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Princípios da Administração

00:00:00 - E aí vamos lá seguindo hoje então


00:00:06 - além do direito de defesa prévia do
00:00:08 - direito à defesa técnica nós temos o
00:00:11 - direito ao duplo de julgamento O duplo
00:00:13 - grau é o direito ao julgamento e ao
00:00:16 - relacionamento né no âmbito do Direito
00:00:18 - Administrativo não se pode falar em
00:00:20 - jurisdição a jurisdição do Brasil é
00:00:22 - a única exercida pelo Judiciário o
00:00:25 - duplo grau de jurisdição o direito ao
00:00:27 - recurso na Via administrativa é
00:00:30 - inerente à ampla defesa inclusive em
00:00:33 - razão disso foi editada a súmula
00:00:35 - vinculante nº 21 que diz que é
00:00:38 - inconstitucional a exigência de
00:00:41 - depósito garantia ou caução para
00:00:45 - interposição de recurso administrativo
00:00:46 - então vigência de caução para
00:00:49 - interposição de recurso administrativo
00:00:50 - é inconstitucional e é
00:00:53 - inconstitucional porque restringe o
00:00:57 - direito ao contraditório ou seja se vou
00:00:59 - exige caução você está limitando
00:01:02 - direito ao recurso e consequentemente
00:01:05 - violando ampla defesa A ideia é de que
00:01:08 - o direito à defesa técnica também
00:01:11 - como direito ao duplo grau de julgamento
00:01:14 - compõem esses princípios lembra vocês
00:01:17 - também que o artigo quinto inciso 54
00:01:20 - fala do devido processo legal que
00:01:24 - também é muito observado Nas questões
00:01:27 - de prova de OAB e o devido processo
00:01:29 - legal é obrigatório para restrição
00:01:31 - de direito seja ele um processo judicial
00:01:34 - seja ele um processo administrativo tá
00:01:37 - também queria falar de alguns
00:01:39 - princípios implícitos para começar o
00:01:42 - princípio da autotutela com ele aqui
00:01:44 - para mim autotutela é autocomposição
00:01:49 - a súmula 473 do STF Ela traz para gente
00:01:55 - essa ideia de autotutela ela estabelece
00:01:59 - administração tem o poder de rever os
00:02:02 - seus próprios atos independentemente de
00:02:05 - provocação então ainda que não tenha
00:02:08 - sido provocado por ninguém
00:02:10 - administração pública tem o dever de
00:02:13 - rever os atos que ela pratica E aí ela
00:02:16 - tem o poder de rever os seus próprios
00:02:17 - atos anulados se ele estiver em um
00:02:22 - vício de ilegalidade e revogando por
00:02:30 - motivo de mérito de interesse público
00:02:33 - de oportunidade e conveniência alguns
00:02:37 - pontos importantes aqui ao tutela não
00:02:40 - depende de provocação do interessado
00:02:42 - é possível que o interessado provoque
00:02:44 - Porque existe o direito de petição é
00:02:47 - o artigo quinto inciso 34 da
00:02:50 - Constituição Federal traz o direito de
00:02:54 - petição e diz que qualquer cidadão é
00:02:57 - parte legítima para peticionar aos
00:02:59 - órgãos públicos requerendo anulação
00:03:01 - de Atos lesivos mãe ainda que não haja
00:03:05 - provocação de nenhum interessado é
00:03:07 - possível provocação mas ainda que
00:03:10 - não haja administração pode e deve de
00:03:13 - ofício rever os atos que ela pratica
00:03:15 - Inclusive essa instauração de
00:03:18 - processos para análise de Atos pode-se
00:03:20 - dar inclusive por denúncia anônima né
00:03:22 - é a súmula 611 do STJ que chancela num
00:03:27 - processo administrativo seja instaurado
00:03:30 - em decorrência de uma denúncia
00:03:31 - anônima aconteceu uma denúncia
00:03:34 - anônima isso gerou a investigações e
00:03:36 - no banco das investigações
00:03:38 - administração verificou fato decidiu
00:03:41 - instaurar o processo dela pode instaurar
00:03:43 - de ofício em decorrência de uma
00:03:44 - denúncia anônima anterior a ideia é
00:03:47 - de que o particular ele pode provocar
00:03:50 - mas não é provocação administração
00:03:53 - pode instaurar o processo e pode rever
00:03:55 - os seus atos e deve E aí se o ato foi
00:03:59 - legal administração pode e deve de ter
00:04:03 - relação desse ato ilegal os atos
00:04:06 - ilícitos devem ser anulados agora se o
00:04:09 - ato For legal solicito administração
00:04:12 - ela pode revogar esse porque não há
00:04:16 - mais interesse público oportunidade e
00:04:19 - conveniência na manutenção desse ato
00:04:22 - então a anulação pode decorrer de
00:04:24 - vício de legalidade e arr mesmo sendo
00:04:29 - um ato válido é possível né então
00:04:32 - administração exerce a sua alta tutela
00:04:34 - sobre as válidos mas ela também exerce
00:04:38 - o seu poder de alta ela sobre atos
00:04:40 - válidos determina a revogação dos
00:04:43 - atos válidos quando não houver mais
00:04:44 - interesse público na manutenção desse
00:04:47 - ato Ok beleza pessoal alto dela é alto
00:04:52 - controle isso já ficou na nossa cabeça
00:04:54 - não depende de provocação também
00:04:57 - queria conversar com vocês acerca dos
00:05:01 - princípios da razoabilidade e da
00:05:05 - proporcionalidade o entendimento
00:05:08 - majoritário é de que a
00:05:10 - proporcionalidade é inerente à
00:05:12 - razoabilidade né E essa razoabilidade
00:05:16 - é uma das maiores e limitadoras do que
00:05:19 - a gente chama de discricionariedade do
00:05:20 - gestor porque todas as vezes que esse
00:05:23 - gestor tiver uma margem de escolha nos
00:05:26 - limites da Lei filha dele tem que se dar
00:05:29 - dentro de padrões razoáveis
00:05:31 - razoabilidade nada mais é do que a
00:05:34 - aceitabilidade social da conduta a
00:05:37 - conduta razoável é aquela conduta
00:05:40 - socialmente aceitável a sociedade óleo
00:05:43 - e diz assim tá dentro do que eu
00:05:44 - esperava do gestor né Isso é
00:05:47 - razoabilidade uma atuação razoável é
00:05:50 - uma atuação que tem aceita social na
00:05:53 - atuação administrativa deve se pautar
00:05:55 - nessa busca de razoabilidade claro que
00:06:00 - vocês conseguem entender que todas as
00:06:02 - vezes que administrar numa atuação
00:06:05 - discricionária né optar por uma
00:06:08 - atividade ao invés de outra ela tá
00:06:11 - fazendo isso com base em critérios de
00:06:13 - razoabilidade ou seja fazendo isso é
00:06:17 - dentro de um contexto do razoável se
00:06:21 - atuação administrativa a pretexto de
00:06:24 - exercer uma análise de mérito
00:06:25 - extrapola os limites do razoável cabe
00:06:29 - anulação judicial o judiciário pode
00:06:31 - intervir porque atuação administrativa
00:06:34 - que viola a razoabilidade está violando
00:06:36 - a lei nem sentido amplo abrangendo os
00:06:39 - princípios constitucionais então A
00:06:41 - ideia é de que a atuação
00:06:43 - administrativa deve ser razoável e
00:06:45 - proporcional a proporcionalidade cai
00:06:47 - muito nas provas da gente no que diz
00:06:49 - respeito à aplicação de penalidades
00:06:50 - né as consequências do ato devem ser
00:06:54 - proporcionais ao motivo que ensejou a
00:06:57 - prática do ato então uma pena que ela
00:06:59 - não pode e não deve ser nem mais
00:07:01 - intensa Nem Menos intensa necessário
00:07:05 - apoio aquela infração praticada né
00:07:07 - Isso é proporcionalidade a penalidade
00:07:11 - deve ser proporcional a gravidade da
00:07:13 - infração que ensejou aplicação
00:07:15 - daquela pena por exemplo tá também eu
00:07:19 - queria conversar com vocês ainda nos
00:07:22 - princípios implícitos acerca do
00:07:24 - princípio da segurança jurídica a
00:07:27 - segurança jurídica ela resguarda
00:07:30 - situações Já consolidadas tá o
00:07:34 - razoabilidade proporcionalidade
00:07:35 - segurança jurídica todas são artigo
00:07:38 - segundo da Lei 9784 depois lá na aula
00:07:42 - de marcação de código a gente vai
00:07:44 - marcar essa lei e a Lei 9784 no início
00:07:47 - Zinho Ela traz vários princípios
00:07:49 - alguns expressos na Constituição e
00:07:51 - repetidos lá outros que não estão
00:07:53 - expressos na Constituição mas estão
00:07:55 - implícitos na Constituição estão
00:07:56 - previstos na lei o fato é que atuação
00:08:00 - administrativa deve respeitar essa
00:08:03 - segurança jurídica O que justifica a
00:08:05 - existência de prazos prescricionais a
00:08:08 - existência de prazos decadenciais a
00:08:11 - impossibilidade de retroação da
00:08:13 - atividade administrativa que interfira
00:08:15 - espera jurídica dos particulares tudo
00:08:18 - isso diz respeito a esta segurança
00:08:21 - jurídica né inclusive o artigo segundo
00:08:25 - parágrafo único inciso 13 da Lei 9784
00:08:31 - ele traz uma regra que cai muito nas
00:08:34 - provas ele diz que a nova
00:08:37 - interpretação da Norma administrativa
00:08:39 - não pode retroagir para violar direitos
00:08:43 - de terceiros então a nova
00:08:45 - interpretação da Norma administrativa
00:08:47 - não pode e não deve retroagir para
00:08:50 - violar direitos de terceiros A ideia é
00:08:54 - de que quando ele faz uma nova
00:08:56 - interpretação daquela Norma aquela
00:08:58 - interpretação deve ter efeitos
00:08:59 - prospectivos deve valer a partir de
00:09:02 - agora ela não deve retroagir para
00:09:04 - prejudicar ou até aniquila direito de
00:09:07 - terceiro situações Já consolidadas
00:09:08 - isso é segurança jurídica então por
00:09:12 - exemplo mas é muito comum de prova
00:09:13 - administração pública uma lei x
00:09:18 - concedido o benefício É uma carreira e
00:09:21 - administração interpretando a lei
00:09:23 - concedeu esse benefício também para
00:09:27 - carreira Y então a carreira Y passou a
00:09:32 - receber um benefício de gratificação
00:09:34 - em virtude da decisão administrativa
00:09:36 - que interpretando a lei considerou que
00:09:39 - deveria se esse benefício também para
00:09:41 - carreira Y que aconteceu é que um ano
00:09:44 - depois A ministração decidiu
00:09:47 - reinterpretar essa lei e reinterpretando
00:09:50 - a Lei considerou não abarcaria a
00:09:54 - carreira Y decidiu cortar a
00:09:56 - remuneração o benefício da carteira Y
00:09:59 - da carreira Y pode fazer isso pode e
00:10:02 - pode pedir que eles devolvo mesas que
00:10:05 - receberão de boa-fé não porque aí a
00:10:08 - gente está diante da segurança
00:10:09 - jurídica né Então essa nova
00:10:11 - interpretação não pode retroagir para
00:10:13 - violar os direitos adquiridos aí
00:10:15 - situação consolidada e os direitos de
00:10:18 - terceiros bacana beleza também eu
00:10:26 - queria falar sobre o princípio da
00:10:27 - continuidade ou dar continuidade ele
00:10:30 - traz muitos aspectos relevantes para a
00:10:32 - gente primeiro eu lembro a vocês que o
00:10:35 - princípio da continuidade hoje está
00:10:38 - regulamentado no artigo 6º parágrafo
00:10:40 - 1º da Lei 8987/95 artigo
00:10:49 - 6º parágrafo 1º da Lei 8987 traz
00:10:52 - outros princípios a serem observados na
00:10:54 - prestação de serviços o princípio da
00:10:57 - continuidade continuidade somente a
00:11:01 - serviços públicos deve-se respeitar a
00:11:03 - continuidade da atividade administrativa
00:11:05 - a atividade administrativa deve ser
00:11:09 - continua a ideia é de que a atuação
00:11:12 - Davi sem interrupção da
00:11:13 - administração não deve interromper as
00:11:17 - suas atividades isso gera três
00:11:20 - discussões importantes para a gente
00:11:22 - aqui primeira pergunta se a atividade
00:11:26 - administrativa deve ser continua
00:11:28 - servidor público tem direito de greve
00:11:30 - segunda pode interromper o serviço por
00:11:34 - inadimplemento terceira é possível Se
00:11:39 - valer um particular de uma exceção de
00:11:41 - contrato não cumprido em Face do Estado
00:11:43 - Vamos lá minha primeira pergunta é
00:11:46 - greve pessoal servidor público tem
00:11:49 - direito de greve sim ou não depende
00:11:53 - pelo menos por enquanto a gente vai
00:11:56 - enxergar Servidor Público de forma
00:11:58 - Ampla E aí cargando Servidor Público
00:12:01 - de forma Ampla a resposta é depende
00:12:03 - depende porque depende os militares não
00:12:08 - tem direito de greve o artigo 142 da
00:12:12 - Constituição Federal Veda
00:12:15 - expressamente a greve e a
00:12:18 - sindicalização de militares são os
00:12:21 - militares não podem sequer se sindicato
00:12:24 - ele tem uma das associações e
00:12:25 - sindicatos não podem eles também não
00:12:29 - podem fazer greve A ideia é de que
00:12:31 - esses militares Eles não têm direito
00:12:34 - de greve não tem direito a
00:12:36 - organização e sindicatos só um
00:12:39 - detalhe a vedação não se limita as
00:12:42 - forças armadas tá essa vedação
00:12:45 - abrange também os policiais militares
00:12:48 - estaduais Corpo de Bombeiros Militares
00:12:51 - estaduais então militares aqui serão
00:12:53 - enxergados de forma Ampla não só as
00:12:56 - forças armadas mas também os militares
00:12:59 - dos está o Supremo Tribunal Federal
00:13:01 - não entendimento muito controverso pelo
00:13:06 - menos eu eu considero ruim mas
00:13:07 - controverso decidiu que essa Norma tem o
00:13:11 - intuito resguardar a segurança pública
00:13:13 - e por isso fazendo uma interpretação
00:13:17 - analógica do dispositivo o STF passou a
00:13:21 - entender que os policiais civis também
00:13:25 - não tem direito de greve Então os
00:13:28 - militares não tem direito de greve por
00:13:30 - expressa disposição constitucional que
00:13:33 - Veda a greve de militares os policiais
00:13:36 - civis também não tem direito de greve
00:13:39 - já que a uma interpretação analógica
00:13:41 - do STF em relação a essa vedação de
00:13:45 - greve dos militares tá é ruim porque a
00:13:49 - greve é um direito dos Servidores a
00:13:53 - vedação é uma Norma restritiva e não
00:13:56 - se pode interpretar ampliativamente
00:13:58 - normas de né e ficou ruim mas a
00:14:01 - princípio os militares não tem direito
00:14:04 - de greve e os policiais civis no
00:14:06 - entendimento do STF também não os
00:14:09 - demais servidores públicos têm direito
00:14:11 - de servidores públicos civis em geral
00:14:14 - têm direito de greve que será exercido
00:14:18 - nos termos e condições definidos em
00:14:22 - lei então o servidor público terá
00:14:27 - direito de greve e essa greve do
00:14:30 - Servidor será exercida nos termos e
00:14:34 - condições definidos em lei específica
00:14:36 - não é lei complementar lei específica
00:14:40 - e lei ordinária mesmo então tem que
00:14:43 - haver uma lei específica para
00:14:44 - regulamentar o direito de greve de
00:14:47 - beleza pessoal essa lei específica não
00:14:53 - existe então começou a discutir se
00:14:57 - esses servidores públicos teriam como
00:14:59 - direito de greve deles diante da
00:15:02 - ausência de lei específica já que
00:15:04 - não há lei específica o servidor
00:15:07 - público tem como exercer o direito de
00:15:09 - greve essa questão a princípio não
00:15:13 - lembre que o STF pacificou o
00:15:17 - entendimento de que o direito de greve
00:15:18 - do Servidor é uma Norma de eficácia
00:15:20 - limitada então servidor direito isso é
00:15:25 - indiscutível mas o exercício desse
00:15:29 - direito fica limitado a edição de uma
00:15:31 - lei que regulamente enquanto não houver
00:15:33 - lei ele tem de greve mas ele não tem
00:15:37 - como exercer o exercício fica
00:15:39 - dependendo da edição da Lei não
00:15:41 - havendo ele tem o direito mas ele não
00:15:43 - tem como exercer esse direito dentro
00:15:46 - desse contexto o Supremo Tribunal
00:15:50 - Federal em vários mandados de
00:15:52 - injunção passaram a entender que
00:15:55 - enquanto não vier uma lei regulamentar
00:15:58 - o direito de greve do Servidor esse
00:16:00 - Servidor Público poderá fazer greve
00:16:03 - nos moldes da lei geral de greve então
00:16:07 - a 7783 que a lei geral de greve ela vai
00:16:11 - ficar os servidores públicos até que
00:16:14 - venha uma lei específica regulamentar
00:16:17 - esse direito enquanto não vier uma lei
00:16:19 - específica regulamentar o servidor
00:16:21 - fará greve nos moldes da lei geral de
00:16:23 - Então vai respeitar ali percentuais
00:16:26 - para serviços inadiáveis as regras da
00:16:28 - lei geral de greve serão aplicadas para
00:16:31 - garantir o direito de greve do Servidor
00:16:33 - daí ficaram 2K primeiro é tudo bem
00:16:38 - seguindo a lei geral considerando que a
00:16:41 - greve é lícita o servidor em estágio
00:16:43 - probatório pode exercer esse direito de
00:16:46 - greve de que sim ainda que ele esteja no
00:16:51 - estágio probatório ele pode exercer o
00:16:53 - direito de greve dele esse servidor em
00:16:56 - estágio probatório poderá exercer o
00:16:58 - direito de greve não há qualquer
00:17:01 - vedação legal se a greve é lícita
00:17:04 - não me importa se ele já cumpriu o
00:17:06 - estágio probatório ou não ele poderá
00:17:08 - licitamente regularmente exercer o
00:17:10 - direito de greve segunda pergunta é
00:17:13 - remuneração ou seja o que achou na
00:17:17 - minha é o seguinte o servidor público
00:17:19 - está em greve licitamente considerando
00:17:23 - que a greve dele é lícita ele tem
00:17:25 - direito à remuneração pelo dia parado
00:17:27 - aquele dia que ele não foi ao trabalho
00:17:29 - em virtude do movimento para ele tem
00:17:32 - direito a ser remunerado não a
00:17:36 - remuneração ela tem caráter
00:17:38 - contraprestacional isso A ideia é de
00:17:42 - que ele presta o serviço e ele recebe a
00:17:44 - remuneração como contraprestação
00:17:46 - pela prestação do serviço se ele não
00:17:50 - presta o serviço por algum motivo ainda
00:17:52 - que ele se ele não tem como receber a
00:17:55 - contraprestação pela prestação de
00:17:57 - serviço A ideia é de que a não
00:18:00 - prestação do serviço enseja a Não
00:18:03 - contraprestação por isso se ele
00:18:06 - exerceu o direito de greve ele não tem
00:18:08 - direito à remuneração pelos dias para
00:18:09 - Claro que pode haver acordo para
00:18:12 - compensação de horários mas o dia
00:18:15 - não trabalhado não deve ser contado
00:18:17 - para fins de remuneração salvo e esse
00:18:20 - é um detalhe do julgado do STF que
00:18:22 - você tem que tomar cuidado salvo se a
00:18:25 - greve de correr de uma conduta ilícita
00:18:29 - da administração então se a greve de
00:18:34 - correr de uma conduta ilícita da
00:18:36 - administração ele terá direito à
00:18:39 - remuneração pelos Dias parados certo
00:18:42 - então sem magia administração
00:18:44 - pública não esteja Pagando os
00:18:45 - servidores né o atraso muito grande no
00:18:49 - pagamento são situações de Conduta
00:18:51 - ilícita que chancelam o direito de
00:18:54 - greve e conferem ao servidor grevista o
00:18:56 - direito à remuneração mesmo pelo dia
00:18:59 - parado minha segunda pergunta foi
00:19:01 - interrupção por inadimplemento te
00:19:05 - disse o seguinte se a atividade
00:19:06 - administrativa de continuar se
00:19:09 - prestação de serviço e execução da
00:19:11 - atividade pública não podem parar o
00:19:13 - servidor público ele ou desculpa
00:19:16 - administração ela pode interromper o
00:19:18 - serviço por inadimplência usuário
00:19:20 - você não paga energia elétrica pode
00:19:22 - cortar pode na verdade o artigo 6º
00:19:28 - parágrafo 3º da própria lei 8987/95
00:19:35 - esse artigo sexto parágrafo terceiro
00:19:39 - estabelece que a possibilidade de
00:19:44 - interrupção nesse caso é admitida ele
00:19:47 - diz diz o artigo sexto parágrafo
00:19:49 - terceiro que não se configura
00:19:51 - descontinuidade ou seja não viola
00:19:54 - continuidade a interrupção do serviço
00:19:57 - por razões de ordem técnica e não
00:20:01 - viola a continuidade a interrupção do
00:20:04 - serviço por inadimplemento do usuário
00:20:07 - desde que haja uma situação de
00:20:11 - urgência ou desde que haja um prévio
00:20:16 - aviso então não viola a continuidade a
00:20:20 - interrupção do serviço por razões de
00:20:22 - ordem técnica e por inadimplemento do
00:20:25 - usuário desde que haja uma situação
00:20:27 - emergencial ou desde que se avise antes
00:20:29 - situação de ordem técnica São
00:20:32 - indiscutíveis não tem jeito para dar
00:20:34 - Caiu um poste até que conserte vai
00:20:36 - ficar sem energia elétrica Então as
00:20:39 - situações de ordem técnica
00:20:40 - justificados a interrupção por
00:20:43 - inadimplemento e aqui não tem muita
00:20:45 - discussão ordem técnica segurança nas
00:20:47 - instalações são questões que saem do
00:20:50 - aspecto jurídico não é uma questão
00:20:52 - técnica que impossibilitem a função
00:20:54 - da atividade também a interrupção por
00:20:58 - inadimplemento será admitida desde que
00:21:01 - se avise antes Aqui eu quero que você
00:21:03 - tome cuidado com dois detalhes apê
00:21:05 - doutrinas e dissonante né alguns
00:21:08 - doutrinadores defendem que essa
00:21:10 - interrupção por inadimplemento ainda
00:21:12 - que com prévio aviso a inconstitucional
00:21:14 - mas entendimento majoritário de que é
00:21:16 - possível o entendimento majoritário É
00:21:21 - no sentido de se seguir a lei o artigo
00:21:23 - 6º parágrafo 3º da Lei 8987 a
00:21:27 - questão é dois aspectos aqui vale para
00:21:30 - fingir prova se você tiver que defender
00:21:32 - um usuário de um serviço em uma
00:21:34 - determinada ação anulatória ou
00:21:36 - mandado de segurança que pode acontecer
00:21:38 - muito nas provas de vocês né primeiro
00:21:40 - o inadimplemento tem que ser atual
00:21:44 - Então esse é o primeiro aspecto não
00:21:48 - pode haver interrupção do serviço se
00:21:50 - o inadimplemento for pretérito ou seja
00:21:53 - o cliente não pagou o mês de março
00:21:56 - depois ele pagou abril maio junho julho
00:21:59 - administração foi lá e interrompeu o
00:22:02 - serviço de energia elétrica em virtude
00:22:04 - do pagamento em aberto lá no mês de
00:22:07 - março pode não pode essa essa
00:22:11 - interrupção depende do inadimplemento
00:22:12 - ser atual A ideia é de que esse
00:22:16 - inadimplemento precisa inadimplemento
00:22:19 - atual senão não é possível a
00:22:22 - interrupção para que seja viável a
00:22:24 - interrupção por inadimplemento precisa
00:22:27 - ser atual e não pretérito a
00:22:31 - interrupção por inadimplemento ela
00:22:34 - precisa resguardar os interesses da
00:22:39 - coletividade então não se pode
00:22:43 - paralisar um serviço essencial A
00:22:46 - coletividade então se você não paga
00:22:49 - energia elétrica pode cortar Pode claro
00:22:51 - esse hospital não paga energia pode
00:22:55 - cortar não nesse caso a interrupção
00:22:59 - do serviço causaria uma paralisação a
00:23:02 - atividade de saúde né E poderia causar
00:23:05 - um pum da coletividade muito maior do
00:23:08 - que a sua manutenção por isso a
00:23:11 - interrupção por inadimplemento é
00:23:12 - possível desde que haja um prévio
00:23:14 - aviso desde que o inadimplemento seja
00:23:16 - atual e reza todos os interesses da
00:23:19 - coletividade Então essa interrupção
00:23:21 - ela não pode paralisar um serviço
00:23:24 - essencial a coletividade isso é
00:23:27 - importante Ok então é importante que
00:23:31 - são bem nesses aspectos que a prova vai
00:23:32 - pegar vocês o seu cliente vai ter o
00:23:34 - interrupção por causa de uma não
00:23:36 - pagamento de um mês é muito atrás né
00:23:38 - não vocês vão se deparar com
00:23:40 - situações similares na hora da prova
00:23:43 - Ok beleza com tudo isso entendido Eu
00:23:47 - tenho uma terceira pergunta não é um
00:23:49 - terceiro aspecto aqui a trabalhar quando
00:23:52 - a gente fala do princípio da
00:23:53 - continuidade eu falei sobre greve falei
00:23:56 - sobre interrupção por inadimplemento e
00:23:58 - a minha terceira questão é é
00:24:00 - possível que um particular que
00:24:03 - contratou com o estado se Vale da
00:24:05 - exceção de contrato não cumprido em
00:24:07 - face do inadimplemento do Estado vou
00:24:10 - explicar é cessão de contrato não
00:24:13 - cumprido ou é septo no adimplente com
00:24:17 - Vamos para o Direito Civil né no
00:24:21 - Direito Civil a exceção de contrato
00:24:23 - não cumprido é bem simples A contrata
00:24:28 - bem para fazer alguma coisa mediante
00:24:30 - pagamento direito privado a particular
00:24:34 - contrata até para fazer alguma coisa
00:24:36 - mediante pagamento se a não paga isso
00:24:40 - é exceção de contrato não cumprido
00:24:41 - se você não cumpre a sua parte no
00:24:44 - contrato não pode exigir que eu cumpri
00:24:47 - minha parte do mesmo contrato a ideia de
00:24:51 - contrato não cumprido a justamente essa
00:24:53 - se você não está cumprindo a sua
00:24:55 - parte no contrato não pode exigir que
00:24:57 - eu compro a minha parte desse contrato
00:24:59 - agora vamos lá considere que a seja
00:25:03 - administração pública administração
00:25:05 - contratou B para fazer a limpeza de uma
00:25:09 - cidade se a administração não paga B
00:25:13 - pode deixar a cidade sim ou não não
00:25:17 - pode automaticamente não mas depois um
00:25:21 - prazo sim que que acontece o artigo 78
00:25:25 - inciso 15 da Lei 8666 estabelece que se
00:25:31 - administração pública foi
00:25:32 - inadimplente por mais de 90 dias o
00:25:35 - particular Pode suspender a execução
00:25:38 - do contrato vamos isso aqui sobre a
00:25:42 - ótica do princípio da continuidade eu
00:25:45 - tô lhe dizendo que um particular que
00:25:47 - contrata com a administração é
00:25:48 - obrigado a suportar até 90 dias de
00:25:52 - Nadinho planeta mantendo a execução da
00:25:55 - atividade depois de 90 dias de
00:25:58 - inadimplemento esse particular Pode
00:26:00 - suspender a execução do contrato se
00:26:03 - valendo da exceção de contrato não
00:26:05 - cumprido então a gente costuma dizer
00:26:07 - que a exceção de contrato não
00:26:09 - cumprido em Direito Administrativo
00:26:10 - deverá ser deferida ou postergada
00:26:13 - então se aplica exceção de contrato
00:26:16 - não cumprido mas de forma postergada de
00:26:19 - forma de ferida em seu raciocínio essa
00:26:22 - exceção de contrato não cumprido ela
00:26:24 - deve ser considerada de forma de ferida
00:26:27 - de forma postergar a princípio
00:26:30 - administração pública ela precisa
00:26:33 - garantir o pagamento a particular mas se
00:26:37 - ela não pagar esse particular não pode
00:26:40 - suspender a execução contrato por até
00:26:42 - 90 dias como forma de se garantir a
00:26:44 - continuidade da execução e
00:26:46 - administração foi inadimplente Depois
00:26:48 - desses 90 dias aí não se considera nem
00:26:51 - por lei razoável que o pai é obrigado
00:26:53 - a manter a sua atividade em execução
00:26:56 - Ok o último princípio implícito que
00:27:00 - eu queria conversar com você seu
00:27:01 - princípio da motivação seguinte da
00:27:05 - motivação também previsto lá no
00:27:09 - artigo 2º da Lei 9784 primeiro momento
00:27:12 - é bem simples né ele traduz para gente
00:27:15 - a ideia de que os atos praticados pela
00:27:18 - administração deve fundamentados no
00:27:21 - momento que a administração prática
00:27:22 - um ato ela precisa motivar ela precisa
00:27:25 - fundamentar os atos que ela pratica ela
00:27:28 - pratica o ato e ela deve Expor os
00:27:31 - motivos que justificaram a prática
00:27:33 - desse ato então o Ato é praticado e
00:27:35 - administração tem a obrigação de
00:27:38 - Expor os motivos que deram ensejo a
00:27:41 - prática desse ato Esse ato determinado
00:27:44 - motivos e esses motivos precisam ser
00:27:46 - explicitados mesmo porque Todo poder
00:27:49 - emana do povo o administrador precisa
00:27:52 - expor aos cidadãos a razão pela qual o
00:27:56 - ato está sendo praticado daquela forma
00:27:57 - existem acessões Claro a expressão
00:28:01 - clássica tá no artigo 37 inciso 2 da
00:28:05 - Constituição né diz que os cargos em
00:28:08 - comissão são cargos de livre
00:28:10 - nomeação e Livres oneração então a
00:28:12 - nomeação é exoneração de servidores
00:28:15 - comissionados são livres de motivação
00:28:17 - Não há necessidade de motivação
00:28:19 - Porque existe expressa disposição
00:28:22 - constitucional no sentido de que essa
00:28:25 - motivação é livre essa esse ato é
00:28:28 - livre e essa motivação desnecessário
00:28:30 - não é livre a exoneração e a
00:28:33 - servidão EA nomeação de comissionados
00:28:35 - aqui tem um detalhe o princípio da
00:28:39 - motivação Hoje ele tem ele ganhou um
00:28:41 - reforço bacana artigo 20 da lindb a
00:28:45 - gente também vai falar da lindb tá
00:28:47 - quando eu for falar de Atos eu vou falar
00:28:49 - disso com mais calma mas gente mão
00:28:51 - além de me traz para a gente de volta
00:28:54 - se chama de princípio do
00:28:56 - consequencialismo jurídico que que é o
00:29:00 - consequencialismo esse artigo 20 diz que
00:29:03 - nas decisões administrativas ele fala
00:29:05 - administrativa judicial mas o que
00:29:08 - interessa para agente administrativo as
00:29:10 - decisões administrativas não podem se
00:29:11 - faltar somente em valores jurídicos
00:29:14 - abstratos devendo também considerar as
00:29:17 - consequências práticas da decisão
00:29:19 - isso é o consequencialismo as decisões
00:29:22 - administrativas não se pautam somente
00:29:24 - em valores abstratos devem também
00:29:26 - atentar para as consequências práticas
00:29:29 - da desse essas consequências práticas
00:29:32 - precisam ser levadas em consideração
00:29:35 - no momento em que o administrador decide
00:29:38 - praticar um determinado ato Ok beleza
00:29:42 - com tudo isso entendido nos próximos
00:29:45 - dois blocos Eu pretendo conversar com
00:29:47 - vocês acerca de poderes administrativos
00:29:50 - tá então poder de polícia
00:29:52 - normativo-hierárquico vamos falar um
00:29:54 - pouquinho de cada um tem uma também
00:29:56 - relevante para a prova de vocês Valeu
00:29:58 - pessoal já volto em um minuto em

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