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A primeira posição é não, um escravo não pode ser livre em condição alguma. Isto
porquê? Um escravo é um escravo pois a sua liberdade lhe foi abolida. Nas expedições
portuguesas a Africa, realizadas dos séculos XV a XIX, famílias africanas eram
encaixotadas dentro dos navios portugueses e quase que não eram alimentadas, mal
entravam naquele barco deixavam de ser um ser humano livre para passar a ser um
escravo da posse dos portugueses. Eram comercializados como objetos e tratados como
tal. Devido ao facto de estas atitudes irem contra os direitos humanos de liberdade, a
escravatura foi abolida de todos os países do mundo à exceção do Sudão, como já referi
antes.
Além dos maus tratos humanos realizados aos escravos, outro possível argumento para
esta posição de que um escravo nunca pode nem poderá ser livre é que este tem um
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dono, pertence a uma pessoa. Tendo em conta isto, pode se concluir que um escravo
nunca pode ser livre pelo facto de ser controlado por alguém com mais poder que ele.
A posição contrária a esta é que um escravo pode ser livre. E como é que um escravo
pode ser livre? Primeiro, temos de rever o conceito de livre-arbítrio: um sujeito poder
escolher entre fazer x ou fazer y. Tendo noção deste conceito podemos entender que um
escravo tem sempre hipótese de escolha. Vejamos um exemplo, um escravo é vítima de
maus tratos por parte do seu proprietário, este sente-se revoltado e, por isso decide que
quer fugir da casa deste. Este reúne-se com outros escravos e fogem todos da casa onde
viviam para longe de onde viviam. Mesmo que os proprietários dos escravos os
tranquem à noite e estejam constantemente a vigiá-los, estes podem sempre escolher
entre duas opções. Com isto podemos já perceber que qualquer ser humano é livre,
desde que não estejam sob coação, compulsão psicológica ou controlo artificial. A mais
provável de acontecer nestes casos seria matar a família dos escravos caso estes
fugissem, mas não vejo razão para se um escravo se importa realmente pela sua família,
fugir sem ela.