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Fenômenos de Transporte

Capítulo 3 – Equação da Energia

Profª Dra. Fabíola Mariana Ribeiro | Prof. Me. Daniel José Toffoli
Instruções Gerais

 Mantenham os microfones e câmeras desligados.

 Dúvidas podem ser postadas via chat e serão respondidas durante e ao final da aula.

 O material estará disponível em: https://online.unip.br/

 A cada semana serão propostos 3 exercícios (por disciplina).

 O aluno deve: escolher 1 dos 3 exercícios propostos.

 Utilizar folha tamanho A5 (metade da folha de sulfite A4).

 Entregar o exercício com enunciado e resolução (manuscrito) no retorno das aulas.


Capítulo 3 – Equação da Energia

Daniel Bernoulli (séc. XVIII):


•reformulou um princípio familiar para a linguagem da
mecânica dos fluidos

Consideremos um fluido ideal escoando a uma taxa constante


• incompressível; r constante
• o volume que entra é o volume que sai

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Capítulo 3 – Equação da Energia

Aplicando o Princípio da
Conservação de Energia:
Teorema Trabalho-Energia Cinética:
t

W = DEc

Vamos desenvolver este teorema!

t + Dt

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Capítulo 3 – Equação da Energia

1) Cálculo da Energia Cinética


Haverá variação de velocidade
(e consequentemente de Ec)?
t

Lembre-se da Equação da Continuidade:


Qentra = Qsai
Aentrada.v1 = Asaída.v2

Como Asaída > Aentrada => v2 < v1


t + Dt

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Capítulo 3 – Equação da Energia

1) Cálculo da Energia Cinética


A variação da energia cinética resulta
da variação de velocidade entre as duas
t extremidades do tubo.

1 1 1
∆𝐸𝑐 = ∆𝑚𝑣2 − ∆𝑚𝑣1 = ∆𝑚(𝑣22 −𝑣12 )
2 2
2 2 2

𝑀𝑎𝑠 ∆𝑚 = 𝜌. ∆𝑉
t + Dt 1
𝐸𝑛𝑡ã𝑜 ∆𝐸𝑐 = 𝜌∆𝑉(𝑣22 −𝑣12 ) (1)
2
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Capítulo 3 – Equação da Energia

2) Cálculo do Trabalho
força gravitacional
z1 t 2 fontes
pressão
2.1) Trabalho da Força Gravitacional

𝑊𝑔 = 𝐸𝑔
z2
t + Dt 𝐸𝑔 = −∆𝑚𝑔ℎ= −∆𝑚𝑔 𝑧2 − 𝑧1
𝐸𝑔 = −𝜌∆𝑉𝑔 𝑧2 − 𝑧1 (2)
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Capítulo 3 – Equação da Energia

2.2) Energia Potencial de Pressão


•Trabalho sobre o sistema (entrada):
p1 empurra o fluido para dentro
z1 t Dx
•Trabalho pelo sistema (saída):
empurra o fluido para fora
Wp= 𝐹. ∆𝑥
p2 𝐹
𝑀𝑎𝑠 𝑝 =
𝐴
z2
t + Dt
𝐸𝑛𝑡ã𝑜 𝑊𝑝 = 𝑝. 𝐴 . ∆𝑥 = 𝑝. (𝐴. ∆𝑥)

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Capítulo 3 – Equação da Energia

2.2) Energia Potencial de Pressão


Assim:
p1
z1 t
𝑊𝑝 = 𝑝. ∆𝑉
Dx
Logo:
• Trabalho sobre o sistema:
𝑝1 . ∆𝑉
• Trabalho pelo sistema:
p2
−𝑝2 . ∆𝑉
Então:
z2
t + Dt 𝑊𝑝 = −𝑝2 . ∆𝑉 + 𝑝1 . ∆𝑉
𝑊𝑝 = −(𝑝2 −𝑝1 )∆𝑉 (3)
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Capítulo 3 – Equação da Energia

Substituindo as equações (1), (2) e (3) no Teorema Trabalho-


Energia Cinética:
𝑊 = ∆𝐸𝑐
𝑊𝑔 + 𝑊𝑝 = 𝐸𝑐
1
−𝜌∆𝑉𝑔 𝑧2 − 𝑧1 − 𝑝2 − 𝑝1 ∆𝑉 = 𝜌∆𝑉(𝑣22 −𝑣12 ) Minha
2 equação!
1 2 1 2
−𝜌𝑔𝑧2 + 𝜌𝑔𝑧1 − 𝑝2 + 𝑝1 = 𝜌𝑣2 − 𝜌𝑣1
2 2
1 2 1 2
𝑝1 + 𝜌𝑣1 + 𝜌𝑔𝑧1 = 𝑝2 + 𝜌𝑣2 + 𝜌𝑔𝑧2 = cte.
2 2

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Exemplo 1 (Problema resolvido 15.9, Halliday, v. 2, 6ª ed.)

No velho oeste, um fora-da-lei dispara uma bala que entra em um tanque


de água a céu aberto, criando um furo a uma distância h abaixo da
superfície da água. Qual a velocidade v da água que sai por este furo?

Vamos pensar
um pouco?

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Exemplo 1 (Problema resolvido 15.9, Halliday, v. 2, 6ª ed.)

No velho oeste, um fora-da-lei dispara uma bala que entra em um tanque


de água a céu aberto, criando um furo a uma distância h abaixo da
superfície da água. Qual a velocidade v da água que sai por este furo?
Partindo da Equação de Bernoulli:
1 2 1 2
𝑝1 + 𝜌𝑣1 + 𝜌𝑔𝑧1 = 𝑝2 + 𝜌𝑣2 + 𝜌𝑔𝑧2
2 2

Primeira ideia: tanque a céu aberto => p1=p2=patm

Segunda ideia: z2=0 (referência)

Terceira ideia: Como Atanque>>Afuro => v2>>v1 =>v1~0

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Exemplo 1 (Problema resolvido 15.9, Halliday, v. 2, 6ª ed.)

No velho oeste, um fora-da-lei dispara uma bala que entra em um tanque


de água a céu aberto, criando um furo a uma distância h abaixo da
superfície da água. Qual a velocidade v da água que sai por este furo?
Partindo da Equação de Bernoulli:
1 2 1 2
𝑝1 + 𝜌𝑣1 + 𝜌𝑔𝑧1 = 𝑝2 + 𝜌𝑣2 + 𝜌𝑔𝑧2
2 2

1 2 Essa é a mesma
𝜌𝑔𝑧1 = 𝜌𝑣2 velocidade que um objeto
2 teria ao cair de uma altura
z1 partindo do repouso!
𝑣2 = 2𝑔𝑧1

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Exemplo 2 (Problema resolvido 15.8, Halliday, v. 2, 6ª ed.)

Etanol, com massa específica de 791 kg/m3, escoa suavemente através de


uma tubulação horizontal cuja área da seção transversal se reduz de
A1=1,20.10-3 m2 para A2= A1/2. A diferença de pressão entre as seções
larga e estreita da tubulação é de 4120 Pa. Qual é a vazão volumétrica do
etanol?

(1)
Ideia 1: (2)
Tubulação horizontal
referência

z1 = z2 = 0

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Exemplo 2 (Problema resolvido 15.8, Halliday, v. 2, 6ª ed.)

Etanol, com massa específica de 791 kg/m3, escoa suavemente através de


uma tubulação horizontal cuja área da seção transversal se reduz de
A1=1,20.10-3 m2 para A2= A1/2. A diferença de pressão entre as seções
larga e estreita da tubulação é de 4120 Pa. Qual é a vazão volumétrica do
etanol?
Pela Equação da Continuidade:
Q1 = Q2
Ideia 2:
A2= A1/2 A1.v1 = A2.v2 𝑣2 = 2𝑣1

𝑣1 𝐴2 𝐴1 /2 1
= = =
𝑣2 𝐴1 𝐴1 2

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Exemplo 2 (Problema resolvido 15.8, Halliday, v. 2, 6ª ed.)

Etanol, com massa específica de 791 kg/m3, escoa suavemente através de


uma tubulação horizontal cuja área da seção transversal se reduz de
A1=1,20.10-3 m2 para A2= A1/2. A diferença de pressão entre as seções
larga e estreita da tubulação é de 4120 Pa. Qual é a vazão volumétrica do
etanol?
1 2 1 2
𝑝1 + 𝜌𝑣1 + 𝜌𝑔𝑧1 = 𝑝2 + 𝜌𝑣2 + 𝜌𝑔𝑧2
2 2
Ideia 3: z1 = z 2 = 0
1 2 1 2
Bernoulli 𝑝1 − 𝑝2 = 𝜌𝑣2 − 𝜌𝑣1
2 2
1
𝑝1 − 𝑝2 = 𝜌(𝑣22 −𝑣12 ) 𝑣2 = 2𝑣1
2
1
𝑝1 − 𝑝2 = 𝜌((2𝑣1 )2 −𝑣12 )
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Exemplo 2 (Problema resolvido 15.8, Halliday, v. 2, 6ª ed.)

Etanol, com massa específica de 791 kg/m3, escoa suavemente através de


uma tubulação horizontal cuja área da seção transversal se reduz de
A1=1,20.10-3 m2 para A2= A1/2. A diferença de pressão entre as seções
larga e estreita da tubulação é de 4120 Pa. Qual é a vazão volumétrica do
etanol?
1
𝑝1 − 𝑝2 = 𝜌(4𝑣12 − 𝑣12 ) 4120.2
2 𝑣1 = ≅ 1,86 𝑚/𝑠
791.3
1
𝑝1 − 𝑝2 = 𝜌3𝑣12
2
A vazão será:
1
4120 = . 791.3. 𝑣12 𝑄1 = 𝐴1 . 𝑣1
2
2
4120.2 𝑄1 = 1,20. 10−3 . 1,86 ≅ 2,24. 10−3 𝑚3 /𝑠
𝑣1 =
791.3
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ATÉ A PRÓXIMA!
Capítulo 3 – Equação da Energia

Daniel Bernoulli (séc. XVIII):


•reformulou um princípio familiar para a linguagem da
mecânica dos fluidos

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