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Tarefa semana 9 – Atividade avaliativa da disciplina Fundamentos sócio

histórico filosófico da educação


Os desafios da educação: aprender a caminhar sobre areias movediças

Na charge, podemos observar uma reflexão crítica sobre o ensino dos


tempos modernos, o sociólogo Zygmunt Bauman disse que os países do mundo
usam a educação como mecanismo para duas coisas: formar profissionais para
as empresas, indústrias etc. e reproduzir a desigualdade social. Se entende que
as escolas jogam um monte de informações no aluno, mas não o ensinam a ter
pensamento crítico.
Logo após eventos como a revolução industrial, surgiram “os tempos
modernos”, e junto dele o conceito de modernidade líquida, proferido por
Bauman” Os tempos são líquidos pois assim como a água, tudo muda
rapidamente. Na sociedade contemporânea, nada é feito para durar”. Sendo
assim a educação também acaba por ser descartável.
Vivemos no tempo da informação e do conhecimento, nesta sociedade
são chamados de capital intelectual, são muito mais importantes que os recursos
materiais como fator de desenvolvimento humano. Nessa análise, a sociedade
de consumo e o desenvolvimento da tecnologia acabam tendo papel decisivo
para facilitar o individualismo.
Na entrevista com Bauman, ele fala como antigamente quando o mundo
era considerado sólido a pedagogia obteve diversas formas e se adaptava
facilmente as mudanças, e eram diversas mudanças, como revoluções e
movimentos políticos. Mas ele ressalta que as mudanças de hoje são diferentes
daquelas ocorridas no passado, então em um mundo mutável, seria difícil dizer
uma forma de como a educação deve ser seguida. Ao interpretar o título da
entrevista “Os desafios da educação: aprender a caminhar sobre areias
movediças”, podemos dizer que as areias movediças seria as novas mudanças
desse mundo mutável, então como caminhar nessa areia movediça?
Bauman diz que a educação deve ser continua e permanente, “O motivo
determinante para o qual a educação deve ser contínua e permanente está na
natureza da tarefa que devemos desenvolver no caminho comum da “outorga
dos poderes”, uma tarefa que é exatamente como deveria ser a educação:
contínua, ilimitada, permanente. ”
“É preciso uma educação permanente para dar a nós mesmos a
possibilidade de escolher. Mas temos ainda mais necessidade de salvar as
condições que tornam as escolhas possíveis e ao nosso alcance. ”
Sendo assim, para que a educação não seja simplesmente descartável,
devemos defender um estilo de vida único, um pensamento crítico, os princípios
e as ideias individuais.

BAUMAN, Zigmunt. Entrevista sobre a educação com Alba Porcheddu, 2ª


parte: Os desafios da
educação: aprender a caminhar sobre areias movediças. Cadernos de
Pesquisa, v. 39, n. 137,
maio/ago, 2009.

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