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Índice 02

Editorial 03
Venerável Mestre, Venerância e Veneralato 04
A História da Maçonaria na Inglaterra Segundo William Preston – Parte IV 08
A Razão do: “Sois Maçom?” 14
O Sexto Landmark 16
Leitura recomendada 18
Calendário de Atividades 1° Semestre de 2017 EV 19
Administração do Biênio 2015-2017 20
Junte-se a Nós! 21
Créditos 22

REVISTA UM QUARTO DE HORA – ANO II – NÚMERO 17 – MARÇO DE 2017 2


Amados Irmãos e Amigos,

Chegamos ao mês de março e ao exemplar número 17 de


nossa revista.
Março representa para a maioria das Lojas brasileiras a
retomada anual da Força e Vigor de nossos Trabalhos. O começo efetivo
de um novo ciclo, com o retorno de nossas Sessões.
Esta época também correspondia ao início do ano para diversas Escolas
Iniciáticas da antiguidade. O próprio Calendário Maçônico, um tanto em desuso nos
Graus Simbólicos, foi inspirado no Calendário Hebreu, que também considerava março,
ou melhor dizendo o solstício de Primavera no Hemisfério Norte, no mês de Nissan, com
o retorno da vida nos campos e o ressurgimento do esplendor da Natureza, como o início de
cada ano.
Desejamos a todos, portanto, um reinício de atividades sereno e pleno de êxito. E
considerando que as Lojas federadas ao Grande Oriente do Brasil elegerão nesse ano uma nova
Administração, aproveitamos para manifestar nossos votos de sucesso aos futuros Veneráveis Mestres.
Volto a ressaltar que os textos aqui publicados não refletem a posição oficial do Grande
Oriente do Brasil, do Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita, ou do Supremo Conselho
Adonhiramita do Brasil sobre os temas abordados, tratando-se única e exclusivamente das opiniões
individuais de seus autores.
Desejo a todos uma boa leitura!
SERGIO EMILIÃO
Editor

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VENERÁVEL MESTRE, VENERÂNCIA E VENERALATO

A legislação Maçônica do Grande fantástico, e não tenho a menor dúvida de que os


Oriente do Brasil estabelece que num intervalo de Amados Irmãos que já ocuparam o Cargo
dois anos, naqueles ímpares, as Lojas comungam com essa opinião. Particularmente
subordinadas se reúnam no mês de maio em entendo que este é o destino do Aprendiz quando
Oficina Eleitoral para eleger uma nova ingressa em nossa Ordem, pelo menos sob o ponto
Administração e um novo Venerável Mestre, que de vista de formação como Mestre Maçom, mas
terão um mandato de igual período com vias de regra não nos damos conta disto, e só
possibilidade de uma reeleição, Na verdade existe percebemos que não aprendemos o suficiente
a permissividade da realização do sufrágio em quando somos Instalados. É uma experiência que
períodos de um ano, porém, a maioria das Lojas recomendo a todos. Mas também é necessário
optou pelo biênio como duração do mandato. É estarmos minimamente preparados para exercer a
determinado ainda que as chapas que concorrerão função, ou talvez melhor dizendo, dispostos a
ao pleito eleitoral sejam apresentadas às Oficinas enfrentar o desafio (na verdade é isto que é, um
até a penúltima Sessão Ordinária do mês de abril desafio), pois entendo também que em nenhuma
do ano de realização das eleições. circunstância da vida estamos prontos para
Tendo em vista que neste ano as Lojas qualquer coisa por melhor que nos preparemos
constituirão Oficinas Eleitorais para este fim, e para tal, seja para nos tornarmos pais, chefes,
que num futuro próximo Mestres Maçons de profissionais em qualquer área da atividade
diversas Lojas estarão lançando suas humana, e por aí afora. Creio que ficamos
candidaturas, resolvi abordar o assunto e preparados para exercer um cargo exatamente no
expressar minha opinião especificamente sobre o momento em que o deixamos, ou seja, somos
Cargo de Venerável Mestre, maior honraria de realmente graduados pela experiência que
uma Loja Maçônica, e último degrau Iniciático acumulamos na sua prática e exercício.
dos Graus Simbólicos. É claro que o Cargo requer empenho,
O Cargo de Venerável Mestre é dedicação, disciplina, compromisso, preparação e
obrigatório em todas as Lojas Simbólicas, envolve enorme responsabilidade, mas como
conforme estabelecido no Landmark X, e não se disse é também um aprendizado. Estamos
trata de um Grau como às vezes ouvimos falar, aprendendo não apenas a lidar de forma
mas sem dúvida é um estágio Iniciático, aliás harmoniosa com egos e personalidades distintas,
extremamente importante para nosso e às vezes conflitantes; a comandar as Sessões e a
aperfeiçoamento como Maçons e nossa evolução presidir a administração da Oficina. Estamos
como seres humanos. É um aprendizado igualmente aprendendo a ser observados com

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atenção, seja pelos Mestres Instalados de nossas respectivas Doutrinas, ou seja, aquele que exerce
Lojas, pelos Mestres mais novos, por a liderança deve ser reconhecido por seus pares
Companheiros e Aprendizes ávidos por aprender, como capaz de tal. Nenhum outro Maçom deve se
e ainda pelos Irmãos visitantes membros de outras preocupar mais em “ser reconhecido como tal”
Oficinas. O Venerável Mestre não deve apenas se que o Venerável Mestre. Por isso o chamamos
preocupar em ser exemplo, deve entender também assim. Mas o que os ritualistas pretendiam dizer
que representa a Loja que preside, e assim sendo com a adoção deste título para identificar os
retrata de certa forma sua imagem, ou aquela que líderes das Lojas?
os Maçons de outras Lojas farão dela. Deve acima O Venerável Mestre já existia nas Lojas
de qualquer coisa ser humilde. Mas há outros Operativas, muito embora inicialmente fossem
atributos a serem perseguidos no desempenho das tratados apenas como “Mestres”. Seus mandatos
funções, e para melhor compreensão disto julgo nas corporações de pedreiros eram praticamente
oportuno analisar as origens do Cargo e sua vitalícios, e quando outros Mestres eram
adoção pela Maçonaria moderna. formados geralmente migravam para formar
Afirmei em outras oportunidades que os outras Lojas e empreender novas construções.
Cargos em Loja, à exceção do Mestre de Com a alteração progressiva para o objetivo
Cerimônias, têm raízes nas Lojas Operativas e filosófico ou especulativo, a Maçonaria entendeu
Ordens Medievais de Cavalaria, e algumas vezes que perpetuar um Mestre no cargo representava
em ambas, como no caso do Venerável Mestre, privar os demais do aprendizado, estabelecendo
por exemplo, embora nas Ordens de Cavalaria não assim mandatos ou períodos de gestão definidos.
houvesse esse título, mas sim funções Os Rituais ingleses utilizaram a expressão
semelhantes. Mas se aguçarmos nosso olhar Worshipful Master para designar o Cargo, que foi
veremos que as origens desta função são mais versada para o francês como Le Venerable, e que
remotas, pois aludem ao exercício da liderança e originou nosso Venerável Mestre na língua
comando. A instituição de líderes foi uma portuguesa. Nos três idiomas a definição dos
consequência natural do processo que retirou o verbetes é a mesma: aquele que é digno de honra,
homem do interior das cavernas e o transformou passível de admiração ou veneração. E notem
num ser gregário e social. Desde as primeiras bem, estamos falando de uma condição
tribos, líderes comandantes que pudessem temporária atribuída por observadores e não por
orientar seus grupos na melhor direção, si mesmo: digno de honra não é a mesma coisa
entendendo-se direção como o conjunto de regras que honrado; passível de admiração não significa
e atitudes que promovessem a sobrevivência e a admirado. E isso todo pretendente ao Cargo de
evolução de forma eficiente, tem surgido. Assim Venerável deve trazer bem firme em sua mente: a
temos líderes guerreiros, espirituais, ideia de que exercer o Cargo de Venerável Mestre
profissionais, religiosos, e em todos os ramos da é uma condição temporária. Em nossa Iniciação
atividade humana. Alguns foram escolhidos pelo aprendemos isso Sic Transit Gloria Mundi. O que
próprio grupo para exercer a função de líder, reforça minha tese de que o exercício do Cargo é
outros se impuseram pela força bruta, pelo medo um aprendizado.
e pela violência, outros ainda pela inteligência e Não sou professor de português, e,
sabedoria. E deste formato, de possuir um líder, portanto, julgo que possuo licença para emitir
nenhuma associação de seres humanos escapa, minha opinião sobre o uso do termo livre do peso
nem as Ordens Iniciáticas, e não seria diferente da responsabilidade acadêmica. Apesar de
com a Maçonaria. Porém, nas Escolas Iniciáticas, Antonio Houaiss, o meu linguista preferido, ter
como é o caso de nossa sublime Ordem, esta deixado bem claro que a aposição de sufixos e
liderança é alcançada, ou deveria ser, pela prefixos para formação de novos verbetes na
sedimentação sólida dos princípios de suas língua portuguesa, obviamente respeitando-se as

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regras ortográficas e gramaticais, é legítima, este sempre: antes, durante, e depois de deixar o
“enriquecimento idiomático” geralmente se refere Cargo.
a utilização de verbos como base, neste caso, o Fechando o parêntese e retornando à
verbo “venerar”. Mas acho que o principal análise do Cargo e suas funções, vemos que o
ingrediente a ser utilizado deve ser o bom senso, Venerável Mestre tem funções bem definidas na
que aliás deve reger todas nossas ações, e assim Constituição, no Regulamento Geral da
sendo ressalto que os adjetivos “venerável” Federação, e nos próprios Rituais. Mas
(digno de veneração), e “venerado” (aquele que infelizmente não existe um “manual” para o
foi alvo de veneração), já existem. Da mesma exercício do Cargo. Não há um arquivo com
forma o substantivo “veneração”, que é o ato de “perguntas e respostas frequentes” que possa ser
venerar ou admirar alguém, também já existe. consultado nas horas difíceis, e certamente elas
Tenho lido e ouvido, e com toda certeza os ocorrerão, mas há a experiência dos Mestres que
Amados Irmãos também, a discussão sobre a ocuparam o Cargo em ocasiões anteriores, e o
correção do uso das expressões “veneralato” e auxílio dos Oficiais que comporão sua
“venerância” para designar o período em que um administração. Por isso a escolha deve ser
Mestre Maçom dirige uma Loja. Acho que ambos resultado de criteriosa reflexão, pois o candidato
estão errados, apesar do verbete já se encontrar ao Cargo está na verdade se propondo não apenas
registrado em diversos dicionários informais. Me a liderar um grupo de pessoas, mas também a
refiro especificamente ao sentido filosófico do administrar uma associação formal, pois há regrar
termo, pois ser digno de admiração ou veneração jurídicas, administrativas e financeiras a serem
não requer nenhum ato por parte de quem assim é seguidas pelas Lojas. E podem crer, há mais
classificado, ou seja, não é preciso fazer nada trabalho fora do que dentro dos Templos.
além do que já fazemos, ou sermos diferentes do Os legisladores Maçônicos estabeleceram
que somos, para sermos passíveis de admiração. como requisito mínimo para candidatar-se ao
Veja por exemplo se substituíssemos o termo por Cargo um interstício de 3 anos desde a colação de
um de seus sinônimos: admirar e admirável, e Grau de Mestre exatamente para que o Mestre
utilizássemos o mesmo expediente ou critério Maçom tenha a oportunidade de observar pelo
para formação de uma nova palavra, teríamos menos uma administração inteira e ainda uma
então o verbete “admirância”, ou “admiralato” troca, acompanhada de eleição. Da mesma forma
para designar o período em que determinada foi estabelecida a contagem de frequência relativa
pessoa foi assim considerada. Não me parece aos dois anos anteriores à eleição, em
fazer sentido, notadamente por não requerer contraposição aos doze meses dos demais Cargos,
nenhuma ação por parte de quem assim é justamente para que os eleitores possam avaliar a
chamado. Defendo que devemos nos referir ao dedicação do candidato à Ordem, neste caso
período de mandato do Venerável Mestre como apurada através de sua presença física em Loja,
gestão, direção, administração, ou qualquer outro pois, afinal, o Venerável Mestre, mais que
termo que defina o ato de gerenciar ou exercer o qualquer outro Maçom, não deve faltar às
comando. Mas volto a afirmar que esta é apenas Sessões.
minha opinião, e não deve haver prejuízo para as O Venerável Mestre deverá também estar
demais. Sustento essa argumentação com base em à disposição dos Irmãos principalmente fora da
meu entendimento que o Mestre Maçom que Loja, prestando-lhes o auxílio que for necessário
ocupa o Cargo deve fazer jus a esta designação, e e instando os Oficiais a desempenharem
entender que esta condição lhe foi atribuída por corretamente suas funções dentro e fora dos
seus Irmãos, afinal, ele é alguém digno de Templos. Mas deve igualmente ser humilde o
veneração, um “Mestre Admirável”, e deve sê-lo suficiente para buscar auxílio para si próprio nas
oportunidades em que não se sentir seguro. Deve

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no entanto evitar usar este argumento apenas pela Cobridor Interno cabe a ele “para ajudar os
sua comodidade. Jamais deve usar o subterfúgio Obreiros com seus conselhos e iluminá-los com
da falsa humildade para cumprir com obrigações as suas luzes”. Em resumo caberá ao Venerável
que são somente suas. Para isto foi eleito o líder, Mestre trabalhar para a formação de novos
o “pastor do rebanho”. Veneráveis Mestres.
Em tese a tarefa de exercer o Cargo de Como meu perfil é místico acredito que o
Venerável Mestre não requer nada mais do que Altar da Sabedoria proporcione ao ocupante do
um Mestre Maçom bem formado já não possua: Trono de Salomão a Sabedoria necessária para
conhecimento dos Rituais e da Doutrina; das conduzir os Trabalhos da Loja dentro e fora das
normas e leis Maçônicas, e, principalmente, das Sessões através de emanações sutis. Mas não é
aptidões dos Mestres que formarão sua preciso que ninguém acredite ou concorde com
administração. Para compor sua chapa ele deve isso. Em primeiro lugar porque as Leis Cósmicas
imaginar que será o maestro de uma orquestra em independem do conhecimento e aceitação da
que todos os membros são virtuoses e solistas, e limitada mente humana para produzir seus efeitos;
que caberá a ele a regência para que atuem no e em seguida porque as circunstâncias falarão por
compasso, andamento e ritmo certos, de modo a si.
obter a Harmonia desejada. E ao empunhar o Enfim exercer o Cargo de Venerável
malhete deve fazê-lo com a leveza de uma batuta, Mestre, maior honra nas Lojas Simbólicas, deve
e não com a força de uma arma. ser encarado como todo o aprendizado em nossa
O exercício é subjetivo, e se reportará Ordem. Defendo sempre que o que diferencia o
invariavelmente ao autodomínio: “submeter Iniciado do profano é que ambos são imperfeitos,
nossa vontade e vencer nossas paixões”. O porém o primeiro se dá conta disso e se dispõe a
Venerável Mestre deve ser sereno; seguro; firme; se aperfeiçoar. Com o Venerável Mestre não
tolerante; harmonizador; magnânimo; ocorre diferente.
conciliador, e humilde, ou seja, deverá ser Desejo a todos os futuros Veneráveis
Maçom. Deverá entender também que sua Mestres um mandato próspero, harmônico e de
vontade nem sempre prevalecerá, e sim a do União, que resulte e contribua para a Paz, a
grupo, mas que é sua responsabilidade conduzir a evolução, e o progresso individual e coletivo de
Oficina para a melhor direção, pois como diz o nossa Ordem.

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A HISTÓRIA DA MAÇONARIA NA INGLATERRA SEGUNDO
WILLIAM PRESTON – PARTE IV

A História do Renascimento da Maçonaria no propostos separadamente, assim os Irmãos, por


Sul da Inglaterra uma grande maioria, elegeram o Sr. Anthony
Na ascensão de George I, os Maçons em Sayer, Grão-Mestre dos Maçons para o ano
Londres e seus arredores, sem a liderança de Sir seguinte, que foi imediatamente investido pelo
Christopher Wren, e com suas reuniões anuais referido Mestre mais antigo, instalado pelo
descontinuadas, resolveram eleger um novo Mestre das mais antigas Lojas e devidamente
Grão-Mestre, a fim de retomar as assembleias e felicitado pela assembleia, que lhe prestou uma
festivais anuais da sociedade. Com este ponto de homenagem. O Grão Mestre em seguida,
vista, as lojas Goose e Gridiron (Ganso e a assumindo os deveres do seu cargo, nomeou seus
Grelha) no St. Paul’s Churchyard, The Crown em Vigilantes e ordenou aos Irmãos das quatro Lojas
Parker’s-lane, Apple-Tree Tavern em Charles- para se reunirem com ele e seus Vigilantes em
Street, e a Rummer and Grapes Tavern em assembleia trimestral, ordenando-os ao mesmo
Westminster, a única das quatro Lojas que estava tempo para recomendar a toda Fraternidade uma
no Sul da Inglaterra naquele tempo, com alguns presença pontual na próxima assembleia e
outros Irmãos antigos, reuniram-se na taberna banquete anual.
Apple-Tree em fevereiro de 1717 e votaram no Um dos vários regulamentos que foram
mais antigo Mestre-Pedreiro, para assumir o propostos e acordados nesta reunião foi a
cargo, constituindo assim uma Grande Loja seguinte: “Que o privilégio de se reunir como
temporária na devida forma. Nesta reunião foi Maçons, que até então tinha sido ilimitada, passa
decidido reviver as assembleias trimestrais da a ser limitado a certas Lojas ou assembleia de
Fraternidade e de realizar a próxima assembleia Maçons que se reúnem em determinados lugares,
anual e banquete no dia 24 de junho, na Loja e que toda Loja a ser futuramente criada, com
Goose e Gridiron (em homenagem a mais antiga exceção das quatro antigas já existentes, devem
Loja), com a finalidade de eleger um Grão-Mestre ser legalmente autorizadas a trabalhar por uma
entre eles. Consequentemente, no dia de São João autorização do Grão-Mestre, concedido a
Batista em 1717, no terceiro ano do reinado do rei determinadas pessoas por pedido, com o
George I, a assembleia e a festa foram realizadas consentimento e aprovação da Grande Loja na
na referida Loja, quando o mais antigo Mestre- assembleia; e que sem tal autorização, a Loja não
Pedreiro, deveria passar o posto de Grão Mestre. deve ser considerada regular ou constitucional”.
Um elevado número de candidatos para o cargo Em consequência do presente regulamento,
de Grão-Mestre foi produzido, e os nomes sendo algumas novas Lojas se formaram em diferentes

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partes de Londres e seus arredores, e os Mestres e Maçons originais da Inglaterra, que tinham sido
Vigilantes dessas lojas foram obrigados a assistir centradas nas quatro antigas Lojas. Eles, portanto,
às reuniões da Grande Loja, fazer um relatório com a concordância dos Irmãos em geral, muito
periódico dos seus trabalhos, e transmitir para o sabiamente formaram um código de leis para o
Grão Mestre, uma cópia de quaisquer estatutos futuro Governo da Sociedade e, em anexo a esta
que formassem em sua própria Loja; que não última, uma cláusula condicional, que o Grão-
tenham leis estabelecidas entre eles que possam Mestre, seus sucessores, e o Mestre de cada Loja
ser contrário, ou subversivo, aos regulamentos a ser futuramente constituído, eram obrigados a
gerais pelos quais a Fraternidade tenha decidido. preservar inviolável em todos os tempos por vir.
Em complemento aos Irmãos das quatro Para comemorar esta circunstância, tem sido
antigas Lojas, por quem a Grande Loja foi costume, desde aquele tempo, para o Mestre mais
formada, ele resolveu, “Que todo privilégio que antigo da Loja, participar de cada Grande
eles coletivamente possuem por força de seus Instalação e tendo precedência de todos os
direitos imemoriais, devem ser mantidos; e que as presentes, com exceção apenas do Grão-Mestre,
leis, normas ou regulamentações a ser que entrega o livro das constituições originais
futuramente criadas ou aprovadas na Grande para o novo Grão Mestre Instalado, em obediência
Loja, não deve privá-los de tal privilégio ou promissora aos antigos deveres e regulamentos
invadir qualquer marco que naquele tempo gerais. A cláusula condicional acima referida,
estava estabelecido como o padrão do governo funciona assim:
maçônico”. Quando essa resolução foi “Cada Grande Loja anualmente tem um
confirmada, os velhos Maçons na metrópole poder inerente e autoridade para fazer novos
concordaram com as resoluções dos Irmãos em regulamentos, ou alterar estes, para o real
geral, investidos de seus inerentes privilégios nas benefício desta antiga fraternidade;
quatro antigas Lojas, na confiança que eles nunca proporcionando sempre que os antigos
teriam os velhos encargos e antigos monumentos LANDMARKS sejam cuidadosamente
violados. As quatro antigas Lojas, em seguida, preservados, e que tais alterações e novos
concordaram em estender seu auxílio a cada nova regulamentos devem ser propostos e acordados
Loja que deveria ser constituída de acordo com as na terceira comunicação trimestral anterior à
novas regulamentações da Sociedade; e enquanto grande festa anual; e que deve ser oferecido
eles agiram em conformidade com as antigas também para a leitura de todos os Irmãos antes
constituições da ordem, admitir seus Mestres e do jantar, por escrito, mesmo ao Aprendiz mais
Vigilantes para compartilhar com eles os novo; a aprovação e consentimento da maioria de
privilégios da Grande Loja, com exceção de todos os Irmãos presentes, sendo absolutamente
prioridade. necessária para fazê-lo obrigatório”.
Mesmo sendo combinado de forma Esta cláusula, com trinta e oito
amigável, todos os Irmãos das quatro antigas regulamentos, todos os quais foram impressos na
Lojas consideraram sua participação nas futuras primeira edição do Livro de Constituições, foram
comunicações da Sociedade como desnecessária aprovados, e confirmados por 150 Irmãos, em
e, portanto, ficariam tranquilos sabendo que uma assembleia anual e festa realizada no
nenhuma medida de importância seria adotada Stationer’s-Hall no dia de São João Batista em
sem a sua aprovação. Os oficiais das antigas 1721, e em sua presença assinada pelo Mestre e
Lojas, no entanto, logo começaram a descobrir, Vigilantes das quatro antigas Lojas, e por Philip
que as novas Lojas, sendo igualmente Duque de Wharton, então Grão-Mestre;
representados nas assembleias, com o passar do Theophilus Desaguliers, Grão-Mestre Adjunto;
tempo, sem a presença dos antigos para ter poder, Joshua Timson e William Hawkins, Grandes
por maioria, subverteram os privilégios dos Vigilantes; e os Mestres e Vigilantes de dezesseis

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Lojas que tinham sido constituídas entre 1717 e Lojas, mas apenas duas novas Lojas foram
1721. constituídas.
Pela precaução, acima descrita, de nossos Mr. Sayer foi sucedido em 1718 por
Irmãos antigos, as constituições originais eram George Payne que foi particularmente assíduo em
estabelecidas como a base de toda a futura recomendar a estrita observância das assembleias.
jurisdição maçônica no Sul da Inglaterra; e os Ele coletou muitos manuscritos valiosos sobre a
antigos Landmarks, como são denominados de Maçonaria e recomendou aos Irmãos trazerem
forma enfática, ou os limites estabelecidos para para a Grande Loja quaisquer escritos antigos ou
inovação, foram cuidadosamente protegidos registos relativos a Fraternidade, para mostrar os
contra os ataques dos “invasores” futuros. As costumes nos tempos antigos. Em consequência
quatro antigas Lojas, se consideravam como uma desta intimação geral, várias cópias antigas das
parte distinta, e continuaram a agir por sua constituições góticas foram produzidas e
autoridade original, e para não perder qualquer organizadas.
dos seus direitos, ratificaram e confirmaram por No dia 24 de junho de 1719, uma outra
toda a Fraternidade na Grande Loja montada. Não reunião e festa foi realizada no Ganso e a Grelha,
há regulamentações da Sociedade que possam ser quando o Dr. Desaguliers foi eleito Grão-Mestre
criadas futuramente, que operem com relação a por unanimidade. Nesta festa, os antigos e
essas Lojas, se as regulamentações fossem regulares brindes dos Maçons foram introduzidos;
contrárias, ou subversivas, as constituições e a partir deste momento que podemos datar o
originais pelo qual eles eram governados, e surgimento da Livre Maçonaria no Sul da
enquanto os seus procedimentos forem Inglaterra. As Lojas, que tinham aumentado
compatíveis às constituições, nenhum poder consideravelmente pela vigilância do Grão-
conhecido na Maçonaria poderia legalmente Mestre, foram visitadas por muitos Pedreiros
privá-los de qualquer direito já estabelecido. Antigos que há muito haviam negligenciado a
A necessidade de fixar as constituições Maçonaria, vários nobres foram Iniciados, e uma
originais como o padrão pelo qual todas as leis série de novas Lojas constituídas.
futuras da Sociedade devem ser reguladas, foi tão Em um banquete e festa realizados no
claramente entendido por toda a Fraternidade Ganso e a Grelha em 24 de junho de 1720, George
neste momento, que foi criada como uma regra Payne foi reeleito Grão-Mestre, e sob sua
infalível, em cada Instalação, pública e privada, administração, mais Lojas continuaram a surgir.
para fazer o Grão-Mestre, e os Mestres e Este ano, em algumas das Çojas, houve
Vigilantes de cada Loja, apoiarem essas uma perda irreparável para a Fraternidade, vários
constituições, para a qual também todos os manuscritos valiosos, sobre suas Lojas,
Maçons foram obrigados pelos laços mais fortes regulamentos, encargos, segredos e costumes,
no início do processo. Quem reconhece a (especialmente um escrito pelo Sr. Nicholas
universalidade da Maçonaria como a sua maior Stone, o Vigilante de Inigo Jones) foram
glória, deve admitir a propriedade desta conduta; queimados por alguns Irmãos inescrupulosos, que
para que nenhum padrão estabelecido para o estavam alarmados com as publicações
governo da Sociedade, possa expor a Maçonaria a intencionais das Constituições Maçônicas.
variações que possam efetivamente destruir todos Numa assembleia trimestral realizada
os bons efeitos que até agora resultou da sua neste ano no Ganso e a Grelha no festival de São
universalidade e progresso. João Evangelista, foi acordado que no futuro, o
Durante a administração de Sayer, a novo Grão-Mestre deveria ser nomeado e
Sociedade não fez nenhum progresso muito proposto para a Grande Loja, algum tempo antes
rápido. Vários Irmãos juntaram-se as antigas da festa, e se aprovado e presente, ele deveria ser
saudado como Grão-Mestre eleito, e que cada

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Grão-Mestre, quando ele estiver Instalado, terá o regularmente ocuparam o cargo de Grão-Mestre
poder exclusivo de nomear seu vice e Vigilantes, no Norte de Inglaterra.
de acordo com antigo costume. Partindo destas considerações, que são
Em uma Grande Loja mantida em ampla validadas pelos livros da Grande Loja em York,
forma no Lady-Day (25 de março) de 1721, o ao que parece, o renascimento da Maçonaria no
Irmão Payne propôs para seu sucessor, John, Sul da Inglaterra não interferiu com os trabalhos
Duque de Montague, naquela época Mestre de da Fraternidade no Norte. Por alguns anos, a mais
uma Loja. Sua graça, estando presente, recebeu os perfeita harmonia subsistiu entre as duas Grandes
cumprimentos da Loja. Os Irmãos expressaram Lojas e Lojas se desenvolveram em ambas as
grande alegria com a perspectiva de ser mais uma partes do reino sob cada jurisdição. A única
vez frequentado pela nobreza; e concordaram, por distinção que a Grande Loja do Norte parece ter
unanimidade, que a próxima reunião e festa, mantido após o renascimento da maçonaria no
deveria ser realizada no Stationers-Hall; e que um Sul, está no título que eles reivindicavam, como
número adequado de mordomos deveria ser “A Grande Loja de toda a Inglaterra”, enquanto a
definido para fornecer o entretenimento; mas o Sr. Grande Loja no Sul passou apenas a usar a
Josiah Villeneau, um patrocinador em Borough, denominação de “Grande Loja da Inglaterra”.
generosamente se comprometeu com toda a Este último, por conta da sua situação, foi
gestão do evento, e recebeu os agradecimentos da incentivado por alguns da nobreza, e
Sociedade. consequentemente logo adquiriu reputação;
Enquanto a Maçonaria estava espalhando enquanto o primeiro, restringida a menos
a sua influência sobre a parte Sul do reino, ela não membros, mas não menos respeitáveis, parecia
foi abandonada no Norte. A Assembleia Geral, ou gradualmente diminuir. Nestes anos, no entanto, a
Grande Loja, em York, continuou regularmente se autoridade da Grande Loja em York não foi
reunir como antes. Em 1705, sob a direção de Sir contestada; pelo contrário, todos os Maçons no
George Tempest então Grão-Mestre, várias Lojas reino mantiveram a mais alta veneração, e eles se
se encontraram, e muitos respeitáveis Irmãos consideravam vinculados pelos encargos que
foram Iniciados em York e seus arredores. Sir originalmente surgiram a partir dessa assembleia.
George foi sucedido por Robert Benson, prefeito Ser classificado como descendentes dos Maçons
de York, e uma série de reuniões da Fraternidade originais de York, era uma glória e orgulho dos
foi realizada em diferentes momentos naquela Irmãos, em quase todos os países onde Maçonaria
cidade, e a grande festa durante sua autoridade, foi estabelecida; e, a partir da prevalência e da
dizem ter sido muito brilhante. Sir William universalidade da ideia de que na cidade de York
Robinson sucedeu Mr. Benson no cargo de Grão- a Maçonaria foi estabelecida pela primeira vez
Mestre e a Fraternidade parece ter aumentado por uma Carta Régia, os Maçons da Inglaterra
consideravelmente no Norte sob seus auspícios. receberam homenagem como os primeiros da
Ele foi sucedido por Sir Walter Hawkesworth que Europa. É lamentável, que qualquer interesse
governou a Sociedade com grande reputação. Ao individual tenha destruído a relação social dos
término de seu mestrado, Sir George Tempest foi Maçons; mas não é menos notável do que
eleito pela segunda vez como Grão-Mestre; e verdadeiro, que os Irmãos do Norte e os do Sul
desde que foi eleito, 1714-1725, a Grande Loja estão agora em uma conduta de um ignorar o
continuou regularmente a se reunir em York sob outro. Contudo, o tom da eminência e esplendor
a direção de Charles Fairfax, Sir Walter que a Grande Loja em Londres chegou, nem as
Hawkesworth, Edward Bell, Charles Bathurst, lojas da Escócia nem da Irlanda cortejam sua
Edward Thomson, John Johnson e John Marsden, correspondência. Esta circunstância infeliz tem
todos os quais, em alternância, durante o período, sido atribuída a introdução de algumas inovações
modernas entre as lojas no Sul. Quanto à frieza

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que tem subsistido entre a Grande Loja de York e proclamando o Duque de Montague seu sucessor
da Grande Loja em Londres, outra razão é para o ano seguinte. Os regulamentos gerais
atribuída. Alguns Irmãos de York, em uma compilados pelo Sr. Payne em 1721, e
ocasião banal, separaram-se da sua antiga Loja, comparados com os registros antigos e usos
eles requereram a Londres uma garantia de imemoriais da Fraternidade, foram lidos e
estabelecimento e sem qualquer investigação reunidos com a aprovação geral, após o qual o Dr.
sobre o mérito do caso, sua solicitação foi aceita. Desaguliers fez um discurso elegante sobre a
Em vez de ser recomendado a serem restaurados Maçonaria.
pela Loja Mãe, estes Irmãos foram incentivados Logo após sua eleição, o Grão-Mestre deu
na sua revolta; e autorizados, sob a bandeira da provas convincentes de seu zelo e atenção,
Grande Loja em Londres, a abrir uma nova Loja ordenando Dr. Desaguliers e James Anderson,
para eles, na cidade de York. Esta ilegal extensão homens de capacidade e educação, de revisar,
do poder, ofendeu a Grande Loja de York, e organizar e compilar as constituições góticas, Old
ocasionou uma violação, que o tempo, e uma Charges e regulamentos gerais. Esta tarefa foi
atenção adequada às regras da Ordem, somente fielmente executada e, ao que se seguiu na Grande
poderiam reparar. Loja realizada na Queen’s Arms em 27 de
Do Renascimento no Sul da Inglaterra até a dezembro de 1721, sendo a festa de São João
Morte do Rei George I Evangelista, eles apresentaram o mesmo para
Com a reputação da Sociedade sendo aprovação. Uma comissão de quatorze Irmãos
agora restabelecida, muitos nobres e senhores do instruídos foi então nomeada para examinar o
primeiro escalão desejaram ser recebidos nas manuscrito e fazer o seu relatório; e nesta ocasião
Lojas, que tinham aumentado consideravelmente várias palestras muito divertidas foram realizadas
durante a administração do Sr. Payne. A função e muita informação útil dada por alguns Irmãos
da Maçonaria estava estabelecida para ser um antigos.
relaxamento agradável da fadiga dos negócios; e Em uma Grande Loja realizada na taverna
na Loja, sem influência de política ou partido, Fountain em Strand, em ampla forma, no dia 25
uma união feliz foi realizada entre os personagens de março de 1722, a comissão relatou, que tinha
mais respeitáveis do reino. lido o manuscrito, que contém a história, taxas e
No dia 24 de junho 1721, o Grão-Mestre regulamentos da Maçonaria e, depois de algumas
Payne e seus Vigilantes, com os antigos Grandes alterações, tinham aprovado. A Grande Loja
Oficiais, e os Mestres e Vigilantes de doze Lojas, ordenou a completa preparação do documento
reuniram-se com o Grão-Mestre eleito, na taverna para ser impresso com toda a rapidez possível.
Queen´s Arms no jardim da Igreja de St. Paul, Esta ordem foi obedecida rigorosamente, e em
onde a Grande Loja foi aberta de forma ampla. pouco mais de dois anos, o Livro das
Depois de confirmar os trabalhos da última Constituições foi impresso, sob o seguinte título:
Grande Loja, vários cavalheiros foram Iniciados “The Book of Constitutions of the Free Masons:
na Maçonaria, a pedido do Duque de Montague; containing the History, Charges, Regulations, &c.
e, entre os demais, Lorde Philip Stanhope, mais of that Most Ancient and Right Worshipful
tarde conde de Chesterfield. A partir de Queen’s Fraternity. For the Use of the Lodges.” Londres,
Arms, a Grande Loja marchou em procissão com 1723.
seus paramentos para Stationers-Hall na rua Em janeiro de 1723, o Duque de Montagne
Ludgate, onde eles alegremente foram recebidos renunciou em favor do Duque de Wharton, que
por cento e cinquenta Irmãos, adequadamente era muito ambicioso em conseguir o cargo. A
vestidos. O Grão-Mestre fez o primeiro cortejo renúncia de “Sua graça” procedeu do motivo de
em volta do salão, pediu uma carinhosa licença conciliar os Irmãos da nobreza, que estavam
aos seus Irmãos e voltou ao seu lugar, descontentes, por ter convocado, em oposição às

REVISTA UM QUARTO DE HORA – ANO II – NÚMERO 17 – MARÇO DE 2017 12


resoluções da Grande Loja, no dia 25 de março, Maçonaria. No retorno de sua senhoria para a
uma assembleia irregular de Maçons no cidade, o Conde de Inchiquin foi proposto para
Stationers-hall, no festival de São João Batista, de sucedê-lo, e foi eleito em fevereiro de 1726. A
modo a conseguir ser eleito Grão-Mestre. O Sociedade agora floresceu na cidade e no campo,
Duque de Wharton, totalmente consciente da e sob o patrocínio desta nobre arte foi propagada
impropriedade de sua conduta, reconheceu com sucesso considerável. Este período foi
publicamente seu erro e prometeu, no futuro, uma notável, pelos Irmãos de Gales unidos sob a
estrita conformidade e obediência às resoluções bandeira da Grande Loja de Londres. No País de
da Sociedade, e foi, com o consentimento geral Gales estavam alguns dos respeitáveis
dos Irmãos, aprovado como Grão-Mestre eleito remanescentes da antiga Maçonaria, e muitas
para o ano seguinte. Ele foi regularmente ruínas de imponentes castelos, executados em
investido e Instalado em 17 de janeiro 1723 pelo estilo gótico, que evidentemente demonstram que
Grão-Mestre e parabenizado por mais de vinte e a Fraternidade teve incentivo naquela parte da ilha
cinco Lojas, que estavam presentes na Grande em épocas anteriores. Logo após esta união feliz,
Loja naquele dia. A diligência e atenção do duque o cargo de Grão-Mestre Provincial foi instituído,
de Wharton aos deveres do seu cargo logo e a primeira delegação concedida pelo conde
recuperou e estabeleceu a sua reputação na Inchiquin, em 10 de maio de 1727, para Hugh
Sociedade; enquanto que sob o seu patrocínio a Warburton para o Norte de Gales e no dia 24 de
Maçonaria fez um progresso considerável no Sul junho seguinte, a Sir Edward Mansell para o Sul
da Inglaterra. Durante sua presidência, o cargo de de Gales. As Lojas no país agora começaram a
Grande Secretário foi estabelecido pela primeira aumentar, e delegações foram concedidas a vários
vez, e William Cowper foi nomeado, esse senhor senhores, para exercer o cargo de Grão-Mestre
executou as funções do departamento por vários Provincial em diferentes partes da Inglaterra,
anos. assim como em alguns lugares no exterior, onde
O Duque de Buccleugh sucedeu o Duque Lojas foram constituídas por Maçons ingleses.
de Wharton em 1723. Este nobre não era menos Durante a administração do Conde de Inchiquin,
ligado a Maçonaria do que o seu antecessor. foi emitido um mandado para a abertura de uma
Estando ausente no festival anual, ele foi nova Çoja em Gibraltar.
Instalado por procuração no Merchant-Taylor’s- Entre a variedade de imponentes edifícios
Hall, na presença de 400 Maçons. que foram acabados durante a presidência deste
Sua Graça foi sucedida no ano seguinte nobre, destaca-se a excelente estrutura da igreja
pelo Duque de Richmond, sob cuja administração de St. Martin in the Fields; a pedra fundamental
o Comitê da Caridade foi instituído. Lord Paisley, de que, sendo uma igreja paroquial real, foi
mais tarde Conde de Abercorn, foi ativo na lançada, em nome do rei, sobre o 29 de março de
promoção deste novo estabelecimento, foi eleito 1721, pelo Irmão Gibb o arquiteto, em presença
Grão-Mestre no final do ano 1725. Não estando do Senhor Hospitaleiro, o Inspetor Geral e uma
no país no momento, sua senhoria foi Instalado grande comitiva de Irmãos.
por procuração. Durante sua ausência, Dr.
Desaguliers, que tinha sido nomeado seu vice, foi Bibliografia
muito atento aos deveres do seu cargo, visitando Texto de autoria de Luciano R. Rodrigues,
as Lojas, e diligentemente promovendo a publicado em www.oprumodehiram.com.br.

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A RAZÃO DO: “SOIS MAÇOM?”

Como se sabe, existem na Maçonaria relegando até para planos inferiores, as


algumas formas de identificação e de necessidades materiais.
reconhecimento que às vezes apenas servem para O Maçom tem uma enorme
tais finalidades, quando, no seu sentido responsabilidade quando responde
abrangente, poderiam representar muito mais. MICTMR Será que os Irmãos o
Quando um Maçom quer saber se outro reconhecem realmente ou será que somente fazem
indivíduo também o é, ao invés do Sinal ou do uso de uma resposta óbvia utilizada no meio
Toque convencionais, usa a seguinte pergunta na Maçônico? Será que muitos daqueles Irmãos que
segunda pessoa do plural: SM? você diz reconhecer como tal, não gostariam de
Caso aquele que é assim interpelado já corrigir as suas respostas e dizerem:” seus Irmãos
tenha passado pelas provas de uma Iniciação sentem-se envergonhados por assim reconhecê-
Maçônica e, tenha realmente visto a Luz, sua lo”.
resposta invariavelmente será: Muitas vezes eles não o fazem por
MICTMR questões outras e isso, a nosso ver é prejudicial à
Aqui é que surge a nossa grande dúvida, Maçonaria, porque é nela e por meio dela que
porque estamos querendo saber não somente se os procuramos a Verdade no seu mais amplo sentido
Irmãos o reconhecem, e sim se ele é realmente um ético e filosófico.
verdadeiro Maçom. Uma coisa é o Irmão Poderiam nos perguntar: o que é ser um
reconhecê-lo como Maçom de direito; outra coisa verdadeiro Maçom?
é reconhecê-lo de fato e de direito. Apesar de não se ter uma receita para isto
O que seria um Maçom de direito ou um e também, serem certos valores discutíveis,
Maçom de fato e de direito? No primeiro caso, poderíamos responder a tal pergunta com algumas
basta que seja Iniciado e mantenha atualizadas outras, como por exemplo: Sois bom filho? Sois
suas obrigações legais para com a sua Loja. No bom pai e bom chefe de família? Sois um bom
segundo caso, além de também estar de acordo esposo? Respeitais os vossos filhos e vossa esposa
com as exigências anteriores, ele terá que como gostaríeis de serdes respeitado? Ajudais aos
congregar inúmeros outros requisitos. outros de forma desinteressada e procurais os
No nosso modesto entendimento, não vossos Irmãos Maçons no infortúnio? Alguma
basta ser Maçom para os outros, como uma vez, fizestes alguma coisa para minimizar o
vitrine, ser visto na sociedade e por ela como mais sofrimento de uma viúva ou de um órfão?
um membro da Maçonaria e sim, ser possuidor de Procurais realmente, cavar masmorras ao vício?
todos aqueles requisitos morais e espirituais, Será que diante de uma linda mulher ou
mesmo pelo fato de terdes uma oportunidade para
uma aventura, ainda que discreta aos olhos dos

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outros, seríeis um verdadeiro Maçom ou faríeis gostaríamos de ouvir quando perguntarmos a
como aquele que certa vez nos disse: “Aqui eu alguém: SM, é que nos respondesse:
não engano a minha esposa, este lugar é muito MICTMR porque sou um verdadeiro
pequeno e todos poderiam ficar sabendo. Eu levo Maçom e não apenas “como tal”.
a outra para Belo Horizonte, para Juiz de Fora ou Meus estimados Irmãos, a Maçonaria em
para o Rio de Janeiro”. quase tudo, nas suas frases, nos seus emblemas,
Será que este pseudo-Maçom teria a símbolos e alegorias sempre estará nos
capacidade de ir a Belo Horizonte ou a qualquer conclamando à reflexão. Reflitamos e sejamos um
outro lugar, satisfazer o seu e o desejo da outra e símbolo vivo dessa Ordem que nos dá força para
lá também deixar a sua consciência? Achamos enfrentar um mundo às vezes confuso e
impossível, pois, ainda que isto para muitos não conturbado, onde os verdadeiros valores estão
tenha sentido, a consciência é um duro e muitas sendo a todo o momento questionados e
vezes implacável juiz de nós mesmos; ela em colocados em dúvida.
alguns casos chega a doer uma dor tão profunda Se quisermos uma força atuante, uma
que nenhum remédio poderá a medicina jamais Maçonaria vibrante em todos os sentidos, que
oferecer para minorá-la. procuremos ser, encontrar e conviver com
verdadeiros Maçons.
Assim, meus caríssimos Irmãos, fizemos
este apanhado de palavras que poderão ou não vos
atingir. Porém, ainda que não tenhais sido Fonte
atingido, reflitais sobre vossos atos. Não estamos Texto de autoria desconhecida
aqui querendo julgar Irmãos. O que na verdade

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O SEXTO LANDMARK

O sexto Landmark (princípio A controvérsia ou discussão política está,


fundamental) da Maçonaria Regular prescreve: assim, completamente banida em Loja, na
“A Maçonaria impõe a todos os seus Maçonaria Regular.
membros o respeito das opiniões e crenças de Este princípio implica um corolário, a que
cada um. Ela proíbe-lhes no seu seio toda a se chega por duas vias: a Maçonaria Regular não
discussão ou controvérsia, política ou religiosa. toma posições políticas.
Ela é ainda um centro permanente de união Não o faz, porque (1), uma vez que não
fraterna, onde reinam a tolerante e frutuosa existe discussão política em Loja e, dado que as
harmonia entre os homens, que sem ela seriam deliberações dos Maçons são tomadas em Loja,
estranhos uns aos outros.” não há como tomar posição política que resulte de
No texto que, neste blog, dediquei ao sexto deliberação validamente tomada; e porque (2),
Landmark, escrevi: uma vez que a tomada de uma posição política
“Por isso, em Loja não se discute Política implica escolha - em favor de algo, em detrimento
nem Religião. Esta, porque sendo do foro íntimo de algo -, a instituição maçónica não toma
da cada um, não faz sentido discuti-la. Aquela, posição, pois, com toda a probabilidade, iria fazê-
porque sendo susceptível de grandes paixões lo em concordância com alguns dos seus
poderia cavar insanáveis conflitos entre Irmãos. membros, mas, por outro lado, afirmando
Ademais, reconhecendo cada maçom no seu discordância em relação a outros. E a Maçonaria
Irmão um homem livre e de bons costumes, grave Regular não privilegia nenhum dos seus
atentado a essa liberdade seria não lhe elementos, nenhuma das ideias livres de homens
reconhecer o direito à sua crença religiosa e ao livres. Não se trata sequer de determinar maiorias
seu entendimento político. Não quer isto dizer que e de agir segundo as maiorias verificadas. Em
um maçom não possa ou não deva afirmar a sua matéria de ideias, tão legítimas e respeitáveis são
convicção religiosa ou a sua posição política. as ideias maioritárias como as minoritárias.
Pode este, pode aquele, pode aqueloutro, podem Afirmar uma posição institucional em detrimento
todos. Mas, isto feito, mais além não se vai. Cada do livre entendimento de um elemento que seja
um crê no que crê, pensa como pensa, ponto final! seria desrespeitar esse entendimento. A
Não há lugar para discussões sobre se esta instituição é de todos, o espaço onde todos
crença é melhor do que aquela ou se aquele cooperam para que cada um se aperfeiçoe e
entendimento político é mais ou menos adequado evolua. Não pode pois privilegiar uns - ainda que
do que aqueloutro. porventura a maioria - em detrimento de outros ou
de apenas um que seja.

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A Maçonaria Regular, enquanto podem ter ideias diversas das suas, sem que tal
instituição, não toma, pois, posições políticas. A cause quaisquer dificuldades de relacionamento.
Maçonaria Regular não é monárquica nem E assim a diversidade é, não causa de conflito,
republicana. A Maçonaria Regular não é mas catalisador de riqueza e abertura de espírito,
politicamente conservadora, nem liberal, nem de constante e leal interação das ideias de todos
social-democrata, nem progressista, não com todos, cada um testando e avaliando a
prossegue nem defende nenhum "ismo". A validade das suas, a força das suas convicções,
Maçonaria Regular integra homens bons, que cada um evoluindo em função da sadia análise das
procuram ser melhores, sejam monárquicos ou ideias e convicções dos outros.
republicanos, conservadores ou progressistas, Fora do espaço da Loja, cada um é livre de
liberais ou sociais-democratas, seja qual for o assumir as posições políticas que entenda, como
"ismo" que prefiram. entenda, quando entenda.
Por seu turno, cada Maçom tem as Por isso, e em suma, não há posições
convicções políticas que entende ter, toma e políticas da Maçonaria Regular, mas cada Maçom
divulga (ou não...) as posições políticas que lhe Regular é livre de tomar e assumir e divulgar as
aprouver, declara (ou não...) as escolhas políticas posições e convicções e escolhas políticas que
que julga adequado declarar, quando se lhe muito bem entenda. Que serão sempre suas e só
afigura oportuno, nos locais em que pretenda e suas e só a ele vinculam.
possa fazê-lo.

Cada Maçom é, em suma, um homem Fonte


livre, que assume e aceita e com naturalidade Texto de autoria de Rui Bandeira publicado em
pratica que há um espaço - a Loja - em que www.a-partir-da-pedra.blogspot.com.br
convive e coopera com outros homens livres, que

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A literatura dedicada ao Rito Adonhiramita é
escassa, o que devemos considerar uma consequência
natural em virtude da desproporção existente entre o número
de praticantes de nosso Rito, se comparado ao Rito Escocês
Antigo e Aceito, recordista de publicações no Brasil, por exemplo.
No entanto, existem peculiaridades – se não houvesse não
haveria Ritos – e esta lacuna acaba por dificultar o entendimento dos
fundamentos, principalmente relacionados à nossa liturgia e ritualística,
tanto para Aprendizes quanto para os Mestres mais experientes.
Por outro lado, com a profusão do fenômeno de comunicação denominado
internet, a oferta de informações obtida através do mais simples mecanismo de busca
é espantosa, e aí surge a indagação: o que é confiável?
Por essa razão, a Revista UM QUARTO DE HORA se propõe a divulgar
publicações de autores confiáveis, cuja leitura de suas obras em nosso entendimento irá
auxiliar os Maçons praticantes de nosso Rito na formação de juízo acerca de nossa sublime
Doutrina.
Nossa Revista não possui qualquer fim lucrativo, e, portanto, as matérias publicadas aqui não
têm o objetivo de promover autores ou editoras em especial, pretendemos apenas sugerir a leitura de obras
que possam proporcionar algo de bom, de útil e de glorioso.

MAÇONARIA, ESCOLA DE MISTÉRIOS – A ANTIGA TRADIÇÃO E


SEUS SÍMBOLOS

Este é um daqueles livros robustos, de Embora não seja esta a proposta do autor
extensa informação, dedicado principalmente a obra se comporta como uma mini enciclopédia
àqueles pesquisadores que se propõem a ir além de ocultismo e esoterismo relacionados à
dos Rituais e investigar as origens de símbolos e Maçonaria, não se prendendo a nenhum Rito
conceitos filosóficos da Maçonaria específico.
na maioria das vezes ocultos nas MAÇONARIA, ESCOLA DE
entrelinhas ou ainda transmitidos MISTÉRIOS – A ANTIGA
exclusivamente pela tradição oral. TRADIÇÃO E SEUS
Em suas densas 670 páginas SÍMBOLOS, de Wagner
Wagner Veneziani Costa expõe as Veneziani Costa, publicado
origens de vários dos símbolos pela Editora Madras, é um
utilizados pela Maçonaria através daqueles livros de pesquisa que
dos tempos, demonstrando não não devem faltar na estante do
apenas a universalidade da nossa Maçom estudioso, pesquisador,
Doutrina, mas também a história e a e buscador de conhecimento,
ancestralidade de nossa Ordem. não importando o Grau, ou o
Apesar de volumoso sua Rito que pratica.
leitura é fácil e prende o leitor ávido por respostas A revista UM QUARTO DE HORA
de maneira eficiente, o que torna sua leitura recomenda sua leitura.
bastante aprazível.

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MÊS DIA GRAU CLASSIFICAÇÃO

3 - Trabalhos Suspensos
10 - Trabalhos Suspensos
FEVEREIRO
17 - Trabalhos Suspensos
24 - Trabalhos Suspensos
3 - Trabalhos Suspensos
11 1 Sessão Ordinária
MARÇO 17 1 Sessão Ordinária
24 1 Sessão Ordinária
31 1 Sessão Magna de Iniciação
7 1 Sessão Ordinária
14 - Trabalhos Suspensos
ABRIL
21 - Trabalhos Suspensos
28 1 Sessão de Finanças
5 1 Sessão Ordinária
12 3 Oficina Eleitoral – Administração da Loja – Biênio 2017/2019
MAIO
19 1 Sessão Ordinária
26 1 Sessão Ordinária
2 3 Sessão Ordinária
9 1 Sessão Ordinária
JUNHO 16 Trabalhos Suspensos
23 1 Sessão Magna de Instalação e Posse Administração 2017-2019
30 1 Sessão Ordinária

Observações:
a) O Calendário poderá sofrer alterações em conformidade com a
necessidade dos Trabalhos

12 Grau de Aprendiz Maçom


0 Grau de Companheiro Maçom
2 Grau de Mestre Maçom
8 Trabalhos Suspensos

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Aug e Resp Loj Simb SCRIPTA ET VERITAS, N° 1.641
Grande Benfeitora da Ordem – Fundada em 10.09.1965
Federada ao Grande Oriente do Brasil – GOB
Jurisdicionada ao Grande Oriente do Brasil no Rio de Janeiro – GOB-RJ
RITO ADONHIRAMITA
Palácio Maçônico da Rua do Lavradio, n°97, Templo n°6, Centro, Oriente do Rio de Janeiro
Sessões todas as sextas-feiras, às 19:30h

COMPOSIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
BIÊNIO 2015 – 2017 EV

LUÍS CLÁUDIO PEREIRA DERBLY


Venerável Mestre
FLAMARION GOMES TAVARES FERNANDO SANTOS PEDROZA DE ANDRADE
1° Vigilante 2° Vigilante
SERGIO ANTONIO MACHADO EMILIÃO ARLINDO JORGE DE CAMPOS
Orador Secretário
ISAAC DOMINGOS DA SILVA MARINEU DOS REIS SANTA ISABEL
Tesoureiro Chanceler

COMPOSIÇÃO DOS DEMAIS CARGOS

HENRIQUE DA SILVA PEREIRA


Cobridor Interno
CARLOS ALBERTO BORGES DA SILVA PAULO EDUARDO MIRANDA CUNHA
Mestre de Cerimônias Hospitaleiro
EDISON GUIMARÃES FRANÇA SWAMI CAETANO DA SILVA
Arquiteto 2° Experto
ALBERTO JOSÉ PINHEIRO GRAÇA LEONARDO HERMÍNIO EPEL
Mestre de Harmonia Porta Estandarte
EMIR CARVALHO DE SOUZA
Porta Bandeira
LEONARDO HERMÍNIO EPEL
Garante de Amizade – Manitoba – Canadá
WINSTON DE MATTOS
Deputado Estadual

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Você Amado Irmão, praticante de qualquer Rito
Maçônico, e não apenas o Adonhiramita, membro regular de
outras Lojas, e que tem prestigiado esta publicação, não se sente
também impelido a participar de nossa empreitada?
Nossa revista, como o Amado Irmão bem sabe, não possui
qualquer finalidade lucrativa ou comercial, e não tem outro objetivo que
não seja o de fomentar o debate e a pesquisa sobre a Doutrina de nossa
sublime Ordem, exercendo desta forma, e ao mesmo tempo, a máxima do
Livre Pensamento, permitindo aos Amados Irmãos tornarem públicas suas ideias
sobre a simbologia e a História de nossa Ordem, além de estimular a prática do nobre
ideal de todos os Maçons de “aprender para saber, e saber para ensinar”.
Se este também é seu sentimento, e o Amado Irmão possui alguma Peça de
Arquitetura que gostaria de compartilhar com outros Maçons, junte-se a nós!
Neste sentido, a ARLS SCRIPTA ET VERITAS, n° 1.641, Grande Benfeitora
da Ordem, não apenas abre as portas de nosso sagrado Templo para honradamente receber o Amado
Irmão em nossas Sessões nos auxiliando em nossos Trabalhos, mas também franqueia as
páginas da revista digital UM QUARTO DE HORA, para publicação de sua opinião sobre
qualquer tema de interesse Maçônico relacionado ao Grau de Aprendiz Maçom.
Para que seu texto seja publicado em nossa revista basta enviá-lo em meio digital para o
endereço eletrônico “quartodehora@scriptaetveritas.com.br”, acompanhado de uma fotografia sua nos
formatos JPEG ou PNG, e um pequeno currículo maçônico nos moldes do exemplo abaixo:

NOME CIVIL (PROFANO)


Nome Histórico (se for o caso)
Grau Maçônico
Loja a que Pertence e Oriente
Rito que pratica
Data da Iniciação
Comendas e condecorações

Não hesite! Sozinhos nada podemos, mas juntos de tudo somos capazes! Esperamos por você
em nosso próximo número!

Fraternalmente,

SERGIO EMILIÃO
Editor

REVISTA UM QUARTO DE HORA – ANO II – NÚMERO 17 – MARÇO DE 2017 21


A presente publicação foi produzida com o software
Microsoft Office Professional Plus 2013©, utilizando as fontes
Calibri e Times New Roman, corpos 12, 16, e 24 em espaçamento
simples.
As imagens utilizadas foram retiradas da internet, sendo portanto
de domínio público; e dos CD ROMs da série “Clipart Maçônica”
comercializados pela empresa Arte da Leitura, e editadas com a utilização do
software gráfico vetorial CorelDRAW X8©.
As fotografias dos AAm IIrm foram colhidas no acervo fotográfico da
Loja, ou disponibilizadas pelos próprios Amados Irmãos.
O conteúdo da publicação é Iniciático e não pode ser divulgado no meio profano.
Comentários, críticas, sugestões e colaborações de textos podem ser encaminhados
Para o e-mail: quartodehora@scriptaet.com.br.

UM QUARTO DE HORA é uma publicação periódica e sem fins lucrativos, editada pela
Augusta e Respeitável Loja Simbólica SCRIPTA ET VERITAS, N° 1641, Grande Benfeitora da
Ordem, praticante do Rito Adonhiramita, fundada em 10 de setembro de 1965, federada ao
Grande Oriente do Brasil – GOB, e jurisdicionada ao Grande Oriente do Brasil no Rio de Janeiro
– GOB-RJ. A Loja funciona todas as sextas-feiras, às 19:30 horas, no Templo n° 6 do Palácio
Maçônico da Rua do Lavradio, n° 97, Centro, Rio de Janeiro, RJ.

Edições anteriores podem ser solicitadas pelo Amado Irmão através do nosso e-mail
quartodehora@scriptaetveritas.com.br, ou ainda baixadas diretamente do nosso site
www.scriptaetveritas.com.br.

Capa “Eterno Obreiro”, acrílico sobre tela, Carmen Lara – Imagem colhida na internet
Arte, compilação, revisão e diagramação – Sergio Emilião

Rio de Janeiro, março de 2017 EV

Visite nossa página na internet em www.scriptaetveritas.com.br

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
NÃO PODE SER VENDIDO

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