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Prof.

Eduardo Arau
LINGUAGEM
REDAÇÃO COMPLETA
MODELO ENEM
MODELO ENEM
PROGRESSIVO
RESOLUTIVO
ESTRU-
TURA
DISSER- 1 TÓPICO FRASAL
Referência externa para apresentação do tema + 2 ideias
TATIVA 2 Desenvolvimento da ideia1

ENEM 3 Desenvolvimento da ideia2


CONCLUSÃO E INTERVENÇÃO
4 Resumo ou recapitulação + intervenção [ação, agente,
efeito, modo e detalhamento]
ESTRU- TÓPICO FRASAL
Citação de obra artística (ou dado externo) + analogia +
TURA 1 apresentação do tema + 2 pontos a serem discutidos: 1o.) a
origem do problema, 2o.) a repercussão na sociedade.
DISSER-
TATIVA
1o. ponto: discute-se a origem do problema.
2 Referência (histórica, científica etc.) + citação teórica

2o. Ponto: o que o problema causa à sociedade

ENEM 3 Dado estatístico ou referência (observação da realidade


ou dado aprendido durante o período escolar)

CONCLUSÃO E INTERVENÇÃO
4 Resumo ou recapitulação + intervenção [ação, agente,
efeito, modo e detalhamento]. Amarração do início.
TEMA: “O ESTIGMA ASSOCIADO ÀS DOENÇAS MENTAIS NA SOCIEDADE BRASILEIRA”

No filme estadunidense "Joker", estrelado por Joaquin Phoenix, é


INTRODUÇÃO

retratado a vida de Arthur Fleck, um homem que, em virtude de sua


doença mental, é esquecido e discriminado pela sociedade, acarretando,
inclusive, piora no seu quadro clínico. Assim como na obra cinematográfica
abordada, observa-se que, na conjuntura brasileira contemporânea, devido
a [ideia1] conceitos preconceituosos perpetuados ao longo da história
humana, há um estigma relacionado aos transtornos mentais, uma vez que
os indivíduos que sofrem dessas condições são marginalizados. Ademais,
é preciso salientar, ainda, que a [ideia2] sociedade atual carece de
informações a respeito de tal assunto, o que gera um estranhamento em
torno da questão.
SUBTEMA: “RAIZ HISTÓRICA PARA DISCRIMINAÇÃO”

Em primeiro lugar, faz-se necessário mencionar o período da Idade Média,


IDEIA 1

na Europa, em que os doentes mentais eram vistos como seres demoníacos, já


que, naquela época, não havia estudos acerca dessa temática e,
consequentemente, ideias absurdas eram disseminadas como verdades. É
perceptível, então, que exista uma raiz histórica para o estigma atual
vivenciado por pessoas que têm transtornos mentais, o que ocasiona um
intenso preconceito e exclusão. Outrossim, não se pode esquecer que, graças
aos fatos supracitados, tais indivíduos recebem rótulos mentirosos como, por
exemplo, o estereótipo de que todos que possuem problemas psicológicos são
incapazes de manter relacionamentos saudáveis, ou seja, não conseguem
interagir com outros seres humanos de forma plena. Fica claro, que as doenças
mentais são tratadas de forma equivocada, o que fere a dignidade de toda a
população
SUBTEMA: “FALTA DE INFORMAÇÃO SOBRE O TEMA”

Em segundo lugar, ressalta-se que há, no Brasil, uma evidente falta de


IDEIA 2

informações sobre os transtornos mentais, fomentando grande preconceito e


estranhamento com essas doenças. Nesse sentido, é lícito referenciar o
filósofo grego Platão, que em sua obra "A República", narrou o intitulado "Mito
da Caverna", no qual homens, acorrentados em uma caverna, viam somente
sombras na parede, acreditando, portanto, que aquilo era a realidade das
coisas. Dessa forma, é notório, que, em situação análoga à metáfora
abordada, os brasileiros, sem acesso aos conhecimentos acerca dos
transtornos mentais, vivem na escuridão, isto é, ignorância, disseminando
atitudes preconceituosas. Logo, é evidente a grande importância das
informações, haja vista que a falta delas aumenta o estigma relacionado às
doenças mentais, o que prejudica a qualidade de vida das pessoas que
sofrem com tais transtornos.
Destarte, medidas são necessárias para resolver os problemas discutidos.
Isto posto, [QUEM] cabe à escola, forte ferramenta de formação de
CONCLUSÃO
opinião, [O QUE - COMO] realizar rodas de conversa com os alunos sobre
a problemática do preconceito com os transtornos mentais, além de [O
QUE] trazer informações científicas sobre tal questão. Essa ação pode se
concretizar [COMO] por meio da atuação [QUEM] de psiquiatras e
professores de sociologia, estes [COMO] irão desconstruir a visão
discriminatória dos estudantes, enquanto que aqueles irão mostrar
dados/informações relevantes sobre as doenças psiquiátricas. [PARA
QUE] Espera-se, com essa medida, que o estigma associado às doenças
mentais seja paulatinamente erradicado.

Adrielly Clara Enriques Dias – (Minas Gerais)


PROPOSTA DE REDAÇÃO Palavras que
não podem
A partir da leitura dos textos motivadores e com faltar
base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em MAS/PORÉM
modalidade escrita formal da língua portuguesa JÁ QUE/DEVIDO A
sobre o tema “O estigma associado às doenças CONFORME
mentais na sociedade brasileira”, apresentando EMBORA
proposta de intervenção, que respeite os direitos SE / CASO
A FIM DE QUE
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
PORTANTO
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa ISSO/TAIS
de seu ponto de vista. O/A QUAL
ALÉM DISSO
(ADEMAIS)
EM SUMA

À [CRASE]
ESTRUTURA DA
REDAÇÃO BASEADA NO
TÓPICO FRASAL E
ORGANIZADA EM
QUATRO PARÁGRAFOS.
Retoma subtema

IDEIA 1 Nova citação ou analogia RESUMO OU


RECAPITULAÇÃO
– INTERVENÇÃO
Citação para Relaciona e comenta -
RESOLUTIVO analogia e QUEM
(COBRA SOLUÇÃO
PARA PROBLEMA)
apresentação do
tema Retoma subtema O QUE
COMO

IDEIA 2 Dado ou alusão histórica PARA QUE


[Detalhamento]

Relaciona e comenta
TEMA: “O ESTIGMA ASSOCIADO ÀS DOENÇAS MENTAIS NA SOCIEDADE BRASILEIRA”

Na obra “Quincas Borba”, de Machado de Assis, é mencionada a


INTRODUÇÃO

trajetória de Rubião que, após receber grande herança e atrair vários


amigos, é acometido por uma enfermidade mental, fazendo com que
seus conhecidos se afastassem e que fosse abandonado em um
hospital psiquiátrico. Fora da ficção, o estigma associado às doenças
mentais também é presente na sociedade brasileira, haja vista que
muitos [ideia1] indivíduos com transtornos dessa ordem são excluídos
da sociedade e que muitas pessoas com sintomas de desequilíbrio
mental [ideia2] não buscam ajuda.
SUBTEMA: “INDIVÍDUOS COM TRANSTORNO SÃO EXCLUÍDOS”

Em primeiro lugar, é relevante destacar que o estigma associado às


IDEIA 1

doenças mentais faz com que as pessoas acometidas por essas


enfermidades sejam excluídas do meio social. Nesse sentido, Nise da
Silveira, médica psiquiatra, revelou que muitas famílias se
envergonham por terem um ente com transtornos mentais e optam por
deixa-lo, de forma vitalícia e quase sem visitas, em hospitais
especializados. Desse modo, o preconceito com doenças mentais na
sociedade brasileira gera a ocultação, em clínicas médicas, das
pessoas que não se enquadram dentro de um perfil esperado de
normalidade, o que engendra a exclusão social.
SUBTEMA: “FALTA DE INFORMAÇÃO SOBRE O TEMA”

Ademais, o estigma e a falta de informação sobre doenças mentais


IDEIA 2

fazem com que muitos indivíduos, com sintomas dessas patologias,


não busquem ajuda especializada. Nesse contexto, pesquisas
aventadas pela Organização Mundial de Saúde revelaram que menos
da metade das pessoas com os primeiros sinais de transtornos, como
pânico e depressão, procura ajuda médica visto temer julgamentos e
invalidações. Assim, o preconceito da sociedade brasileira com as
doenças mentais faz jus com que a busca por tratamento, por parte
dos doentes, seja evitada, o que aumenta, ainda mais, o índice de
brasileiros debilitados devido a essas mazelas.
Portanto, é necessário que [QUEM] o Estado, em conjunto com o
Ministério da Saúde, [O QUE] informem a população sobre o que são, de
CONCLUSÃO
fato, as doenças mentais e a importância do tratamento [PARA QUE] para
que o estigma associado a elas finde. Tal tarefa será realizada [COMO]
por meio de expansivas campanhas publicitárias nos veículos de
comunicação em massa, como a internet e a televisão, [QUEM] com
profissionais de saúde especializados no assunto, [PARA QUE] o que fará
com que o povo brasileiro [O QUE] seja elucidado sobre essas patologias
rapidamente. Sendo assim, episódios de abandono e preconceito
associados a transtornos mentais, como o de Rubião, estarão apenas nos
livros.

Redação nota 1.000 de Adrielly Clara Enriques Dias, MG


FIM
ESTRU-
TURA
DISSER- 1 TÓPICO FRASAL
Apresentação do tema + 3 ideias
TATIVA 2 Desenvolvimento da ideia1
CLÁSSI-
CA 3 Desenvolvimento da ideia2
4 Desenvolvimento da ideia3
CONCLUSÃO
5 Resumo ou recapitulação + proposta de solução positiva
para o problema (Intervenção).
TEMA: “GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA.”
INTRODUÇÃO

Muitas adolescentes engravidam todos os anos no Brasil. Isso


ocorre não só por ausência de diálogo na família, mas também por
falta de informação e imaturidade de muitos jovens.

O sexo é um assunto tabu na sociedade brasileira; visto que


IDEIA 1

envolve questões morais, éticas e religiosas. Embora faça parte do


desenvolvimento natural do indivíduo, raramente pais e filhos têm um
diálogo franco sobre o assunto. Isso faz com que vários jovens
descubram/aprendam sobre sexualidade com pessoas tão ou mais
inexperientes do que eles.
SUBTEMA: “FALTA DE INFORMAÇÃO”

A escola é um espaço privilegiado para aquisição de conhecimento;


IDEIA 2

entretanto, poucas são aquelas que apresentam a disciplina de Educação


Sexual, já que muitos pais a consideram forma de corromper a inocência infantil
e estímulo precoce à sexualidade. Desse modo, o sexo é frequentemente
abordado num prisma biológico e/ou quase sempre nocivo (propagador de HPV,
Sífilis, HIV e outras IST’s), nunca na perspectiva dos afetos. Se houve maior
investimento em educação nas últimas décadas, isso não resultou – pelo menos
nas políticas públicas – em campanhas preventivas amplas e eficientes para
além do carnaval e outras datas comemorativas. Some-se a isso tudo, a
erotização do corpo juvenil - explorado desde sempre pela mídia – e a internet
que, se permitiu livre acesso à informação, “liberou” a pornografia a bilhões de
usuários.
SUBTEMA: “IMATURIDADE E PERSPECTIVA DE VIDA”

Os jovens tendem a ser inconsequentes e impulsivos, por


IDEIA 3

conseguinte, mais vulneráveis à ação da libido. O fácil acesso ao


álcool e a outros tipos de drogas, no país, favorecem a imprudência.
Ainda que muitos tenham à disposição métodos contraceptivos, a
imaturidade pode levar à gravidez precoce. Nem sempre, contudo,
essa é “indesejada”, já que parece aos mais ingênuos uma forma de
“prender” um parceiro num relacionamento, de emancipar-se dos pais
ou de ingressar na fase adulta. Em contextos de miserabilidade
extrema, engravidar implica aliança parental, uma estratégia de
sobrevivência para carências diversas.
A gravidez na adolescência não é, portanto, uma questão individual,
mas problema social a ser combatido com ações efetivas. Cabe ao
CONCLUSÃO
Ministério da Saúde promover campanhas nacionais preventivas e
garantir orientação e atendimento em suas unidades a fim de diminuir
os casos. Palestras e rodas de discussão que visem a atrair e a
envolver os pais nos debates escolares (a serem definidas pelo MEC)
são, portanto, medidas estratégicas para sanar o problema.
Finalmente, é dever do Estado expandir as perspectivas de vida dos
jovens – com lazer, educação e trabalho, o que contribuirá igualmente,
para que, com maturidade, estejam aptos – no tempo certo e com
segurança, seja qual for sua crença - a exercerem plenamente sua
sexualidade.
MODELO CLÁSSICO
PROGRESSIVO
TEMA: “O FUTEBOL COMO REPRESENTAÇÃO DO BRASIL.”
INTRODUÇÃO

“O futebol é, por excelência, o esporte do Brasil. Ele espelha


desejos de ascensão socioeconômica por meio do talento individual, o
que resulta, muitas vezes, na concretização de sonhos nem sempre
plenos de realização.
Muitos jovens consideram o futebol como uma oportunidade de ganho
IDEIA 1

material e reconhecimento. Jogo democrático, competitivo e estratégico, sorte e


acaso também o definem; entretanto, como qualquer esporte, o futebol depende
da engenhosidade e talento do atleta. Tanto meninos jogadores de várzeas
quanto aqueles formados em clubes privados terão, aparentemente, as mesmas
possibilidades de sucesso, contudo, a trajetória até às categorias de base implica
enfrentar diversos desafios.
SUBTEMA: “TALENTO INDIVIDUAL E REPRESENTAÇÃO”

Pelé e Garrincha, dois mitos do futebol brasileiro - ambos


IDEIA 2

afrodescendentes de origem pobre - são representações do poder da


"paixão nacional". Opostos, Pelé soube se adaptar às exigências
técnicas, comportamentais e midiáticas, enquanto, Garrincha perdeu-
se na ilusão da fama, sucumbindo ao alcoolismo devido também a
dramas pessoais. Se a inventividade/malandragem de ambos no
campo fascinaram o Brasil, é por que refletiam a esperança e a
capacidade de superação de toda uma nação. Orgulhosos, tantas
vezes da excelência de nossos jogadores, sentimo-nos mais valorosos
diante das nações desenvolvidas.
SUBTEMA: “FUTEBOL ATUAL E NOVOS VALORES”

O Brasil apresenta, hoje, um futebol mais comercial, já que boleiros


IDEIA 3

profissionais como Kaká e Neymar já não apresentam laços estreitos


com a camisa/clube que defendem, como faziam os atletas do
passado. Embora os estádios continuem tomados por torcidas
organizadas, a harmonia e a ingenuidade anteriores parecem
perdidas. Os conflitos em campo, a agressividade, o racismo, a
xenofobia e o machismo corromperam a euforia coletiva que refletia
um país (talvez aparentemente) mais unido.
O futebol, como esporte nacional, têm sua importância, já
CONCLUSÃO

que canaliza nossos anseios e, por um breve momento,


fortalece laços de união. Uma nação, no entanto, não depende
da paixão futebolística, posto que um país não se faz com
ilusões, fanatismo e alienação, mas com melhorias sociais e
redução da desigualdade. É nisso, portanto, que devemos
investir nossa fé e atitudes: na construção de um país de
oportunidades reais para todos, não limitado apenas a campos
de futebol.
MODELO CLÁSSICO
PROGRESSIVO
TEMA: “A CRISE NO ENSINO PÚBLICO BRASILEIRO.”
TÍTULO: “UMA EDUCAÇÃO QUE NÃO APRENDE”
INTRODUÇÃO

A escola pública talvez seja uma das instituições mais importantes


de uma sociedade. Espaço de convívio social formador, no Brasil, ela é
negligenciada desde a estrutura física até a grade curricular, arcaica e
obsoleta.
A escola é a primeira experiência de convívio mais complexo para a maioria
IDEIA 1

das pessoas, já que se trata de um espaço de interação social coletivo onde


deveriam ser estimulados valores como respeito à diversidade e à tolerância,
além de valorizada a capacidade individual do aluno. Sua estrutura autoritária,
contudo, cerceia a liberdade e mata o que há de criativo e espontâneo nos
jovens. Convertida em espaço de confinamento, não são raras às vezes em que
a energia nela represada resulte em "bullying", vandalismo e desrespeito ao
professor.
SUBTEMA: “ESPAÇO FÍSICO PRECÁRIO”

O modelo arquitetônico prisional da maior parte das


IDEIA 2

escolas públicas acarreta tanto desestímulo aos estudos


quanto leva à sua depredação. A omissão política em relação
aos investimentos em Educação é responsável também por
prédios com estrutura precária e manutenção deficiente. Além
disso, os salários baixos e planos de carreira inexistentes para
educadores e dirigentes foram responsáveis pelo abandono
dos profissionais mais capacitados para atuar no Ensino
Público.
SUBTEMA: “GRADE CURRICULAR ANACRÔNICA”

Outra questão é que o mundo mudou e a escola não acompanhou


IDEIA 3

sua evolução com igual velocidade. Embora a Internet tenha


propiciado maior dinâmica na aquisição, acesso e troca de
conhecimento; na escola impera ainda a pedagogia do giz e do
apagador. Sua grade curricular quase sempre é rígida e anacrônica.
Seu foco parece ser o vestibular e não a formação plena do cidadão, já
que se mostra mais apegada ao conteúdo do que à reflexão crítica e
ao saber aplicável à vida e ao trabalho.
A crise na Educação é um problema que só será
solucionado com uma ação mais efetiva que envolva toda a
CONCLUSÃO

sociedade. Cidadãos que exijam investimentos maiores; pais


participantes da rotina escolar; educadores e dirigentes mais
comprometidos; estudantes estimulados (numa instituição mais
democrática) é, portanto, do que necessitamos para
construção um país mais justo. Apenas assim, teremos
cidadãos críticos e capacitados não só para universidade e
mercado de trabalho, mas para uma vida mais plena e aberta a
possibilidades diversas.

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