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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ

Antônio José, brasileiro, casado, autônomo, portador do documento de identidade


Registro Geral (RG) n. XXXXXXX, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) sob
o n. XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado no endereço Rua XXX, bairro XXX,
cidade de Juazeiro do Norte - CE, vem por meio de seu advogado que este subscreve,
com fundamento no art. 621, I, do Código de Processo Penal, propõe:

REVISÃO CRIMINAL

pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

I. DOS FATOS

O assistido foi condenado, em sentença transitada em julgado, pela prática do


crime de homcídio mediante meio cruel (CP, art. 121, § 2°,III), à pena de 15 (quinze)
anos de reclusão.
Houve interposição pela defesa um Recurso de Apelação com fundamento no
art. 593, III, d, CPP porém este foi indeferido pela 3ª Câmara Criminal do TJCE.
Adiante foram manejados Embargos de Declaração c/c Efeitos Modificativos contra o
acórdão, também tendo seu provimento negado.
É fato que, após dois meses de transitada em julgado a ação e a prisão do
acusado, a suposta vítima foi encontrada com vida.
II. DO DIREITO

Esta ação visa revisar o crime e a condenação imposta ao réu. Usando de base o
art. 121 § 2º, III, CPB, não há tipicidade do crime pois o mesmo retifica;

Art. 121. Matar alguem:


(...)
 § 2° Se o homicídio é cometido:
(...)
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;

O pedido encontra fundamento no art. 621, inciso II, CPP que prevê a reforma de
sentença condenatória quando esta estiver fundada em depoimentos, exames ou
documentos comprovadmente falsos (no caso em questão não houve o assassinato pois a
descrita vítima foi encontrada com vida).
Além do já citado dispositivo, o pedido de revisão encontra-se respaldado no art.
621, inciso III, CPP;

III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado


ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena.

A luz do novo fato, é provada a incoência do condenado, visto que sua família teve
ciência de que Maria está viva. Há então a insubsitência da imputação penal proferida,
inexistindo a imaterialidade e autoria do delito.

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