; II- acompanhar e avaliar
a execução orçamentária e os programas de gestão;

III- verificar a observância e comprovação da legalidade dos atos de gestão e avaliar os resultados,
especialmente quanto à eficiência e à eficácia das ações administrativas, relativas à gestão
orçamentária, financeira, patrimonial e de pessoal, nos seus vários órgãos.
IV-examinar as aplicações de recursos públicos alocados por entidades de direito privado;
V- subsidiar meios e informações, bem como apoiar o controle externo e o CNJ no exercício de sua
missão institucional.

§ 2º. Ficam sujeitos ao controle interno das instituições referidas no caput, além das suas próprias
unidades administrativas, as serventias judiciais e extrajudiciais autônomas ou privadas e entidades
que percebam ou arrecadem recursos em nome do poder judiciário.

Art. 2º - O órgão de controle interno ficará diretamente vinculado à presidência do respectivo


tribunal.

Art. 3º - O órgão de controle interno deverá estar apto a definir diretrizes, princípios e conceitos,
adotando as normas técnicas aplicáveis à ação de controle interno, visando à qualidade e integração
dos procedimentos de controle.

Art. 4º - Cumprirá ao órgão de controle interno exercer suas atividades observando as normas
constitucionais, legais e técnicas aplicáveis e as do manual de controle interno, considerando, quanto
a este último, às peculiaridades locais; Parágrafo único - Poderão ser, também, elaborados relatórios
parciais, ou específicos, sempre que solicitado pela Presidência do Tribunal o exame da legalidade
de atos concernentes à execução orçamentária ou à avaliação da gestão, financeira, de pessoal e
patrimonial, visando a aferição dos resultados das ações administrativas, assim como regular a boa
aplicação dos recursos públicos disponíveis.

Art. 5º - O Conselho Nacional de Justiça fica autorizado a celebrar termos de cooperação, acordos de
transferência de tecnologia, e outros atos que permitam receber e difundir a capacitação de pessoal e
a tecnologia (softwares) já desenvolvida para as atividades de controle interno, de gestão
orçamentária e financeira, ou para a administração de pessoal e patrimonial.

Parágrafo único - Para esse propósito, o Conselho Nacional de Justiça poderá promover e organizar
cursos, seminários, teleconferências, encontros e outros eventos, destinados à plena capacitação de
magistrados e servidores dos tribunais, ensejando a maior eficiência na gestão, assim como melhores
resultados e eficácia na transferência da tecnologia disponível para a atividade de controle interno.

Art. 6º - Fica a Corregedoria Nacional de Justiça autorizada a editar Manual de Controle Interno do
Poder Judiciário.

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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

Art. 7º - Os tribunais editarão os atos administrativos necessários à implantação das unidades ou


núcleos de controle interno, no prazo estabelecido na Resolução Nº 70, de 18 de março de 2009,
deste Conselho Nacional de Justiça.

§ 1º - O Conselho Nacional de Justiça avaliará a funcionalidade dos órgãos de Controle Interno

§ 2º - Os tribunais que já mantenham órgão de controle interno adaptarão, conforme o caso, seus
regulamentos e procedimentos aos termos desta Resolução no prazo de sessenta (60 dias).(grifou-
se)

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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Testes, Técnicas E Procedimentos De Auditoria

Testes Em Auditoria

Um dos principais aspectos em trabalhos de auditoria é a correta aplicação de testes para que o
auditor obtenha maior segurança na emissão de sua opinião demonstrada através do parecer.
Considerando que atualmente é praticamente impossível a verificação da totalidade das operações
de uma organização, é imprescindível a realização do trabalho baseado em testes de auditoria.
Diante desta situação, abordaremos neste artigo os tipos de testes que a doutrina relativa ao assunto
consagrou como sendo os adequados, fornecendo aos leitores uma visão com aplicação prática
desta importante ferramenta da auditoria.

Introdução

Considerando que a atividade de auditoria não se propõe a verificar a totalidade dos fatos ocorridos
em uma organização, pois caso isto ocorresse necessitaria de um contingente muito grande de
pessoas, e provavelmente os resultados levariam muito tempo para serem repassados aos
interessados, a auditoria necessitar fazer revisão à base de testes.

Estes testes podem ter um componente estatístico, ou não, dependendo dos objetivos que o auditor
esteja perseguindo.

Na aplicação dos testes de auditoria, os controles internos da organização têm fundamental


importância, considerando que normalmente quanto mais eficazes forem estes controles, a
quantidade de testes em auditoria tende a ser menor, desde que é claro o auditor deposite confiança
nestes.

Quando falamos em controle, o assunto é do domínio através do senso comum, uma vez que todos
nós temos algum tipo de controle em nossas vidas, evitando o desperdício de recursos.

Amplitude Dos Testes De Auditoria

Na fase inicial do desenvolvimento das técnicas de auditoria, surgiram muitas dúvidas, principalmente
relacionadas com a amplitude dos testes. A principal delas era a seguinte: O auditor para dar sua
opinião sobre um determinado fato teria que examinar todos os lançamentos contábeis/operações
referentes àquilo que está sendo examinado?

Caso examinasse todos os lançamentos contábeis/operações, além do alto custo do serviço de


auditoria, a opinião do auditor não teria utilidade, devido ao fato de que provavelmente seria emitida
com muito atraso.

Em primeiro lugar, o auditor deve se preocupar com erros que, individualmente ou cumulativamente,
possam levar a uma interpretação errônea de um fato, por parte de quem os está analisando.
Portanto, o valor desses erros teria de ser significativo em relação às operações.

Em segundo lugar, normalmente a empresa já tem um conjunto de procedimentos internos com o


objetivo de evitar a ocorrência de erros. Esse conjunto de procedimentos internos é chamado, na
prática de sistema de controle interno.

O risco da ocorrência de erros em uma empresa que possuí um bom sistema de controle interno, é
muito menor do que uma empresa com um sistema de controle interno ruim. O auditor utiliza o
sistema de controle interno da empresa para determinar a amplitude dos testes de auditoria.

Estes testes serão abordados agora, procurando demonstrar a caracterização de cada um deles, bem
como a oportunidade de empregá-los nas atividades de auditoria.

De acordo com CREPALDI (2000), inclusive ratificada por instruções do Conselho Federal de
Contabilidade, existem globalmente dois tipos de testes em auditoria, a saber:

– Testes de observância (ou testes de procedimentos); e

– Testes substantivos (ou testes comprobatórios de detalhes)

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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Teste De Observância

Os testes de observância são aqueles empregados pelo auditor, a fim de determinar se os


procedimentos internos determinados pela emprega estão sendo cumpridos pelos seus
colaboradores.

Destinam-se em um primeiro momento a constatar a credibilidade dos procedimentos de controle da


empresa, e não necessariamente os registros corretos das operações.

O objetivo do teste de observância é proporcionar razoável segurança de que os procedimentos de


controle interno estão sendo executados na forma determinada pela organização. Esta observação é
essencial para o auditor, uma vez que é através dos testes de observância que ele pode vir a
depositar maior ou menor confiança no sistema de controles internos aplicados.

Os testes de observância são largamente aplicados em auditorias operacionais, onde a preocupação


central do auditor é com respeito se os colaboradores da organização respeitam as normas internas
pré-estabelecidas.

A aplicação destes testes requer muita atenção e acuidade do auditor, e normalmente são aplicados
sem que os envolvidos no processo auditado percebam, pois caso isto fosse notado, certamente
fariam o correto, pelo menos na frente do auditor.

Teste Substantivos

Este tipo de teste é empregado pelo auditor quando ele deseja obter provas suficientes e
convincentes sobre as transações, que lhe proporcionem fundamentação para a sua opinião a cerca
de determinados fatos.

Como objetivos fundamentais dos testes substantivos, destacam-se as seguintes constatações:

– Existência real: que as transações comunicadas/registradas realmente tenham ocorrido;

– Integridade: que não existam transações além daquelas registradas/demonstradas;

– Parte interessada: que os interessados naquele registro/comunicação tenham obtido as


informações na sua totalidade;

– Avaliação e aferição: que os itens que compõem determinada transação/registro tenham sido
avaliados e aferidos corretamente.

– Divulgação: que as transações/registros tenham sido corretamente divulgadas.

Os testes substantivos são imprescindíveis em trabalhos de auditoria uma vez que é através da
aplicação correta destes que o auditor obtém evidências sobre os saldos, e ou transações
apresentadas pela empresa.

Este tipo de teste é de fundamental importância na complementação dos testes de observância,


considerando que são através dos testes substantivos que o auditor tem condições de constatar
sobre a fidedignidade das transações e registros contábeis.

Extensão Dos Exames De Auditoria.

Renomados autores de auditoria têm debatido sobre a extensão dos exames que devem ser
realizados, sem no entanto terem chegado a conclusões pacíficas no que tange a abrangência dos
testes.

Uma questão tão controversa como esta, é pendente de uma série de variáveis que influenciam nos
exames de auditoria, tais como: número de transações, número de auditores, tempo da auditoria,
relevância dos itens a examinar entre vários outros fatores.

Seguindo a linha de raciocínio de FRANCO e MARRA (2001), iremos abordar o tema de


profundidade, levando em consideração três cenários:

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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

 Revisão integral;

 Auditoria por testes (amostragem); e

 Revisão analítica.

Revisão Integral

Este tipo de verificação compreende o exame de todos os registros, bem como a análise de todos
os controles internos de uma entidade que respaldaram determinada transação.

Equivale a uma perícia quanto a sua abrangência, e é praticamente impossível ser aplicada por
auditores externos, e raramente é aplicada por auditores internos.

O custo de uma auditoria desta natureza tem valor elevado, considerando que uma equipe de
auditores estaria o tempo todo se dedicando ao exame de uma única área, o que é muito raro
acontecer.

Este tipo de auditoria aplica-se mais quando há indícios de fraudes, onde aí sim deve ser examinada
a totalidade das operações, buscando identificar o “modus operandi” de como a fraude se processa
na organização.

Auditoria Por Teste (Amostragem)

A auditoria por testes, ou por amostragem, compreende o exame de determinada porcentagem dos
registros, dos documentos ou dos controles, considerada suficiente para que o auditor faça seu juízo
sobre a exatidão e a legitimidade dos elementos examinados.

A profundidade dos exames é determinada pelo auditor, e varia de acordo com a maior ou menor
confiança que ele deposita no sistema de controles internos da empresa.

O que distingue a revisão integral da auditoria por testes, é a amostragem, considerando que quando
as empresas eram menores, e com poucas operações era possível a verificação de 100% das
transações, fato que hoje em dia é muito raro em razão do custo da auditoria, da complexidade e
volume das operações.

Nos testes de auditoria realizados por amostragem, o auditor poderá utilizar-se da amostragem
estatística ou aleatória, dependendo das circunstâncias e finalidades dos exames que serão
realizados.

Por amostragem estatística, entende-se àquelas que necessitam de cálculos tais como: média,
mediana, moda, desvio padrão, regressão linear, entre outros elementos da estatística na aplicação
dos cálculos de amostragem.

Em relação às amostragens aleatórias, independem de cálculos estatísticos sofisticados, e sim da


experiência e acuidade do auditor, selecionando transações, operações que estejam adequadas à
finalidade dos exames

Revisão Analítica

Quando o auditor constata a existência de alguma deficiência relevante nos controles internos, ou
quando através de teste de auditoria, ele detecta erros nos registros contábeis ou na documentação
em que ele se apóia, sentindo a necessidade de aprofundamento em seus exames, ele estará
aplicando procedimentos de revisão analítica.

A revisão analítica consiste no exame profundo e minucioso de todo o fluxo de controles internos e de
exame analítico das operações de determinada natureza ou de certo período do ano, neste caso
confundindo-se com a revisão integral.

A revisão analítica de todas as transações de um período pode consistir, por exemplo, na conferência
de todos os documentos de caixas e bancos confrontando os registros contábeis com os documentos
originais, a fim de constar possíveis irregularidades.

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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

A revisão analítica constitui uma forma essencial de teste substantivo. As técnicas empregadas
constam de análises de flutuações, de índices financeiros, de tendências, dentre outros indicativos,
utilizando-se principalmente de técnicas empregadas em análise das demonstrações financeiras.

Quando Usar Testes De Observância E Substantivos?

Para que o assunto torne-se amistoso para iniciantes, procuraremos explorar o tema com pequenos
exemplos, os quais serão a seguir explorados.

Existe um procedimento interno estabelecido por uma empresa, que prevê que a cada recepção de
mercadorias/produtos, o responsável pelo almoxarifado confronte os dados da nota fiscal de compra
com a ordem de compra.

Quando o auditor constata que há o confronto da nota com o pedido, ele está aplicando o teste de
observância, porém não está sendo levado em consideração, se de fato está existindo a conferência
dos dados dos documentos correlacionados, fato este que se aplicado pelo auditor, enquadra-se na
segunda categoria de testes, os quais recebem o nome de testes substantivos.

Em uma outra situação, por exemplo, o auditor acompanha a rotina de registro de um colaborador,
observando que há o cumprimento das obrigações trabalhistas, porém somente poderá verificar se
esta contratação atende às normas internas, se aplicados os testes substantivos. Neste sentido,
poderia haver a contratação de uma pessoa que era parente de funcionários da empresa, onde a
legislação trabalhista não faz óbice à esta situação, porém poderia estar indo contrário a
determinações internas, caso fosse proibida contratações desta natureza.

O equilíbrio a ser atingido na combinação dos testes de observância com os testes substantivos
depende de diversos fatores e circunstâncias. Entretanto, as seguintes generalizações são
apropriadas na maioria dos casos:

– Se os controles internos são fortes, a combinação dos procedimentos normalmente deve favorecer
os testes de observância e os testes substantivos analíticos;

– Se os controles internos são fracos, a combinação dos procedimentos deve normalmente favorecer
os testes substantivos mais extensos, tanto os analíticos como os de detalhes;

– O tamanho da amostragem de todos os testes normalmente deve ser maior quando os controles
internos são fracos.

Técnicas E Procedimentos De Auditoria

Conceituação

Técnicas de auditoria são o conjunto de investigações empregadas pelo auditor para reunir todas as
evidências necessárias para a emissão de um parecer bem fundamentado. As técnicas não são
provas entre si: elas proporcionam a obtenção das provas necessárias para o auditor emitir sua
opinião.

Todo o trabalho de auditoria é sustentado por um conjunto de normas técnicas que recebem o nome
de Normas de Auditoria Geralmente Aceitas no Brasil ou Normas Usuais de Auditoria.

Procedimentos De Auditoria

São as investigações técnicas que, tomadas em conjunto, permitem a formação fundamentada da


opinião do auditor sobre o trabalho realizado.
Constituem ferramentas técnicas, das quais o auditor se utiliza para a realização de seu trabalho,
consistindo na reunião das informações possíveis e necessárias e avaliação dessas informações,
para a formação de sua opinião imparcial.

São o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e
adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas, e abrangem
testes de observância e testes substantivos.

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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Objetivos

As Técnicas de Auditoria correspondem a utilização de ferramentas de trabalho, que possibilitam ao


auditor formar a sua opinião.
O objetivo da auditoria é fundamentar seu ponto de vista com fatos, evidências e informações
possíveis, necessárias e materiais.
A aplicação dos procedimentos de auditoria tem que estar atrelada ao objetivo que se quer atingir. Os
objetivos é a meta a ser alcançada. Os procedimentos são os caminhos (meios) que levam à
consecução do objetivo.
Se o objetivo é determinar a existência física de um bem, o caminho a seguir é inspecioná-lo
fisicamente, buscar uma prova material e satisfatória.

Responsabilidade Do Auditor

Cabe ao auditor identificar e atestar a validade de qualquer afirmação, aplicando os procedimentos


adequados a cada caso, na extensão e profundidade que cada caso requer, até a obtenção de
provas materiais que comprovem, satisfatoriamente, a afirmação analisada.
A atitude no recolhimento e avaliação das provas necessita ser independente e impessoal, e o auditor
deve agir com critério de forma isenta e inquestionável.
Dessa forma, cabe ao auditor aplicar os procedimentos de auditoria adequados para cada caso, na
extensão e profundidade necessárias, até a obtenção de provas materiais ou informações
persuasivas que comprovem satisfatoriamente o fato investigado.

A avaliação desses elementos fica a critério do auditor, obedecido o seguinte:


Simples registro contábil em outras comprovações não constitui elemento comprobatório;
Na ausência de comprovantes idôneos, corroboram, para a determinação de validade dos registros
contábeis, sua objetividade, sua objetividade, sua tempestividade e sua correlação com outros
registros contábeis ou elementos extracontábeis;
Para ser aceitável, a correlação deve legítima e relevante, dependendo das seguintes circunstâncias:

Quando a correlação puder ser verificada relativamente á fonte externa, ela proporciona maior grau
de confiança do que quando verificada na própria empresa;

Quando as condições do sistema contábil e do controle interno forem satisfatórias, os registros e as


demonstrações contábeis proporcionam maior de confiança;

O conhecimento direto e pessoal, obtido pelo auditor por meio de verificações físicas, observações,
cálculos e inspeções, oferece maior segurança do que as informações colhidas indiretamente.

Fatos, Evidências E Informações.

“A opinião formada pelo auditor precisa estar apoiada em bases sólidas, alicerçada em fatos
comprovados, evidências factuais e informações irrefutáveis”.
Dessa forma, o auditor precisa adotar algumas posturas, tais como:
Ser seu próprio controlador-atuar como fiel da balança, não chegar a conclusões precipitadas devido
à falta de substância das provas colhidas ou à interferência de pontos de vista diferentes dos seus.
Cada prova obtida tem que ser adequadamente pesada-avaliar cada elemento quanto à sua
objetividade, importância, validade e confiabilidade.
Obtenção de provas-a dificuldade ou o custo da prova a ser obtida não deve ser impedimentos para
não obtê-la, a menos que o auditor a julgue desnecessária. Caso obtenha provas concretas
suficientes que o convençam, tem que estar seguro para convencer, por outro lado, pessoas que não
estejam ligadas ao fato.

Extensão E Profundidade

A complexidade e o volume das operações realizadas pelas empresas fazem com que os
procedimentos de auditoria sejam aplicados por meio de provas seletivas, testes e amostragem.
Dessa forma, cabe ao auditor, com base nos elementos de juízos de que disponha, determinar o
número e a profundidade de operações a serem examinadas, de forma a obter elementos de
convicção que sejam válidos para o todo.

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Julgamento Do Auditor-Fatores A Serem Observados

Os seguintes elementos devem ser analisados pelo auditor para exercer seu juízo à luz de elementos
palpáveis:

A natureza do item em exame;


A materialidade;
O risco envolvido;
O tipo de material como prova disponível

O uso de amostragem estatística têm sido, em alguns casos, considerado vantajoso. O emprego
dessa prática não restringe o julgamento do auditor, mas fornece fórmulas estatísticas para a
medição dos resultados obtidos, que, de outro modo, poderiam não ser considerados.

Os padrões reconhecidos de auditoria exigem que, em cada exame, o nível do trabalho seja
adequado para fundamentar um parecer competente. Isso não significa que o nível de teste em
profundidade e extensão deva ser o mesmo, para cada caso, tampouco significa que deva ser igual
de um ano para outro.

Oportunidade

Consiste na fixação de época apropriada para aplicação de procedimentos de auditoria.


Um procedimento de auditoria proporciona maior ou menor benefício em decorrência de ser aplicado
no momento oportuno.

A oportunidade deve ser vista e perseguida permanentemente. A astúcia e perspicácia tornam-se


fatores imprescindíveis para a aplicação do procedimento em momento oportuno.
À medida que o conhecimento do auditor avança do auditor avança em todos os sentidos, sua visão
torna-se mais ampla e periférica, conhecendo em detalhes a forma com que se processam os
elementos e seus riscos, podendo determinar a aplicação de determinados procedimentos nos
momentos mais oportunos.

Técnicas De Auditoria

Para colher as evidências que lhe proporcionem atestar a fidedignidade das demonstrações
contábeis, o auditor emprega vários métodos, chamados de técnicas de auditoria.

As técnicas de auditoria mais usuais são as seguintes:

Exame e contagem física;


Circularização;
Conferência de cálculos;
Inspeção de documentos;
Averiguação; e
Correlação.

Exame Físico E Contagem Física

É a verificação in loco. Proporciona ao auditor a formação de opinião quanto a existência física do


objeto ou item examinado. Esse procedimento é utilizado para as contas do ativo e consiste em
identificar fisicamente o bem declarado nas demonstrações contábeis. Esse procedimento deve
conter as seguintes características:

Identificação-comprovação, por meio do exame visual, do item específico a ser examinado;


Existência física-comprovação, por meio da constatação visual, de que o objeto ou item examinado
existe realmente;
Autenticidade-poder de discernimento de que o item ou objeto examinado é fidedigno;
Quantidade-apuração das quantidades reais existentes fisicamente;
Qualidade-exame visual de que o objeto examinado permanece em uso, não está deteriorado e
merece fé;

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Dessa forma, o exame físico compreende contagem, identificação, verificação de pleno uso e
qualidade do bem. A efetividade de aplicação dessa técnica limitada a bens corpóreos ou que
possam ser objeto de qualquer prova tangível de sua existência. Sua utilidade abrange a coleta de
evidências sobre os bens integrantes do ativo permanente, estoques, numerários em mãos, títulos
negociáveis e outros valores mobiliários.

A existência física serve para determinar que os registros contábeis estão corretos e seus valores
adequados, em função da qualidade do item examinado.

Ativos que normalmente são submetidos à contagem física pelo auditor:

Dinheiro em caixa (contagem de caixa);


Estoques (contagem de estoques);
Títulos (Contagem de investimentos: ações, títulos de aplicações financeiras etc);
Bem do ativo imobilizado (contagem de bens do ativo imobilizado)
Cautela de ações de capital (Contagem de cautela de ações de capital).

Confirmação Com Terceiros (Circularização)

Implica a obtenção de declaração formal e imparcial de pessoas independentes à empresa e que


estejam habilitadas para confirmar. Consiste na obtenção, pelo auditor, de uma declaração escrita,
junto a fontes externas capacitadas para tanto. Consiste na corroboração por escrito de terceiros, em
relação a determinadas informações de interesse.

É utilizado pelo auditor para confirmar, por meio de correspondência (carta), bens de propriedade da
empresa em poder de terceiros, direitos a receber e obrigações.

A evidência corroborativa obtida de fontes independentes externas à empresa proporciona maior


segurança, para fins de uma auditoria independente do que aquela obtida exclusivamente dentro da
empresa.

O terceiro pode ser solicitado a:

Fornecer informações abrangentes (forma indefinida ou positiva em branco);


Confirmar a informação constante na solicitação ou esclarecer a razão da incorreção (forma positiva
ou positiva em preto).
Responder apenas se a informação constante na solicitação for incorreta (forma negativa).

O documento com a declaração deve seguir diretamente para o auditor, sem interferência da
empresa auditada. O pedido de informações a fonte externa deve ser preparado por um funcionário
da empresa, sob a atenta supervisão do auditor. Essa técnica permite reunir evidências sobre a
fidedignidade dos saldos das contas a receber e a pagar, saldos bancários, contas de empréstimos,
estoques em poder de terceiros, passivos contingentes, coberturas de seguros e credores em geral.

Para a aplicação dessa técnica de confirmação, o auditor leva em consideração os seguintes


aspectos:

Data-base de confirmação;
Amplitude do teste de confirmação;
Tipo de confirmação a ser empregado.

A data-base e amplitude do teste de confirmação são dependentes da avaliação e efetividade dos


controles internos.

Cuidados necessários para assegurar a eficácia da técnica de confirmação com terceiros


(circularização):

O auditor seleciona os saldos sobre os quais ele julga necessário obter confirmação. São usados
formulários impressos para os pedidos de confirmações. O cliente prepara as cartas com o pedido de

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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

confirmação, assina e as envia ao auditor, para aprovação final. O auditor confere o nome da fonte
externa, endereço, valores e outros detalhes, de forma a evitar qualquer problema que possa
provocar resposta incorreta.

O auditor coloca a carta no envelope com os dados do destinatário, tendo cuidado de indicar seu
endereço como remetente, para a eventualidade de devolução por incorreção de endereço ou nome
da fonte consultada. O auditor também põe a correspondência no correio, tarefa esta que pode ser
deixada por conta do cliente.

O auditor deve anexar ao pedido de confirmação um envelope de porte pago, contendo seu nome e
endereço, para assegurar que a resposta será enviada diretamente a seu escritório, sem qualquer
interceptação.

Ao receber as respostas, o auditor concilia as informações assim obtidas com os registros contábeis
do cliente, analisando minunciosamente qualquer discrepância.

A falta de resposta pode ensejar a repetição do pedido. Persistindo o fato, o auditor após autorização
do cliente, pode dirigir-se pessoalmente à fonte externa, afim de obter a confirmação desejada.

As confirmações de contas do ativo indicam sempre o valor do saldo na conta desejada, de acordo
com os registros do cliente e sua composição, solicitando-se à fonte externa confirmação para estes
dados. As circularizações de contas passivas não devem trazer indicação do valor devido conforme
os livros, ou a natureza do débito, solicitando à fonte externa que preste esse tipo de informação.

Tipos De Confirmação

O auditor dispõe de dois tipos diferentes de circularização:

Circularização positiva; e
Circularização negativa

Circularização do tipo positiva-é utilizada quando há necessidade de resposta da pessoa de quem


quer se obter uma confirmação formal. É o que traz mais subsídios uma vez que há a evidência
através de resposta formal de quem se quer obter retorno.

Este pedido pode ser usado de duas formas:

Branco-quando não se colocam valores nos pedidos de confirmação e


Preto-quando utilizados saldos ou valores a serem confirmados na data-base indicada.

Circularização do tipo negativa-utilizado somente quando a resposta for necessária em caso de


discordância da pessoa de quem se quer obter confirmação, ou seja na falta de confirmação, o
auditor entende que a pessoa concorda com os valores colocados no pedido de confirmação.

O pedido de confirmação negativa é geralmente usado como complemento do pedido de confirmação


positivo e deve ser expedido em carta registrada para se assegurar que a pessoa receberá o pedido
de confirmação.

É recomendável que o auditor determine adequadamente o tipo de confirmação necessária, podendo


utilizar ambos os tipos de confirmação.

Controle Das Confirmações

Após a seleção dos itens a serem confirmados, o auditor deve exercer controle rigoroso quanto ao
despacho dos pedidos de confirmação e o efetivo recebimento das respostas. Dessa forma, o auditor
deve manter as seguintes informações:

Seleção criteriosa dos itens a serem confirmados;


Preenchimento das cartas de pedidos de confirmação, com as datas determinadas como base para o
procedimento de confirmação

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Revisão detalhada pelo auditor, da datilografia, quanto ao nome e endereço da pessoa selecionada,
data-base do pedido de confirmação e as assinaturas autorizadas.

Controle dos pedidos de confirmação a serem despachados;

Envelopamento das circulares, colocação do envelope de retorno (carta resposta porte pago),
selagem e postagem;

Verificação das confirmações recebidas e despacho do 2º pedido para as não respondidas;


Confirmação pessoal para os pedidos de confirmação não respondidas ao 1º e 2º pedidos; e
Procedimento alternativo de verificação para as respostas não recebidas, através de 1º e 2º pedidos
de confirmação pessoal.

Com relação à confirmação positiva, o auditor deve envidar esforços para a obtenção de uma
resposta, utilizando o 1º pedido de confirmação, o 2º pedido de confirmação ou a confirmação
pessoal pessoal junto à empresa da qual se queira resposta.

Exemplos de itens que normalmente são submetidos à confirmação pelo auditor:

Dinheiro em conta corrente bancária;


Contas a receber de clientes;
Estoque em poder de terceiros;
Títulos em poder de terceiros;
Contas a pagar a fornecedores;
Empréstimos a pagar.

Exame Dos Documentos Originais Ou Inspeção De Documentos

Trata-se de procedimento voltado para a comprovação das transações, que por exigências legais,
comerciais ou de controle são evidenciadas pro documentos comprobatórios destas transações.

A documentação hábil ou suporte acompanha e atesta a idoneidade da realização das transações


comerciais, sendo a base de inúmeras ocorrências contábeis, fiscais e legais.
Os documentos representam os comprovantes hábeis que suportam os lançamentos contábeis nas
contas de ativo, passivo, receita e despesa. O auditor examina esses documentos com o objetivo de
constatar a veracidade dos valores registrados.

Tipos De Documentos

Documentos internos-são aqueles produzidos pela própria empresa.


Documentos externos-fornecidos por terceiros à empresa, normalmente comprovando algum tipo de
transação.

Exemplos De Documentos Internos

Relatório de despesas;
Boletim de caixa
Mapas demonstrativos (apropriação de custos, depreciação, amortização etc)
Requisição de compras;
Mapa de licitação de compras;
Registro de empregados;
Folha de pagamento;
Livros sociais (atas de reunião de acionistas, conselho de administração, diretoria e conselho fiscal)

Exemplos De Documentos Externos

Notas Fiscais, faturas e duplicatas de fornecedores;


Apólice de seguro;
Contratos;
Escrituras de imóveis;

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Certificados De Propriedade De Veículos

O exame realizado pelo auditor sobre tais documentos deve atender às seguintes condições:

Autenticidade-verificar se a documentação examinada é fidedigna e merece fé;


Normalidade-verificar se a transação é adequada em função da atividade da empresa;
Aprovação-verificar se a transação e documentação suporte foram aprovadas por pessoa autorizada.
Registro-comprovar que o registro das operações foi adequado, a documentação é hábil e houve
correspondência contábil, fiscal etc.

Exemplo: Exame dos documentos originais referente a compra de ativo imobilizado.


Fatores a serem observados em relação à documentação suporte:

Autenticidade-confrontação com as notas fiscais, duplicatas nominais, quitadas e emitidas por


fornecedores fidedignos.
Normalidade-verificar se aquisições de itens do imobilizado são normais em relação à atividade da
empresa se são utilizados para a elaboração de produtos destinados a venda que fazem parte de seu
objeto social.
Aprovação-verificar se existe aprovações de pessoas responsáveis pela administração da empresa
e;.
Registro-verificar se estão registradas em contas adequadas de ativo permanente de imobilizado.

Com a devida atenção, o auditor verificará:

Se o documento é legítimo e autêntico;


Se se refere realmente à operação escriturada;
Se essa operação corresponde aos objetivos da empresa;
Se o documento está corretamente preenchido, inclusive quanto a datas, destinatário, cálculos e
outros dados intrínsecos;
Se o registro das operações é adequado em função da documentação examinada e se está refletida
contabilmente em contas apropriadas.

Nos casos de documentos oficiais, contratos e escrituras, verificará se existe o registro em órgão
competente, que lhe dá validade insuspeita.

Inspeção

Inspeção é a técnica de auditoria de que o auditor se utiliza para examinar a comprovação


documental das transações. Basicamente, as transações entre empresas e pessoas envolvem algum
tipo de documento, que serve de explicação para os detalhes sobre o que foi feito e que
consequências se esperam do fato. Uma transação, em verdade, quase sempre origina-se de um
documento. A inspeção compreende a verificação da legitimidade do documento em primeiro lugar, e
conseqüentemente, da transação. É quando o auditor confirma se a transação foi autorizada, o que
pode ser constatado por assinatura ou rubrica de pessoa encarregada, no próprio documento.

Tendo contato íntimo com os documentos, o auditor adquire conhecimento importante sobre os
negócios realizados pela empresa, o que lhe permite identificar situações não usuais ou
problemáticas, com certa antecipação. Muitos enganos e irregularidades são descobertos durante a
aplicação desta importante técnica de coleta de evidências.

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