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BLOCO DE NOTAS

PRIMEIRA PARTE - A SERVIÇO DO ABSOLUTISMO


Capítulo 1: “O Príncipe”, de Maquiavel (1513)

Maquiavel → nome substantivado “maquiavelismo” ou adjetivado como “maquiavélico”*


*institucionalização do mal

O cenário e as circunstâncias:
> formação de reinos (Estados monárquicos unificados como Espanha, França e
Inglaterra);
> cenário econômico (descoberta da América e as novas rotas das Índias);
> a crise da consciência européia
> contestação da autoridade do Papa (Igreja);
> região onde Maquiavel escreve “O Príncipe”: Itália (do Renascimento);

“É na Itália, mais do que em qualquer outra parte, que esse indivíduo renovado, por pouco
que sinta sua força, energia e valor (tudo quanto exprime a palavra italiana virtu que trairia a
francesa vertu), irrompe, explode, goza agressivamente de sua emancipação.” (p.18) → UMA
ITÁLIA MALDOSA (MAQUIAVEL)

“Tal era a Itália em fins" do século .XV, devastada por dissensões e crimes, em meio a mais
esplêndida flo~ção artística que a humanidade jamais conheceu desde os tempos antigos.”
(p.19) → enfoque na região de Florença (cidade natal de Maquiavel)

Os Principados
“Maquiavel, cotito, ele próprio nos diz na preciosa carta a Vettori, propôs investigar "qual a
essência dos principados, de quantas espécies podem ser, como são conquistados,
conservados e por que se perdem." (p.25)

> Os principados opõem-se às repúblicas;


> Principados: Hereditários e novos.
> Principados hereditários: consiste à função do príncipe: não ultrapassar em absoluto os
limites estabelecidos pelos antepassados e contemporizar com os acontecimentos"; uma
capacidade ordinária permite que. se conserve no trono. (p.25)
> Principados novos;
> Principados mistos: mescla de principados hereditários e novos.
> Principados eclesiásticos;
> Principados ambicionados: modos de governo despótico, aristocrático ou republicano.

> Para Maquiavel, a legitimidade da aquisição se dá pelo meio da força e não pela questão do
direito.
“O desejo de conquistar é sem dúvida algo de ordinário e natural, e todo aquele que se
entrega a tal desejo quando possui os meios para realizá-lo, é antes louvado que censurado;
mas formar o desígnio sem poder executá-lo é incorrer na censura e cometer um erro.” (p.26)

Obs: Se um príncipe tiver forças suficientes para liderar guerras e governar um país, ele
deve fazer isso. Caso contrário, “"Quão Dignos de Censura são os Príncipes que não têm
Exército Nacional.” (p.27)

A distinção entre fortuna e virtu


“Os que se tornam príncipes pela própria "virtu" e pelas próprias armas conhecem muitas
dificuldades para se instalar no principado,. para nele se radicar, mas depois, muita facilidade
para conservá-lo.” (p.28)

> Um príncipe, se quiser governar, precisa ter uma certa quantidade de fortuna e de virtude;
> O uso da palavra “virtude”, para Maquiavel:
- “virtu” não tem o mesmo significado moral de “virtude”;
- “virtu” → habilidade para governar (inteligência, saber negociar);
> Segundo Maquiavel, a virtude não necessariamente significa não cometer atos de
desonestidade ou crueldade. Pelo contrário, a crueldade, a maldade e a desonestidade podem
ser úteis. “Um príncipe ao mesmo tempo deve ser amado e temido. Mas, na impossibilidade
de ser os dois ao mesmo tempo, é muito melhor ser temido do que ser amado” → o que não
significa também que o príncipe não deve ser odiado pelo povo.
> Cinco grandes qualidades que um príncipe deve possuir: piedade, fidelidade, humanidade,
integridade e religiosidade.

> Para Maquiavel, todas essas qualidades devem ser expressas verbalmente pelo príncipe, no
entanto, ele próprio não precisa ter todas essas qualidades apenas parecer que tem elas.
Contanto que ele precisa convencer as pessoas.

Considerações finais: ??

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