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Nome: Victor Gomes Pereira 3°EMA

POVO: Akuntsu

FAMÍLIA LINGUÍSTICA (TRONCO):Língua akuntsú pertence à família Tupari, do tronco Tupi, e é


falada por três indígenas monolíngues do povo homônimo que vive no sudeste de Rondônia,
Brasil, assentado na Terra indígena Rio Omerê. A língua akuntsu é classificada como parte da
família Tuparí, à qual pertencem no total cinco línguas ainda faladas atualmente: o Ayurú, o
Makuráp, o Mekéns, o Tuparí e o próprio akuntsu. Todas essas línguas são faladas no estado
de Rondônia e são consideradas gravemente ameaçadas.

HISTORIA:Akuntsu ou Akunsu, não corresponde à autodenominação do grupo. Apenas


atendem por este nome por serem desta maneira chamados pelos seus vizinhos Kanoê,
remanecentes dos grupos Kanoê contactados pelas frentes da comissão Rondon nos vales do
rio Tanaru entre 1913 e 1914, os quais mantiveram-se isolados nas matas do Omerê até 1995,
onde foram contactados pouco antes de seus vizinhos Akuntsu, pela frente de atração da
Funai. Os Akuntsu, por sua vez, chamam os Kanoê pela designação Emãpriá. Em meados dos
anos 1980, os Akuntsu viveram provavelmente o seu último grande conflito com os brancos.
Provas encontradas pelas frentes da Funai revelaram que nas matas da região havia
acontecido um massacre, pois foram encontrados restos de utensílios e vestígios de uma
aldeia com aproximadamente trinta indivíduos.Dez anos mais tarde, quando o órgão
indigenista oficial contatou pela primeira vez os Akuntsu, o relato de um dos membros do
grupo, composto então por apenas sete pessoas, esclareceu aos sertanistas da Funai o que
havia realmente acontecido. Kunibu reconheceu os restos de cerâmica e alguns utensílios
como pertencentes à sua antiga aldeia, e revelou com clareza de detalhes, inclusive mostrando
no próprio corpo as marcas, o que a seu ver tratou-se de uma tentativa de exterminá-los.
Kunibu relata o ataque que ele e seu povo sofreram por parte de homens brancos que há
muito queriam expulsá-los de suas terras, e lembra com pesar dos nomes dos mortos, que
parecem ser mais de quinze

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA NO BRASIL: Akuntsu vivem em pequenas malocas próximas uma


da outra, nas matas do igarapé Omerê, afluente da margem esquerda do rio Corumbiara, no
sudeste de Rondônia. A área constitui uma pequena reserva de mata outrora pertencente a
uma fazenda particular interditada pela Funai no final dos anos 1980. Caracteriza-se por
floresta equatorial de terra firme, razoável incidência de pequenos morros, poucas nascentes
e, assim como as demais reservas de mata de Rondônia, encontra-se seriamente ameaçada
por frentes agropastoris.

POULAÇÃO ANTIGA E ATUAL: Os Akuntsu constituem-se hoje num dos menores grupos étnicos
do Brasil. O relato de um dos membros do grupo, composto então por apenas sete pessoas,
Segundo informação do representante da Funai no local, Moacir Góes, em março de 2005 o
grupo era constituído por Kunibu (também conhecido como Babá), homem de
aproximadamente 65 anos; Ururu, mulher de cerca de 75 anos; Popak, do sexo masculino e
próximo dos 35 anos; além de três índias com idades entre 18 e 30 anos. Em janeiro de 2000,
durante uma tempestade noturna, uma grande árvore caiu sobre a casa de Kunibu, matando
sua filha mais nova e ferindo-o. Em outubro de 2009, faleceu a mulher mais velha do grupo,
Ururu, que tinha em torno de 85 anos. A população akuntsu reduziu-se ainda mais, contando,
em 2009, com apenas 5 pessoas.

ASPECTOS CULTURAIS E CURIOSIDADES :As sessões de xamanismo estão sempre presentes na


vida ritual dos Akuntsu. Kunibu, chefe e pajé do grupo, interage com uma mulher pajé Kanoê
em longos encontros que envolvem os característicos sopros e aspiração de pó de angico
(rapé). Entram em transe e evocam espíritos de animais e entes fantásticos, os quais parecem
incorporar.

Fabricam peças de cerâmica e adornos corporais, como braçadeiras, jarreteiras e tornozeleiras


de algodão, algumas com pequenos apliques de pedaços de pele com plumas de aves (tucano)
e algumas vezes dentes de mamíferos.

Os arcos são feitos de uma espécie de palmácea, e as flexas são em sua maioria de ponta
hemorrágica ou com três pontas, decoradas com fios tingidos de vermelho, possuindo uma
bela estética.

Os Akuntsu usam conchas de rio de diversos tamanhos e vários tipos de sementes que aplicam
no fabrico de colares, também são usados pedaços de plástico.

Tanto homens como mulheres usam uma pequena tanga com franjas de líber ao modo de
vários povos já documentados pela comissão Rondon, como os antigos Kepkiriwát.

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