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Amostragem
11.11.1.1. Esta norma tem por objetivo estabelecer a obrigatoriedade, os procedimentos e os critérios
para planejar e selecionar amostra de itens a serem examinados pelo auditor.
11.11.2.1.1. A amostra selecionada pelo auditor deve ter relação direta com o volume de transações
realizadas pela entidade na área ou na transação objeto de exame, como também com os efeitos nas
posições patrimonial e financeira da entidade e o resultado por ela obtido no período.
c) a estratificação da população;
d) o tamanho da amostra;
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e) o risco da amostragem;
f) o erro tolerável; e
g) o erro esperado.
11.11.2.3. População
11.11.2.3.1. A população é a totalidade dos dados do qual o auditor deseja tirar a amostra para
chegar a uma conclusão.
11.11.2.3.2. O auditor precisa determinar se a população da qual a amostra vai ser extraída é
apropriada para o objetivo de auditoria específico. Se o objetivo do auditor for testar a existência de
superavaliação de contas a receber, a população pode ser definida como a listagem de contas a
receber. Por outro lado, se o objetivo for testar a existência de subavaliação de contas a pagar, a
população não deve ser a listagem de contas a pagar, mas, sim, pagamentos subseqüentes, faturas
não-pagas, extratos de fornecedores, relatórios de recebimentos de mercadorias ou outras
populações que forneceriam evidência de auditoria de que as contas a pagar estariam subavaliadas.
11.11.2.3.3. Cada item que compõe a população é conhecido como unidade de amostragem. A
população pode ser dividida em unidades de amostragem de diversos modos.
11.11.2.3.4. O auditor define a unidade de amostragem para obter uma amostra eficiente e eficaz
para atingir os objetivos de auditoria em particular. No caso, se o objetivo do auditor for testar a
validade das contas a receber, a unidade de amostragem pode ser definida como saldos de clientes
ou faturas de clientes individuais.
11.11.2.4. Estratificação
11.11.2.4.1. Para auxiliar no planejamento eficiente e eficaz da amostra, pode ser apropriado usar
estratificação, que é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada qual contendo um
grupo de unidades de amostragem com características homogêneas ou similares.
11.11.2.4.2. Os estratos precisam ser, explicitamente, definidos, de forma que cada unidade de
amostragem somente possa pertencer a um estrato.
11.11.2.4.3. Este processo reduz a possibilidade de variação dos itens de cada estrato. Portanto, a
estratificação permite que o auditor dirija esforços de auditoria para os itens que contenham maior
potencial de erro, por exemplo, os itens de maior valor que compõem o saldo de contas a receber,
para detectar distorções relevantes por avaliação a maior. Além disso, a estratificação pode resultar
em amostra com tamanho menor.
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11.11.2.4.5. Assim, por exemplo, dependendo da distribuição dos valores a receber, mediante a
validação da totalidade dos saldos do subconjunto (a) 50% de (b); 20% de (c); e 5% de (d), pode-se,
hipoteticamente, encontrar que 80% dos valores de contas a receber são susceptíveis de validação,
examinando 20% da população.
11.11.2.5.3. Para que a conclusão a que chegou o auditor, utilizando uma amostra, seja corretamente
planejada para aplicação à população é necessário que a amostra seja:
a) representativa da população;
11.11.2.6.1. O risco de amostragem surge da possibilidade de que a conclusão do auditor, com base
em uma amostra, possa ser diferente da conclusão que seria alcançada se toda a população
estivesse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.
11.11.2.6.2. O auditor está sujeito ao risco de amostragem nos testes de observância e testes
substantivos, sendo:
1) Testes De Observância:
2) Testes Substantivos:
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de auditoria sobre a amostra leve à conclusão de que o saldo de uma conta ou classe de transações
registradas não está, relevantemente, distorcido, mas, efetivamente, está.
11.11.2.6.4. O tamanho da amostra é afetado pelo nível do risco de amostragem que o auditor está
disposto a aceitar dos resultados da amostra. Quanto mais baixo o risco que o auditor estiver
disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.
11.11.2.7.1. Erro tolerável é o erro máximo na população que o auditor está disposto a aceitar e,
ainda assim, concluir que o resultado da amostra atingiu o objetivo da auditoria. O erro tolerável é
considerado durante o estágio de planejamento e, para os testes substantivos, está relacionado com
o julgamento do auditor sobre relevância. Quanto menor o erro tolerável, maior deve ser o tamanho
da amostra.
11.11.2.8.1. Se o auditor espera que a população contenha erro, é necessário examinar uma amostra
maior do que quando não se espera erro, para concluir que o erro real da população não excede o
erro tolerável planejado.
11.11.2.8.2. Tamanhos menores de amostra justificam-se quando se espera que a população esteja
isenta de erros. Ao determinar o erro esperado em uma população, o auditor deve considerar
aspectos como, por exemplo, os níveis de erros identificados em auditorias anteriores, mudança nos
procedimentos da entidade e evidência obtida na aplicação de outros procedimentos de auditoria.
11.11.3.1.1. O auditor deve selecionar itens de amostra de tal forma que se possa esperar que a
mesma seja representativa da população. Este procedimento exige que todos os itens da população
tenham a mesma oportunidade de serem selecionados.
11.11.3.1.2. Com a finalidade de evidenciar os seus trabalhos, a seleção de amostra deve ser
documentada pelo auditor e considerar:
a) o grau de confiança depositada sobre o sistema de controles internos das contas, classes de
transações ou itens específicos;
b) a base de seleção;
c) a fonte de seleção; e
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11.11.3.2.1. Seleção aleatória ou randômica é a que assegura que todos os itens da população ou do
estrato fixado tenham idêntica possibilidade de serem escolhidos.
11.11.3.3.1. Seleção sistemática ou por intervalo é aquela em que a seleção de itens é procedida de
maneira que haja sempre um intervalo constante entre cada item selecionado, seja a seleção feita
diretamente da população a ser testada, ou por estratos dentro da população.
11.11.3.3.2. Ao considerar a seleção sistemática, o auditor deve observar as seguintes normas para
assegurar uma amostra, realmente, representativa da população:
b) que os itens da população não estejam ordenados de modo a prejudicar a casualidade de sua
escolha.
11.11.3.3.3. Se usar seleção sistemática, o auditor deve determinar se a população não está
estruturada de tal modo que o intervalo de amostragem corresponda a um padrão, em particular, da
população. Por exemplo, se em cada população de vendas realizadas por filiais, as vendas de uma
filial, em particular, ocorrerem somente como cada 100º item e o intervalo de amostragem
selecionado for 50, o resultado seria que o auditor teria selecionado a totalidade ou nenhuma das
vendas da filial em questão.
11.11.3.4.1. Seleção casual pode ser uma alternativa aceitável para a seleção, desde que o auditor
tente extrair uma amostra representativa da população, sem intenção de incluir ou excluir unidades
específicas.
11.11.3.4.2.Quando utilizar esse método, o auditor deve evitar a seleção de uma amostra que seja
influenciada, por exemplo, com a escolha de itens fáceis de localizar, uma vez que esses itens podem
não ser representativos.
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11.11.4.2.2. Quando não for possível obter a evidência de auditoria esperada sobre um item de
amostra específico, o auditor deve obter evidência de auditoria suficiente e apropriada por meio da
execução de procedimentos alternativos. Exemplificando: se uma confirmação positiva de contas a
receber tiver sido solicitada e nenhuma resposta tiver sido recebida, talvez o auditor possa obter
evidência de auditoria suficiente e apropriada de que as contas a receber são válidas, revisando os
pagamentos subseqüentes efetuados pelos clientes.
11.11.4.2.4. O auditor também deve considerar os aspectos qualitativos dos erros. Esses aspectos
incluem a natureza e a causa do erro e o possível efeito do erro sobre outras fases da auditoria.
11.11.4.2.5. Ao analisar os erros descobertos, é possível que o auditor observe que muitos têm
características comuns, por exemplo, tipo de transação, localização, linha de produtos ou período de
tempo. Nessas circunstâncias, o auditor pode decidir identificar todos os itens da população que
tenham características comuns, produzindo, deste modo, uma subpopulação, e decidir ampliar os
procedimentos de auditoria nessa área. Então, o auditor deve executar análise separada com base
nos itens examinados para cada subpopulação.
11.11.4.3.1. O auditor deve extrapolar os resultados dos erros da amostra para a população da qual
foi selecionada.
11.11.4.3.2. Existem diversos métodos aceitáveis para extrapolar os resultados de erros. Entretanto,
em todos os casos, o método de extrapolação precisa ser consistente com o método usado para
selecionar a amostra.
11.11.4.4.1. O auditor deve considerar se os erros projetados pela extrapolação para a população
podem exceder o erro tolerável, levando-se em conta os resultados de outros procedimentos de
auditoria.
11.11.4.4.2. O erro projetado para a população deve ser considerado em conjunto com os demais
erros identificados durante a auditoria.
11.11.4.4.3. Quando o erro projetado exceder o erro tolerável, o auditor deve reconsiderar sua
avaliação anterior do risco de amostragem e, se esse risco for inaceitável, considerar a possibilidade
de ampliar o procedimento de auditoria ou executar procedimentos de auditoria alternativos.
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11.11.5. Sanções
11.11.5.1. A inobservância desta norma constitui infração disciplinar sujeita às penalidades previstas
nas alíneas "c", "d" e "e" do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, e, quando
aplicável, ao Código de Ética do Profissional Contabilista.
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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA
Relatório De Auditoria
O relatório é o instrumento técnico pelo qual o auditor comunica ou apresenta os resultados dos
trabalhos realizados, suas conclusões, opiniões, recomendações e as providências necessárias
que devem ser tomadas pela administração.
Conforme a OLACEFS (1981, p. 284), tem-se a seguinte definição para o relatório de auditoria:
Os resultados dos trabalhos de auditoria podem ser apresentados sob a forma de parecer de
auditoria quando da realização de auditorias sobre as demonstrações financeiras ou contábeis, ou
sob a forma de relatório amplo, que é muito mais adequado para a auditoria operacional. Logo,
tem-se relatório como gênero e parecer de auditoria e relatório de auditoria como espécies.
Parecer De Auditoria
Sempre que o auditor emitir parecer que não seja sem ressalvas, ele deve incluir uma descrição
clara de todas as razões fundamentadas dos efeitos possíveis sobre as demonstrações
contábeis. Essas informações, devem, preferencialmente, ser apresentadas em parágrafo
separado precedendo a opinião ou mesmo negativa, e também incluir referência uma discussão
mais ampla em nota explicativa às demonstrações contábeis.
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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA
O auditor deve revisar e avaliar todas as conclusões obtidas, para poder suportar a emissão do
seu parecer sobre as demonstrações contábeis.
O parecer de auditoria deve expressar de forma prudente e imparcial a opinião do auditor sobre
as demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Uma opinião sem restrições ou limpa
demonstra a concordância do auditor sobre todos os aspectos relevantes divulgados nas
mencionadas demonstrações.
Quando for emitida uma opinião parcialmente divergente, divergente ou mesmo não se emitir
opinião – denominadas, respectivamente, de opiniões com ressalva, adversa e negativa de
opinião, como será explicado –- o parecer de auditoria deve declarar, de forma clara e
informativa, todas os motivos que levaram o auditor a tomar tal decisão.
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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA
Título: um título adequado, como, por exemplo, "Parecer de Auditoria", deve ser usado, de
modo a ajudar o leitor a identificar o documento e facilmente distingui-lo dos demais relatórios
que normalmente são publicados em conjunto, tais como parecer do Conselho de Administração,
Relatório da Diretoria, etc.
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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA
Assinatura: o parecer de auditoria deve ser assinado em nome da organização que realizou a
auditoria, em nome do auditor, ou em ambos, conforme for o caso. Na realização da auditoria
contábil, o parecer deve ser datado e assinado pelo contador responsável pelos trab alhos com a
indicação do seu número de registro no Conselho Regional de Contabilidade. Caso o trabalho
tenha sido realizado por empresa de auditoria, o nome e número no Conselho Regional de
Contabilidade também devem constar do parecer.
Data do relatório: o parecer de auditoria deve ser datado. Essa data informa ao leitor que o
auditor considerou o efeito, sobre as demonstrações contábeis e sobre a sua opinião, de
eventos, dos quais ele teve conhecimento, que tenham ocorrido até aquela data. A data do
parecer deve corresponder ao dia do encerramento dos trabalhos de auditoria na entidade.
Pode-se concluir, portanto, que o parecer de auditoria é o documento mediante o qual o auditor
expressa sua opinião ou não, de forma clara e objetiva, sobre as demonstrações contábeis nele
indicadas e se elas foram elaboradas de acordo com práticas contábeis adotadas no Brasil.
Como o auditor assume, ao emitir seu parecer, responsabilidade técnico-profissional perante o
público, é fundamental que tal documento obedeça às características Intrínsecas e extrínsecas
estabelecidas em normas próprias.
O parecer de auditoria é classificado segundo a natureza da opinião que apresenta em: sem
ressalvas; com ressalvas com restrições ou adverso e com negativa ou abstenção de opinião.
O parecer sem ressalva ou "limpo" indica que o auditor está convencido de que as
demonstrações contábeis foram elaboradas segundo os Princípios Fundamentais de
Contabilidade e com as demais disposições contábeis e legais pertinentes, em todos os seus
aspectos relevantes. Na hipótese de não observância das disposições normativas, a emissão de
um parecer sem ressalva está condicionada à avaliação dos efeitos pelo auditor e se as
divulgações cabíveis foram feitas nas demonstrações contábeis e notas explicativas.
O auditor pode não emitir um parecer sem ressalvas, quando existirem quaisquer das
circunstâncias seguintes, as quais, na opinião do auditor, tenham efeitos que sejam relevantes e
possam impactar significativamente as demonstrações contábeis:
c) há incerteza significativa não divulgada, que afeta as demonstrações contábeis e cuja solução
depende de eventos futuros.
As circunstâncias descritas nas alíneas (a) acima podem conduzir a opinião com ressalvas ou
negativa de opinião. A circunstância descrita em (b) pode conduzir a uma opinião com ressalva
ou adversa. Já a descrita em (c) ocasiona uma opinião com ressalva ou limpa. Neste último
caso, com a inclusão do parágrafo de ênfase, se a incerteza for corretamente divulgada em
notas explicativas.
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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA
Parecer
(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria, e compreendem:
(a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações
e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes,
das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas;
e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela
administração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas
em conjunto.
(Parágrafo da opinião)
N. de registro no CRC
N. de registro no CRC
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Vale mencionar que esse modelo, mutatis mutandis, servatis servandis , pode ser aplicado
também à auditoria contábil realizada na área governamental.
O parecer com ressalva deve obedecer basicamente ao modelo do parecer limpo com a inclusão
dos parágrafos das ressalvas e com a utilização das expressões "exceto por", "exceto quanto"
ou "com exceção de" no parágrafo da opinião, referindo-se aos efeitos do assunto objeto da
ressalva. A utilização da expressão "sujeito a" é considerada adequada apenas nos casos em
que exista incerteza quanto ao resultado final de assunto pendente de definição.
PARECER
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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA
(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria, e compreendem:
(a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações
e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes,
das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas;
e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela
administração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas
em conjunto.
(Parágrafo da ressalva)
(3) De acordo com suas instruções, não solicitamos a nenhum cliente que confirmasse seus
saldos relativos ao contas a receber. Como conseqüência, ficamos impossibilitados de avaliar a
adequação do saldo de Duplicatas a Receber no montante de $200.000,00, que representa 5%
do total do Patrimônio Líquido da Companhia e 10% do seu resultado.
(Parágrafo da opinião)
N. de registro no CRC
N. de registro no CRC
Parecer Adverso
O parecer adverso é emitido, quando o auditor realiza seus exames, mas discorda
completamente das demonstrações contábeis apresentadas. Ou seja, o auditor deve emitir esse
tipo de parecer quando verificar que as demonstrações contábeis estão incorretas ou
incompletas, em tal magnitude que impossibilite a emissão do parecer com ressalva. Nesse caso,
o auditor emite opinião de que as demonstrações não representam, adequadamente, a posição
patrimonial e financeira, e/ou o resultado das operações, e/ou as mutações do patrimônio
líquido, e/ou as origens e aplicações dos recursos da entidade, nas datas e períodos indicados.
Quando o auditor emitir um parecer adverso, deve explicitar todas as razões e justificativas
necessárias nos parágrafos intermediários, entre o escopo e a opinião.
PARECER
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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA
patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findo s
naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade de sua administração. Nossa
responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.
(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria, e compreenderam:
(a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações
e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes,
das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas;
e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela
administração de entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas
em conjunto.
(Parágrafo da opinião)
N. de registro no CRC
N. de registro no CRC
O parecer com negativa ou abstenção de opinião é aquele em que o auditor deixa de emitir
opinião sobre as demonstrações contábeis, por não ter obtido evidência adequada para
fundamentá-la ou em face de uma restrição significativa. Todavia, essa negativa não elimina a
responsabilidade do auditor de informar qualquer fato significativo que possa influenciar a
tomada de decisão dos usuários das demonstrações contábeis.
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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA
PARECER
(2) Excetuando o fato mencionado no próximo parágrafo, nossos exames foram conduzidos de
acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos,
considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de
controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências o dos
registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a avaliação das
práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administr ação da
entidade, bem como de apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
(Parágrafo da ressalva)
(Parágrafo da opinião)
N. de registro no CRC
N. de registro no CRC
O parecer com parágrafo de ênfase é emitido quando ocorre uma incerteza relevante, cujo
desfecho poderá afetar significativamente a posição patrimonial e financeira da entidade, mas foi
devidamente divulgada nas notas explicativas. Se o auditor concluir que a matéria envolvendo
incerteza relevante não está adequadamente divulgada, o seu parecer deve conter ressalva ou
opinião adversa.
PARECER
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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA
(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria, e compreendem:
(a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações
e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes,
das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas;
e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela
administração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas
em conjunto.
(Parágrafo da opinião)
(Parágrafo de ênfase)
A Companhia está em fase de reorganização, procedendo a uma ampla visão dos seus
procedimentos de controle interno. Os efeitos decorrentes, embora esperados, não puderam, até
o momento, ser quantificados. Nossa opinião está, portanto, sujeita aos efeitos desses ajustes.
N. de registro no CRC
N. de registro no CRC
Como resumo dessa importante fase do processo auditorial, pode-se afirmar que o parecer de
auditoria é a etapa em que são apresentados os resultados dos trabalhos realizados pelo
auditor.
Parecer com Ressalva: emitido quando o auditor identifica situações que comprometem a
emissão de uma opinião limpa.
Parecer Adverso: quando o auditor identifica situações que comprometem a adequação das
demonstrações contábeis e discorda da posição adotada pela administração.
Negativa ou Abstenção de Opinião: o auditor não emite opinião quando, por qualquer motivo,
não puder realizar seus exames, ou seja, identificar uma limitação significativa à realização de
seu trabalho.
Relatório De Auditoria
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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA
contábeis e administrativas e até mesmo uma forma mais adequada de gerir a entidade
auditada.
O relatório de auditoria possui uma importância significativa para os responsáveis pela entidade
auditada, assim como para o pessoal cujas atividades das áreas envolvidas são nele abordadas
e discutidas, visto que podem utilizá-lo como base para tomada de decisões. Esse relatório ajuda
os leitores e interessados a avaliar as operações ocorridas no período examinado.
Para ter facilidade no momento da confecção do relatório de auditoria, e garantir sua qualidade,
o auditor deve, basicamente, obedecer às normas e utilizar de forma rigorosa as técnicas de
auditoria. Principalmente no que se refere à elaboração de programas e à adequada aplicação
dos procedimentos e, conseqüentemente, à preparação de papéis de trabalho criteriosos, de
acordo com as padronizações estabelecidas e que demonstrem a correta obtenção de
evidências ou provas.
O relatório de auditoria deve ser elaborado de forma a facilitar a sua leitura e compreensão.
Quando da sua confecção, alguns requisitos técnicos devem ser observados.
A capa do relatório deve ter um “leiaute” discreto, indicando de forma clara e objetiva a natureza
do trabalho realizado, assim como o nome da entidade auditada e, de forma discreta, o nome do
órgão que realiza a auditoria, além do período examinado. O objetivo da auditoria também deve
ser especificado.
a) Índice: tem como objetivo facilitar a identificação dos pontos abordados e deverá incluir o
título do item ou ponto e a página na qual ele está contido.
b) Sumário Executivo: breve descrição dos principais pontos contidos no relatório, de modo a
despertar a atenção do leitor.
Os principais procedimentos que normalmente são utilizados podem ser assim resumidos:
confirmação com terceiros (circularização), inspeções físicas, exame documental, conferência de
cálculos, observação, entrevistas, entre outros.
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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA
Nesse item, devem ser descritas todas as áreas que foram objeto de exame por parte do auditor.
O ponto deve ser redigido de forma clara e objetiva e ter um encaminhamento lógico. Com a
finalidade de facilitar o entendimento do assunto relatado, o auditor deve atentar para o aspecto
estrutural na elaboração do relatório. Cada ponto deve conter, em tese, três parágrafos, como
segue: a) procedimento em vigor ou situação constatada; b) influências ou conseqüências e c)
sugestões, se aplicáveis.
Ao redigir cada ponto, o auditor deve sempre procurar utilizar períodos curtos e diretos, pois é
mais fácil alcançar o entendimento do leitor, usando esse tipo de tese.
c) Cuidado e Adequação das Provas: na confecção do relatório, o auditor deve ser imparcial,
profissional, justo e seguro, transmitindo, assim, confiabilidade na matéria apresentada. Para tal,
faz-se necessário que os achados estejam claramente identificados e comprovados com
evidência objetiva suficiente. O auditor não deve olvidar que erros podem gerar dúvidas sobre a
adequação das informações apresentadas em todo o relatório.
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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA
e) Objetividade: cada achado de auditoria tem de ser redigido com informações suficientes,
devendo o auditor resguardar-se contra a tendência de exageros ou ênfases desnecessárias,
evitando assim interpretações distorcidas por parte do leitor, ou induzi-lo a conclusões não-
adequadas. A linguagem direta e objetiva, sempre que possível, deve ser usada.
O relatório de auditoria deve apresentar os achados de maneira clara e objetiva, perm itindo ao
interessado uma visão adequada do fato ocorrido.
Quanto mais claro e simples for o relatório, maior será a probabilidade da sua efetividade.
Sempre que possível, devem-se adotar os efeitos visuais.
h) Inteireza e Concisão: cada ponto redigido deve ser completo por si só, porém conciso, ou
seja, excessos de detalhes desnecessários que possam desviar a atenção do leitor do assunto
principal devem ser evitados.
i) Tom Construtivo: o auditor deve ter em mente que seu objetivo é obter reações favoráveis
aos achados e recomendações. Logo, o auditor tem de enfatizar os aspectos positivos.
j) Empatia: o auditor precisa se colocar na posição do auditado, refletindo sobre o quê e como
deverá ser relatado.
Quando da elaboração de um relatório de auditoria, o auditor deve ter em mente que ele deve
ser bem redigido, completo por si só, claro e de fácil entendimento. Assim, necessária se faz o
observância de algumas regras fundamentais, a saber:
evitar uso de terminologia especializada. Se necessário uso, ela deve ser adequadamente
explicada;
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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA
valorar os achados;
sempre que possível, o ponto de auditoria deve conter três ou quatro parágrafos;
conferir soma;
somente emitir relatório após a sua discussão com o auditado e a sua completa r evisão.
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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA
No transcurso dos seus exames, o auditor pode identificar pontos negativos ou positivos que
mereçam ser reportados à alta administração. Esses pontos são denominados, como visto,
constatações, observações ou achados em auditoria. A constatação ocorre quando uma
determinada condição não está em sintonia ou em conformidade com um determinado critério. A
condição é a situação encontrada pelo auditor, é o fato ocorrido. Já o critério é a situação ideal,
esperada, ou, em outras palavras, a situação que deveria ocorrer. A figura abaixo demonstra com
propriedade o processo de identificação de um achado:
Práticas antieconômicas;
Ineficácia;
Ineficiência;
Desperdícios;
Uso indevido;
Gastos inadequados;
Não se pode olvidar que somente os achados significativos devem ser considerados pelo
auditor, quando da elaboração do relatório de auditoria.
Desenvolvimento De Um Achado
b) Critério: descrição da situação ideal com base em normas de controle interno, legislação
aplicável, princípios fundamentais, boas práticas administrativas, metas e objetivos
especificados, padrões de economia, de eficiência, de eficácia, entre outros. Representa o
parâmetro com o qual o auditor mede a condição. Corresponde às metas, aos objetivos da
atividade ou entidade auditada, bem como às normas relacionadas com o alcance dessas metas
e objetivos. Tem-se as seguintes fontes de critério:
senso comum;
experiência do auditor;
práticas usuais.
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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA
c) Causas: identificações das razões fundamentais que levaram à ocorrência dos fatos.
Representam os motivos pelos quais ocorreu um desempenho inadequado ou não. Da correta
identificação das causas depende a correta elaboração de recomendações de forma construtiva.
Vale mencionar que somente a informação de que o achado ocorreu porque as normas não
foram observadas, normalmente não convence o interessado na auditoria. As causas típicas
apresentadas pela doutrina auditorial, são as seguintes:
desconhecimento inconsciente;
falta de capacitação;
falta de comunicação;
negligência ou descuido;
falta de honestidade;
inadvertência do problema;
organização defeituosa;
d) Conseqüências: identificações detalhadas dos efeitos provocados pelo fato ocorrido. São os
fatos que demonstram a necessidade de ações corretivas em aposta aos problemas
identificados. Sempre que possível, o relatório de auditoria deve expressar a conseqüência
quantificada em valores monetários ou em outra unidade de medida. As conseqüências mais
típicas, conforme a OLACEFS, são:
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APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE AUDITORIA
gastos indevidos;
desmoralização do pessoal.
Acompanhamento De Auditoria
Após a discussão dos achados e da entrega do relatório de auditoria, o auditor deve acompanhar
a aceitação de suas recomendações, de modo a garantir a eficácia do seu trabalho. A fase do
acompanhamento normalmente é realizada no transcurso da auditoria subseqüente, na fase do
planejamento, e consiste na ação proativa do auditor, objetivando contribuir para o
aprimoramento das operações do auditado.
Não existe na doutrina auditorial a descrição dos procedimentos que devem ser adotados no
transcurso dessa fase. Contudo, prevalecem todos os requisitos e atributos que o auditor deve
seguir, quando da realização dos seus exames.
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DOMINA CONCURSOS
3. conferir se os saldos dos bancos constantes no balancete contábil estão em conformidade com os
extratos bancários e/ou conciliações apresentadas pela empresa;
5. analisar em um determinado mês ou alguns dias, por amostragem, os documentos de suporte dos
registros constantes na conta bancos conta movimento;
6. verificar se nos meses seguintes, ao do encerramento do balancete e balanço existem despesas pagas
de meses ou ano anteriores e que estão sendo contabilizadas pelo pagamento, mas devem ser
contabilizadas pelo período de Competência, tais como:
Juros e Encargos financeiros da conta corrente e conta garantida, bem como despesas bancárias;
Outras despesas referentes aos meses de novembro e dezembro, pagas somente no ano seguinte, as
quais deve ser contabilizadas no mês de sua competência.
Recomendar o ajuste, de modo que a empresa observe o regime de competência. Esse procedimento fará
com que a empresa pague menos IRPJ e CSSL.
A Lei das Sociedades por Ações estabelece, que no Ativo as contas serão dispostas em ordem
decrescente de grau de liquidez e, dentro desse conceito, as contas de Disponibilidades são as primeiras a
serem apresentadas no Balanço, dentro do Ativo Circulante.
A intitulação Disponibilidade, dada pela lei, é usada para designar dinheiro em caixa e bancos, bem como
valores equivalentes, como cheques em mãos e em trânsito que representam recursos com livre
movimentação para aplicação nas operações da empresa e que não haja restrições de uso imediato.
As normas internacionais trabalham mais com o conceito de Caixa e Equivalentes de Caixa, o que engloba,
além das disponibilidades propriamente ditas, valores que possam ser convertidos em dinheiro, no curto
prazo, sem riscos. Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender compromissos de
curto prazo e devem ter conversibilidade imediata em um montante conhecido de caixa.
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DOMINA CONCURSOS
um equivalente de caixa, como por exemplo, os casos de ações preferenciais resgatáveis que tenham
prazo definido de resgate e cujo prazo atenda à definição de curto prazo.
Dentro desse conceito, as aplicações em títulos de liquidez imediata e aplicações financeiras resgatáveis
aproximadamente no prazo de 90 dias da data do balanço são também classificáveis como equivalentes de
caixa, todavia, devendo ser mostradas em conta à parte.
Em função desse conteúdo básico, as contas de Disponibilidades são apresentadas como segue:
ATIVO CIRCULANTE
DISPONIBILIDADES
· Caixa
· Numerários em trânsito
Conteúdo e classificação
· Caixa
Inclui dinheiro, cheques em mãos recebidos e ainda não depositados, pagáveis sem restrição e
imediatamente. Há basicamente dois tipos de controle da conta Caixa, o Fundo fixo e o Caixa flutuante.
No Fundo fixo, define-se uma quantia fixa que é fornecida ao responsável pelo fundo, para pagamento de
pequenas despesas. No Caixa flutuante, transitam pela conta caixa todos os recebimentos e pagamentos
em dinheiro.
São representados normalmente pelas contas de livre movimentação mantidas pela empresa em bancos.
Podem ser: conta movimento ou depósitos sem limites, contas especiais para pagamentos específicos
(exemplo: folha de pagamento) e contas especiais de cobrança.
· Numerário em trânsito
São decorrentes de remessas para filiais, depósitos ou semelhantes, por meio de cheques, ordem de
pagamento etc. E o recebimento desta mesma espécie, ou ainda de clientes ou terceiros, quando
conhecidos até a data do balanço.
Critérios de avaliação
As contas do Disponível não representam problemas de avaliação. São registradas pelo valor nominal
constante dos documentos correspondentes às respectivas transações, tais como dinheiro, cheques,
avisos bancários, recibos de depósitos etc., desde que satisfeita às condições de classificação já
mencionadas.
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Testes Em Auditoria
Um dos principais aspectos em trabalhos de auditoria é a correta aplicação de testes para que o
auditor obtenha maior segurança na emissão de sua opinião demonstrada através do parecer.
Considerando que atualmente é praticamente impossível a verificação da totalidade das operações
de uma organização, é imprescindível a realização do trabalho baseado em testes de auditoria.
Diante desta situação, abordaremos neste artigo os tipos de testes que a doutrina relativa ao assunto
consagrou como sendo os adequados, fornecendo aos leitores uma visão com aplicação prática
desta importante ferramenta da auditoria.
Introdução
Considerando que a atividade de auditoria não se propõe a verificar a totalidade dos fatos ocorridos
em uma organização, pois caso isto ocorresse necessitaria de um contingente muito grande de
pessoas, e provavelmente os resultados levariam muito tempo para serem repassados aos
interessados, a auditoria necessitar fazer revisão à base de testes.
Estes testes podem ter um componente estatístico, ou não, dependendo dos objetivos que o auditor
esteja perseguindo.
Quando falamos em controle, o assunto é do domínio através do senso comum, uma vez que todos
nós temos algum tipo de controle em nossas vidas, evitando o desperdício de recursos.
Na fase inicial do desenvolvimento das técnicas de auditoria, surgiram muitas dúvidas, principalmente
relacionadas com a amplitude dos testes. A principal delas era a seguinte: O auditor para dar sua
opinião sobre um determinado fato teria que examinar todos os lançamentos contábeis/operações
referentes àquilo que está sendo examinado?
Em primeiro lugar, o auditor deve se preocupar com erros que, individualmente ou cumulativamente,
possam levar a uma interpretação errônea de um fato, por parte de quem os está analisando.
Portanto, o valor desses erros teria de ser significativo em relação às operações.
O risco da ocorrência de erros em uma empresa que possuí um bom sistema de controle interno, é
muito menor do que uma empresa com um sistema de controle interno ruim. O auditor utiliza o
sistema de controle interno da empresa para determinar a amplitude dos testes de auditoria.
Estes testes serão abordados agora, procurando demonstrar a caracterização de cada um deles, bem
como a oportunidade de empregá-los nas atividades de auditoria.
De acordo com CREPALDI (2000), inclusive ratificada por instruções do Conselho Federal de
Contabilidade, existem globalmente dois tipos de testes em auditoria, a saber:
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Teste De Observância
A aplicação destes testes requer muita atenção e acuidade do auditor, e normalmente são aplicados
sem que os envolvidos no processo auditado percebam, pois caso isto fosse notado, certamente
fariam o correto, pelo menos na frente do auditor.
Teste Substantivos
Este tipo de teste é empregado pelo auditor quando ele deseja obter provas suficientes e
convincentes sobre as transações, que lhe proporcionem fundamentação para a sua opinião a cerca
de determinados fatos.
– Avaliação e aferição: que os itens que compõem determinada transação/registro tenham sido
avaliados e aferidos corretamente.
Os testes substantivos são imprescindíveis em trabalhos de auditoria uma vez que é através da
aplicação correta destes que o auditor obtém evidências sobre os saldos, e ou transações
apresentadas pela empresa.
Renomados autores de auditoria têm debatido sobre a extensão dos exames que devem ser
realizados, sem no entanto terem chegado a conclusões pacíficas no que tange a abrangência dos
testes.
Uma questão tão controversa como esta, é pendente de uma série de variáveis que influenciam nos
exames de auditoria, tais como: número de transações, número de auditores, tempo da auditoria,
relevância dos itens a examinar entre vários outros fatores.
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Revisão integral;
Revisão analítica.
Revisão Integral
Este tipo de verificação compreende o exame de todos os registros, bem como a análise de todos
os controles internos de uma entidade que respaldaram determinada transação.
Equivale a uma perícia quanto a sua abrangência, e é praticamente impossível ser aplicada por
auditores externos, e raramente é aplicada por auditores internos.
O custo de uma auditoria desta natureza tem valor elevado, considerando que uma equipe de
auditores estaria o tempo todo se dedicando ao exame de uma única área, o que é muito raro
acontecer.
Este tipo de auditoria aplica-se mais quando há indícios de fraudes, onde aí sim deve ser examinada
a totalidade das operações, buscando identificar o “modus operandi” de como a fraude se processa
na organização.
A auditoria por testes, ou por amostragem, compreende o exame de determinada porcentagem dos
registros, dos documentos ou dos controles, considerada suficiente para que o auditor faça seu juízo
sobre a exatidão e a legitimidade dos elementos examinados.
A profundidade dos exames é determinada pelo auditor, e varia de acordo com a maior ou menor
confiança que ele deposita no sistema de controles internos da empresa.
O que distingue a revisão integral da auditoria por testes, é a amostragem, considerando que quando
as empresas eram menores, e com poucas operações era possível a verificação de 100% das
transações, fato que hoje em dia é muito raro em razão do custo da auditoria, da complexidade e
volume das operações.
Nos testes de auditoria realizados por amostragem, o auditor poderá utilizar-se da amostragem
estatística ou aleatória, dependendo das circunstâncias e finalidades dos exames que serão
realizados.
Por amostragem estatística, entende-se àquelas que necessitam de cálculos tais como: média,
mediana, moda, desvio padrão, regressão linear, entre outros elementos da estatística na aplicação
dos cálculos de amostragem.
Revisão Analítica
Quando o auditor constata a existência de alguma deficiência relevante nos controles internos, ou
quando através de teste de auditoria, ele detecta erros nos registros contábeis ou na documentação
em que ele se apóia, sentindo a necessidade de aprofundamento em seus exames, ele estará
aplicando procedimentos de revisão analítica.
A revisão analítica consiste no exame profundo e minucioso de todo o fluxo de controles internos e de
exame analítico das operações de determinada natureza ou de certo período do ano, neste caso
confundindo-se com a revisão integral.
A revisão analítica de todas as transações de um período pode consistir, por exemplo, na conferência
de todos os documentos de caixas e bancos confrontando os registros contábeis com os documentos
originais, a fim de constar possíveis irregularidades.
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
A revisão analítica constitui uma forma essencial de teste substantivo. As técnicas empregadas
constam de análises de flutuações, de índices financeiros, de tendências, dentre outros indicativos,
utilizando-se principalmente de técnicas empregadas em análise das demonstrações financeiras.
Para que o assunto torne-se amistoso para iniciantes, procuraremos explorar o tema com pequenos
exemplos, os quais serão a seguir explorados.
Existe um procedimento interno estabelecido por uma empresa, que prevê que a cada recepção de
mercadorias/produtos, o responsável pelo almoxarifado confronte os dados da nota fiscal de compra
com a ordem de compra.
Quando o auditor constata que há o confronto da nota com o pedido, ele está aplicando o teste de
observância, porém não está sendo levado em consideração, se de fato está existindo a conferência
dos dados dos documentos correlacionados, fato este que se aplicado pelo auditor, enquadra-se na
segunda categoria de testes, os quais recebem o nome de testes substantivos.
Em uma outra situação, por exemplo, o auditor acompanha a rotina de registro de um colaborador,
observando que há o cumprimento das obrigações trabalhistas, porém somente poderá verificar se
esta contratação atende às normas internas, se aplicados os testes substantivos. Neste sentido,
poderia haver a contratação de uma pessoa que era parente de funcionários da empresa, onde a
legislação trabalhista não faz óbice à esta situação, porém poderia estar indo contrário a
determinações internas, caso fosse proibida contratações desta natureza.
O equilíbrio a ser atingido na combinação dos testes de observância com os testes substantivos
depende de diversos fatores e circunstâncias. Entretanto, as seguintes generalizações são
apropriadas na maioria dos casos:
– Se os controles internos são fortes, a combinação dos procedimentos normalmente deve favorecer
os testes de observância e os testes substantivos analíticos;
– Se os controles internos são fracos, a combinação dos procedimentos deve normalmente favorecer
os testes substantivos mais extensos, tanto os analíticos como os de detalhes;
– O tamanho da amostragem de todos os testes normalmente deve ser maior quando os controles
internos são fracos.
Conceituação
Técnicas de auditoria são o conjunto de investigações empregadas pelo auditor para reunir todas as
evidências necessárias para a emissão de um parecer bem fundamentado. As técnicas não são
provas entre si: elas proporcionam a obtenção das provas necessárias para o auditor emitir sua
opinião.
Todo o trabalho de auditoria é sustentado por um conjunto de normas técnicas que recebem o nome
de Normas de Auditoria Geralmente Aceitas no Brasil ou Normas Usuais de Auditoria.
Procedimentos De Auditoria
São o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e
adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas, e abrangem
testes de observância e testes substantivos.
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Objetivos
Responsabilidade Do Auditor
Quando a correlação puder ser verificada relativamente á fonte externa, ela proporciona maior grau
de confiança do que quando verificada na própria empresa;
O conhecimento direto e pessoal, obtido pelo auditor por meio de verificações físicas, observações,
cálculos e inspeções, oferece maior segurança do que as informações colhidas indiretamente.
“A opinião formada pelo auditor precisa estar apoiada em bases sólidas, alicerçada em fatos
comprovados, evidências factuais e informações irrefutáveis”.
Dessa forma, o auditor precisa adotar algumas posturas, tais como:
Ser seu próprio controlador-atuar como fiel da balança, não chegar a conclusões precipitadas devido
à falta de substância das provas colhidas ou à interferência de pontos de vista diferentes dos seus.
Cada prova obtida tem que ser adequadamente pesada-avaliar cada elemento quanto à sua
objetividade, importância, validade e confiabilidade.
Obtenção de provas-a dificuldade ou o custo da prova a ser obtida não deve ser impedimentos para
não obtê-la, a menos que o auditor a julgue desnecessária. Caso obtenha provas concretas
suficientes que o convençam, tem que estar seguro para convencer, por outro lado, pessoas que não
estejam ligadas ao fato.
Extensão E Profundidade
A complexidade e o volume das operações realizadas pelas empresas fazem com que os
procedimentos de auditoria sejam aplicados por meio de provas seletivas, testes e amostragem.
Dessa forma, cabe ao auditor, com base nos elementos de juízos de que disponha, determinar o
número e a profundidade de operações a serem examinadas, de forma a obter elementos de
convicção que sejam válidos para o todo.
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Os seguintes elementos devem ser analisados pelo auditor para exercer seu juízo à luz de elementos
palpáveis:
O uso de amostragem estatística têm sido, em alguns casos, considerado vantajoso. O emprego
dessa prática não restringe o julgamento do auditor, mas fornece fórmulas estatísticas para a
medição dos resultados obtidos, que, de outro modo, poderiam não ser considerados.
Os padrões reconhecidos de auditoria exigem que, em cada exame, o nível do trabalho seja
adequado para fundamentar um parecer competente. Isso não significa que o nível de teste em
profundidade e extensão deva ser o mesmo, para cada caso, tampouco significa que deva ser igual
de um ano para outro.
Oportunidade
Técnicas De Auditoria
Para colher as evidências que lhe proporcionem atestar a fidedignidade das demonstrações
contábeis, o auditor emprega vários métodos, chamados de técnicas de auditoria.
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Dessa forma, o exame físico compreende contagem, identificação, verificação de pleno uso e
qualidade do bem. A efetividade de aplicação dessa técnica limitada a bens corpóreos ou que
possam ser objeto de qualquer prova tangível de sua existência. Sua utilidade abrange a coleta de
evidências sobre os bens integrantes do ativo permanente, estoques, numerários em mãos, títulos
negociáveis e outros valores mobiliários.
A existência física serve para determinar que os registros contábeis estão corretos e seus valores
adequados, em função da qualidade do item examinado.
É utilizado pelo auditor para confirmar, por meio de correspondência (carta), bens de propriedade da
empresa em poder de terceiros, direitos a receber e obrigações.
O documento com a declaração deve seguir diretamente para o auditor, sem interferência da
empresa auditada. O pedido de informações a fonte externa deve ser preparado por um funcionário
da empresa, sob a atenta supervisão do auditor. Essa técnica permite reunir evidências sobre a
fidedignidade dos saldos das contas a receber e a pagar, saldos bancários, contas de empréstimos,
estoques em poder de terceiros, passivos contingentes, coberturas de seguros e credores em geral.
Data-base de confirmação;
Amplitude do teste de confirmação;
Tipo de confirmação a ser empregado.
O auditor seleciona os saldos sobre os quais ele julga necessário obter confirmação. São usados
formulários impressos para os pedidos de confirmações. O cliente prepara as cartas com o pedido de
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
confirmação, assina e as envia ao auditor, para aprovação final. O auditor confere o nome da fonte
externa, endereço, valores e outros detalhes, de forma a evitar qualquer problema que possa
provocar resposta incorreta.
O auditor coloca a carta no envelope com os dados do destinatário, tendo cuidado de indicar seu
endereço como remetente, para a eventualidade de devolução por incorreção de endereço ou nome
da fonte consultada. O auditor também põe a correspondência no correio, tarefa esta que pode ser
deixada por conta do cliente.
O auditor deve anexar ao pedido de confirmação um envelope de porte pago, contendo seu nome e
endereço, para assegurar que a resposta será enviada diretamente a seu escritório, sem qualquer
interceptação.
Ao receber as respostas, o auditor concilia as informações assim obtidas com os registros contábeis
do cliente, analisando minunciosamente qualquer discrepância.
A falta de resposta pode ensejar a repetição do pedido. Persistindo o fato, o auditor após autorização
do cliente, pode dirigir-se pessoalmente à fonte externa, afim de obter a confirmação desejada.
As confirmações de contas do ativo indicam sempre o valor do saldo na conta desejada, de acordo
com os registros do cliente e sua composição, solicitando-se à fonte externa confirmação para estes
dados. As circularizações de contas passivas não devem trazer indicação do valor devido conforme
os livros, ou a natureza do débito, solicitando à fonte externa que preste esse tipo de informação.
Tipos De Confirmação
Circularização positiva; e
Circularização negativa
Após a seleção dos itens a serem confirmados, o auditor deve exercer controle rigoroso quanto ao
despacho dos pedidos de confirmação e o efetivo recebimento das respostas. Dessa forma, o auditor
deve manter as seguintes informações:
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Revisão detalhada pelo auditor, da datilografia, quanto ao nome e endereço da pessoa selecionada,
data-base do pedido de confirmação e as assinaturas autorizadas.
Envelopamento das circulares, colocação do envelope de retorno (carta resposta porte pago),
selagem e postagem;
Com relação à confirmação positiva, o auditor deve envidar esforços para a obtenção de uma
resposta, utilizando o 1º pedido de confirmação, o 2º pedido de confirmação ou a confirmação
pessoal pessoal junto à empresa da qual se queira resposta.
Trata-se de procedimento voltado para a comprovação das transações, que por exigências legais,
comerciais ou de controle são evidenciadas pro documentos comprobatórios destas transações.
Tipos De Documentos
Relatório de despesas;
Boletim de caixa
Mapas demonstrativos (apropriação de custos, depreciação, amortização etc)
Requisição de compras;
Mapa de licitação de compras;
Registro de empregados;
Folha de pagamento;
Livros sociais (atas de reunião de acionistas, conselho de administração, diretoria e conselho fiscal)
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
O exame realizado pelo auditor sobre tais documentos deve atender às seguintes condições:
Nos casos de documentos oficiais, contratos e escrituras, verificará se existe o registro em órgão
competente, que lhe dá validade insuspeita.
Inspeção
Tendo contato íntimo com os documentos, o auditor adquire conhecimento importante sobre os
negócios realizados pela empresa, o que lhe permite identificar situações não usuais ou
problemáticas, com certa antecipação. Muitos enganos e irregularidades são descobertos durante a
aplicação desta importante técnica de coleta de evidências.
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AMOSTRAGEM
Amostragem
11.11.1.1. Esta norma tem por objetivo estabelecer a obrigatoriedade, os procedimentos e os critérios
para planejar e selecionar amostra de itens a serem examinados pelo auditor.
11.11.2.1.1. A amostra selecionada pelo auditor deve ter relação direta com o volume de transações
realizadas pela entidade na área ou na transação objeto de exame, como também com os efeitos nas
posições patrimonial e financeira da entidade e o resultado por ela obtido no período.
c) a estratificação da população;
d) o tamanho da amostra;
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AMOSTRAGEM
e) o risco da amostragem;
f) o erro tolerável; e
g) o erro esperado.
11.11.2.3. População
11.11.2.3.1. A população é a totalidade dos dados do qual o auditor deseja tirar a amostra para
chegar a uma conclusão.
11.11.2.3.2. O auditor precisa determinar se a população da qual a amostra vai ser extraída é
apropriada para o objetivo de auditoria específico. Se o objetivo do auditor for testar a existência de
superavaliação de contas a receber, a população pode ser definida como a listagem de contas a
receber. Por outro lado, se o objetivo for testar a existência de subavaliação de contas a pagar, a
população não deve ser a listagem de contas a pagar, mas, sim, pagamentos subseqüentes, faturas
não-pagas, extratos de fornecedores, relatórios de recebimentos de mercadorias ou outras
populações que forneceriam evidência de auditoria de que as contas a pagar estariam subavaliadas.
11.11.2.3.3. Cada item que compõe a população é conhecido como unidade de amostragem. A
população pode ser dividida em unidades de amostragem de diversos modos.
11.11.2.3.4. O auditor define a unidade de amostragem para obter uma amostra eficiente e eficaz
para atingir os objetivos de auditoria em particular. No caso, se o objetivo do auditor for testar a
validade das contas a receber, a unidade de amostragem pode ser definida como saldos de clientes
ou faturas de clientes individuais.
11.11.2.4. Estratificação
11.11.2.4.1. Para auxiliar no planejamento eficiente e eficaz da amostra, pode ser apropriado usar
estratificação, que é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada qual contendo um
grupo de unidades de amostragem com características homogêneas ou similares.
11.11.2.4.2. Os estratos precisam ser, explicitamente, definidos, de forma que cada unidade de
amostragem somente possa pertencer a um estrato.
11.11.2.4.3. Este processo reduz a possibilidade de variação dos itens de cada estrato. Portanto, a
estratificação permite que o auditor dirija esforços de auditoria para os itens que contenham maior
potencial de erro, por exemplo, os itens de maior valor que compõem o saldo de contas a receber,
para detectar distorções relevantes por avaliação a maior. Além disso, a estratificação pode resultar
em amostra com tamanho menor.
WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 2
AMOSTRAGEM
11.11.2.4.5. Assim, por exemplo, dependendo da distribuição dos valores a receber, mediante a
validação da totalidade dos saldos do subconjunto (a) 50% de (b); 20% de (c); e 5% de (d), pode-se,
hipoteticamente, encontrar que 80% dos valores de contas a receber são susceptíveis de validação,
examinando 20% da população.
11.11.2.5.3. Para que a conclusão a que chegou o auditor, utilizando uma amostra, seja corretamente
planejada para aplicação à população é necessário que a amostra seja:
a) representativa da população;
11.11.2.6.1. O risco de amostragem surge da possibilidade de que a conclusão do auditor, com base
em uma amostra, possa ser diferente da conclusão que seria alcançada se toda a população
estivesse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.
11.11.2.6.2. O auditor está sujeito ao risco de amostragem nos testes de observância e testes
substantivos, sendo:
1) Testes De Observância:
2) Testes Substantivos:
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AMOSTRAGEM
de auditoria sobre a amostra leve à conclusão de que o saldo de uma conta ou classe de transações
registradas não está, relevantemente, distorcido, mas, efetivamente, está.
11.11.2.6.4. O tamanho da amostra é afetado pelo nível do risco de amostragem que o auditor está
disposto a aceitar dos resultados da amostra. Quanto mais baixo o risco que o auditor estiver
disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.
11.11.2.7.1. Erro tolerável é o erro máximo na população que o auditor está disposto a aceitar e,
ainda assim, concluir que o resultado da amostra atingiu o objetivo da auditoria. O erro tolerável é
considerado durante o estágio de planejamento e, para os testes substantivos, está relacionado com
o julgamento do auditor sobre relevância. Quanto menor o erro tolerável, maior deve ser o tamanho
da amostra.
11.11.2.8.1. Se o auditor espera que a população contenha erro, é necessário examinar uma amostra
maior do que quando não se espera erro, para concluir que o erro real da população não excede o
erro tolerável planejado.
11.11.2.8.2. Tamanhos menores de amostra justificam-se quando se espera que a população esteja
isenta de erros. Ao determinar o erro esperado em uma população, o auditor deve considerar
aspectos como, por exemplo, os níveis de erros identificados em auditorias anteriores, mudança nos
procedimentos da entidade e evidência obtida na aplicação de outros procedimentos de auditoria.
11.11.3.1.1. O auditor deve selecionar itens de amostra de tal forma que se possa esperar que a
mesma seja representativa da população. Este procedimento exige que todos os itens da população
tenham a mesma oportunidade de serem selecionados.
11.11.3.1.2. Com a finalidade de evidenciar os seus trabalhos, a seleção de amostra deve ser
documentada pelo auditor e considerar:
a) o grau de confiança depositada sobre o sistema de controles internos das contas, classes de
transações ou itens específicos;
b) a base de seleção;
c) a fonte de seleção; e
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AMOSTRAGEM
11.11.3.2.1. Seleção aleatória ou randômica é a que assegura que todos os itens da população ou do
estrato fixado tenham idêntica possibilidade de serem escolhidos.
11.11.3.3.1. Seleção sistemática ou por intervalo é aquela em que a seleção de itens é procedida de
maneira que haja sempre um intervalo constante entre cada item selecionado, seja a seleção feita
diretamente da população a ser testada, ou por estratos dentro da população.
11.11.3.3.2. Ao considerar a seleção sistemática, o auditor deve observar as seguintes normas para
assegurar uma amostra, realmente, representativa da população:
b) que os itens da população não estejam ordenados de modo a prejudicar a casualidade de sua
escolha.
11.11.3.3.3. Se usar seleção sistemática, o auditor deve determinar se a população não está
estruturada de tal modo que o intervalo de amostragem corresponda a um padrão, em particular, da
população. Por exemplo, se em cada população de vendas realizadas por filiais, as vendas de uma
filial, em particular, ocorrerem somente como cada 100º item e o intervalo de amostragem
selecionado for 50, o resultado seria que o auditor teria selecionado a totalidade ou nenhuma das
vendas da filial em questão.
11.11.3.4.1. Seleção casual pode ser uma alternativa aceitável para a seleção, desde que o auditor
tente extrair uma amostra representativa da população, sem intenção de incluir ou excluir unidades
específicas.
11.11.3.4.2.Quando utilizar esse método, o auditor deve evitar a seleção de uma amostra que seja
influenciada, por exemplo, com a escolha de itens fáceis de localizar, uma vez que esses itens podem
não ser representativos.
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AMOSTRAGEM
11.11.4.2.2. Quando não for possível obter a evidência de auditoria esperada sobre um item de
amostra específico, o auditor deve obter evidência de auditoria suficiente e apropriada por meio da
execução de procedimentos alternativos. Exemplificando: se uma confirmação positiva de contas a
receber tiver sido solicitada e nenhuma resposta tiver sido recebida, talvez o auditor possa obter
evidência de auditoria suficiente e apropriada de que as contas a receber são válidas, revisando os
pagamentos subseqüentes efetuados pelos clientes.
11.11.4.2.4. O auditor também deve considerar os aspectos qualitativos dos erros. Esses aspectos
incluem a natureza e a causa do erro e o possível efeito do erro sobre outras fases da auditoria.
11.11.4.2.5. Ao analisar os erros descobertos, é possível que o auditor observe que muitos têm
características comuns, por exemplo, tipo de transação, localização, linha de produtos ou período de
tempo. Nessas circunstâncias, o auditor pode decidir identificar todos os itens da população que
tenham características comuns, produzindo, deste modo, uma subpopulação, e decidir ampliar os
procedimentos de auditoria nessa área. Então, o auditor deve executar análise separada com base
nos itens examinados para cada subpopulação.
11.11.4.3.1. O auditor deve extrapolar os resultados dos erros da amostra para a população da qual
foi selecionada.
11.11.4.3.2. Existem diversos métodos aceitáveis para extrapolar os resultados de erros. Entretanto,
em todos os casos, o método de extrapolação precisa ser consistente com o método usado para
selecionar a amostra.
11.11.4.4.1. O auditor deve considerar se os erros projetados pela extrapolação para a população
podem exceder o erro tolerável, levando-se em conta os resultados de outros procedimentos de
auditoria.
11.11.4.4.2. O erro projetado para a população deve ser considerado em conjunto com os demais
erros identificados durante a auditoria.
11.11.4.4.3. Quando o erro projetado exceder o erro tolerável, o auditor deve reconsiderar sua
avaliação anterior do risco de amostragem e, se esse risco for inaceitável, considerar a possibilidade
de ampliar o procedimento de auditoria ou executar procedimentos de auditoria alternativos.
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AMOSTRAGEM
11.11.5. Sanções
11.11.5.1. A inobservância desta norma constitui infração disciplinar sujeita às penalidades previstas
nas alíneas "c", "d" e "e" do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, e, quando
aplicável, ao Código de Ética do Profissional Contabilista.
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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA
D.O.U.: 03.12.2009
CONSIDERANDO que a IFAC, como parte do serviço ao interesse público, recomenda que seus
membros e associados realizem a tradução das suas normas internacionais e demais publicações;
CONSIDERANDO que mediante acordo firmado entre as partes, a IFAC autorizou, no Brasil, como
tradutores das suas normas e publicações, o Conselho Federal de Contabilidade e o IBRACON -
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil;
CONSIDERANDO que a IFAC, conforme cessão de direitos firmado, outorgou aos órgãos tradutores
os direitos de realizar a tradução, publicação e distribuição das normas internacionais impressas e em
formato eletrônico, resolve:
Art. 1º Aprovar a NBC TA 200 - "Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria
em Conformidade com Normas de Auditoria", elaborada de acordo com a sua equivalente
internacional ISA 200.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor nos exercícios iniciados em ou após 1º. de janeiro de 2010.
Art. 4º Observado o disposto no artigo anterior, ficam revogadas, a partir de 1º. de janeiro de 2010, as
Resoluções CFC nºs 820/97, 830/98, 836/99, 953/03, 981/03, 1.012/05, 1.022/05, 1.024/05, 1.029/05,
1.035/05, 1.036/05, 1.037/05, 1.038/05, 1.039/05, 1.040/05 e 1.054/05, publicadas no D.O.U., Seção
I, de 21/1/98, 21/12/98, 2/3/99, 3/2/03, 11/11/03, 25/1/05, 22/4/05, 9/5/05, 6/7/05, 22/9/05, 22/9/05,
22/9/05, 22/9/05, 22/9/05, 22/9/05 e 8/11/05, respectivamente.
Introdução
Alcance
1. Esta Norma de Auditoria trata das responsabilidades gerais do auditor independente na condução
da auditoria de demonstrações contábeis em conformidade com as normas brasileiras e
internacionais de auditoria. Nesta Norma e em outras normas elas estão substancialmente
apresentadas pela sua sigla "NBC TA". Especificamente, ela expõe os objetivos gerais do auditor
independente e explica a natureza e o alcance da auditoria para possibilitar ao auditor independente
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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA
o cumprimento desses objetivos. Ela também explica o alcance, a autoridade e a estrutura das NBC
TAs e inclui requisitos estabelecendo as responsabilidades gerais do auditor independente aplicáveis
em todas as auditorias, inclusive a obrigação de atender todas as NBC TAs. Doravante, o "auditor
independente" é denominado o "auditor".
2. As NBC TAs são escritas no contexto da auditoria de demonstrações contábeis executada por um
auditor. Elas devem ser adaptadas conforme necessário às circunstâncias, quando aplicadas a
auditorias de outras informações contábeis históricas. As NBC TAs não endereçam as
responsabilidades do auditor que possam existir numa legislação, regulamentação ou de outra forma,
por exemplo, como em conexão com uma oferta pública de títulos. Essas responsabilidades podem
ser diferentes daquelas estabelecidas pelas NBC TAs. Dessa forma, enquanto o auditor pode
encontrar aspectos nas NBC TAs que o apoiem nessas circunstâncias, é responsabilidade do auditor
garantir cumprimento de todas as obrigações legais, regulatórias e profissionais.
3. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos
usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com
uma estrutura de relatório financeiro aplicável. No caso da maioria das estruturas conceituais para
fins gerais, essa opinião expressa se as demonstrações contábeis estão apresentadas
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro. A auditoria conduzida em conformidade com as normas de auditoria e exigências éticas
relevantes capacita o auditor a formar essa opinião (ver item A1).
5. Como base para a opinião do auditor, as NBC TAs exigem que ele obtenha segurança razoável de
que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante,
independentemente se causadas por fraude ou erro. Asseguração razoável é um nível elevado de
segurança. Esse nível é conseguido quando o auditor obtém evidência de auditoria apropriada e
suficiente para reduzir a um nível aceitavelmente baixo o risco de auditoria (isto é, o risco de que o
auditor expresse uma opinião inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção
relevante). Contudo, asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança porque há
limitações inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a maioria das evidências de
auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião, é persuasiva e não conclusiva (ver
itens A28 a A52).
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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA
7. A estrutura das NBC TAs contempla uma introdução, os objetivos, os requisitos e uma seção
contendo aplicação e outros materiais explicativos que se destinam a dar suporte ao auditor na
obtenção de segurança razoável. Quando necessário, elas são complementadas com Apêndices. As
NBC TAs exigem que o auditor exerça o julgamento profissional e mantenha o ceticismo profissional
ao longo de todo o planejamento e na execução da auditoria e, entre outras coisas:
Obtenha evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se existem distorções relevantes
por meio do planejamento e aplicação de respostas (procedimentos de auditoria) apropriadas aos
riscos avaliados.
Forme uma opinião a respeito das demonstrações contábeis com base em conclusões obtidas das
evidências de auditoria obtidas.
8. A forma da opinião expressa pelo auditor depende da estrutura de relatório financeiro aplicável e
de lei ou regulamento aplicáveis (ver itens A12 e A13).
Data De Vigência
10. Esta Norma é aplicável para auditorias de demonstrações contábeis para períodos iniciados em
ou após 1º de janeiro de 2010.
(a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim que o
auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; e
(b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC
TAs, em conformidade com as constatações do auditor.
12. Em todos os casos em que não for possível obter segurança razoável e a opinião com ressalva
no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender aos usuários previstos das
demonstrações contábeis, as NBC TAs requerem que o auditor se abstenha de emitir sua opinião ou
renuncie ao trabalho, quando a renúncia for possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável.
Definições
13. Para fins das NBC TAs, os seguintes termos possuem os significados atribuídos a seguir:
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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA
(i) reconhece explícita ou implicitamente que, para conseguir a apresentação adequada das
demonstrações contábeis, pode ser necessário que a administração forneça divulgações além das
especificamente exigidas pela estrutura; ou
(ii) reconhece explicitamente que pode ser necessário que a administração se desvie de uma
exigência da estrutura para conseguir a apresentação adequada das demonstrações contábeis.
Espera-se que tais desvios sejam necessários apenas em circunstâncias extremamente raras.
Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões
em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos
registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações. Para fins das
NBC TAs:
Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando
as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos
riscos de distorção relevante e do risco de detecção.
Auditor é usado em referência à pessoa ou pessoas que conduzem a auditoria, geralmente o sócio do
trabalho ou outros integrantes da equipe do trabalho, ou, como aplicável, à firma. Quando uma NBC
TA pretende expressamente que uma exigência ou responsabilidade seja cumprida pelo sócio do
trabalho, usa-se o termo "sócio do trabalho" ao invés de auditor. "Sócio do trabalho" e "firma" devem
ser lidos como se referindo a seus equivalentes no setor público, quando for relevante.
Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de
auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser
relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções.
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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA
distorções podem originar-se de erro ou fraude. Quando o auditor expressa uma opinião sobre se as
demonstrações contábeis foram apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, as
distorções também incluem os ajustes de valor, classificação, apresentação ou divulgação que, no
julgamento do auditor, são necessários para que as demonstrações contábeis estejam apresentadas
adequadamente, em todos os aspectos relevantes.
(i) pela elaboração das demonstrações contábeis em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro aplicável, incluindo quando relevante sua apresentação adequada;
(ii) pelo controle interno que os administradores e, quando apropriado, os responsáveis pela
governança, determinam ser necessário para permitir a elaboração de demonstrações contábeis que
estejam livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro;
c. acesso irrestrito àqueles dentro da entidade que o auditor determina ser necessário obter
evidências de auditoria.
No caso de uma estrutura de apresentação adequada, o item (i) acima pode ser redigido como "pela
elaboração e apresentação adequada das demonstrações contábeis em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro", ou "pela elaboração de demonstrações contábeis que propiciem
uma visão verdadeira e justa em conformidade com a estrutura de relatório financeiro". Isso se aplica
a todas as referências à elaboração e apresentação das demonstrações contábeis nas normas de
auditoria.
Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que
possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de
auditoria.
(i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou
divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras
distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados;
(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma
classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo
controle interno da entidade.
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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA
Requisitos
14. O auditor deve cumprir as exigências éticas relevantes, inclusive as pertinentes à independência,
no que se refere aos trabalhos de auditoria de demonstrações contábeis (ver itens A14 a A17).
Ceticismo Profissional
15. O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, reconhecendo que
podem existir circunstâncias que causam distorção relevante nas demonstrações contábeis (ver itens
A18 a A22).
Julgamento Profissional
17. Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente
para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar a ele obter
conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião (ver itens A28 a A52).
18. O auditor deve observar todas as NBC TAs relevantes para a auditoria. Uma NBC TA é relevante
para a auditoria quando ela está em vigor e as circunstâncias tratadas nela existem na situação
específica (ver itens A53 a A57).
19. O auditor deve entender o texto inteiro de cada NBC TA, inclusive sua aplicação e outros
materiais explicativos para entender os seus objetivos e aplicar as suas exigências adequadamente
(ver itens A8 a A66).
20. O auditor não deve declarar conformidade com as normas de auditoria (brasileiras e
internacionais) no seu relatório, a menos que ele tenha cumprido com as exigências desta Norma e
de todas as demais NBC TAs relevantes para a auditoria.
21. Para atingir os objetivos gerais do auditor, ele deve utilizar os procedimentos estabelecidos nas
NBC TAs relevantes ao planejar e executar a auditoria, considerando as inter-relações entre as NBC
TAs, para (ver itens A67 a A69):
(a) determinar se são necessários quaisquer procedimentos de auditoria, além dos exigidos pelas
NBC TAs, na busca dos objetivos formulados nas NBC TAs (ver item A70); e
(b) avaliar se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente (ver item A71).
22. Observado o disposto no item 23, o auditor deve cumprir com cada exigência de uma NBC TA, a
menos que, nas circunstâncias da auditoria:
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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA
(b) a exigência não seja relevante por ser condicional e a condição não existir (ver itens A72 a A73).
23. Em circunstâncias excepcionais, o auditor pode julgar necessário não considerar uma exigência
relevante em uma NBC TA. Em tais circunstâncias, o auditor deve executar procedimentos de
auditoria alternativos para cumprir o objetivo dessa exigência. Espera- se que a necessidade do
auditor não considerar uma exigência relevante surja apenas quando a exigência for a execução de
um procedimento específico e, nas circunstâncias específicas da auditoria, esse procedimento seria
ineficaz no cumprimento do objetivo da exigência (ver item A74).
24. Se um objetivo em uma NBC TA relevante não pode ser cumprido, o auditor deve avaliar se isso
o impede de cumprir os objetivos gerais de auditoria e se isso exige que ele, em conformidade com
as NBC TAs, modifique sua opinião ou renuncie ao trabalho (quando a renúncia é possível de acordo
com lei ou regulamento aplicável). A falha no cumprimento de um objetivo representa um assunto
significativo, que exige documentação em conformidade com a NBC TA 230 - Documentação de
Auditoria (ver itens A75 a A76).
Para melhor entendimento das expressões "que o auditor modifique sua opinião" ou "emitir uma
opinião modificada" ver NBC TA 705 que trata da emissão de relatórios com modificações, que
significa emitir um relatório adverso ou com ressalva.
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DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
Documentação De Auditoria
Introdução
Alcance
(a) evidência da base do auditor para uma conclusão quanto ao cumprimento do objetivo global do
auditor (NBC TA 200); e
(b) evidência de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas de
auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis.
- assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do trabalho de
auditoria e no cumprimento de suas responsabilidades de revisão em conformidade com a NBC TA
220 - Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis;
- permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu trabalho;
Data De Vigência
Objetivo
(b) evidências de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e as
exigências legais e regulamentares aplicáveis.
Definições
6. Para fins das normas de auditoria, os seguintes termos possuem os significados atribuídos abaixo:
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DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente também é utilizada a
expressão "papéis de trabalho").
Auditor experiente é um indivíduo (interno ou externo à firma de auditoria) que possui experiência
prática de auditoria e conhecimento razoável de:
Requisitos
8. O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja suficiente para permitir que um
auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria, entenda (ver itens A2 a A5 e
A16 e A17):
(a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir com as
normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis (ver itens A6 e A7);
(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito deles e
os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões (ver itens A8 a
A11).
(a) as características que identificam os itens ou assuntos específicos testados (ver item A12);
(c) quem revisou o trabalho de auditoria executado e a data e extensão de tal revisão (ver item A13).
11. Se o auditor identificou informações referentes a um assunto significativo que são inconsistentes
com a sua conclusão final, ele deve documentar como tratou essa inconsistência (ver item A15).
12. Se, em circunstâncias excepcionais, o auditor julgar necessário não atender um requisito
relevante de uma norma, ele deve documentar como os procedimentos alternativos de auditoria
executados cumprem a finalidade desse requisito, e as razões para o não atendimento (ver itens A18
e A19).
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DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
(c) quando e por quem as modificações resultantes da documentação de auditoria foram executadas
e revisadas.
15. Após a montagem do arquivo final de auditoria ter sido completada, o auditor não apaga nem
descarta documentação de auditoria de qualquer natureza antes do fim do seu período de guarda
dessa documentação (ver item A23).
16. Em outras circunstâncias, que não as contempladas no item 13, nas quais o auditor julgar
necessário modificar a documentação de auditoria existente ou acrescentar nova documentação de
auditoria após a montagem do arquivo final de auditoria, o auditor, independentemente da natureza
das modificações ou acréscimos, deve documentar (ver item A24):
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DOMINA CONCURSOS
Auditoria Contábil
Aspectos Gerais
Conceito e o Objetivo
A tarefa de conceituar auditoria não é das mais fáceis, principalmente pela possibilidade de aplicação da
técnica em qualquer ramo do conhecimento humano.
Etimologicamente, a palavra auditoria se origina do Latim audite (ouvir). Inicialmente foi utilizada
pelos ingleses (auditem) para significar o conjunto de procedimentos técnicos para a revisão da
contabilidade. Atualmente, possui sentido mais abrangente.
Auditoria é o ato de confrontar a condição – situação encontrada – com o critério – situação que
deve ser – na forma demonstra na figura a seguir:
CONDIÇÃO CRITÉRIO
AUDITORIA
A definição dos critérios auditorias é de fundamental importância para a realização dos exames. Pode-
se até a afirmar que sem critério não há auditoria. Leclercq ET hall (1996, p. 227) corroboram este
entendimento, quando afirmam:
Em um sentido estrito, a auditoria se restringe apenas ao universos contábil ou financeiro. Surge daí
o conceito de Auditoria Contábil, que objetiva, após aplicação de procedimentos específicos com
base em normas profissionais e de forma independente, a emissão de opinião sobre a adequação das
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demonstrações contábeis ou financeiras, o que significa dizer se essas representam apropriadamente
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DOMINA CONCURSOS
Uma boa auditoria pode contribuir para resguardar os direitos de terceiros, para reduzir a ineficiência
das operações e a prática de atos abusivos e para assegurar a adequação das demonstrações
contábeis e outras informações financeiras. Seu surgimento de forma sistemática confunde-se com o
próprio processo de acumulação de capital.
A estrutura piramidal acima demonstra que o auditor atua de forma independente sobre uma relação de
accountability entre o proprietário e o administrador, pois o primeiro delega responsabilidade p ara que
o segundo proceda à gestão dos recursos objetivando o lucro, assim como delega responsabilidade
para que o auditor realize o acompanhamento dessa gerência e apresente os devidos relatórios. Note -
se que nesse conceito a auditoria pode estar presente em qualquer relação de accountability.
Atente-se que, na área pública, o conceito de accountability assume uma importância fundamental,
pois, como disse Simon Bolívar, "a Fazenda Nacional não é de quem vos governa. Todos aqueles a
quem haveis tornado depositários de vossos interesses têm a obrigação de demonstrar-vos o uso que
deles tenham feito.”.
História
Não estão disponíveis, de forma detalhada e clara, na literatura técnica nacional, informações a
respeito da história dessa atividade profissional, que é a auditoria.
Sobre a origem da atividade auditoria, menciona-se, apenas, que existem noticias de ações dessa
natureza praticadas pelos sumérios. Mesmo em manuais e publicações de auditoria de outros países
mais desenvolvidos, encontram-se apenas referências esparsas sobre o tema.
Alguns afirmam que a auditoria é uma técnica contábil e, como tal, surgiu a partir do momento em que
terceiros começaram a analisar e emitir opinião independente sobre os demonstrativos elaborados
pela Contabilidade.
Atualmente, é aceitável que a Contabilidade surgiu como uma simples forma de registro das trocas de
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DOMINA CONCURSOS
bens e serviços na antiguidade. Esses registros foram usados como base para a cobrança de
impostos e é bem provável que já fossem, mesmo que empiricamente, acompanhad os por pessoas
independentes para certificar suas adequações.
Segundo Samaroni (1989, p. 72), em 200 A.C., na república Romana, as contas governamentais eram
apresentadas na forma de lucros e perdas e eram constantemente fiscalizadas pelos magistrados
romanos encarregados das finanças, os quais eram denominados questores.
Com efeito, uma atividade similar à auditoria foi realizada durante o império romano, já que era comum
os imperadores encarregarem funcionários de inspecionarem a contabilidade das diversas províncias.
As cartas de Plínio a Tarjano relatam sobre inspeções contábeis nas colônias, como lembra Cherman
(2002, p. 5). Todavia, a atividade auditorial nos moldes que se conhece nos dias atuais teve seu inicio
na Inglaterra nos idos do século XIX, em decorrência da revolução industrial verificada alguns anos
antes. Era necessário auditar as novas corporações que substituíam a produção artesanal. É notório
que a auditoria desenvolve-se no Reino Unido e é difundida para outros países, principalmente
Canadá e os Estados Unidos, que, em face de desenvolvimento econômico, aprimoraram
enormemente essa nova técnica.
A Enciclopédia Britânica, segundo Franco e Marra (1995, p. 24), menciona que, mesmo de forma não
muito sistemática, até o reinado da Rainha Elizabeth as contas públicas já eram objeto de exame.
Antes mesmo de 1559, esse serviço era realizado pelo auditor do tesouro, denominado Controlador
Geral do Tesouro Público, cujo cargo foi criado em 1314, ou por auditores da receita pública.
Conforme Costa (op. cit. p. 24), em 1547, foi publicado um livro em inglês de autor anônimo, que
tratava da escrituração comercial e que se dirigia, entre outros, aos auditores. Já o Escritório de
Controlador e Auditor Geral da Inglaterra foi formalmente estabelecido em 1866. Vale mencionar que,
no século XIII, na Inglaterra, durante o reinado de Eduardo I surge o termo auditor.
Mas, em uma tentativa de resgatar a origem da auditoria na forma de atividade profissional, pode -se
dizer que o seu surgimento e desenvolvimento estão diretamente ligados à relação de propriedade e
de capital, sendo provável a ocorrência das seguintes fases: a acumulação de riqueza pelo homem,
formando um patrimônio; a distância entre o proprietário e o patrimônio; a guarda por terceiros; a
necessidade de controle; a necessidade de se obter informações e de se confirmar a adequação
dessas informações; e, por fim, a necessidade de uma opinião independente.
É evidente que a origem da auditoria, mais precisamente da Auditoria Contábil, advém do momento
em que o homem passa a acumular riquezas, constituindo, assim, um patrimônio. Com o constante
aumento desse patrimônio ou mesmo o aparecimento de novas fontes de riqueza, o proprietário passa
a permanecer durante muito tempo longe do seu acompanhamento direto, surgindo de a necessidade
de a sua guarda ser realizada por terceiros, evidentemente com a devida confiança e responsabilidade
delegadas pelo proprietário e assumidas por terceiros – relação de accountability.
Consequentemente, por ter seu patrimônio sob a guarda de um responsável, tornou-se necessário que
o proprietário implantasse determinados controles para que, mesmo distante, pudesse acompanhar e
se certificar do fiel cumprimento pelo responsável de suas determinações. Entre esses controles, é
fácil identificar que a informação tempestiva e adequada deveria configurar entre os principais.
Com o surgimento dessa dúvida, tornou-se imperioso que o proprietário atribuísse outra
responsabilidade a um agente independente da relação proprietário – responsável. Este teria a
incumbência de emitir uma opinião sobre a adequação das informações apresentadas ao proprietário
pelo responsável da guarda do patrimônio. Esse agente independente, então, seria o auditor.
Ética Profissional
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DOMINA CONCURSOS
É sempre oportuno, em trabalhos sobre auditoria, tecer breves comentários sobre ética, já que a
reflexão sobre os valores éticos transcende os estudos científicos, filosóficos ou teológicos, indo
adentrar-se na consideração dos costumes e ações humanas, facilmente observáveis empiricamente
no nosso dia-a-dia, a exemplo do fenômeno da corrupção.
A ética é uma palavra de origem grega (ethiké), definida de diferenciadas formas, tais como: "estudo
dos juízos de apreciação referentes à conduta humana do ponto de vista do bem e do mal", como
registra Aurélio ou "conjunto de regras e de valores ao qual se submetem os fatos e as ações
humanas, para apreciá-los e distingui-los; moral", segundo Celso Pedro Luft.
A ética é o conjunto de preceitos, de regras e de princípios morais do dever-se, que são fundamentais
para a constituição de um caráter digno e para a criação de hábitos e costumes, dos quais resulte uma
maneira de ser e agir íntegra, conforme as leis, os deveres e os costumes, que são seus objetos
materiais.
A ética sempre foi objeto fundamental de estudo e reflexões de ilustres pensadores, tais como Sócrates,
Platão, Aristóteles, Pitágoras, Demócrito, Antístenes, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino,
Maquiavel, Spinoza, Hegel, Kierkegaard, Marx, Sartre, entre tantos outros. Contudo, é com Aristóteles
(384-322 A.C.), pensador especulativo, que ela toma sobre si caráter de disciplina filosófica
sistematizada.
A Ética Aristotélica é determinada pelos fins a serem alcançados para se atingir a felicidade, que
somente é obtida com a virtude. Ainda segundo esse grande filósofo, a virtude ética é aquela que se
desenvolve na esfera da vida prática e que se destina à reflexão de um fim, tal como a justiça, o valor,
a amizade, etc. Na vida social, o ser humano tem de exercê-la, embora cioso de sua liberdade, zeloso
de suas opiniões não admitindo, que outros venham a dizer-lhe o que está certo ou errado, o que é
lícito ou proibido, o que é moral ou imoral, o que deve ou não deve fazer.
Na arapuca do individualismo ou na ausência de identidade ética entre si, os profissionais não aceitam
a justa maneira de ser e de agir.
O exercício da profissão deve ser convivido, não apenas vivido em nível individual. Não é possível que
cada um tenha sua doutrina, seu código, seu modus faciendi. Os auditores devem ter o ponto de
referência da profissão, não são, nem serão pessoas ou grupos isolados.
Todavia, deve-se voltar para uma reflexão concedente ao tema deste tópico, que é a ética profissional
do auditor moderno, já que os estudos filosóficos requerem uma análise mais aprofundada e fogem do
nosso objeto.
Como, para muitos, o conceito de ética está diretamente relacionado ao de moral, sendo ela tida até
mesmo como a própria moral, poder-se-ia definir ética profissional como uma série de preceitos
morais, pelos quais o ser humano deve guiar sua conduta no ofício, atividade ou profissão que exerce.
Assim, a ética profissional aplicada a qualquer atividade pode ser entendida como a parte da moral
que trata das regras de comportamento do indivíduo que exerce determinada profissão. Essas regras
são valorizadas de uma forma ou de outra, em maior ou menor grau, pelos diversos profissionais.
Quando a profissão é encarada como uma meta, um dever, uma opção de vida e não pod e existir
dúvida de que assim deve ser - a ética profissional alcança uma nova e significante missão,
ultrapassando o que insuficientemente oferece a habilitação técnica ou formal. É necessário, portanto,
complementar-se a formação técnica com a busca da verdadeira vocação, com o querer, o desejar e o
gostar de fazer.
A ética profissional relaciona-se, assim, com o knob how de cada atividade, pois o saber fazer e o
saber conduzir-se estão intimamente interligados e são interdependentes.
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Diante do exposto, não se pode chegar à outra conclusão: Ética Profissional do Auditor Moderno pode
ser definida como o conjunto de regras de comportamento ou de conduta no exercício de suas
atividades. Mas quais seriam essas regras? Onde estão coligidas? Existe um Código de Ética dos
Auditores no Brasil?
Sabe-se que os chamados Códigos de Ética, Estatutos ou Regimento - dos Médicos, Advogados,
Engenheiros, Contabilistas, Militares, Religiosos, etc. constituem-se, em rigor, num conjunto metódico
e sistemático de normas de conduta de cada profissão, sendo tais ordenamento éticos indispensáveis
para o estabelecimento e reconhecimento das diferentes atividades profissionais, já que tais normas
são reconhecidamente transformadas em leis que devem ser inexoravelmente obedecidas.
Os Auditores Privados e Públicos do Brasil Ainda, Infelizmente, não Possuem o seu Código de
Ética.
No que se refere aos auditores privados, existem normas de auditoria que trazem alguns preceitos
éticos, tais como independência, responsabilidade, integridade, sigilo, entre outros.
No que se refere aos auditores públicos, apesar de não possuírem um código com normas éticas
elencadas sistematicamente, há regras esparsas e estudos que versam sobre a matéria, além dos
relevantes preceitos da atual Constituição Federal, que são aplicáveis ao Auditor Público, e o próprio
Código de Ética dos Servidores Públicos do Governo Federal, aprovado pelo Decreto n. 1.171de
22.06.94.
Nos Anais do I Encontro Técnico publicado pelo Tribunal de Contas do Estado da Bahia Araújo (1992)
apresentou artigo intitulado “O auditor público perante a ética profissional”. Naquele momento foi
enfatizado que, apesar da existência de preceitos constitucionais, leis esparsas e estudos sobre o
tema, os auditores públicos no Brasil não possuíam – e ainda não possuem – o seu Código de Ética.
Dos deveres:
5. Zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços sob sua responsabilidade;
10. Manter-se atualizado com as modernas técnicas e métodos de auditoria e de áreas correlatas;
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12. Obter formas de aumentar a eficiência, a efetividade e a economia das operações e atividades dos
organismos auditados;
Das proibições:
1. Solicitar, provocar ou sugerir publicidade que importe propaganda pessoal de suas atividades;
2. Auferir qualquer provento ou benefício em função do exercício de sua atividade, que não decorra
exclusivamente de sua prática correta e honesta;
Em novembro de 1998, foi aprovado na 44ª reunião da INTOSAI, realizada em Montevidéu, o Código
de Ética da INTOSAI para os Auditores do Setor Público.
Nesse documento, além de apresentar o código de ética internacional para os auditores pertencentes
ao setor público, que se constitui em um complemento necessário ao fortalecimento das Normas de
Auditoria da INTOSAI emitidas em junho de 1992 pela Comissão de Normas de Auditoria da INTOSAI,
recomenda a INTOSAI que, “devido às diferenças nacionais de cultura, idioma e sistemas jurídicos e
sociais, é responsabilidade de cada entidade fiscalizadora superior, ou simplesmente EFS, a
elaboração de um código de ética próprio que se ajuste otimamente as suas próprias características”.
Logo, urge a aprovação do código de ética dos auditores públicos do Brasil que, entre outros
aspectos, deve observar diretrizes emanadas do código da INTOSAI, que a seguir é resumido.
Na sua introdução o código apresenta as noções, antecedentes e objetivos do código, bem como a
importância de sua instituição. A segurança, confiança e credibilidade da auditoria governamental são
também comentadas.
A independência, objetividade e imparcialidade são temas do capítulo III. Nesse capítulo é dada
ênfase à necessidade de neutralidade política da EFS e do auditor e o cuidado em relação ao conflitos
de interesses.
Exercícios
a) No sentido lato auditoria significa um conjunto de procedimentos técnicos aplicados sobre uma obrigação
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de responder por uma responsabilidade conferida, objetivando emitir uma opinião de como esta obrigação
está sendo cumprida.
b) No sentido stricto, a auditoria se confunde com a auditoria contábil ou financeira, que objetiva, após
aplicação de procedimentos auditorias, a emissão de opinião sobre a adequação das demonstrações
contábeis ou financeiras, ou seja, se essas representam apropriadamente à situação financeira e
patrimonial, o resultado das operações, as mutações no patrimônio e as fontes e aplicações de recursos de
uma organização.
d) A B e C estão corretas.
e) NRA.
02. No Brasil, existem os seguintes Princípios Fundamentais de Contabilidade apresentados pela Resolução
do Conselho Federal de Contabilidade – CFC n.º 750, de 29 de dezembro de 1993:
a) O da entidade e o da continuidade.
c) O da atualização monetária.
d) O da competência e o da prudência.
03. Relacione a primeira coluna com a segunda. Posteriormente assinale qual a alternativa correta:
4. (Princípio do Registro pelo Valor Original d) () sua observância é indispensável correta aplicação do
Princípio da Competência, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes
patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de
geração de resultado.
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A A A A A
a) 1 , 2D, 3E, 4C e 5B. (b)1E, 2 , 3B, 4C e 5D. c) 2B, 3C, 5D, 1 e 4E. (d)1 , 2B, 3C, 4D e 5E. e) 1E, 2 , 3B,
4D e 5C.
04. (AFRF) Sob o aspecto financeiro, indique a proteção que a auditoria oferece à riqueza patrimonial.
05. (AFRF) Sob o aspecto administrativo, o reflexo da auditoria sobre a riqueza patrimonial é:
a) Contribuir para uma melhor adequação na utilização das contas contábeis e do plano de contas.
b) Assegurar maior exatidão dos custos e estabelecimentos de padrão para os custos diretos e indiretos.
c) Melhor controle dos bens, direitos e obrigações e ainda maior exatidão dos custos indiretos.
e) Promover eficiência na utilização de recursos humanos e materiais e uma melhor utilização de contas.
06. (AFRF) Para o Fisco, as vantagens oferecidas por um adequado processo de auditoria:
08. Quais são os demonstrativos contábeis que devem ser auditados segundo a Lei n.º 6.404, de 15de
dezembro de 1976 (Lei das Sociedades Anônimas)?
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d) Balanço Orçamentário.
09. Relacione a primeira coluna com a segunda. Posteriormente assinale qual a alternativa correta:
3. (Lucros ou Prejuízos Acumulados c) () apresenta as mutações ocorridas com as contas patrimoniais Não
Circulantes e os seus efeitos no Capital de Giro (Capital Circulante Líquido) da Empresa;
4. (Mutações do Patrimônio Líquido d) () informa resumidamente toda a movimentação ocorrida nas contas
integrantes do Patrimônio Líquido, a partir do saldo inicial do exercício anterior até o saldo final do exercício
atual;
(Origens e Aplicações de Recursos e) () é a demonstração contábil que tem por finalidade apresentar a
situação patrimonial da empresa em um determinado momento
A A A A A
a) 1 , 2D, 3E, 4C e 5B. (b)1E, 2 , 3B, 4C e 5D. c) 2B, 3C, 5D, 1 e 4E. (d)1 , 2B, 3C, 4D e 5E. e) 1E, 2 , 3B,
4D e 5C.
10. A Lei n.º 4.320/64 determina que no final de cada exercício, os resultados gerais do exercício sejam
demonstrados no:
d) Balanço Orçamentário; Fluxo de Caixa; Balanço Patrimonial e Demonstração das Variações Patrimoniais.
Gabarito Capítulo 1
01. D
02. E
03. A
04. D
05. DA
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06. B
07. B
08. E
10 . A
Tipos de Auditoria
Nos últimos anos, tem sido muito comum encontrar-se tanto na literatura técnica, como nos debates,
seminários, congressos e outros eventos acadêmicos, uma vasta enumeração de tipos de auditoria.
Esse fato decorre da não existência de uma classificação uniforme, que seja aceita por todos, para a
4
atividade auditorial .
Contudo, sem pretender esgotar a matéria, adotar-se-á, neste trabalho, a seguinte classificação por
conveniência didática:
e) Governamental
b) Privada
(E) Interna
b) Externa
e) Contábil ou Financeira
b) Operacional
c) Integrada
Auditoria Governamental
A auditoria governamental atua diretamente sobre a administração da coisa pública. Ela está
diretamente relacionada com o acompanhamento das ações empreendidas pelos órgãos e entidades
que compõem a administração direta e indireta das três esferas de governo. Normalmente é realizada
por entidades superiores de fiscalização, sob a forma de Tribunais de Contas ou Controladorias, e
organismos de controle interno da administração pública. Vale mencionar que alguns consideraram a
atividade de fiscalização – auditoria fiscal – realizada pelos órgãos responsáveis pela arrecadação
dos tributos como uma espécie de auditoria governamental.
A auditoria fiscal pode ser conceituada como o conjunto de procedimentos técnicos, pautados em
normas profissionais, aplicados por prepostos dos governos federal, estaduais e municipais com
objetivo de verificar se os impostos, taxas e contribuições devidos aos cofres públicos estão sendo
reconhecidos e recolhidos em conformidade com a legislação pertinente, assim como outras funções
correlatas.
Constituir créditos tributários por meio de lançamentos de ofício com lavratura de autos de infração;
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Auditoria Privada
A auditoria privada é toda aquela cujo campo de atuação se dá no âmbito da iniciativa particular, que
objetiva o lucro, de uma maneira geral.
Auditoria Interna
A auditoria interna é a auditoria realizada por profissionais empregados da própria entidade auditada,
portanto, parcialmente independente, e que, além das informações contábeis e financeiras, se
preocupa também com os aspectos operacionais. Normalmente, a auditoria interna se reporta à
presidência da organização, funcionando como um órgão de assessoramento.
Segundo Neiva apud Guzmán (19, p. 37), a auditoria interna é, em livre tradução, assim conceituada:
Segundo o Escritório do Auditor Geral do Canadá – OAG, a Auditoria Interna é a “revisão e avaliação,
sistemática e independente de todas as operações, incluindo as atividades administrativas, com a
finalidade de informar a administração sobre a eficiência, eficácia e economia das práticas internas de
gestão e dos controles”.
A INTOSAI, no glossário anexo às suas Normas (1995, p. 37), afirma que a auditoria interna é:
O meio funcional pelo qual os dirigentes de uma entidade certificam-se, com base em fontes internas,
de que as atividades pelas quais são responsáveis estão sendo executadas de forma a minimizar a
probabilidade de ocorrência de fraudes, erros ou práticas ineficientes e antieconômicas. A auditoria
interna possui várias das características de auditoria externa, entretanto pode perfeitamente seguir as
orientações emanadas do órgão ao qual deve apresentar seus relatórios. (Grifado)
A atividade de Auditoria Interna está estruturada em procedimentos, com enfoque técnico, objetivo
sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização,
apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos,
por meio da recomendação de soluções para as não conformidades apontadas nos relatórios.
(Grifado)
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É oportuno salientar que a auditoria interna não se limita somente aos aspectos contábeis de uma
organização, logo deve ser realizada, preferencialmente, por uma equipe multe e interdisciplinar.
Auditoria Externa
Inicialmente, vale frisar que, apesar de ser muito divulgada, não existe uma definição consensual do
que vem a ser auditoria externa. Em um sentido amplo, pode-se dizer que é a auditoria sobre a área
financeira e outras, realizada por profissionais independentes.
De acordo com o Glossário de termos e expressões utilizados em matéria de auditoria externa das
finanças públicas da INTOSAI, elaborado por Everardo e Walter (1986,187), tem- se que a Auditoria
Externa é a:
Auditoria realizada por um organismo externo e independente da entidade controlada, tendo por
objetivo, por um lado, emitir parecer sobre as contas e a situação financeira, a regularidade e a
legalidade das operações e/ou sobre a gestão financeira e, por outro, elaborar relatórios
correspondentes.
Ela também pode ser conceituada como sendo a auditoria realizada por profissionais qualificados e
externos à empresa auditada, ou seja, que não é empregados da administração, normalmente sob a
forma de firmas de auditoria, com o objetivo precípuo de emitir uma opinião independente, com base
em normas técnicas, sobre adequação ou não das demonstrações contábeis, assim como, em certos
casos, um relatório sobre a regularidade das operações e/ou sobre o resultado da gestão financeira e
administrativa. Também conceituada como auditoria independente, é a auditoria realizada por
especialistas contratados pela organização fiscalizada, ou por imposição normativa.
Normalmente, os auditores externos realizam contábil, que segundo o CFC, representa o conjunto de
procedimentos técnicos que têm por objetivo a emissão de parecer sobre a adequação das
demonstrações contábeis, conforme os Princípios Fundamentais de Contabilidade, as Normas
Brasileiras de Contabilidade e a legislação específica, no que for pertinente.
No Brasil, a prática da Auditoria Externa está regulamentada pelo CFC, pela Comissão de Valores
Mobiliários – CVM e pelo Banco Central do Brasil – BACEN.
Consoante o art. 177 da Lei n.º 6.404/76, as demonstrações financeiras das companhias abertas
devem observar as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e são
obrigatoriamente auditadas por auditores independentes ou externos registrados na mesma
Comissão.
Auditoria Contábil
É executed poor empregado da organização ou O profissional que a realiza não possui qualquer
empresa auditada. Portanto, é realizada por vínculo empregatício nem relação de interesse
profissionais que possuem uma independência com a empresa auditada.
relativa. É oportuno ressaltar que tem sido
comum a terceirização dos serviços de auditoria Os objetivos fundamentais são atender às
interna. necessidades de terceiros interessados pela
empresa auditada, notadamente os acionistas
Objetiva atender às necessidades e aos que nela estão investindo capital, no que tange a
interesses da administração. Logo a extensão adequação das informações contábeis, bem
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(escopo) dos seus trabalhos será sempre como atender aos objetivos da administração.
definido em função dos anseios da alta direção.
A revisão das operações e do controle interno é
A avaliação das operações e do sistema de realizada para atender as normas de auditoria e
controle interno é realizada para, entre outras para determinar a extensão (escopo) do exame
finalidades, desenvolver, aperfeiçoar e para das informações contábeis.
induzir ao cumprimento de políticas e normas.
O exame normalmente está limitado aos
Normalmente não se restringe aos assuntos aspectos financeiro. O enfoque está voltado para
financeiros. As fases dos exames são as principais contas do balanço patrimonial e
subdivididas em relação às áreas operacionais e para as demonstrações contábeis.
às linhas de responsabilidade da administração.
O auditor deve planejar seus trabalhos de modo
O auditor direciona seus exames para a a identificar erros e fraudes que ocasionem
identificação de erros e fraudes. efeitos relevantes nas demonstrações contábeis.
O auditor interno possui uma independência O auditor externo deve ser independente em
relativa, pois na qualidade de empregado da relação a empresa auditada, não podendo ser
empresa auditada, ele somente deve ser influenciado por fatores estranhos, por
independente em relação às atividades e às preconceitos ou quaisquer outros elementos
pessoas cujo trabalho está sob escopo do seu materiais ou afetivos que resultem em perda,
exame, devendo subordinar-se às necessidades efetiva ou aparente, de sua independência.
e aos interesses da administração.
As informações comprobatórias das
As áreas da empresa auditada são demonstrações contábeis são auditadas
continuadamente revisadas. A periodicidade é periodicamente, geralmente em base anual.
definida pela administração.
O CFC, através da Resolução n.º 820/97, que aprova as Normas de Auditoria Independente das
Demonstrações Contábeis, apresentou o seguinte conceito para a auditoria contábil:
A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por
objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação, consoante os Princípios Fundamentais de
Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação
específica.
Conforme o citado Glossário elaborado por P. Everard e D. Wolter, tem-se o seguinte conceito:
c) A contabilização dos ativos seja comparada com a existência física a intervalos razoáveis e que
sejam tomadas as medidas adequadas relativamente às todas as diferenças não justificadas.
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Portanto, o foco central dos trabalhos da auditoria contábil são os exames das demonstrações
contábeis com o objetivo de se emitir uma opinião sobre sua adequação. Isto se deve ao fato de que
essas demonstrações objetivam retratar, em determinada data, a situação orçamentária, financeira,
econômica e patrimonial de uma organização, logo a sua adequada elaboração vai possibilitar um
completo diagnóstico das condições dessa mesma entidade.
O objetivo da auditoria contábil é a emissão de um parecer independente, que tem por limite os
objetivos da auditoria (demonstrações contábeis) e não representa garantia de viabilidade futura
ou de eficácia da administração na gestão dos negócios.
Os requisitos que o auditor deve adotar para o controle da qualidade dos seus trabalhos, conforme o
CFC, é:
b) O pessoal designado deve ter o nível de independência e demais atributos definidos nas Normas
Profissionais de Auditor Independente para ter uma conduta profissional inquestionável;
c) O trabalho de auditoria deverá ser realizado por pessoal que tenha um nível de treinamento e de
experiência profissional compatível com o grau de complexidade das atividades da entidade auditada;
e
d) O auditor deverá planejar, supervisionar e revisar o trabalho em todas as suas etapas, de modo a
garantir aos usuários de seus serviços a certeza razoável de que o trabalho foi realizado de acordo
com as normas de controle de qualidade requeridas nas circunstâncias.
Auditoria Operacional
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Auditoria Integrada
A literatura técnica internacional vem definindo a Auditoria Integrada mais como um conceito do que
como uma técnica propriamente dita, na qual são envolvidos aspectos relacionados, mas
individualmente distinguíveis no que se referem à accountability, quais sejam: exame de
demonstrações contábeis ou financeira e exames de economia, eficiência e eficácia na gerência dos
recursos.
O termo Auditoria Integrada, consoante a OLACEFS (1981, p. 20), é utilizado pelo Escritório do
Auditor Geral do Canadá para descrever um “enfoque de auditoria de escopo ampliado com objetivo
de revisar sistematicamente e emitir relatórios sobre as relações de responsabilidade de prestar
contas e sobre as atividades de apoio, os sistemas e controles utilizados pela administração no
cumprimento dos seus deveres e obrigações”. Logo, pode- se denominar a Auditoria Integrada como
Auditoria de Amplo Escopo.
Exercícios
b) Expressar um palpite sobre a posição patrimonial e financeira da empresa sem assegurar que elas
representem adequadamente as operações da empresa.
e) Garantir que todos os lançamentos contábeis foram efetuados corretamente nos livros da empresa.
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a) À administração da empresa.
04. (FTE/RS) Os auditores internos têm como característica entre outras que:
b) Têm os pareceres que eles fornecem a seus clientes com respeito à fidelidade de suas demonstrações
contábeis, transmitindo a outras entidades interessadas, tais como bancos e fornecedores, que confiam
integralmente em seus relatórios por serem auditores completamente independentes.
c) Devem colaborar com a administração da empresa no acompanhamento e análise das normas internas
executadas.
d) Situam-se a meio caminho entre a empresa e outros interessados, que usam suas informações
contábeis.
e) Orientar a direção da empresa para que seus produtos tenham melhor aceitação pelos clientes.
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e) Por um (ou mais) profissionais independentes, especificamente contratados pela empresa para tal.
07. Segundo o NBC-P-1 – Normas Profissionais de Auditor Independente, para o exercício da profissão de
auditor independente exige-se que:
a) A auditoria independente seja exercida por qualquer profissional, desde que devidamente treinado.
b) A auditoria independente seja exercida por Contador, registrado no Conselho Regional de Contabilidade.
c) A auditoria independente seja exercida por técnicos em contabilidade e por contadores registrados no
Conselho Regional de Contabilidade.
d) A auditoria independente seja exercida por quaisquer profissionais treinados e qualificados, através de
educação formal.
e) NRA.
a) “O meio funcional pelo qual os dirigentes de uma entidade certificam-se, com base em fontes internas,
de que as atividades pelas quais são responsáveis estão sendo executadas de forma a minimizar a
probabilidade de ocorrência de fraudes, erros ou práticas ineficientes e antieconômicas”.
d) “A atividade de avaliação independente dentro de uma organização, para revisar as operações contábeis,
financeiras e outras, com a finalidade de prestar serviço à administração. É um controle administrativo cuja
função é medir e avaliar a eficiência dos outros controles”.
e) A, B e C estão corretas.
a) A auditoria realizada por profissionais da própria entidade auditada, e, além das informações contábeis e
financeiras, se preocupa também com os aspectos operacionais. Normalmente o auditor interno se reporta à
presidência da empresa, funcionando como um órgão de assessoramento.
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b) “Uma atividade independente de avaliação de uma organização, mediante a revisão de sua contabilidade,
finanças e outras operações que servem de base à administração da empresa. Também se pode dizer que
é um controle gerencial que funciona medindo e avaliando a eficácia de outros controles”.
d) “Um processo de investigação conduzido por um contador público independente relacionado aos aspectos
contábeis de uma Empresa para expressar uma opinião imparcial sobre a razoabilidade de seus
demonstrativos financeiros, sob a luz dos princípios que regem a profissão.”
e) A, B e C estão corretas.
11. Assinale a alternativa que contém exclusivamente características da auditoria externa ou da auditoria
interna:
a) O profissional que a realiza é independente da organização ou empresa auditada, não possuindo qualquer
vínculo empregatício; a revisão das operações e do controle interno é realizada para atender as normas de
auditoria e para determinar a extensão (escopo) do exame das informações contábeis; objetiva atender às
necessidades e aos interesses da administração.
a) Do auditor independente
b) Da administração
c) Do auditor interno
d) Do contador
e) Do conselho fiscal
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15. (Simulado/98) O auditor deverá emitir um parecer sobre as seguintes demonstrações financeiras exceto:
a) Balanço Patrimonial.
d) Notas Explicativas.
e) Balancete de Verificação.
16. (TCM-BA/2004) Tipo de Auditoria Governamental, que atua nas áreas interacionadas do órgão ou
entidade avaliando a eficácia dos seus resultados em relação aos recursos materiais, humanos tecnológicos
disponíveis, bem como a economicidade e eficiência dos controles internos existentes para a gestão dos
recursos públicos. Sua filosofia de abordagem dos fatos é de apoio, pela avaliação do atendimento às
diretrizes e normas, bem como pela apresentação de sugestões para seu aprimoramento.
a) Auditoria Especial.
b) Auditoria de Gestão.
c) Auditoria Contábil.
d) Auditoria Operacional.
e) Auditoria de Sistemas.
17. (TCE-Se/2004) A auditoria que examina os atos governamentais relativos aos aspectos da
economicidade, eficiência e eficácia é
a) De cumprimento.
b) De gestão.
c) Especial.
d) De sistemas.
e) Operacional.
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b) Verificar o controle e a utilização dos bens e valores sob o uso e guarda dos administradores ou gestores.
e) Verificar e avaliar os sistemas de informação e a utilização dos recursos computacionais das unidades da
administração direta e entidades supervisionadas.
a) De programas.
b) De desempenho.
c) Operacional.
d) Interna.
e) Independente.
20. Segundo o CFC, a auditoria interna “compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e
comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia,
eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados
ao ambiente e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no
cumprimento de seus objetivos”. Logo, pode-se afirmar que a auditoria interna deve prestar contas:
a) À administração.
c) Ao Conselho Fiscal.
d) Aos acionistas.
e) Ao governo.
III. Fraude é o ato intencional de omissão praticado para manipular documentos, registros e relatórios.
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22. (AFTE - RN - 2004/2005) Podemos afirmar que as companhias abertas que estão obrigadas a efetuar
demonstrações contábeis consolidadas, deverão sofrer obrigatoriamente somente auditoria nas
demonstrações contábeis:
c) Da controladora.
23. (AFTE - RN - 2004/2005) O auditor interno, ao constatar impropriedades e irregularidades relevantes com
necessidade de providências imediatas, deve:
Como se pode depreender dos conceitos de auditoria contábil e auditoria operacional, todo o processo
realizado deve estar pautado em normas profissionais.
Norma, em termos gerais, significa lei, regra, fórmula pela qual se deve dirigir qualquer pessoa, coisa,
etc.; modelo, exemplo, regra, procedimento. A palavra aplicada à auditoria significa os preceitos a
serem utilizados para se obter a qualidade desejada e certa padronização do trabalho executado.
As normas de auditoria são regras ou parâmetros que o auditor deve respeitar em relação aos
objetivos a serem alcançados, aos procedimentos e técnicas de auditoria utilizados, ao relatório que
deve ser elaborados e à qualidade do trabalho. Segundo a INTOSAI, normas de auditoria são aquelas
que "proporcionam ao auditor uma orientação básica que o ajuda a determinar a extensão das
medidas e dos procedimentos de auditoria a serem empregados para atingir seu objetivo”. Constituem,
portanto, os parâmetros de referência para avaliar a qualidade dos resultados da auditoria.
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No Brasil, o CFC tem apresentado diversas normas sobre a prática auditorial. As resoluções que estão
em vigor são as seguintes:
830/98 Aprova a NBC T 11 (IT – 05) – Parecer dos Auditores Independentes sobre as
Demonstrações Contábeis
915/01 Aprova a NBC P 1 (IT – 02) - Regulamentação dos Itens 1.2 - Independência e
1.6 - Sigilo, da NBC P 1 - Normas Profissionais do Auditor Independente
953/03 Dispõe sobre alteração no modelo de parecer referido no item 11.3.2.3 da NBC
T 11 – Normas de auditoria independente das demonstrações contábeis.
A seguir, em face do objetivo deste trabalho, apresenta-se breves considerações sobre as duas
principais normas de auditoria contábil aprovadas pelo CFC, através Resoluções n.º 820 e 821/97.
Esta Resolução aprova as Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas n.º 11 – Normas de Auditoria
Independente das Demonstrações Contábeis. Seus principais tópicos são:
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Enquanto o auditor externo deve planejar seu trabalho avaliando o risco de sua ocorrência, de forma
a detectar fraudes e erros que impliquem efeitos relevantes nas demonstrações contábeis, pois a
responsabilidade primária na sua prevenção e identificação é da administração através de um
adequado sistema contábil e de controle interno (Item 11.1.4.3 da Res. CFC n.º 820/97), o auditor
interno deve assessorar a administração no trabalho de prevenção de erros e fraudes, obrigando -se a
informá-la, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de erros ou fraudes
detectados no decorrer de seu trabalho.
Consoante imposição normativa, “Ao detectar erros relevantes ou fraudes no decorrer dos seus
trabalhos, o auditor tem a obrigação de comunicá-los à administração da entidade e sugerir medidas
corretivas, informando sobre os possíveis efeitos no seu parecer, caso elas não sejam adotadas”.
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O CFC, através Resolução n.º 836/99, aprovou a Interpretação Técnica – IT n.º 03 – Fraude e Erro
objetivando apresentar esclarecimentos adicionais sobre a responsabilidade do auditor na
identificação de fraudes e erros, nos trabalhos de auditoria. Entre outros aspectos, são apresentadas
as condições ou eventos que representem aumento de risco de fraude ou erro, que incluem:
O trabalho de auditoria deve ser devidamente planejado. Esta fase do processo auditorial
compreende os exames preliminares para definir a amplitude do trabalho a ser realizado de acordo
com os objetivos da auditoria.
O conhecimento das atividades operacionais, como suporte para a análise eficaz dos pro cedimentos
e sistemas de Contabilidade de Custos;
Segundo o CFC, “a relevância deve ser considerada pelo auditor quando: a) determinar a natureza,
oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria; b) avaliar o efeito das distorções sobre os
saldos, denominações e classificação das contas; e c) determinar a adequação da apresentação e da
divulgação da informação contábil”.
Nesta fase também é realizada o estudo e avaliação do sistema contábil e de controles internos.
Concluindo a fase de planejamento, que será estudada em detalhes no capítulo 4, o auditor deve
elaborar o plano e os programas de Auditoria.
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No que tange à aplicação dos procedimentos, o auditor deve obter, analisar, interpretar e
documentar as informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais para dar suporte aos
resultados de seu trabalho.
Segundo o CFC, essas informações devem ser suficientes, adequadas, relevantes e úteis no
fornecimento de evidências às conclusões e recomendações da auditoria, a saber:
Informação suficiente: é factual e convincente, de tal forma que uma pessoa prudente e
informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor;
Informação adequada: é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor evidência alcançável
através do uso apropriado das técnicas auditoriais;
Procedimentos adequados devem ser adotados para assegurar-se que todas as contingências ativas
e passivas foram identificadas e são do conhecimento da administração.
Outro aspecto que deve ser observado pelo auditor é a observância das legislações tributária,
trabalhista e societária, bem como o cumprimento de normas reguladoras.
O auditor deve certificar a exatidão das análises, demonstrações ou quaisquer outros documentos que
integrem os papéis de trabalho.
No uso de técnicas que demandem o emprego de recursos de PED, o auditor deve dominar essas
técnicas, de forma a implementá-las ou, se for o caso, orientar, supervisionar e revisar os trabalhos de
especialistas.
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O parecer de auditoria é a comunicação oficial da opinião obtida em função dos trabalhos realizados.
Ele deve ser redigido em conformidade com os requisitos estabelecidos em normas próprias, na forma
que será discutida no capítulo 10.
Competência técnico-profissional
Independência
Honorários
Guarda da documentação
Sigilo
Educação continuada
Competência Técnico-Profissional
Independência
O auditor não pode deixar-se influenciar por “fatores estranhos, por preconceitos ou quaisquer outros
elementos materiais ou afetivos que resultem perda, efetiva ou aparente, de sua independência”.
Segundo o CFC, está impedido de executar trabalho, o auditor que tenha tido, no período a que se
refere a auditoria ou durante a execução dos serviços, em relação à entidade auditada, suas
coligadas, controladas, controladoras ou integrantes do mesmo grupo econômico:
a) Vínculo conjugal ou de parentesco consangüíneo em linha reta, sem limites de grau, em linha
colateral até o 3º grau e por afinidade até o 2º grau, com administradores, acionistas, sócios ou com
empregados que tenham ingerência na sua administração ou nos negócios ou sejam responsáveis por
sua contabilidade. Os vínculos podem ser assim demonstrados:
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a) Relação de trabalho como empregado, administrador ou colaborador assalariado, ainda que esta
relação seja indireta, nos dois últimos anos;
O trabalho de auditoria deve ser executado por pessoas com capacitação profissional e treinamento. O
auditor deve ter o máximo de cuidado, imparcialidade e zelo na realização dos trabalhos e na
exposição das conclusões.
Honorários
O auditor deve estabelecer e documentar seus honorários mediante avaliação dos serviços.
Guarda da Documentação
O auditor deve conservar seus papéis de trabalho pelo prazo de cinco anos, a partir da data de
emissão do parecer.
Sigilo
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O auditor deve respeitar o sigilo relativamente às informações obtidas durante o seu trabalho, não as
divulgando para terceiros, sob nenhuma circunstância, sem autorização expressa da Entidade em que
atua.
A responsabilidade do auditor não se altera se for utilizado o trabalho do auditor interno, todavia fica
restrita a sua competência se for utilizado especialista contratado pela empresa.
Exercícios
b) De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, auditoria interna contábil é atribuição privativa de
contadores.
c) O auditor interno não deve prestar assessoria ao Conselho Fiscal ou órgãos equivalentes do empregador.
d) O dever de manter sigilo encerra-se 3 anos após terminado o vínculo empregatício do auditor interno.
e) O conhecimento da execução orçamentária não é um fator relevante para os trabalhos do auditor interno.
03. (AFRF/96) Na auditoria das demonstrações contábeis, o auditor deve efetuar o estudoeavaliaçãodo
sistema contábil e de controles internos da entidade, com a finalidade principal de:
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05. (ATM-RC/03) Entre as habilidades e competências profissionais que o auditor deve possuir, estão:
a) Capacidade para aplicação das normas, procedimentos e técnicas na execução das auditorias.
b) Capacidade de supor e imaginar quando não conseguir evidenciar, em seus procedimentos de auditoria,
confirmação dos fatos analisados.
06. (AFPS/2002) Segundo as normas de auditoria, as definições de fraude e erro são, respectivamente:
a) Ato não-intencional de registrar documentos oficiais corretamente, bem como elaborar demonstrações
financeiras de forma correta. Ato intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de
fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis.
d) Ato intencional de registrar as transações de forma adequada os fatos contábeis e a elaboração das
demonstrações contábeis. Ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou interpretaçãode fatos
de forma correta na elaboração de registros e demonstrações contábeis.
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09. (AFPS/2002) Na aplicação dos testes de observância,o auditor deve verificar a, e de controles internos.
e) Avaliar a fidedignidade dos controles mantidos pela administração através de testes documentais.
11. (AFPS/2002) Ao utilizar os trabalhos já efetuados pela auditoria interna em seus testes substantivos, se o
auditor independente julgar que o volume de testes não é suficiente, ele deve:
a) Do auditor interno.
b) Do auditor externo.
c) Da administração.
13. (ICMS/RS) O auditor independente deve conservar em boa guarda toda documentação, correspondência,
papéis de trabalho, relatórios e pareceres, relacionados com os serviços realizados pelo prazo de:
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e) 3 anos em relação aos pareceres adversos ou com abstenção de opinião e de 5 anos em relação aos
pareceres sem ressalva ou com ressalva, contados a partir da data da emissão de seu parecer.
14. Indique o item em que há erro quanto à independência do auditor. Estará impedido de executar auditoria o
auditor que:
a) Manter vínculo conjugal, vínculo de parentesco consangüíneo em linha reta, sem limite de grau, em linha
colateral até o segundo grau e por afinidade até o terceiro grau.
b) Relação de trabalho como empregado, administrador ou colaborador assalariado, ainda que esta relação
seja indireta, nos dois últimos anos.
b) Omissão de transações.
a) Programas de auditoria.
b) Plano de auditoria.
c) Parecer.
d) Plano de trabalho.
e) Carta de responsabilidade.
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d) É convincente
e) É factual
20. O auditor foi contratado para emitir um parecer sobre demonstrações contábeis de uma empresa na qual
seu primo figurava como empregado com ingerência na administração. Neste caso, o auditor:
21. Com fulcro nas normas de auditoria vigentes, responda os itens (a) a (h) assinalando V e F para,
respectivamente, as questões verdadeiras e para as falsas (CESP/UNB):
b) Um dos princípios de ética profissional a que o auditor externo deve atender é a independência. Sob esse
aspecto, é vedado ao auditor, relativamente à entidade auditada, possuir relação de trabalho como
empregado, administrador ou colaborador assalariado, ainda que essa relação seja indireta, nos últimos dois
anos.
c) O sigilo profissional do auditor deve ser mantido, a qualquer custo, a menos que assuntos sigilosos
devam ser revelados em circunstâncias especiais - em juízo, por exemplo - para a defesa de legítimos
direitos de terceiros ligados à empresa.
d) A adequação com que os elementos informativos são apresentados nas demonstrações financeiras
constitui parte implícita e de integral responsabilidade da empresa. A responsabilidade do auditor
independente limita-se à emissão de parecer sobre as demonstrações examinadas.
e) O plano de auditoria incluirá, quando necessário, a designação de assistentes que atuarão sob
supervisão e orientação do auditor e que, juntamente com ele, compartilharão a responsabilidade pelos
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trabalhos executados.
h) O parecer com ressalva deve ser emitido quando o Auditor constatar que as demonstrações financeiras
não representam adequadamente a posição patrimonial e financeira e(ou) demais aspectos relacionados ao
resultado das operações, às mutações patrimoniais ou às origens e aplicações de recursos, a ponto de
impedi-lo de expressar opinião sobre a adequação das demonstrações financeiras, tomadas em conjunto
22. (AFTE - RN - 2004/2005) Não é fator que impeça o auditor independente de aceitar trabalhos de auditoria
em entidades:
23. (AFTE - RN - 2004/2005) O auditor, na aplicação dos testes substantivos, não deve avaliar se
d) Subordinar-se a julgamento.
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26. (AFTE - RN - 2004/2005) Na constatação de evidências de riscos na continuidade normal das atividades
da entidade, o auditor independente deverá emitir parecer:
Planejamento de Auditoria
Como visto, a auditoria contábil possui a finalidade de emitir um parecer sobre a adequação ou não
das demonstrações contábeis. Portanto, ao emitir essa opinião o auditor deve verificar se elas foram
elaboradas de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade, com as normas brasileiras
de contabilidade e com a legislação pertinente.
Também tem sido conceituada como sendo a auditoria voltada para avaliar eficácia dos resultados “em
relação aos recursos materiais, humanos e tecnológicos disponíveis, bem como a economicidade e
eficiência dos controles internos existentes para a gestão dos recursos”.
Não importando qual o tipo de auditoria a ser realizado, o auditor, no transcurso de suas atividades,
examina determinadas ocorrências, com base em critérios de seleção previamente definidos na fase
de planejamento .
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dificuldades do processo, pois é nesse momento que o auditor definirá o que será feito e o modo e os
meios para se alcançar esse objetivo.
Planejamento
Planejar é a técnica de se pensar hoje as implicações futuras de uma decisão que pode ser ou não
tomada agora. É o prever hoje o que poderá ocorrer amanhã. É a função basilar da administração. E
isso vale também para a atividade auditorial.
Megginson et al (1998, p. 129) registram que “o planejamento pode ser definido como o processo de
estabelecer objetivos ou metas, determinando a melhor maneira de atingi-las. O planejamento
estabelece o alicerce para as subsequentes funções de organizar, liderar e controlar, e por isso é
considerado função fundamental do administrador.”
Planejamento de Auditoria
O CFC, através da Interpretação Técnica NBC T 11 - IT – 07, aprovada pela Resolução n.º 936/02,
apresentou o seguinte conceito para o planejamento de auditoria:
É a etapa do trabalho na qual o auditor independente estabelece a estratégia geral dos trabal hos a
executar na entidade a ser auditada, elaborando-o a partir da contratação dos serviços, estabelecendo
a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames, de modo que possa desempenhar uma auditoria
eficaz.
Ao planejar uma auditoria, nos termos da citada Interpretação Técnica, o auditor deve objetivar:
Obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventos e transações relevantes que
afetem as demonstrações contábeis;
Propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro dos prazos e
compromissos previamente estabelecidos;
Definir a forma de divisão das tarefas entre os membros da equipe de trabalho, quando houver;
Facilitar a supervisão dos serviços executados, especialmente quando forem realizados por uma
equipe de profissionais;
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especialistas;
Identificar os prazos para entrega de relatórios, pareceres e outros informes decorrentes do trabalho
contratado com a entidade.
Como descrito, o planejamento de auditoria representa a fase inicial e basilar de todo o processo. Nele
o auditor procura compreender o ente auditado, suas áreas-chave, avaliar os fatores internos e externos
que podem afetar a execução do trabalho e definir as finalidades da ação a ser realizada. Consoante
recomendam as normas de auditoria universalmente aceitas, o auditor responsável deve planejar seus
exames de modo a atender aos objetivos da auditoria de forma eficiente e eficaz.
Outro não é o entendimento do Escritório da Controladoria Geral dos Estados Unidos – GAO no seu
Yellow Book, que assim preconiza: “O trabalho deve ser devidamente planejado e os auditores devem
levar em consideração a relevância, entre outros temas, ao determinarem a natureza, o cronograma e
a extensão dos procedimentos de auditoria e ao avaliarem os resultados desses procedimentos.”
No Brasil, o CFC, através da Resolução n.º 820/97, que trata das Normas de Auditoria Independente
das Demonstrações Contábeis – NBC T 11, preconiza que o planejamento do trabalho de auditoria
deve ser realizado consoante as Normas Profissionais de Auditor Independente, e de acordo com os
prazos e demais compromissos assumidos.
O planejamento de auditoria, como já descrito neste trabalho, deve considerar os fatores mais
relevantes na execução dos trabalhos, especialmente, conforme estabelece o CFC, os seguintes:
Os riscos de auditoria e a identificação das áreas importantes da entidade, quer pelo volume de
transações, quer pela complexidade de suas atividades;
A natureza, conteúdo e oportunidade dos pareceres, relatórios e outros informes a sere m entregues
à entidade e
A Interpretação Técnica NBC T 11 – IT – 07, aprovada pela Resolução n.º 936/02, destaca as
informações e condições para elaborar o planejamento de auditoria e que são reproduzidas, a seguir:
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a) O nível geral da atividade econômica na área de atuação da entidade e fatores que podem
influenciar seu desempenho, tais como níveis de inflação, crescimento, recessão, deflação,
desemprego, situação política, entre outros;
c) As políticas governamentais, tais como monetária, fiscal, cambial e tarifas para importação e
exportação; e
A análise preliminar desses fatores é a base para identificar riscos que possam afetar a continuidade
operacional da entidade, a existência de contingências fiscais, legais, trabalhistas, previdenciárias,
comerciais, ambientais, obsolescência de estoques e imobilizações, e outros aspectos do negócio com
impacto potencial nas demonstrações contábeis.
Legislação Aplicável: o conhecimento prévio da legislação que afeta a entidade a ser auditada é
fundamental para a avaliação, pelo auditor, dos impactos que a não- observância das normas
pertinentes pode ter nas demonstrações contábeis. Neste sentido, o auditor deve considerar os
seguintes aspectos:
d) As informações que a entidade deve fornecer a terceiros em função de suas atividades, como, por
exemplo, bancos, companhias abertas, seguradoras, fundos de pensão, etc.
Práticas Operacionais da Entidade: uma entidade tem sua dinâmica nas transações regulares que
se propõe no seu objeto social. Dentro do conceito de continuidade, devem ser considerados, entre
outros, os seguintes aspectos da entidade:
e) Sistemas de controle interno das principais atividades: vendas, compras, produção, pessoal,
estocagem, tesouraria, etc.;
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j) As modalidades de inventários;
p) Controles gerenciais.
Nível Geral de Competência da Administração: uma entidade é gerida por uma administração, que
tem a responsabilidade pelo registro, controle, análise e aprovação das transações. O conhecimento
do nível de competência da administração é fundamental para que o auditor tenha uma percepção
razoável da organização da entidade e dos reflexos que uma gestão não-confiável pode determinar
nas demonstrações contábeis. Para isso, tem de considerar itens como os que seguem:
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a) Ter conhecimento do sistema de contabilidade adotado pela entidade e de sua integração com os
sistemas de controles internos;
b) Avaliar o grau de confiabilidade das informações geradas pelo sistema contábil, sua temporalidade
e sua utilização pela administração; e
c) Avaliar o grau de confiabilidade dos controles internos adotados pela entidade, mediante a
aplicação de provas de procedimentos de controle.
Áreas Importantes da Entidade: a identificação das áreas importantes depende do tipo de negócio
da entidade. Uma indústria difere de uma entidade que atua somente no comércio ou daquelas que
atuam nas atividades rurais, de mineração ou de serviços. Existem muitos tipos de entidades
industriais, comerciais e de serviços, dos mais variados portes e atuando em diferentes mercados.
Portanto, o auditor independente deve iniciar pela análise da natureza do negócio da entidade e, a
partir daí, definir um tipo de planejamento para o trabalho de auditoria. A identificação das áreas
importantes de uma entidade deve abranger o que se segue:
a) Verificação dos casos em que elas têm efeitos relevantes sobre as transações da entidade e se
refletem nas demonstrações contábeis;
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Volume de Transações: a avaliação do volume de transações deve ser feita para que o auditor
independente tenha:
a) O conhecimento e o dimensionamento mais adequado dos testes a serem aplicados e dos períodos
em que tais volumes são mais significativos;
b) A identificação de como as normas internas são seguidas, suas diversas fases, as pessoas
envolvidas e os controles internos adotados sobre elas; e
b) As operações complexas podem ser passíveis de erro e fraude, com maior freqüência, se não
possuírem controles que atendam às exigências e riscos das operações;
c) As transações complexas podem determinar um ciclo mais longo para a realização do negócio e
margens de lucros não-uniformes para um mesmo tipo de operação, visto existir, muitas vezes, o fator
oportunidade;
d) Uma entidade com operações complexas exige maior grau de especialização e experiência da
administração.
c) Entender a natureza das operações com as partes relacionadas e seu impacto nas demonstrações
contábeis;
d) Ter em conta que situação semelhante pode ocorrer com o planejamento nas filiais e unidades
operacionais, pois estas podem ter, além das atividades próprias, outras, decorrentes de uma política
de descentralização determinada pela matriz. Cabe observar que em muitas entidades as unidades
operacionais têm muita autonomia, como se fossem outras entidades, cabendo ao auditor
independente avaliar esses aspectos para definir um planejamento adequado.
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seguintes questões:
a) A necessidade do uso do trabalho de outros auditores ocorre quando estes realizam trabalhos para
partes relacionadas, em especial quando os investimentos da entidade são relevantes, ou se faz
necessário consolidar as demonstrações contábeis. No planejamento de auditoria, este aspecto é
muito importante, pois deve haver uma coordenação entre os auditores independentes, de forma que
sejam cumpridos as normas profissionais e os prazos estabelecidos com as entidades auditadas;
b) Dependendo das circunstâncias, pode ocorrer a necessidade de revisão dos papéis de trabalho do
outro auditor independente;
c) Quando o auditor de uma entidade investidora não examinar as demonstrações contábeis das
entidades investidas e se os ativos destas representam parte relevante dos ativos totais daquela,
deve considerar se pode assumir a incumbência;
d) O uso do trabalho dos auditores internos deve ser avaliado quando da contratação dos serviços, e,
ao elaborar o seu planejamento, o auditor independente deve ter noção clara do envolvimento com a
auditoria interna da entidade a ser auditada, do nível de coordenação e colaboração a ser adotado e do
tipo de trabalho que a auditoria interna vai realizar como suporte ao auditor independente; e
e) O uso de especialistas permite duas situações: a primeira, quando o profissional é contratado pelo
auditor independente, respondendo este pelo trabalho efetuado por aquele. Nesta circunstância, o
planejamento dos trabalhos é facilitado, já que existe maior entrosamento e vinculação entre o
especialista e o auditor independente. A segunda ocorre quando o especialista é contratado pela
entidade a ser auditada, sem vínculo empregatício, para executar serviços que tenham efeitos
relevantes nas demonstrações contábeis. Neste caso, o auditor independente mencionará o fato em
seu parecer.
Exigências e Prazos Estabelecidos por Órgãos Reguladores: muitas atividades têm normas
estabelecidas por órgãos reguladores, que têm de ser cumpridas pela entidade. O auditor deve
verificar o nível de cumprimento dessas normas e, também, emitir relatórios específicos sobre elas.
Assim, ao efetuar o seu planejamento, o auditor independente deve considerar as seguintes situações:
Determinadas atividades estão sujeitas ao controle e regulamentação por organismos oficiais, como as
áreas de mercado de capitais, mercado financeiro, mercado segurador e outras. As entidades que
exercem atividades reguladas por estes organismos têm de submeter-se às exigências por eles
estabelecidas, que, muitas vezes, fixam prazos para a entrega de documentações contábeis, relatórios
e pareceres de auditor independente e informações periódicas sobre dados contábeis, financeiro s,
econômicos e físicos, visando a informar terceiros interessados sobre o desempenho da entidade. O
auditor independente, ao executar seu planejamento, deve observar o enquadramento da entidade
auditada em tais exigências, de modo que cumpra as responsabilidades com ela assumidas;
a) A identificação de tais exigências também deve ser feita quando da avaliação dos trabalhos a serem
oferecidos à entidade auditada;
b) O auditor deve estar suficientemente esclarecido quanto às penalidades a que está sujeito pelo
não-cumprimento de prazos para entrega dos trabalhos sob sua responsabilidade; e
c) Sempre que a entidade auditada estabelecer limitações para que o auditor possa cumprir os prazos
a que estiver sujeito por força de compromissos contratuais, deve formalizar tais circunstâncias à
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Como se pode inferir das diretrizes emanadas do CFC, o auditor, ao elaborar planejamento dos seus
trabalhos, deve considerar precipuamente o grau de confiança que pode ser depositado nos sistemas
contábeis e de controle interno, a existência de possíveis áreas de risco, que possam levar à emissão
de uma opinião inadequada, assim como deverá definir, com precisão, quais os procedimentos que
serão utilizados no transcurso dos exames auditoriais e em qual extensão e momento serão aplicados.
É nessa fase que o auditor procura conhecer o ambiente geral de controle da organização, seus
sistemas de informação (conjunto de subsistemas inter-relacionados que funcionam em sintonia para
coletar, processar, armazenar, transformar e distribuir informações para fins de planejamento, tomada
de decisões e controle) e realiza a revisão dos controles internos.
A fase do planejamento de auditoria pode ser dividida em dois estágios, que são: análise geral e
análise específica.
Análise Geral
Ainda nesta fase o auditor deve procurar avaliar o risco envolvido no processo auditorial. Risco de
auditoria, segundo o CFC, “é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente
inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas”. A análise de risco envolve
a relevância em dois níveis:
Geral: demonstrações contábeis tomadas no seu conjunto, bem como as atividades, qualidade da
administração, avaliação do sistema contábil e de controles internos e situação econômica e financeira
da entidade;
A fixação, pela administração, de normas para inventário, para conciliação de contas, preparação
de demonstrações contábeis e demais informes adicionais;
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As comparações e análises dos resultados financeiros com dados históricos e/ou projetados.
Risco de Controle: é o risco de que um erro ou classificação indevida de materiais que possam
constar de uma afirmação não sejam evitados ou detectados tempestivamente pelos controles internos
da entidade.
Risco de Detecção: é o risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação indevida
relevante que existe em uma afirmação.
Para facilitar as consultas durante a realização dos exames, as informações obtidas devem ser
cuidadosamente compiladas no plano de auditoria, cadastradas e arquivadas.
Não é necessária a realização de uma análise geral a cada auditoria. Admite-se, geralmente, que os
trabalhos desenvolvidos nessa análise somente sejam elaborados de uma forma ampla, uma vez a
cada três ou quatro anos. Contudo, nos intervalos entre as auditorias, as informações cadastradas
devem ser devidamente acompanhadas, examinadas, avaliadas e, se aplicável, atualizadas.
É importante frisar que somente devem ser arquivadas as informações essenciais e os assuntos
importantes que afetam ou possam afetar o ente auditado, de modo a manter os dados relativos a
auditoria atualizados e fornecer os subsídios necessários para os auditores realizarem suas
atividades.
Para permitir o completo conhecimento do ente auditado, devem ser obtidos, entre outros, os
seguintes documentos e informações: legislação básica (lei de criação, estatutos e leis que podem
afetar os negócios da entidade), regimento interno, organogramas, orçamento, plano de contas,
relatórios gerenciais, planos e propostas políticas, sistemas e pessoas chave, manuais de normas e
procedimentos, descrição das atividades (recursos humanos, financeiros e tecnológicos, principais
transações e compromissos), entre outros.
Identificação dos critérios de auditoria, que representam os parâmetros para a realização dos
trabalhos do auditor, definindo qual a situação ideal.
Análise Específica
E o estágio que representa o elo de ligação entre a fase do planejamento e a de execução. A análise
específica corresponde à avaliação detalhada das áreas-chave, objetivando verificar se os sistemas
de controle interno existentes garantem a salvaguarda do patrimônio, a adequação das informações e
a eficiência e a eficácia operacional. Envolve os seguintes procedimentos: revisão dos sistemas de
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Após identificação das áreas-chave e dos critérios de auditoria de modo a avaliar as principais
atividades, os sistemas e controles aplicados e os pontos fortes e fracos, os auditores devem
proceder, na análise específica, à avaliação dos pontos de potencial importância identificados.
Nessa fase, caso os auditores julguem necessário, pode-se recorrer a peritos e especialistas para a
definição e programação de procedimentos especiais. O prazo para a realização do s exames das
áreas-chave identificadas pode variar de acordo como tamanho e a complexidade do negócio auditado
que estão sendo examinado.
Assim, de forma resumida, pode-se dizer que a análise específica é dividida na revisão dos sistemas
de controles internos e na elaboração do plano de auditoria.
Segundo o Instituto Americano dos Contadores Públicos Certificados – AICPA o controle interno é “o
plano da organização e todos os métodos e medidas coordenados, adotados dentro da empr esa para
salvaguardar seus ativos, verificar a adequação e confiabilidade de seus dados contábeis, promover a
eficiência operacional e fomentar o respeito e obediência às políticas administrativas fixadas pela
gestão.”
Esse conceito apresentado pelo AICPA é um dos mais divulgados e aceitos pela doutrina auditorial.
Consoante o Guia de Orientação sobre Auditoria Internacional – n.º 05 da IFAC, tem-se a seguinte
definição relativa ao controle interno:
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Se a administração adotar um adequado sistema de controle interno, ela poderá ter uma razoável
segurança de que os ativos estão salvaguardados contra o mau uso ou utilização não autorizada, bem
como saber se os registros contábeis são fontes confiáveis para a elaboração de demonstrações
adequadas.
A seguir, são apresentados alguns procedimentos específicos de controle interno orientados para
atingirem os mencionados objetivos: rodízio e segregação de funções; conferência da exatidão de
cálculos; elaboração tempestiva de conciliações; rotinas de verificação e controle; elaboração de
balancetes de verificação; implantação de sistemas de aprovação e controle de documentação, limites
de alçada; confirmação com fontes externas independentes; confrontação entre o resultado de
contagens físicas de numerário, mercadorias, ativos fixos, ações, títulos e os respectivos registros
contábeis; acesso limitado e autorizado a ativos e a registros contábeis, acompanhamento e
comparação do tipo custo previsto versus realizado.
Cobertura de transações conhecidas e rotineiras e não das eventuais: por mais adequado que seja o
sistema de controle interno adotado, ele não será capaz de garantir que operações não usuais sejam
acompanhadas com satisfação;
Potencial de erro humano: a imensa maioria dos procedimentos de controle possui como ponto
chave a verificação humana, que está sempre sujeita ao erro;
Inadequação dos procedimentos em função do tempo: com o avanço da tecnologia é natural que um
bom controle do passado perca a efetividade nos dias atuais.
Portanto, por melhor que seja o grau de confiança que o auditor depositar no sistema de controle
interno, uma atenção especial deve ser dada às limitações inerentes ao sistema, e as pessoas
responsáveis por esses controles.
Ao revisar o sistema de controle interno de uma entidade, o auditor deverá avaliar a sua eficiência e
eficácia, de modo a estabelecer o grau de confiança que será depositado nesse sistema, objetivando
definir o volume de testes que serão realizados para fundamentar a opinião.
A revisão dos controles internos consiste no exame detalhado dos sistemas de controle interno
mantidos pelo ente auditado, objetivando avaliar se existem procedimentos de controle adequados e
se eles estão funcionando da maneira prevista pela administração.
É com base na revisão e avaliação do sistema de controle interno que o auditor irá determinar qual a
extensão dos exames a serem realizados. Um bom controle interno significa que serão necessários
menos exames para fundamentar a opinião do auditor. Por ouro lado, um sistema de controle interno
deficiente acarretará um maior volume de testes a ser realizado. Ou seja:
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Essa revisão e avaliação devem ser executadas para cada área-chave do auditado e devem estar
suportadas nos resultados da análise do grau de risco ou vulnerabilidade envolvido no processo. Grau
de vulnerabilidade ou grau de risco é o nível que indica o quanto um determinado sistema é vulnerável
(área de risco) à ocorrência de práticas abusivas, irregulares, ineficientes, antieconômic as, ilegais,
entre outros.
Ao avaliar o sistema de controle interno, o auditor deve verificar quais os procedimentos utilizados pela
entidade para salvaguardar os ativos contra um determinado risco e garantir a adequação das
informações; examinar a documentação dos procedimentos de controle com a finalidade de verificar
se existem documentos e processos suficientes para atingir os objetivos de controle e identificar a
existência de controles excessivos ou insuficientes, bem como a ocorrência de situações
antieconômicas.
Ao proceder essa avaliação o auditor deverá verificar se os mencionados controles estão funcionando
na maneira em que foram concebidos, considerando as tarefas e procedimentos a seguir:
compreender como funciona um fluxo de transações; selecionar uma amostra de transações; revisar a
documentação de tais transações; efetuar outras observações e averiguações julgadas necessárias;
assegurar-se de que foram executados os procedimentos de controle especificados acompanhando os
passos seguidos pelas transações selecionadas por amostragem durante o processo. É o que se
denomina auditoria de walkthrough.
Apresenta-se a seguir, sem pretender limitar o processo, os principais passos para realização de uma
avaliação de sistema de controle interno:
Identificar as principais áreas operacionais: uma área operacional representa uma seção da entidade
que executa um ciclo de transações, aqui compreendido como sendo processos utilizados para dar
início e executar atividades que se complementam entre si. Como exemplo, o cicio de transações de
pessoal; de compras, contas a pagar, pagamentos; de custos; de faturamento; entre outros.
Normalmente, essas áreas são identificadas na fase da análise geral.
Análise do ambiente geral de controle: essa avaliação deve ser considerada em face do fato de o
ambiente, no qual o ente auditado opera, influenciar de forma significativa, a eficácia dos controles
internos. Na realização dessa avaliação, devem ser considerados, entre outros, os seguintes
aspectos: atitude da direção, estrutura e equilíbrio organizacional; pessoal envolvido; delegação e
comunicação de autoridade e responsabilidade e práticas orçamentárias e de informação.
Documentação do ciclo de transações: após identificação das áreas, estas devem ter seu ciclo de
transações devidamente documentado através de memorandos, questionários padronizados ou
fluxogramas.
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Assim, uma avaliação de controle interno pode identificar diversos pontos fortes em um fluxo de
transações na área de estoque, como, por exemplo, tem-se: utilização de coletas de preços para
aquisições; utilização de requisições de materiais para produção e consumo; determinação do ponto
mínimo de estoques, adoção de inventário permanente; contagens rotativas, ou periódicas, de
estoques; entre outros.
No fluxo de transações na área de pessoal podem ser encontrados os seguintes pontos fortes: seleção
e contratação manualizadas, plano de cargos e salários, rodízio de funções, acesso restrito às senhas
de manipulação de dados, limites de alçadas para autorização, análises periódicas de variações,
conferência de cálculos, entre outros.
Em resumo, o processo de avaliação de controles internos deve identificar controles inadequados que
devem ser ajustados e a necessidade de novos controles.
Ao cabo da revisão dos controles internos, o auditor, se considerar oportuno e aplicável, poderá emitir
um relatório gerencial contendo as seguintes informações: quais as deficiências do ambiente geral
de controle; em que áreas não existem controles; quais os principais desvios identificados e em que
áreas os controles não estão funcionando da maneira prevista ou são inadequados; em que áreas os
controles parecem excessivos e, em consequência, estariam sendo antiatômicos e ineficientes, de que
maneira as instruções e determinações gerenciais estão sendo cumpridas, recomendações sobre
quais procedimentos que poderão ser implementados para corrigir ou melhorar a situação encontrada;
e considerações sobre os custos e benefícios esperados das mudanças.
Plano de Auditoria
Assim, o planejamento de auditoria refere-se aos trabalhos que serão executados para determinar o
alcance ou escopo dos trabalhos, as áreas de risco, o tempo necessário para a execução, os objetivos,
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a) Descrição detalhada do ente auditado: neste tópico, devem ser apresentadas, de forma sumária,
as informações mais relevantes acerca da entidade sob auditoria, na forma a seguir demonstrada:
Objetivos sociais: descrição sucinta dos objetivos sociais, com a finalidade de auxiliar o
conhecimento das operações do auditado;
Histórico: descrição da evolução histórica da entidade auditada. Sua origem, seu desenvolvimento,
suas particularidades, entre outros;
Principais responsáveis: descrição dos cargos e das pessoas chave que são responsáveis pela
condução dos negócios do auditado;
Endereço das instalações (telefones, home-page, e-mail, fax, entre outros): de modo a permitir
uma rápida identificação de onde está localizado o auditado, bem como agilizar e facilitar a
comunicação. O endereço das instalações deve constar no plano de auditoria em nível de detalhe
satisfatório;
Práticas contábeis adotadas (Lei n.º 4.320/64 ou Lei n.º 6.404/76) e legislação específica:
descrição das principais práticas contábeis adotadas pelo ente auditado, dando ênfase aos
procedimentos específicos. Também devem ser apresentados detalhes da legislação a que está
sujeito o ente auditado;
b) Detalhamento da auditoria: neste item, deve ser descrito com detalhes o trabalho a ser realizado,
incluindo, entre outros pontos, os seguintes:
Objetivo da auditoria: descrição do motivo por qual se fará a auditoria. Dessa forma ficará delimitado
o tipo da auditoria que será realizado, a saber: auditoria contábil ou operacional;
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Período de realização dos exames: data provável de realização dos trabalhos, que deve ser
definida após discussão com o ente auditado;
Tipos de relatórios exigidos: definição de quais os tipos de relatório de auditoria que deverão ser
apresentados ao cabo dos trabalhos;
Escopo ou alcance do exame: estabelece qual o limite dos trabalhos de auditoria, ou seja, até que
ponto os trabalhos alcançarão;
Opiniões dadas em anos anteriores: descrição sumária das opiniões apresentadas nos trabalhos
anteriores;
Resultado da revisão dos controles internos: as avaliações dos controles internos devem ser
claramente demonstradas;
Definição dos principais procedimentos: descrição dos principais procedimentos de auditorias que
poderão ser utilizados, tais como: exame documental, observação, conferência de cálculos, inspeções
físicas, entrevistas, circularizações, entre outros;
Pessoal técnico envolvido: relação da equipe técnica envolvida, que deverá conter, além dos
dirigentes máximos, gerentes, supervisores, encarregados e demais envolvidos, com as respectivas
formações, tais como: contador, economista, administrador, advogado, engenheiro, entre outros.
Concurso de Especialistas: se aplicável, a participação desses especialistas deve ser prevista e
estimados os custos a serem incorridos;
Revisão e aprovação: o plano de auditoria deve ser adequadamente revisado e aprovado pelos
auditores mais experientes.
Por fim, vale mencionar que o plano de auditoria não é um documento estático, devendo ser
atualizado todas as vezes que as circunstâncias assim determinarem.
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Programa de Auditoria
O programa de auditoria é o instrumento que fornece ao auditor que irá executar os trabalhos os
passos específicos a serem seguidos de acordo com o plano de auditoria. Representando o
detalhamento do plano de auditoria, o programa deve ser elaborado de forma abrangente. Contudo,
não pode limitar a criatividade do auditor, que é necessária em certas circunstâncias. Este
instrumento, definindo os objetivos, o escopo adotado e os procedimentos a serem seguidos, deve ser
elaborado por área específica a ser examinada.
Exercícios
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02. (ATM-RC/03) A existência de controles internos eficientes previne contra a fraude e minimiza os riscos de
erros e irregularidades nos registros e nos processos contábeis. Com base nesta afirmação, indique qual das
afirmativas a seguir não representa um procedimento de controle interno.
a) Segregação de funções da pessoa que executa a escrituração contábil da que elabora os relatórios
contábeis.
c) Elaboração de inventários periódicos para confirmação da existência física dos estoques pertencentes à
empresa.
e) Acordo entre os funcionários do processo de compras para direcionar a compra para a empresa Beta.
03. (ATM-RC/03) A auditoria estabelece como "escopo" do trabalho o período das demonstrações
financeiras. Indique qual das normas abaixo não se refere ao período objeto da auditoria.
c) Amostragem estatística.
d) Eventos subsequentes.
e) Estimativas contábeis.
a) Contábeis e jurídicos.
b) Patrimoniais e econômicos.
c) Financeiros e econômicos.
d) Empresariais e externos.
e) Administrativos e contábeis.
05. (AFPS/2000) A determinação da amplitude dos exames necessários à obtenção dos elementos de
convicção que sejam válidos para o todo no processo de auditoria é feita com base:
06. (Auditor/RS) De maneira geral, um sistema básico de controle interno das disponibilidades incluiria o
seguinte:
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a) Exigência no sentido de que todos os recebimentos em cheques sejam descontados no mesmo dia.
b) Exigência no sentido de que todos os pagamentos sejam feitos somente por uma pessoa.
d) Integração das atividades que estejam associadas com os pagamentos daquelas que estejam ligadas ao
recebimentos, de modo que somente uma pessoa detenha os controles necessários a fim de evitar fraudes
erros.
Nas questões de número 7 a 9, são dadas cinco afirmativas. Indicar as verdadeiras e as falsas
07. (UNB) Com relação ao controle interno em uma organização, o auditor deve levar em consideração o
ambiente estabelecido para que possa fazer um julgamento adequado na condução e nos reflexos das
operações em seu trabalho. Sendo assim:
1. O sistema de controle interno tem como finalidade promover a confiabilidade e tempestividade dos
registros, controles e demonstrações, resultados e eficácia.
2. Tanto a implantação dos sistemas de controles internos quanto a manutenção e melhoria destes são de
responsabilidade do auditor, uma vez que exercem influência direta no resultado de seus trabalhos como
também no momento de expressar sua opinião (Parecer dos Auditores).
3. São considerados controles internos para efeito de determinar sua eficácia todos os documentos que são
gerados pela administração da empresa e que têm reflexo contábil. Os demais controles, tais como os
administrativos, as portarias, os decretos, os regulamentos e as instruções normativas são considerados
controles administrativos com reflexo nas decisões empresariais.
4. Para obtenção da compreensão dos sistemas operacionais de uma empresa, são empregadas técnicas de
auditoria das quais as mais utilizadas nesta fase são a “técnica da entrevista” e a elaboração de
“fluxogramas” ou “narrativas” sendo que esta última pode ser aplicada isoladamente ou em conjunto.
5. Para o bom desenvolvimento dos trabalhos de auditoria, é de fundamental importância que todos os
passos planejados pelo auditor sejam cumpridos e que este esteja capaz de fazer um julgamento adequado
sobre os sistemas de controles internos da empresa, como também efetue análise, avaliação e estabeleça o
grau de segurança dos controles como base.
08. (UNB) O estudo e avaliação dos controles internos – classificados em controles contábeis e
administrativos – servem de base para um auditor determinar a natureza, a oportunidade e a extensão da
aplicação dos procedimentos de auditoria. Os exemplos de controles administrativos incluem:
a) Treinamento de pessoal
c) Controle de qualidade
09. (BACEN) Por controles internos entendem-se todos os instrumentos da organização destinados à
vigilância, fiscalização e verificação administrativa, que permitam prever, observar, dirigir ou controlar os
acontecimentos que se verificam dentro da empresa e que produzam reflexos no seu patrimônio. Os
objetivos dos controles internos incluem:
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10. (Auditor/RS) Examine atentamente os itens abaixo e cumpra a instrução dada logo a seguir:
I – Anotação da comparação dos balanços dos últimos 3 anos para acompanhar a tendência de dados da
empresa.
II – Anotações dos detalhes de inspeções de títulos e obrigações ao portador guardados em cofre de bancos.
III – Confirmações de saldos (cópias das cartas) referentes a bancos, clientes, advogados, fornecedores,
V – Análise da declaração do imposto de renda da pessoa jurídica, para adequação da provisão do imposto
de renda.
Assinale a opção que contém os itens que correspondem aos papéis de trabalho do auditor que devem
corretamente fazer parte da pasta corrente.
a) I, IV e V
b) I, II e IV
c) III, IV e V
d) II, III e V
e) I, II e III
11. (Sim/98) De acordo com a NBC-T-11, a continuidade normal dos negócios da entidade deve merecer
especial atenção do auditor quando do planejamento dos seus trabalhos, ao analisar:
a) Os testes de auditoria
b) Os procedimentos de auditoria
d) Os fatores objetivos
e) Os riscos de auditoria
12. (AFRF/96) Indique a assertiva que não configura conflito de interesses e, portanto perda efetiva, ou
aparente, da independência do auditor:
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13. Ao planejar seu trabalho o auditor deve considerar-se impedido na ocorrência das seguintes hipóteses,
exceto:
14. O planejamento de auditoria deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos trabalhos.
Indique a opção que não se constitui em fator relevante para o planejamento de auditoria externa:
a) Riscos de auditoria.
a) É a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre o Sistema de
Controle Interno significativamente correto.
b) É a possibilidade de o auditor vir a não emitir uma opinião tecnicamente adequada sobre as
demonstrações contábeis significativamente incorretas.
c) É a impossibilidade de o auditor vir a não emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre as
demonstrações contábeis significativamente corretas.
d) É a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre as demonstrações
contábeis significativamente incorretas.
e) É a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente adequada sobre a demonstração
financeira da auditada.
16. A análise dos riscos de auditoria deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos, considerando a
relevância em dois níveis:
a) Teórico e prático.
b) Teórico e sistemático.
c) Geral e específico.
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d) Geral e sistemático.
e) Geral e prático-sistemático.
17. O auditor deve efetuar sugestões objetivas para o aprimoramento do sistema contábil e de controle
interno, decorrentes de constatações feitas no decorrer do trabalho. A responsabilidade pelo sistema
contábil e de controle interno será:
a) Do auditor independente.
d) Do conselho fiscal.
18. O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente
os seguintes, com exceção de:
19. Os exames de auditoria devem ser planejados e executados na expectativa de que os eventos relevantes
relacionados com as demonstrações contábeis sejam identificados. Marque a opção falsa. A relevância deve
ser considerada pelo auditor quando:
a) Avaliar o efeito das distorções sobre os saldos, denominação e classificação das contas.
20. (AFPS/2002) O risco de sistemas contábeis e de controles internos que deixarem de prevenir e/ou
detectar uma distorção no saldo de uma conta que pode ser relevante, classifica-se como risco:
a) Inerente
b) Do trabalho
c) De controle
d) Detecção
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e) Do negócio
21. Representa uma descrição detalhada do funcionamento de um ciclo de transações, enfatizando seus
pontos fortes e fracos de controle. Deve conter o maior volume de informações possível, contudo não pode
dificultar um entendimento rápido e global do ciclo de transação:
a) Questionário.
b) Fluxograma.
c) Memorando.
d) Programa de auditoria.
e) Plano de auditoria.
22. Não obstante a importância de se implantar e de se manter um sistema de controle interno, não se pode
olvidar das limitações a que ele está sujeito. Como exemplo de limitações têm-se:
d) Abuso de autoridade.
e) Todas as anteriores.
23. Os procedimentos de controle representam os instrumentos utilizados pela administração para assegurar
o cumprimento das políticas, metas e diretrizes. Não são exemplos de procedimentos de controle:
e) Todas as anteriores.
II - Risco de Controle: é o risco de que um erro ou classificação indevida de materiais que possam constar de
uma afirmação não sejam evitados ou detectados tempestivamente pelos controles internos da entidade.
III - Risco de Detecção: é o risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação indevida relevante
que existe em uma afirmação.
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e) NRA.
25. Na análise de continuidade das operações o auditor deverá considerar os seguintes indicadores de
operação:
e) Todas as anteriores.
26. (ICMS/RS) Todos os procedimentos de auditoria são baseados em uma ou mais das técnicas auditoriais,
de forma que o conhecimento perfeito dessas técnicas é primordial na elaboração do programa de auditoria,
por isso o auditor deve levar em consideração que:
b) O programa de auditoria deve incluir procedimentos que visam à apuração de quaisquer erros que se
enquadrem dentro do exame
e) Não deve investigar, observar e examinar os documentos para saber se a situação existente é a mesma
descrita
27. Das opções abaixo, assinale a que corresponde a um procedimento usual de auditoria:
e) Todas as anteriores.
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29. O conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para
fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas, chama-se:
a) Planejamento da auditoria.
d) Programas de auditoria.
e) Procedimentos de auditoria.
a) ((((1) evidenciar os requisitos planejados; 2) estabelecer a extensão e datas dos procedimentos a serem
executados; 3) estabelecer a estimativa de horas por procedimentos a serem realizados; e 4) controlar os
passos do programa realizados e a realizar.
b) (((1) evidenciar os requisitos planejados; 2) estabelecer a extensão e datas dos procedimentos a serem
executados; e 3) estabelecer a estimativa de horas por procedimentos a serem realizados.
c) ((((1) evidenciar os requisitos planejados; 2) estabelecer a extensão e datas dos procedimentos a serem
executados; 3) estabelecer a estimativa de horas por procedimentos a serem realizados; 4) controlar os
passos do programa realizados e a realizar; 5) evidenciar quem realizou os passos e f) evidenciar quem
revisou os trabalhos.
d) A e B estão corretas.
31. (AFTE - RN - 2004/2005) Os fluxogramas são diagramas que descrevem os passos do processamento
da informação nas rotinas contábeis. Sua elaboração é acompanhada por descrições narrativas que
evidenciam detalhes adicionais dos controles. Assim, podemos afirmar que eles somente não evidenciam da
entidade.
32. (AFTE - RN - 2004/2005) Na avaliação do risco de auditoria, quando na fase de planejamento, em nível
específico, deve o auditor avaliar:
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c) As atividades da entidade.
b) Do contador da entidade.
d) Do advogado da entidade.
e) Da administração da entidade.
a) Certeza de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração estão em efetivo
funcionamento e cumprimento.
b) Razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração estão
em efetivo funcionamento e cumprimento.
c) Certeza de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração não estão em
efetivo funcionamento e cumprimento.
e) Razoável certeza de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração não
estão em efetivo funcionamento e cumprimento.
35. (AFTE - RN - 2004/2005) Na avaliação do risco de auditoria, o auditor deve avaliar o ambiente de
controle da entidade, excetuando:
36. (AFTE - RN - 2004/2005) A relação custo versus benefício para a avaliação e determinação dos
controles internos deve considerar que o custo dos controles internos de uma entidade:
c) Não deve ser igual ou inferior aos benefícios por ele gerados.
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37. (AFTE - RN - 2004/2005) São componentes inter-relacionados de controles internos, exceto o(a):
a) Ambiente de controle.
b) Avaliação de risco.
c) Atividades de controle.
d) Método de custos.
e) Monitoração.
38. (AFTE - RN - 2004/2005) Para dimensionar se a empresa terá continuidade de suas atividades, o auditor
deve avaliar se haverá normalidade nas operações da empresa pelo período de:
39. (AFTE - RN - 2004/2005) No planejamento de auditoria, o auditor deve avaliar relevância em dois níveis:
Amostragem Estatística
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Nos primórdios da auditoria, mais precisamente até o século XIX, o exame era feito, quase sempre,
sobre a totalidade das operações, ou seja, 100% das transações eram observadas. As práticas
comerciais e administrativas, até então, assim permitiam.
No transcurso do século XX, a auditoria adquire caráter mais sistemático e profissional, surge o auditor
independente. Nos anos quarenta, a auditoria passa a ser realizada com base em testes, assim como
a avaliação do controle interno começa a ser utilizada para suportar os exames. Nos anos sessenta, a
amostragem estatística começa a ser utilizada como instrumento para definição do escopo auditorial,
ou seja, a estatística passa a contribuir significativamente para a aplicação de procedimentos
auditoriais, principalmente em face da economia de recursos e de tempo gerada.
A estatística pode ser conceituada como o método que permite observar, descrever, categorizar,
mensurar e interpretar dados, objetivando obter relações de modo a facilitar o processo de tomada de
decisão em qualquer campo de atividade e do pensamento humano, entre eles a auditoria.
Etimologicamente, a palavra estatística origina-se da forma italiana statistica. Por volta de 1633, ela foi
associada com o sentido de ciência do Estado, pois o termo era empregado, conforme preceitua a
Enciclopédia Barsa, para representar o conjunto de informações “referentes a assuntos de interesse
do Estado, geralmente com finalidade de controle fiscal ou de segurança nacional.”
A palavra estatística no sentido atual – método auxiliar de estudo dos fenômenos coletivos,
econômicos, sociais ou científicos – foi pioneiramente utilizada pelo economista alemão Gottfried
Achenwall (1719 – 1772).
Assim, a estatística, hoje, é empregada para designar o método que possibilita obter determinadas
conclusões sobre o todo, que é a população, com base em estudos, observações e análises de
partes desse todo, que é o que se denomina de amostra.
Amostragem é a técnica utilizada para seleção de amostra, que representa, nos dizeres de Crespo
(1995, p. 19), “um subconjunto finito de uma população”. A amostragem pode ser estatística e não -
estatística, sendo que esta última não permite a avaliação da probabilidade de erro.
A população estatística representa o universo estatístico, ou seja, o conjunto de elementos com uma
característica comum.
Registre-se que a amostragem deve garantir, sempre que possível, a mesma possibilidade de escolha
para todos os elementos da população.
Amostragem proporcional estratificada: neste tipo de amostragem a escolha dos itens a serem
testados ocorre de forma aleatória, mas dentro de um determinado estrato da população, que
apresenta um comportamento homogêneo. O estrato compreende uma divisão da população,
normalmente denominada de subpopulação.
Amostragem por conglomerado: é o tipo de amostragem que pressupõe a disposição dos itens por
subgrupos heterogêneos representativos da população global.
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Logo, a seleção poderá ser feita por um sistema imposto pelo auditor. No caso das notas fiscais
descritas, a seleção de 10 itens poderá ser feita na sequência de 100 em 100 (1.000/10 = 100).
Quando não for possível o exame integral das transações, o auditor pode utilizar a amostragem
estatística em auditoria, conceituada como o método de selecionar um determinado grupo da
população auditorial (amostra auditorial) para obter informações e expressar opinião ou comentários
sobre o total da população, ou seja, fazer as inferências estatísticas, que nos dizeres de Lopes (2001,
p. 10), representam a “parte da Estatística que usa uma amostra para fazer generalizações a respeito
de aspectos importantes de uma população.”
Portanto, na aplicação dos procedimentos auditoriais pode ser observada pelo auditor as técnicas da
amostragem estatística, além das provas seletivas e dos testes. As próprias normas de auditoria assim
determinam.
A Norma Internacional de Auditoria n.º 530 da IFAC objetiva “estabelecer normas e proporcionar
orientação sobre o projeto e seleção de uma amostra em auditoria e sobre a avaliação dos resultados
da amostra”.
O CFC, através da Resolução n.º 820/97, que trata das “Normas de Auditoria Independente das
Demonstrações Contábeis – NBC T 11”, preconiza que:
A aplicação dos procedimentos de auditoria deve ser realizada, em razão da complexidade e volume
das operações, por meio de provas seletivas, testes e amostragens, cabendo ao auditor, com base
na análise de riscos de auditoria e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude dos
exames necessários à obtenção dos elementos de convicção que sejam válidos para o todo.
(Grifamos)
Nos dizeres de Miller e Bailey apud Costa (1998, p. 108), a utilização da amostragem estatística
possibilita as seguintes vantagens para o processo auditorial:
Além das vantagens descritas, pode-se incluir a economia de recursos e de tempo, além de tornar
mais operacional a auditoria.
As principais normas sobre amostragem estatística em auditoria aprovadas pelo CFC indicam que:
Ao usar métodos de amostragem estatística ou não estatística, o auditor deve projetar e selecionar
uma amostra de auditoria, aplicar a essa amostra procedimentos de auditoria e avaliar os resultados
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A amostra selecionada pelo auditor deve ter uma relação direta com o volume de transações
realizadas pela entidade na área ou transação objeto de exame, como também com os efeitos na
posição patrimonial e financeira da entidade, e o resultado por ela obtido no período.
A população da amostra representa o conjunto dos dados de onde o auditor pretende selecionar a
sua amostra.
O tamanho da amostra corresponde ao número de itens que serão testados. Na sua determinação
devem ser considerados os seguintes parâmetros: confiança, precisão, desvio-padrão e o tamanho da
população. Segundo a Norma Internacional de Auditoria n.º 530 da IFAC, “ao determinar o tamanho
da amostra, o auditor deve considerar o risco de amostragem, o erro tolerável e o erro esperado”.
Para se calcular o tamanho da amostra, pode ser utilizada a seguinte fórmula apresentada por
Barbetta (2001):
no = _1_
E2o
Onde:
n = tamanho da amostra
n = _N.no_
N + no
Conhecendo o tamanho da população, pode-se usar a seguinte fórmula:
Portanto, para se obter o tamanho mínimo de uma amostra aleatória simples em uma população, por
exemplo, de 1.000 notas fiscais, com alta confiança de que os erros amostrais não ultrapassem 5%
(Eo = 0,05), tem-se:
2
(0,05)
logo, no = 400
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1.000+400 1.400
Em uma população de 1.000 notas fiscais, admitindo-se um erro amostral de 5%, deve- se selecionar
286 itens, o que é significativo.
Segundo Barbetta (2001, p. 59), erro amostral é “a diferença entre o valor que a estatística pode
acusar e o verdadeiro valor do parâmetro que se deseja estimar.”
Por risco de amostragem se entende a possibilidade da conclusão obtida com base na amostragem
ser diferente daquela que seria obtida se 100% da população fosse examinado.
O erro tolerável é o erro máximo admitido pelo auditor para poder emitir uma opinião favorável sobre
a população examinada. Ele deve ser definido na fase de planejamento de auditoria.
O erro esperado é a quantidade de erro que o auditor espera que a população contenha. Portanto,
muitas vezes será necessário ampliar o tamanho da amostra, quando o erro da população excede o
erro tolerável.
Não se pode olvidar que, segundo a Resolução n.º 820/97 do CFC, na seleção de amostra devem ser
considerados pelo auditor os seguintes tipos de amostragem estatística:
Seleção aleatória;
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Os auditores também devem considerar os elementos da estatística descritiva, tais como as medidas
de tendência central (média, mediana e moda), as medidas de dispersão (amplitude total da amostra,
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variância amostral, desvio padrão ), além das noções sobre tabelas e gráficos estatísticos.
Assim, a estatística é de fundamental importância para a atividade auditorial, pois todas as vezes que
não for possível examinar a totalidade da população, principalmente em função de custo, tempo e
outras questões operacionais, o auditor, até por imposição normativa, deverá selecionar a amostra –
amostragem, calcular a probabilidade de erros e elaborar suas inferências sobre o todo objeto de
auditoria.
Exercícios
01. (AFPS/2002) Na determinação da amostra, o auditor não deve levar em consideração o(a):
a) Erro esperado.
c) Tamanho da amostra.
e) Estratificação da amostra.
02. (AFPS/2002) Nas alternativas de escolha da amostra, um dos tipos a ser considerado pelo auditor é a
seleção:
b) Dirigida e padronizada dos itens que comporão a base da amostra a ser utilizada.
03. (AFRF/98/ESAF) Os planos de amostragem probabilística, que pressupõem a disposição dos itens de
uma população em subgrupos heterogêneos representativos da população global, é do tipo:
a) Amostragem aleatória.
b) Amostragem sistemática.
c) Amostragem estratificada.
04. (AFRF/98) Assinale a opção que não encontra amparo na NBC-T-11 – Normas de Auditoria
Independente das Demonstrações Contábeis:
a) A amostra de auditoria pode ser feita por seleção casual, a critério do auditor, baseado em sua
experiência.
b) A amostra pode ser por seleção sistemática observando intervalo constante entre transações.
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c) A estratificação e o tamanho são alguns fatores que devem ser considerados para determinar a amostra.
d) A amostra de auditoria selecionada deve ter uma relação direta com o volume de transações realizadas.
e) O auditor deve empregar métodos de amostragem estatística para seleção de itens por serem testados.
c) Amostragem sistemática.
d) Amostragem estratificada.
06. (AFRF/2001/ESAF) Assinale a opção que não representa uma obrigação do auditor, segundo a NBC-T-
11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis:
07. Em razão da complexidade e volume das operações, a aplicação dos procedimentos de auditoria pode
ser realizada através de:
a) Desvio-padrão normal.
b) Intervalo de confiança.
c) Erro-padrão da média.
d) Tamanho da amostra.
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I – A população da amostra representa o conjunto dos dados de onde o auditor pretende selecionar a sua
amostra.
a) I e II estão corretas.
b) I está correta.
d) I e II estão incorretas.
a) Diferença entre o valor que a estatística pode acusar e o verdadeiro valor do parâmetro que se deseja
estimar.
b) Possibilidade da conclusão obtida com base na amostragem ser diferente daquela que seria obtida se
100% da população fosse examinado.
c) Erro máximo admitido pelo auditor para poder emitir uma opinião favorável sobre a população examinada.
12. (AFRF/2002/ESAF) O risco que o auditor corre por considerar, como resultado de uma amostra que
suporte sua conclusão, que o saldo de uma conta ou classe de transações registradas estão relevantemente
corretos, quando de fato não estão, é denominado:
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b) Amostragem sistemática.
c) Amostragem estratificada.
16. (AFRF/2002/ESAF) O termo estatístico que define o maior valor que um auditor poderia considerar
irrelevante na auditoria de uma determinada rubrica contábil denomina-se:
a) Desvio-padrão.
b) Precisão.
c) Variância.
d) Intervalo de confiança.
e) Erro-padrão.
17. (ISS/NATAL/2001/ESAF) Assinale a opção que não representa um fator importante que deve ser
considerado no planejamento dos trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis:
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18. (AFC/NATAL/2001/ESAF) O critério de seleção casual para determinar a amostra ser testada pelo auditor
ocorre quando a amostra:
19. (AFC/NATAL/2001/ESAF) Ao utilizar o método de amostragem estatística para verificar a aderência aos
controles internos, o auditor tem maior probabilidade em conduzir a uma opinião errônea quando incorre no
risco de:
a) Subavaliação da confiabilidade.
b) Rejeição incorreta.
c) Aceitação incorreta.
d) Superavaliação da confiabilidade.
e) Avaliação da população
a) Erro esperado.
b) Erro tolerável.
c) Erro total.
d) Erro superior.
e) Erro amostral.
21. (AFTE - RN - 2004/2005) Das assertivas a seguir, identifique a que não está relacionada à determinação
da amostra
a) Estratificação.
b) Tamanho.
c)Erro tolerável.
d) Erro esperado.
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e) Sequência.
Gabarito Capítulo 5
01. B
02. C
03. E
04. E
05. D
06. B
07. D
08. D
09. A
10. A
11. A
12. A
13. C
14. D
15. C
16. B
17. E
18. E
19. D
20. B
21. E
Procedimentos de Auditoria
Segundo o CFC, como já descrito no capítulo 3, os procedimentos de auditoria podem ser agrupados
em testes de observância a em testes substantivos. Os primeiros são relacionados com a
validação de controle internos. Os testes substantivos se relacionam com os exames de saldos de
balanços e a totalidade dos valores.
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Os procedimentos de auditoria não são rígidos, podendo variar de auditoria para auditoria, de modo a
se ajustarem às circunstâncias específicas de cada caso em exame.
A aplicação dos procedimentos de auditoria pode ser realizada através de exames, provas seletivas,
testes e amostragens em razão da complexidade e volume das operações de cada entidade auditada,
cabendo ao profissional da auditoria, com base na análise de riscos envolvidos e outros elementos de
que dispuser, determinar a amplitude ou o escopo dos exames necessários à obtenção dos elementos
probatórios que sejam válidos para o todo auditado.
Exame Documental: é a análise da adequação dos documentos comprobatórios dos fatos auditados,
entre outros documentos que normalmente são examinados, pode- se citar notas fiscais, cautelas,
duplicatas quitadas, contratos. Quando o auditor realiza o exame dos documentos originais, deve estar
atento para a autenticidade, normalidade, aprovação e registro.
Conferência de Cálculos: revisão dos principais (relevantes) cálculos realizados pela entidade
auditada, de modo a verificar sua exatidão. Entre as conferências de cálculos fundamentais está a
conferência de soma.
Entrevistas: questões dirigidas de forma técnica aos auditados de modo a detalhar e esclarecer
procedimentos. Pode ser realizada de forma estruturada (questões padronizadas) ou não-
estruturadas.
Inspeção Física: exame da existência de bens. Este procedimento deve ser aplicado de forma
cuidadosa pelo auditor, que deve estar atento aos detalhes envolvidos na utilização dos bens.
Segundo o CFC, a inspeção física envolve também o exame dos títulos e outros documentos
comprobatórios. Na aplicação deste procedimento devem ser consideradas: identificação, existência,
autenticidade, quantidade e qualidade.
negativa: quando informa que não é necessária a resposta quando o auditado concorda com o
valor informado;
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Correlação: é a relação entre um fato examinado em uma área com seus impactos em outras.
Procedimento de revisão analítica: é a avaliação dos dados com base em testes globais, aplicação
de índices de análise de balanço e análise de variações. Na aplicação dos procedimentos de revisão
analítica o auditor deve considerar a disponibilidade das informações, sua confiabilidade, relevância e
comparabilidade.
A Resolução n.º 820/93 do CFC, estabelece que a aplicação dos procedimentos de auditoria “deve ser
realizada, em razão da complexidade e volume das operações, por meio de provas seletivas, testes e
amostragens, cabendo ao auditor, com base na análise de riscos de auditoria e outros elementos de
que dispuser, determinar a amplitude dos exames necessários à obtenção dos elementos de convicção
que sejam válidos para o todo”.
Ainda segundo o CFC, na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve
considerar os seguintes procedimentos técnicos básicos:
São apresentadas a seguir, sem pretender esgotar a lista, alguns objetivos e procedimentos de
auditoria em algumas áreas do Balanço Patrimonial, a saber:
Disponível
a) contagem física do numerário em caixa, que deve ser feita sempre na presença do responsável,
devendo ser obtida uma declaração por escrito de que os valores contados foram devolvidos na
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totalidade;
Contas a Receber
e) conferência da adequação dos valores considerados como provisão para devedores duvidosos.
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Estoques
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Despesas Antecipadas
d) os valores das coberturas estão compatíveis com os valores de mercado dos bens segurados.
Investimentos
a) inspeção física dos títulos dos principais valores classificados nos investimentos.
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Imobilizado
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Contas a Pagar
Empréstimo
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Patrimônio Líquido
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d) Conferência de cálculo.
Resultado de Exercício
c) Análise de variações.
d) Correlação com os resultados da revisão dos controles internos das áreas de faturamento, de
pessoal e de custo.
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universo da gestão – não é exato e o auditor incumbido dessa tarefa deve apreciar caso a caso os
diferentes domínios da administração.
Evidência de Auditoria
Evidência é toda prova obtida pelo auditor, em face da aplicação dos procedimentos de auditoria, para
avaliar se os critérios estabelecidos estão sendo ou não atendidos.
Assim, tem-se:
a) Evidência física: obtida em decorrência de uma inspeção física ou observação direta de pessoas,
bens, ou transações. Normalmente são apresentadas sob a forma de fotografias, gráficos,
memorandos descritivos, mapas, amostras físicas, etc.
O auditor deve atentar que o processo de obtenção de evidências em uma auditoria operacional é
muito mais complexo do que em uma auditoria contábil. Isso acontece em virtude de, nas áreas
operacionais, o processo de identificação dos critérios, na maioria das vezes, não ser claramente
definido como nas áreas financeiras. A identificação das áreas problemáticas e críticas dependerão
enormemente da perspicácia, experiência e determinação do auditor.
Exercícios
01. Entre os procedimentos e técnicas de Auditoria, tem-se o Exame Físico que deve conter as seguintes
características:
02. Na aplicação dos testes substantivos, o auditor deve objetivar a seguinte conclusão:
a) Existência.
b) Ocorrência.
c) Avaliação.
d) Abrangência.
e) Totalidade.
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03. (AFPS/2002) Os procedimentos relacionados para compor um programa de auditoria são desenhados
para:
04. (AFPS/2002) Os procedimentos de auditoria são um conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter
evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações
contábeis auditadas. Tais procedimentos abrangem os seguintes testes:
a) Substantivos e de observância.
c) Substantivos e de cálculo.
d) De confirmação e de observância.
05. (AFRF/96) Procedimentos de auditoria é o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidenciou
provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas
e abrangem:
06. “O conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para
fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis”. O enunciado refere-se a:
a) Testes de Observância.
b) Testes Substantivos.
c) Relevância.
d) Papéis de trabalho.
e) Procedimentos de Auditoria.
07. (AFRF/98) Os procedimentos de auditoria que têm por finalidade obter evidência quanto à suficiência,
exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade são denominados testes:
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a) De observância.
b) De controle.
c) Substantivos.
d) De aderência.
e) De existência.
08. (AFRF/2001/ESAF) A conclusão quanto à ocorrência efetiva de uma transação contábil é mudos
objetivos do auditor para a aplicação dos:
a) Testes de cálculos.
b) Testes de observância.
c) Testes de abrangência.
d) Testes substantivos.
e) Testes de procedimentos.
09. (AFRF/98) A conclusão sobre a adequada mensuração, apresentação e divulgação das transações
econômico-financeiras, em consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade, é um dos
objetivos de:
a) Testes de observância
b) Testes de procedimento
c) Procedimentos de confirmação
d) Testes substantivos
e) Procedimentos de inspeção
11. (AFPS/2002) A circularização é um procedimento de auditoria que aplicado à área de contas a receber
confirma:
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12. (AFPS/2002) A administração de uma entidade envia uma carta às diversas instituições financeiras com
as quais se relaciona comercialmente, solicitando informações dos saldos em aberto existentes nessas
empresas em uma determinada data, cuja resposta deva ser enviada diretamente aos seus auditores
independentes. Nesse caso, ocorre um procedimento de:
a) Investigação.
b) Observação.
c) Confirmação.
d) Revisão analítica.
e) Inspeção.
13. (AFPS/2002) Na aplicação dos procedimentos de revisão analítica, o auditor deve considerar a.
14. (AFPS/2002) Para determinação da suficiência de cobertura de seguros para ativo imobilizado deve-se
proceder ao confronto da cobertura da apólice com o valor:
e) Do Patrimônio Líquido.
a) Inspeção.
b) Cálculo.
c) Observação.
d) Revisão analítica.
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e) Investigação.
16. (AFPS/2002) Assinale a opção em que o procedimento de revisão analítica não está associado a clientes.
17. Ao auditar o imobilizado o auditor verifica se os veículos adquiridos pela entidade existem. Esta é a
aplicação do seguinte procedimento:
a) Conferência de cálculo.
b) Inserção física.
c) Exame documental.
e) Observação.
a) Inspeção.
b) Observação.
c) Investigação e confirmação.
d) Contingenciamento.
e) Controle.
19. (AFRF/96) Das opções abaixo, assinale a que não corresponde a um procedimento de auditoria:
20. (AFRF/96) Assinale a opção que representa alguns procedimentos técnicos básicos de auditoria,
conforme as normas de auditoria independente das demonstrações contábeis:
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21. A evidência de auditoria mais apropriada para o auditor certificar-se da existência física de um bem é:
a) Inspeção física.
b) Registro contábil.
e) Declaração do administrador.
22. (AFRF/96) A confirmação implica a obtenção de declaração formal e isenta de pessoas independentes
à Cia. Quais dos procedimentos abaixo não estão relacionados com os exames da confirmação?
a) Seleção criteriosa dos itens, por serem examinados através do procedimento de confirmação.
23. (AFRF/96) A investigação constitui-se em um dos procedimentos de auditoria. Este deve ser utilizado em
qual caso abaixo:
24. Dentre as alternativas abaixo, aquela que apresenta uma técnica básica de auditoria é:
a) Segregação.
b) Controle interno.
c) Interdependência.
d) Papéis de trabalho.
e) Inspeção física.
25. A técnica de auditoria que consiste na identificação do objeto que está sendo examinado, a fim de
assegurar-se da sua existência, compreendendo a contagem, verificação de autenticidade e qualidade,
limitada a bens materiais, denomina-se:
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a) Confirmação.
b) Circularização.
c) Conferência de cálculos.
c) Conferência de cálculos.
d) Confirmação.
27. (Auditor/RS) A aplicação dos procedimentos de auditoria deve ser realizada através de provas seletivas,
testes e amostragens, em razão da complexidade e volume das operações.
As normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis em relação à amplitude dos exames
necessários à obtenção dos elementos de convicção que sejam válidos para todo, prescrevem:
a) A amplitude não poderá ser inferior, em valores a 70% das operações em análise.
b) A amplitude deverá representar pelo menos três quartos do valor das operações analisadas, salvo se
identificarem.
d) A amplitude deverá representar, pelo menos, 85% dos valores das operações analisadas, quando
identificarem elementos de que relevantes em relação às Demonstrações Contábeis.
e) Cabe ao auditor, com base na análise de riscos de auditoria e outros elementos de que dispuser a
determinação da amplitude dos referidos exames.
28. Na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve considerar os seguintes
procedimentos técnicos básicos, exceto:
a) Inspeção.
b) Cálculo.
c) Avaliação.
d) Observação.
e) Confirmação.
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29. (BACEN) A aplicação dos procedimentos de auditoria deve ser realizada por meio de provas seletivas,
testes e amostragens, em razão da complexidade e do volume das operações, cabendo ao auditor, com
base na análise de riscos da auditoria e outros elementos de que dispuser determinar a amplitude dos
exames necessários à obtenção dos elementos de convicção que sejam válidos para o todo. Os
procedimentos técnicos básicos que o auditor deve considerar na aplicação dos testes incluem (verifique as
certas e as erradas).
a) Instauração – estabelecimento de caminho crítico que determine os pontos falhos e vícios utilizados
pelos interessados nos desvios patrimoniais.
30. Na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve considerar os seguintes
procedimentos técnicos.
31. (AFRF/98) No exame das demonstrações contábeis de uma entidade, o risco de continuidade normal
das atividades desta deve ser objeto de atenção dos auditores independentes. Assinale a opção que não
representa indicadores deste tipo de risco
e) Passivo a descoberto.
32. Dentre as alternativas abaixo, aquela que apresenta uma técnica básica de auditoria é:
a) Segregação.
b) Controle interno.
c) Interdependência.
d) Papéis de trabalho.
e) Investigação minuciosa.
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a) Observação.
b) Inspeção.
c) Investigação.
d) Cálculo.
e) Revisão analítica.
a) Inspeção e observação.
c) Observação e cálculo.
a) Bancos.
b) Estoques.
c) Aplicação financeira.
d) Empréstimo.
36. (AFRF/00) Pedido de confirmação (circularização) no qual o auditor solicita que o destinatário responda
apenas se a informação está errada é usualmente denominado na atividade de auditoria independente:
a) Positivo.
b) Em preto.
c) Em branco.
d) Negativo.
e) Com divergência.
37. A Execução é a fase de aplicação dos procedimentos de auditoria. É neste estágio que o auditor realiza
seus exames. Os principais procedimentos de auditoria são:
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a) Aqueles que estão diretamente relacionados com a proteção dos ativos e a validade dos registros
contábeis. Como exemplo destes controles, temos: segregação de funções, sistemas de autorização e
aprovação, etc.
c) Aqueles que estão diretamente relacionados com aspectos operacionais. Como exemplo destes controles,
temos: segregação de funções, sistemas de autorização e aprovação, etc.
d) A e B estão corretas.
d) A B e C estão corretas.
40. Durante a fase de testes de observância, o auditor constatou algumas imperfeições no ciclo de compras
e foi necessário aumentar o nível de risco de detecção. Assim, pode-se afirmar que o auditor deve:
41. (AFTE - RN - 2004/2005) Em relação às estimativas contábeis, pode-se afirmar que o auditor não deve:
a) Comparar as estimativas contábeis de períodos anteriores com os resultados reais desses períodos.
e) Testar os cálculos efetuados pela administração da entidade, para avaliar se estão adequados às
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condições da entidade.
43. (AFTE - RN - 2004/2005) Na ausência de disposições específicas para registro de fatos contábeis, pode
o Auditor, na avaliação desses fatos, adotar o procedimento de:
a) Acatar as práticas contábeis já consagradas pela Profissão Contábil, sempre formalizadas pelos seus
organismos próprios.
b) Não aceitar as práticas contábeis já consagradas pela Profissão Contábil, formalizadas ou não pelos
seus.
a) Organismos próprios.
b) Desconsiderar os fatos contábeis visto não estarem formalizados pelos seus organismos próprios.
c) Aceitar as práticas contábeis já consagradas pela Profissão Contábil, formalizadas ou não pelos seus
organismos próprios.
d) Ressalvar as práticas contábeis já consagradas pela Profissão Contábil e formalizadas pelos seus
organismos próprios.
44. (AFTE - RN - 2004/2005) O auditor externo, ao auditar entidade que controle outras empresas e que
registre seus investimentos pelo método de equivalência patrimonial, tem responsabilidade sobre.
a) As demonstrações contábeis das controladas que serviram de base para cálculo da equivalência
patrimonial.
b) O cálculo das equivalências patrimoniais registradas nos investimentos das entidades controladas.
d) Os pareceres emitidos para as entidades controladas e emitidos por outros auditores independentes.
Gabarito Capítulo 06
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13. B 29. F, F, V, V, V
14. D30. C
15. B 31. A
16. D32. E
Papéis de Trabalho
Em uma auditoria, todas as evidências obtidas pelo auditor devem ser compiladas em papéis de
trabalho, que representam o conjunto de documentos obtidos ou preparados pelo auditor, de forma
manual, por meios eletrônicos ou por outros meios, que constituem a prova do trabalho executado e
servem de fundamento dos comentários emitidos.
O CFC, através da Resolução n.º 828/98, aprovou a Interpretação Técnica NBC T 11 – IT – 02- Papéis
de Trabalho e Documentação da Auditoria objetivando apresentar as regras básicas a respeito da
documentação mínima obrigatória a ser gerada no contexto da auditoria das demonstrações
contábeis.
Para o CFC:
O auditor deve documentar todas as questões que foram consideradas importantes para proporcionar
evidência, visando a fundamentar o parecer da auditoria e comprovar que a auditoria foi executada de
acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis.
Em síntese, o auditor elabora os papéis de trabalho para registrar todas as descobertas e para
comprovar o trabalho efetuado. Ressalte-se que não somente as análises elaboradas, mas qualquer
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documento obtido pelo auditor que se constitua evidência de um exame realizado também é
denominado de papel de trabalho. Assim, pode-se ter como elementos integrantes: fitas de vídeo,
CDs, disquetes, fotografias, entre outros.
Em uma auditoria contábil, para elaboração de suas análises, o auditor normalmente utiliza formulários
pré-impressões divididos em colunas, conforme figura 08. Contudo em vista da dinâmica utilizada,
muitos papéis constantes na pasta de trabalho do auditor é constituída por documentos elaborados
pela própria entidade auditada.
Apesar de serem preparados a partir dos documentos originais, que são de propriedade da organização
auditada, bem como das informações com ela relacionadas, os papéis de trabalho são de
propriedade exclusiva do auditor, pois é neles que se encontra fundamentada a sua opinião.
Por conterem documentos e informações obtidos sobre a entidade auditada, que não podem em
hipótese alguma ser utilizados em benefício próprio ou de outrem, os papéis de trabalho são de
natureza exclusivamente confidencial. O auditor deve adotar procedimentos apropriados para arquivar
os papéis de trabalho pelo prazo de cinco anos, a partir da data de emissão do seu parecer.
Quando da elaboração dos papéis de trabalho, o auditor deve considerar as seguintes regras básicas:
Precisão: devem ser elaborados sob um extremo rigor técnico. Não podem conter informações
imprecisas e inadequadas;
Concisão: devem ser concisos, de forma que qualquer interessado e conhecedor das normas e
procedimentos de auditoria entendamos sem a necessidade de explicações ou comentários adicionais
de quem os elaborou;
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Objetividade: devem ser claros e objetivos, de forma que deles se depreenda o objetivo dos exames
e até onde o auditor pôde chegar;
Lógica: devem ser preparados de maneira racional e lógica com início, meio e fim, na sequência
natural do objetivo a ser atingido;
Leiaute: os títulos e as informações genéricas que identificam o papel de trabalho devem ser
colocados na sua parte superior. A descrição dos exames e os cálculos, na parte central. Já as
descrição dos exames e comentários, na parte inferior.
Verso dos papéis de trabalho: o auditor deve preferencialmente utilizar o anverso das cédulas,
objetivando facilitar a sua leitura e arquivamento.
a) Apresentar um registro permanente dos exames realizados, incluindo: descrição dos dados
relativos ao escopo do trabalho, que são devidamente considerados no plano de auditoria;
detalhamento dos procedimentos descritos no programa de auditoria; registro da revisão e avaliação
do sistema de controle interno; extensão do exame e testes de auditoria realizados sobre os registros
e natureza e grau de adequação das informações obtidas.
g) Fornecer aos supervisores a oportunidade de avaliar a qualidade dos membros da equipe quanto
à competência técnica em assuntos de auditoria; senso de organização e habilidade em planejar,
executar e avaliar o trabalho.
a) Ajudar, pela análise dos documentos de auditorias anteriores, ou pelos coligidos quando da
contratação de uma primeira auditoria, no planejamento e execução da auditoria;
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Os fatores que podem afetar a forma e o conteúdo dos papéis de trabalho em conformidade as
normas emitidas pelo CFC são:
a) Natureza do trabalho;
Cada papel de trabalho elaborado deve ser adequadamente identificado. Assim, ele deve conter:
Título da área;
A descrição dos dados nos papéis de trabalho está dividida em dois estágios basicamente. O primeiro
consiste na sua compilação. O segundo, no arquivamento, na forma a seguir demonstrada:
b) Arquivamento: os papéis de trabalho, segundo as informações que contêm, devem ser arquivados
em pastas, como segue:
Pasta Corrente: nessa pasta são arquivados os papéis de trabalho utilizados em uma única
auditoria. Nas auditorias recorrentes, eles podem ser usados como fonte de consulta. Como exemplo
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Segundo as normas para a auditoria contábil no Brasil, os papéis de trabalho devem ser arquivados
pelo período de cinco anos. Na área governamental, não existe uma regra específica. Todavia, no
caso dos Tribunais de Contas, um prazo razoável seria o de três anos após a apreciação e julgamento
das contas e, nas auditorias internas governamentais, dois anos após a apresentação dos relatórios
aos interessados.
G – Despesas Antecipadas
J – Imobilizado K – Diferido
P – Resultado
Q – Eventos Subsequentes
Os papéis de trabalho devem ser organizados de forma a facilitar o manuseio. Seu conjunto pode ser
dividido em folhas mestras ou sintéticas, subsidiárias ou analíticas.
As folhas mestras descrevem as contas examinadas por área do balanço na auditoria contábil ou os
dados sintéticos a serem examinados na auditoria operacional. Esses papéis são complementados
pelas folhas subsidiárias (programas, folhas-suporte, movimentações de conta, análises, conciliações,
testes e demonstrativos), que evidenciam todo o exame realizado.
Em síntese, uma parte dos papéis de trabalho, pode ser organizada, contendo os seguintes
documentos:
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Plano de auditoria;
Programa de auditoria;
Notas do supervisor;
Correspondências emitidas;
Para evidenciar os trabalhos realizados nos papéis de trabalho os auditores utilizam letras e tiques
explicativos.
As letras são utilizadas para destacar exceções encontradas na aplicação dos procedimentos.
Os tiques são sinais particulares que evidenciam os exames feitos ou a fonte de obtenção de
informações.
– Soma conferida
┴ – Conforme razão
c) Informações sobre os setor de atividades, ambiente econômico e legal em que a entidade opera;
e) Evidências do entendimento, por parte do auditor, do sistema contábil e de controle interno, e sua
concordância quanto à sua eficácia e adequação;
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k) Evidências de que o trabalho executado pela equipe técnica foi supervisionado e revisado;
m) Detalhes dos procedimentos relativos a demonstrações contábeis auditadas por outro auditor;
q) Conclusões do auditor acerca de aspectos significativos, incluindo o modo como foram resolvidas
ou tratadas questões não usuais; e.
r) Cópias das demonstrações contábeis, assinadas pela administração da entidade e pelo contabilista
responsável, e do parecer e relatórios do auditor.
Relatório de Auditoria
Relatório de auditoria é a fase final do processo auditoria e consiste em uma narração ou descrição
escrita, ordenada e minuciosa dos fatos que foram constatados, com base em evidência concreta,
durante o transcurso dos exames de auditoria operacional. Representa a fase mais significativa do
trabalho e se constitui no seu produto final.
A figura a seguir demonstra o processo auditoria e seus principais pontos de controle ou produtos:
O relatório é o instrumento técnico pelo qual o auditor comunica ou apresenta os resu ltados dos
trabalhos realizados, suas conclusões, opiniões, recomendações e as providências necessárias que
devem ser tomadas pela administração.
Conforme a OLACEFS (1981, p. 284), tem-se a seguinte definição para o relatório de auditoria:
O relatório de auditoria é o produto final do trabalho do auditor governamental, no qual ele apresenta
os seus comentários sobre os achados, suas conclusões e recomendações e, no caso do exame das
demonstrações contábeis, o correspondente parecer.
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Os resultados dos trabalhos de auditoria podem ser apresentados sob a forma de parecer de auditoria
quando da realização de auditorias sobre as demonstrações financeiras ou contábeis, ou sob a forma
de relatório amplo, que é muito mais adequado para a auditoria operacional. Logo, tem-se relatório
como gênero e parecer de auditoria e relatório de auditoria como espécies.
Parecer de Auditoria
Sempre que o auditor emitir parecer que não seja sem ressalvas, ele deve incluir uma descrição clara
de todas as razões fundamentadas dos efeitos possíveis sobre as demonstrações contábeis. Essas
informações devem, preferencialmente, ser apresentadas em parágrafo separado precedendo a
opinião ou mesmo negativa, e também incluir referência uma discussão mais ampla em nota explicativa
às demonstrações contábeis.
O auditor deve revisar e avaliar todas as conclusões obtidas, para poder suportar a emissão do seu
parecer sobre as demonstrações contábeis.
O parecer de auditoria deve expressar de forma prudente e imparcial a opinião do auditor sobre as
demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Uma opinião sem restrições ou limpa demonstra a
concordância do auditor sobre todos os aspectos relevantes divulgados nas mencionadas
demonstrações.
Quando for emitida uma opinião parcialmente divergente, divergente ou mesmo não se emitir opinião –
denominadas, respectivamente, de opiniões com ressalva, adversa e negativa de opinião, como será
explicado –- o parecer de auditoria deve declarar, de forma clara e informativa, todas os motivos que
levaram o auditor a tomar tal decisão.
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Título: um título adequado, como, por exemplo, "Parecer de Auditoria", deve ser usado, de modo a
ajudar o leitor a identificar o documento e facilmente distingui-lo dos demais relatórios que
normalmente são publicados em conjunto, tais como parecer do Conselho de Administração, Relatório
da Diretoria, etc.
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Assinatura: o parecer de auditoria deve ser assinado em nome da organização que realizou a
auditoria, em nome do auditor, ou em ambos, conforme for o caso. Na realização da auditoria contábil,
o parecer deve ser datado e assinado pelo contador responsável pelos trabalhos com a indicação do
seu número de registro no Conselho Regional de Contabilidade. Caso o trabalho tenha sido realizado
por empresa de auditoria, o nome e número no Conselho Regional de Contabilidade também devem
constar do parecer.
Data do relatório: o parecer de auditoria deve ser datado. Essa data informa ao leitor que o auditor
considerou o efeito, sobre as demonstrações contábeis e sobre a sua opinião, de eventos, dos quais
ele teve conhecimento, que tenham ocorrido até aquela data. A data do parecer deve corresponder
ao dia do encerramento dos trabalhos de auditoria na entidade.
Pode-se concluir, portanto, que o parecer de auditoria é o documento mediante o qual o auditor
expressa sua opinião ou não, de forma clara e objetiva, sobre as demonstrações contábeis nele
indicadas e se elas foram elaboradas de acordo com práticas contábeis adotadas no Brasil. Como o
auditor assume, ao emitir seu parecer, responsabilidade técnico-profissional perante o público, é
fundamental que tal documento obedeça às características Intrínsecas e extrínsecas estabelecidas em
normas próprias.
O parecer de auditoria é classificado segundo a natureza da opinião que apresenta em: sem ressalvas;
com ressalvas com restrições ou adverso e com negativa ou abstenção de opinião.
O parecer sem ressalva ou "limpo" indica que o auditor está convencido de que as demonstrações
contábeis foram elaboradas segundo os Princípios Fundamentais de Contabilidade e com as demais
disposições contábeis e legais pertinentes, em todos os seus aspectos relevantes. Na hipótese de não
observância das disposições normativas, a emissão de um parecer sem ressalva está condicionada à
avaliação dos efeitos pelo auditor e se as divulgações cabíveis foram feitas nas demonstrações
contábeis e notas explicativas.
O auditor pode não emitir um parecer sem ressalvas, quando existirem quaisquer das circunstâncias
seguintes, as quais, na opinião do auditor, tenham efeitos que sejam relevantes e possam impactar
significativamente as demonstrações contábeis:
a) Há limitação na amplitude do seu trabalho, ou seja, há elementos significativos que não puderam
ser auditados;
c) Há incerteza significativa não divulgada, que afeta as demonstrações contábeis e cuja solução
depende de eventos futuros.
As circunstâncias descritas nas alíneas (a) acima podem conduzir a opinião com ressalvas ou
negativa de opinião. A circunstância descrita em (b) pode conduzir a uma opinião com ressalva ou
adversa. Já a descrita em (c) ocasiona uma opinião com ressalva ou limpa. Neste último caso, com a
inclusão do parágrafo de ênfase, se a incerteza for corretamente divulgada em notas explicativas.
Parecer
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(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria, e compreendem: (a) o
planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o
sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das
evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a
avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração
da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
(Parágrafo da opinião)
N. de registro no CRC
N. de registro no CRC
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Vale mencionar que esse modelo, mutatis mutandis, sirva servandis , pode ser aplicado também à
auditoria contábil realizada na área governamental.
O parecer com ressalva é apresentado, quando o auditor conclui que as discordâncias ou restrições
no escopo de um trabalho não é relevante ao ponto de determinar a emissão de um parecer adverso
ou de uma negativa de opinião. Em outras palavras, é expresso quando o auditor avali a que não pode
emitir parecer sem ressalvas, mas que o efeito da discordância ou da restrição de amplitude não é tão
significativa, que requeira um parecer adverso, ou mesmo negativa de opinião.
O parecer com ressalva deve obedecer basicamente ao modelo do parecer limpo com a inclusão dos
parágrafos das ressalvas e com a utilização das expressões "exceto por", "exceto quanto" ou "com
exceção de" no parágrafo da opinião, referindo-se aos efeitos do assunto objeto da ressalva. A
utilização da expressão "sujeito a" é considerada adequada apenas nos casos em que exista incerteza
quanto ao resultado final de assunto pendente de definição.
Parecer
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(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria, e compreendem: (a) o
planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o
sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das
evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a
avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração
da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
(Parágrafo da ressalva)
(3) De acordo com suas instruções, não solicitamos a nenhum cliente que confirmasse seus saldos
relativos ao contas a receber. Como consequência, ficamos impossibilitados de avaliar a adequação
do saldo de Duplicatas a Receber no montante de $200.000,00, que representa 5% do total do
Patrimônio Líquido da Companhia e 10% do seu resultado.
(Parágrafo da opinião)
N. de registro no CRC
N. de registro no CRC
Parecer Adverso
O parecer adverso é emitido, quando o auditor realiza seus exames, mas discorda completamente das
demonstrações contábeis apresentadas. Ou seja, o auditor deve emitir esse tipo de parecer quando
verificar que as demonstrações contábeis estão incorretas ou incompletas, em tal magnitude que
impossibilite a emissão do parecer com ressalva. Nesse caso, o auditor emite opinião de que as
demonstrações não representam, adequadamente, a posição patrimonial e financeira, e/ou o resultado
das operações, e/ou as mutações do patrimônio líquido, e/ou as origens e aplicações dos recursos da
entidade, nas datas e períodos indicados.
Quando o auditor emitir um parecer adverso, deve explicitar todas as razões e justificativas
necessárias nos parágrafos intermediários, entre o escopo e a opinião.
Parecer
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(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria, e compreenderam: (a) o
planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o
sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das
evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a
avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pel a administração
de entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
6. As atividades industriais não estão proporcionando resultados suficientes para a cobertura dos
custos e despesas incorridas, principalmente dos encargos financeiros, e para a amortização do ativo
diferido.
(Parágrafo da opinião)
Em nossa opinião, em face dos fatos mencionados nos parágrafos 3 a 6, as demonstrações contábeis
acima referidas não representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição
patrimonial e financeira da Companhia Vai Passar em 31 de dezembro de 20X1 e de 20X0, o
resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de
seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com práticas contábeis
adotadas no Brasil.
N. de registro no CRC
N. de registro no CRC
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O parecer com negativa ou abstenção de opinião é aquele em que o auditor deixa de emitir opinião
sobre as demonstrações contábeis, por não ter obtido evidência adequada para fundament á-la ou em
face de uma restrição significativa. Todavia, essa negativa não elimina a responsabilidade do auditor
de informar qualquer fato significativo que possa influenciar a tomada de decisão dos usuários das
demonstrações contábeis.
PARECER
Fomos contratados para examinar os balanços patrimoniais da Companhia Vou Passar, levantados
em 31 de dezembro de 20X1 e 20X0, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do
patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos
naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a
de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.
(2) Excetuando o fato mencionado no próximo parágrafo, nossos exames foram conduzidos de acordo
com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, consi derando a
relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da
entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências o dos registros que suportam os
valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas
contábeis mais representativas adotadas pela administração da entidade, bem como de apresentação
das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
(Parágrafo da ressalva)
De acordo com instruções recebidas da administração da Companhia Vou Passar, não estivemos
presentes à contagem física dos estoques realizada em 31 de dezembro de 20X1. Bem como não foi
possível à adoção de procedimentos alternativos de modo a possibilitar aerificação da existência
desse ativo naquela data. Como consequência, não podemos expressar qualquer opinião com
respeito a esse inventário, que monta a $1.500.000,00, representando 90% do total do Ativo da
Companhia.
(Parágrafo da opinião)
N. de registro no CRC
N. de registro no CRC
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O parecer com parágrafo de ênfase é emitido quando ocorre uma incerteza relevante, cujo desfecho
poderá afetar significativamente a posição patrimonial e financeira da entidade, mas foi devidamente
divulgada nas notas explicativas. Se o auditor concluir que a matéria envolvendo incerteza relevante
não está adequadamente divulgada, o seu parecer deve conter ressalva ou opinião adversa.
PARECER
(2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria, e compreendem: (a) o
planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o
sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das
evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a
avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração
da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
(Parágrafo da opinião)
(Parágrafo de ênfase)
A Companhia está em fase de reorganização, procedendo a uma ampla visão dos seus procedimentos
de controle interno. Os efeitos decorrentes, embora esperados, não puderam, até o momento, ser
quantificados. Nossa opinião está, portanto, sujeita aos efeitos desses ajustes.
N. de registro no CRC
N. de registro no CRC
Como resumo dessa importante fase do processo auditoria, pode-se afirmar que o parecer de auditoria
é a etapa em que são apresentados os resultados dos trabalhos realizados pelo auditor.
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Parecer com Ressalva: emitido quando o auditor identifica situações que comprometem a emissão
de uma opinião limpa.
Parecer Adverso: quando o auditor identifica situações que comprometem a adequação das
demonstrações contábeis e discorda da posição adotada pela administração.
Negativa ou Abstenção de Opinião: o auditor não emite opinião quando, por qualquer motivo, não
puder realizar seus exames, ou seja, identificar uma limitação significativa à realização de seu
trabalho.
Relatório de Auditoria
O relatório de auditoria possui uma importância significativa para os responsáveis pela entidade
auditada, assim como para o pessoal cujas atividades das áreas envolvidas são nele abordadas e
discutidas, visto que podem utilizá-lo como base para tomada de decisões. Esse relatório ajuda os
leitores e interessados a avaliar as operações ocorridas no período examinado.
Para ter facilidade no momento da confecção do relatório de auditoria, e garantir sua qualidade, o
auditor deve, basicamente, obedecer às normas e utilizar de forma rigorosa as técnicas de auditoria.
Principalmente no que se refere à elaboração de programas e à adequada aplicação dos
procedimentos e, consequentemente, à preparação de papéis de trabalho criteriosos, de acordo com
as padronizações estabelecidas e que demonstrem a correta obtenção de evidências ou provas.
O relatório de auditoria deve ser elaborado de forma a facilitar a sua leitura e compreensão. Quando
da sua confecção, alguns requisitos técnicos devem ser observados.
A capa do relatório deve ter um “leiaute” discreto, indicando de forma clara e objetiva a natureza do
trabalho realizado, assim como o nome da entidade auditada e, de forma discreta, o nome do órgão
que realiza a auditoria, além do período examinado. O objetivo da auditoria também deve ser
especificado.
a) Índice: tem como objetivo facilitar a identificação dos pontos abordados e deverá incluir o título do
item ou ponto e a página na qual ele está contido.
b) Sumário Executivo: breve descrição dos principais pontos contidos no relatório, de modo a
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a) Nome da entidade;
b) vinculação;
f) objetivo da entidade e
Os principais procedimentos que normalmente são utilizados podem ser assim resumidos:
confirmação com terceiros (circularização), inspeções físicas, exame documental, conferência de
cálculos, observação, entrevistas, entre outros.
Nesse item, devem ser descritas todas as áreas que foram objeto de exame por parte do auditor.
Resultado da Auditoria: esse tópico é destinado a abordar os pontos significativos negativos ou não,
que foram detectados quando da execução e que são chamados de constatações, achados ou
observações de auditoria, devendo ser ordenados preferencialmente por grau decrescente de
importância do assunto abordado. Na sua elaboração, o auditor deve estar seguro de que obteve todas
as evidências necessárias para apoiar os achados de auditoria. Deve também considerar a opinião do
auditado.
O ponto deve ser redigido de forma clara e objetiva e ter um encaminhamento lógico. Com a finalidade
de facilitar o entendimento do assunto relatado, o auditor deve atentar para o aspecto estrutural na
elaboração do relatório. Cada ponto deve conter, em tese, três parágrafos, como segue: a)
procedimento em vigor ou situação constatada; b) influências ou consequências e c) sugestões, se
aplicáveis.
Ao redigir cada ponto, o auditor deve sempre procurar utilizar períodos curtos e diretos, pois é mais fácil
alcançar o entendimento do leitor, usando esse tipo de tese.
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c) Cuidado e Adequação das Provas: na confecção do relatório, o auditor deve ser imparcial,
profissional, justo e seguro, transmitindo, assim, confiabilidade na matéria apresentada. Para tal, faz-
se necessário que os achados estejam claramente identificados e comprovados com evidência
objetiva suficiente. O auditor não deve olvidar que erros podem gerar dúvidas sobre a adequação das
informações apresentadas em todo o relatório.
Os achados de auditoria devem ser apresentados de maneira convincente e o auditor precisa estar
seguro do que é informado, pois a responsabilidade da prova está no auditor e não na entidade
auditada.
e) Objetividade: cada achado de auditoria tem de ser redigido com informações suficientes, devendo
o auditor resguardar-se contra a tendência de exageros ou ênfases desnecessárias, evitando assim
interpretações distorcidas por parte do leitor, ou induzi-lo a conclusões não adequadas. A linguagem
direta e objetiva, sempre que possível, deve ser usada.
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desconhecidos ou pouco usados devem ser definidos e explicados. Deve-se evitar linguagem
rebuscada, expressões “floreadas” e “chavões”.
Quanto mais claro e simples for o relatório, maior será a probabilidade da sua efetividade. Sempre que
possível, devem-se adotar os efeitos visuais.
h) Inteireza e Concisão: cada ponto redigido deve ser completo por si só, porém conciso, ou seja,
excessos de detalhes desnecessários que possam desviar a atenção do leitor do assunto principal
devem ser evitados.
i) Tom Construtivo: o auditor deve ter em mente que seu objetivo é obter reações favoráveis aos
achados e recomendações. Logo, o auditor tem de enfatizar os aspectos positivos.
j) Empatia: o auditor precisa se colocar na posição do auditado, refletindo sobre o quê e como deverá
ser relatado.
l) Apresentação: as regras gramaticais e as técnicas de redação devem ser observadas com rigor.
Quando da elaboração de um relatório de auditoria, o auditor deve ter em mente que ele deve ser bem
redigido, completo por si só, claro e de fácil entendimento. Assim, necessária se faz o observância de
algumas regras fundamentais, a saber:
Evitar uso de terminologia especializada. Se necessário uso, ela deve ser adequadamente explicada;
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Valorar os achados;
Sempre que possível, o ponto de auditoria deve conter três ou quatro parágrafos;
Conferir soma;
Somente emitir relatório após a sua discussão com o auditado e a sua completa revisão.
No transcurso dos seus exames, o auditor pode identificar pontos negativos ou positivos que mereçam
ser reportados à alta administração. Esses pontos são denominados, como visto constatações,
observações ou achados em auditoria. A constatação ocorre quando uma determinada condição não
está em sintonia ou em conformidade com um determinado critério. A condição é a situação
encontrada pelo auditor, é o fato ocorrido. Já o critério é a situação ideal, esperada, ou, em outras
palavras, a situação que deveria ocorrer. A figura abaixo demonstra com propriedade o processo de
identificação de um achado:
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Práticas antieconômicas;
Ineficácia;
Ineficiência;
Desperdícios;
Uso indevido;
Gastos inadequados;
Não se pode olvidar que somente os achados significativos devem ser considerados pelo auditor,
quando da elaboração do relatório de auditoria.
Desenvolvimento de um Achado
b) Critério: descrição da situação ideal com base em normas de controle interno, legislação aplicável,
princípios fundamentais, boas práticas administrativas metas e objetivos especificados, padrões de
economia, de eficiência, de eficácia, entre outros. Representa o parâmetro com o qual o auditor mede a
condição. Corresponde às metas, aos objetivos da atividade ou entidade auditada, bem como às
normas relacionadas com o alcance dessas metas e objetivos. Têm-se as seguintes fontes de critério:
Senso comum;
Experiência do auditor;
Práticas usuais.
c) Causas: identificações das razões fundamentais que levaram à ocorrência dos fatos. Representam
os motivos pelos quais ocorreu um desempenho inadequado ou não. Da correta identificação das
causas depende a correta elaboração de recomendações de forma construtiva. Vale mencionar que
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somente a informação de que o achado ocorreu porque as normas não foram observadas,
normalmente não convence o interessado na auditoria. As causas típicas apresentadas pela doutrina
auditoria são as seguintes:
Desconhecimento inconsciente;
Falta de capacitação;
Falta de comunicação;
Negligência ou descuido;
Falta de honestidade;
Inadvertência do problema;
Organização defeituosa;
d) Consequências: identificações detalhadas dos efeitos provocados pelo fato ocorrido. São os fatos
que demonstram a necessidade de ações corretivas em aposta aos problemas identificados. Sempre
que possível, o relatório de auditoria deve expressar a consequência quantificada em valores
monetários ou em outra unidade de medida. As consequências mais típicas, conforme a OLACEFS,
são:
Gastos indevidos;
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Desmoralização do pessoal.
Após a discussão dos achados e da entrega do relatório de auditoria, o auditor deve acompanhar a
aceitação de suas recomendações, de modo a garantir a eficácia do seu trabalho. A fase do
acompanhamento normalmente é realizada no transcurso da auditoria subsequente, na fase do
planejamento, e consiste na ação proativa do auditor, objetivando contribuir para o aprimoramento das
operações do auditado.
Não existe na doutrina auditoria a descrição dos procedimentos que devem ser adotados no transcurso
dessa fase. Contudo, prevalecem todos os requisitos e atributos que o auditor deve seguir, quando da
realização dos seus exames.
Eventos Subsequentes
Eventos Subsequentes são transações ocorridas entre a data do balanço e a data de emissão do
parecer do auditor, que podem modificar se não forem corretamente divulgadas, a opinião emitida.
São exemplos destas situações:
Ocorrência de sinistros;
Segundo o CFC, o auditor deve aplicar procedimentos específicos em relação aos eventos ocorridos
entre as datas do balanço e a do seu parecer, que possam demandar ajustes nas demonstrações
contábeis ou a divulgação de informações nas notas explicativas.
a) Ocorridos entre a data do término do exercício social e a data da emissão do parecer: Como
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exemplos têm-se: aporte de novos recursos, inclusive como aumento de capital; compra de nova
subsidiária ou de participação adicional relevante em investimento anterior; destruição de estoques ou
estabelecimento em decorrência de sinistro; e alteração do controle societário.
Revisão dos procedimentos que a administração estabeleceu para assegurar que eventos
subsequentes sejam identificados;
Indagação sobre assuntos discutidos nas reuniões e para os quais ainda se dispõe de atas;
Ampliação das indagações anteriores, escritas ou verbais, aos advogados da entidade a respeito de
litígios e reclamações;
Indagação à administração sobre se ocorreu qualquer evento subsequente que possa afetar as
demonstrações contábeis e obtenção, da parte dela, de carta de responsabilidade.
Os exemplos de assuntos a serem indagados incluem: situação atual de itens contabilizados com base
em dados preliminares ou não conclusivos; assunção de novos compromissos, empréstimos ou
garantias concedidas; vendas de ativos; emissão de debêntures ou ações novas ou acordo de fusão,
incorporação, cisão ou liquidação de atividades, ainda que parcialmente; destruição de ativos, por
exemplo, por fogo ou inundação; desapropriação por parte do governo; evolução subsequente de
contingências e assuntos de maior risco de auditoria; ajustes contábeis inusitados; e ocorrência ou
probabilidade de ocorrência de eventos que ponham em dúvida a adequação das práticas usadas nas
demonstrações contábeis, como na hipótese de dúvida sobre a continuidade normal das atividades da
entidade.
Quando a administração não alterar as demonstrações contábeis nos casos em que o auditor
decidir pela necessidade de sua alteração e o seu parecer não tiver sido liberado para a entidade, ele
deve revisá-lo e, se for o caso, expressar opinião com ressalva ou adversa.
Ainda segundo o CFC, para ter condições de formar opinião sobre as demonstrações contábeis
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A existência de eventos, não revelados pela administração nas demonstrações contábeis, que
tenham efeitos relevantes sobre as mesmas.
Carta de Responsabilidade é o documento obtido pelo auditor, ao término dos trabalhos, que
evidencia a “responsabilidade da administração quanto às informações e dados e à preparação e
apresentação das demonstrações contábeis submetidas aos exames de auditoria”. Ela deve ser
emitida com a mesma data do parecer do auditor sobre as demonstrações contábeis.
Sua elaboração é de fundamental importância, pois nem todas as evidências podem ser obtidas através
de documentos, mas também a partir de informações verbais da administração, das gerências e do
responsável pela contabilidade.
Possibilitar esclarecimento sobre pontos não constantes das demonstrações contábeis tais como
contingências ou responsabilidades não divulgadas, possibilidades efetivas de realização de
determinados ativos e também aspectos de continuidade operacional.
Ainda segundo o CFC, a Carta de Responsabilidade da Administração deve conter o que segue:
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d) Mencionar que a administração cumpriu com as normas e regulamentos a que a entidade está
sujeita;
e) Mencionar que o sistema contábil e os controles internos adotados pela entidade são de
responsabilidade da administração e adequados ao seu tipo de atividade e volume de transações;
f) Confirmar que todas as transações efetuadas no período foram devidamente registradas no sistema
contábil, de acordo com a legislação vigente;
g) Confirmar que as estimativas contábeis foram efetuadas com base em dados consistentes;
h) Confirmar que não há contingências fiscais, trabalhistas, previdenciárias e legais que possam
afetar substancialmente a situação financeira e patrimonial da entidade, influindo significativamente na
sua avaliação;
i) Confirmar que não há nenhum fato conhecido que possa impedir a continuidade normas e das
atividades da entidade;
j) Confirmar que não há qualquer evento subsequente que possa afetar a posição patrimonial e
financeira da entidade, bem como o resultado do período;
k) Confirmar que todos os livros e registros contábeis e documentos comprobatórios foram colocados
à disposição dos auditores;
o) Confirmar que a entidade não tem ônus ou gravames sobre os seus ativos além dos mencionados
em nota explicativa;
q) Confirmar que os seguros efetuados foram contratados em valores suficientes para cobrir eventuais
perdas com sinistros, impedindo a continuidade normal dos negócios sociais.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Procedimentos De Auditoria
Os procedimentos de auditoria não são rígidos, podendo variar de auditoria para auditoria, de
modo a se ajustarem às circunstâncias específicas de cada caso em exame.
A aplicação dos procedimentos de auditoria pode ser realizada através de exames, provas
seletivas, testes e amostragens em razão da complexidade e volume das operações de cada
entidade auditada, cabendo ao profissional da auditoria, com base na análise de riscos
envolvidos e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude ou o escopo dos exames
necessários à obtenção dos elementos probatórios que sejam válidos para o todo auditado.
Conferência de Cálculos: revisão dos principais (relevantes) cálculos realizados pela entidade
auditada, de modo a verificar sua exatidão. Entre as conferências de cálculos fundamentais está
a conferência de soma.
Entrevistas: questões dirigidas de forma técnica aos auditados de modo a detalhar e esclarecer
procedimentos. Pode ser realizada de forma estruturada (questões padronizadas) ou não-
estruturadas.
Inspeção Física: exame da existência de bens. Este procedimento deve ser aplicado de forma
cuidadosa pelo auditor, que deve estar atento aos detalhes envolvidos na utilização dos bens.
Segundo o CFC, a inspeção física envolve também o exame dos títulos e outros documentos
comprobatórios. Na aplicação deste procedimento devem ser consideradas: identificação,
existência, autenticidade, quantidade e qualidade.
negativa: quando informa que não é necessária a resposta quando o auditado concorda com
o valor informado;
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Correlação: é a relação entre um fato examinado em uma área com seus impactos em outras.
Procedimento de revisão analítica: é a avaliação dos dados com base em testes globais,
aplicação de índices de análise de balanço e análise de variações. Na aplicação dos
procedimentos de revisão analítica o auditor deve considerar a disponibilidade das informações,
sua confiabilidade, relevância e comparabilidade.
A Resolução n.º 820/93 do CFC, estabelece que a aplicação dos procedimentos de auditoria
“deve ser realizada, em razão da complexidade e volume das operações, por meio de provas
seletivas, testes e amostragens, cabendo ao auditor, com base na análise de riscos de auditoria
e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude dos exames necessários à obtenção
dos elementos de convicção que sejam válidos para o todo”.
Ainda segundo o CFC, na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve
considerar os seguintes procedimentos técnicos básicos:
São apresentadas a seguir, sem pretender esgotar a lista, alguns objetivos e procedimentos de
auditoria em algumas áreas do Balanço Patrimonial, a saber:
Disponível
a) contagem física do numerário em caixa, que deve ser feita sempre na presença do
responsável, devendo ser obtida uma declaração por escrito de que os valores contados foram
devolvidos na totalidade;
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Contas A Receber
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Estoques
Despesas Antecipadas
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
d) os valores das coberturas estão compatíveis com os valores de mercado dos bens
segurados.
Investimentos
a) inspeção física dos títulos dos principais valores classificados nos investimentos.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Imobilizado
Contas a Pagar
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Empréstimo
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Patrimônio Líquido
d) conferência de cálculo.
Resultado De Exercício
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
c) análise de variações.
d) correlação com os resultados da revisão dos controles internos das áreas de faturamento, de
pessoal e de custo.
Evidência De Auditoria
Evidência é toda prova obtida pelo auditor, em face da aplicação dos procedimentos de auditoria,
para avaliar se os critérios estabelecidos estão sendo ou não atendidos.
Assim, tem-se:
O auditor deve atentar que o processo de obtenção de evidências em uma auditoria operacional
é muito mais complexo do que em uma auditoria contábil. Isso acontece em virtude de, nas
áreas operacionais, o processo de identificação dos critérios, na maioria das vezes, não ser
claramente definido como nas áreas financeiras. A identificação das áreas problemáticas e
críticas dependerá enormemente da perspicácia, experiência e determinação do auditor.
A auditoria interna é conduzida em diversos ambientes legais e culturais; entre organizações que
variam de propósito, tamanho, complexidade e estrutura; e por pessoas dentro ou fora da
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
organização. Enquanto as diferenças possam afetar a prática de auditoria interna em cada ambiente,
a conformidade com as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna do IIA
(Normas) é essencial para o atendimento das responsabilidades dos auditores internos e da atividade
de auditoria interna.
Se os auditores internos ou a atividade de auditoria interna estão proibidos por força de lei ou de
regulamentações a seguir determinadas partes das Normas, é necessária a conformidade com todas
as demais partes das Normas e a apropriada divulgação desta situação.
Se as Normas são utilizadas em conjunto com normas emitidas por outros órgãos reguladores, as
comunicações de auditoria interna podem também citar a utilização de outras normas, como for
apropriado. Neste caso, se houver inconsistências entre as Normas e outras normas, os auditores
internos e a atividade de auditoria interna devem sujeitar-se às Normas, e podem obedecer às outras
normas caso elas forem mais restritivas.
2. Fornecer uma estrutura para a execução e promoção de um amplo espectro de auditoria interna
de valor agregado.
Declarações dos requerimentos básicos para a prática profissional de auditoria interna e para a
avaliação da eficácia do desempenho, as quais são internacionalmente aplicáveis às organizações e
aos indivíduos.
As Normas empregam termos aos quais foram atribuídos significados específicos que estão incluídos
no Glossário. Especificamente, as Normas utilizam a palavra “deve” para especificar um requerimento
incondicional e a palavra “deveria” onde há a expectativa de conformidade a não ser que, ao aplicar o
julgamento profissional, as circunstâncias justificam o desvio.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Os serviços de consultoria são, por natureza, de assessoria e geralmente são realizados a partir da
solicitação específica de um cliente do trabalho. A natureza e o escopo dos trabalhos de consultoria
estão sujeitos a um acordo com o cliente do trabalho. Geralmente os serviços de consultoria
envolvem duas partes: (1) a pessoa ou grupo que oferece a assessoria – o auditor interno, e (2) a
pessoa ou grupo que busca e recebe a assessoria – o cliente do trabalho. Ao realizar serviços de
consultoria, o auditor interno deveria manter a objetividade e não assumir responsabilidades que são
da administração.
As Normas são aplicáveis a auditores internos e a atividades de auditoria interna. Todos os auditores
internos são responsáveis pela conformidade com as normas em relação à objetividade, proficiência
e zelo profissional devido individual. Além disso, os auditores internos são responsáveis pela
conformidade com as normas que são relevantes para o desempenho das suas responsabilidades
profissionais. Os executivos chefes de auditoria são responsáveis pela conformidade geral com as
Normas.
Normas De Atributos
Interpretação:
– A natureza dos serviços de avaliação (assurance) prestados à organização deve ser definida no
estatuto de auditoria interna. Se avaliações (assurances) forem fornecidas para partes externas à
organização, a natureza dessas avaliações (assurances) deve também ser definida no estatuto da
auditoria interna.
– A natureza dos serviços de consultoria deve ser definida no estatuto de auditoria interna.
A natureza mandatória da Definição de Auditoria Interna, do Código de Ética e das Normas deve ser
reconhecida no estatuto de auditoria interna. O executivo chefe de auditoria deveria debater sobre a
Definição de Auditoria Interna, o Código de Ética e as Normas com a alta administração e com o
conselho.
– Independência E Objetividade
A atividade de auditoria interna deve ser independente e os auditores internos devem ser objetivos ao
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Interpretação:
A objetividade é uma atitude mental imparcial que permite aos auditores internos executarem os
trabalhos de auditoria de maneira a confiarem no resultado de seu trabalho e que não seja feito
nenhum comprometimento da qualidade. A objetividade requer que os auditores internos não
subordinem a outras pessoas o seu julgamento em assuntos de auditoria. As ameaças à objetividade
devem ser gerenciadas nos níveis do auditor individual, do trabalho de auditoria, funcional e
organizacional.
Independência Organizacional
O executivo chefe de auditoria deve reportar-se a um nível dentro da organização que permita à
atividade de auditoria interna cumprir suas responsabilidades. O executivo chefe de auditoria deve
confirmar junto ao conselho, pelo menos anualmente, a independência organizacional da atividade de
auditoria interna.
Interpretação:
– Objetividade Individual
Os auditores internos devem adotar uma atitude imparcial e isenta e evitar qualquer conflito de
interesses.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Interpretação:
O conflito de interesses é uma situação na qual um auditor interno, que esteja em uma posição de
confiança, tenha um interesse profissional ou pessoal conflitante. Tais interesses conflitantes podem
tornar difícil a ele ou ela executar suas funções com imparcialidade. Um conflito de interesses existe
mesmo que não se resulte em nenhum ato antiético ou impróprio. Um conflito de interesses pode criar
uma aparência de impropriedade que pode abalar a confiança no auditor interno, na atividade de
auditoria interna e na profissão. Um conflito de interesses pode prejudicar a habilidade do indivíduo
de executar suas funções e responsabilidades objetivamente.
Interpretação:
O prejuízo à independência organizacional e objetividade individual pode incluir, mas não se limitar, a
um conflito de interesses pessoal; limitações de escopo; restrição de acesso aos registros, ao pessoal
e às propriedades e limitações de recursos, tais como: recursos financeiros.
– Os auditores internos devem abster-se de avaliar operações específicas pelas quais tenham sido
responsáveis anteriormente. Presume-se que a objetividade fique prejudicada se um auditor interno
prestar serviços de avaliação (assurance) de uma atividade pela qual o auditor interno tenha sido
responsável durante ano anterior.
– Os trabalhos de avaliação (assurance) de funções pelas quais o executivo chefe de auditoria tenha
responsabilidade devem ser supervisionados por uma parte externa à atividade de auditoria interna.
– Os auditores internos podem prestar serviços de consultoria relativos às operações pelas quais
tenham sido responsáveis anteriormente.
Os trabalhos de auditoria devem ser executados com proficiência e zelo profissional devido.
– Proficiência
Interpretação:
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
– Os auditores internos devem possuir conhecimento suficiente para avaliar o risco de fraude e a
maneira com o qual é gerenciado pela organização, porém, não se espera que possuam a
especialização de uma pessoa cuja principal responsabilidade seja detectar e investigar fraudes.
– Os auditores internos devem possuir conhecimento suficiente sobre os principais riscos e controles
de tecnologia da informação e sobre as técnicas de auditoria baseadas em tecnologia disponíveis
para a execução dos trabalhos a eles designados. Entretanto, não se espera que todos os auditores
internos possuam a especialização de um auditor interno cuja principal responsabilidade seja
auditoria de tecnologia da informação.
– O executivo chefe de auditoria deve declinar dos trabalhos de consultoria, ou obter competente
aconselhamento e assistência, caso os auditores internos não possuam os conhecimentos, as
habilidades ou outras competências necessárias à realização de todo ou parte do trabalho.
– Os auditores internos devem estar alertas aos riscos significativos que poderiam afetar os objetivos,
as operações ou os recursos. Entretanto, os procedimentos de avaliação (assurance) isoladamente,
mesmo quando realizados com o zelo profissional devido, não garantem que todos os riscos
significativos serão identificados.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Interpretação:
O programa de avaliação da qualidade e melhoria deve incluir tanto avaliações internas quanto
externas.
– Avaliações Internas
Interpretação:
O monitoramento contínuo é uma parte integrante da rotina diária de supervisão, revisão e avaliação
da atividade de auditoria interna. O monitoramento contínuo está incorporado às políticas e práticas
rotineiras utilizadas para gerenciar a atividade de auditoria interna e utiliza os processos, as
ferramentas e as informações consideradas necessárias para avaliar a conformidade com a Definição
de Auditoria Interna, com o Código de Ética e com as Normas.
As avaliações periódicas são conduzidas para avaliar a conformidade com a Definição de Auditoria
Interna, com o Código de Ética e com as Normas.
O conhecimento suficiente das práticas de auditoria interna requer, pelo menos, a compreensão de
todos os elementos da Estrutura Internacional de Práticas Profissionais (International Professional
Practices Framework - IPPF).
– Avaliações Externas
As avaliações externas devem ser realizadas pelo menos uma vez a cada cinco anos, por um
avaliador, ou uma equipe de avaliação, qualificado e independente, externo à organização. O
executivo chefe de auditoria deve discutir com o conselho:
Interpretação:
Avaliações externas podem ser uma avaliação externa completa ou uma autoavaliação com
validação externa independente.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
avaliação, não é necessário que todos os membros da equipe possuam todas as competências; e sim
que a equipe em conjunto esteja qualificada. O executivo chefe de auditoria utilizará seu julgamento
profissional para avaliar se um avaliador ou equipe de avaliação apresenta competência suficiente
para que seja considerado qualificado.
Interpretação:
O executivo chefe de auditoria pode declarar que a atividade de auditoria interna está em
conformidade com as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna, somente
se os resultados do programa de avaliação da qualidade e melhoria sustentam esta declaração.
Interpretação
A atividade de auditoria interna está em conformidade com as Normas quando alcança os resultados
descritos na Definição de Auditoria Interna, Código de Ética e Normas.
Todas as atividades de auditoria interna terão os resultados das avaliações internas. Aquelas
atividades cuja existência ultrapasse cinco anos também terão os resultados de avaliações externas.
Quando a não conformidade com a Definição de Auditoria Interna, com o Código de Ética ou com as
Normas impactar o escopo geral ou a operação da atividade de auditoria interna, o executivo chefe de
auditoria deve divulgar a não conformidade e os impactos à alta administração e ao conselho.
Normas De Desempenho
O executivo chefe de auditoria deve gerenciar eficazmente a atividade de auditoria interna para
assegurar que ela adiciona valor à organização.
Interpretação:
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
• A atividade de auditoria interna está em conformidade com a Definição de Auditoria Interna e com
as Normas; e
• Os indivíduos que fazem parte da atividade de auditoria interna demonstram conformidade com o
Código de Ética e com as Normas.
A atividade de auditoria interna agrega valor à organização (e às suas partes interessadas) quando
proporciona avaliação objetiva e relevante, e contribui para a eficácia e eficiência dos processos de
governança, gerenciamento de riscos e controles.
– Planejamento
O executivo chefe de auditoria deve estabelecer um plano baseado em riscos para determinar as
prioridades da atividade de auditoria interna, de forma consistente com as metas da organização.
Interpretação:
– O planejamento dos trabalhos da atividade de auditoria interna deve ser baseado em uma avaliação
de risco documentada, realizada pelo menos anualmente. As informações fornecidas pela alta
administração e pelo conselho devem ser consideradas neste processo.
– Comunicação E Aprovação
– Gerenciamento De Recursos
O executivo chefe de auditoria deve assegurar que os recursos de auditoria interna sejam
apropriados, suficientes e eficazmente aplicados para o cumprimento do planejamento aprovado.
Interpretação:
– Políticas E Procedimentos
O executivo chefe de auditoria deve estabelecer políticas e procedimentos para orientar a atividade
de auditoria interna.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Interpretação:
– Coordenação
O executivo chefe de auditoria deveria compartilhar informações e coordenar atividades com outros
prestadores internos e externos de serviços de avaliação (assurance) e consultoria para assegurar
que a cobertura apropriada e a minimização da duplicação de esforços.
O executivo chefe de auditoria deve reportar periodicamente à alta administração e ao conselho sobre
o propósito, a autoridade e a responsabilidade da atividade de auditoria interna e o desempenho em
relação ao seu planejamento. Os reportes devem também incluir a exposição de pontos de riscos
significativos e de controles, incluindo os riscos de fraude, os assuntos de governança e outros
assuntos necessários ou solicitados pela alta administração e pelo conselho.
Interpretação:
A frequência e o conteúdo dos reportes são determinados em discussão com a alta administração e
com o conselho e dependem da importância da informação a ser comunicada e da urgência das
respectivas ações a serem tomadas pela alta administração ou pelo conselho.
Quando um prestador de serviços externo fornece serviços de auditoria interna, o prestador deve
manter a organização ciente de que esta continua com a responsabilidade de manter uma atividade
de auditoria interna eficaz.
Interpretação
– Natureza Do Trabalho
A atividade de auditoria interna deve avaliar e contribuir para a melhoria dos processos de
governança, gerenciamento de riscos e controles, utilizando uma abordagem sistemática e
disciplinada.
– Governança
A atividade de auditoria interna deve avaliar e propor recomendações apropriadas para a melhoria do
processo de governança no seu cumprimento dos seguintes objetivos:
– A atividade de auditoria interna deve avaliar o desenho, implantação e a eficácia dos objetivos,
programas e atividades da organização relacionados à ética.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
– Gerenciamento De Riscos
A atividade de auditoria interna deve avaliar a eficácia e contribuir para a melhoria dos processos de
gerenciamento de riscos.
Interpretação:
• Respostas apropriadas aos riscos são selecionadas de forma a alinhar os riscos com o apetite de
risco da organização; e
A atividade de auditoria interna reúne informações para apoiar esta avaliação através de múltiplos
trabalhos de auditoria. O resultado destes trabalhos, visto em conjunto, proporciona uma
compreensão dos processos de gerenciamento de riscos das organizações e sua eficácia.
– Os auditores internos devem incorporar os conhecimentos sobre riscos adquiridos nos trabalhos de
consultoria à sua avaliação dos processos de gerenciamento de riscos da organização.
– Controle
A atividade de auditoria interna deve auxiliar a organização a manter controles efetivos a partir da
avaliação sua eficácia e eficiência e da promoção de melhorias contínuas.
- A atividade de auditoria interna deve avaliar a adequação e a eficácia dos controles em resposta
aos riscos, abrangendo a governança, as operações e os sistemas de informação da organização,
com relação a:
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
• Os objetivos da atividade que está sendo revisada e os meios pelos quais a atividade controla seu
desempenho;
• Os riscos significativos para a atividade, seus objetivos, recursos e operações e os meios pelos
quais o impacto potencial dos riscos é mantido em um nível aceitável;
– Os auditores internos devem conduzir uma avaliação preliminar dos riscos relevantes para a
atividade sob revisão. Os objetivos do trabalho de auditoria devem refletir os resultados desta
avaliação.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
O escopo estabelecido deve ser suficiente para alcançar os objetivos do trabalho de auditoria.
– O escopo do trabalho de auditoria deve incluir considerações sobre sistemas, registros, pessoal e
propriedades físicas relevantes, incluindo aqueles sob o controle de terceiros.
Os auditores internos devem desenvolver e documentar programas de trabalho que atendam aos
objetivos do trabalho.
Os auditores internos devem identificar, analisar, avaliar e documentar informações suficientes para
cumprir os objetivos do trabalho de auditoria.
Os auditores internos devem identificar informações suficientes, confiáveis, relevantes e úteis para
cumprir os objetivos do trabalho de auditoria.
Interpretação:
Informação suficiente é factual, adequada e convincente de forma que uma pessoa prudente e
informada chegaria às mesmas conclusões que o auditor. Informação confiável é a melhor
informação possível de ser obtida através da utilização de técnicas de auditoria apropriadas.
Informação relevante dá suporte às observações e recomendações do trabalho de auditoria e é
consistente com os objetivos do trabalho de auditoria. Informação útil auxilia a organização a atingir
as suas metas.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
– Análise E Avaliação
Os auditores internos devem basear suas conclusões e resultados dos trabalhos de auditoria em
análises e avaliações apropriadas.
Os auditores internos devem documentar as informações relevantes para dar suporte às conclusões
e aos resultados do trabalho de auditoria.
– O executivo chefe de auditoria deve controlar o acesso aos registros dos trabalhos. O executivo
chefe de auditoria deve obter a aprovação da alta administração e/ou advogados antes de liberar tais
registros para partes externas, conforme for apropriado.
– O executivo chefe de auditoria deve desenvolver políticas para reger a custódia e retenção de
registros de trabalhos de consultoria, bem como sua liberação para partes internas e externas. Estas
políticas devem ser consistentes com as diretrizes da organização e quaisquer exigências
regulatórias ou outros requerimentos pertinentes.
Interpretação:
– A comunicação final dos resultados do trabalho deve, quando apropriado, conter a opinião e/ou
conclusões dos auditores internos. Uma vez emitida, uma opinião ou conclusão deve levar em conta
as expectativas da alta administração, conselho e outras partes interessadas e deve estar suportada
por informação suficiente, confiável, relevante e útil.
Interpretação
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Interpretação:
Comunicações precisas são livres de erros e distorções e são fiéis aos fatos fundamentais.
Comunicações objetivas são justas, imparciais e neutras e são o resultado de um julgamento justo e
equilibrado de todos os fatos e circunstâncias relevantes. Comunicações claras são facilmente
compreendidas e são lógicas, evitam linguagem técnica desnecessária e fornecem todas as
informações significativas e relevantes. Comunicações concisas são diretas ao ponto e evitam
elaboração desnecessária, detalhes supérfluos, redundância e excesso de palavras. Comunicações
construtivas são úteis ao cliente do trabalho de auditoria e à organização e conduzem às melhorias
onde seja necessário. Comunicações completas não omitem nada do que seja essencial à audiência
alvo e incluem todas as informações significativas e relevantes e as observações que dão suporte às
recomendações e conclusões. Comunicações tempestivas são oportunas e práticas, dependem da
importância do ponto, permitem à administração tomar as ações corretivas apropriadas.
– Erros E Omissões
Se uma comunicação final contiver erro ou omissão significativa, o executivo chefe de auditoria deve
comunicar a informação correta a todas as partes que tenham recebido a comunicação original.
Os auditores internos podem reportar que seus trabalhos são “conduzidos em conformidade com as
Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna” somente se os resultados do
programa de avaliação da qualidade e melhoria sustentarem esta declaração.
Quando a não conformidade com a Definição de Auditoria Interna, com o Código de Ética ou com as
Normas impactar em um trabalho específico, a comunicação dos resultados deve divulgar:
• O princípio ou regra de conduta do Código de Ética ou Norma(s) cuja conformidade plena não foi
alcançada;
Interpretação:
O executivo chefe de auditoria é responsável por revisar e aprovar a comunicação final do trabalho de
auditoria antes da sua emissão e por decidir a quem e como ela será disseminada. Quando o
executivo chefe de auditoria delega estas tarefas, ele ou ela retém total responsabilidade.
O executivo chefe de auditoria é o responsável pela comunicação dos resultados finais às partes que
possam assegurar que os resultados recebam a devida consideração.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
– Opiniões Gerais
Ao emitir uma opinião geral, esta deve levar em conta as expectativas da alta administração,
conselho e outras partes interessadas e deve estar suportada por informação suficiente, confiável,
relevante e útil.
Interpretação
• As limitações de escopo;
• O risco, estrutura de controle ou outros critérios utilizados como base para a opinião geral; e
Quando há uma opinião geral que não é favorável, deve-se expor as razões para a mesma.
– Monitoramento Do Progresso
O executivo chefe de auditoria deve estabelecer e manter um sistema para monitorar a disposição
dos resultados comunicados à administração.
– A atividade de auditoria interna deve monitorar a disposição dos resultados dos trabalhos de
consultoria na extensão previamente acordada com o cliente.
Quando o executivo chefe de auditoria conclui que a administração aceitou um nível de risco que
pode ser inaceitável para a organização, o executivo chefe de auditoria deve discutir o assunto com a
alta administração. Caso o executivo chefe de auditoria determine que a questão não foi resolvida, o
executivo chefe de auditoria deve comunicar a questão ao conselho.
Interpretação
A identificação do risco aceito pela administração pode ser observada por meio de um trabalho de
avaliação (assurance) ou consultoria, monitoramento do progresso das ações tomadas pela
administração como resultado de trabalhos anteriores ou por outros meios. Não é responsabilidade
do executivo chefe de auditoria resolver o risco.
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CONDUTA PROFISSIONAL DE AUDITORIA
Introdução
A corrupção, a dissimulação, estão cegando a nossa sociedade, e ela clama o fim de tudo i sso,
ninguém mais umbilicalmente ligado a ética da profissão como o profissional da auditoria, para
manter-se acima dos ânimos exaltados, sabendo lidar com os problemas, permanecendo limpos,
transmitirão a verdadeira essência da profissão.
O auditor tem uma função de relevância, em face de sua atuação na defesa de interesses coletivos
e como defensores de equidade e justiça, na apuração de corretas prestações de contas. Daí a
necessidade de conquistar confiança e respeitabilidade, que deve resguardar e manter, a qualquer
preço.
Assim desejamos proceder na evolução do tema, mostrando o quanto se faz necessária na prática
da auditoria o compromisso ético, na realização de um trabalho não apenas competente, mais
acima de tudo envolto por uma conduta responsável e respeitável que constituem o seu maior
patrimônio. Suas atitudes devem justificar a confiança nele depositada, qualquer sanção em
contrário de ordem moral ou ética, virá a abalar esse patrimônio em seu alicerce.
Objetivos E Responsabilidade
Os objetivos e atribuições dos auditores, diferem-se de acordo com o profissional que se aplica,
seja este interno ou independente.
Enquanto o auditor interno apresenta-se como um profissional com vínculos empregatícios, como
também econômicos a entidade contratante de seus serviços, tem por isso um elevado grau de
dependência e uma maior amplitude de suas atividade ao ser comparado com o profissional
independente onde o principal objetivo é opinar sobre as demonstrações financei ras, tendo em
mãos uma grande responsabilidade.
Os objetivos da profissão explícitos em seu código de conduta, são os de trabalhar nos padrões
mais elevados de profissionalismo e desempenho, de maneira geral, satisfazer as exigências de
interesse público, tendo como necessidade básica exigidas, credibilidade, profissionalismo,
qualidade de serviços e confiança.
O auditor deve ter como qualificações profissionais, responsabilidades tanto para com a profis são,
quanto para o seu comportamento civil.
Franco e Marra (1992, p.90), afirmam que, o auditor independente contratante de auditoria externa
em companhias abertas, assume a responsabilidade civil pelos danos que na sua atuação
profissional possa causar a terceiros. Essa responsabilidade lhe será imputada cas o o mesmo
venha agir fora das normas e procedimentos de auditoria adotados, não observando os princípios
de contabilidade geralmente aceitos.
A Moral E A Ética
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CONDUTA PROFISSIONAL DE AUDITORIA
O auditor deve ter como requisito prioritário de trabalho condições morais como também de étic a
profissional, estas entre outras estão diretamente condicionadas a pessoa do auditor, assim como
as condições intelectuais, legais, porém essas são vinculadas de uma forma mais técnica, sendo
que a ética e a moral é de foro pessoal e intransferível.
O auditor deve colocar sua honorabilidade profissional acima de quaisquer interesses pessoais e os
da coletividade acima dos interesses de grupos. (FRANCO E MARRA, 1992, p.147)
Franco e Marra (1992, p.90), cita como requisitos morais as seguintes característ icas:
● Integridade;
● Idoneidade;
● Respeitabilidade;
● Caráter ilibado;
● Padrão moral elevado;
● Vida privada irrepreensível;
● Justiça e imparcialidade;
É visível que de todos as profissões, o auditor é aquele que esta mais sujeito a participar de
esquemas espúrios já que sua atividade esta intimamente ligada a apuração do registro de cifras,
apuração de resultados que geram montates, entre outros, manter-se a margem com equilíbrio é
conseqüência da postura ética adotada pelo profissional.
A ética profissional é de grande valia em todas as profissões, notadamente na de auditor, que tem
em suas mãos grande responsabilidade, pois mediante seu serviço é possível conhecer todas as
irregularidades, erros, falhas dentro do grupo de empresas, conhecendo o respo nsável hierárquico
e executores das rotinas que originam estas informações. (CREPALDI, 2002, p.65)
Além das condições morais de ordem geral, Franco e Marra (1992, p.148) relaciona exigências
inerentes à ética profissional.
Para Crepaldi (2002, p.67), deve-se adicionar aos padrões de conduta profissional, os seguintes
elementos:
Do ponto de vista profissional, a ética em toda a sua extensão deve estar claramente explicita
desde os procedimentos a serem executados, á qualquer ação negocial, de registro, avaliação ou
opinião, principalmente dos aspectos embutidos no seu juramento profissional.
O respeito ao código de ética com certeza é uma das mais importantes condições relativas á ética
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CONDUTA PROFISSIONAL DE AUDITORIA
profissional, pois a base fundamental do processo de construção e moldura deste, seja de qua l
classe for, esta individualmente ligada ao código de ética profissional, o qual irá ditar seus
objetivos, direitos, deveres, responsabilidades e penalidades.
Existem basicamente duas fontes de normas técnicas do profissional de auditoria, o código de ét ica
do contabilista, estabelecido pelo CFC (Conselho Federal de Contabilidade) , através da
resoluçãon° 290/70, a que o auditor se sujeita por ser contador. E se for filiado ao IBRACOM -
Instituto Brasileiro de Contadores terá de observar os seus princípios de ética.
I -subordinação hierárquica;
II - Modo de trabalho (o auditor pede e não exige);
III - independência de qualquer política interna encontrada;
IV - discrição;
V - observância dos regulamentos internos, normais, instruções e leis;
VI - comportamento pessoal;
Caso as referidas penalidades venham a acontecer os mesmos poderão ser advertidos, multados,
ou ter seu registro na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), suspenso ou cancelado.
● Aqueles que não estão preparados e, portanto, não têm como segui-las;
● Aqueles que estão parcialmente preparados e, portanto, correm o grande risco de não segui-las;
● Aqueles que estão preparados, e, portanto, não a seguem se não quiserem; (CREPALDI, 2002,
p.105)
Conclusão
Obviamente não será através do código de ética profissional, que irá conseguir abranger tod as as
questões que possam vir no transcorrer das atividades no exercício da profissão, porém tem como
objetivo ser uma linha observada pelos profissionais para dar embasamento a suas atuações,
inibindo comportamento fora dos padrões éticos visto o caráter punitivo, contribuindo para uma
conduta mais austera.
A difusão da ética deve alcançar todos os níveis da sociedade, em todas as categorias de classes,
ela não precisa ser ensinada nos bancos universitários, cabe ao meio acadêmico despertar ou
aprimorar essa característica presente no DNA de cada ser social, de cada profissional
independente de classe ou categoria, e deixar de ser apenas uma formalidade que compõe as
solenidades de juramento nas formaturas.
A ética, a liberdade, a consciência, os valores a lei, tornaram-se problemas, que devem ser meta
pessoal e objeto em de estudo por profissionais cada vez mais competentes e habilitados para o
exercício da profissão, que nossa sociedade quer e precisa.
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CONDUTA PROFISSIONAL DE AUDITORIA
Ética Profissional
Esses dados e informações são de extrema importância e utilidade para o processo decisório de
usuários previstos, a respeito do patrimônio de terceiros, seja no meio empresarial ou referente à
sociedade como um todo.
Dessa forma, o profissional contador deve primar pela exação, perfeição, justeza e qualidade da
informação contábil produzida, uma vez que o mesmo desempenha um importante papel para
diversos setores de nosso país, como a economia, setor empresarial, o governo e mercado de
valores mobiliários.
Além disso, o profissional contador deverá observar e seguir rígidos padrões profissionais,
comportamentais e de conduta. Os objetivos seriam evitar prejuízos à honra, não comprometer o bom
nome da classe, assim como preservar os companheiros de profissão.
Como em qualquer profissão, os princípios éticos devem sempre ser respeitados. No caso do
profissional contador, existe um princípio moral geral, que é o Código de Ética Profissional do
Contador, e outro princípio moral que é proveniente dos aspectos particulares e individuais de cada
profissional contador. Existe um código de ética a ser obedecido e outro código de ética que é regido
pelo caráter, pelos princípios e pelos valores do profissional contador como pessoa e como indivíduo.
O profissional contador deve manter uma conduta ética firme, tanto profissional quanto individual.
É importante destacar, ainda, que o comportamento ético exige muito mais que o atendimento a leis,
normas e regulamentos. Nenhum código de ética contempla todas as situações que permeiam o
cotidiano do profissional contador. Dessa forma, para a prática da ética, será exigido do profissional
contador um julgamento pessoal, razoável e subjetivo diante de determinado caso concreto.
Ao receber o grau de Bacharel em Ciências Contábeis, juro, perante Deus e a sociedade, exercer a
minha profissão com dedicação, responsabilidade e competência, respeitando as normas
profissionais e éticas.
Juro pautar minha conduta profissional observando sempre os meus deveres de cidadania,
independentemente de crenças, raças ou ideologias, concorrendo para que meu trabalho possa ser
um instrumento de controle e orientação útil e eficaz para o desenvolvimento da sociedade e o
progresso do país.
O profissional contador deve possuir um comportamento ético inquestionável, pautado nos seguintes
aspectos:
• Sigilo;
• Independência;
• Zelo;
• Prudência;
• Humildade;
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CONDUTA PROFISSIONAL DE AUDITORIA
• Dignidade;
• Honra;
• Competência; e
• Serenidade.
A discussão sobre a ética para a profissão contábil requer um conjunto de regras de comportamento
do contador no exercício de suas atividades profissionais. Assim, o contador deve conhecer os
aspectos técnicos, as prerrogativas e as regras de conduta moral para o bom exercício da profissão.
A fim de normatizar estas situações, o Código de Ética Profissional do Contador definiu as linhas e os
parâmetros comportamentais, as posturas profissionais dos contadores (aqueles que possuem curso
universitário de Ciências Contábeis) e dos técnicos em contabilidade (aqueles que possuem curso
técnico em contabilidade, ensino médio).
• CAPÍTULO I – DO OBJETIVO
Cabe aqui mencionar, ainda, que o Plenário do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) alterou no
início de dezembro de 2010 os dispositivos do Código de Ética Profissional do Contabilista –
Resolução CFC 803/96 –, por meio da Resolução CFC 1.307/10. A partir da referida alteração,
conforme previsto no novo texto, o Código de Ética Profissional do Contabilista passou a se chamar
Código de Ética Profissional do Contador (CEPC).
01. (11º Exame de Qualificação Técnica Geral – Auditoria/CFC – 2011) Conforme o Código de Ética
Profissional do Contabilista aprovado pela Resolução nº 803/96, no que se refere à disponibilização
dos papéis de trabalho, relatórios e outros documentos, que deram origem e orientaram a execução
do seu trabalho, para fins de fiscalização pelo Conselho Regional de Contabilidade, o auditor
independente:
b) pode recusar-se a apresentar a documentação da auditoria por ferir o sigilo profissional em relação
ao seu cliente.
c) pode recusar-se a apresentar a documentação da auditoria por inexistir norma profissional que o
obrigue a fazê-lo.
d) somente poderá apresentar toda a documentação da auditoria se a empresa auditada autorizar por
escrito a apresentação desses documentos, evitando a quebra flagrante de confidencialidade.
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CONDUTA PROFISSIONAL DE AUDITORIA
De acordo com o art. 5º do Código de Ética, o contador, quando perito, assistente técnico, auditor ou
árbitro, deverá atender à fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade e Conselho Federal
de Contabilidade no sentido de colocar à disposição destes, sempre que solicitado, papéis de
trabalho, relatórios e outros documentos que deram origem e orientaram a execução do seu trabalho.
02. (7º Exame de Qualificação Técnica Geral – Auditoria/CFC – 2007) Qual, entre as alternativas
abaixo, não infringe o Código de Ética Profissional do Contabilista:
b) assinar parecer de auditoria realizada por outro auditor independente, habilitado e devidamente
registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como forma de superar a limitação de prazo na
rotação do líder da equipe de auditoria prevista na NBC P1.2.
c) encaminhar para protesto título emitido contra cliente de auditoria independente, relativo a
honorários por serviços prestados, em virtude do não-pagamento motivado pela emissão de parecer
com negativa de opinião.
d) Conselho de Ética Pública que funcionará como Tribunal Regional de Ética e Disciplina para os
profissionais de contabilidade.
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CONDUTA PROFISSIONAL DE AUDITORIA
suspensivo, interposto no prazo de quinze dias para o Conselho Federal de Contabilidade em sua
condição de Tribunal Superior de Ética e Disciplina.
05. (8º Exame de Qualificação Técnica Geral – Auditoria/CFC – 2008) Constitui uma transgressão ao
Código de Ética Profissional do Contabilista, nos termos da Resolução CFC nº. 803/96, a adoção pelo
auditor independente do seguinte procedimento:
b) Suspensão da prestação de serviços a cliente que deixou de cumprir com o pagamento dos
honorários profissionais.
06. (1º Exame de Qualificação Técnica Geral – Auditoria/CFC – 2004) O Auditor Independente que
pretenda proceder à emissão de opinião sobre as Demonstrações Contábeis de companhia aberta
deve manter registro profissional, obrigatoriamente:
07. Exame de Qualificação Técnica Geral – Auditoria/CFC – 2006) Para atuar como Auditor
independente é necessário ser contador:
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A expressão perícia advém do latim (peritia), que em seu sentido próprio significa conhecimento adquirido
pela experiência. Segundo D’Áurea et al. (1953), a perícia é o testemunho de uma ou mais pessoas
técnicas, no sentido de fazer conhecer um fato cuja existência não pode ser acertada ou juridicamente
apresentada, se não apoiada em especiais conhecimentos científicos ou técnicos.
A Perícia tem grande importância por examinar e trazer clareza, revelando a verdade de fatos obscuros
sobre determinado assunto. Ela está vinculada a conhecimento e experiência de determinados objetos.
Aquele que exerce a execução da perícia é chamado de perito, possuindo conhecimento e experiência no
assunto determinado para poder emitir uma opinião sobre a matéria examinada.
A Perícia, segundo o ambiente de atuação ao qual ela é solicitada, é classificada em quatro tipos
detectáveis os quais são determinados e de acordo com cada tipo, sendo determinado o seu modo de
execução e o objetivo final (laudo ou parecer). São estes os tipos: Perícia Judicial, Perícia Semijudicial,
Perícia Extrajurídica (subdividas em demonstrativas, discriminativas e comparativas).
Para Sá (2005), a pericia contábil é a verificação de fatos ligados ao patrimônio individualizado visando
oferecer opinião, mediante questão proposta. Par tal opinião realizam-se exames, vistorias, indagações,
investigações, avaliações, arbitramentos, em suma todo e qualquer procedimento necessário à opinião. Por
isso, esta disciplina tem a finalidade de trazer conhecimentos da perícia exercida pelos profissionais da
contabilidade, apresentando os normativos existentes, adentrando na questão processualística e na forma
de apresentação do trabalho realizado.
A Perícia
Por isso, quando falamos em “Perícia” não podemos nos limitar a uma determinada área do conhecimento,
como é o caso da Ciência Contábil. A Perícia está vinculada a conhecimento e experiência de determinados
objetos. Aquele que exerce a execução da perícia, chamado Perito, é aquele que possui conhecimento e
experiência no assunto determinado para poder emitir uma opinião sobre a matéria examinada.
Portanto, não há como ensinarmos uma pessoa a ser um perito. O que podemos fazer é participarmos da
formação de um profissional que será especializado e experimentado em determinada matéria ou assunto.
Tendo esta qualificação, esta pessoa pode então ser requisitada (ou se dispor) a disponibilizar seu
conhecimento no exame de fato relacionado à matéria que possui entendimento. Neste caso, ela estará
realizando uma perícia. Perito não é profissão, mas sim o exercício de uma função dentro de seus
conhecimentos para acurar determinado fato no âmbito de domínio.
Por isso, esta disciplina tem a finalidade de trazer conhecimentos da perícia exercida pelos profissionais da
contabilidade, apresentando os normativos existentes, adentrando na questão processualística e na forma
de apresentação do trabalho realizado.
Tipos De Perícia
A Perícia, segundo o ambiente de atuação ao qual ela é solicitada, é classificada em quatro tipos
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detectáveis e, de acordo com cada tipo, será determinado o modo de execução e o objetivo final (laudo ou
parecer). São estes os tipos:
Pericia Judicial
Quando realizada por requerimento ou necessidade dos agentes do Poder Judiciário e devem obedecer às
regras legais específicas. Este tipo ainda se divide em duas formas, segundo a sua finalidade apontada pelo
processo judicial, a prova ou arbitramento. A prova será quando sua finalidade é trazer a verdade real,
demonstrada científica ou tecnicamente, e que subsidiará a decisão do juiz. O arbitramento se dá quando
sua finalidade é quantificar a obrigação segundo critério técnico.
Perícia Semijudicial
É aquela realizada dentro do aparato institucional do Estado, mas externo ao Poder Judiciário. Sua
finalidade é de ser prova nos ordenamentos institucionais usuários, que podem ser policial, parlamentar
(comissões de inquérito), administração tributária ou conselhos de contribuintes. É assim classificada
porque estes usuários têm relativo poder jurisdicional, apenas assemelhados ao judicial.
Perícia Extrajudicial
Realizada fora do âmbito do Estado e da esfera judicial, solicitada por partes do ambiente privado
(empresas ou pessoas físicas). São subdivididas em:
Será assim chamada quando for realizada no âmbito de instância decisória criada pelas partes envolvidas e
não se enquadram nos tipos acima descritos. Pode ser probante quando sua finalidade é ser prova na
decisão. Ou pode ser decisória quando seu produto é a própria arbitragem da controvérsia.
A perícia judicial começou a ser mencionada juridicamente no Brasil em 1939, por meio do Decreto-lei nº
1.608. Em 1946, com o Decreto-lei nº 9.295, o mesmo que criou o Conselho Federal de Contabilidade com
as respectivas atribuições do contador, foi oficialmente instituído a Perícia Contábil no Brasil.
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Princípios: fundamentos da ação da ciência sobre seu objeto e seu objetivo. Dos princípios decorrem as
normas e os padrões. Caracterizam-se pela universalidade e generalidade.
Padrões: também são comportamentos técnicos e éticos, mas oriundos do resultado das ações dos
profissionais daquela ciência. Representam a práxis adotada, habitualmente ou comumente.
Com relação às disposições normativas da classe contábil, veremos posteriormente nos próximos tópicos
abordados.
Auditoria X Perícia
Apesar das semelhanças encontradas no exercício da auditoria e da perícia, sendo a principal delas a
revisão de trabalhos já realizados por colegas de outras ramificações, a diferenciação entre estas duas
especializações está centrada nos objetivos e nas finalidades.
Por sua vez, a auditoria busca certificar de que a veracidade de registros ou procedimentos expressa os
seus resultados mediante relatórios.
A perícia está relacionada a uma época, questionamento ou necessidade, enquanto que a auditoria tende a
ser constante, atendendo um maior número de interessados e não sendo tão rigorosa na sua metodologia.
A auditoria também se preocupa com a amostragem, enquanto que a perícia se volta a um determinado
campo. A auditoria está relacionada à gestão e a perícia à eventualidade e especificidade.
Por fim, a perícia tem como finalidade a produção de prova e a auditoria à revisão de procedimentos.
Perícia Contábil
A Perícia Contábil está relacionada à construção de uma verdade sobre determinada matéria, em certo
aspecto ou situação, utilizando-se de procedimentos normatizados, técnicos e científicos, executada
debaixo de responsabilidades de profissionais formados em Ciências Contábeis. O produto desta perícia tem
o objetivo de apresentar à instância decisória os elementos de prova necessários a fundamentar uma solução
da questão em discussão.
Para que possamos entender a utilização da Perícia Contábil em determinada situação ou fato, é
importante relembrar o objeto da contabilidade, isto é, o Patrimônio. Por isso, quando se trata de trazer
elucidação a respeito de fatos que feriram, ou influenciaram, o patrimônio de uma pessoa jurídica ou física,
é necessária a opinião, ou laudo (como veremos adiante) de um Perito-Contador.
A perícia está diretamente relacionada a discussões judiciais, onde aquele que exerce o juízo avalia
informações e depoimentos apresentados pelas partes envolvidas: o autor e o réu. Na busca pela verdade dos
fatos, invariavelmente, o juízo necessitará de um terceiro parecer, imparcial e técnico para poder emitir seu
posicionamento e decisão. Entretanto, cabe salientar que a perícia é exercida também fora do âmbito judicial,
como veremos mais adiante.
A imagem a seguir reproduzida se presta para esquematizar em uma visão acadêmica, como as verdades são
apresentadas ou sustentadas, e o necessário equilíbrio para uma justa solução do litígio estabelecido entre as
partes.
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O doutrinamento da Perícia Contábil, assim como de outras prerrogativas que são executadas pelos
profissionais da Contabilidade estão descritas nas Normas Brasileiras de Contabilidade. Por isso, antes de
iniciarmos os conceitos e aplicações da perícia contábil, segue abaixo uma breve introdução às Normas
Brasileiras de Contabilidade.
No exercício da profissão contábil devem ser observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), que
são um conjunto de regras e procedimentos de conduta, as chamadas normas profissionais (NBC- P’s),
bem como a doutrina conceitual, os princípios, estrutura técnica e os procedimentos, chamados de normas
técnicas (NBC-T’s), a serem aplicados na realização dos trabalhos previstos, e que são aprovadas por
resolução emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que inclusive tiveram sua aprovação
atualizada pela Resolução CFC 1.156/2009.
• Normas de Contabilidade.
• NBC-PA: normas aplicadas especificamente aos contadores que atuam como auditor independente.
• NBC-PI: normas aplicadas especificamente aos contadores que atuam como auditor interno.
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• NBC-PP: são aplicadas especificamente aos contadores que atuam como perito contábil.
Estrutura das Normas Técnicas
• NBC-TE: normas que não possuem Norma Internacional correspondente, observando as NBC-TS.
• NBC-TA: são as normas de Auditoria convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria Inde-
pendente (ISA’s) emitidas pela Federação Internacional de Contadores (IFAC).
• NBC-TR: são as normas de Revisão convergentes com as Normas Internacionais de Revisão (ISRE’s),
emitidas pela IFAC.
• NBC-TO: são as normas de Asseguração convergentes com as Normas Internacionais de Assegura- ção
(ISAE’s), emitidas pela IFAC.
• NBC-TSC: são as normas para Serviços Correlatos convergentes com as Normas Internacionais para
Serviços Correlatos (ISRS’s) emitidas pela IFAC.
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Objetivo
1. Esta Norma estabelece regras e procedimentos técnico-científicos a serem observados pelo perito,
quando da elaboração de perícia contábil, no âmbito judicial, extrajudicial, inclusive arbitral, mediante o
esclarecimento dos aspectos e dos fatos do litígio por meio de exame, vistoria, indagação, investigação,
arbitramento, avaliação, ou certificação.
Conceito
Observe que seu conceito é baseado na aplicação dos conhecimentos específicos para levantar a verdade de
uma determinada matéria com a finalidade de demonstrar àquele que tem a responsabilidade de tomar a
decisão sobre um impasse.
3. O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil têm por limite os próprios objetivos da perícia
deferida ou contratada.
O objetivo, ou o produto da perícia, é o levantamento de um relatório pericial (seja laudo nas questões
judiciais ou parecer nas questões extrajudiciais), e este deve relatar exclusivamente aquilo que se refere à
matéria periciada.
4. A perícia contábil, tanto a judicial como a extrajudicial, é de competência exclusiva de contador registrado em
Conselho Regional de Contabilidade. Entende-se como perícia judicial aquela exercida sob a tutela da justiça.
A perícia extrajudicial é aquela exercida no âmbito arbitral, estatal ou voluntária.
A perícia contábil, como a própria sequência do nome diz, é exclusiva do profissional de formação na área
contábil, especificamente daquele que possui curso superior em contabilidade, ou seja, do Bacharel em
Ciências Contábeis. Portanto, não cabe ao técnico em contabilidade ou mesmo aos graduados nas áreas de
economia, administração e outras afins.
5. A perícia arbitral é aquela exercida sob o controle da lei de arbitragem. Perícia no âmbito estatal é
executada sob o controle de órgão do estado, tais como perícia administrativa das Comissões
Parlamentares de Inquérito, de perícia criminal e do Ministério Público. Perícia voluntária é aquela
contratada espontaneamente pelo interessado ou de comum acordo entre as partes.
Obedecendo este posicionamento do CFC, Alberto (1996) conceitua e define os objetivos da Perícia
Contábil como: “um instrumento técnico-científico de constatação, prova ou demonstração, quanto à
veracidade de situações, coisas ou fatos oriundos das relações, efeitos e haveres que fluem do patrimônio de
quaisquer entidades” (p.48).
Alberto (1996) elenca ainda, de acordo com as experiências profissionais vividas por ele e por um grupo de
profissionais pesquisados pela PUC-MG, que os objetivos e finalidades da Perícia Contábil são,
especificamente:
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• A informação fidedigna.
• Trazer à luz o que está oculto por inexatidão, erro, inverdade, má-fé, astúcia ou fraude.
Execução
6. O perito-contador assistente pode, tão logo tenha conhecimento da perícia, manter contato com o perito-
contador, pondo-se à disposição para o planejamento, para o fornecimento de documentos em poder da
parte que o contratou e ainda para a execução conjunta da perícia. Uma vez recusada a participação, o
perito-contador pode permitir ao assistente técnico acesso aos autos e aos elementos de prova arrecadados
durante a perícia, indicando local e hora para exame pelo assistente técnico.
7. O perito-contador assistente pode, logo após sua contratação, manter contato com o advogado da parte
que o contratou, requerendo dossiê completo do processo para conhecimento dos fatos e melhor
acompanhamento dos atos processuais no que pertine a perícia.
8. O perito, enquanto estiver de posse do processo ou de documentos, deve zelar por sua guarda e
segurança.
9. Para a execução da perícia contábil, o perito deve ater-se ao objeto e ao lapso temporal da perícia a ser
realizada.
10. Mediante termo de diligência, o perito deve solicitar por escrito todos os documentos e informações
relacionadas ao objeto da perícia.
2. O perito deve utilizar os meios que lhe são facultados pela legislação e normas concernentes ao
exercício de sua função, com vistas a instruir o laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil com as
peças que julgarem necessárias.
3. O perito deve manter registros dos locais e datas das diligências, nomes das pessoas que os
atenderem, livros e documentos ou coisas examinadas ou arrecadadas, dados e particularidades de
interesse da perícia, rubricando a documentação examinada, quando julgarem necessário e possível,
juntando o elemento de prova original, cópia ou certidão.
4. A execução da perícia, quando incluir a utilização de equipe técnica, deve ser realizada sob a orientação e
supervisão do perito, que assume a responsabilidade pelos trabalhos, devendo assegurar-se que as
pessoas contratadas estejam profissionalmente capacitadas à execução.
5. O perito deve documentar os elementos relevantes que serviram de suporte à conclusão formalizada no
laudo pericial contábil e no parecer pericial contábil, por meio de papéis de trabalho, que foram considerados
relevantes, visando fundamentar o laudo ou parecer e comprovar que a perícia foi executada de acordo com os
despachos e decisões judiciais, bem como as normas legais e Normas Brasileiras de Contabilidade.
6. Entende-se por papéis de trabalho a documentação preparada pelo perito para a execução da perícia. Eles
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Procedimentos
8. Os procedimentos de perícia contábil visam fundamentar as conclusões que serão levadas ao laudo
pericial contábil ou parecer pericial contábil, e abrangem, total ou parcialmente, segundo a natureza e a
complexidade da matéria, exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e
certificação.
10. A vistoria é a diligência que objetiva a verificação e a constatação de situação, coisa ou fato, de forma
circunstancial.
11. A indagação é a busca de informações mediante entrevista com conhecedores do objeto ou de fato
relacionado à perícia.
12. A investigação é a pesquisa que busca trazer ao laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil o que
está oculto por quaisquer circunstâncias.
14. A mensuração é o ato de qualificação e quantificação física de coisas, bens, direitos e obrigações.
15. A avaliação é o ato de estabelecer o valor de coisas, bens, direitos, obrigações, despesas e receitas.
16. A certificação é o ato de atestar a informação trazida ao laudo pericial contábil pelo perito-contador,
conferindo-lhe caráter de autenticidade pela fé pública atribuída a este profissional.
18. O perito-contador, depois de concluído seu trabalho, fornecerá, quando solicitado, cópia do laudo, ao
perito-contador assistente, informando-lhe a data em que o laudo pericial contábil será protocolizado.
19. O perito-contador assistente não pode firmar o laudo pericial quando o documento tiver sido elaborado por
leigo ou profissional de outra área, devendo, neste caso, apresentar um parecer pericial contábil sobre a
matéria investigada.
20. O perito-contador assistente, ao apor a assinatura, em conjunto com o perito-contador, em laudo pericial
contábil, não pode emitir parecer pericial contábil contrário ao laudo.
Planejamento
21. O planejamento da perícia é a etapa do trabalho pericial, que antecede as diligências, pesquisas,
cálculos e respostas aos quesitos, na qual o perito estabelece os procedimentos gerais dos exames a
serem executados no âmbito judicial, extrajudicial para o qual foi nomeado, indicado ou contratado,
elaborando-o a partir do exame do objeto da perícia.
22. Enquanto o planejamento da perícia é um procedimento prévio abrangente que se propõe a estabelecer
todas as etapas da perícia, o programa de trabalho é a especificação de cada etapa a ser realizada que
deve ser elaborada com base nos quesitos e/ou no objeto da perícia.
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O trabalho de planejamento da perícia constitui-se o ponto inicial para o desenvolvimento do trabalho a ser
executado, baseado na matéria pleiteada, e para a expectativa de remuneração, ou seja, dos cálculos dos
honorários (salvo quando estes forem arbitrados pelo juiz).
É na fase de planejamento em que o perito deve atentar para dois aspectos fundamentais do processo: o
que está sendo demandado e a época do acontecimento dos fatos. Portanto, é fundamental a leitura da
inicial, da contestação ou da impugnação, aos documentos juntados pelas partes e aos quesitos elaborados
pelo juízo o pelas partes.
Objetivos
(a) conhecer o objeto da perícia, a fim de permitir a adoção de procedimentos que conduzam à revelação da
verdade, a qual subsidiará o juízo, o árbitro ou o interessado a tomar a decisão a respeito da lide;
(b) definir a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a serem realizados, em consonância com o
objeto da perícia, os termos constantes da nomeação, dos quesitos ou da proposta de honorários oferecida
pelo perito;
(c) estabelecer condições para que o trabalho seja cumprido no prazo estabelecido;
(d) identificar potenciais problemas e riscos que possam vir a ocorrer no andamento da perícia;
(e) identificar fatos que possam vir a ser importantes para a solução da demanda de forma que não passem
despercebidos ou não recebam a atenção necessária;
12. Os documentos dos autos servem como suporte para obtenção das informações necessárias à
elaboração do planejamento da perícia.
14. O planejamento da perícia deve ser mantido por qualquer meio de registro que facilite o entendimento dos
procedimentos a serem adotados e sirva de orientação adequada à execução do trabalho.
15. O planejamento deve ser revisado e atualizado sempre que fatos novos surjam no decorrer da perícia.
16. O planejamento deve ser realizado pelo perito-contador, ainda que o trabalho venha a ser realizado de
forma conjunta com o perito-contador assistente, podendo este orientar-se no referido planejamento.
Riscos e Custos
17. O perito, na fase de elaboração do planejamento, com vistas a elaborar a proposta de honorários, deve
avaliar os riscos decorrentes de responsabilidade civil, despesas com pessoal e encargos sociais,
depreciação de equipamentos e despesas com manutenção do escritório.
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Equipe Técnica
19. Quando a perícia exigir a utilização de perícias interdisciplinares ou trabalho de especialistas, estes
devem estar devidamente registrados em seus conselhos profissionais, quando aplicável, devendo o
planejamento contemplar tal necessidade.
Cronograma
20. O perito-contador deve levar em consideração que o planejamento da perícia, quando for o caso, inicia-
se antes da elaboração da proposta de honorários, considerando-se que, para apresentá-la ao juízo, árbitro
ou às partes no caso de perícia extrajudicial, há necessidade de se especificar as etapas do trabalho a
serem realizadas. Isto implica que o perito-contador deve ter conhecimento prévio de todas as etapas, salvo
aquelas que somente serão identificadas quando da execução da perícia, inclusive a possibilidade da
apresentação de quesitos suplementares, o que será objeto do ajuste no planejamento.
21. O planejamento da perícia deve evidenciar as etapas e as épocas em que serão executados os
trabalhos, em conformidade com o conteúdo da proposta de honorários a ser apresentada, incluindo-se a
supervisão e a revisão do próprio planejamento, os programas de trabalho quando aplicáveis, até a entrega
do laudo.
22. No cronograma de trabalho, devem ficar evidenciados, quando aplicáveis, todos os itens necessários à
execução da perícia, tais como: diligências a serem realizadas, deslocamentos, necessidade de trabalho de
terceiros, pesquisas que serão feitas, elaboração de cálculos e planilhas, respostas aos quesitos, prazo
para entrega do laudo e outros, de forma a assegurar que todas as etapas necessárias à realização da perícia
sejam cumpridas.
23. Para cumprir o prazo determinado ou contratado para realização dos trabalhos de perícia, o perito deve
considerar em seus planejamentos, quando aplicáveis, entre outros, os seguintes itens:
(a) o conteúdo da proposta de honorários apresentada pelo perito-contador e aceita pelo juízo, pelo árbitro ou
pelas partes no caso de perícia extrajudicial ou pelo perito-contador assistente;
(b) o prazo suficiente para solicitar e receber os documentos, bem como para a execução e a entrega do
trabalho;
Termo de Diligência
25. Termo de diligência é o instrumento por meio do qual o perito solicita documentos, coisas, dados, bem
como quaisquer informações necessárias à elaboração do laudo pericial contábil ou do parecer pericial
contábil.
26. Servirá ainda para a execução de outros trabalhos que tenham sido a ele determinados ou solicitados por
quem de direito, desde que tenham a finalidade de orientar ou colaborar nas decisões, judiciais ou
extrajudiciais.
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Aplicabilidade
27. O termo de diligência deve ser redigido pelo perito, ser apresentado diretamente à parte, ao seu
procurador, ou ao terceiro, por qualquer meio escrito que se possa documentar a sua entrega, contendo
minuciosamente o rol dos documentos, livros, coisas, ou outros dados de que se necessite para a
elaboração do laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil.
28. Diligenciado é qualquer pessoa física ou jurídica, inclusive de direito público, que tenha a posse de
documentos, coisas, dados ou informações úteis e indispensáveis para subsidiar a elaboração do laudo
pericial contábil ou do parecer pericial contábil, e que o destinatário, por decorrência legal ou determinação de
autoridade competente, esteja obrigado a fornecer elementos de prova.
29. O perito deve observar os prazos a que está obrigado por força de determinação legal, e dessa forma,
sempre mencionar o tempo máximo para o cumprimento da solicitação a que está obrigado o diligenciado.
30. O termo de diligência deve conter, quando possível, a relação dos documentos, coisas ou dados que o
perito tenha mencionado em petição de honorários judicial ou em contrato.
31. Deve ser apensada ao laudo ou parecer cópia do termo de diligência contendo o ciente do diligenciado ou
do seu representante legal. Deve compor o texto do laudo, as informações colhidas ou não durante as buscas
das provas, bem como as providências tomadas para o cumprimento do seu ofício.
32. Caso ocorra a negativa da entrega dos elementos de prova ou para a colaboração na busca da verdade,
deve o perito se reportar diretamente a quem o nomeou, contratou ou indicou, narrando os fatos por meio de
provas e solicitando as providências cabíveis e necessárias, para que não seja imputada responsabilidade
por omissão na atividade profissional.
Estrutura
(c) identificação do perito com indicação do número do registro profissional no Conselho Regional de
Contabilidade;
(d) indicação de que está sendo elaborado nos termos do item 49 desta Norma;
(e) indicação detalhada dos livros, documentos, coisas e demais elementos a serem periciados,
consignando as datas e/ou períodos abrangidos, podendo identificar o quesito a que se refere;
(f) indicação do prazo e do local para a exibição dos livros, documentos, coisas e elementos necessários à
elaboração do laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil, devendo o prazo ser compatível com
aquele concedido pelo juízo, contratante ou convencionado pelas partes, considerada a quantidade de
documentos, as informações necessárias, a estrutura organizacional do diligenciado e o local de guarda dos
documentos;
(g) após atendidos os requisitos da alínea (e), quando o exame dos livros, documentos, coisas e elementos,
tiver de ser realizado junto à parte ou ao terceiro que detém em seu poder tais provas, haverá a indicação da
data e hora para sua efetivação; e
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34. O perito elaborará o termo de diligência, podendo adotar os modelos sugeridos em anexo ao final desta
Norma.
35. O Decreto-Lei nº 9.295/46, na alínea “c” do art. 25, determina que o laudo pericial contábil e o parecer
pericial contábil somente sejam elaborados por contador que esteja devidamente registrado e habilitado em
Conselho Regional de Contabilidade.
36. O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil são documentos escritos, nos quais os peritos
devem registrar, de forma abrangente, o conteúdo da perícia e particularizar os aspectos e as minudências que
envolvam o seu objeto e as buscas de elementos de prova necessários para a conclusão do seu trabalho.
37. Obriga a Norma que os peritos, no encerramento do laudo pericial contábil ou do parecer pericial
contábil, consignem, de forma clara e precisa, as suas conclusões.
O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil são orientados e conduzidos pelo perito-contador e pelo
perito-contador assistente, respectivamente, que adotarão padrão próprio, respeitada a estrutura prevista
nesta Norma. Neles devem ser registrados de forma circunstanciada, clara e objetiva, sequencial e lógica, o
objeto da perícia, os estudos e observações realizadas, as diligências executadas para a busca de
elementos de prova necessários, a metodologia e critérios adotados, os resultados devidamente
fundamentados e as suas conclusões.
38. O perito não deve utilizar-se dos espaços marginais ou interlineares para lançar quaisquer escritos no
laudo pericial contábil e parecer pericial contábil, ou produzir emendas ou rasuras.
39. A linguagem adotada pelo perito deverá ser acessível aos interlocutores, possibilitando aos julgadores e às
partes da demanda conhecimento e interpretação dos resultados obtidos nos trabalhos periciais contábeis.
Devem ser utilizados termos técnicos e o texto conter informações de forma clara. Os termos técnicos
devem ser inseridos na redação do laudo pericial contábil e do parecer pericial contábil, de modo a se obter
uma redação técnica, que qualifique o trabalho pericial, respeitadas as Normas Brasileiras de Contabilidade,
bem como a legislação de regência da profissão contábil.
40. Tratando-se de termos técnicos atinentes à profissão contábil, devem quando necessário, ser acrescidos
de esclarecimentos adicionais e recomendada a utilização daqueles de maior domínio público.
41. O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil deverão ser escritos de forma direta, devendo
atender às necessidades dos julgadores e dos interessados e ao objeto da discussão, sempre com
conteúdo claro e limitado ao assunto da demanda, de forma que possibilite os julgadores a proferirem justa
decisão. O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil não devem conter documentos, coisas, e/ou
informações que conduzam a duvidosa interpretação, para que não induza os julgadores e interessados a
erro.
42. Os peritos devem elaborar o laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil utilizando-se do
vernáculo, sendo admitidas apenas palavras ou expressões idiomáticas de outras línguas de uso comum nos
tribunais judiciais ou extrajudiciais.
43. O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil devem contemplar o resultado final de todo e
qualquer trabalho alcançado por meio de elementos de prova inclusos nos autos ou adquiridos em
diligências que o perito-contador tenha efetuado, por intermédio de peças contábeis e quaisquer outros
documentos, tipos e formas.
Terminologia
44. Forma circunstanciada: a redação pormenorizada, minuciosa, efetuada com cautela e detalhamento em
relação aos procedimentos e aos resultados do laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil.
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45. Síntese do objeto da perícia: o relato sucinto de forma que resulte numa leitura compreensiva dos fatos
relatados ou na transcrição resumida dos fatos da lide sobre as questões básicas que resultaram na
nomeação ou na contratação do perito.
Diligência: todos os procedimentos e atos adotados pelo perito na busca de documentos, coisas,
informações ou quaisquer outros elementos de prova, bem como todos os subsídios necessários à
elaboração do laudo pericial contábil e do parecer pericial contábil, mediante termo de diligência, quando
possível, desde que tais provas não estejam insertas nos autos. Ainda são consideradas diligências, as
comunicações às partes, aos peritos-contadores assistentes ou a terceiros, ou petições judiciais, em
decorrências de necessidade de arrecadar elementos de prova.
46. Critérios da perícia: procedimentos que servem de norma para julgar ou decidir o caminho que deve
seguir o perito na elaboração do trabalho pericial. É a faculdade que tem de distinguir como proceder em
torno dos fatos alegados.
47. Metodologia: conjunto dos meios dispostos convenientemente para alcançar o resultado da perícia por
meio do conhecimento técnico-científico, de maneira que possa ao final inseri-lo no corpo técnico do laudo
pericial contábil e do parecer pericial contábil.
50. Anexos: são documentos elaborados pelas partes ou terceiros com o intuito de complementar a
argumentação ou elementos de prova, arrecadados ou requisitados, pelo perito durante as diligências.
51. Apêndices: são documentos elaborados pelo perito com o intuito de complementar a argumentação ou
elementos de prova.
52. Palavras e termos ofensivos: o perito que se sentir ofendido por expressões injuriosas, de forma escrita
ou verbal, no processo, poderá tomar as seguintes providências:
(a) sendo a ofensa escrita ou verbal, por qualquer das partes, peritos ou advogados, o perito ofendido pode
requerer a autoridade competente que mande riscar os termos ofensivos dos autos ou cassada a palavra;
(b) sendo a ofensa escrita ou verbal, por qualquer dos peritos, o perito ofendido pode requerer a autoridade
competente que mande riscar os termos ofensivos dos autos ou cassada a palavra. Pode ainda, ser
comunicado o ocorrido mediante protocolo ao Conselho Regional de Contabilidade da sua jurisdição;
(c) as providências adotadas, na forma prevista nos itens precedentes, não impedem outras medidas de
ordem civil ou criminal.
54. Quesitos novos e honorários suplementares: o perito deve observar os quesitos suplementares
formulados pelas partes ou pelo julgador.
55. Os peritos devem, na conclusão do laudo pericial contábil e do parecer pericial contábil, considerar as
formas explicitadas nos itens seguintes:
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(a) omissão de fatos: o perito-contador não pode omitir nenhum fato relevante encontrado no decorrer de
suas pesquisas ou diligências, mesmo que não tenha sido objeto de quesitação e desde que esteja
relacionado ao objeto da perícia;
(b) a conclusão com quantificação de valores é viável em casos de: apuração de haveres; liquidação de
sentença, inclusive em processos trabalhistas; resolução de sociedade; avaliação patrimonial, entre outros;
(c) pode ocorrer que na conclusão seja necessária a apresentação de alternativas, condicionada às teses
apresentadas pelas partes, casos em que cada uma apresenta uma versão para a causa. O perito deve
apresentar ao juiz as alternativas condicionadas às teses apresentadas, devendo, necessariamente, serem
identificados os critérios técnicos que lhes deem respaldo. Tal situação deve ser apresentada de forma a não
representar a opinião pessoal do perito, consignando os resultados obtidos, caso venha a ser aceita a tese de
um ou de outro demandante, como no caso de discussão de índices de atualização e taxas;
(e) a conclusão pode ser, simplesmente, elucidativa quanto ao objeto da perícia, não envolvendo,
necessariamente, quantificação de valores.
Estrutura
56. O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil devem conter, no mínimo, os seguintes itens:
(f) transcrição e resposta aos quesitos: para o parecer pericial contábil, onde houver divergência,
transcrição dos quesitos, respostas formuladas pelo perito-contador e as respostas e comentários do perito-
contador assistente;
(g) conclusão;
(h) anexos;
(i) apêndices;
(j) assinatura do perito: fará constar sua categoria profissional de contador e o seu número de registro em
Conselho Regional de Contabilidade, comprovada mediante Declaração de Habilitação Profissional
Assinatura em Conjunto
57. Quando se tratar de laudo pericial contábil assinado em conjunto, pelo(s) perito-contador e perito(s)-
contador(es) assistente(s), há responsabilidade solidária sobre o referido documento.
58. Em se tratando de laudo pericial contábil realizado por peritos contadores não oficiais para a área
criminal, o exame só pode ser realizado após a prestação de compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
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59. Quando se tratar de laudo pericial contábil realizado para área criminal, assinado em conjunto pelos
peritos não oficiais, há responsabilidade solidária sobre o referido documento.
60. O Decreto-Lei nº. 9.295/46 e a Norma Brasileira de Contabilidade consideram leigo ou profissional não
habilitado para a elaboração de laudos periciais contábeis e pareceres periciais contábeis, qualquer
profissional que não seja contador habilitado perante Conselho Regional de Contabilidade.
61. Esclarecimentos são respostas oferecidas pelo perito aos pedidos de esclarecimentos do laudo pericial
contábil e parecer pericial contábil, determinados pelas autoridades competentes, quando estas por algum
motivo entenderem a necessidade da presença do perito na audiência, para descrever e explicar de maneira
ordenada e pormenorizada o conteúdo do laudo pericial. Os quesitos de esclarecimentos efetuados podem
ser respondidos de duas maneiras:
(a) de forma escrita: os quesitos de esclarecimentos deferidos e apresentados ao perito, no prazo legal,
podem ser respondidos por escrito e, neste caso, deverá ser entregue o original, na audiência, para a
juntada nos autos.
(b) de forma oral: os quesitos de esclarecimentos deferidos e apresentados ao perito, no prazo legal,
podem ser respondidos de forma oral, cuidando para sanar as obscuridades, omissões, contradições ou
interpretações distintas daquelas constantes no laudo pericial contábil.
62. Se for necessário efetuar diligências para arrecadar novos documentos ou outros elementos de prova, o
perito deve adotar todas as providências constantes nesta Norma, não podendo, no entanto, requerer
honorários complementares para aquele feito.
Quesitos e Respostas
63. O perito deve observar as perguntas efetuadas pelas partes, no momento próprio dos esclarecimentos, pois
tal ato se limita às respostas a quesitos integrantes do laudo pericial, ou do parecer pericial contábil às
explicações sobre o conteúdo da lide ou sobre a conclusão.
Quesitos Novos
64. O perito-contador deve observar se os quesitos formulados nesta fase processual são pedidos de
esclarecimentos sobre o seu laudo pericial contábil ou se tratam de quesitos novos. Mesmo atinente ao
objeto da discussão, as respostas a esses novos quesitos ficam sujeitas ao deferimento do julgador da
causa.
O Perito-Contador
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Objetivo
Conceito
3. Perito-contador nomeado é o designado pelo juiz em perícia contábil judicial; contratado é o que atua
em perícia contábil extrajudicial; e escolhido é o que exerce sua função em perícia contábil arbitral.
Competência Profissional
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capacitação, treinamento, educação continuada e especialização. Para tanto, deve demonstrar capacidade
para:
(a) pesquisar, examinar, analisar, sintetizar e fundamentar a prova no laudo pericial contábil e no parecer
pericial contábil;
realizar seus trabalhos com a observância da equidade significa que o perito-contador e o perito-contador
assistente devem atuar com igualdade de direitos, adotando os preceitos legais, inerentes à profissão
contábil.
6. O espírito de solidariedade do perito não induz nem justifica a participação ou a conivência com erros ou
atos infringentes às normas profissionais, técnicas e éticas que regem o exercício da profissão, devendo
estar vinculado à busca da verdade fática, a fim de esclarecer o objeto da perícia de forma técnica-científica
e o perito-contador assistente para subsidiar na defesa da parte que o indicou.
Habilitação Profissional
7. O perito deve comprovar sua habilitação profissional por intermédio da Declaração de Habilitação
Profissional – DHP, de que trata a Resolução CFC nº. 871/00. É permitida a utilização da certificação digital,
em consonância com a legislação vigente e as normas estabelecidas pela Infraestrutura de Chaves Públicas
Brasileiras - ICP-Brasil.
11. A utilização de serviços de especialista de outras áreas, quando parte do objeto da perícia assim o
requerer, não implica presunção de incapacidade do perito, devendo tal fato ser, formalmente, relatado no
laudo pericial contábil ou no parecer pericial contábil para conhecimento do julgador, das partes ou dos
contratantes.
12. A indicação ou a contratação de perito-contador assistente ocorre quando a parte ou contratante desejar
ser assistida por um contador, ou comprovar algo que dependa de conhecimento técnico-científico, razão
pela qual o profissional só deve aceitar o encargo se reconhecer estar capacitado com conhecimento
suficiente, discernimento e irrestrita independência para a realização do trabalho.
Para efeito de controle técnico dos laudos periciais e pareceres periciais contábeis, os Conselhos Regionais
de Contabilidade devem manter relatórios atualizados contendo, no mínimo, identificação do número do
processo e local de sua tramitação, para os quais foram utilizados a DHP. Tratando-se de perícia
extrajudicial, inclusive arbitral, devem ser indicadas as partes para as quais foram utilizadas tais
declarações.
Educação Continuada
13. O perito, no exercício de suas atividades, deve comprovar a participação em programa de educação
continuada, na forma a ser regulamentada pelo Conselho Federal de Contabilidade.
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Independência
14. O perito deve evitar qualquer interferência que possa constrangê-lo em seu trabalho, não admitindo, em
nenhuma hipótese, subordinar sua apreciação a qualquer fato, pessoa, situação ou efeito que possa
comprometer sua independência, denunciando a quem de direito a eventual ocorrência da situação
descrita.
Impedimento e Suspeição
15. São situações fáticas ou circunstanciais que impossibilitam o perito de exercer, regularmente, suas
funções ou realizar atividade pericial em processo judicial ou extrajudicial, inclusive arbitral. Os itens
previstos nesta Norma explicitam os conflitos de interesse motivadores dos impedimentos e das suspeições
a que está sujeito o perito nos termos da legislação vigente e do Código de Ética Profissional do Contabilista.
16. Para que o perito possa exercer suas atividades com isenção, é fator determinante que ele se declare
impedido, após, nomeado, contratado, escolhido ou indicado quando ocorrerem as situações previstas
nesta Norma, nos itens abaixo.
17. Quando nomeado em juízo, o perito deve dirigir petição, no prazo legal, justificando a escusa ou o motivo
do impedimento.
18. Quando indicado pela parte e não aceitando o encargo, o perito-contador assistente deve comunicar a
ela sua recusa, devidamente justificada por escrito, com cópia ao juízo.
Impedimento Legal
19. O perito-contador nomeado ou escolhido deve se declarar impedido quando não puder exercer suas
atividades com imparcialidade e sem qualquer interferência de terceiros, ou ocorrendo pelo menos uma das
seguintes situações:
(c) tiver cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou em linha colateral até o terceiro grau,
postulando no processo ou entidades da qual esses façam parte de seu quadro societário ou de direção;
(d) tiver interesse, direto ou indireto, mediato ou imediato, por si, por seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou
afim, em linha reta ou em linha colateral até o terceiro grau, no resultado do trabalho pericial;
(e) exercer cargo ou função incompatível com a atividade de perito-contador, em função de impedimentos
legais ou estatutários;
Impedimento Técnico-Científico
20. O impedimento por motivos técnico-científicos a ser declarado pelo perito decorre da autonomia,
estrutura profissional e da independência que devem possuir para ter condições de desenvolver de forma
isenta o seu trabalho. São motivos de impedimento técnico-científico:
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(b) a constatação de que os recursos humanos e materiais de sua estrutura profissional não permitem
assumir o encargo; cumprir os prazos nos trabalhos em que o perito-contador for nomeado, contratado ou
escolhido; ou em que o perito-contador assistente for indicado;
(c) ter o perito-contador da parte atuado para a outra parte litigante na condição de consultor técnico ou
contador responsável, direto ou indireto em atividade contábil ou em processo no qual o objeto de perícia
seja semelhante àquele da discussão, sem previamente comunicar ao contratante.
Suspeição
21. O perito-contador nomeado ou escolhido deve declarar-se suspeito quando, após, nomeado, contratado
ou escolhido verificar a ocorrência de situações que venham suscitar suspeição em função da sua
imparcialidade ou independência e, desta maneira, comprometer o resultado do seu trabalho em relação à
decisão.
22. Os casos de suspeição aos quais estão sujeitos o perito-contador são os seguintes:
(c) ser devedor ou credor em mora de qualquer das partes, dos seus cônjuges, de parentes destes em linha
reta ou em linha colateral até o terceiro grau ou entidades das quais esses façam parte de seu quadro
societário ou de direção;
(d) ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos seus cônjuges;
Sigilo
24. O perito, em obediência ao Código de Ética Profissional do Contabilista, deve respeitar e assegurar o
sigilo das informações a que teve acesso, proibida a sua divulgação, salvo quando houver obrigação legal
de fazê-lo.
25. O dever de sigilo subsiste mesmo na hipótese de o profissional se desligar do trabalho antes de tê-lo
concluído.
Responsabilidade
27. O perito deve conhecer as responsabilidades sociais, éticas, profissionais e legais, às quais está sujeito no
momento em que aceita o encargo para a execução de perícias contábeis judiciais e extrajudiciais, inclusive
arbitral.
28. O termo “responsabilidade” refere-se à obrigação do perito em respeitar os princípios da moral, da ética
e do direito, atuando com lealdade, idoneidade e honestidade no desempenho de suas atividades, sob
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Responsabilidade e Ética
29. A responsabilidade do perito decorre da relevância que o resultado de sua atuação pode produzir para
solução da lide.
30. A responsabilidade ética do perito decorre da necessidade do cumprimento dos princípios éticos, em
especial, os estabelecidos no Código de Ética Profissional do Contabilista e nesta Norma.
1. Ciente do livre exercício profissional deve o perito-contador, sempre que possível e não houver prejuízo aos
seus compromissos profissionais e suas finanças pessoais, em colaboração com o Poder Judiciário aceitar
o encargo confiado, na condição de perito-contador do juízo, ou escusar-se do encargo, no prazo legal,
apresentando suas razões.
(a) atender a uma das partes ou perito-contadores assistentes, desde que se assegure igualdade de
oportunidade à outra parte, quando solicitado;
(b) trabalho técnico-científico anteriormente publicado pelo perito-contador que verse sobre o tema objeto da
perícia.
4. A legislação civil determina responsabilidades e penalidades para o profissional que exerce a função de
perito-contador, as quais consistem em multa, indenização e inabilitação.
5. A legislação penal estabelece penas de multa, detenção e reclusão para os profissionais que exercem a
atividade pericial que vierem a descumprir as normas legais.
Zelo Profissional
6. O termo “zelo” para o perito refere-se ao cuidado que o mesmo deve dispensar na execução de suas
tarefas, em relação à sua conduta, documentos, prazos, tratamento dispensado às autoridades, aos
integrantes da lide e aos demais profissionais, de forma que sua pessoa seja respeitada, seu trabalho
levado a bom termo e, consequentemente, o laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil dignos de fé
pública.
(a) cumprir os prazos fixados pelo juiz em perícia judicial e nos termos contratados em perícia extrajudicial,
inclusive arbitral;
(b) assumir a responsabilidade pessoal por todas as informações prestadas, quesitos respondidos,
procedimentos adotados, diligências realizadas, valores apurados e conclusões apresentadas no Laudo
Pericial Contábil e no Parecer Pericial Contábil;
(c) prestar os esclarecimentos determinados pelo juiz ou pelo árbitro, respeitados os prazos legais ou
contratuais;
(d) propugnar pela celeridade processual, valendo-se dos meios que garantam eficiência, segurança,
publicidade dos atos periciais, economicidade, o contraditório e a ampla defesa;
(e) ser prudente, no limite dos aspectos técnico-científicos, e atento às consequências advindas dos seus
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atos;
(f) ser receptivo aos argumentos e críticas, podendo ratificar ou retificar o posicionamento anterior.
9. O perito é responsável pelo trabalho de sua equipe técnica, a qual compreende os auxiliares para
execução do trabalho complementar do laudo pericial contábil e/ou parecer pericial contábil, tais como:
digitação, pesquisas e análises contábeis, cálculos e pesquisas pertinentes.
(b) de medicina para subsidiar a perícia contábil em cálculo de indenização de perdas e danos, para
apuração de danos emergentes ou lucros cessantes;
(c) de perito criminal em documentos, cópia e grafotecnia para reconhecer a autenticidade ou a falsidade de
documentos.
11. Sempre que não for possível concluir o laudo pericial contábil no prazo fixado pelo juiz, deve o perito-
contador requerer a sua dilação antes de vencido aquele, apresentando os motivos que ensejaram a
solicitação.
12. Na perícia extrajudicial, o perito deve estipular, de comum acordo com o contratante, os prazos
necessários para a execução dos trabalhos, junto com a proposta de honorários e com a descrição dos
serviços a executar.
13. A realização de diligências para busca de provas, quando necessária, é de responsabilidade exclusiva do
perito, podendo mediante delegação expressa autorizar terceiros, na arrecadação de elementos de prova.
Esclarecimentos
14. Em defesa de sua conduta técnica profissional, o perito deve prestar esclarecimentos sobre o conteúdo do
laudo pericial contábil ou do parecer pericial contábil, em atendimento a determinação do juiz ou árbitro que
preside o feito ou a pedido das partes.
31. O perito pode valer-se de especialistas de outras áreas para a realização do trabalho, desde que parte
da matéria-objeto da perícia assim o requeira. Tal obrigação assumida pelo perito perante o julgador ou
contratante não exime o especialista contratado da responsabilidade pelo trabalho executado. São exemplos
de trabalho de especialista: analista de sistema, atuário, tecnólogo, geólogo, especialista em obras de artes
e outros avaliadores. Neste caso, o especialista nomeado pelo juiz deve protocolizar o seu laudo em juízo e
o perito-contador, ou perito-contador assistente, pode valer-se das apurações e conclusões ali constantes.
Honorários
32. Na elaboração da proposta de honorários, o perito dever considerar os seguintes fatores: a relevância, o
vulto, o risco, a complexidade, a quantidade de horas, o pessoal técnico, o prazo estabelecido, a forma de
recebimento e os laudos interprofissionais, entre outros fatores.
33. A relevância é entendida como a importância da perícia no contexto social e sua essencialidade para
dirimir as dúvidas de caráter técnico-científico contábil, suscitadas em demanda judicial ou extrajudicial.
34. O vulto está relacionado ao valor da causa no que se refere ao objeto da perícia; à dimensão
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35. O risco compreende a possibilidade do honorário pericial não ser integralmente recebido, o tempo
necessário ao recebimento, bem como a antecipação das despesas necessárias à execução do trabalho.
Igualmente, devem ser levadas em consideração as implicações cíveis, penais, profissionais e outras de
caráter específico a que poder estar sujeito o perito.
36. A complexidade está relacionada à dificuldade técnica para a realização do trabalho pericial em
decorrência do grau de especialização exigido; à dificuldade em obter os elementos necessários para a
fundamentação do laudo pericial contábil; e ao tempo transcorrido entre o fato a ser periciado e a realização
da perícia. Deve ser considerado também o ineditismo da matéria periciada.
37. As horas estimadas para a realização de cada fase do trabalho é o tempo despendido para a realização da
perícia, mensurado em horas trabalhadas pelo perito-contador, quando aplicável.
38. O pessoal técnico é formado pelos auxiliares que integram a equipe de trabalho do perito, estando os
mesmos sob sua orientação direta e inteira responsabilidade.
39. O prazo determinado nas perícias judiciais ou contratado nas extrajudiciais deve ser levado em conta nas
propostas de honorários, considerando-se eventual exiguidade do tempo que requeira dedicação exclusiva
do perito e da sua equipe para a consecução do trabalho.
40. O prazo médio habitual de liquidação compreende o tempo necessário para recebimento dos honorários.
41. Os laudos interprofissionais e outros inerentes ao trabalho são peças técnicas executadas por perito
qualificado e habilitado na forma definida no Código de Processo Civil e de acordo com o conselho
profissional ao qual estiver vinculado.
Elaboração de Proposta
42. O perito deve elaborar a proposta de honorários estimando, quando possível, o número de horas para a
realização do trabalho, por etapa e por qualificação dos profissionais (auxiliares, assistentes, seniores, etc.)
considerando os trabalhos a seguir especificados:
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O perito deve ressaltar, em sua proposta de honorários, que esta não contempla os honorários relativos a
quesitos suplementares e, se estes forem formulados pelo juiz e/ou pelas partes, pode haver incidência de
honorários suplementares a serem requeridos, observando os mesmos critérios adotados para elaboração
da proposta anterior.
Quesitos de Esclarecimentos
44. O oferecimento de respostas aos quesitos de esclarecimentos formulados pelo juiz e/ou pelas partes
podem não ensejar novos honorários periciais, se forem apresentados para obtenção de detalhes do
trabalho realizado.
45. O perito-contador deve analisar com zelo os quesitos de esclarecimentos, uma vez que as partes podem
formulá-los com essa denominação, mas serem quesitos suplementares, situação em que o trabalho deve
ser remunerado na forma prevista no item 63. Para tanto, o perito-contador poderá requerer honorários
suplementares, justificando o pleito, pela caracterização de quesito suplementar.
46. O perito-contador deve apresentar sua proposta de honorários, devidamente fundamentada, ao juízo ou
contratante, podendo conter o orçamento ou este constituir-se em um documento anexo.
47. O perito-contador assistente deve explicitar a sua proposta no contrato que, obrigatoriamente, celebrará com
o seu cliente, observando as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade.
48. O perito-contador assistente deve estabelecer, mediante “Contrato Particular de Prestação de Serviços
Profissionais de Perícia Contábil”, o objeto, as obrigações das partes e os honorários profissionais,
podendo, para tanto, utilizar-se dos parâmetros estabelecidos nesta Norma com relação aos honorários do
perito-contador. O perito-contador assistente deve adotar, no mínimo, o modelo constante nesta Norma
referente ao seu contrato de prestação de serviços.
49. O perito-contador deve requerer o levantamento dos honorários periciais, previamente depositados, na
mesma petição em que requer a juntada do laudo pericial aos autos.
50. O perito-contador pode requerer a liberação parcial dos honorários quando julgar necessário para o
custeio de despesas durante a realização dos trabalhos.
51. Quando os honorários periciais forem fixados por decisão judicial, estes podem ser executados,
judicialmente, pelo perito-contador em conformidade com os dispositivos do Código de Processo Civil.
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Nos casos em que houver necessidade de desembolso para despesas supervenientes, tais como viagens e
estadas, para a realização de outras diligências, o perito deve requerer ao juízo ou solicitar ao contratante o
pagamento das despesas, apresentando a respectiva comprovação, desde que não estejam contempladas ou
quantificadas na proposta inicial de honorários.
Modelos
1. Em anexo, são apresentados os seguintes modelos exemplificativos: Modelo nº. 01 - ETscusa em perícia
judicial;
Modelo nº. 02 - Renúncia em perícia arbitral; Modelo nº. 03 - Renúncia em perícia extrajudicial;
Modelo nº. 04 - Renúncia à indicação em perícia judicial; Modelo nº. 05 - Renúncia à indicação em perícia
arbitral;
Modelo nº. 06 - Renúncia em assistência em perícia extrajudicial; Modelo nº. 07 - Petição de honorários
periciais;
Modelo nº. 08 - Petição de juntada de laudo pericial contábil e pedido de levantamento de honorários;
Modelo nº. 09 - Petição de juntada de laudo trabalhista e pedido de arbitramento de honorários; e Modelo
nº. 10 - Contrato particular de prestação de serviços profissionais de perito-contador assistente.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Procedimentos De Auditoria
Os procedimentos de auditoria não são rígidos, podendo variar de auditoria para auditoria, de
modo a se ajustarem às circunstâncias específicas de cada caso em exame.
A aplicação dos procedimentos de auditoria pode ser realizada através de exames, provas
seletivas, testes e amostragens em razão da complexidade e volume das operações de cada
entidade auditada, cabendo ao profissional da auditoria, com base na análise de riscos
envolvidos e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude ou o escopo dos exames
necessários à obtenção dos elementos probatórios que sejam válidos para o todo auditado.
Conferência de Cálculos: revisão dos principais (relevantes) cálculos realizados pela entidade
auditada, de modo a verificar sua exatidão. Entre as conferências de cálculos fundamentais está
a conferência de soma.
Entrevistas: questões dirigidas de forma técnica aos auditados de modo a detalhar e esclarecer
procedimentos. Pode ser realizada de forma estruturada (questões padronizadas) ou não-
estruturadas.
Inspeção Física: exame da existência de bens. Este procedimento deve ser aplicado de forma
cuidadosa pelo auditor, que deve estar atento aos detalhes envolvidos na utilização dos bens.
Segundo o CFC, a inspeção física envolve também o exame dos títulos e outros documentos
comprobatórios. Na aplicação deste procedimento devem ser consideradas: identificação,
existência, autenticidade, quantidade e qualidade.
negativa: quando informa que não é necessária a resposta quando o auditado concorda com
o valor informado;
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Correlação: é a relação entre um fato examinado em uma área com seus impactos em outras.
Procedimento de revisão analítica: é a avaliação dos dados com base em testes globais,
aplicação de índices de análise de balanço e análise de variações. Na aplicação dos
procedimentos de revisão analítica o auditor deve considerar a disponibilidade das informações,
sua confiabilidade, relevância e comparabilidade.
A Resolução n.º 820/93 do CFC, estabelece que a aplicação dos procedimentos de auditoria
“deve ser realizada, em razão da complexidade e volume das operações, por meio de provas
seletivas, testes e amostragens, cabendo ao auditor, com base na análise de riscos de auditoria
e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude dos exames necessários à obtenção
dos elementos de convicção que sejam válidos para o todo”.
Ainda segundo o CFC, na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve
considerar os seguintes procedimentos técnicos básicos:
São apresentadas a seguir, sem pretender esgotar a lista, alguns objetivos e procedimentos de
auditoria em algumas áreas do Balanço Patrimonial, a saber:
Disponível
a) contagem física do numerário em caixa, que deve ser feita sempre na presença do
responsável, devendo ser obtida uma declaração por escrito de que os valores contados foram
devolvidos na totalidade;
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Contas A Receber
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Estoques
Despesas Antecipadas
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
d) os valores das coberturas estão compatíveis com os valores de mercado dos bens
segurados.
Investimentos
a) inspeção física dos títulos dos principais valores classificados nos investimentos.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Imobilizado
Contas a Pagar
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Empréstimo
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Patrimônio Líquido
d) conferência de cálculo.
Resultado De Exercício
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
c) análise de variações.
d) correlação com os resultados da revisão dos controles internos das áreas de faturamento, de
pessoal e de custo.
Evidência De Auditoria
Evidência é toda prova obtida pelo auditor, em face da aplicação dos procedimentos de auditoria,
para avaliar se os critérios estabelecidos estão sendo ou não atendidos.
Assim, tem-se:
O auditor deve atentar que o processo de obtenção de evidências em uma auditoria operacional
é muito mais complexo do que em uma auditoria contábil. Isso acontece em virtude de, nas
áreas operacionais, o processo de identificação dos critérios, na maioria das vezes, não ser
claramente definido como nas áreas financeiras. A identificação das áreas problemáticas e
críticas dependerá enormemente da perspicácia, experiência e determinação do auditor.
A auditoria interna é conduzida em diversos ambientes legais e culturais; entre organizações que
variam de propósito, tamanho, complexidade e estrutura; e por pessoas dentro ou fora da
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
organização. Enquanto as diferenças possam afetar a prática de auditoria interna em cada ambiente,
a conformidade com as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna do IIA
(Normas) é essencial para o atendimento das responsabilidades dos auditores internos e da atividade
de auditoria interna.
Se os auditores internos ou a atividade de auditoria interna estão proibidos por força de lei ou de
regulamentações a seguir determinadas partes das Normas, é necessária a conformidade com todas
as demais partes das Normas e a apropriada divulgação desta situação.
Se as Normas são utilizadas em conjunto com normas emitidas por outros órgãos reguladores, as
comunicações de auditoria interna podem também citar a utilização de outras normas, como for
apropriado. Neste caso, se houver inconsistências entre as Normas e outras normas, os auditores
internos e a atividade de auditoria interna devem sujeitar-se às Normas, e podem obedecer às outras
normas caso elas forem mais restritivas.
2. Fornecer uma estrutura para a execução e promoção de um amplo espectro de auditoria interna
de valor agregado.
Declarações dos requerimentos básicos para a prática profissional de auditoria interna e para a
avaliação da eficácia do desempenho, as quais são internacionalmente aplicáveis às organizações e
aos indivíduos.
As Normas empregam termos aos quais foram atribuídos significados específicos que estão incluídos
no Glossário. Especificamente, as Normas utilizam a palavra “deve” para especificar um requerimento
incondicional e a palavra “deveria” onde há a expectativa de conformidade a não ser que, ao aplicar o
julgamento profissional, as circunstâncias justificam o desvio.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Os serviços de consultoria são, por natureza, de assessoria e geralmente são realizados a partir da
solicitação específica de um cliente do trabalho. A natureza e o escopo dos trabalhos de consultoria
estão sujeitos a um acordo com o cliente do trabalho. Geralmente os serviços de consultoria
envolvem duas partes: (1) a pessoa ou grupo que oferece a assessoria – o auditor interno, e (2) a
pessoa ou grupo que busca e recebe a assessoria – o cliente do trabalho. Ao realizar serviços de
consultoria, o auditor interno deveria manter a objetividade e não assumir responsabilidades que são
da administração.
As Normas são aplicáveis a auditores internos e a atividades de auditoria interna. Todos os auditores
internos são responsáveis pela conformidade com as normas em relação à objetividade, proficiência
e zelo profissional devido individual. Além disso, os auditores internos são responsáveis pela
conformidade com as normas que são relevantes para o desempenho das suas responsabilidades
profissionais. Os executivos chefes de auditoria são responsáveis pela conformidade geral com as
Normas.
Normas De Atributos
Interpretação:
– A natureza dos serviços de avaliação (assurance) prestados à organização deve ser definida no
estatuto de auditoria interna. Se avaliações (assurances) forem fornecidas para partes externas à
organização, a natureza dessas avaliações (assurances) deve também ser definida no estatuto da
auditoria interna.
– A natureza dos serviços de consultoria deve ser definida no estatuto de auditoria interna.
A natureza mandatória da Definição de Auditoria Interna, do Código de Ética e das Normas deve ser
reconhecida no estatuto de auditoria interna. O executivo chefe de auditoria deveria debater sobre a
Definição de Auditoria Interna, o Código de Ética e as Normas com a alta administração e com o
conselho.
– Independência E Objetividade
A atividade de auditoria interna deve ser independente e os auditores internos devem ser objetivos ao
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Interpretação:
A objetividade é uma atitude mental imparcial que permite aos auditores internos executarem os
trabalhos de auditoria de maneira a confiarem no resultado de seu trabalho e que não seja feito
nenhum comprometimento da qualidade. A objetividade requer que os auditores internos não
subordinem a outras pessoas o seu julgamento em assuntos de auditoria. As ameaças à objetividade
devem ser gerenciadas nos níveis do auditor individual, do trabalho de auditoria, funcional e
organizacional.
Independência Organizacional
O executivo chefe de auditoria deve reportar-se a um nível dentro da organização que permita à
atividade de auditoria interna cumprir suas responsabilidades. O executivo chefe de auditoria deve
confirmar junto ao conselho, pelo menos anualmente, a independência organizacional da atividade de
auditoria interna.
Interpretação:
– Objetividade Individual
Os auditores internos devem adotar uma atitude imparcial e isenta e evitar qualquer conflito de
interesses.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Interpretação:
O conflito de interesses é uma situação na qual um auditor interno, que esteja em uma posição de
confiança, tenha um interesse profissional ou pessoal conflitante. Tais interesses conflitantes podem
tornar difícil a ele ou ela executar suas funções com imparcialidade. Um conflito de interesses existe
mesmo que não se resulte em nenhum ato antiético ou impróprio. Um conflito de interesses pode criar
uma aparência de impropriedade que pode abalar a confiança no auditor interno, na atividade de
auditoria interna e na profissão. Um conflito de interesses pode prejudicar a habilidade do indivíduo
de executar suas funções e responsabilidades objetivamente.
Interpretação:
O prejuízo à independência organizacional e objetividade individual pode incluir, mas não se limitar, a
um conflito de interesses pessoal; limitações de escopo; restrição de acesso aos registros, ao pessoal
e às propriedades e limitações de recursos, tais como: recursos financeiros.
– Os auditores internos devem abster-se de avaliar operações específicas pelas quais tenham sido
responsáveis anteriormente. Presume-se que a objetividade fique prejudicada se um auditor interno
prestar serviços de avaliação (assurance) de uma atividade pela qual o auditor interno tenha sido
responsável durante ano anterior.
– Os trabalhos de avaliação (assurance) de funções pelas quais o executivo chefe de auditoria tenha
responsabilidade devem ser supervisionados por uma parte externa à atividade de auditoria interna.
– Os auditores internos podem prestar serviços de consultoria relativos às operações pelas quais
tenham sido responsáveis anteriormente.
Os trabalhos de auditoria devem ser executados com proficiência e zelo profissional devido.
– Proficiência
Interpretação:
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
– Os auditores internos devem possuir conhecimento suficiente para avaliar o risco de fraude e a
maneira com o qual é gerenciado pela organização, porém, não se espera que possuam a
especialização de uma pessoa cuja principal responsabilidade seja detectar e investigar fraudes.
– Os auditores internos devem possuir conhecimento suficiente sobre os principais riscos e controles
de tecnologia da informação e sobre as técnicas de auditoria baseadas em tecnologia disponíveis
para a execução dos trabalhos a eles designados. Entretanto, não se espera que todos os auditores
internos possuam a especialização de um auditor interno cuja principal responsabilidade seja
auditoria de tecnologia da informação.
– O executivo chefe de auditoria deve declinar dos trabalhos de consultoria, ou obter competente
aconselhamento e assistência, caso os auditores internos não possuam os conhecimentos, as
habilidades ou outras competências necessárias à realização de todo ou parte do trabalho.
– Os auditores internos devem estar alertas aos riscos significativos que poderiam afetar os objetivos,
as operações ou os recursos. Entretanto, os procedimentos de avaliação (assurance) isoladamente,
mesmo quando realizados com o zelo profissional devido, não garantem que todos os riscos
significativos serão identificados.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Interpretação:
O programa de avaliação da qualidade e melhoria deve incluir tanto avaliações internas quanto
externas.
– Avaliações Internas
Interpretação:
O monitoramento contínuo é uma parte integrante da rotina diária de supervisão, revisão e avaliação
da atividade de auditoria interna. O monitoramento contínuo está incorporado às políticas e práticas
rotineiras utilizadas para gerenciar a atividade de auditoria interna e utiliza os processos, as
ferramentas e as informações consideradas necessárias para avaliar a conformidade com a Definição
de Auditoria Interna, com o Código de Ética e com as Normas.
As avaliações periódicas são conduzidas para avaliar a conformidade com a Definição de Auditoria
Interna, com o Código de Ética e com as Normas.
O conhecimento suficiente das práticas de auditoria interna requer, pelo menos, a compreensão de
todos os elementos da Estrutura Internacional de Práticas Profissionais (International Professional
Practices Framework - IPPF).
– Avaliações Externas
As avaliações externas devem ser realizadas pelo menos uma vez a cada cinco anos, por um
avaliador, ou uma equipe de avaliação, qualificado e independente, externo à organização. O
executivo chefe de auditoria deve discutir com o conselho:
Interpretação:
Avaliações externas podem ser uma avaliação externa completa ou uma autoavaliação com
validação externa independente.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
avaliação, não é necessário que todos os membros da equipe possuam todas as competências; e sim
que a equipe em conjunto esteja qualificada. O executivo chefe de auditoria utilizará seu julgamento
profissional para avaliar se um avaliador ou equipe de avaliação apresenta competência suficiente
para que seja considerado qualificado.
Interpretação:
O executivo chefe de auditoria pode declarar que a atividade de auditoria interna está em
conformidade com as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna, somente
se os resultados do programa de avaliação da qualidade e melhoria sustentam esta declaração.
Interpretação
A atividade de auditoria interna está em conformidade com as Normas quando alcança os resultados
descritos na Definição de Auditoria Interna, Código de Ética e Normas.
Todas as atividades de auditoria interna terão os resultados das avaliações internas. Aquelas
atividades cuja existência ultrapasse cinco anos também terão os resultados de avaliações externas.
Quando a não conformidade com a Definição de Auditoria Interna, com o Código de Ética ou com as
Normas impactar o escopo geral ou a operação da atividade de auditoria interna, o executivo chefe de
auditoria deve divulgar a não conformidade e os impactos à alta administração e ao conselho.
Normas De Desempenho
O executivo chefe de auditoria deve gerenciar eficazmente a atividade de auditoria interna para
assegurar que ela adiciona valor à organização.
Interpretação:
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
• A atividade de auditoria interna está em conformidade com a Definição de Auditoria Interna e com
as Normas; e
• Os indivíduos que fazem parte da atividade de auditoria interna demonstram conformidade com o
Código de Ética e com as Normas.
A atividade de auditoria interna agrega valor à organização (e às suas partes interessadas) quando
proporciona avaliação objetiva e relevante, e contribui para a eficácia e eficiência dos processos de
governança, gerenciamento de riscos e controles.
– Planejamento
O executivo chefe de auditoria deve estabelecer um plano baseado em riscos para determinar as
prioridades da atividade de auditoria interna, de forma consistente com as metas da organização.
Interpretação:
– O planejamento dos trabalhos da atividade de auditoria interna deve ser baseado em uma avaliação
de risco documentada, realizada pelo menos anualmente. As informações fornecidas pela alta
administração e pelo conselho devem ser consideradas neste processo.
– Comunicação E Aprovação
– Gerenciamento De Recursos
O executivo chefe de auditoria deve assegurar que os recursos de auditoria interna sejam
apropriados, suficientes e eficazmente aplicados para o cumprimento do planejamento aprovado.
Interpretação:
– Políticas E Procedimentos
O executivo chefe de auditoria deve estabelecer políticas e procedimentos para orientar a atividade
de auditoria interna.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Interpretação:
– Coordenação
O executivo chefe de auditoria deveria compartilhar informações e coordenar atividades com outros
prestadores internos e externos de serviços de avaliação (assurance) e consultoria para assegurar
que a cobertura apropriada e a minimização da duplicação de esforços.
O executivo chefe de auditoria deve reportar periodicamente à alta administração e ao conselho sobre
o propósito, a autoridade e a responsabilidade da atividade de auditoria interna e o desempenho em
relação ao seu planejamento. Os reportes devem também incluir a exposição de pontos de riscos
significativos e de controles, incluindo os riscos de fraude, os assuntos de governança e outros
assuntos necessários ou solicitados pela alta administração e pelo conselho.
Interpretação:
A frequência e o conteúdo dos reportes são determinados em discussão com a alta administração e
com o conselho e dependem da importância da informação a ser comunicada e da urgência das
respectivas ações a serem tomadas pela alta administração ou pelo conselho.
Quando um prestador de serviços externo fornece serviços de auditoria interna, o prestador deve
manter a organização ciente de que esta continua com a responsabilidade de manter uma atividade
de auditoria interna eficaz.
Interpretação
– Natureza Do Trabalho
A atividade de auditoria interna deve avaliar e contribuir para a melhoria dos processos de
governança, gerenciamento de riscos e controles, utilizando uma abordagem sistemática e
disciplinada.
– Governança
A atividade de auditoria interna deve avaliar e propor recomendações apropriadas para a melhoria do
processo de governança no seu cumprimento dos seguintes objetivos:
– A atividade de auditoria interna deve avaliar o desenho, implantação e a eficácia dos objetivos,
programas e atividades da organização relacionados à ética.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
– Gerenciamento De Riscos
A atividade de auditoria interna deve avaliar a eficácia e contribuir para a melhoria dos processos de
gerenciamento de riscos.
Interpretação:
• Respostas apropriadas aos riscos são selecionadas de forma a alinhar os riscos com o apetite de
risco da organização; e
A atividade de auditoria interna reúne informações para apoiar esta avaliação através de múltiplos
trabalhos de auditoria. O resultado destes trabalhos, visto em conjunto, proporciona uma
compreensão dos processos de gerenciamento de riscos das organizações e sua eficácia.
– Os auditores internos devem incorporar os conhecimentos sobre riscos adquiridos nos trabalhos de
consultoria à sua avaliação dos processos de gerenciamento de riscos da organização.
– Controle
A atividade de auditoria interna deve auxiliar a organização a manter controles efetivos a partir da
avaliação sua eficácia e eficiência e da promoção de melhorias contínuas.
- A atividade de auditoria interna deve avaliar a adequação e a eficácia dos controles em resposta
aos riscos, abrangendo a governança, as operações e os sistemas de informação da organização,
com relação a:
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
• Os objetivos da atividade que está sendo revisada e os meios pelos quais a atividade controla seu
desempenho;
• Os riscos significativos para a atividade, seus objetivos, recursos e operações e os meios pelos
quais o impacto potencial dos riscos é mantido em um nível aceitável;
– Os auditores internos devem conduzir uma avaliação preliminar dos riscos relevantes para a
atividade sob revisão. Os objetivos do trabalho de auditoria devem refletir os resultados desta
avaliação.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
O escopo estabelecido deve ser suficiente para alcançar os objetivos do trabalho de auditoria.
– O escopo do trabalho de auditoria deve incluir considerações sobre sistemas, registros, pessoal e
propriedades físicas relevantes, incluindo aqueles sob o controle de terceiros.
Os auditores internos devem desenvolver e documentar programas de trabalho que atendam aos
objetivos do trabalho.
Os auditores internos devem identificar, analisar, avaliar e documentar informações suficientes para
cumprir os objetivos do trabalho de auditoria.
Os auditores internos devem identificar informações suficientes, confiáveis, relevantes e úteis para
cumprir os objetivos do trabalho de auditoria.
Interpretação:
Informação suficiente é factual, adequada e convincente de forma que uma pessoa prudente e
informada chegaria às mesmas conclusões que o auditor. Informação confiável é a melhor
informação possível de ser obtida através da utilização de técnicas de auditoria apropriadas.
Informação relevante dá suporte às observações e recomendações do trabalho de auditoria e é
consistente com os objetivos do trabalho de auditoria. Informação útil auxilia a organização a atingir
as suas metas.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
– Análise E Avaliação
Os auditores internos devem basear suas conclusões e resultados dos trabalhos de auditoria em
análises e avaliações apropriadas.
Os auditores internos devem documentar as informações relevantes para dar suporte às conclusões
e aos resultados do trabalho de auditoria.
– O executivo chefe de auditoria deve controlar o acesso aos registros dos trabalhos. O executivo
chefe de auditoria deve obter a aprovação da alta administração e/ou advogados antes de liberar tais
registros para partes externas, conforme for apropriado.
– O executivo chefe de auditoria deve desenvolver políticas para reger a custódia e retenção de
registros de trabalhos de consultoria, bem como sua liberação para partes internas e externas. Estas
políticas devem ser consistentes com as diretrizes da organização e quaisquer exigências
regulatórias ou outros requerimentos pertinentes.
Interpretação:
– A comunicação final dos resultados do trabalho deve, quando apropriado, conter a opinião e/ou
conclusões dos auditores internos. Uma vez emitida, uma opinião ou conclusão deve levar em conta
as expectativas da alta administração, conselho e outras partes interessadas e deve estar suportada
por informação suficiente, confiável, relevante e útil.
Interpretação
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Interpretação:
Comunicações precisas são livres de erros e distorções e são fiéis aos fatos fundamentais.
Comunicações objetivas são justas, imparciais e neutras e são o resultado de um julgamento justo e
equilibrado de todos os fatos e circunstâncias relevantes. Comunicações claras são facilmente
compreendidas e são lógicas, evitam linguagem técnica desnecessária e fornecem todas as
informações significativas e relevantes. Comunicações concisas são diretas ao ponto e evitam
elaboração desnecessária, detalhes supérfluos, redundância e excesso de palavras. Comunicações
construtivas são úteis ao cliente do trabalho de auditoria e à organização e conduzem às melhorias
onde seja necessário. Comunicações completas não omitem nada do que seja essencial à audiência
alvo e incluem todas as informações significativas e relevantes e as observações que dão suporte às
recomendações e conclusões. Comunicações tempestivas são oportunas e práticas, dependem da
importância do ponto, permitem à administração tomar as ações corretivas apropriadas.
– Erros E Omissões
Se uma comunicação final contiver erro ou omissão significativa, o executivo chefe de auditoria deve
comunicar a informação correta a todas as partes que tenham recebido a comunicação original.
Os auditores internos podem reportar que seus trabalhos são “conduzidos em conformidade com as
Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna” somente se os resultados do
programa de avaliação da qualidade e melhoria sustentarem esta declaração.
Quando a não conformidade com a Definição de Auditoria Interna, com o Código de Ética ou com as
Normas impactar em um trabalho específico, a comunicação dos resultados deve divulgar:
• O princípio ou regra de conduta do Código de Ética ou Norma(s) cuja conformidade plena não foi
alcançada;
Interpretação:
O executivo chefe de auditoria é responsável por revisar e aprovar a comunicação final do trabalho de
auditoria antes da sua emissão e por decidir a quem e como ela será disseminada. Quando o
executivo chefe de auditoria delega estas tarefas, ele ou ela retém total responsabilidade.
O executivo chefe de auditoria é o responsável pela comunicação dos resultados finais às partes que
possam assegurar que os resultados recebam a devida consideração.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
– Opiniões Gerais
Ao emitir uma opinião geral, esta deve levar em conta as expectativas da alta administração,
conselho e outras partes interessadas e deve estar suportada por informação suficiente, confiável,
relevante e útil.
Interpretação
• As limitações de escopo;
• O risco, estrutura de controle ou outros critérios utilizados como base para a opinião geral; e
Quando há uma opinião geral que não é favorável, deve-se expor as razões para a mesma.
– Monitoramento Do Progresso
O executivo chefe de auditoria deve estabelecer e manter um sistema para monitorar a disposição
dos resultados comunicados à administração.
– A atividade de auditoria interna deve monitorar a disposição dos resultados dos trabalhos de
consultoria na extensão previamente acordada com o cliente.
Quando o executivo chefe de auditoria conclui que a administração aceitou um nível de risco que
pode ser inaceitável para a organização, o executivo chefe de auditoria deve discutir o assunto com a
alta administração. Caso o executivo chefe de auditoria determine que a questão não foi resolvida, o
executivo chefe de auditoria deve comunicar a questão ao conselho.
Interpretação
A identificação do risco aceito pela administração pode ser observada por meio de um trabalho de
avaliação (assurance) ou consultoria, monitoramento do progresso das ações tomadas pela
administração como resultado de trabalhos anteriores ou por outros meios. Não é responsabilidade
do executivo chefe de auditoria resolver o risco.
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AUDITORIA INTERNA
Introdução E Atributos
A auditoria interna é o conjunto de técnicas que visa avaliar, de forma amostral, a gestão da
Companhia, pelos processos e resultados gerenciais, mediante a confrontação entre uma situação
encontrada com um determinado critério técnico, operacional ou normativo. Trata-se de um
importante componente de controle das Corporações na busca da melhor alocação dos recursos do
contribuinte, não só atuando para corrigir os desperdícios, as impropriedades/disfunções, a
negligência e a omissão, mas, principalmente, antecipando-se a essas ocorrências, buscando garantir
os resultados pretendidos, além de destacar os impactos e benefícios sociais advindos, em especial
sob a dimensão da eqüidade, intimamente ligada ao imperativo de justiça social.
Tem por objetivo primordial fortalecer a gestão e racionalizar as ações de controle da Companhia,
bem como prestar apoio aos órgãos do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
Esse trabalho auditorial é exercido nos meandros da organização, observando os aspectos
relevantes relacionados à avaliação da gestão e dos programas de governo com reflexos na
Companhia.
O exercício da auditoria interna terá foco administrativo, recursos humanos e materiais, orçamentário,
contábil, financeiro e programas para atingir as finalidades regimentais, cuja execução pressupõe a
disponibilidade de equipe multidisciplinar.
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AUDITORIA INTERNA
auditoriais.
O auditor interno faz uma avaliação equilibrada das circunstâncias relevantes e os seus julgamentos
não devem ser influenciados por interesses particulares ou por opiniões alheias.
Os empregados transferidos para a Unidade de Auditoria Interna não poderão auditar as atividades
que previamente tenham executados em outra unidade organizacional da Companhia até que decorra
o período de quarentena de 1 (um) ano.
Competência Regimental
h) Promover diligências e elaborar relatórios por demanda dos Conselhos de Administração e Fiscal,
da Presidência e das Diretorias;
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AUDITORIA INTERNA
A Unidade de Auditoria Interna, quanto à vinculação hierárquica, deve estar subordinada ao Conselho
de Administração, e vinculada administrativamente à Presidência, sendo vedado delegar a vinculação
à outra autoridade hierarquicamente inferior. Essa vinculação tem por objetivo proporcionar à Unidade
de Auditoria Interna um posicionamento suficientemente elevado de modo a conferir-lhe
independência organizacional e permitir-lhe desincumbir-se de suas responsabilidades com
abrangência.
A independência técnica da atuação da Unidade de Auditoria Interna deverá ser assegurada pela sua
subordinação direta ao Conselho de Administração e, também, pela supervisão por parte do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
As atividades da Unidade de Auditoria Interna devem guardar similitude operativa àquelas exercidas
pelos órgãos/unidades integrantes do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal; em
que pese a diferença de enfoques e clientes, por estar inserida na estrutura organizacional da
Companhia e por caracterizar-se pela alta especialização, devendo adotar ações específicas e
tempestivas na verificação da aderência às normas e diretrizes internas, conforme posicionamento do
Tribunal de Contas da União no item 3.2.7.1, D.O.U. de 22/11/2005, S. 1, página 144.
A Unidade de Auditoria Interna, em suas atividades técnicas e na medida das possibilidades, deve
atuar em sintonia com a metodologia operativa do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal, no que tange à tecnicidade da auditoria interna governamental, e do Tribunal de Contas da
União, particularmente no que se refere às ferramentas de avaliação de natureza operacional – Anop,
empregadas no diagnóstico do ambiente, dos processos de trabalho e da performance; sem
embargos às normas de atributo e às normas de desempenho editadas pelo The Institute of Internal
Auditors – IIA, que constituem os padrões internacionais para a prática da auditoria interna.
Atividade De Orientação
A opinião fortuita de auditor interno, preferencialmente sobre a tese e não sobre o caso concreto, não
representa a opinião oficial da Unidade de Auditoria Interna, cujos documentos, relatórios e notas
técnicas se revestem do caráter institucional e não pessoal, item 7 do Parecer n.º 337/2005
ASJUR/CGU-PR, de 25 de outubro de 2005.
Avaliação Do Desempenho
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AUDITORIA INTERNA
Executivo Federal, suas atividades serão supervisionadas com o objetivo de avaliar se os trabalhos
atendem a requisitos técnicos na seara da auditoria interna governamental.
Os auditores internos serão avaliados por ocasião de cada encerramento de trabalho de campo
ordinário, em caráter confidencial, mediante feedback oferecido pelo auditado- cliente nos termos do
“Formulário de Avaliação dos Auditores Internos pelos Auditados da Conab”, a ser preenchido pelo
chefe da unidade organizacional auditada (na condição de cliente), ou preposto, e encaminhado ao
Titular da Unidade de Auditoria Interna.
Este processo elucidará a percepção da gestão para com a atividade de auditoria interna e poderá,
ainda, resultar em sugestões para tornar mais eficaz e com maior capacidade de atendimento às
solicitações da gestão.
A Unidade de Auditoria Interna submeter-se-á à avaliação anual por parte de profissionais do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo Federal por ocasião das auditorias de gestão, a fim de que
seja evidenciado o cumprimento das atividades previstas no Plano Anual de Atividades de Auditoria
Interna; bem como se sujeitará, a cada três anos, à avaliação por outras unidades de auditoria interna
no âmbito do Poder Executivo Federal, avaliação essa denominada “revisão pelos pares”, visando
verificar se a Unidade de Auditoria Interna está realizando suas atividades de acordo com as normas
técnicas cabíveis.
O Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna estará orientado aos objetivos e planos da
Companhia.
Atividades Subsidiárias
f) Os dirigentes da Companhia quanto aos princípios e às normas pertinentes aos controles internos
administrativos;
g) No tocante aos mecanismos para o exercício do controle social sobre as ações, quando couber,
bem como a adequação dos mecanismos de controle social em funcionamento no âmbito da
Companhia;
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AUDITORIA INTERNA
As funções de auditoria interna deverão ser segregadas das demais atividades na Companhia item
1.2, TC-010.240/2005-1, acórdão n.º 1.214/2006-TCU-1ª Câmara.
Se o auditor interno for solicitado, de forma excepcional, para o desempenho de trabalho extra-
auditoria, que possa enfraquecer a objetividade, o Titular da Unidade de Auditoria Interna deverá
informar os gestores superiores de que tal atividade não é um trabalho de auditoria e, por
conseguinte, não deverão ser tiradas conclusões como se de um trabalho de auditoria se tratasse.
Controle Social
Deverão ser fomentadas condições para o exercício do controle social sobre os programas
contemplados com recursos oriundos dos orçamentos da União, visando fortalecer este mecanismo
complementar de controle, por intermédio da disponibilização de informações sobre as atividades
desenvolvidas, particularmente no que se refere à avaliação da execução dos programas e à
avaliação da gestão no âmbito da Companhia.
A Unidade de Auditoria Interna deve avaliar de forma metodológica, por amostragem, os mecanismos
de controle social previstos nos respectivos programas de governo, particularmente naqueles casos
em que a execução das ações se realiza de forma descentralizada nas diferentes unidades da
federação e nos municípios, devendo destacar se estão devidamente constituídos, operando
adequadamente, possuem efetiva representatividade dos agentes sociais e realizam suas atividades
de forma efetiva e independente, conforme o caso.
Diligências
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Após a diligência, poderá ser emitida nota técnica sobre os assuntos levantados, contendo as
revelações, conclusões, recomendações e ações corretivas adotadas, conforme o caso.
A minuta da nota técnica sobre fraude deverá ser submetida à Corregedoria-Geral – Coger, para
análise e revisão, se for o caso.
Nenhum trabalho de auditoria in loco, de cunho ordinário, poderá ser empreendido sem que haja o
respectivo programa de auditoria, o qual se configura na essência do ato de auditar, definindo o ponto
de controle sobre o qual se deve atuar.
Organização E Estrutura
Áreas De Atuação
b) A execução dos planos, programas, projetos e atividades que envolvam aplicação de recursos
públicos federais;
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AUDITORIA INTERNA
Nenhum processo, documento ou informação poderá ser sonegado aos auditores internos, no
desempenho de suas atribuições, devendo os profissionais da Unidade de Auditoria Interna guardar o
sigilo das informações conforme previsto na normatização técnica, usando nos relatórios e notas
técnicas apenas informações de caráter consolidado, sem identificação de pessoa física ou jurídica
quando essas informações estiverem protegidas legalmente por sigilo; sendo vedada a obtenção de
elementos comprobatórios de forma ilícita.
O auditor interno respeita o valor e a propriedade da informação que recebe e não a divulga sem a
devida autorização, sendo-lhe vedado, em consciência, participar de atividades ilegais ou em atos
que descreditem a Unidade de Auditoria Interna ou a Companhia, como um todo.
A Unidade de Auditoria Interna encaminhará todas as denúnias recebidas à Ouvidoria, para fins de
avaliação da admissibilidade quanto à oportunidade e ao custo/benefício de um possível esforço
apuratório. O objetivo do trabalho de auditoria inclui a promoção de controles internos administrativos
eficazes, a custos razoávies.
Orientação À Estratégia
Quanto às crenças e aos valores que orientarão a conduta dos auditores internos rumo ao
desenvolvimento de uma cultura orientada a resultados, destacam-se:
a) Parceria;
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AUDITORIA INTERNA
e) Trabalho em equipe;
i) Inovação;
j) Qualidade e profissionalismo;
k) Gestão participativa;
m) Constância de propósitos; e
n) Melhoria contínua.
É recomendável o intercâmbio multidisciplinar de informações e metodologias de trabalho entre
profissionais auditores internos governamentais, devendo os auditores internos da Companhia
interagirem com profissionais assemelhados de outras organizações públicas e privadas, nacionais e
internacionais.
Planejamento
A Unidade de Auditoria Interna, no seu esforço de planejamento, poderá contar com recursos
externos nos casos em que se verificar a necessidade de conhecimentos adicionais ou outro domínio
de técnicas, matérias e metodologias.
As variáveis básicas a serem utilizadas pela Unidade de Auditoria Interna em seu processo de
planificação dos trabalhos são:
a) Materialidade;
b) Relevância; e
c) Criticidade.
A materialidade refere-se ao montante de recursos orçamentários ou financeiros alocados por uma
gestão, em um específico ponto de controle (unidade organizacional, sistema, área, processo de
trabalho, programa de governo ou ação) objeto dos exames pelos empregados auditores internos.
Essa abordagem leva em consideração o caráter relativo dos valores envolvidos.
A relevância significa a importância relativa ou papel desempenhado por uma determinada questão,
situação ou unidade organizacional, existentes em um dado contexto.
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AUDITORIA INTERNA
composição dos elementos referenciais de vulnerabilidade, das fraquezas, dos pontos de controle
com riscos operacionais latentes, etc.
Deve-se levar em consideração o valor relativo de cada situação indesejada. A criticidade é ainda, a
condição imprópria, por não conformidade às normas internas, por ineficácia ou por ineficiência, de
uma situação de gestão. Expressa a não-aderência normativa e os riscos potenciais a que estão
sujeitos os recursos utilizados. Representa o perfil organizado, por área, dos pontos fracos de uma
organização.
O planejamento anual dos trabalhos será consubstanciado no Plano Anual de Atividades de Auditoria
Interna – PAINT, a ser elaborado segundo orientações técnicas emanadas do Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo Federal.
Programa De Auditoria
b) Conceituação;
c) Áreas envolvidas;
d) Período;
e) Objetivos;
h) Custos envolvidos;
i) Tick-marks utilizadas;
j) Procedimentos;
n) Orientações gerais.
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AUDITORIA INTERNA
O programa visa definir os meios mais econômicos, eficientes e oportunos para se atingir os objetivos
da auditoria. Deve ser suficientemente discutido no âmbito da Unidade de Auditoria Interna e ser
aprovado por seu titular ou seu delegado, antes do início de trabalho de campo.
Para auxiliar na utilização do programa de auditoria, serão utilizadas marcas (símbolos) usuais de
verificação denominadas tick-marks21. A principal função de tais marcas é evidenciar qual o tipo de
revisão que foi efetuada sobre aquele item marcado. As marcas a serem utilizadas são:
c) Conferido ( √ )
d) Cálculo conferido ( Σ )
e) Ponto de relatório ( X )
É importante que os programas de auditoria indiquem claramente o significado de cada marca ou
símbolo empregado.
É desejável, ainda, que o programa de auditoria seja suficientemente flexível para permitir
adaptações tempestivas, sempre que surgirem questões relevantes que justifiquem as alterações
propostas. Qualquer modificação deve ser levada, por escrito, ao conhecimento da Unidade de
Auditoria Interna e receber a devida análise.
É recomendável que o novo programa de auditoria seja submetido a pelo menos um teste-piloto,
especialmente diante da elevada complexidade e da falta de manualização ou de informações
precisas a respeito do objeto da auditoria.
Ferramenta útil para facilitar a elaboração conceitual do trabalho e subsidiar as decisões sobre a
estratégia metodológica a ser empregada é a matriz de planejamento, de utilização obrigatória nas
avaliações de natureza operacional e facultativa nas demais modalidades de trabalho realizadas pela
Unidade de Auditoria Interna.
Papéis De Trabalho – PT
A custódia dos papéis de trabalho ficará a cargo da Unidade de Auditoria Interna. Os papéis de
trabalho de auditoria são propriedades da Companhia, devendo permanecer sob rigoroso controle da
Unidade de Auditoria Interna e devem ser acessíveis somente a pessoal autorizado, aí incluídos os
auditores do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e do Tribunal de Contas da
União, por exemplo.
Os papéis de trabalho serão arquivados em file, na Unidade de Auditoria Interna, pelo período de 5
(cinco) anos contados do julgamento, pela regularidade, da prestação de contas anual da
Companhia, relativamente ao exercício financeiro da execução da respectiva auditagem; constituindo-
se, portanto, no registro permanente do trabalho efetuado pela equipe.
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Os papéis de trabalho podem ser em papel, fitas, discos, disquetes, CD, filmes ou outros suportes. Se
os papéis de trabalho de auditoria forem em suporte diverso do papel, deve-se providenciar a
obtenção de cópias de segurança.
É com base nos papéis de trabalho que o auditor interno irá relatar suas conclusões. Não serão
reportados em relatório ou nota técnica, conforme o caso, assuntos desprovidos de suporte
comprobatório em papéis de trabalho, caso contrário, constituir- se-á em grave imperícia técnica.
d) Abrangência;
e) Objetividade;
f) Clareza;
g) Limpeza.
Quando da elaboração dos papéis de trabalho, o auditor interno deve levar em consideração os
seguintes imperativos de apresentação:
a) Devem ser concisos de forma que outro leitor entenda sem a necessidade de explicações da
pessoa que os elaborou;
b) Devem ser objetivos, de forma que se entenda onde o auditor interno pretende chegar com seus
apontamentos;
d) Devem ser elaborados de forma lógica quanto ao raciocínio, na seqüência natural do objetivo a ser
atingido;
e) Facilitar e fornecer um meio de revisão do trabalho por parte dos gerentes e do Titular da Unidade
de Auditoria Interna;
f) Constituir um registro que possibilite consultas posteriores, a fim de se obter detalhes relacionados
com a atividade de auditoria realizada;
Os papéis de trabalho serão revisados pelo Gerente de Auditoria e confrontados com a minuta de
relatório, no intuito de averiguar a consistência interna do trabalho e se os registros na minuta do
relatório são úteis e relevantes.
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Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e do Tribunal de Contas da União, de modo
a assegurar que os auditores externos se satisfaçam tecnicamente, em termos de confiabilidade do
trabalho anteriormente empreendido pelos auditores internos.
Amostragem
O auditor interno, ao recorrer a uma amostra, reduzirá a população a dimensões menores, sem perda
das características essenciais.
Porém, existem casos onde não se recomenda a utilização de amostragem, tais como:
a) Quando a população é considerada muito pequena e a sua amostra fica relativamente grande;
b) Quando as características da população são de fácil mensuração, mesmo que a população não
seja pequena; e
c) Quando há necessidade de alta precisão recomenda-se fazer censo, que nada mais é do que o
exame da totalidade da população.
Essa limitação faz com que o método não sirva de suporte para uma argumentação, visto que a
extrapolação dos resultados não são passíveis de demonstração segundo às normas de cálculo
existentes hoje. Contudo, é inegável a sua utilidade dentro de determinados contextos, tal como, na
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AUDITORIA INTERNA
99 elementos), quer das estratificações, são efetuadas de modo aleatório. Torna-se mais fácil a
aplicação dessa técnica em auditoria interna quando os itens da população são ordenados
numericamente e dispostos numa tabela impressa, a qual integrará os papéis de trabalho, à guisa de
comprovante da lisura e da imparcialidade do procedimento adotado pelo auditor interno, com o
registro do número da tábua (de 1 a 3), do número da coluna (1 a 5) e do número da linha (1 a 13), os
quais deverão ser escolhidos, preferencialmente, pelo cliente auditado.
Já o método de amostragem probabilística tem como característica fundamental o fato de poder ser
submetido a tratamento estatístico, sendo, portanto, os resultados obtidos na amostra generalizáveis
para a população. Para tanto, a amostragem estatística conta com uma série de formas diferentes de
obtenção do tamanho da amostra.
Uma dessas formas é a Amostra Aleatória Simples que tem como característica que cada elemento
da população tem a mesma chance de pertencer à amostra. Considera- se para isso que os
elementos da população em questão estão distribuídos de maneira uniforme. Nas demais formas ou
métodos de amostragem, pelo fato dos elementos não se processarem de maneira homogênea na
população, se faz necessário dispor de técnicas mais sofisticadas na obtenção do tamanho e seleção
da amostra.
Para se obter uma amostra se faz necessário obter alguns elementos fundamentais, sem os quais
fica impraticável o uso da técnica. O elemento primordial para se elaborar um plano amostral é saber
exatamente qual o objetivo da ação de controle, ou seja, o que se deseja obter com os resultados e
de posse deles a quais conclusões deseja-se chegar. Pois quando os objetivos da ação estão bem
definidos fica claro o estabelecimento de qual é a população alvo a ser considerada para a
elaboração da amostra, bem como a definição das unidades de amostragem (elementos). A partir do
conhecimento da população objeto de estudo e seus elementos é que se torna possível conhecer
como essa população se distribui entre os seus elementos, para a partir daí ser definido o método de
amostragem a ser adotado, bem como todas as suas considerações a priori.
Outro fator importante a ser definido anteriormente é a precisão que se deseja, ou seja, o máximo que
se admitirá de erro para os resultados obtidos na amostra. Além disso, é importante que a seleção
dos elementos da amostra seja rigorosamente aleatória, essa exigência é necessária pois, se na
seleção da amostra não for garantida a aleatoriedade significa que o servidor está influenciando com
seu juízo pessoal na escolha dos elementos da amostra e colocando assim em risco todo o trabalho
realizado, pois as informações obtidas a partir daquela amostra enviesada irá trazer resultados
equivocados a respeito do universo em questão. Ou seja, uma amostra mal dimensionada, e sem
aleatoriedade é tendenciosa, levando o servidor a conclusões errôneas.
Existem situações onde não é possível a obtenção de informações a respeito da população e sua
distribuição, seja pelo fato de a obtenção dessas informações ser muito dispendiosa, ou seja pelo fato
de se levar muito tempo para essas serem concluídas. Ou mesmo, pelo fato do acesso às mesmas
somente ser possível no ato da ação de controle.
Sendo assim, é usual a utilização de tabelas aplicadas ao Controle Estatístico de Qualidade, com a
definição prévia do risco que se deseja assumir, ou seja, qual o limite máximo de itens ou elementos
irregulares aceitáveis para se considerar uma situação regular, através do qual o tamanho da amostra
é dimensionada. A utilização dessas tabelas deve ser feita com muito critério, pois os resultados
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AUDITORIA INTERNA
obtidos das amostras provenientes delas são bastante específicos. Tais situações específicas devem
ser devidamente estudadas pois essas tabelas não são de aplicação generalizada, sendo portanto
necessário o estudo de cada caso em separado, mensurando as vantagens e desvantagens da sua
utilização.
Diante do exposto, e do fato de que o Pedido de Ação de Controle é disponibilizado conforme o Plano
Amostral elaborado é necessário que o planejador da ação conste no relatório final de
acompanhamento todas as considerações adotadas na elaboração do mesmo, tais como: nível de
confiança, margem de erro, método de amostragem escolhido, divisões da população, caso seja a
nível nacional, ou estadual, ou municipal, ou ainda, por tipos de ocorrência.
Existem situações em que a natureza e qualidade dos itens a serem testados não permitem a
utilização de amostragem estatística ou os motivos da realização da auditagem torna desnecessária a
imparcialidade. Nestes casos, os testes tem base no julgamento pessoal do auditor interno, o qual
efetua a seleção dos itens subjetivamente, calcado principalmente na sua capacidade e experiência
profissionais, sob a motivação de suspeito de erros, impropriedades/disfunções e fraudes.
Riscos Operacionais
Apesar de não ser o objetivo primordial das atividades da Unidade de Auditoria Interna a busca de
fraudes, o auditor interno deve estar consciente da probabilidade de, no decorrer dos exames e
testes, defrontar-se com tais ocorrências. Compete-lhe assim, prestar especial atenção às transações
ou situações que apresentem indícios de fraudes e, quando obtida evidências, comunicar o fato à alta
administração para a adoção das medidas corretivas cabíveis.
Avaliar risco em auditoria interna significa identificar, medir e priorizar os riscos para possibilitar a
focalização das áreas auditáveis mais significativas. A avaliação do risco é utilizada para identificar as
áreas mais importantes dentro do seu âmbito de atuação, permitindo ao auditor interno delinear um
planejamento de auditoria capaz de testar os controles mais significativos para as questões de
auditoria que se mostrarem materialmente e criticamente relevantes.
Os riscos considerados de baixo impacto, ou seja, de conseqüências de baixa gravidade, poderão ser
aceitos e monitorados, com ou sem redirecionamento de condutas/procedimentos. Os riscos de alto
impacto poderão requerer a adoção de medidas saneadoras. Os riscos que além de alto impactos,
apresentarem alta probabilidade de ocorrência, merecerão imediatas medidas saneadoras.
A auditoria com foco em resultados e centrada no risco acrescenta mais valor à organização do que
uma auditoria centrada apenas nos aspectos de conformidade. Trata-se de novo paradigma, que
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AUDITORIA INTERNA
significa ampliar a perspectiva da auditoria interna para abarcar as técnicas de gestão de riscos aos
programas de auditoria e de avaliação de natureza operacional.
Pasta Permanente
A Unidade de Auditoria Interna manterá informações úteis, atualizadas e digitalizadas para subsidiar
os trabalhos dos empregados auditores internos, denominada Pasta Permanente, a ser
disponibilizada no espaço específico da Unidade de Auditoria Interna na intranet.
A Pasta Permanente conterá, entre outros documentos, a legislação federal aplicável à Companhia e
os principais acórdãos do Tribunal de Contas da União.
A formação continuada pode ser obtida pela freqüência a conferências, seminários, cursos
universitários, programas de formação interna e participação em projetos de pesquisa.
Exame
O auditor interno, no exercício de suas funções, terá livre acesso a todas as dependências da
Companhia, assim como a documentos, valores e livros considerados indispensáveis ao cumprimento
de suas atribuições, não lhe podendo ser sonegado, sob qualquer pretexto, nenhum processo,
documento ou informação, devendo o empregado guardar o sigilo das informações.
Quando houver limitação da ação auditorial, o fato deverá ser comunicado, de imediato, por escrito,
ao nível gerencial máximo da unidade organizacional auditada, solicitando as providências
necessárias
O auditor interno deverá ser prudente na utilização e proteção da informação obtida no desempenho
de suas atividades. Não deverá utilizar a informação para benefício próprio ou que de outra forma
estaria em desacordo com as normas internas da organização ou em detrimento dos objetivos
legítimos da Companhia.
Espécies De Auditoria
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AUDITORIA INTERNA
a) Auditoria de avaliação da gestão: esse tipo de auditoria objetiva emitir opinião com vistas à
elaboração do Parecer da Unidade de Auditoria Interna no processo de prestação de contas anual da
Companhia, relativamente ao exercício findo, atendendo às diretrizes do Órgão Central do Sistema de
Controle Interno do Poder Executivo Federal;
c) Auditoria contábil-financeira: compreende o exame in loco e/ou à distância (via SIAFI) dos
registros e documentos e na coleta de informações e confirmações, mediante procedimentos
específicos explicitados em programa de auditoria, pertinentes ao controle do patrimônio. Objetivam
obter elementos comprobatórios suficientes que permitam opinar se os registros contábeis e
financeiros foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se as
demonstrações deles originárias refletem, adequadamente, em seus aspectos mais relevantes, a
situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as
demais situações nelas demonstradas; e
d) Auditoria especial: objetiva o exame não previsto de fatos ou situações consideradas relevantes,
de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas para atender solicitação expressa de
autoridade competente. Nesses casos, poder-se-á dispensar a existência prévia de programa de
auditoria.
A Unidade de Auditoria Interna executa outros trabalhos demandados pela Diretoria Colegiada e
pelos Conselhos de Administração e Fiscal, não inseridos nessa classificação, cujos resultados das
avaliações, inclusive de natureza operacional, serão destinados à Alta Administração da Companhia,
na forma de nota técnica.
a) Direta – trata-se das atividades de auditoria executadas diretamente por empregados desta
Unidade de Auditoria Interna da Companhia;
c) Compartilhada – coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal com o
auxílio de empregados auditores internos da Companhia.
Devem ser entendidos como quaisquer ações, métodos ou procedimentos adotados pela Companhia
ou por uma de suas unidades organizacionais, compreendendo tanto a Alta Administração como os
níveis gerenciais apropriados, relacionados com a eficiência operacional e obediências às diretrizes
estratégicas, para aumentar a probabilidade de que os objetivos e metas sejam atingidos. A Alta
Administração e a gerência planejam, organizam, dirigem e controlam o desempenho de maneira a
possibilitar com razoável certeza essa realização.
Um controle interno é qualquer ação adotada pelo gestor no intuito de reforçar a possibilidade de que
os objetivos e metas estabelecidos sejam alcançados. O conceito de controles internos
administrativos, ou sistema de controles internos, é o conjunto integrado de componentes de controle
e atividades utilizados pela Companhia para alcançar os seus objetivos e metas.
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AUDITORIA INTERNA
c) Assegurar a validade e integridade dos dados financeiros e contábeis que serão utilizados pela
gerência para a tomada de decisões;
Um necessário ambiente de controle na Companhia, fomentado pelas atitudes e ações dos gestores
e empregados, inclui:
c) Estrutura organizacional;
d) A delegação de responsabilidades;
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AUDITORIA INTERNA
A Unidade de Auditoria Interna se constitui em um elemento de controle, que tem como um de seus
objetivos a avaliação dos controles internos administrativos da Companhia.
Existem limitações inerentes aos controles internos administrativos, as quais devem ser reconhecidas
ao se considerar a eficácia de qualquer meio de controle, tendo em vista a possibilidade de
ocorrência de falhas humanas, como interpretação errônea de instruções, negligência, conluio, etc.
A avaliação preliminar dos controles internos pela aplicação do Questionário de Avaliação dos
Controles Internos Administrativos – QACI poderá incluir, também, a avaliação da força da prova dos
documentos que suportaram os registros. Quanto maior for o grau de adequação dos controles
internos administrativos aferidos pelas respostas aos questionamentos, menor será a vulnerabilidade,
podendo-se dispensar, na via de conseqüência, testes adicionais de auditoria ou, ainda, determinar
uma menor extensão e profundidade dos próprios testes.
Testes Substantivos.
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AUDITORIA INTERNA
Os testes substantivos são procedimentos que objetivam obter evidências que corroborem a validade
e propriedade dos atos e fatos administrativos, assegurando razoável grau de certeza quanto à
conformidade ou a existência de impropriedades. Depende da decisão do auditor interno o
dimensionamento do escopo dos testes substantivos a serem realizados, quanto à extensão e à
profundidade. Visam, portanto, à obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validação
dos dados produzidos pelos sistemas administrativos e contábil da Companhia, dividindo-se, em
linhas gerais, em testes de transações e saldos e procedimentos de revisão analítica. As espécies de
testes substantivos se classificam em:
e) Análise documental;
f) Conferência de cálculos;
i) Rastreamento;
j) Teste laboratorial.
As inúmeras classificações e formas de apresentação das técnicas de auditoria são agrupadas nos
seguintes tipos básicos:
c) Conferência de cálculos - revisão das memórias de cálculos ou a confirmação de valores por meio
do cotejamento de elementos numéricos correlacionados, de modo a constatar a adequação dos
cálculos apresentados;
e) Exame dos registros – verificação dos registros constantes de controles regulamentares, relatórios
sistematizados, mapas e demonstrativos formalizados, elaborados de forma manual ou por sistemas
informatizados. A técnica pressupõe a verificação desses registros em todas as suas formas;
g) Inspeção física - exame usado para testar a efetividade dos controles internos administrativos,
particularmente daqueles relativos à segurança de quantidades físicas ou qualidade de bens
tangíveis. A evidência é coletada sobre itens tangíveis;
h) Observação das atividades e condições – verificação das atividades que exigem a aplicação de
testes flagrantes, com a finalidade de revelar erros, problemas ou deficiências que de outra forma
seriam de difícil constatação. Os elementos da observação são:
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AUDITORIA INTERNA
i) Corte das operações ou cut-off - corte interruptivo das operações ou transações para apurar, de
forma seccionada, a dinâmica de um procedimento. Representa a “fotografia” do momento-chave de
um processo;
● informar à unidade auditada as ocorrências identificadas pela equipe de auditoria, que poderão
constituir-se em registros do relatório de auditoria a ser emitido;
Os procedimentos analíticos de auditoria são úteis na identificação, entre outros aspectos, de:
3. Erros potenciais;
Outras transações ou fatos não recorrentes ou não usuais. Os procedimentos analíticos adotados
pelo auditor interno podem incluir:
c) Estudo de relações de informações financeiras com informações não financeiras (por exemplo,
custos com pessoal com alterações no número médio de empregados);
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AUDITORIA INTERNA
d) A precisão com a qual os resultados dos procedimentos analíticos de auditoria podem ser
previstos;
Avaliação
Evidências
Evidência é a informação que o auditor interno precisa obter para registrar, na minuta do relatório,
suas constatações, também denominadas de achados de auditoria, as quais servirão para a
sustentação das conclusões da equipe.
As conclusões da equipe somente se justificam se amparadas pelo suporte de evidências que devem
atender a determinados requisitos/atributos de validade:
a) Ser suficientes (permitir a terceiros que cheguem às mesmas conclusões do auditor interno);
Os assuntos resolvidos em campo não constarão de relatório de auditoria, mas farão parte do file.
Comunicação
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AUDITORIA INTERNA
Os fatos devem ser apresentados com objetividade e fidedignidade, omitindo-se a vontade, emoção e
interesses de quem elaborou o relatório.
A linguagem utilizada deverá ser simples, evitando-se rebuscamento, de modo a permitir que a
mensagem seja entendida por qualquer pessoa, mesmo a que não detenha conhecimentos na área
auditada. Os termos, siglas e abreviaturas utilizados devem estar sempre definidos.
O auditor interno deverá ser hábil no relacionamento com as pessoas e no processo efetivo de
comunicação. O auditor interno deverá compreender as relações humanas e manter relações
satisfatórias com os auditados, seus clientes.
Quando for inevitável um relatório de auditoria mais extenso, deverá ser elaborado um Sumário
Executivo introdutório, para aumentar a possibilidade de que a mensagem seja transmitida.
O relatório deverá atender aos requisitos de fidelidade (fidedignidade), fazendo referência escrita
apenas àquilo que os exames permitiram saber, sem fazer suposições. Todos os dados, deficiências
e conclusões devem estar adequadamente sustentados por evidências suficientes nos papéis de
trabalho, para efeito de prova.
O auditor interno deverá informar ao Titular da Unidade de Auditoria Interna qualquer situação em
que exista, ou possa razoavelmente inferir-se, a existência de um conflito de interesses ou de idéias
preconcebidas. Nesses casos, será renomeado o auditor interno para a realização do trabalho.
A exatidão dos dados e a precisão das colocações são de importância fundamental, na medida em
que fornecem credibilidade ao exame efetuado. O texto do relatório deve ser cuidadosamente revisto
pela equipe e pelo Gerente de Auditoria, de modo a garantir a imparcialidade de julgamento.
A informação suficiente é factual, adequada e convincente no sentido de que uma pessoa informada
e prudente chegaria às mesmas conclusões do auditor interno. A informação competente é de
confiança e a mais acessível por meio do uso de apropriadas técnicas de auditoria. A informação
relevante suporta as constatações e recomendações dos auditores internos e é consistente com os
objetivos do trabalho auditorial. A informação útil ajuda a Companhia a atingir seus objetivos, pois que
se insere na ótica do controle orientado a resultados.
Ao formular uma recomendação, sempre que possível, a equipe deve estimar a economia líquida de
recursos decorrente da sua implementação, especificando, dessa maneira, o valor agregado e os
benefícios advindos da atuação da Unidade de Auditoria Interna. As dificuldades de quantificar os
benefícios potenciais variam segundo o tipo de benefício. Entretanto, em muitos casos, os impactos
financeiros podem ser estimados com razoável segurança.
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Nem toda constatação gera recomendação; e nem toda recomendação deve ser incluída no follow-up
da Unidade de Auditoria Interna.
O auditor interno deverá manter-se atrelado aos quesitos propostos no respectivo programa de
auditoria, à exceção daqueles trabalhos extraordinários, demandados externamente.
O relatório deve causar boa impressão estética, devidamente titulado, e distribuído numa seqüência
lógica.
O relatório também deve ser convincente, de modo que as recomendações e sugestões efetuadas
ganhem apoio dos atores capazes de influenciar na gestão do objeto auditado, de forma a serem
efetivamente implementadas e a gerarem melhorias de desempenho ou readequação de
procedimentos em benefício da Companhia.
O auditor interno deve se preocupar com habilidades de comunicação verbal com as pessoas na
Companhia, devendo manter um bom relacionamento de modo a obter cooperação para executar as
tarefas que lhe foram designadas.
É permitido ao auditor interno dar crédito, mediante elogio, a serviços que outros empregados da
Companhia tenham executados com proficiência. Deve-se evitar a crítica verbal a colegas de
Companhia, bem como o revidar ataques.
O auditor interno procurará ver as coisas do ponto de vista da outra pessoa, sendo necessário, para
tanto, maturidade, controle emocional e esforço consciente.
As informações que proporcionem a abordagem da atividade, quanto aos atos de gestão, fatos ou
situações observados na Companhia, devem reunir principalmente os seguintes atributos de
qualidade:
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AUDITORIA INTERNA
e) Integridade – registrar a totalidade das informações de forma exata e imparcial, devendo ser
incluídos na comunicação todos os fatos observados, sem nenhuma omissão, proporcionando uma
visão completa das impropriedades/disfunções apontadas, recomendações efetuadas e conclusão;
Manifestações posteriores do gestor auditado serão analisadas pela Unidade de Auditoria Interna e
informadas, oportunamente, ao órgão central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal, no que se refere exclusivamente à remessa de relatório de auditoria ao Sistema de Controle
Interno.
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AUDITORIA INTERNA
Erros E Omissões
Será feita, periodicamente, revisão interna formal por parte dos membros desta Unidade de Auditoria
Interna, para avaliar a qualidade do trabalho de auditoria realizado e fornecer recomendações para
melhorias.
Considerar-se-á como constatação mais significativa aquela que, na opinião do Titular da Unidade de
Auditoria Interna, pode afetar adversamente a Companhia. Os achados significativos podem incluir
condições relacionadas com impropriedades em face dos normativos internos, erros, ineficiências,
perdas, ineficácia, conflitos de interesse e pontos fracos nos controles internos administrativos.
O Siaudi busca fundamento na IN/SFC n.º 1, de 6 de abril de 2001, a qual determina, em seu capítulo
VIII, seção I, item 7, subitem III, que trata da computação eletrônica de dados, que:
“Os órgãos e unidades de Controle Interno do Poder Executivo Federal devem utilizar de todos os
recursos tecnológicos disponíveis na área de informática, tais como sistemas, acesso a internet,
redes locais, a fim de otimizarem suas ações e tornarem mais eficaz o processo de consolidação de
informações e transmissão dos resultados produzidos.”
Apesar de a Coaud não ser um órgão do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal,
suas atividades devem, por determinação expressa na mesma Instrução Normativa, guardar
similitude àquelas exercidas por órgãos/unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal.
O Siaudi desenvolveu-se no espaço pricipiológico da moderna gestão pública gerencial, voltada para
resultados. Privilegiou-se a descentralização, a delegação de competências, a gestão participativa, a
desburocratização e a democratização de informações, de modo a permitir melhor eficiência
procedimental e efetividade ao objetivo precípuo da Coaud, ou seja, adicionar valor e melhorar as
operações da Companhia nas áreas de gerenciamento de riscos, controles e governança corporativa,
por meio de avaliações e consultorias disciplinadas e sistematizadas.
Com a utilização do Siaudi, os processos de auditoria interna passam a ser exclusivamente digitais.
Além de eliminar por completo a necessidade de relatórios impressos, a utilização do sistema permite
maior celeridade processual, maior segurança de dados, acessibilidade compartilhada, simultânea e
remota, economicidade e eficiência na utilização de recursos e melhor gestão de conhecimentos
gerados no âmbito da Coaud.
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AUDITORIA INTERNA
O Siaudi será de uso compulsório pelos órgãos auditados e disponibilizado à alta administração da
Companhia, a exemplo do Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Presidência, para consultas
e averiguações nos relatórios de auditoria e de acompanhamento.
O acompanhamento das recomendações da Unidade de Auditoria Interna será feito por meio do
Siaudi61. Esse processo de monitoramento (follow-up) assegurará que as ações saneadoras de
gestão foram efetivamente implementadas ou que os gestores superiores aceitaram o risco de não
adotar qualquer medida.
A etapa de monitoramento compreende, também, a revisão dos trabalhos realizados com base nos
programas de auditoria previamente estabelecidos. Nesse sentido, o planejamento, a execução e a
comunicação dos resultados devem ser supervisionados pelo Gerente de Auditoria e continuamente
analisados e avaliados, com o objetivo de alimentar o ciclo da metodologia dos trabalhos no âmbito
da Unidade de Auditoria Interna.
O monitoramento tem por finalidade básica, desenvolver metodologias, corrigir desvios e garantir os
objetivos previstos, constituindo-se em processo usado como orientação, desenvolvimento das
equipes e aprimoramento dos trabalhos.
O monitoramento deve contribuir para o alcance dos objetivos dos trabalhos da Unidade de Auditoria
Interna. O papel do monitoramento dos trabalhos é identificar e localizar as falhas ou distorções
existentes no planejamento, na execução e na comunicação dos resultados, com vistas a indicar as
correções a serem feitas, no sentido de se alcançarem os objetivos colimados.
Aceitação Do Risco
Quando o Titular da Unidade de Auditoria Interna for da opinião de que os gestores superiores
optaram por um nível de risco residual que é inaceitável para a Companhia, o responsável pela
Unidade de Auditoria Interna deverá discutir o assunto com a Diretoria Colegiada. Se a decisão sobre
o risco residual não for solucionada, o Titular da Unidade de Auditoria Interna e a Diretoria Colegiada
deverão relatar o assunto exclusivamente para o Conselho de Administração, para fins de decisão.
Os gestores podem assumir o risco de não corrigir a constatação reportada por razões de custo ou
outras considerações motivadas.
O controle de qualidade das atividades de auditoria interna visa a estabelecer critérios de avaliação
sobre a aderência dos trabalhos realizados pela Unidade de Auditoria Interna com relação à
observância das normas internas e das práticas internacionais da atividade, avaliando o desempenho
dos auditores internos em todas as etapas do trabalho, no intuito de identificar aspectos operativos
passíveis de aperfeiçoamentos.
A fim de possibilitar a consecução dos objetivos, a Unidade de Auditoria Interna manterá sob
constante controle e avaliação suas atividades, relacionadas, entre outras, com os seguintes e
importantes aspectos:
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AUDITORIA INTERNA
Planejamento dos trabalhos de forma a adequar suas atividades às reais necessidades da alta
administração da Companhia a curto, médio e longo prazos, observando critérios uniformes,
parâmetros previamente estabelecidos e atividades harmônicas em relação às ações desenvolvidas
pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e pelo Tribunal de Contas da União;
b.2) Comprovação satisfatória, junto aos papéis de trabalho, das ocorrências detectadas que
ensejarem sugestões e recomendações às unidades organizacionais da Companhia;
b.3) Obediência aos modelos estabelecidos para montagem e apresentação dos relatórios e das
notas técnicas;
b.4) Distribuição dos assuntos, no corpo do relatório, com observância da fundamentação legal,
quando necessária, conteúdo técnico e terminologia apropriada;
b.7) Não utilização de termos dúbios, obscuros ou ofensivos; c.8) Eventual existência de
interpretações ou conclusões subjetivas que
evidenciem pontos de vista pessoais, não calcados em provas substanciais ou fatos devidamente
comprovados;
c.9) Análise dos atos e fatos, objeto de exame, com isenção e bom senso, atendo-se mais à
eficiência e segurança dos controles internos administrativos e aos riscos operacionais envolvidos e
não, especificamente, às pessoas que os tenham praticado;
c.10) Redação clara e objetiva, que transmita, por parte da equipe de auditores internos, seriedade,
consideração e respeito aos responsáveis e dirigentes das unidades organizacionais examinadas; e
c.11) Conclusão objetiva, coerente com o assunto enfocado, e ressalvas oportunas condizentes com
os itens que expressam claramente a impropriedade/disfunção detectada.
Este tipo de trabalho da Unidade de Auditoria Interna consiste numa atividade de assessoramento à
alta administração da Companhia, com vistas a aprimorar as práticas dos atos e fatos administrativos,
sendo desenvolvida de forma tempestiva, atuando sobre a gestão, seus programas governamentais e
sistemas informatizados, inclusive.
Primeiramente, a Unidade de Auditoria Interna deverá identificar o problema (propósito) que será
enfocado pela avaliação de natureza operacional – Anop; porquanto, na maior parte dos casos as
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AUDITORIA INTERNA
Nas avaliações de natureza operacional, o Titular da Unidade de Auditoria Interna deverá aconselhar-
se com outros profissionais externos à Unidade de Auditoria Interna com vistas à obtenção de apoio e
assistência, caso o corpo técnico careça dos conhecimentos e do domínio das técnicas e matérias
necessárias para o desempenho de toda ou parte do trabalho de avaliação a executar.
Toda e qualquer avaliação de natureza operacional deverá conter uma esquematização das
informações relevantes do planejamento, denominada Matriz de Planejamento, cujo propósito é
auxiliar, de forma flexível, na elaboração conceitual do trabalho e na orientação da equipe na fase de
execução. A matriz de planejamento facilitará a comunicação a metodologia entre a equipe e os
superiores hierárquicos, auxiliando na condução dos trabalhos de campo.
Caso a Unidade de Auditoria Interna seja solicitada a interpretar ou a escolher padrões operacionais,
seus profissionais deverão obter previamente o acordo dos seus clientes (auditados) quanto aos
critérios necessários para a avaliação de natureza operacional.
O tipo de questão-problema a ser formulada terá uma relação direta com a natureza da resposta e o
tipo de informação que constará da nota técnica. As questões se classificam em três tipos:
b) Questões normativas – são aquelas que tratam de comparações entre o desempenho atual e
aquele estabelecido em norma, padrão ou meta, tanto de caráter qualitativo quanto quantitativo.
Abordam o que deveria ser e usualmente são perguntas do tipo: “O programa tem alcançado as
metas previstas?”. A abordagem metodológica empregada nesses casos é a comparação com
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AUDITORIA INTERNA
Relativamente aos métodos de análise de dados, a Unidade de Auditoria Interna poderá fazer uso de
estatística descritiva; análise qualitativa; análise de conteúdo; etc.
Dimensões Do Desempenho
Economicidade
A economicidade tem relação direta com a minimização dos custos de determinado processo ou
atividade, sem o comprometimento dos padrões de qualidade almejados. Daí, a relação dela com a
habilidade de a organização ou unidade organizacional gerir adequadamente os recursos financeiros
de que dispõe, numa dinâmica de economia de meios ou custos mínimos.
A minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de uma atividade, sem o
comprometimento dos padrões de qualidade, deve estar inserida no contexto da avaliação de
natureza operacional.
Eficiência
Significa a relação entre produtos (bens ou serviços) gerados numa atividade ou processo e os custos
dos insumos empregados, num determinado período de tempo. Se a unidade organizacional
consegue obter mais produção para um determinado insumo, ela aumentou a eficiência; se consegue
obter os mesmos produtos com menos insumos (dinheiro, pessoas e/ou equipamentos), foi eficiente.
Eficácia
Efetividade
Eqüidade
Medida da possibilidade de acesso aos benefícios de uma determinada ação por parte de grupos
sociais menos favorecidos, comparativamente com as mesmas possibilidades da média do país.
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AUDITORIA INTERNA
No diagnóstico do processo, poderá ser utilizada a análise RECI, também denominada matriz de
responsabilidades, que é uma ferramenta que ajuda a identificar quem é Responsável (quem detém a
responsabilidade final, com poder de veto: pessoa que arcará com o ônus pelo eventual insucesso)
pelas atividades desenvolvidas, quem as Executa (quem é encarregado de desenvolver a atividade,
aquele ou aqueles responsáveis pela implementação), quem é Consultado (aquele que deve ser
consultado antes que as decisões ou ações sejam implementadas) e quem é Informado (aquele que
deve ser informado depois que a decisão ou ação for implementada), seja no âmbito limitado de uma
unidade organizacional integrante do organograma da Companhia ou, até mesmo, em relação a um
programa de governo integrante de uma política pública federal.
Para fins de avaliação de natureza operacional, deve-se entender como produto um bem, um serviço
prestado ou uma condição resultante de atividade da Companhia ou de uma unidade organizacional.
Diante dessa definição, mapa de produtos é uma técnica utilizada para a obtenção de Indicadores de
Desempenho – ID´s.
Uma gestão voltada para resultados deve direcionar sua atenção para seus produtos. Entretanto,
esse enfoque pode encontrar alguma resistência atávica por parte de gerentes (gestores) habituados
a administrar predominantemente os insumos (pessoal, recursos financeiros, instalações, etc.) e os
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AUDITORIA INTERNA
Um mapa de produtos possui três componentes básicos: insumos, produtos intermediários e produtos
finais. Ele se assemelha a uma linha de produção ou de montagem, na qual o importante é o produto
gerado em cada fase, em vez do processo de trabalho (ou atividade) que gerou o produto.
O produto final (output) das atividades não deve ser confundido com o impacto (outcome) originado
dessas atividades. Enquanto o produto final depende apenas do desempenho das atividades, o
impacto que ele causa é afetado por condições externas, que fogem ao controle da
organização/UORG ou do indivíduo.
Processos e atividades mudam com o passar do tempo, enquanto que os produtos, se identificados
adequadamente, devem permanecer os mesmos, independente das atividades realizadas para obtê-
los.
O produto final não deve ser um resultado genérico, mas algo mensurável.
Os ID’s quase sempre são compostos por variáveis provenientes de um dos seguintes grupos: custo,
tempo, quantidade, qualidade e acesso.
A verificação do equilíbrio entre as dimensões e as variáveis poderá ser feita por um teste de
aderência de qui-quadrado de Karl Pearson.
A Unidade de Auditoria Interna acompanhará bienalmente 15% dos ID’s da Companhia, sendo que
sua avaliação sobre indicadores de desempenho utilizados nesta, quanto a sua qualidade e
confiabilidade, abordará as seguintes características:
a) Representatividade: o indicador deve ser a expressão dos produtos essenciais de uma atividade
ou função; o enfoque deve ser no produto: medir aquilo que é produzido, identificando produtos
intermediários e finais, além dos impactos desses produtos;
e) Independência: o indicador deve medir os resultados atribuíveis às ações que se quer monitorar,
devendo ser evitados indicadores que possam ser influenciados por fatores externos à ação do
gestor;
f) Simplicidade: o indicador deve ser de fácil compreensão e não envolver dificuldades de cálculo ou
de uso;
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AUDITORIA INTERNA
i) Acessibilidade: deve haver facilidade de acesso às informações primárias bem como de registro e
manutenção para o cálculo dos indicadores;
Para que haja confiabilidade, é necessário que a fonte dos dados utilizada para o cálculo do indicador
seja confiável, de tal forma que diferentes avaliadores possam chegar aos mesmos resultados.
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DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
Documentação De Auditoria
Introdução
Alcance
(a) evidência da base do auditor para uma conclusão quanto ao cumprimento do objetivo global do
auditor (NBC TA 200); e
(b) evidência de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas de
auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis.
- assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do trabalho de
auditoria e no cumprimento de suas responsabilidades de revisão em conformidade com a NBC TA
220 - Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis;
- permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu trabalho;
Data De Vigência
Objetivo
(b) evidências de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e as
exigências legais e regulamentares aplicáveis.
Definições
6. Para fins das normas de auditoria, os seguintes termos possuem os significados atribuídos abaixo:
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DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente também é utilizada a
expressão "papéis de trabalho").
Auditor experiente é um indivíduo (interno ou externo à firma de auditoria) que possui experiência
prática de auditoria e conhecimento razoável de:
Requisitos
8. O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja suficiente para permitir que um
auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria, entenda (ver itens A2 a A5 e
A16 e A17):
(a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir com as
normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis (ver itens A6 e A7);
(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito deles e
os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões (ver itens A8 a
A11).
(a) as características que identificam os itens ou assuntos específicos testados (ver item A12);
(c) quem revisou o trabalho de auditoria executado e a data e extensão de tal revisão (ver item A13).
11. Se o auditor identificou informações referentes a um assunto significativo que são inconsistentes
com a sua conclusão final, ele deve documentar como tratou essa inconsistência (ver item A15).
12. Se, em circunstâncias excepcionais, o auditor julgar necessário não atender um requisito
relevante de uma norma, ele deve documentar como os procedimentos alternativos de auditoria
executados cumprem a finalidade desse requisito, e as razões para o não atendimento (ver itens A18
e A19).
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DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
(c) quando e por quem as modificações resultantes da documentação de auditoria foram executadas
e revisadas.
15. Após a montagem do arquivo final de auditoria ter sido completada, o auditor não apaga nem
descarta documentação de auditoria de qualquer natureza antes do fim do seu período de guarda
dessa documentação (ver item A23).
16. Em outras circunstâncias, que não as contempladas no item 13, nas quais o auditor julgar
necessário modificar a documentação de auditoria existente ou acrescentar nova documentação de
auditoria após a montagem do arquivo final de auditoria, o auditor, independentemente da natureza
das modificações ou acréscimos, deve documentar (ver item A24):
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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA
D.O.U.: 03.12.2009
CONSIDERANDO que a IFAC, como parte do serviço ao interesse público, recomenda que seus
membros e associados realizem a tradução das suas normas internacionais e demais publicações;
CONSIDERANDO que mediante acordo firmado entre as partes, a IFAC autorizou, no Brasil, como
tradutores das suas normas e publicações, o Conselho Federal de Contabilidade e o IBRACON -
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil;
CONSIDERANDO que a IFAC, conforme cessão de direitos firmado, outorgou aos órgãos tradutores
os direitos de realizar a tradução, publicação e distribuição das normas internacionais impressas e em
formato eletrônico, resolve:
Art. 1º Aprovar a NBC TA 200 - "Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria
em Conformidade com Normas de Auditoria", elaborada de acordo com a sua equivalente
internacional ISA 200.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor nos exercícios iniciados em ou após 1º. de janeiro de 2010.
Art. 4º Observado o disposto no artigo anterior, ficam revogadas, a partir de 1º. de janeiro de 2010, as
Resoluções CFC nºs 820/97, 830/98, 836/99, 953/03, 981/03, 1.012/05, 1.022/05, 1.024/05, 1.029/05,
1.035/05, 1.036/05, 1.037/05, 1.038/05, 1.039/05, 1.040/05 e 1.054/05, publicadas no D.O.U., Seção
I, de 21/1/98, 21/12/98, 2/3/99, 3/2/03, 11/11/03, 25/1/05, 22/4/05, 9/5/05, 6/7/05, 22/9/05, 22/9/05,
22/9/05, 22/9/05, 22/9/05, 22/9/05 e 8/11/05, respectivamente.
Introdução
Alcance
1. Esta Norma de Auditoria trata das responsabilidades gerais do auditor independente na condução
da auditoria de demonstrações contábeis em conformidade com as normas brasileiras e
internacionais de auditoria. Nesta Norma e em outras normas elas estão substancialmente
apresentadas pela sua sigla "NBC TA". Especificamente, ela expõe os objetivos gerais do auditor
independente e explica a natureza e o alcance da auditoria para possibilitar ao auditor independente
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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA
o cumprimento desses objetivos. Ela também explica o alcance, a autoridade e a estrutura das NBC
TAs e inclui requisitos estabelecendo as responsabilidades gerais do auditor independente aplicáveis
em todas as auditorias, inclusive a obrigação de atender todas as NBC TAs. Doravante, o "auditor
independente" é denominado o "auditor".
2. As NBC TAs são escritas no contexto da auditoria de demonstrações contábeis executada por um
auditor. Elas devem ser adaptadas conforme necessário às circunstâncias, quando aplicadas a
auditorias de outras informações contábeis históricas. As NBC TAs não endereçam as
responsabilidades do auditor que possam existir numa legislação, regulamentação ou de outra forma,
por exemplo, como em conexão com uma oferta pública de títulos. Essas responsabilidades podem
ser diferentes daquelas estabelecidas pelas NBC TAs. Dessa forma, enquanto o auditor pode
encontrar aspectos nas NBC TAs que o apoiem nessas circunstâncias, é responsabilidade do auditor
garantir cumprimento de todas as obrigações legais, regulatórias e profissionais.
3. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos
usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com
uma estrutura de relatório financeiro aplicável. No caso da maioria das estruturas conceituais para
fins gerais, essa opinião expressa se as demonstrações contábeis estão apresentadas
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro. A auditoria conduzida em conformidade com as normas de auditoria e exigências éticas
relevantes capacita o auditor a formar essa opinião (ver item A1).
5. Como base para a opinião do auditor, as NBC TAs exigem que ele obtenha segurança razoável de
que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante,
independentemente se causadas por fraude ou erro. Asseguração razoável é um nível elevado de
segurança. Esse nível é conseguido quando o auditor obtém evidência de auditoria apropriada e
suficiente para reduzir a um nível aceitavelmente baixo o risco de auditoria (isto é, o risco de que o
auditor expresse uma opinião inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção
relevante). Contudo, asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança porque há
limitações inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a maioria das evidências de
auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião, é persuasiva e não conclusiva (ver
itens A28 a A52).
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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA
7. A estrutura das NBC TAs contempla uma introdução, os objetivos, os requisitos e uma seção
contendo aplicação e outros materiais explicativos que se destinam a dar suporte ao auditor na
obtenção de segurança razoável. Quando necessário, elas são complementadas com Apêndices. As
NBC TAs exigem que o auditor exerça o julgamento profissional e mantenha o ceticismo profissional
ao longo de todo o planejamento e na execução da auditoria e, entre outras coisas:
Obtenha evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se existem distorções relevantes
por meio do planejamento e aplicação de respostas (procedimentos de auditoria) apropriadas aos
riscos avaliados.
Forme uma opinião a respeito das demonstrações contábeis com base em conclusões obtidas das
evidências de auditoria obtidas.
8. A forma da opinião expressa pelo auditor depende da estrutura de relatório financeiro aplicável e
de lei ou regulamento aplicáveis (ver itens A12 e A13).
Data De Vigência
10. Esta Norma é aplicável para auditorias de demonstrações contábeis para períodos iniciados em
ou após 1º de janeiro de 2010.
(a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim que o
auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; e
(b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC
TAs, em conformidade com as constatações do auditor.
12. Em todos os casos em que não for possível obter segurança razoável e a opinião com ressalva
no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender aos usuários previstos das
demonstrações contábeis, as NBC TAs requerem que o auditor se abstenha de emitir sua opinião ou
renuncie ao trabalho, quando a renúncia for possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável.
Definições
13. Para fins das NBC TAs, os seguintes termos possuem os significados atribuídos a seguir:
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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA
(i) reconhece explícita ou implicitamente que, para conseguir a apresentação adequada das
demonstrações contábeis, pode ser necessário que a administração forneça divulgações além das
especificamente exigidas pela estrutura; ou
(ii) reconhece explicitamente que pode ser necessário que a administração se desvie de uma
exigência da estrutura para conseguir a apresentação adequada das demonstrações contábeis.
Espera-se que tais desvios sejam necessários apenas em circunstâncias extremamente raras.
Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões
em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos
registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações. Para fins das
NBC TAs:
Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando
as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos
riscos de distorção relevante e do risco de detecção.
Auditor é usado em referência à pessoa ou pessoas que conduzem a auditoria, geralmente o sócio do
trabalho ou outros integrantes da equipe do trabalho, ou, como aplicável, à firma. Quando uma NBC
TA pretende expressamente que uma exigência ou responsabilidade seja cumprida pelo sócio do
trabalho, usa-se o termo "sócio do trabalho" ao invés de auditor. "Sócio do trabalho" e "firma" devem
ser lidos como se referindo a seus equivalentes no setor público, quando for relevante.
Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de
auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser
relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções.
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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA
distorções podem originar-se de erro ou fraude. Quando o auditor expressa uma opinião sobre se as
demonstrações contábeis foram apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, as
distorções também incluem os ajustes de valor, classificação, apresentação ou divulgação que, no
julgamento do auditor, são necessários para que as demonstrações contábeis estejam apresentadas
adequadamente, em todos os aspectos relevantes.
(i) pela elaboração das demonstrações contábeis em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro aplicável, incluindo quando relevante sua apresentação adequada;
(ii) pelo controle interno que os administradores e, quando apropriado, os responsáveis pela
governança, determinam ser necessário para permitir a elaboração de demonstrações contábeis que
estejam livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro;
c. acesso irrestrito àqueles dentro da entidade que o auditor determina ser necessário obter
evidências de auditoria.
No caso de uma estrutura de apresentação adequada, o item (i) acima pode ser redigido como "pela
elaboração e apresentação adequada das demonstrações contábeis em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro", ou "pela elaboração de demonstrações contábeis que propiciem
uma visão verdadeira e justa em conformidade com a estrutura de relatório financeiro". Isso se aplica
a todas as referências à elaboração e apresentação das demonstrações contábeis nas normas de
auditoria.
Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que
possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de
auditoria.
(i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou
divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras
distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados;
(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma
classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo
controle interno da entidade.
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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA
Requisitos
14. O auditor deve cumprir as exigências éticas relevantes, inclusive as pertinentes à independência,
no que se refere aos trabalhos de auditoria de demonstrações contábeis (ver itens A14 a A17).
Ceticismo Profissional
15. O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, reconhecendo que
podem existir circunstâncias que causam distorção relevante nas demonstrações contábeis (ver itens
A18 a A22).
Julgamento Profissional
17. Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente
para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar a ele obter
conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião (ver itens A28 a A52).
18. O auditor deve observar todas as NBC TAs relevantes para a auditoria. Uma NBC TA é relevante
para a auditoria quando ela está em vigor e as circunstâncias tratadas nela existem na situação
específica (ver itens A53 a A57).
19. O auditor deve entender o texto inteiro de cada NBC TA, inclusive sua aplicação e outros
materiais explicativos para entender os seus objetivos e aplicar as suas exigências adequadamente
(ver itens A8 a A66).
20. O auditor não deve declarar conformidade com as normas de auditoria (brasileiras e
internacionais) no seu relatório, a menos que ele tenha cumprido com as exigências desta Norma e
de todas as demais NBC TAs relevantes para a auditoria.
21. Para atingir os objetivos gerais do auditor, ele deve utilizar os procedimentos estabelecidos nas
NBC TAs relevantes ao planejar e executar a auditoria, considerando as inter-relações entre as NBC
TAs, para (ver itens A67 a A69):
(a) determinar se são necessários quaisquer procedimentos de auditoria, além dos exigidos pelas
NBC TAs, na busca dos objetivos formulados nas NBC TAs (ver item A70); e
(b) avaliar se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente (ver item A71).
22. Observado o disposto no item 23, o auditor deve cumprir com cada exigência de uma NBC TA, a
menos que, nas circunstâncias da auditoria:
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EVIDÊNCIA DE AUDITORIA APROPRIADA E
SUFICIENTE E RISCO DE AUDITORIA
(b) a exigência não seja relevante por ser condicional e a condição não existir (ver itens A72 a A73).
23. Em circunstâncias excepcionais, o auditor pode julgar necessário não considerar uma exigência
relevante em uma NBC TA. Em tais circunstâncias, o auditor deve executar procedimentos de
auditoria alternativos para cumprir o objetivo dessa exigência. Espera- se que a necessidade do
auditor não considerar uma exigência relevante surja apenas quando a exigência for a execução de
um procedimento específico e, nas circunstâncias específicas da auditoria, esse procedimento seria
ineficaz no cumprimento do objetivo da exigência (ver item A74).
24. Se um objetivo em uma NBC TA relevante não pode ser cumprido, o auditor deve avaliar se isso
o impede de cumprir os objetivos gerais de auditoria e se isso exige que ele, em conformidade com
as NBC TAs, modifique sua opinião ou renuncie ao trabalho (quando a renúncia é possível de acordo
com lei ou regulamento aplicável). A falha no cumprimento de um objetivo representa um assunto
significativo, que exige documentação em conformidade com a NBC TA 230 - Documentação de
Auditoria (ver itens A75 a A76).
Para melhor entendimento das expressões "que o auditor modifique sua opinião" ou "emitir uma
opinião modificada" ver NBC TA 705 que trata da emissão de relatórios com modificações, que
significa emitir um relatório adverso ou com ressalva.
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GERENCIMENTO DE RISCO
O risco normalmente é definido como a incerteza de um resultado ou de um evento. Ele pode referir-
se tanto a uma ameaça negativa quanto a uma oportunidade positiva para uma empresa assumir um
risco que vale a pena e pode trazer uma vantagem competitiva sobre concorrentes avessos ao risco.
Porém, considerando o potencial de perdas significativas e também dos lucros, é importante que os
riscos sejam avaliados com exatidão, calculando-se a probabilidade dos resultados assim como seu
impacto em um negócio.
Todos os negócios enfrentam riscos, pois operam em um ambiente de incertezas inerentes ao livre
mercado que coloca qualquer atividade econômica à mercê da oferta e da procura. Assim, todo
negócio deve ter um sistema implantado para administrar esses resultados. Isso envolve tipicamente
identificação, de maneira mais exata possível, dos riscos potenciais e do provável impacto deles na
empresa e, depois, o desenvolvimento de respostas adequadas e preparadas para enfrentar tais
eventos, se e quando eles ocorrerem. Os riscos se originam de várias áreas diferentes:
Uma vez identificados os riscos, é importante o negócio avaliar a probabilidade de eles ocorrerem,
bem como seu impacto ou significado. Assim, o negócio pode classificar ou priorizar os riscos que vai
enfrentar. Essa classificação permite concentrar recursos nas áreas de risco mais importantes,
aquelas que têm maior potencial de impacto sobre o sucesso dos objetivos da empresa. A estimativa
de risco pode ser obtida em nível básico, simplesmente avaliando se os resultados são de baixa,
média ou alta probabilidade. Em nível mais sofisticado, os riscos podem ser analisados pela
aplicação da ciência atual.
A terceira é reduzir o risco fazendo vários investimentos, como compra de máquinas melhores, mais
caras, mas com menor probabilidade de transtornos.
A abordagem final é evitar o risco. Significa que as atividades ou os investimentos não serão
empreendidos, pois os riscos são considerados muito altos. O problema dessa abordagem, às vezes,
é ter de abrir mão de oportunidades lucrativas.
Nossos Treinamentos ocorrem em várias cidades do Brasil, aborda de forma ampla e objetiva os
assuntos aqui expostos de forma a reafirmar a importância da Auditoria Interna como parte integrante
do sistema global de controle e gerenciamento de Riscos Empresariais. Acesse a agenda de Cursos
no Site: www.portaldeauditoria.com.br e saiba dos próximos treinamentos.
Duas inovações normativas trouxeram os riscos para o centro das atenções das Uadins (Unidades de
Auditoria Interna) dos institutos federais.
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GERENCIMENTO DE RISCO
Primeira: a Instrução Normativa nº 24/2015, emitida pela CGU (Controladoria-Geral da União) com o
intuito de orientar a elaboração dos planos e relatórios anuais de auditoria interna (os PAINTs e os
RAINTs, respectivamente). (Para saber mais a respeito, clique aqui.)
Segunda: a Instrução Normativa nº 01/2016, emitida pela CGU em parceria com o MPOG (Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão) com o intuito de introduzir o gerenciamento de riscos nos
entes do Poder Executivo federal. (Para saber mais a respeito, clique aqui.)
Ambas as normativas têm despertado uma expectativa crescente acerca do papel das Uadins na
definição do gerenciamento de riscos em institutos federais.
Em um whitepaper de 2009, o IIA (Institute of Internal Auditors) repartiu este papel em três tipos:
A diferença entre eles, para o IIA, está na crescente prática de atos de gestão, que vai de zero no
papel fundamental até um máximo intolerável no papel ilegítimo; no papel legítimo, a auditoria interna
ocupa um meio termo delicado.
O “papel fundamental” pode corresponder a uma definição razoável de auditoria interna: uma
auditoria interna é uma avaliação sistemática de uma situação em comparação com um critério. Não
é a criação do critério, nem a implementação ou a manutenção dele.
O “papel legítimo” pode corresponder à participação da auditoria interna na prática de atos de gestão.
Neste papel, a auditoria interna presta consultoria para o desenvolvimento da estrutura de
gerenciamento de riscos.
O “papel ilegítimo” pode corresponder à prática de atos de gestão pela auditoria interna. Neste papel,
a auditoria interna desempenharia atos de gestão tendentes ao estabelecimento e à manutenção da
estrutura de gerenciamento de riscos.
Na visão do IIA, quanto mais a Uadin desempenhar os componentes do “papel legítimo”, que são
atos de gestão, mais ela estará longe de seu “papel fundamental” e mais estará perto de seu “papel
ilegítimo”.
A esse respeito, o IIA fez uma ressalva importante: o “papel legítimo” da auditoria implica a execução
de atos de gestão, e, por isto, deve ser abreviado, restringido ou, de preferência, evitado.
O IIA recomenda que a auditoria interna desempenhe o papel legítimo exclusivamente se tiver larga
experiência em seu papel fundamental e sólido domínio prático e teórico de gerenciamento de riscos.
O IIA também recomenda que os projetos de gerenciamento de riscos, tão logo sejam implementados
pela unidade de auditoria interna, passem à responsabilidade da alta administração, que os assumirá
daí em diante em sua integralidade.
Tenho a opinião de que a relação das Uadins com o gerenciamento de riscos deve limitar-se
ao papel fundamental.
O TCU (Tribunal de Contas da União), no Acórdão TCU nº 1.089/2014, não apenas se posicionou
contrário à prática de atos de gestão pelas Uadins, como trouxe dados preocupantes:
A avaliação dos controles internos é realizada por 33% das Uadins de universidades e institutos
federais
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GERENCIMENTO DE RISCO
Nenhuma das Uadins executava, em 2014, qualquer tipo de auditoria relacionada com o
gerenciamento de riscos, até como consequência de nenhuma das universidades ou dos institutos
federais adotar qualquer sistema de gestão de riscos
Isso quer dizer que as Uadins têm dificuldade de desempenhar seu papel fundamental e,
provavelmente, não possuem experiência em gerenciamento de riscos o suficiente para
desempenhar o papel legítimo apresentado no whitepaper do IIA.
De forma realista, o TCU posiciona-se assim a respeito da relação das Uadins com o gerenciamento
de riscos:
“A maior interessada em realizar a avaliação e a gestão dos riscos deveria ser a própria
administração, pois tais instrumentos apontariam as providências a serem tomadas a fim de evitar
que vulnerabilidades não detectadas impeçam o atingimento dos objetivos da organização. A Audin
deveria atuar na avaliação desses instrumentos, apontando as oportunidades de melhoria” (Acórdão
TCU nº 1.089/2014, item 214).
Neste trecho, o TCU reiterou o que já expressara em um estudo de 2009, intitulado “Critérios Gerais
de Controle Interno na Administração Pública”:
“A auditoria interna, que não deve ser confundida com controle interno ou com unidade de ou do
controle interno, é um controle da própria gestão que tem por atribuição medir e avaliar a eficiência e
eficácia de outros controles. Importa destacar que não cabe à auditoria interna estabelecer
estratégias para gerenciamento de riscos ou controles internos para mitigá-los, pois estas são
atividades próprias dos gestores. Cabe-lhe avaliar a qualidade desses processos.” (p. 7)
Acredito que, levando em conta o que eu falei até aqui, há como reorganizar os componentes dos
papeis “fundamental”, “legítimo” e “ilegítimo” de forma condizente com a situação em geral das
Uadins.
As Uadins poderiam tomar as seguintes medidas com relação ao gerenciamento de riscos dos
institutos federais:
Avaliar, por meio de auditoria, a estrutura de gerenciamento de riscos com relação ao referencial
empregado em sua elaboração (obrigatoriamente a Instrução Normativa CGU/MPOG nº 01/2016, e
opcionalmente algum outro)
Opinar, por meio de parecer, sobre a estrutura de gerenciamento de riscos que for submetida à
aprovação do Conselho Superior
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Procedimentos De Auditoria
Os procedimentos de auditoria não são rígidos, podendo variar de auditoria para auditoria, de
modo a se ajustarem às circunstâncias específicas de cada caso em exame.
A aplicação dos procedimentos de auditoria pode ser realizada através de exames, provas
seletivas, testes e amostragens em razão da complexidade e volume das operações de cada
entidade auditada, cabendo ao profissional da auditoria, com base na análise de riscos
envolvidos e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude ou o escopo dos exames
necessários à obtenção dos elementos probatórios que sejam válidos para o todo auditado.
Conferência de Cálculos: revisão dos principais (relevantes) cálculos realizados pela entidade
auditada, de modo a verificar sua exatidão. Entre as conferências de cálculos fundamentais está
a conferência de soma.
Entrevistas: questões dirigidas de forma técnica aos auditados de modo a detalhar e esclarecer
procedimentos. Pode ser realizada de forma estruturada (questões padronizadas) ou não-
estruturadas.
Inspeção Física: exame da existência de bens. Este procedimento deve ser aplicado de forma
cuidadosa pelo auditor, que deve estar atento aos detalhes envolvidos na utilização dos bens.
Segundo o CFC, a inspeção física envolve também o exame dos títulos e outros documentos
comprobatórios. Na aplicação deste procedimento devem ser consideradas: identificação,
existência, autenticidade, quantidade e qualidade.
negativa: quando informa que não é necessária a resposta quando o auditado concorda com
o valor informado;
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Correlação: é a relação entre um fato examinado em uma área com seus impactos em outras.
Procedimento de revisão analítica: é a avaliação dos dados com base em testes globais,
aplicação de índices de análise de balanço e análise de variações. Na aplicação dos
procedimentos de revisão analítica o auditor deve considerar a disponibilidade das informações,
sua confiabilidade, relevância e comparabilidade.
A Resolução n.º 820/93 do CFC, estabelece que a aplicação dos procedimentos de auditoria
“deve ser realizada, em razão da complexidade e volume das operações, por meio de provas
seletivas, testes e amostragens, cabendo ao auditor, com base na análise de riscos de auditoria
e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude dos exames necessários à obtenção
dos elementos de convicção que sejam válidos para o todo”.
Ainda segundo o CFC, na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve
considerar os seguintes procedimentos técnicos básicos:
São apresentadas a seguir, sem pretender esgotar a lista, alguns objetivos e procedimentos de
auditoria em algumas áreas do Balanço Patrimonial, a saber:
Disponível
a) contagem física do numerário em caixa, que deve ser feita sempre na presença do
responsável, devendo ser obtida uma declaração por escrito de que os valores contados foram
devolvidos na totalidade;
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Contas A Receber
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Estoques
Despesas Antecipadas
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
d) os valores das coberturas estão compatíveis com os valores de mercado dos bens
segurados.
Investimentos
a) inspeção física dos títulos dos principais valores classificados nos investimentos.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Imobilizado
Contas a Pagar
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Empréstimo
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Patrimônio Líquido
d) conferência de cálculo.
Resultado De Exercício
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
c) análise de variações.
d) correlação com os resultados da revisão dos controles internos das áreas de faturamento, de
pessoal e de custo.
Evidência De Auditoria
Evidência é toda prova obtida pelo auditor, em face da aplicação dos procedimentos de auditoria,
para avaliar se os critérios estabelecidos estão sendo ou não atendidos.
Assim, tem-se:
O auditor deve atentar que o processo de obtenção de evidências em uma auditoria operacional
é muito mais complexo do que em uma auditoria contábil. Isso acontece em virtude de, nas
áreas operacionais, o processo de identificação dos critérios, na maioria das vezes, não ser
claramente definido como nas áreas financeiras. A identificação das áreas problemáticas e
críticas dependerá enormemente da perspicácia, experiência e determinação do auditor.
A auditoria interna é conduzida em diversos ambientes legais e culturais; entre organizações que
variam de propósito, tamanho, complexidade e estrutura; e por pessoas dentro ou fora da
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
organização. Enquanto as diferenças possam afetar a prática de auditoria interna em cada ambiente,
a conformidade com as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna do IIA
(Normas) é essencial para o atendimento das responsabilidades dos auditores internos e da atividade
de auditoria interna.
Se os auditores internos ou a atividade de auditoria interna estão proibidos por força de lei ou de
regulamentações a seguir determinadas partes das Normas, é necessária a conformidade com todas
as demais partes das Normas e a apropriada divulgação desta situação.
Se as Normas são utilizadas em conjunto com normas emitidas por outros órgãos reguladores, as
comunicações de auditoria interna podem também citar a utilização de outras normas, como for
apropriado. Neste caso, se houver inconsistências entre as Normas e outras normas, os auditores
internos e a atividade de auditoria interna devem sujeitar-se às Normas, e podem obedecer às outras
normas caso elas forem mais restritivas.
2. Fornecer uma estrutura para a execução e promoção de um amplo espectro de auditoria interna
de valor agregado.
Declarações dos requerimentos básicos para a prática profissional de auditoria interna e para a
avaliação da eficácia do desempenho, as quais são internacionalmente aplicáveis às organizações e
aos indivíduos.
As Normas empregam termos aos quais foram atribuídos significados específicos que estão incluídos
no Glossário. Especificamente, as Normas utilizam a palavra “deve” para especificar um requerimento
incondicional e a palavra “deveria” onde há a expectativa de conformidade a não ser que, ao aplicar o
julgamento profissional, as circunstâncias justificam o desvio.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Os serviços de consultoria são, por natureza, de assessoria e geralmente são realizados a partir da
solicitação específica de um cliente do trabalho. A natureza e o escopo dos trabalhos de consultoria
estão sujeitos a um acordo com o cliente do trabalho. Geralmente os serviços de consultoria
envolvem duas partes: (1) a pessoa ou grupo que oferece a assessoria – o auditor interno, e (2) a
pessoa ou grupo que busca e recebe a assessoria – o cliente do trabalho. Ao realizar serviços de
consultoria, o auditor interno deveria manter a objetividade e não assumir responsabilidades que são
da administração.
As Normas são aplicáveis a auditores internos e a atividades de auditoria interna. Todos os auditores
internos são responsáveis pela conformidade com as normas em relação à objetividade, proficiência
e zelo profissional devido individual. Além disso, os auditores internos são responsáveis pela
conformidade com as normas que são relevantes para o desempenho das suas responsabilidades
profissionais. Os executivos chefes de auditoria são responsáveis pela conformidade geral com as
Normas.
Normas De Atributos
Interpretação:
– A natureza dos serviços de avaliação (assurance) prestados à organização deve ser definida no
estatuto de auditoria interna. Se avaliações (assurances) forem fornecidas para partes externas à
organização, a natureza dessas avaliações (assurances) deve também ser definida no estatuto da
auditoria interna.
– A natureza dos serviços de consultoria deve ser definida no estatuto de auditoria interna.
A natureza mandatória da Definição de Auditoria Interna, do Código de Ética e das Normas deve ser
reconhecida no estatuto de auditoria interna. O executivo chefe de auditoria deveria debater sobre a
Definição de Auditoria Interna, o Código de Ética e as Normas com a alta administração e com o
conselho.
– Independência E Objetividade
A atividade de auditoria interna deve ser independente e os auditores internos devem ser objetivos ao
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Interpretação:
A objetividade é uma atitude mental imparcial que permite aos auditores internos executarem os
trabalhos de auditoria de maneira a confiarem no resultado de seu trabalho e que não seja feito
nenhum comprometimento da qualidade. A objetividade requer que os auditores internos não
subordinem a outras pessoas o seu julgamento em assuntos de auditoria. As ameaças à objetividade
devem ser gerenciadas nos níveis do auditor individual, do trabalho de auditoria, funcional e
organizacional.
Independência Organizacional
O executivo chefe de auditoria deve reportar-se a um nível dentro da organização que permita à
atividade de auditoria interna cumprir suas responsabilidades. O executivo chefe de auditoria deve
confirmar junto ao conselho, pelo menos anualmente, a independência organizacional da atividade de
auditoria interna.
Interpretação:
– Objetividade Individual
Os auditores internos devem adotar uma atitude imparcial e isenta e evitar qualquer conflito de
interesses.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Interpretação:
O conflito de interesses é uma situação na qual um auditor interno, que esteja em uma posição de
confiança, tenha um interesse profissional ou pessoal conflitante. Tais interesses conflitantes podem
tornar difícil a ele ou ela executar suas funções com imparcialidade. Um conflito de interesses existe
mesmo que não se resulte em nenhum ato antiético ou impróprio. Um conflito de interesses pode criar
uma aparência de impropriedade que pode abalar a confiança no auditor interno, na atividade de
auditoria interna e na profissão. Um conflito de interesses pode prejudicar a habilidade do indivíduo
de executar suas funções e responsabilidades objetivamente.
Interpretação:
O prejuízo à independência organizacional e objetividade individual pode incluir, mas não se limitar, a
um conflito de interesses pessoal; limitações de escopo; restrição de acesso aos registros, ao pessoal
e às propriedades e limitações de recursos, tais como: recursos financeiros.
– Os auditores internos devem abster-se de avaliar operações específicas pelas quais tenham sido
responsáveis anteriormente. Presume-se que a objetividade fique prejudicada se um auditor interno
prestar serviços de avaliação (assurance) de uma atividade pela qual o auditor interno tenha sido
responsável durante ano anterior.
– Os trabalhos de avaliação (assurance) de funções pelas quais o executivo chefe de auditoria tenha
responsabilidade devem ser supervisionados por uma parte externa à atividade de auditoria interna.
– Os auditores internos podem prestar serviços de consultoria relativos às operações pelas quais
tenham sido responsáveis anteriormente.
Os trabalhos de auditoria devem ser executados com proficiência e zelo profissional devido.
– Proficiência
Interpretação:
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
– Os auditores internos devem possuir conhecimento suficiente para avaliar o risco de fraude e a
maneira com o qual é gerenciado pela organização, porém, não se espera que possuam a
especialização de uma pessoa cuja principal responsabilidade seja detectar e investigar fraudes.
– Os auditores internos devem possuir conhecimento suficiente sobre os principais riscos e controles
de tecnologia da informação e sobre as técnicas de auditoria baseadas em tecnologia disponíveis
para a execução dos trabalhos a eles designados. Entretanto, não se espera que todos os auditores
internos possuam a especialização de um auditor interno cuja principal responsabilidade seja
auditoria de tecnologia da informação.
– O executivo chefe de auditoria deve declinar dos trabalhos de consultoria, ou obter competente
aconselhamento e assistência, caso os auditores internos não possuam os conhecimentos, as
habilidades ou outras competências necessárias à realização de todo ou parte do trabalho.
– Os auditores internos devem estar alertas aos riscos significativos que poderiam afetar os objetivos,
as operações ou os recursos. Entretanto, os procedimentos de avaliação (assurance) isoladamente,
mesmo quando realizados com o zelo profissional devido, não garantem que todos os riscos
significativos serão identificados.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Interpretação:
O programa de avaliação da qualidade e melhoria deve incluir tanto avaliações internas quanto
externas.
– Avaliações Internas
Interpretação:
O monitoramento contínuo é uma parte integrante da rotina diária de supervisão, revisão e avaliação
da atividade de auditoria interna. O monitoramento contínuo está incorporado às políticas e práticas
rotineiras utilizadas para gerenciar a atividade de auditoria interna e utiliza os processos, as
ferramentas e as informações consideradas necessárias para avaliar a conformidade com a Definição
de Auditoria Interna, com o Código de Ética e com as Normas.
As avaliações periódicas são conduzidas para avaliar a conformidade com a Definição de Auditoria
Interna, com o Código de Ética e com as Normas.
O conhecimento suficiente das práticas de auditoria interna requer, pelo menos, a compreensão de
todos os elementos da Estrutura Internacional de Práticas Profissionais (International Professional
Practices Framework - IPPF).
– Avaliações Externas
As avaliações externas devem ser realizadas pelo menos uma vez a cada cinco anos, por um
avaliador, ou uma equipe de avaliação, qualificado e independente, externo à organização. O
executivo chefe de auditoria deve discutir com o conselho:
Interpretação:
Avaliações externas podem ser uma avaliação externa completa ou uma autoavaliação com
validação externa independente.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
avaliação, não é necessário que todos os membros da equipe possuam todas as competências; e sim
que a equipe em conjunto esteja qualificada. O executivo chefe de auditoria utilizará seu julgamento
profissional para avaliar se um avaliador ou equipe de avaliação apresenta competência suficiente
para que seja considerado qualificado.
Interpretação:
O executivo chefe de auditoria pode declarar que a atividade de auditoria interna está em
conformidade com as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna, somente
se os resultados do programa de avaliação da qualidade e melhoria sustentam esta declaração.
Interpretação
A atividade de auditoria interna está em conformidade com as Normas quando alcança os resultados
descritos na Definição de Auditoria Interna, Código de Ética e Normas.
Todas as atividades de auditoria interna terão os resultados das avaliações internas. Aquelas
atividades cuja existência ultrapasse cinco anos também terão os resultados de avaliações externas.
Quando a não conformidade com a Definição de Auditoria Interna, com o Código de Ética ou com as
Normas impactar o escopo geral ou a operação da atividade de auditoria interna, o executivo chefe de
auditoria deve divulgar a não conformidade e os impactos à alta administração e ao conselho.
Normas De Desempenho
O executivo chefe de auditoria deve gerenciar eficazmente a atividade de auditoria interna para
assegurar que ela adiciona valor à organização.
Interpretação:
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
• A atividade de auditoria interna está em conformidade com a Definição de Auditoria Interna e com
as Normas; e
• Os indivíduos que fazem parte da atividade de auditoria interna demonstram conformidade com o
Código de Ética e com as Normas.
A atividade de auditoria interna agrega valor à organização (e às suas partes interessadas) quando
proporciona avaliação objetiva e relevante, e contribui para a eficácia e eficiência dos processos de
governança, gerenciamento de riscos e controles.
– Planejamento
O executivo chefe de auditoria deve estabelecer um plano baseado em riscos para determinar as
prioridades da atividade de auditoria interna, de forma consistente com as metas da organização.
Interpretação:
– O planejamento dos trabalhos da atividade de auditoria interna deve ser baseado em uma avaliação
de risco documentada, realizada pelo menos anualmente. As informações fornecidas pela alta
administração e pelo conselho devem ser consideradas neste processo.
– Comunicação E Aprovação
– Gerenciamento De Recursos
O executivo chefe de auditoria deve assegurar que os recursos de auditoria interna sejam
apropriados, suficientes e eficazmente aplicados para o cumprimento do planejamento aprovado.
Interpretação:
– Políticas E Procedimentos
O executivo chefe de auditoria deve estabelecer políticas e procedimentos para orientar a atividade
de auditoria interna.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Interpretação:
– Coordenação
O executivo chefe de auditoria deveria compartilhar informações e coordenar atividades com outros
prestadores internos e externos de serviços de avaliação (assurance) e consultoria para assegurar
que a cobertura apropriada e a minimização da duplicação de esforços.
O executivo chefe de auditoria deve reportar periodicamente à alta administração e ao conselho sobre
o propósito, a autoridade e a responsabilidade da atividade de auditoria interna e o desempenho em
relação ao seu planejamento. Os reportes devem também incluir a exposição de pontos de riscos
significativos e de controles, incluindo os riscos de fraude, os assuntos de governança e outros
assuntos necessários ou solicitados pela alta administração e pelo conselho.
Interpretação:
A frequência e o conteúdo dos reportes são determinados em discussão com a alta administração e
com o conselho e dependem da importância da informação a ser comunicada e da urgência das
respectivas ações a serem tomadas pela alta administração ou pelo conselho.
Quando um prestador de serviços externo fornece serviços de auditoria interna, o prestador deve
manter a organização ciente de que esta continua com a responsabilidade de manter uma atividade
de auditoria interna eficaz.
Interpretação
– Natureza Do Trabalho
A atividade de auditoria interna deve avaliar e contribuir para a melhoria dos processos de
governança, gerenciamento de riscos e controles, utilizando uma abordagem sistemática e
disciplinada.
– Governança
A atividade de auditoria interna deve avaliar e propor recomendações apropriadas para a melhoria do
processo de governança no seu cumprimento dos seguintes objetivos:
– A atividade de auditoria interna deve avaliar o desenho, implantação e a eficácia dos objetivos,
programas e atividades da organização relacionados à ética.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
– Gerenciamento De Riscos
A atividade de auditoria interna deve avaliar a eficácia e contribuir para a melhoria dos processos de
gerenciamento de riscos.
Interpretação:
• Respostas apropriadas aos riscos são selecionadas de forma a alinhar os riscos com o apetite de
risco da organização; e
A atividade de auditoria interna reúne informações para apoiar esta avaliação através de múltiplos
trabalhos de auditoria. O resultado destes trabalhos, visto em conjunto, proporciona uma
compreensão dos processos de gerenciamento de riscos das organizações e sua eficácia.
– Os auditores internos devem incorporar os conhecimentos sobre riscos adquiridos nos trabalhos de
consultoria à sua avaliação dos processos de gerenciamento de riscos da organização.
– Controle
A atividade de auditoria interna deve auxiliar a organização a manter controles efetivos a partir da
avaliação sua eficácia e eficiência e da promoção de melhorias contínuas.
- A atividade de auditoria interna deve avaliar a adequação e a eficácia dos controles em resposta
aos riscos, abrangendo a governança, as operações e os sistemas de informação da organização,
com relação a:
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
• Os objetivos da atividade que está sendo revisada e os meios pelos quais a atividade controla seu
desempenho;
• Os riscos significativos para a atividade, seus objetivos, recursos e operações e os meios pelos
quais o impacto potencial dos riscos é mantido em um nível aceitável;
– Os auditores internos devem conduzir uma avaliação preliminar dos riscos relevantes para a
atividade sob revisão. Os objetivos do trabalho de auditoria devem refletir os resultados desta
avaliação.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
O escopo estabelecido deve ser suficiente para alcançar os objetivos do trabalho de auditoria.
– O escopo do trabalho de auditoria deve incluir considerações sobre sistemas, registros, pessoal e
propriedades físicas relevantes, incluindo aqueles sob o controle de terceiros.
Os auditores internos devem desenvolver e documentar programas de trabalho que atendam aos
objetivos do trabalho.
Os auditores internos devem identificar, analisar, avaliar e documentar informações suficientes para
cumprir os objetivos do trabalho de auditoria.
Os auditores internos devem identificar informações suficientes, confiáveis, relevantes e úteis para
cumprir os objetivos do trabalho de auditoria.
Interpretação:
Informação suficiente é factual, adequada e convincente de forma que uma pessoa prudente e
informada chegaria às mesmas conclusões que o auditor. Informação confiável é a melhor
informação possível de ser obtida através da utilização de técnicas de auditoria apropriadas.
Informação relevante dá suporte às observações e recomendações do trabalho de auditoria e é
consistente com os objetivos do trabalho de auditoria. Informação útil auxilia a organização a atingir
as suas metas.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
– Análise E Avaliação
Os auditores internos devem basear suas conclusões e resultados dos trabalhos de auditoria em
análises e avaliações apropriadas.
Os auditores internos devem documentar as informações relevantes para dar suporte às conclusões
e aos resultados do trabalho de auditoria.
– O executivo chefe de auditoria deve controlar o acesso aos registros dos trabalhos. O executivo
chefe de auditoria deve obter a aprovação da alta administração e/ou advogados antes de liberar tais
registros para partes externas, conforme for apropriado.
– O executivo chefe de auditoria deve desenvolver políticas para reger a custódia e retenção de
registros de trabalhos de consultoria, bem como sua liberação para partes internas e externas. Estas
políticas devem ser consistentes com as diretrizes da organização e quaisquer exigências
regulatórias ou outros requerimentos pertinentes.
Interpretação:
– A comunicação final dos resultados do trabalho deve, quando apropriado, conter a opinião e/ou
conclusões dos auditores internos. Uma vez emitida, uma opinião ou conclusão deve levar em conta
as expectativas da alta administração, conselho e outras partes interessadas e deve estar suportada
por informação suficiente, confiável, relevante e útil.
Interpretação
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Interpretação:
Comunicações precisas são livres de erros e distorções e são fiéis aos fatos fundamentais.
Comunicações objetivas são justas, imparciais e neutras e são o resultado de um julgamento justo e
equilibrado de todos os fatos e circunstâncias relevantes. Comunicações claras são facilmente
compreendidas e são lógicas, evitam linguagem técnica desnecessária e fornecem todas as
informações significativas e relevantes. Comunicações concisas são diretas ao ponto e evitam
elaboração desnecessária, detalhes supérfluos, redundância e excesso de palavras. Comunicações
construtivas são úteis ao cliente do trabalho de auditoria e à organização e conduzem às melhorias
onde seja necessário. Comunicações completas não omitem nada do que seja essencial à audiência
alvo e incluem todas as informações significativas e relevantes e as observações que dão suporte às
recomendações e conclusões. Comunicações tempestivas são oportunas e práticas, dependem da
importância do ponto, permitem à administração tomar as ações corretivas apropriadas.
– Erros E Omissões
Se uma comunicação final contiver erro ou omissão significativa, o executivo chefe de auditoria deve
comunicar a informação correta a todas as partes que tenham recebido a comunicação original.
Os auditores internos podem reportar que seus trabalhos são “conduzidos em conformidade com as
Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna” somente se os resultados do
programa de avaliação da qualidade e melhoria sustentarem esta declaração.
Quando a não conformidade com a Definição de Auditoria Interna, com o Código de Ética ou com as
Normas impactar em um trabalho específico, a comunicação dos resultados deve divulgar:
• O princípio ou regra de conduta do Código de Ética ou Norma(s) cuja conformidade plena não foi
alcançada;
Interpretação:
O executivo chefe de auditoria é responsável por revisar e aprovar a comunicação final do trabalho de
auditoria antes da sua emissão e por decidir a quem e como ela será disseminada. Quando o
executivo chefe de auditoria delega estas tarefas, ele ou ela retém total responsabilidade.
O executivo chefe de auditoria é o responsável pela comunicação dos resultados finais às partes que
possam assegurar que os resultados recebam a devida consideração.
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
– Opiniões Gerais
Ao emitir uma opinião geral, esta deve levar em conta as expectativas da alta administração,
conselho e outras partes interessadas e deve estar suportada por informação suficiente, confiável,
relevante e útil.
Interpretação
• As limitações de escopo;
• O risco, estrutura de controle ou outros critérios utilizados como base para a opinião geral; e
Quando há uma opinião geral que não é favorável, deve-se expor as razões para a mesma.
– Monitoramento Do Progresso
O executivo chefe de auditoria deve estabelecer e manter um sistema para monitorar a disposição
dos resultados comunicados à administração.
– A atividade de auditoria interna deve monitorar a disposição dos resultados dos trabalhos de
consultoria na extensão previamente acordada com o cliente.
Quando o executivo chefe de auditoria conclui que a administração aceitou um nível de risco que
pode ser inaceitável para a organização, o executivo chefe de auditoria deve discutir o assunto com a
alta administração. Caso o executivo chefe de auditoria determine que a questão não foi resolvida, o
executivo chefe de auditoria deve comunicar a questão ao conselho.
Interpretação
A identificação do risco aceito pela administração pode ser observada por meio de um trabalho de
avaliação (assurance) ou consultoria, monitoramento do progresso das ações tomadas pela
administração como resultado de trabalhos anteriores ou por outros meios. Não é responsabilidade
do executivo chefe de auditoria resolver o risco.
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PROCESSO DE PLANEJAMENTO
Esta Interpretação Técnica (IT) visa a explicitar o subitem 11.2.1 - relativo ao PLANEJAMENTO DA
AUDITORIA, da NBC T 11 - Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, etapa
na qual o auditor independente define o seu plano de trabalho e o detalhamento dos procedimentos
de auditoria a serem aplicados.
3. As informações obtidas quando da avaliação dos serviços, conforme previsto nas Normas
Profissionais de Auditor Independente aprovadas pelo CFC, devem servir de base, também, para a
elaboração do Planejamento da Auditoria, sendo esta uma etapa subseqüente àquela.
4. O auditor independente deve ter em conta que o Planejamento da Auditoria é um processo que se
inicia na fase de avaliação para a contratação dos serviços. Nesta etapa devem ser levantadas as
informações necessárias para conhecer o tipo de atividade da entidade, sua complexidade, a
legislação aplicável, relatórios, parecer e outros informes a serem emitidos, para assim determinar a
natureza do trabalho a ser executado. A conclusão do Planejamento da Auditoria só se dá quando o
auditor independente completar os trabalhos preliminares, com o atendimento dos objetivos do item
12.
6. Muitas informações que compõem o planejamento definitivo para determinado período são
confirmadas durante os trabalhos de campo, o que implica a necessidade de o auditor independente
revisá-lo e ajustá-lo à medida que for executando os trabalhos.
7. O programa de auditoria deve ser preparado por escrito ou por outro meio de registo, o que facilita
o entendimento dos procedimentos de auditoria a serem adotados e propicia uma orientação mais
adequada para a divisão do trabalho.
8. O detalhamento dos procedimentos de auditoria a serem adotados deve esclarecer o que o auditor
necessita examinar na entidade, com base no seu sistema contábil e de controles internos.
9. No programa de auditoria devem ficar claras as diversas épocas para a aplicação dos
procedimentos e a extensão com que os exames serão efetuados.
10. O programa de auditoria, além de servir como guia e instrumento de controle para a execução do
trabalho, deve abranger todas as áreas a serem examinadas pelo auditor independente.
Objetivos
a) obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventos e transações relevantes
que afetem as demonstrações contábeis;
b) propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro dos prazos e
compromissos previamente estabelecidos;
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PROCESSO DE PLANEJAMENTO
12. As alíneas do item anterior não excluem outros objetivos que possam ser fixados, segundo as
circunstâncias de cada trabalho, especialmente quando houver o envolvimento com partes
relacionadas e auditoria de demonstrações contábeis consolidadas.
14. Conforme estabelecido na NBC T 11, item 11.2.1.2, o planejamento pressupõe adequado nível de
conhecimento das atividades, os fatores econômicos, legislação aplicável, as práticas operacionais
da entidade e o nível geral de competência de sua administração.
Fatores Econômicos
15. Para o auditor independente completar o conhecimento do negócio da entidade a ser auditada,
deve avaliar os fatores econômicos desta, abrangendo:
a) o nível geral da atividade econômica na área de atuação da entidade e fatores que podem
influenciar seu desempenho, tais como níveis de inflação, crescimento, recessão, deflação,
desemprego, situação política, entre outros;
c) as políticas governamentais, tais como monetária, fiscal, cambial e tarifas para importação e
exportação; e
16. A análise preliminar desses fatores é a base para identificar riscos que possam afetar a
continuidade operacional da entidade, a existência de contingências fiscais, legais, trabalhistas,
previdenciárias, comerciais, ambientais, obsolescência de estoques e imobilizações, e outros
aspectos do negócio com impacto potencial nas demonstrações contábeis.
17. É recomendável que tais circunstâncias, se constatadas, sejam discutidas previamente entre o
auditor independente e a administração da entidade a ser auditada. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
18. O conhecimento prévio da legislação que afeta a entidade a ser auditada é fundamental para a
avaliação, pelo auditor, dos impactos que a não-observância das normas pertinentes pode ter nas
demonstrações contábeis. Neste sentido, o auditor deve considerar os seguintes aspectos:
d) as informações que a entidade deve fornecer a terceiros em função de suas atividades, como, por
exemplo, bancos, companhias abertas, seguradoras, fundos de pensão, etc.
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PROCESSO DE PLANEJAMENTO
19. Uma entidade tem sua dinâmica nas transações regulares que se propõe no seu objeto social.
Dentro do conceito de continuidade, devem ser considerados, entre outros, os seguintes aspectos da
entidade:
e) sistemas de controle interno das principais atividades: vendas, compras, produção, pessoal,
estocagem, tesouraria, etc.;
j) as modalidades de inventários;
p) controles gerenciais.
21. Uma entidade é gerida por uma administração, que tem a responsabilidade pela registro, controle,
análise e aprovação das transações. O conhecimento do nível de competência da administração é
fundamental para que o auditor tenha uma percepção razoável da organização da entidade e dos
reflexos que uma gestão não-confiável pode determinar nas demonstrações contábeis. Para isso, tem
de considerar itens como os que seguem:
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PROCESSO DE PLANEJAMENTO
22. O Planejamento de Auditoria deve abranger o conhecimento detalhado das práticas contábeis
adotadas pela entidade, para propiciar uma adequada avaliação da consistência das demonstrações
contábeis, considerando os seus efeitos sobre o programa de auditoria em face das novas normas de
contabilidade que passarem a ser aplicáveis à entidade.
23. A alteração das práticas contábeis pode determinar modificações na comparabilidade das
demonstrações contábeis. Daí a necessidade de:
a) ter conhecimento do sistema de contabilidade adotado pela entidade e de sua integração com os
sistemas de controles internos;
b) avaliar o grau de confiabilidade das informações geradas pelo sistema contábil, sua temporalidade
e sua utilização pela administração; e
c) avaliar o grau de confiabilidade dos controles internos adotados pela entidade, mediante a
aplicação de provas de procedimentos de controle, dentro da abrangência definida no item 11.2.5 da
NBC T 11.
25. A identificação das áreas importantes depende do tipo de negócio da entidade. Uma indústria
difere de uma entidade que atua somente no comércio ou daquelas que atuam nas atividades rurais,
de mineração ou de serviços.
26. Existem muitos tipos de entidades industriais, comerciais e de serviços, dos mais variados portes
e atuando em diferentes mercados. Portanto, o auditor independente deve iniciar pela análise da
natureza do negócio da entidade e, a partir daí, definir um tipo de planejamento para o trabalho de
auditoria.
27. O conhecimento do negócio passa pela identificação da espécie de produtos e serviços, mercado
de atuação, tipo e perfil dos clientes e fornecedores, as formas de comercialização, o nível de
dependência da entidade de clientes e fornecedores, os níveis de custos de pessoal, impostos,
matéria-prima, financeiros e outros no custo total da entidade.
28. A identificação das áreas importantes de uma entidade deve abranger o que se segue:
a) verificação dos casos em que elas têm efeitos relevantes sobre as transações da entidade e se
refletem nas demonstrações contábeis;
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PROCESSO DE PLANEJAMENTO
Volume De Transações
29. A avaliação do volume de transações deve ser feita para que o auditor independente tenha:
a) o conhecimento e o dimensionamento mais adequado dos testes a serem aplicados e dos períodos
em que tais volumes são mais significativos;
b) a identificação de como as normas internas são seguidas, suas diversas fases, as pessoas
envolvidas e os controles internos adotados sobre elas; e
30. A complexidade das transações de uma entidade é fator determinante do grau de dificuldade que
o auditor independente pode encontrar para realizar seu trabalho. Desse modo, deve levar em conta
que:
b) as operações complexas podem ser passíveis de erro e fraude, com maior freqüência, se não
possuírem controles que atendam às exigências e riscos das operações;
c) as transações complexas podem determinar um ciclo mais longo para a realização do negócio e
margens de lucros não-uniformes para um mesmo tipo de operação, visto existir, muitas vezes, o
fator oportunidade;
d) uma entidade com operações complexas exige maior grau de especialização e experiência da
administração.
31. Para definir a abrangência de seu trabalho, o auditor independente deve considerar, no seu
planejamento, a existência de entidades controladas, coligadas, filiais e unidades operacionais. Para
tanto, é necessário:
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PROCESSO DE PLANEJAMENTO
c) entender a natureza das operações com as partes relacionadas e seu impacto nas demonstrações
contábeis;
d) ter em conta que situação semelhante pode ocorrer com o planejamento nas filiais e unidades
operacionais, pois estas podem ter, além das atividades próprias, outras, decorrentes de uma política
de descentralização determinada pela matriz. Cabe observar que em muitas entidades as unidades
operacionais têm muita como se fossem outras entidades, cabendo ao auditor independente avaliar
esses aspectos para definir um planejamento adequado.
a) a necessidade do uso do trabalho de outros auditores ocorre quando estes realizam trabalhos para
partes relacionadas, em especial quando os investimentos da entidade são relevantes, ou se faz
necessário consolidar as demonstrações contábeis. No planejamento de auditoria, este aspecto é
muito importante, pois deve haver uma coordenação entre os auditores independentes, de forma que
sejam cumpridos as normas profissionais e os prazos estabelecidos com as entidades auditadas;
b) dependendo das circunstâncias, pode ocorrer a necessidade de revisão dos papéis de trabalho do
outro auditor independente;
c) quando o auditor de uma entidade investidora não examinar as demonstrações contábeis das
entidades investidas e se os ativos destas representam parte relevante dos ativos totais daquela,
deve considerar se pode assumir a incumbência;
d) o uso do trabalho dos auditores internos deve ser avaliado quando da contratação dos serviços, e,
ao elaborar o seu planejamento, o auditor independente deve ter noção clara do envolvimento com a
auditoria interna da entidade a ser auditada, do nível de coordenação e colaboração a ser adotado e
do tipo de trabalho que a auditoria interna vai realizar como suporte ao auditor independente; e
e) o uso de especialistas permite duas situações: a primeira, quando o profissional é contratado pelo
auditor independente, respondendo este pelo trabalho efetuado por aquele. Nesta circunstância, o
planejamento dos trabalhos é facilitado, já que existe maior entrosamento e vinculação entre o
especialista e o auditor independente. A segunda ocorre quando o especialista é contratado pela
entidade a ser auditada, sem vínculo empregatício, para executar serviços que tenham efeitos
relevantes nas demonstrações contábeis. Neste caso, o auditor independente mencionará o fato em
seu parecer.
33. Quando da contratação dos serviços de auditoria, o auditor independente deve identificar com a
administração da entidade os pareceres e relatórios a serem por ele emitidos, os prazos para sua
apresentação e os conteúdos dos relatórios.
34. Os pareceres e relatórios dos auditores podem ser previamente discutidos com a administração
da entidade.
35. Todos os relatórios e pareceres a serem emitidos deve m obedecer aos prazos previamente
estabelecidos.
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PROCESSO DE PLANEJAMENTO
36. Muitas atividades têm normas estabelecidas por órgãos reguladores, que têm de ser cumpridas
pela entidade. O auditor deve verificar o nível de cumprimento dessas normas e, também, emitir
relatórios específicos sobre elas. Assim, ao efetuar o seu planejamento, o auditor independente deve
considerar as seguintes situações:
37. O planejamento deve evidenciar as etapas e as épocas em que serão executados os trabalhos,
de acordo com o teor da proposta de prestação de serviços e sua aceitação pela entidade auditada.
38. No cronograma de trabalho devem ficar evidenciadas as áreas, unidades e partes relacionadas
que serão atingidas pela auditoria, para comprovar que todos os compromissos assumidos com a
entidade auditada foram cumpridos.
Procedimentos De Auditoria
39. O planejamento deve documentar todos os procedimentos de auditoria programados, bem como
sua extensão e oportunidade de aplicação, objetivando comprovar que todos os pontos da entidade
considerados relevantes foram cobertos pelo auditor independente.
Relevância E Planejamento
Riscos De Auditoria
41. o auditor independente deve, na fase de planejamento, efetuar a avaliação dos riscos de
auditoria, para que os trabalhos sejam programados adequadamente, evitando a apresentação de
informações errôneas nas demonstrações contábeis.
Pessoal Designado
42. Quando incluir a designação de equipe técnica, o planejamento deve prever a orientação e
supervisão do auditor, que assumirá total responsabilidade pelos trabalhos a serem executados.
44. Para definir as épocas oportunas de realização dos trabalhos de auditoria, o auditor independente
deve considerar em seu planejamento:
c) as épocas em que a presença física do auditor é recomendável para efetuar avaliações sobre as
transações da entidade;
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PROCESSO DE PLANEJAMENTO
g) fatores econômicos que afetem a entidade, tais como avaliação de efeitos de mudanças de política
econômica pelo governo ou aprovação de legislação ou normas regulamentadoras que influenciem
de forma significativa os negócios da entidade;
i) a existência de fato relevante que possa afetar a continuidade normal dos negócios da entidade,
caso em que pode ser requerida uma modificação no planejamento, para avaliação dos efeitos sobre
a entidade;
45. Ao elaborar sua proposta de trabalho, o auditor independente deve apresentar uma estimativa de
honorários e horas ao cliente - conforme determinam as Normas Profissionais de Auditoria
Independente -, na qual prevê o cumprimento de todas as etapas do trabalho a ser realizado. No
planejamento devem constar as horas distribuídas entre as várias etapas do trabalho e entre os
integrantes da equipe técnica.
Supervisão E Revisão
46. A supervisão e revisão devem ser planejadas para cobrirem desde a etapa inicial dos trabalhos,
abrangendo o próprio planejamento, até o término do trabalho contratado com a entidade.
47. Embora a proposta de trabalho de auditoria elaborada pelo auditor independente e aceita pela
administração da entidade a ser auditada forneça base para o processo de preparação do
planejamento da auditoria, deve ser discutida com a administração da entidade, para confirmar as
informações obtidas e possibilitar sua utilização na condução dos trabalhos a serem realizados.
48. O planejamento e os programas de auditoria devem ser revisados permanentemente, como forma
de o auditor independente avaliar as modificações nas circunstâncias e os seus reflexos na extensão,
oportunidade e natureza dos procedimentos de auditoria a serem aplicados.
49. As atualizações no planejamento e nos programas de auditoria têm de ser documentadas nos
papéis de trabalho correspondentes, devendo ficar evidenciados, também, os motivos das
modificações a que se procedeu.
50. A realização de uma primeira auditoria numa entidade requer alguns cuidados especiais da parte
do auditor independente, podendo ocorrer três situações básicas:
a) quando a entidade nunca foi auditada, situação que requer atenção do auditor independente, visto
que ela não tem experiência anterior de um trabalho de auditoria;
b) quando a entidade foi auditada no período imediatamente anterior, por auditor independente,
situação que permite uma orientação sobre aquilo que é requerido pelo auditor independente.
c) quando a entidade não foi auditada no período imediatamente anterior, situação que requer
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PROCESSO DE PLANEJAMENTO
atenção do auditor independente, porquanto as demonstrações contábeis que servirão como base de
comparação não foram auditadas.
51. Assim sendo, nessas circunstâncias, o auditor independente deve incluir no planejamento de
auditoria: análise dos saldos de abertura, procedimentos contábeis adotados, uniformidade dos
procedimentos contábeis, identificação de relevantes eventos subseqüentes ao exercício anterior e
revisão dos papéis de trabalho do auditor anterior.
Saldos De Abertura
52. O auditor deve examinar e confrontar os saldos de abertura com os registros contábeis dos
saldos das contas de ativo, passivo e patrimônio líquido, e examinar a sua consistência.
53. Quando os trabalhos de auditoria do exercício anterior tiverem sido efetuados por outro auditor, o
exame da consistência dos saldos iniciais pode ser feito mediante a revisão dos papéis de trabalho
do auditor anterior, complementado por trabalhos adicionais, se necessário.
54. Com vista a avaliar a observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e das Normas
Brasileiras de Contabilidade, o auditor independente deve proceder à revisão dos procedimentos
contábeis adotados pela entidade no exercício anterior e naquele a ser auditado.
55. Quanto ao exercício anterior, essa revisão resulta da necessidade da comparabilidade com os
procedimentos do exercício a ser auditado.
56. Para se certificar dos procedimentos contábeis adotados no exercício anterior, cabe ao auditor
proceder a um exame sumário daqueles adotados pela entidade, inclusive pelo que consta nas
respectivas demonstrações contábeis.
57. Se o exercício anterior foi examinado por outro auditor independente, devem ser analisados o
parecer dos auditores e o conteúdo das demonstrações contábeis, inclusive as notas explicativas,
como fonte de informação para uma avaliação, pela auditoria, do exercício a ser auditado.
58. A comparabilidade das demonstrações contábeis de dois exercícios depende dos procedimentos
contábeis uniformes adotados.
59. No planejamento de uma primeira auditoria, o exame dos procedimentos contábeis adotados no
exercício, comparativamente com os adotados no exercício anterior, é fator relevante para a
formação de uma opinião sobre as demonstrações contábeis do exercício.
60. A adoção de procedimentos contábeis que não atendam aos Princípios Fundamentais de
Contabilidade e às Normas Brasileiras de Contabilidade deve ser objeto de discussão antecipada
entre o auditor e a administração da entidade, uma vez que pode caracterizar-se a necessidade da
emissão de parecer com ressalva ou adverso às demonstrações contábeis sob análise.
61. Quando o auditor independente estiver realizando uma primeira auditoria numa entidade e
constatar situações que caracterizem como relevantes eventos subseqüentes ao exercício anterior,
deve imediatamente discuti-las com a administração da entidade e, quando as demonstrações
contábeis daquele exercício tenham sido examinadas por outros auditores independentes, discuti-las
com esses, inteirando-se, se for o caso, dos fatos que sejam de seu conhecimento com respeito aos
eventos subseqüentes.
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Introdução
Acredita-se que o Brasil deve fortalecer os seus sistemas de controle interno tornando as atividades
de auditoria, fiscalização e controle verdadeiramente típicas de Estado, para caminharmos nesse
sentido faz-se necessário o conhecimento da realidade atual, obtendo-se dados e informações que
poderão auxiliar na proposição de um novo modelo, mais moderno e acima de tudo mais efetivo.
Dessa forma, pretende-se neste trabalho demonstrar que o sistema de controle interno integrado da
União, preconizado nos arts. 70 e 74 da Constituição Federal, é necessário para avaliar mais
adequadamente a gestão dos administradores públicos e para gerar informações técnicas, confiáveis
e padronizadas para os controles externo e social.
Procura-se ainda evidenciar a necessidade de regulamentação deste tema por parte do Congresso
Nacional, criando-se, em normas próprias, meios efetivos para que o sistema de controle interno
cumpra integralmente o previsto nos incisos I e II do art. 74 da Constituição Federal.
Para a realização deste trabalho utilizou-se, de início, a pesquisa bibliográfica, havendo, em seguida,
a documental, com o levantamento de dados e informações, em legislações e normas internas,
realizando-se consulta aos sítios dos órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo sobre a
estrutura e o funcionamento das unidades de controle interno e, posteriormente, houve a pesquisa de
campo, com a aplicação de questionários e, ato contínuo, a sua tabulação.
Para se chegar-se aos objetivos propostos, realizou-se, de início, uma breve revisão de literatura
(Capítulo 2), que basicamente tratou da evolução histórica das estruturas de controle interno no
Brasil, a partir da Constituição Federal de 1946 até os dias atuais, buscando-se, dessa forma, melhor
situarmos o escopo deste trabalho.
Em seguida, no Capítulo 4, foram estudados os normativos administrativos dos principais órgãos dos
Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo, que versavam sobre o tema controle interno, destacando-
se desses normativos as competências, atribuições e estruturas, o que possibilitou a realização, no
Capítulo 5, de uma análise comparativa entre elas.
Outra questão digna de nota, é que, no Capítulo 5, também se tratou da consolidação as respostas
apresentadas ao questionário aplicado (Apêndice I), o que ofertou ao trabalho uma visão mais
apropriada e atual sobre o grau de integração entre os órgãos de controle interno e de suas formas
de atuação.
Por fim, no Capítulo 6, foram apresentadas as conclusões oriundas das análises realizadas no
transcorrer deste trabalho e algumas sugestões de possíveis alterações na legislação federal, que
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
pudessem promover o fortalecimento e uma maior integração entre os órgãos de controle interno da
União.
Revisão De Literatura
A Constituição Federal de 1946 atribui ao Tribunal de Contas da União o controle prévio sobre atos
de gestão do executivo, conforme expõe Poubel (2008, p.94): ―os administradores públicos (...) se
acomodaram com o controle interno exercido por terceiros (...)‖, porquanto o controle contábil ficou a
cargo do Ministério da Fazenda e o controle administrativo estava nas mãos do Tribunal de Contas da
União.
Na década de 60, o Poder Executivo assume novamente o controle interno administrativo, coibindo
assim a existência de uma superestrutura vinculada ao Tribunal de Contas, havendo o advento de
duas importantes normas: a Lei 4.320/64 e o Decreto-Lei 200/67.
A Lei n.º 4.320, de 17/03/1964, ao estatuir normas gerais de Direito Financeiro para a elaboração e o
controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal,
institucionaliza o controle interno como um novo e ingente tipo de controle da Administração Pública.
Vale transcrever, devida sua relevância, excerto de comentário sobre a Lei nº 4.320/64:
Dentro desse contexto da Lei 4.320/64, a entidade incumbida dessa função de Controle Interno passa
a controlar a execução orçamentária sob novos e importantes aspectos, sem prejuízo das atribuições
do Tribunal de Contas ou órgão equivalente, e a ter que verificar também sob o foco de resultados
físicos. Todavia, o controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, passa a ter por objetivo
atribuições próprias mais específicas, ou seja, verificar a probidade da administração, a guarda e
legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento. (grifou-se)
Constata-se que ficaram evidenciadas as atribuições de Controle Interno para o Poder Executivo e do
Controle Externo, este cargo do Tribunal de Contas da União. Contudo, ficou a dúvida se a ação de
Controle Interno mantido pelo Executivo abarcaria o Poder Legislativo e o Judiciário. Ressalta-se que
o art. 74 da Constituição de 1998 acabou solvendo esse problema, conforme será tratado adiante.
A Constituição de 1967 previa que a reforma do Estado e que a fiscalização financeira e orçamentária
da União seria exercida pelo Congresso Nacional, por meio de controle externo, e pelos sistemas de
controle interno, instituídos por lei, sendo o Decreto-Lei nº 200/67 o marco normativo dessa nova
fase.
Nesse contexto destaca-se o art. 6º do referido Decreto-Lei, que resgatou o controle como um dos
princípios fundamentais da Administração Federal, dando-lhe à condição de um dos instrumentos
basilares com que o administrador público pode contar para o exercício de suas funções.
(...) o artigo 13 dispôs sobre os níveis e a amplitude (em todos os órgãos), compreendendo,
particularmente:
a)o controle, pela chefia competente, da execução dos programas e da observância das normas que
governam a atividade específica do órgão controlado;
b)o controle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das normas gerais que regulam
o exercício das atividades auxiliares.
c)o controle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da União pelos órgãos
próprios do sistema de contabilidade e auditoria. (grifou-se)
Ressalte-se que o atual sistema de controle interno do governo federal, art.74, em pese estar previsto
na Constituição, trouxe e recepcionou grande parte do que estava previsto no art. 13 do Decreto-lei nº
200/67.
Outras relevantes mudanças, segundo Poubel (2008, p. 97), foram introduzidas pelo Decreto-lei nº
200/67:
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
fixou regras claras para o controle interno, tanto administrativo como contábil, e estabeleceu o
princípio da economicidade nas ações da administração, definindo que o trabalho administrativo
deveria ser racionalizado mediante simplificação de processos e supressão de controles que se
evidenciassem como puramente formais ou cujo custo fosse superior ao risco;
Vale esclarecer que a gênese da IGF foi a citada Contadoria, que na sua origem foi a Diretoria
Central de Contabilidade Pública, criada pelo Decreto nº 15.21, de 28/12/1921, posteriormente, o
Decreto nº 4.555, de 10/08/1922, mudou sua denominação para Contadoria Central da República e,
finalmente, o Decreto-Lei nº 1.990, de 31/01/1940, deu- lhe nova organização e novo nome:
2
Contadoria Geral da República.
A atribuição principal da Contadoria Geral da República era ser responsável pela direção geral dos
serviços contábeis da União, era dirigida por um Contador Geral e subordinava-se diretamente ao
3
Ministro da Fazenda.
A Contadoria Geral da República foi sucedida pelas Inspetorias (IGF’s), cujo foco era predominante
contábil, consoante se percebe do regimento baixado por meio do Decreto n° 64.136, de 03/07/1969,
segundo Martins (1998, p. 7) a ―preocupação era que cada órgão público procedesse à contabilização
de suas despesas, passo inicial para que se pudesse promover a reforma dos instrumentos de
controle no do serviço público, dando-lhe meios para acompanhar os níveis de rentabilidade dos
órgãos que o integravam.‖
Segundo Poubel (2008, p. 102), houve o acúmulo de atribuições e trabalho nas IGF’s o que
prejudicou a sua atuação, acabando por inviabilizar uma gestão eficiente na área de controle interno,
para tentar amenizar a situação, criou-se, por meio do Decreto nº 64.441, de 02/05/1969, o Sistema
de Programação Financeiro do Tesouro Nacional.
Ressalte-se que mesmo sem a função financeira a IGF ficou sobrecarregada e atuando de forma
desarticulada e heterogênea.
Por meio do Decreto nº 64.777, de 03/07/1969, criou-se a Comissão de Coordenação das Inspetorias
Gerais de Finanças (INGECOR), para coordenar os assuntos relativos aos sistemas de
administração, finanças, contabilidade e auditoria.
Segundo Poubel (2008, p.103) havia a discussão prévia das questões, o que foi ganhando adeptos e
aumentando a integração das áreas e pessoas, inclusive dos órgãos militares, sendo essa
participação, posteriormente, regulamentada pelo Decreto nº 68.441, de 31/03/1971.
Outro fato digno de nota foi a criação do sistema de planejamento, por meio do Decreto nº 71.353, de
09/11/1972, sendo o Ministério do Planejamento o seu órgão central.
Na tentativa de aumentar o controle, devido à grave crise econômica, daquela década, houve a
transferência do comando do sistema de controle interno do Ministério da Fazenda para o Ministério
do Planejamento, por intermédio do Decreto nº 84.362, de 31/12/1979, que promoveu alterações de
foco e na organização do sistema, segundo Poubel (2008,
p.104 e 105):
Alterou a denominação das Inspetorias Gerais de Finanças (IGF), subordinadas aos diversos
ministérios, para Secretarias de Controle Interno, mais tarde batizadas com a sigla de CISET
(Controle Interno SETorial);
(...)
Retirou do âmbito dos ministérios (das CISET) a competência de realizar auditoria, passando essa
atribuição para o órgão central do sistema de controle interno, agora Ministério do Planejamento. Ou
seja, centralizou a auditoria no planejamento e deixou a contabilidade e a administração financeira
com cada ministério, como órgão de apoio ao Ministério de Estado;
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Criou a SECIN – Secretaria Central de Controle Interno – como órgão central dos sistemas de
administração financeira, contabilidade e auditoria subordinada diretamente ao Ministro-Chefe da
Secretaria de Planejamento da Presidência da República (...)
Com a criação da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), por meio do Decreto nº 92.452/86, que ficou
como órgão central dos Sistemas de Administração Financeira Contabilidade e Auditoria a Secretaria
Central de Controle Interno (SECIN) foi extinta.
Coube à STN, segundo Martins (1988, p.10): ―papel econômico-financeiro, especialmente quanto ao
controle das operações realizadas por conta e ordem do Tesouro Nacional, dos pagamentos relativos
aos respectivos compromissos financeiros, valores mobiliários, contratação de operações de crédito
externo etc.‖
Além do papel acima descrito, coube a STN a orientação normativa, supervisão técnica e a
fiscalização específica dos órgãos setoriais do Sistema de Auditoria, e das atividades de auditoria,
que passaram a ser feitas quase na totalidade pelas Secretarias de Controle Interno – CISET’s.
Em 1986, houve a edição do Decreto nº 93.872, de 23/12/1986, que, segundo Poubel (2008, p.110),
foi o supedâneo do Sistema da Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) e da Conta
Única do Tesouro Nacional, implantados em 1987.
(...)
A Secretaria do Tesouro Nacional passou a ser o órgão central do Sistema de Controle Interno, tendo
as Secretarias de Controle Interno (CISET) dos ministérios civis e as unidades de competência
equivalente dos ministérios militares como órgãos setoriais, sabendo que os órgãos setoriais ficam
sujeitos à coordenação, orientação, supervisão e fiscalização do órgão central, sem prejuízo da
subordinação hierárquica ao órgão a cuja estrutura administrativa pertence;
Na organização fixada pelo decreto, a Secretaria do Tesouro Nacional passou a dispor de unidades
administrativas no Distrito Federal em cada capital de Estado, denominadas Delegacia do Tesouro
nacional (DTN), como órgão seccionais do Sistema, responsáveis pela contabilidade analítica na
região e suporte à implantação do SIAFI. Na Presidência da República e nos Ministérios Militares, os
órgãos seccionais continuaram com a denominação e subordinação previstas nos respectivos atos de
estruturação;
(...) as atribuições de auditoria que antes estavam subordinadas ao órgão central do sistema
passaram para as CISETs dos respectivos ministérios (...)
Finalmente, em 1987, tem-se um dos marcos mais importante para o controle interno no Brasil, qual
seja: a criação das carreiras de analistas de finanças e controle (AFC) e técnicos de finanças e
controle (TFC), pelo Decreto-lei nº 2.346, de 23/07/1987, sendo os primeiros cargos instituídos pelo
Decreto n° 95.076, de 22/11/1987.
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Em 1988, tem-se a promulgação da Constituição de 1988, que realizou uma alteração de foco do
controle interno, porquanto houve a criação de Sistema de Controle Interno com finalidades
específicas, consoante se verá com mais vagar no subitem a seguir.
Houve, naquele ano, momento crítico para a Carreira de Finanças e Controle, sustentáculo do
Sistema, com salários muito baixos, segundo Martins (1998, p.14): ―a remuneração chegou a níveis
críticos dos US$ 2,474.00 quando do primeiro concurso para Analista de Finanças e Controle, em
1989, chegou a US$ 730.00 para o mesmo cargo, no concurso de 1992.‖
A reformulação do Sistema de Controle Interno foi inevitável, tendo em vista que a Secretaria do
Tesouro Nacional estava sobrecarregada, pois cuidava de operações de crédito, dívida pública e
implantação do Plano Real, programação financeira, contabilidade e auditoria, sendo que essa última
ficou relegada a um segundo plano.
Nesse clima, elaborou-se a Medida Provisória nº 480, de 27/04/1994, que criou a Secretaria Federal
de Controle, com atividades voltadas para auditoria, fiscalização e avaliação de resultados da gestão.
A Medida Provisória, que tramitou 88 meses até ser convertida na Lei nº 10.180, de 07/02/2001,
sofreu várias alterações, ou seja, as medidas eram reeditadas a cada mês, podendo ser modificadas.
Dentre as principais mudanças podem ser citadas, segundo Poubel (2008, p. 129 e 130):
a) integração do ciclo de gestão uma vez que, congregou e integrou o Planejamento, Orçamento,
Finanças, Contabilidade e Auditoria;
b) modificação no órgão central, em 1999, houve ―a separação do Sistema de Administração
Financeira e de Contabilidade Federal do Sistema de Controle Interno, o órgão central do sistema de
controle interno ficou sobre a responsabilidade da Secretaria Federal de Controle‖;
c) extinção das CISETs civis, em 1999, sendo os servidores transferidos para Secretaria Federal de
Controle;
d) foi criado, na estrutura dos ministérios, o cargo de assessor especial de controle interno, para
fazer a ligação entre as demandas dos ministros e as ações da Secretaria Federal de Controle (...).
Ressalte-se ainda, nesse entremeio, a Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/1998, que promoveu
de fato a alteração da Administração Pública de burocrática para gerencial, destacando-se, ainda, os
Decretos nºs 2.829, de 29/10/1998 e 3.366, de 16/02/2000, que tratavam respectivamente da
instituição do Plano Plurianual (PPA) e da consolidação do Sistema de Controle Interno.
Vale ainda ressaltar que a referida Emenda Constitucional acrescentou parágrafo único ao art. 70 da
CF, que ampliou a atuação do sistema de controle interno.
Dessa forma, os vários aspectos do controle interno foram revigorados, inclusive a abrangência já
prevista no art. 70 da Carta Magna, em outras palavras, deixou-se de olhar para o passado e voltou-
se a atenção para o futuro, nos resultados, sendo a atuação governamental voltada para o cidadão,
para a melhoria dos serviços e atividades públicas.
Em 04/05/2000, houve a edição da Lei Complementar nº 101 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF),
sendo seu art. 59 de suma importância, visto que determinou que os sistemas de controle interno de
cada Poder e do Ministério Público, passariam a fiscalizar o cumprimento das normas previstas na
citada Lei, destacando-se o inciso I: ―atingimento das metas estabelecidas na Lei de Diretrizes
Orçamentárias - LDO‖, ou seja, o foco de atuação do sistema controle interno voltou-se para os
resultados alcançados, de acordo com metas constantes da LDO.
Outra inovação foi a prevista no art. 54 da LRF, ao estabelecer, ao final de cada quadrimestre, a
emissão de Relatório de Gestão Fiscal pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20.
Outro fato muito relevante para o Sistema de Controle Interno do Executivo foi a Decisão TCU nº
507/2001 – Plenário, pois recomendou à Casa Civil da Presidência da República que promovesse
estudos técnicos no sentido de avaliar a conveniência e a oportunidade de reposicionamento
hierárquico da Secretaria Federal de Controle Interno (SFC) junto ao órgão máximo do Poder
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Executivo, retirando-a do Ministério da Fazenda. Essa medida mostrou-se necessária, uma vez que,
somente assegurando-se a independência funcional e a autonomia em relação aos órgãos auditados,
a Secretaria Federal de Controle exerceria com maior eficiência o desempenho das competências
definidas nos arts. 70 e 74 da Constituição Federal.
Essa transferência ocorreu de fato com a edição do Decreto nº 4.113, de 05/02/2002, entretanto, por
questões políticas, menos de dois meses depois, a Secretaria Federal de Controle foi transferida para
a Corregedoria, por meio do Decreto n° 4.177, 28/03/2002.
Com o novo governo, a partir de 1º/01/2003, por intermédio da Medida Provisória nº 103, novamente
a Corregedoria foi transformada em Controladoria Geral da União (CGU), sendo a conversão
efetivada pela Lei nº 10.683, de 28/05/2003.
Registre-se que as funções e competências da Controladoria Geral da União serão estudas no item
sistemas de controle interno do poder Executivo.
Vale ainda citar o Acórdão nº 1.074/2009 – Plenário do Tribunal de Contas da União que promoveu
levantamento nas estruturas de governança de diversos órgãos e unidades de controle interno da
administração pública federal, identificando a necessidade de melhorias nas estruturas institucionais,
na forma de atuação, no desenvolvimento de pessoal e de reposicionamento hierárquico.
As inúmeras recomendações da Excelsa Corte de Contas deveriam ser objeto de Projeto de Lei, com
o objetivo de regulamentar o art. 74 da Constituição Federal, e assim fortalecer a autonomia e
independência dos órgãos de controle interno da administração pública federal, bem como
harmonizar a sua forma de atuação.
De início, apresentar-se-á, no quadro abaixo, a redação dos artigos 205 e 215 da Constituição de
1967 e dos arts. 70 e 74 da Constituição de 1988, relacionados com a matéria em estudo, para, a
seguir, comentar-se sobre a evolução pretendida pelos constituintes:
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
III – avaliar os resultados alcançados pelos Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e
administradores, inclusive quanto à execução Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
dos contratos. de controle interno com a finalidade de:
parágrafo único – Os responsáveis pelo controle I - avaliar o cumprimento das metas previstas no
interno, ao tomarem conhecimento de qualquer plano plurianual, a execução dos programas de
irregularidade ou abuso, darão ciência ao governo e dos orçamentos da União; II -
Tribunal Federal de Contas, sob pena de comprovar a legalidade e avaliar os resultados,
responsabilidade solidária. quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos
órgãos e entidades da administração federal,
bem como da aplicação de recursos públicos por
entidades de direito privado;
Nota-se, do cotejo entre as redações dos artigos 205 da CF/1967 e do art. 70 da CF/1988, que
aquele falava somente fiscalização financeira e orçamentária, já este incluiu as fiscalizações contábil,
operacional e patrimonial. Ressalta-se a operacional, porquanto está diretamente vinculada aos
programas e ações de governo.
Vale, ainda, comparar a redação do inciso III do art. 205 com a do inciso II do art. 74, pois, em que
pese aquela falar em avaliar os resultados alcançados pelos administradores, focou na execução dos
contratos, já a redação do inciso II deste enfatizou a preocupação de avaliar a gestão orçamentária,
financeira e patrimonial, quanto à eficácia e eficiência, ou seja, a Constituição de 1988 orientou as
auditorias e fiscalizações para uma atuação mais abrangente e muito mais extensa.
Merece também cotejo a redação do art. 215 da CF/1967 com a do art. 74 da CF/1988, pois o
constituinte de 1988 teve a preocupação de assegurar no texto constitucional a existência de
sistemas de controle interno em todos os Poderes e, ainda, que eles exercessem suas atividades de
forma integrada.
Essa inovadora redação foi inicialmente proposta pelo Constituinte Osmundo Rebouças (Emenda nº
501108-6), sendo que da justificativa apresentada, transcreveu-se abaixo fragmento que bem
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
(...) procura-se sintetizar, e ao mesmo tempo ser abrangente, todas as funções clássicas de
controle e fiscalização, assim como orientá-las no sentido de modernização, na medida em que
recomenda a análise dos resultados alcançados quanto à eficácia e eficiência. (grifou-se)
Registre-se que a introdução da expressão ―de forma integrada‖ foi fruto de Emenda do Constituinte
Adroaldo Streck (nº 500571-0), da qual se destacam de sua justificativa os seguintes excertos:
(...) Nunca devemos esquecer, além disso, que a finalidade do Controle Interno, é permitir que
obtenham informações oportunas e confiáveis, a qualquer momento, e não somente por ocasião do
Balanço. Isto é necessário até mesmo para que o Congresso Nacional exerça diuturnamente sua
ação fiscalizadora. Ora, a nível global, essas informações só serão confiáveis se puderem ser
coligidas, registradas, conferidas, enfim, tratada da mesma forma ao longo do exercício.
Ressaltamos, por fim, que caberá a legislação complementar disciplinar como deverá ser
efetuada a integração entre os sistemas de controle interno, buscando, sempre, o
fortalecimento da harmonia entre os Poderes, preservando, obviamente, as peculiaridades de
cada um. (grifou-se)
Outra alteração, de suma importância, promovida pelos constituintes de 1988, foi o fortalecimento do
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controle social, presente no § 2º ao art. 74, originada de Emenda do Deputado Jorge Hage (nº
1P12396-8), da qual vale destacar sua breve e contundente justificativa:
Conclui-se, portanto, que a Constituição de 1988, em seus art. 70 e 74, inovou, em relação aos art.
205 e 215 da Constituição de 1967, em pelo menos em seis aspectos, porquanto:
Sobre o tema sistema integrado de controle interno, cite-se a lição de Guerra (2009, p.273), quando
aduz:
Enfim, podemos dizer que a Lei Maior de 1988, ao prescrever a criação e manutenção obrigatória de
um sistema integrado de controle interno, quis alcançar de forma ampla toda a organização de
gerência pública, não se limitando aos tradicionais controles financeiro e administrativo. Buscou-se,
pois, a implementação de um sistema que englobasse o conjunto integrado de todos os controles,
fossem financeiros, gerenciais, administrativos e operacionais.
(...)
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Neste item serão analisados os órgãos de controle interno dos Poderes Legislativo, Judiciário e
Executivo.
Neste subitem serão analisados os órgãos de controle interno do Senado Federal, da Câmara dos
Deputados e do Tribunal de Contas da União.
Senado Federal
A gênese da Secretaria de Controle Interno foi a Resolução n° 109, de 04/12/1984, que alterou o
Regulamento Administrativo do Senado Federal e criou a Auditoria do Senado Federal, composta de
Gabinete e Seção de Administração, tendo as atribuições:
Tendo a SCINT/SF, naquela época, as atribuições a seguir, consoante o art. 45 da citada Resolução:
Em 29/01/1997, por intermédio da Resolução n° 09, a estrutura da Secretaria de Controle Interno foi
novamente alterada, sendo extintas as seções e criados somente 02 (dois) serviços (Auditoria de
Gestão e Auditoria de Programas), sendo que as suas atribuições passaram a ser as previstas no art.
98, a seguir transcrito:
Art. 98. À Secretaria de Controle Interno compete, no âmbito do Senado Federal e de seus órgãos
supervisionados planejar, dirigir e executar as atividades de inspeção e auditoria contábil, financeira,
orçamentária, operacional, patrimonial e de pessoal; propor normas e procedimentos para a
adequação das especificações dos materiais e serviços e para o aprimoramento dos controles sobre
os atos que impliquem despesa ou obrigações; verificar a compatibilidade entre as variações
patrimoniais e os rendimentos auferidos por Senadores e servidores ocupantes de cargo ou emprego
comissionados ou função de confiança; criar condições indispensáveis para assegurar eficácia ao
controle externo, exercido pelo Tribunal de Contas da União; promover a integração de ações com os
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
demais órgãos integrantes dos Sistemas de Controle Interno dos Poderes da União; executar outras
tarefas correlatas.
Registre-se que o referido Ato não promoveu qualquer alteração nas competências previstas na
Resolução nº 09 de 1997.
Em 1º/12/1971, por meio da Resolução nº 20, a Câmara dos Deputados dispôs sobre sua
organização administrativa, criando pela primeira vez a área de Auditoria Interna, com a atribuição de
―realizar inspeções, por determinação da Mesa e do Diretor-Geral, obedecendo a planos e programas
de trabalho preestabelecidos ou a solicitações especiais‖.
Além das demandas específicas dos órgãos superiores, a auditoria interna recebia demandas de
levantamentos diversos, além do pedido de realização de perícias contábeis por parte de outros
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órgãos da administração, tais como : Diretoria Administrativa e Departamento de Finanças.
Alguns anos depois, a Câmara cria mais uma unidade de controle em sua estrutura administrativa,
por meio da Resolução nº 65, de 25/10/1984, a Mesa delega ao
Mesmo depois de promulgada a Constituição Federal de 1988, essa estrutura permaneceu vigorando
na Casa até o ano de 1994, quando, por meio da Resolução nº 69, de 21/06, a Câmara criou a
Secretaria de Controle Interno - SECIN/CD com subordinação direta à Mesa Diretora, sendo as suas
competências previstas nos arts. 1º e 2º da citada Resolução, os quais vão a seguir transcritos:
Art. 2º À Secretaria de Controle Interno, sem prejuízo das competências legais e constitucionais de
outros órgãos da Administração Pública Federal, compete exercer o acompanhamento e a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, a verificação e avaliação dos
resultados obtidos pelos administradores públicos, no âmbito da Câmara dos Deputados, observados
os princípios definidos no art. 37 da Constituição Federal.
Art. 3º Compete à Secretaria de Controle Interno, no âmbito da Câmara dos Deputados, o exercício
das funções de auditoria contábil, financeira, patrimonial e operacional e, em particular:
I - verificar e avaliar o cumprimento dos objetivos, o atingimento das metas e a execução do plano
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e dos orçamentos anuais e suas alterações;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à economicidade, eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos seus órgãos;
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Contas da União;
VIII - proceder ao exame das folhas de pagamento dos parlamentares, servidores ativos e inativos
e pensionistas;
IX - analisar, avaliar, elaborar relatório e emitir certificado de auditoria sobre as tomadas e prestações
de contas da Câmara dos Deputados e entidades subvencionadas, a serem encaminhadas,
anualmente, ao Tribunal de Contas da União, manifestando-se, inclusive, quanto à eficiência, eficácia
e economicidade da gestão;
X - alertar a autoridade administrativa sobre imprecisões e erros casuais de procedimentos, assim
como sobre a necessidade de instauração de tomadas de contas especial, nos casos previstos em
lei;
XI - verificar a adequação e privacidade dos dados e informações oriundos dos sistemas eletrônicos
de processamento de dados;
XII- verificar o cumprimento das diretrizes estabelecidas pela Mesa Diretora e da legislação aplicável;
XIII - realizar auditorias em programas especiais, de natureza administrativa, criados pela Câmara
dos Deputados;
XIV - realizar auditorias especiais, ou outras tarefas correlatas, por determinação da Mesa ou a
requerimento de parlamentar aprovado pelo Plenário;
XV - articular-se com os demais órgãos de controle interno dos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, com vistas à integração sistêmica prevista na Constituição Federal.
Consoante determinação normativa, o Secretário de Controle Interno tem mandato de dois anos,
renovável uma única vez. Sua nomeação6 7 é feita pelo próprio ―Presidente da Câmara dos
Deputados, após escolha pelo voto da maioria absoluta dos membros da Mesa Diretora, dentre
servidores públicos de carreira técnica ou profissional da Câmara dos Deputados que atendam aos
requisitos previstos no art. 73 da Constituição Federal‖.
Alguns anos depois, devido às demandas específicas relacionadas aos benefícios concedidos aos
parlamentares, a Mesa Diretora da Câmara determinou, por meio do Ato da Mesa nº 70/2001, a
criação da Coordenação de Auditoria de Assuntos Parlamentares, no âmbito da estrutura
administrativa da SECIN/CD.
A Assessoria de Controle Interno do TCU foi criada em 22/02/1986, pela Resolução Administrativa
TCU nº 70. Ela foi responsável pela execução das atividades de controle interno do órgão, no período
de 1986 a 1993.
A Resolução nº 140, de 12/12/2000, redefiniu e atualizou a unidade, que passou de unidade básica
para unidade de assessoramento especializado, vinculada à Presidência do Tribunal.
A SECOI/TCU tem a suas competências e estrutura definidas no art. 2º da referida Portaria, a seguir
transcrito:
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
§ 2º As atividades de controle interno, sempre que possível, deverão ser exercidas de forma
concomitante aos atos controlados.
III – Assessoria;
IV – Serviço de Administração.
Parágrafo único. A Secretaria de Controle Interno conta, ainda, com uma função de assistente.
O negócio, a missão e a visão da Secretaria foram assim definidos: o negócio é o controle interno da
gestão contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial; a missão é zelar pela boa e
regular gestão administrativa no Tribunal de Contas da União e a visão é ser reconhecida pela
excelência em controle interno e pela contribuição para o aperfeiçoamento da gestão administrativa
do TCU.
Neste subitem serão analisados os principais órgãos de controle interno do Poder Judiciário, a saber:
Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Superior do Trabalho, Tribunal
Superior Eleitoral e Superior Tribunal Militar.
A origem da Secretaria de Controle Interno foi a Resolução n° 07, de 17/11/1982, que criou a
Auditoria do Supremo Tribunal Federal, com 01 (um) auditor, sendo suas competências definidas no
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
artigo 6º:
Art. 60. A Secretaria de Controle Interno (SCI), unidade especializada de controle e auditoria,
subordinada ao Presidente, tem por finalidade acompanhar a gestão de pessoal, orçamentária,
financeira e patrimonial no Tribunal, bem como a execução dos programas de trabalho; orientar a
atuação dos gestores; verificar a utilização regular e racional dos recursos e bens públicos e avaliar
os resultados obtidos pela Administração.
Atualmente, as competências da Secretaria de Controle foram dadas pelo Ato Regulamentar nº 04,
de 19/12/2006, que deu nova redação aos artigos 60, 61, 62, sendo as competências definidas no
artigo 60:
Art. 60. À Secretaria de Controle Interno (SCI), unidade especializada de controle e auditoria,
subordinada ao Presidente, tem por finalidade acompanhar a gestão orçamentária, financeira,
contábil, operacional, patrimonial e de pessoal no Tribunal, quanto à legalidade, moralidade e
legitimidade, bem como a execução dos programas de trabalho; orientar a atuação dos gestores;
verificar a utilização regular e racional dos recursos e bens públicos e avaliar os resultados obtidos
pela Administração quanto à economicidade, eficiência e eficácia.
O referido Regulamento, nos artigos 61 a 62, respectivamente, alterou a estrutura, ficando como
órgãos da Secretaria de Controle Interno a Coordenaria de Acompanhamento da Gestão (CAGE),
com a Seção de Análise de Licitações e Contratos, a Seção de Acompanhamento da Execução e
Contábil Analítica e a Seção de Análise de Atos de Gestão de Pessoal; e a Coordenadoria de
Auditoria e Fiscalização (CAUF), com a Seção de Contas e Fiscalização e a Seção de Auditoria
Operacional e de Gestão
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
A Resolução nº 12, de 16/04/1990, foi a gênese das estruturas de controle no Superior Tribunal de
Justiça, ao aprovar sua estrutura organizacional, criando a Auditoria e a Secretaria de Controle
Interno vinculadas ao Gabinete da Presidência.
A citada Resolução prévia, em seu art. 3º que: ―a categoria, finalidade e competência das diversas
Unidades, bem como as atribuições de seus titulares, serão descritas em regulamento próprio, a ser
baixado pelo Ministro-Presidente‖
A estrutura, consoante o art. 2º, foi a seguinte: Gabinete, Divisão de Verificação e Análise e Divisão
de Contabilização e Controle.
Em 21/09/1992, por meio do Ato Presidente nº 143, alterou-se o Regulamento aprovado para
modificar a competência da Secretaria de Controle Interno, em especial no inciso IV, dando-lhe a
seguinte redação:
No art. 2º foi criada a Divisão de Auditoria, além das já criadas pelo Ato Presidente nº 558, e as
seções, vinculando-as às suas respectivas divisões.
O Ato Presidente n° 209, de 12/06/1995, inovou no caput ao dizer que a Secretaria de Controle
Interno é o ―órgão especializado de administração financeira, de contabilidade e de auditoria‖
Nas atribuições de substancial houve a alteração dos incisos V e VI que passaram a ter a seguinte
redação:
Ficando com seguinte estrutura: Gabinete, Divisão de Verificação e Análise – DIVAN, Divisão de
Análise de Despesas com Pessoal – DIAP, Divisão de Contabilização e Controle – DCCON, Divisão
de Auditoria – DIAUD e 12 (doze) Seções.
O Ato Presidente nº 167, de 27/08/2003, alterou novamente a estrutura, passando a ser: Gabinete -
GABIN; Divisão de Análise de Licitações e Contratos – DIVAN, Divisão de Análise de Despesas com
Pessoal – DIAPE; Divisão de Análise Contábil – DIVAC e Divisão de Auditoria – DIAUD e 10 (dez)
Seções.
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Art. 1º A Secretaria de Controle Interno – SCI – órgão especializado de controle das gestões
orçamentária, financeira, contábil e patrimonial, bem como de auditoria, subordinada à Presidência do
Tribunal, tem por finalidade:
Ressalte-se que o art. 2º do Anexo IV, do citado Ato nº 215/2005, extingui as Coordenações e criou
as Subsecretarias, passando a ter a seguinte estrutura:
1. Gabinete
2. Subsecretaria de Orientação e Análise de Licitações e Contratos – SALC
2.1 Seção de Análise de Licitação, Dispensas e Contratações - SANLIC
2.2 Seção de Análise de Despesas Contratuais - SEDCON
2.3 Seção de Análise de Despesas Diversas e Credenciamentos - SANDIV
3. Subsecretaria de Análise de Despesas com Pessoal – SADP
3.1 Seção de Análise de Despesas com Pessoal e Benefícios - SANDEP
3.2 Seção de Análise de Provimento, Vacância e Concessões – -SANAPE Subsecretaria de Auditoria
- SAUD
4.1 Seção de Auditoria de Gestão - SEAUGE
4.2 Seção de Auditoria Operacional – SEAOPE‖
Art. 3º A Secretaria de Controle Interno será dirigida por Secretário, as Subsecretarias por
Subsecretários e as Seções, por Chefes.
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
1. Gabinete
2. Coordenadoria de Orientação e Acompanhamento da Gestão Administrativa – COAD
2.1. Seção de Análise de Licitação – SALIC
2.2. Seção de Análise de Despesas Contratuais – SADEC
2.3. Seção de Análise de Dispensas, Inexigibilidades e Despesas Diversas – SADID
3. Coordenadoria de Orientação e Acompanhamento da Gestão de Pessoal – COAP
3.1. Seção de Análise de Despesas com Pessoal e Benefícios – SADEP
3.2. Seção de Análise de Provimento, Vacância e Concessões – SANAP
4. Coordenadoria de Auditoria – CAUD‖
4.1. Seção de Auditoria Operacional – SEAOP
4.2. Seção de Auditoria de Gestão – SEAUG
4.3. Seção de Auditoria de Sistemas e Análise de Custos – SEASC
4.4. Seção de Contabilidade Analítica – SECAN
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Art. 162. À Secretaria de Auditoria, incumbe planejar, coordenar, orientar, supervisionar e decidir
quanto às atividades de auditoria e especificamente: I - controlar a gestão orçamentária, financeira e
patrimonial do Tribunal; II - acompanhar e controlar a execução do orçamento e dos Programas de
Trabalho a cargo do Tribunal; III - verificar a utilização regular e racional dos recursos e bens públicos
e avaliar os resultados alcançados pelos administradores; IV - apresentar sugestões que visem à
racionalização da despesa e à eficiência da gestão; V - criar condições indispensáveis para assegurar
eficácia do controle externo; VI - fornecer subsídios e informações que visem ao aperfeiçoamento das
atividades de planejamento, orçamento e programação financeira; VII - coordenar e executar o
programa de auditoria interna, assessorando a administração do Tribunal na prática de atos de
gestão administrativa; VIII - propor à administração do Tribunal a adoção de medidas que objetivem
aperfeiçoar e racionalizar a gestão de bens e recursos públicos, à padronização de procedimentos e
a simplificação de normas.
A seguir, por meio da Resolução Administrativa do Tribunal Pleno nº 1.232, de 24/05/2007, alterou-se
a denominação dos Serviços e Subsecretarias para Coordenadorias, passando a Secretaria de
Controle da Justiça do Trabalho a ter a seguinte estrutura, nos termos do Anexo I da citada
Resolução:
1. Gabinete
2. Coordenadoria de Controle de Conformidade
3. Coordenadoria de Auditoria e Inspeção
4. Coordenadoria de Controle e Monitoramento da Gestão
Na mesma data, foi publicada a Resolução Administrativa do Tribunal Pleno nº 1.274, onde se alterou
o Anexo I da Resolução Administrativa nº 1.232, passando a Secretaria de Controle da Justiça do
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
1. Gabinete
2. Coordenadoria de Controle de Conformidade
2.1. Seção de Análise de Atos de Gestão de Pessoal
2.2. Seção de Análise de Atos de Gestão Administrativa
3. Coordenadoria de Auditoria e Inspeção
3.1. Seção de Auditoria de Gestão
3.2. Seção de Auditoria Operacional e de Sistemas
4. Coordenadoria de Controle e Monitoramento da Gestão
4.1. Seção de Monitoramento e Acompanhamento da Gestão
4.2. Seção de Desenvolvimento de Métodos de Controle
A Lei nº 8.868, de 14/04/1994, em seu art. 11, a seguir transcrito, prevê que a Secretaria de Controle
Interno do Tribunal Superior Eleitoral como órgão central da Justiça Eleitoral:
Art. 11. As atividades a serem desenvolvidas nas áreas de planejamento de eleições, informática,
recursos humanos, orçamento, administração financeira, controle interno de material e patrimônio
serão organizadas sob a forma de sistemas, cujos órgãos centrais serão as respectivas unidades do
Tribunal Superior Eleitoral.
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
§ 2º Os serviços incumbidos das atividades de que trata este artigo são considerados integrados ao
respectivo sistema e ficam, conseqüentemente, sujeitos à orientação normativa, supervisão técnica e
à fiscalização específica do órgão central do sistema, sem prejuízo da subordinação hierárquica aos
dirigentes dos órgãos em cuja estrutura administrativa estiverem integrados.
A criação efetiva da Secretaria de Controle Interno, ainda vinculada à Diretoria-Geral, ocorreu por
meio da Resolução nº 19.340, de 31/08/1995, que aprovou alterações na estrutura organizacional do
Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 15. À Secretaria de Controle Interno, integrante do Sistema de Controle Interno instituído pela
Constituição Federal, compete planejar, coordenar e supervisionar as atividades de controle interno
do Tribunal e, ainda, no âmbito da Justiça Eleitoral, propor diretrizes, normas, critérios e programas a
serem adotados na execução dessas atividades.
a) Seção de Auditoria:
b) Seção de análise da Admissões, Aposentadorias e Pensões;
c) Seção de Análise Contábil.
Art. 8º-A. À Secretaria de Controle Interno, integrante do Sistema de Controle Interno instituído pela
Constituição Federal, compete planejar, coordenar e supervisionar as atividades de controle interno
do Tribunal e, ainda, no âmbito da Justiça Eleitoral, propor diretrizes, normas, critérios e programas a
serem adotados na execução dessas atividades.
II . Coordenadoria de Auditoria:
a) Seção de Auditoria;
b) Seção de Controle e Análise de Custos;
III . Coordenadoria de Acompanhamento e Orientação de Gestão:
a) Seção de Acompanhamento de Gestão;
b) Seção de Análise de Admissões, Aposentadorias e Pensões.
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
b) Seção de Fiscalização.
Vale ainda citar o § 1º do art. 3º da citada Resolução que manteve as mesmas competências
administrativas previstas na Resolução nº 20.323/98, enquanto não aprovadas as alterações no
Regulamento Interno.
Registre-se que, no ano de 2008, houve a edição do Manual de Auditoria do Tribunal Superior
Eleitoral, com finalidade de ―delinear a estrutura, definir conceitos e estabelecer diretrizes gerais,
assim como normas e procedimentos para a realização dos trabalhos de auditoria na Justiça Eleitoral,
com ênfase nos aspectos relacionados a planejamento, exame, avaliação, conclusão e oferecimento
de medidas saneadoras‖.
Por intermédio da Portaria nº 349, de 22/05/2009, houve a instalação do Comitê Técnico de Controle
Interno, com a seguinte composição: Secretário de Controle Interno e Auditoria, Secretário de
Administração, Secretário de Gestão de Pessoas, Secretário de Tecnologia da Informação,
Coordenador de Auditoria, Coordenador de Contas Eleitorais e Coordenador de Contas Eleitorais
Partidárias, todos do TSE, além de um representante das áreas de Controle Interno dos Tribunais
Regionais Eleitorais, sendo um titular e um suplente da Região Norte, da Região Nordeste, da Região
Centro-Oeste, da Região Sudeste e da Região Sul, sendo suas atribuições definidas no art. 2º, a
seguir transcrito:
Competência
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
supervisão e no controle dos Órgãos subordinados, apoiando o Controle Externo no exercício de sua
missão institucional.
Atribuições
· Verificar e certificar as contas dos responsáveis pela aplicação, utilização ou guarda de bens e
valores públicos, e de todo aquele que, por ação ou omissão, dê causa a perda, subtração ou estrago
de valores, bens materiais de propriedade ou responsabilidade da União;
· identificar a capacidade das diversas unidades gestoras quanto ao cumprimento das finalidades e
dos objetivos que lhe são inerentes, bem como quanto aos produtos obtidos, apontando alternativas
para a correção dos desvios porventura ocorridos durante a gestão;
· avaliar o desempenho de gestão dos diversos órgãos integrantes da JMU;
· subsidiar a verificação da consistência do Relatório de Gestão Fiscal, conforme estabelecido no
art. 54 da Lei Complementar nº 101, de 2000;
· elaborar estudos e propostas visando ao estabelecimento de prioridades para a realização de
auditorias nos diversos órgãos da JMU;
· produzir informações aos escalões superiores para alimentar o processo de tomada de decisão;
· apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional;
· propor realização de auditorias e inspeções quando os dados analisados assim o aconselharem;
· manter registro das decisões do TCU, atas, resoluções, súmulas, certificados, pareceres, etc., de
interesse da SECIN;
· propor à Presidência a adoção de medidas que objetivem aperfeiçoar e racionalizar a gestão de
bens e recursos públicos, padronizar procedimentos e simplificar normas de interesse comum;
· colaborar na elaboração do Relatório Anual de Atividades, nos assuntos pertinentes à SECIN;
· ligar-se, diretamente, com os diversos órgãos da JMU, com vistas ao cumprimento de suas
determinações;
· desempenhar outras atribuições típicas do órgão, delegadas por autoridade superior ou cometidas
através de normas;
· subsidiar a Presidência na verificação da consistência dos dados contidos no Relatório de Gestão
Fiscal, conforme estabelecido no art. 54 da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000;
· verificar e avaliar a adoção de medidas para o retorno da despesa total com pessoal ao limite de
que tratam os arts. 22 e 23 da Lei Complementar nº 101, de 2000;
· apurar os atos ou fatos inquinados de ilegais ou irregulares, praticados por agentes públicos ou
privados, na utilização de recursos públicos federais, dar ciência ao controle externo e à Presidência.
Neste subitem será analisado o principal órgão de controle interno do Poder Executivo, a saber:
Controladoria Geral da União.
A Controladoria Geral da União, consoante dito na Introdução (item 1), foi fruto da evolução do
Controle Interno do Brasil, que, antes da Constituição de 1988, esteve basicamente vinculado ao
Executivo.
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
(...)
Art. 18. À Controladoria-Geral da União, no exercício de sua competência, cabe dar o devido
andamento às representações ou denúncias fundamentadas que receber, relativas a lesão ou
ameaça de lesão ao patrimônio público, velando por seu integral deslinde.
§ 1º À Controladoria-Geral da União, por seu titular, sempre que constatar omissão da autoridade
competente, cumpre requisitar a instauração de sindicância, procedimentos e processos
administrativos outros, e avocar aqueles já em curso em órgão ou entidade da Administração Pública
Federal, para corrigir-lhes o andamento, inclusive promovendo a aplicação da penalidade
administrativa cabível.
Em relação à sua estrutura, foi inicialmente definida por intermédio do Decreto nº 4.785, de
21/06/2003, sendo atualmente regulamentada, pelo art. 3º do Anexo I do Decreto nº 5.683, de
24/01/2006, a seguir transcrito:
(...)
(...)
Percebe-se que da estrutura da CGU que sua atuação está pautada em quatro principais focos, a
saber: auditoria e fiscalização, ouvidoria, correição e prevenção da corrupção, sendo que, neste
trabalho, nosso foco de estudo será a Secretaria Federal de Controle Interno, cujas competências
estão definidas no art. 10 do Decreto nº 5.683, de 25/01/2006, a seguir transcrito:
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Segundo consta do sitío da CGU, as principais atividades exercidas pela Secretaria Federal de
Controle Interno são: Avaliação da Execução de Programas de Governo, Auditorias Especiais, Ações
de Controle nos Gastos com Pessoal da Administração Pública Federal, Auditorias Anuais de
Prestação de Contas, Auditoria das Tomadas de Contas Especial, Auditoria sobre os Contratos de
Recursos Externos; Demandas externas e Interação com Gestores Federais.
Convêm ainda ressaltar, que a CGU tem feito convênios e parcerias com órgãos públicos, sociedade
civil e organizações não governamentais, destacando o Projeto Combatendo a Corrupção no Brasil
(Convênio entre a CGU e a Embaixada do Reino Unido no Brasil) e o Convênio UNODC (Convênio
entre a CGU e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime).
Neste subitem será analisado o órgão de controle interno do Ministério Público da União.
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Até o advento da Lei Complementar nº 75, de 20/05/1993, o Ministério Público da União integrava o
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo, regulamentado pelos Decretos nº 83.974, de
23/12/1986, e alterado pelo Decreto nº 86.774, 26/09/1988, e nos termos previstos na Portaria nº 542,
D.O.U. de 09/12/1988.
Art. 23. O Ministério Público da União elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites da lei
de diretrizes orçamentárias.
No mesmo ano, institui-se o Regimento interno do MPU, aprovado pela Portaria nº 474,
D.O.U de 28/12/1993, que criou a Auditoria Interna do Ministério Público da União – AUDIN, sendo a
sua estrutura e competências previstas no arts. 2º e 3º, a seguir transcritos:
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
VII – colaborar com os órgãos responsáveis pelo planejamento, orçamento e programação financeira
com informações que permitam aperfeiçoar essas atividades;
IX – orientar as unidades gestoras dos órgãos integrantes do MPU sobre a utilização operacional do
Sistema Integrado de Administração Financeira- SIAFI, bem como sobre eventuais alterações de
códigos e eventos;
X – apoiar o Secretário-Geral do MPU na elaboração das propostas de cronogramas de desembolso
financeiro setoriais;
XI – acompanhar a execução da programação financeira setorial e verificar a exata observância dos
limites de saques fixados para cada unidade orçamentária; XII – pronunciar-se sobre propostas de
crédito e de alteração do detalhamento de despesa, bem como de propostas de reformulação do
cronograma setorial de desembolso, e de saques dos ramos do MPU.
Atualmente as finalidades, estrutura e competências da Auditoria Interna, estão definidas nos arts. 1º,
2º e 3º da Portaria PGR nº 200, de 28/04/2009, que aprovou o Regimento Interno da citada Auditoria
Interna:
Art. 1º A Auditoria Interna, órgão de controle interno do Ministério Público da União, diretamente
subordinada ao Procurador-Geral da República, dirigida pelo Auditor-Chefe, tem as seguintes
finalidades:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual e a execução dos programas e
dos orçamentos do Ministério Público da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira, patrimonial e de pessoal nos órgãos e unidades do Ministério Público da
União;
III - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
a) Auditor-Chefe;
b) Auditor-Chefe Adjunto
c) Divisão de Apoio Administrativo;
d) Núcleo de Registro, Informação e Documentação. II - Secretaria de Orientação e Avaliação:
a) Coordenadoria de Orientação de Atos de Gestão;
b) Coordenadoria de Análise de Atos de Provimento e Vacância;
c) Coordenadoria de Controle e Análise Contábil. III - Secretaria de Auditoria:
a) Coordenadoria de Auditoria de Gestão;
b) Coordenadoria de Auditoria de Recursos Humanos.
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Digno de nota também é a Portaria PGR/MPU nº 286, de 12/06/2007, que fixou as atribuições dos
cargos, as áreas de atividades, as especialidades e os requisitos de escolaridade e habilitação legal
específica para ingresso nas Carreiras de Analista, Técnico e Auxiliar do Ministério Público da União,
onde consta o cargo de Analista de Controle Interno e Técnico de Apoio Especializado/Controle
Interno.
Com a Emenda Constitucional nº 45, de 30/12/2004, foram atribuídos ao CJF poderes correicionais e
caráter vinculante às suas decisões. À Corregedoria-Geral da Justiça Federal incumbe a fiscalização,
o controle e a orientação normativa da Justiça Federal, no que se refere ao desempenho dessa
atividade correicional.
Em 1990, houve a edição da Instrução Normativa nº 06-005, de 30/07/1990, que tratou da finalidade e
organização do sistema de controle interno da Justiça Federal.
Pela Resolução nº 34, de 26/06/1991, foi acrescido o Gabinete à Secretaria de Controle Interno e
mais uma Divisão a Subsecretaria do Sistema de Auditoria.
Art. 1º – O Sistema de Controle Interno da Justiça Federal é constituído pela Secretaria de Controle
Interno do Conselho da Justiça Federal e pelos órgãos setoriais e seccionais correspondentes nos
Tribunais Regionais Federais e Seções Judiciárias.
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Art. 2º – A coordenação central das atividades de controle interno no âmbito da Justiça Federal
compreenderá, além de outras medidas consideradas necessárias pelo Conselho da Justiça Federal:
No mesmo ano, a Resolução nº 101, de 09/07/1993, criou duas seções para Divisão de Orientação e
Controle dos Procedimentos de Auditoria da Secretaria de Controle Interno.
2.1. Gabinete
2.2. Subsecretaria de Orientação, Acompanhamento e Avaliação
2.2.1. Seção de Análise Contábil
2.2.2. Seção de Análise de Despesas Diversas
2.2.3. Seção de Análise de Despesas com Pessoal
2.2.4. Seção de Tomada de Contas
2.3. Subsecretaria de Auditoria
2.3.1. Seção de Auditoria de Gestão
2.3.2. Seção de Auditoria de Sistemas
2.3.3. Seção de Apoio Técnico
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Responsabilidade Fiscal;
- avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos Programas e do
Orçamento Anual;
- comprovar a legalidade dos atos e fatos praticados pelos gestores;
- avaliar os resultados, quanto à eficácia, eficiência e economicidade da gestão orçamentária,
financeira e patrimonial;
- promover a integração dos órgãos componentes do Sistema de Controle Interno da Justiça
Federal;
- propor a emissão e atualização de atos normativos relativos à execução orçamentária financeira e
patrimonial no âmbito do Conselho da Justiça Federal e da Justiça Federal de Primeiro e Segundo
graus;
- promover a verificação da exatidão e suficiência dos dados relativos à admissão de pessoal, a
qualquer título, e à concessão de aposentadorias e pensões no Conselho da Justiça Federal;
- supervisionar e orientar a correta aplicação da legislação concernente à execução orçamentária,
financeira e patrimonial, no âmbito da Justiça Federal de Primeiro e Segundo graus;
- apoiar o Controle Externo no exercício de sua missão institucional;
- apoiar o Tribunal de Contas da União na fiscalização do cumprimento das normas da Lei
Complementar n.º 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal;
- acompanhar a implementação, das recomendações do Tribunal de Contas da União pelas
unidades;
- submeter à apreciação do Egrégio Conselho os processos de tomada e de prestação de contas,
para o fim previsto no art. 52 da Lei n.º 8.443, de 16 de julho de 1992;
- apurar os atos inquinados de ilegais ou irregulares, praticados por agentes públicos ou privados,
na utilização de recursos públicos federais, dando ciência ao controle externo e ao Ministério Público
Federal e, quando for o caso, comunicar à unidade responsável pela contabilidade, para as
providências cabíveis;
- orientar os administradores de bens e recursos públicos nos assuntos pertinentes de competência
do Sistema de Controle Interno do Conselho da Justiça Federal e Justiça Federal de Primeiro e
Segundo Graus, inclusive sobre a forma de prestar contas, conforme o disposto no parágrafo único
do art. 70 da Constituição.
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
No sítio do referido Conselho consta a existência de uma Assessoria Controle e Auditoria, entretanto
as suas atribuições ainda não foram regulamentadas, sendo que essas atividades são atualmente
exercidas pela Secretaria de Controle da Justiça do Trabalho que integra a estrutura do Tribunal
Superior do Trabalho, a qual já foi estudada anteriormente.
O Conselho Nacional do Ministério Público foi instituído pela Emenda Constitucional nº 45, de
30/12/2004, com atribuição de controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e
do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros.
Segundo consta do inciso I do art. 33 do Regimento Interno do Conselho, aprovado pela Resolução
nº 31, de 1º/09/2008, há uma Comissão de Controle Administrativo e Financeiro, contudo sem
atribuições definidas em outros normativos internos.
(...)
- zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos
atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-
los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da
lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;
II - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive
contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro
que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e
correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção,
a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço
e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
IV- representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso
de autoridade;
Em relação ao órgão de controle interno, suas atribuições estão previstas no sítio da seguinte forma:
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Está subordinada à Presidência e tem como foco o acompanhamento dos programas de trabalho,
contratos, convênios e as gestões: orçamentária, financeira, contábil, operacional, patrimonial e de
pessoal do CNJ.
Atinente aos atos regulamentares, referentes ao controle interno destaca-se a Resolução nº 86, de
08/09/2009, que devido a sua pertinência vai, na íntegra, a seguir transcrita:
§1º - Os núcleos ou unidades administrativas de controle interno desenvolverão suas atividades, com
os seguintes propósitos:
I- avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual respectivo; II- acompanhar e avaliar
a execução orçamentária e os programas de gestão;
III- verificar a observância e comprovação da legalidade dos atos de gestão e avaliar os resultados,
especialmente quanto à eficiência e à eficácia das ações administrativas, relativas à gestão
orçamentária, financeira, patrimonial e de pessoal, nos seus vários órgãos.
IV-examinar as aplicações de recursos públicos alocados por entidades de direito privado;
V- subsidiar meios e informações, bem como apoiar o controle externo e o CNJ no exercício de sua
missão institucional.
§ 2º. Ficam sujeitos ao controle interno das instituições referidas no caput, além das suas próprias
unidades administrativas, as serventias judiciais e extrajudiciais autônomas ou privadas e entidades
que percebam ou arrecadem recursos em nome do poder judiciário.
Art. 3º - O órgão de controle interno deverá estar apto a definir diretrizes, princípios e conceitos,
adotando as normas técnicas aplicáveis à ação de controle interno, visando à qualidade e integração
dos procedimentos de controle.
Art. 4º - Cumprirá ao órgão de controle interno exercer suas atividades observando as normas
constitucionais, legais e técnicas aplicáveis e as do manual de controle interno, considerando, quanto
a este último, às peculiaridades locais; Parágrafo único - Poderão ser, também, elaborados relatórios
parciais, ou específicos, sempre que solicitado pela Presidência do Tribunal o exame da legalidade
de atos concernentes à execução orçamentária ou à avaliação da gestão, financeira, de pessoal e
patrimonial, visando a aferição dos resultados das ações administrativas, assim como regular a boa
aplicação dos recursos públicos disponíveis.
Art. 5º - O Conselho Nacional de Justiça fica autorizado a celebrar termos de cooperação, acordos de
transferência de tecnologia, e outros atos que permitam receber e difundir a capacitação de pessoal e
a tecnologia (softwares) já desenvolvida para as atividades de controle interno, de gestão
orçamentária e financeira, ou para a administração de pessoal e patrimonial.
Parágrafo único - Para esse propósito, o Conselho Nacional de Justiça poderá promover e organizar
cursos, seminários, teleconferências, encontros e outros eventos, destinados à plena capacitação de
magistrados e servidores dos tribunais, ensejando a maior eficiência na gestão, assim como melhores
resultados e eficácia na transferência da tecnologia disponível para a atividade de controle interno.
Art. 6º - Fica a Corregedoria Nacional de Justiça autorizada a editar Manual de Controle Interno do
Poder Judiciário.
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SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
§ 2º - Os tribunais que já mantenham órgão de controle interno adaptarão, conforme o caso, seus
regulamentos e procedimentos aos termos desta Resolução no prazo de sessenta (60 dias).(grifou-
se)
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Testes Em Auditoria
Um dos principais aspectos em trabalhos de auditoria é a correta aplicação de testes para que o
auditor obtenha maior segurança na emissão de sua opinião demonstrada através do parecer.
Considerando que atualmente é praticamente impossível a verificação da totalidade das operações
de uma organização, é imprescindível a realização do trabalho baseado em testes de auditoria.
Diante desta situação, abordaremos neste artigo os tipos de testes que a doutrina relativa ao assunto
consagrou como sendo os adequados, fornecendo aos leitores uma visão com aplicação prática
desta importante ferramenta da auditoria.
Introdução
Considerando que a atividade de auditoria não se propõe a verificar a totalidade dos fatos ocorridos
em uma organização, pois caso isto ocorresse necessitaria de um contingente muito grande de
pessoas, e provavelmente os resultados levariam muito tempo para serem repassados aos
interessados, a auditoria necessitar fazer revisão à base de testes.
Estes testes podem ter um componente estatístico, ou não, dependendo dos objetivos que o auditor
esteja perseguindo.
Quando falamos em controle, o assunto é do domínio através do senso comum, uma vez que todos
nós temos algum tipo de controle em nossas vidas, evitando o desperdício de recursos.
Na fase inicial do desenvolvimento das técnicas de auditoria, surgiram muitas dúvidas, principalmente
relacionadas com a amplitude dos testes. A principal delas era a seguinte: O auditor para dar sua
opinião sobre um determinado fato teria que examinar todos os lançamentos contábeis/operações
referentes àquilo que está sendo examinado?
Em primeiro lugar, o auditor deve se preocupar com erros que, individualmente ou cumulativamente,
possam levar a uma interpretação errônea de um fato, por parte de quem os está analisando.
Portanto, o valor desses erros teria de ser significativo em relação às operações.
O risco da ocorrência de erros em uma empresa que possuí um bom sistema de controle interno, é
muito menor do que uma empresa com um sistema de controle interno ruim. O auditor utiliza o
sistema de controle interno da empresa para determinar a amplitude dos testes de auditoria.
Estes testes serão abordados agora, procurando demonstrar a caracterização de cada um deles, bem
como a oportunidade de empregá-los nas atividades de auditoria.
De acordo com CREPALDI (2000), inclusive ratificada por instruções do Conselho Federal de
Contabilidade, existem globalmente dois tipos de testes em auditoria, a saber:
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Teste De Observância
A aplicação destes testes requer muita atenção e acuidade do auditor, e normalmente são aplicados
sem que os envolvidos no processo auditado percebam, pois caso isto fosse notado, certamente
fariam o correto, pelo menos na frente do auditor.
Teste Substantivos
Este tipo de teste é empregado pelo auditor quando ele deseja obter provas suficientes e
convincentes sobre as transações, que lhe proporcionem fundamentação para a sua opinião a cerca
de determinados fatos.
– Avaliação e aferição: que os itens que compõem determinada transação/registro tenham sido
avaliados e aferidos corretamente.
Os testes substantivos são imprescindíveis em trabalhos de auditoria uma vez que é através da
aplicação correta destes que o auditor obtém evidências sobre os saldos, e ou transações
apresentadas pela empresa.
Renomados autores de auditoria têm debatido sobre a extensão dos exames que devem ser
realizados, sem no entanto terem chegado a conclusões pacíficas no que tange a abrangência dos
testes.
Uma questão tão controversa como esta, é pendente de uma série de variáveis que influenciam nos
exames de auditoria, tais como: número de transações, número de auditores, tempo da auditoria,
relevância dos itens a examinar entre vários outros fatores.
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Revisão integral;
Revisão analítica.
Revisão Integral
Este tipo de verificação compreende o exame de todos os registros, bem como a análise de todos
os controles internos de uma entidade que respaldaram determinada transação.
Equivale a uma perícia quanto a sua abrangência, e é praticamente impossível ser aplicada por
auditores externos, e raramente é aplicada por auditores internos.
O custo de uma auditoria desta natureza tem valor elevado, considerando que uma equipe de
auditores estaria o tempo todo se dedicando ao exame de uma única área, o que é muito raro
acontecer.
Este tipo de auditoria aplica-se mais quando há indícios de fraudes, onde aí sim deve ser examinada
a totalidade das operações, buscando identificar o “modus operandi” de como a fraude se processa
na organização.
A auditoria por testes, ou por amostragem, compreende o exame de determinada porcentagem dos
registros, dos documentos ou dos controles, considerada suficiente para que o auditor faça seu juízo
sobre a exatidão e a legitimidade dos elementos examinados.
A profundidade dos exames é determinada pelo auditor, e varia de acordo com a maior ou menor
confiança que ele deposita no sistema de controles internos da empresa.
O que distingue a revisão integral da auditoria por testes, é a amostragem, considerando que quando
as empresas eram menores, e com poucas operações era possível a verificação de 100% das
transações, fato que hoje em dia é muito raro em razão do custo da auditoria, da complexidade e
volume das operações.
Nos testes de auditoria realizados por amostragem, o auditor poderá utilizar-se da amostragem
estatística ou aleatória, dependendo das circunstâncias e finalidades dos exames que serão
realizados.
Por amostragem estatística, entende-se àquelas que necessitam de cálculos tais como: média,
mediana, moda, desvio padrão, regressão linear, entre outros elementos da estatística na aplicação
dos cálculos de amostragem.
Revisão Analítica
Quando o auditor constata a existência de alguma deficiência relevante nos controles internos, ou
quando através de teste de auditoria, ele detecta erros nos registros contábeis ou na documentação
em que ele se apóia, sentindo a necessidade de aprofundamento em seus exames, ele estará
aplicando procedimentos de revisão analítica.
A revisão analítica consiste no exame profundo e minucioso de todo o fluxo de controles internos e de
exame analítico das operações de determinada natureza ou de certo período do ano, neste caso
confundindo-se com a revisão integral.
A revisão analítica de todas as transações de um período pode consistir, por exemplo, na conferência
de todos os documentos de caixas e bancos confrontando os registros contábeis com os documentos
originais, a fim de constar possíveis irregularidades.
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
A revisão analítica constitui uma forma essencial de teste substantivo. As técnicas empregadas
constam de análises de flutuações, de índices financeiros, de tendências, dentre outros indicativos,
utilizando-se principalmente de técnicas empregadas em análise das demonstrações financeiras.
Para que o assunto torne-se amistoso para iniciantes, procuraremos explorar o tema com pequenos
exemplos, os quais serão a seguir explorados.
Existe um procedimento interno estabelecido por uma empresa, que prevê que a cada recepção de
mercadorias/produtos, o responsável pelo almoxarifado confronte os dados da nota fiscal de compra
com a ordem de compra.
Quando o auditor constata que há o confronto da nota com o pedido, ele está aplicando o teste de
observância, porém não está sendo levado em consideração, se de fato está existindo a conferência
dos dados dos documentos correlacionados, fato este que se aplicado pelo auditor, enquadra-se na
segunda categoria de testes, os quais recebem o nome de testes substantivos.
Em uma outra situação, por exemplo, o auditor acompanha a rotina de registro de um colaborador,
observando que há o cumprimento das obrigações trabalhistas, porém somente poderá verificar se
esta contratação atende às normas internas, se aplicados os testes substantivos. Neste sentido,
poderia haver a contratação de uma pessoa que era parente de funcionários da empresa, onde a
legislação trabalhista não faz óbice à esta situação, porém poderia estar indo contrário a
determinações internas, caso fosse proibida contratações desta natureza.
O equilíbrio a ser atingido na combinação dos testes de observância com os testes substantivos
depende de diversos fatores e circunstâncias. Entretanto, as seguintes generalizações são
apropriadas na maioria dos casos:
– Se os controles internos são fortes, a combinação dos procedimentos normalmente deve favorecer
os testes de observância e os testes substantivos analíticos;
– Se os controles internos são fracos, a combinação dos procedimentos deve normalmente favorecer
os testes substantivos mais extensos, tanto os analíticos como os de detalhes;
– O tamanho da amostragem de todos os testes normalmente deve ser maior quando os controles
internos são fracos.
Conceituação
Técnicas de auditoria são o conjunto de investigações empregadas pelo auditor para reunir todas as
evidências necessárias para a emissão de um parecer bem fundamentado. As técnicas não são
provas entre si: elas proporcionam a obtenção das provas necessárias para o auditor emitir sua
opinião.
Todo o trabalho de auditoria é sustentado por um conjunto de normas técnicas que recebem o nome
de Normas de Auditoria Geralmente Aceitas no Brasil ou Normas Usuais de Auditoria.
Procedimentos De Auditoria
São o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e
adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas, e abrangem
testes de observância e testes substantivos.
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Objetivos
Responsabilidade Do Auditor
Quando a correlação puder ser verificada relativamente á fonte externa, ela proporciona maior grau
de confiança do que quando verificada na própria empresa;
O conhecimento direto e pessoal, obtido pelo auditor por meio de verificações físicas, observações,
cálculos e inspeções, oferece maior segurança do que as informações colhidas indiretamente.
“A opinião formada pelo auditor precisa estar apoiada em bases sólidas, alicerçada em fatos
comprovados, evidências factuais e informações irrefutáveis”.
Dessa forma, o auditor precisa adotar algumas posturas, tais como:
Ser seu próprio controlador-atuar como fiel da balança, não chegar a conclusões precipitadas devido
à falta de substância das provas colhidas ou à interferência de pontos de vista diferentes dos seus.
Cada prova obtida tem que ser adequadamente pesada-avaliar cada elemento quanto à sua
objetividade, importância, validade e confiabilidade.
Obtenção de provas-a dificuldade ou o custo da prova a ser obtida não deve ser impedimentos para
não obtê-la, a menos que o auditor a julgue desnecessária. Caso obtenha provas concretas
suficientes que o convençam, tem que estar seguro para convencer, por outro lado, pessoas que não
estejam ligadas ao fato.
Extensão E Profundidade
A complexidade e o volume das operações realizadas pelas empresas fazem com que os
procedimentos de auditoria sejam aplicados por meio de provas seletivas, testes e amostragem.
Dessa forma, cabe ao auditor, com base nos elementos de juízos de que disponha, determinar o
número e a profundidade de operações a serem examinadas, de forma a obter elementos de
convicção que sejam válidos para o todo.
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Os seguintes elementos devem ser analisados pelo auditor para exercer seu juízo à luz de elementos
palpáveis:
O uso de amostragem estatística têm sido, em alguns casos, considerado vantajoso. O emprego
dessa prática não restringe o julgamento do auditor, mas fornece fórmulas estatísticas para a
medição dos resultados obtidos, que, de outro modo, poderiam não ser considerados.
Os padrões reconhecidos de auditoria exigem que, em cada exame, o nível do trabalho seja
adequado para fundamentar um parecer competente. Isso não significa que o nível de teste em
profundidade e extensão deva ser o mesmo, para cada caso, tampouco significa que deva ser igual
de um ano para outro.
Oportunidade
Técnicas De Auditoria
Para colher as evidências que lhe proporcionem atestar a fidedignidade das demonstrações
contábeis, o auditor emprega vários métodos, chamados de técnicas de auditoria.
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Dessa forma, o exame físico compreende contagem, identificação, verificação de pleno uso e
qualidade do bem. A efetividade de aplicação dessa técnica limitada a bens corpóreos ou que
possam ser objeto de qualquer prova tangível de sua existência. Sua utilidade abrange a coleta de
evidências sobre os bens integrantes do ativo permanente, estoques, numerários em mãos, títulos
negociáveis e outros valores mobiliários.
A existência física serve para determinar que os registros contábeis estão corretos e seus valores
adequados, em função da qualidade do item examinado.
É utilizado pelo auditor para confirmar, por meio de correspondência (carta), bens de propriedade da
empresa em poder de terceiros, direitos a receber e obrigações.
O documento com a declaração deve seguir diretamente para o auditor, sem interferência da
empresa auditada. O pedido de informações a fonte externa deve ser preparado por um funcionário
da empresa, sob a atenta supervisão do auditor. Essa técnica permite reunir evidências sobre a
fidedignidade dos saldos das contas a receber e a pagar, saldos bancários, contas de empréstimos,
estoques em poder de terceiros, passivos contingentes, coberturas de seguros e credores em geral.
Data-base de confirmação;
Amplitude do teste de confirmação;
Tipo de confirmação a ser empregado.
O auditor seleciona os saldos sobre os quais ele julga necessário obter confirmação. São usados
formulários impressos para os pedidos de confirmações. O cliente prepara as cartas com o pedido de
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
confirmação, assina e as envia ao auditor, para aprovação final. O auditor confere o nome da fonte
externa, endereço, valores e outros detalhes, de forma a evitar qualquer problema que possa
provocar resposta incorreta.
O auditor coloca a carta no envelope com os dados do destinatário, tendo cuidado de indicar seu
endereço como remetente, para a eventualidade de devolução por incorreção de endereço ou nome
da fonte consultada. O auditor também põe a correspondência no correio, tarefa esta que pode ser
deixada por conta do cliente.
O auditor deve anexar ao pedido de confirmação um envelope de porte pago, contendo seu nome e
endereço, para assegurar que a resposta será enviada diretamente a seu escritório, sem qualquer
interceptação.
Ao receber as respostas, o auditor concilia as informações assim obtidas com os registros contábeis
do cliente, analisando minunciosamente qualquer discrepância.
A falta de resposta pode ensejar a repetição do pedido. Persistindo o fato, o auditor após autorização
do cliente, pode dirigir-se pessoalmente à fonte externa, afim de obter a confirmação desejada.
As confirmações de contas do ativo indicam sempre o valor do saldo na conta desejada, de acordo
com os registros do cliente e sua composição, solicitando-se à fonte externa confirmação para estes
dados. As circularizações de contas passivas não devem trazer indicação do valor devido conforme
os livros, ou a natureza do débito, solicitando à fonte externa que preste esse tipo de informação.
Tipos De Confirmação
Circularização positiva; e
Circularização negativa
Após a seleção dos itens a serem confirmados, o auditor deve exercer controle rigoroso quanto ao
despacho dos pedidos de confirmação e o efetivo recebimento das respostas. Dessa forma, o auditor
deve manter as seguintes informações:
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Revisão detalhada pelo auditor, da datilografia, quanto ao nome e endereço da pessoa selecionada,
data-base do pedido de confirmação e as assinaturas autorizadas.
Envelopamento das circulares, colocação do envelope de retorno (carta resposta porte pago),
selagem e postagem;
Com relação à confirmação positiva, o auditor deve envidar esforços para a obtenção de uma
resposta, utilizando o 1º pedido de confirmação, o 2º pedido de confirmação ou a confirmação
pessoal pessoal junto à empresa da qual se queira resposta.
Trata-se de procedimento voltado para a comprovação das transações, que por exigências legais,
comerciais ou de controle são evidenciadas pro documentos comprobatórios destas transações.
Tipos De Documentos
Relatório de despesas;
Boletim de caixa
Mapas demonstrativos (apropriação de custos, depreciação, amortização etc)
Requisição de compras;
Mapa de licitação de compras;
Registro de empregados;
Folha de pagamento;
Livros sociais (atas de reunião de acionistas, conselho de administração, diretoria e conselho fiscal)
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TESTES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
O exame realizado pelo auditor sobre tais documentos deve atender às seguintes condições:
Nos casos de documentos oficiais, contratos e escrituras, verificará se existe o registro em órgão
competente, que lhe dá validade insuspeita.
Inspeção
Tendo contato íntimo com os documentos, o auditor adquire conhecimento importante sobre os
negócios realizados pela empresa, o que lhe permite identificar situações não usuais ou
problemáticas, com certa antecipação. Muitos enganos e irregularidades são descobertos durante a
aplicação desta importante técnica de coleta de evidências.
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