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Nomes:

Cálculo III
Equações Diferenciais Ordinárias
Cálculo III
Aplicações das Equações Diferenciais Ordinárias
Introdução

Aplicações

Conclusão

Referências
Introdução

Uma equação diferencial ordinária é uma expressão matemática que envolve uma
igualdade, uma função incógnita (variável dependente) e suas derivadas, possuindo
apenas uma variável independente. As Equações diferenciais ordinárias (EDO’s), possuem
classificações conforme suas ordens, sendo definida pelo numero do maior expoente da
derivada, assim, se tem o grau, que define o valor do maior expoente para a derivada mais
alta da equação, quando a mesma tem a forma de polinômio na função incógnita e em suas
derivadas. Existe também uma classificação em relação a sua homogeneidade, sendo
homogênea quando a equação na função é 𝐹(𝑡, 𝑢), é linear quando pode ser escrita em
𝑦’ + 𝑝(𝑥)𝑦 = 𝑞(𝑥), é separável quando podemos isolar o x e o y de forma que apresentem
𝐴(𝑥)𝑑𝑥 + 𝐵(𝑦)𝑑𝑦 e por fim, pode ser exata, quando 𝑑𝑀(𝑥, 𝑦)/𝑑𝑦 = 𝑑𝑁(𝑥, 𝑦)/𝑑𝑥 . A solução
para um EDO sempre será uma função, ou seja, uma família de equações, é importante
destacar também que ela possui um número infinito de soluções. Suas aplicações podem
ser feitas em diversas áreas, para descrever ou modelar um comportamento de algum
sistema ou fenômeno em termo matemático.
.
Aplicações

• 1ª aplicação:
Na engenharia civil podemos usar uma EDO para analisar F(t, y, y’) = 0
desde a produção de um simples tijolo até a construção de
obras grandes, como por exemplo, edifícios, barragens, 𝑑𝑇
pontes, entre outros. Para essa primeira aplicação vamos = 𝑓(𝑡, 𝑦)
correlacionar a EDO com a Lei de Resfriamento de 𝑑𝑡
Newton, na produção de blocos cerâmicos. Essa lei mostra
que a taxa de perda de calor de um corpo é proporcional a
diferença de temperatura entre o corpo e o meio que o
rodeia, expressando com variáveis o tempo e a diferença
de temperatura entre o corpo e o ambiente, levando em
consideração a forma do objeto e sua composição
material. A Lei de Resfriamento de Newton apresenta uma
Equação Diferencial Ordinária de primeira ordem linear, a
partir do métodos das EDO’s separáveis descrita da
seguinte forma:
Aplicações
Assim, podemos analisar que:

𝑑𝑇
A partir disso podemos reescrever da seguinte forma: = é a variação em relação ao tempo
𝑑𝑡
M (t,y) dt + N (y) dy = 0
Separando as equações conseguimos de uma forma mais
Onde:
rápida, realizar a integral em cada um dos membros.
• k = é um coeficiente de
Quando possuímos corpos de temperaturas diferentes, e
proporcionalidade, que depende da
eles estão em contato, o corpo de temperatura mais alta, superfície exposta, do calor
doa calor para o que está com a menor temperatura, especifico do corpo e também das
assim, a lei de Newton pode ser descrita da seguinte características ambientais e
maneira: climáticas dos corpos.
• t = é a temperatura inicial do corpo
• ta = é a temperatura ambiente
𝑑𝑇
= −𝑘 𝑡 − 𝑡𝑎
𝑑𝑡

1ª aplicação
Aplicações
Supondo que no instante inicial t = 0,
temos a temperatura inicial (To), assim a
Utilizando o método de separação temos:
solução é dada por:

𝑑𝑡
න = න −𝑘𝑑𝑡 𝑇 𝑡 = 𝑡𝑎 + 𝑇𝑜 − 𝑡𝑎 ∗ 𝑒 −𝑘.𝑡
𝑡 − 𝑡𝑎

𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑔𝑟𝑎𝑙 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒: A constante k, em algum tempo


ln 𝑡 − 𝑡𝑎 + 𝐶1 = −𝑘𝑡 + 𝐶2 = especifico (kt) pode ser calculada
através da equação:
ln(𝑡 − 𝑡𝑎) = −𝑘𝑡 + 𝐶3 =
𝑡 = 𝑡𝑎 + 𝐶𝑒 −𝑘𝑡
1 (𝑇𝑜 − 𝑡𝑎)
𝑜𝑛𝑑𝑒 𝐶 = 𝑒 𝑐3 kt = ln
𝑡 (𝑇 𝑡 − 𝑡𝑎)

1ª aplicação
Aplicações
1
𝑇 𝑡 − 𝑡𝑎 ≤ 𝑛 º 𝐶
Dessa forma, o bloco só atingira o equilíbrio térmico, 10
quando o tempo tender ao infinito, mas, podemos estipular
um valor máximo para a diferença T(t) e Ta. Como a
1
quantidade de tempo tal que T t − ta ≤ º𝐶 se
10𝑛
isolarmos o t e com n positivo, temos a seguinte equação: Observação: Para aplicarmos na
pratica, devemos considerar que o
1 resfriamento de cada bloco cerâmico se
𝑡 ≥ ∗ ln 10𝑛 ∗ ( 𝑡𝑜 − 𝑡𝑎) dá a suas condições ambientais e
𝑘
climáticas, desse modo, o k não poderá
ser generalizado, de modo que cada
Caso t não for um número inteiro, devemos considerar a
caixa de blocos terá um diferente.
próxima hora inteira, assim a desigualdade nos oferece o
tempo necessário para que:
Uma outra aplicação na engenharia civil, é
através dos circuitos elétricos, como
neste vídeo:
1ª aplicação https://www.youtube.com/watch?v=TQfkkp-
LzMY&ab_channel=FernandaPiresdeAlmeida
Aplicações

• 2ª aplicação:
Outra aplicação que as EDOs podem utilizar são no crescimento
populacional, ou seja, através delas podemos responder duas
perguntas:

1. Qual será a população de uma determinada região em alguns anos? 𝑑𝑦 𝑑𝑝


= 𝑘𝑦 ou = 𝑘𝑃
𝑑𝑡 𝑑𝑡
2. Como proteger os recursos desta região para que não ocorra a
extinção de uma ou de várias espécies?

Para a resolução dessa EDO, podemos utilizar um modelo matemático P = é a população


simples, denominada de Modelo de Crescimento Exponencial, isto é, a K = é uma constante
variação da população em relação ao tempo, podemos exemplifica-la
matematicamente:
Aplicações

• Podemos observar que essa EDO é linear e também que, se k > 0


haverá crescimento, e se k < 0 haverá decaimento.

Como solução dessa equação podemos destacar:

𝑑𝑝 𝑑𝑝
= 𝑘𝑃 → ‫׬‬ = ‫𝑡𝑑 𝑘 ׬‬
𝑑𝑡 𝑝

𝐿𝑜𝑔𝑒 𝑝 = 𝑘 . 𝑡 + 𝑐 → 𝑝 = 𝑒 𝑘.𝑡+𝑐 Onde:

• Podemos reescrever o módulo de P, tirando-o e colocando após a Substituiremos a constante 𝑒 𝑐


igualdade com o (+ ou -), e também podemos separar os “e’s”. Desta por 𝑃0 , que é a população
forma: inicial.
𝑘.𝑡 𝑐
𝑃 = ±𝑒 +𝑒

• Portanto, a população em função do tempo, será:

2ª aplicação 𝑃 𝑡 = 𝑃0 . 𝑒 𝑘.𝑡
Aplicações
180 180
• Assim, podemos exemplificar desta forma: 𝑒 10𝑘 = → 10𝑘 = 𝐿𝑜𝑔𝑒
150 150
Suponha que a população de um país em 1990 era 150 180
milhões de habitantes, e que nos anos 2000 era de 180 ln( )
𝐾= 150
milhões de habitantes, obtenha: 10
A. A taxa de crescimento da população
B. A população desse país em 2020 • Com auxílio de uma calculadora,
temos:
Resolução A:
𝐾 ≅ 0,01823 → 𝐾 = 1,823%
• 𝑡 = 2000 – 1990 = 10 𝑎𝑛𝑜𝑠
• 𝑃0 = 150 𝑚𝑖𝑙ℎõ𝑒𝑠 𝑑𝑒 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
• 𝑃 𝑡 = 180 𝑚𝑖𝑙ℎõ𝑒𝑠 𝑑𝑒 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠

𝑃 𝑡 = 𝑃0 . 𝑒 𝑘.𝑡

𝑃 𝑡 = 150 . 𝑒 𝑘.𝑡 → 180 = 150 . 𝑒 𝑘.10


2ª aplicação
Aplicações

• Resolução B:
• 2020 – 1990 = 30 anos

𝑃 𝑡 = 150 . 𝑒 0,01823.𝑡 → 𝑃 30 = 150 . 𝑒 0,01823.30

• Novamente, com auxílio de uma calculadora, temos:

𝑃 30 ≅ 259 𝑚𝑖𝑙ℎõ𝑒𝑠 𝑑𝑒 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠

2ª aplicação

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