Você está na página 1de 3

Capítulo I – Objeto deste primeiro livro

Neste capítulo, o autor fornece uma introdução sobre o assunto mencionado no


livro que é a relação entre o direito de vida ou morte e a escravidão. Rousseau
indaga porque um homem nascido livre se torna um escravo. Tentando quase
se matar.

Capítulo II – Das primeiras sociedades

Aqui o autor descreve a primeira ordem social. A família, que não dura muito,
pois é perdida quando os filhos obtêm suas independências.

Capitulo III – Do direito do mais forte

Rousseau discorre sobre o poder do mais forte. Na maioria das vezes o mais
forte nem sempre tem força o bastante para segurar esse poder. Rousseau
descreve então as falhas e os buracos desse modo de pensamento. O mais
comum é que o senhor tenha o direito de governar e os súditos tenham o dever
inquestionável de obedecer. Mas que direito é esse que depende da força? A
partir do momento em que se cessa a força, a obediência também cessa.
Conclui-se que “a força não faz o direito e que só se é obrigado a obedecer aos
poderes legítimos”. Nessa parte que ele disserta também sobre a relação de
mútua causalidade entre democracia direta e igualdade social entre os
cidadãos, sendo este capítulo o principal que inspira a fase jacobina
da Revolução Francesa.

Capítulo IV – Da escravidão

Neste capítulo, o assunto tratado é a escravidão. Se a força de um homem


sobre outro não é legítima, sobra somente o poder legítimo. A escravidão seria
legítima, pois foi com razão que o escravo se tornou um escravo? Não. A
escravidão não pode ser legítima, pelo menos não para uma população inteira.
Se uma pessoa pode se tornar escravo por vontade própria, por que
populações não o podem também? Porque uma pessoa se torna escrava em
troca de subsistência. Já uma população, quando se torna escrava, perdendo
sua liberdade, também perde seus bens que passa-os para o imperador.
Nenhuma população aceitaria isso o que torna a escravidão de uma população
ilegítima.
No entanto a escravidão de indivíduos é aceite, por exemplo, na guerra,
quando um vencedor toma direito sobre a vida do vencido. Mas, Rousseau
afirma que a escravidão se baseia no direito de vida ou morte e este direito de
vida ou morte se baseia na escravidão, criando um círculo vicioso.

Capítulo V – De como sempre é preciso remontar a uma primeira


convenção

Aqui o autor separa uma agregação de um senhor e seus escravos e uma


população e seu imperador. Aqui ele remete à lei do mais forte. Para um povo
se entregar a um rei, é necessário que ele seja aprovado. No caso de não
unanimidade, como seria definida a votação? Poderia ser maioria de votos? Ou
número de votos, sendo que alguns votos contam mais que outros. Para essas
escolhas é necessária uma convenção anterior, que é a base deste capítulo.

Capítulo VI – Do pacto social

Neste capítulo, o autor mostra como se formou um primeiro pacto social.


Quando os homens não tinham mais a capacidade de subsistência individual,
precisaram se unir e agregar-se. Formou-se assim o primeiro pacto social. A
partir desse momento o homem passou do estado natural para o estado civil. O
contrato social deve procurar uma agregação que defenda e proteja com toda a
força os bens, direitos e interesses de todos os indivíduos na agregação. Este
contrato então acaba por ter somente uma cláusula: a alienação de todos os
indivíduos e mantê-los iguais. Rousseau resume o pacto social a: cada um de
nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a suprema direção da
vontade geral; e recebemos, coletivamente, cada membro como parte
indivisível do todo.

Capítulo VII – Do soberano.

Quando se elege um soberano, que pode tanto ser um indivíduo como um


corpo político, estabelece-se uma relação entre os povos e o soberano. Cada
um deve ajudar ao outro.

Já a população pode ter conflitos. Cada indivíduo pode ter seu próprio
interesse, pois o soberano não pode apagar o interesse do indivíduo.
Mas o que acontece quando um súdito tem interesses diferentes do soberano,
ele irá ter direitos sem sofrer os deveres que outros devem sofrer, o que fará
ser injusto, qualidade que os indivíduos não querem alcançar. Resumindo, o
contrato acaba forçando a serem livres.

Capítulo VIII – Do estado civil

Quando o homem passa do estado natural para o civil, várias mudanças


ocorrem. Ele substitui o instinto pela justiça e adiciona moral à sua conduta. O
homem perde sua liberdade natural e o direito a tudo que puder alcançar. E
ganha a liberdade civil, que é limitada pela vontade geral, e impossibilidade de
passar sobre os direitos de outro indivíduo.

Capítulo IX – Do domínio real

Cada indivíduo de uma comunidade entrega-se a ela com todas as forças. A


posse não muda de mãos na verdade é a força da comunidade que aumenta.

Todo homem tem direito ao que lhe é necessário, mas o ato positivo, que o
torna proprietário de qualquer bem, o excluí de tudo o mais. Não deve se
preocupar com nada além de sua parte.

Para legitimar o direito de primeiro ocupante é necessário que o terreno


estivesse vazio, que dele só se ocupe o necessário. O autor crítica ao dizer que
atribuir o direito de primeiro ocupante ao trabalho e à necessidade é passar dos
limites. Indaga se não seria possível estipular limites para o direito?

Rousseau diz que ao se dominar um território, o imperador fica mais seguro de


dominar seus habitantes. E termina o capítulo mostrando algumas relações
entre os direitos de cada indivíduo e os direitos de um homem numa
comunidade

O pacto fundamental substitui, ao contrário, por uma igualdade moral e legítima


aqui que a natureza traria de desigualdade física entre os homens.

Você também pode gostar