Você está na página 1de 28

Problema para o cubo mágico _ como trabalhar o cubo mágico na matemática

Problema 01: Quantas maneiras posso trocar os meios da camada amarela no


cubo já resolvido? Obs: Só trocando peças, sem contar orientação.

Problema 02: Quantas maneiras posso trocar os cantos da camada amarela no


cubo já resolvido? Obs: Só trocando peças, sem contar orientação.

OS BENEFÍCIOS DO CUBO MÁGICO NAS


AULAS DE MATEMÁTICA NO ENSINO
MÉDIO
MATEMÁTICA
Cubo Mágico: melhora a interação na relação aluno/professor, autoestima,
concentração e raciocínio lógico, favorecendo assim uma melhoria
intelectual/educacional para as novas gerações.

ÍNDICE

1. 1. INTRODUÇÃO
1. 1.1 OBJETIVOS
1. 1.1.1 Objetivos Gerais
2. 1.1.2 Objetivos Específicos
2. 2. DESENVOLVIMENTO
1. 2.1 O CUBO MÁGICO
3. 3. NOÇÕES BÁSICAS
4. 4. MÉTODO DE CAMADAS: PASSOS PARA
SOLUCIONAR O CUBO MÁGICO.
5. 5. UM BRINQUEDO, MUITOS BENEFÍCIOS.
6. 6. O CUBO MÁGICO E A MATEMÁTICA.
7. 7. METODOLOGIA
8. 8. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS
RESULTADOS
9. 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
10. 10. REFERÊNCIAS
11. 11. ANEXOS
RESUMO
O Cubo Mágico como ferramenta pedagógica é conhecido por quem o estuda
mais afundo, por desenvolver inúmeros significados cognitivos, sociais e
mentais. Por isso alguns autores acreditam que esse tipo de quebra-cabeça deve
ser trabalhado em escolas desde a fase inicial das crianças no âmbito escolar. No
ensino médio, trabalhado na Matemática, pode desenvolver inúmeros benefícios
como concentração, autoestima, raciocínio lógico, entre outros. Uma das
principais características que um praticante de Cubo Mágico precisa ter ou
desenvolver é o raciocínio lógico, onde o mesmo deve estar atento as sequências
lógicas para em seguida realizar os movimentos e dar sequência a montagem
deste quebra-cabeça. No decorrer do tempo o aluno vai desenvolvendo o
raciocínio e, consequentemente, este se torna um aspecto positivo, pois influencia
o comportamento na escola, inclusive aumenta o rendimento da aprendizagem
influenciando nas médias escolares. O presente trabalho mostra que o Cubo
Mágico influencia no desenvolvimento de muitos benefícios nos alunos que o
praticam, aumentando o apreço pela disciplina.
Palavras-chave: Cubo Mágico; Matemática; Benefícios.
ABSTRACT
The magic cube as a pedagogical tool is known to those who study it deeper into,
to develop numerous cognitive, social and mental meanings. So some authors
believe that this kind of puzzle to be worked in schools since the early stage of
children in schools. in high school, worked in mathematics, can develop
numerous benefits such as concentration, self-esteem, logical reasoning, among
others. one of the main features that a magic cube practitioner must have or
develop logical thinking is where it should be aware of the logical sequences to
then perform the movements and to follow up the assembly of this puzzle. over
time the aluo develops reasoning and hence it becomes a positive aspect, it
influences the behavior at school, including increases the yield of influencing
learning in school averages. this work shows that the magic cube influences the
development of the many benefits the students who practice, increasing the
appreciation of the discipline.

Keywords: Magic Cube; Mathematics; Benefits.


1. INTRODUÇÃO
“Se você está curioso, você vai encontrar os quebra-cabeças em torno de você. Se
você está determinado, você vai resolvê-los”. Erno Rubik

O processo ensino da Matemática deve desenvolver no aluno o raciocínio lógico,


a criatividade, a capacidade de resolver problemas em diferentes contextos e a
habilidade de pensar de maneira independente. Se neste processo forem
priorizadas a construção de estratégias, a iniciativa e a criatividade, então o
cidadão formado será mais versátil. Nesse sentido a inserção de jogos em sala é
uma ferramenta essencial, segundo Piaget (2002)

O jogo infantil, até a maturidade intelectual (em torno de 15 anos),


propicia a prática do intelecto, já que utiliza a análise, a observação, a
atenção, a imaginação, o vocabulário, a linguagem e outras dimensões
próprias do ser humano. ”
Esta eficácia também é citada nos Parâmetros Curriculares Nacionais

O jogo além de ser um objeto sociocultural em que a matemática está


presente, é uma atividade natural no desenvolvimento dos processos
psicológicos básicos. Por meio dos jogos, os alunos vivenciam situações
repetitivas, lidam com símbolo, pensam por analogia, produzem
linguagem, capacitam-se para submeterem-se a regras, dão explicações,
desenvolvem estratégias, estimulam seu raciocínio lógico e criam seu
próprio conhecimento.
É necessário buscar alternativas para que os adolescentes possam desenvolver
competências que a atividade sedentária frente às telas de celulares e
computadores pouco contribui, como é o caso do raciocínio lógico, destreza
manual, visão espacial, concentração e atenção, cujas atribuições são nitidamente
desenvolvidas a partir da prática do cubo mágico.

1.1. OBJETIVOS
1.1.1. Objetivos Gerais
O objetivo desse trabalho é mostrar a possível relação do cubo mágico com o
ensino da matemática no ensino médio, buscando argumentar os benefícios que
este pode trazer para o desenvolvimento dos alunos.

1.1.2. Objetivos Específicos
 Apresentar o Cubo Mágico como uma mais nova ferramenta
pedagógica nas aulas de Matemática no Ensino Médio;

 Melhorar a interação na relação aluno/aluno e professor/aluno;

 Estimular a autoestima dos alunos;

 Proporcionar aos alunos uma melhoria do poder de concentração e


raciocínio lógico;

 Ampliar a prática deste instrumento pedagógico entre a população


escolar, favorecendo assim uma melhoria intelectual/educacional
para as novas gerações.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. O CUBO MÁGICO
A invenção do cubo mágico se deu no ano de 1974 e se relaciona diretamente
com a matemática, a intenção do criador, o jovem professor húngaro Erno Rubik,
era criar uma peça que fosse perfeita, no que se refere à geometria, para ajudar a
ilustrar o conceito da terceira dimensão aos seus alunos do curso de arquitetura.

Mas o cubo mágico só começou ganhar reconhecimento mundial no ano de 1979


por meio de alguns acadêmicos de matemática e por um empresário húngaro que
levaram o cubo para a feira dos brinquedos de Nuremberg na Alemanha. Foi
nessa feira que Tom Kremer, um especialista em brinquedos, no intuito de
popularizar o brinquedo, concordou em vendê-lo.

Para Cinoto (2012), o Cubo Mágico também pode ser conhecido por cubo de
Rubik e que este brinquedo é um quebra-cabeça em forma de cubo com seis
cores (uma para cada face), vinte e seis peças cubicas que se articulam entre si
devido ao um eixo central fixo (oculto dentro do cubo) dispostas numa
configuração 3x3x3 com mais de quarenta e três quintilhões de combinações
diferentes e apenas uma correta.

Figura 01: O Cubo Mágico.

Fonte rubik.com
A beleza do cubo mágico é que quando você olha para um embaralhado
você sabe exatamente o que precisa fazer sem instrução. No entanto, sem
instrução é quase impossível de se resolver, fazendo com que ele seja
umas das invenções mais frustrantes e viciantes já produzidas. (ERNO
RUBIK)
E por toda essa complexidade, foi que esse incrível quebra-cabeça já apareceu
em obras de arte, vídeos famosos, filmes de Hollywood, teve o seu próprio
programa de TV, deu início a um novo esporte (speedcubing) e já até foi para o
espaço. E por tudo isso, o Cubo de Rubik influenciou o surgimento de cubos de
várias configurações como o 2x2x2, 4x4x4, 5x5x5, 6x6x6 e 7x7x7, 8x8x8,
9x9x9, 10x10x10 e similares.
3. NOÇÕES BÁSICAS
Para Cinoto (2012), de início, o praticante do cubo precisa ter a noção que as
peças centrais de cada face são fixas, ou seja, não saem do lugar. Elas giram em
torno delas mesmo.

Pode facilmente visualizar isso por meio do cubo desmontado.

Figura 02 – Eixo de um Cubo Mágico.

Fonte rubik.com
As peças centrais de cada face estão presas ao eixo central, por isso elas não
saem do lugar, elas giram em torno delas mesmo e, por exemplo, se no cubo o
branco está oposto ao amarelo, o branco sempre será oposto do amarelo, pelo
fato se serem fixo no eixo.
Com o cubo desmontado observa-se que existem três tipos de peças, peças
“centro da face”: são as peças fixas ao eixo central, elas possuem apenas uma
cor. As peças “do meio”: são as peças que ficam no meio dos outros dois tipos de
peças, essas possuem duas cores. E as peças “do canto”: são as peças que ficam
nos cantos (vértice) do cubo, já essas possuem três cores.

Então, por elas serem diferentes, não tem como, por exemplo, permutar uma peça
“do meio” para o lugar da peça “do canto”. Chegando à conclusão que, peças “do
canto” só permuta de lugar com peças “do canto” e peças “do meio” com peças
“do meio”.

Como as peças “centro da face” são fixas, isso nos indica que cada peça tem seu
lugar predestinado no cubo. Então, por exemplo, uma peça “do meio” de cor azul
e amarelo tem que ficar entra o centro azul e o centro amarelo.

Assim, uma peça “do canto” de cor branco, vermelho e verde tem que ficar no
canto entre o centro branco, centro vermelho e centro verde. Sendo assim, as
noções básicas do cubo se define em levar cada peça o seu devido lugar. No
método de camadas é justamente isso, levar peça por peça, uma por uma o seu
lugar por meios de algoritmos predefinidos.

E para isso, são utilizados uma série de algoritmos (sequências de movimentos),


que são sequências de instruções a serem executadas que no “mundo do Cubo
Mágico” são chamado de fórmulas. Dentre os métodos de resolução do cubo de
Rubik, para Cinoto (2012) um método considerado para iniciantes, é o método
das camadas, que consiste em 7 etapas, cada uma solucionada por alguns
algoritmos fáceis de memorizar ou até de entender.

Cinoto (2012), diz que o método intermediário, que consiste em resolver em


menos etapas: Cruz em uma face, juntar cantos e meios colocando-nos ao mesmo
tempo, cruz da última face, completar a cor da face superior, trocar cantos, trocar
meios. Para uma melhor execução, aprende-se mais algoritmos para executar as
etapas sem precisar de repetição, portanto demanda um conhecimento maior do
que o método básico. Este método é uma transição ao método avançado, pois as
etapas de execução se assemelham bastante.
Ainda de acordo com Cinoto (2012), o método avançado, chamado de método
Fridrich, apesar de ter sido utilizado por outros cubistas, foi amplamente
divulgado por Jessica Fridrich nos anos 80, ela descobriu através dos muitos
erros nos algoritmos da época, por isso seu nome ficou rotulado a este método,
consiste em resolver em apenas 4 etapas: cruz, primeiras 2 camadas (F2L),
orientar última camada (OLL), permutar última camada (PLL). Para tal, é
necessário saber 119 algoritmos diferentes (muitos deles com similaridades entre
si), englobando todas as possibilidades de trocas de peças.

Cinoto (2012) apresenta, além destes métodos, outros alternativos como o


método Lars Petrus, que consiste em resolver por blocos de peças (primeiramente
um 2x2x2, depois um 2x2x3, em seguida um 2x3x3 e por último a última
camada). Este método é bastante utilizado na resolução do 3x3x3 com menos
movimentos, pois se consegue ótimos resultados com algoritmos mais curtos.
Outro método seria o "Corners-First" ou o "Edges First", onde se resolve todos os
cantos separadamente dos meios. Este método é muito utilizado na resolução do
3x3x3 vendado, pois facilita a execução independente das peças.

4. MÉTODO DE CAMADAS: PASSOS PARA


SOLUCIONAR O CUBO MÁGICO.
PASSO 01:

Montar uma cruz branca com o centro amarelo. Essa cruz será jogada para a face
inferior, posteriormente, dando origem a uma cruz inteira branca. Após a cruz
pronta, é preciso que os dois blocos mais superiores de cada face lateral do cubo
(que correspondem às pontas da cruz) tenham a mesma cor também. Pra isso, é
preciso girar a camada de cima (a da cruz) até que os blocos combinem em uma
das faces laterais. Quando a cor de um bloco da camada de cima combinar com a
cor do bloco central de uma face lateral, essa camada deverá ser invertida para
baixo (2F), uma a uma. Assim obtém-se a cruz branca completa na face inferior.

Figura 03 – Cruz branca.


Fonte montarcubomagico.com.br
PASSO 02:

Completar a face inferior branca, ou seja, montar "os cantos" da camada inferior.
A partir daqui, é preciso manter a face branca sempre para baixo, por uma
questão de orientação. Procurar na camada superior blocos que contenham 1 lado
branco. Esse lado branco pode estar virado para cima ou para a face lateral. Antes
de começar o movimento, sempre posicionar o bloco entre os centros das cores
que ele possui.

Figura 04 – Cantos inferiores.

Fonte montarcubomagico.com.br
PASSO 03:
Posicionar os blocos dos cantos da camada do meio. Procurar na camada superior
os blocos que não têm amarelo e posicioná-los, antes de começar o movimento,
combinando qualquer cor com o seu centro.

Movimento:

 C (para o lado que afaste o bloco do lado para o qual ele precisa ir) -
E ou D (para o lado onde não está o bloco que eu quero mexer,
trazendo os blocos brancos para frente) - C (no mesmo sentido
anterior) - E ou D (idem, para levar os blocos brancos para baixo)

Nesse ponto, um bloco branco subiu. Aplicar a mesma sequência do passo 3, sem
esquecer de posicionar o bloco branco entre os seus centros antes de começar.
Repetir o passo 4 até completar a camada do meio.

Casos inesperados:

 Um bloco cair no lugar certo, mas com as cores invertidas: é preciso


trocar a posição desse bloco com qualquer bloco "do meio" da
camada de cima. Basta seguir a mesma sequência deste item (C, E
ou D, C, E ou D, devolve o bloco branco pro seu lugar), só que será
preciso fazer isso 2 vezes (uma pra trocar os blocos e outra pra
finalizar).

 Dois blocos ficarem invertidos: a solução é a mesma, trocar a


posição de qualquer um deles com qualquer bloco "do meio" da
camada de cima, e fazer da mesma forma como no caso anterior.

Figura 05 – Cantos dos meios.


Fonte montarcubomagico.com.br
PASSO 04:

Formar uma cruz amarela. A forma como se segura o cubo antes de fazer o
movimento depende do número de faces amarelas já presentes na cruz:

 Zero: é preciso que o bloco do canto inferior esquerdo da face


superior do cubo tenha a cor amarela na sua face esquerda (dica:
“zero à esquerda”)

 Duas: é preciso que o bloco que corresponde ao lado esquerdo da


cruz tenha sua face superior amarela e que, ao mesmo tempo, o
bloco que corresponde ao lado da frente da cruz não tenha sua face
superior amarela.

São 6 movimentos: F - C - D - C' - D' - F'.

Pode ser necessário fazer a mesma sequência até 3 vezes.

Figura 06 – Cruz amarela.


Fonte montarcubomagico.com.br
PASSO 05:

Completar a face amarela. Segurar o cubo prestando atenção em quantos cantos


já estão com a face amarela para cima.

 Zero: deixar o bloco do canto inferior esquerdo da face superior com


a cor amarela na sua face esquerda. (Dica: "zero à esquerda")

 Um: deixar o bloco (com a face amarela para cima) à frente e à


esquerda.

 Dois: deixar um bloco (com a face amarela para frente) à frente e à


esquerda.

São 7 movimentos: D - C - D' - C - D - 2C - D'.

Pode ser necessário fazer a mesma sequência até 3 vezes.

Figura 07 – Face amarelo.


Fonte montarcubomagico.com.br
PASSO 06:

Ajustar a orientação dos blocos dos cantos da camada superior. Antes de


começar, é preciso que haja 2 cantos de mesma cor em qualquer face lateral, e
essa face deve ficar para trás. Se não houver, será preciso fazer os movimentos 2
vezes:

São 9 movimentos: D' - F - D' - 2T (formou o L branco) - D - F' - D' - 2T – 2D.

Figura 08 – Cantos superiores.

Fonte montarcubomagico.com.br
PASSO 07:

Ajustar a orientação dos blocos do meio da camada superior. Geralmente 1 dos 4


blocos
já está na posição certa (face pronta), e é essa face que deve ficar para trás. Se
não houver, será preciso fazer a sequência 2 vezes:

São 7 movimentos: 2F - C (para o lado em que as faces dos 2 blocos do meio da


camada do meio e superior tenham a mesma cor) - camada do meio (vai levar os
amarelos para trás) - 2C (MINERVA!) - camada do meio' (vai trazer os amarelos
para cima) - C ou C' (depende) - 2F.

Caso inesperado: quando os 4 blocos estão em lugares trocados (e opostos), 2 a 2.


Nesse caso, apenas não será possível combinar os blocos no segundo movimento,
mas faz-se o MINERVA normalmente, sendo preciso fazer 2 vezes a sequência
para solucionar o cubo.

Figura 09 – Meios superiores.

Fonte montarcubomagico.com.br
5. UM BRINQUEDO, MUITOS BENEFÍCIOS.
Para Jung (1972) os sentimentos propiciam a capacidade de pensar e sentir.
Assim o professor deve buscar a educação para o afeto, desenvolver uma
personalidade mais saudável e estabelecer melhores relações interpessoais.

Paulo Freire (1996) destacou a importância da figura do professor como


construtor de identidade e respeito que este deve ter em relação à autonomia
como direito de todos. Ainda segundo ele, devemos saber atrair nossos alunos de
tal modo que o aprender envolva o prazer pela descoberta.
Nesse sentido, o Cubo Mágico aparece com um importante recurso metodológico
no processo de ensino-aprendizagem da matemática no Ensino Médio. Este, pode
tornar as aulas mais interessantes e possibilitar o desenvolvimento do convívio
social devido a interação que este brinquedo proporciona nos indivíduos que
compõem a sala de aula.

Para um trabalho pedagógico com brinquedos, além de resgatar o gosto


dos alunos pela descoberta, pelo novo, o trabalho com o lúdico
proporciona também o desenvolvimento das habilidades operatórias
características de cada faixa etária. (NUNES, 1990, p.195)
O Cubo Mágico consegue provocar um bom vínculo do professor com os seus
alunos, o que poderá influenciar os sentimentos pessoais e a relação com a
matéria, bem como favorecer bons resultados cognitivos.

A aquisição de atitudes positivas com relação à matemática deve ser uma


das metas dos educadores que pretendem ir além da simples transmissão
de conhecimentos, garantindo aos seus alunos espaço para o
desenvolvimento do autoconceito positivo, autonomia nos seus esforços e
o prazer da resolução do problema. (BRITO, 2001, p.221)
Segundo Vigostsky (1984), o brinquedo estimula a curiosidade e a autoconfiança,
proporcionando desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração
e da atenção.

É nisso também que o cubo mágico revela a sua importância, pois promove
situações de ensino-aprendizagem, aumentando a construção do conhecimento,
introduzindo uma atividade lúdica e prazerosa, desenvolvendo a capacidade de
iniciação, ação ativa e motivadora. Além de ter uma boa base matemática, sendo
este também um instrumento da linguagem da ciência, da técnica e do
pensamento organizado.

Brincando com o cubo, o indivíduo se depara com o desejo de montá-lo por


completo e a cada passo realizado com sucesso vem a sensação agradável, a
autoconfiança e motivação para se chegar ao objetivo, pois como sabemos, os
desafios são situações que mechem com nossos impulsos.
[...] podem ser empregados em uma variedade de propósitos dentro do
contexto de aprendizado. Um dos usos básicos e muito importante é a
possibilidade de construirse a autoconfiança. O outro é o incremento da
motivação. [...] um método eficaz que possibilita uma prática significa
daquilo que está sendo aprendido. (SILVEIRA, 1998, p.02).
Assim como na utilização de outros recursos pedagógicos nas aulas de
matemática, com o cubo mágico também pode se alcançar um dos objetivos da
educação que é promover o saber, e ainda mais, destacando a interação com o
aluno, pois é papel do professor garantir esta relação.

Para muitos educandos, a experiência com a matemática escolar pode trazer


grandes insatisfações, frustrações e sentimentos de inferioridade. Desenvolvendo
até atitudes negativas em relação à disciplina. Cabe ao professor meios para
resgatar a autoestima desses alunos. E com o cubo mágico, os alunos se deparam
com um grande desafio e começar a montá-lo pode mudar essa realidade
proporcionando melhores resultados a estes educandos.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

As atitudes em relação à matemática referem-se à valorização e ao apreço


desta disciplina, bem como ao interesse por essa matéria e por sua
aprendizagem, sobressaindo mais o comportamento afetivo do que o
cognitivo: o comportamento afetivo manifesta-se em termos de interesse,
satisfação, curiosidade, valorização, etc. (GOMES, 2002, p. 58)
O cubo mágico consegue provocar um bom vínculo do mestre com os seus
escolares, o que poderá influenciar os sentimentos pessoais e a relação com a
matéria, bem como favorecer bons resultados cognitivos.

Além do mais, o cubo mágico possui características importantes, como uma


possível elaboração de ideias, construção de estratégias e tomada de decisões
visando atingir os resultados esperados, as quais podem desenvolver habilidades
em diversos níveis. Sobre o aspecto do raciocínio lógico, com o cubo, o jovem
passa a ter contato com diversos desafios, que lhe são propostos, nos quais,
mesmo com a memorização dos passos, ele deve buscar a melhor combinação de
movimentos a serem realizados, pois cada passo precisa do anterior, tendo assim
a sua frente, inúmeras possibilidades.
A aquisição de atitudes positivas com relação à matemática deve ser uma
das metas dos educadores que pretendem ir além da simples transmissão
de conhecimentos, garantindo aos seus alunos espaço para o
desenvolvimento do autoconceito positivo, autonomia nos seus esforços e
o prazer da resolução do problema. (BRITO, 2001, p. 221)
Sendo assim, o aluno não basta saber solucionar o passo, analisando apenas umas
peças ou um movimento especifico. É essencial que ele seja capaz de ver o cubo
como um todo, sabendo que os passos não devem ser vistos isoladamente, mas
sim, que os mesmos fazem parte de um inteiro, em que um passo depende e está
diretamente ligado a outro e ao anterior, para se atingir a montagem completa.
Estas características evidencia um aprimoramento da compreensão, na solução de
problemas pelas análises do contexto geral e desenvolve habilidades e hábitos
necessários à tomada de decisões.

6. O CUBO MÁGICO E A MATEMÁTICA.


Para Cinoto(2012), o cubo mágico desperta a curiosidade do aluno e o professor
tem o dever de atrair parte dessa curiosidade para a Matemática, buscando
relacionar o máximo possível com os conteúdos matemáticos. Para ele esse
brinquedo pode ser utilizado, sem muitas dificuldades, por exemplo em:
Potências de i, Simetrias, Volume, Função, Raciocínio, Probabilidade, Análise
Combinatória, Visão espacial e Frações. Sendo o de Análise Combinatória o
principal conteúdo a ser abordado com o Cubo Mágico.

Dentro da Análise Combinatória diversos são os desafios que podem ser levados
aos alunos, que vão desde a permutação de uma ou mais peças, já inclusas nos
passos de montagem do cubo, até o número de combinações possíveis do Cubo
Mágico.

Para o número de combinações possíveis do Cubo Mágico, o aluno deverá ter


compreendido como funciona o Cubo Mágico, assim como, o conteúdo de
Análise Combinatória. Pois é necessário relembrar, por exemplo, como calcular
as combinações possíveis de três letras A, B e C sem repetir nenhuma, fazendo
com que o aluno perceba que ao invés de escrever todas as possibilidades e
contar o total, que ele pode efetuar o simples calculo 3 × 2 × 1 = 6 e que de uma
maneira geral pode-se utilizar a notação de fatorial, ou seja, 3! = 3 × 2 × 1 = 6.
Isso tudo para que o aluno quando manusear o Cubo utilize esta visão.
Para início da demonstração do números de combinações do Cubo Mágico
3x3x3, o professor deve mostrar aos alunos que este têm oito “quinas” que
podem ser ocupadas por qualquer peça do formato “dos cantos”, desta forma
somente o número de ocupações destas “quinas” resulta em 8! = 8 × 7 × 6 × 5
× 4 × 3 × 2 × 1 = 40 320 combinações. O professor deve mostrar aos alunos
que existem também doze “meios” que podem ser permutados, ou seja, 12! = 12
× 11 × 10 × 9 × 8 × 7 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 479 001 600. Como cada
“canto” possui três lados que podem girar, os alunos podem pensar
em 38 combinações, o que é errado, não é possível girar um único “canto”
sozinho pois existe um vínculo entre eles. Os
“cantos” devem ser girados de três em três ou se forem dois, um no sentido
horário e outro no sentido anti-horário, desta forma somente um terço
daquelas 38 combinações, ou seja, 38 combinações. O professor deve explicar que
esse mesmo raciocínio deve ser usado para os “meios”, ao invés
de 212 combinações, teremos apenas um quarto disto, ou seja, 212 combinações.
Para finalizar basta multiplicar tudo: 8! × 12! × 37 × 210 = 43 252 003 274 489
856 000 combinações possíveis no Cubo Mágico.
7. METODOLOGIA
Este estudo, pode ser considerado de natureza qualitativa, pois teve como
objetivo observar e analisar o desempenho dos jovens iniciantes à prática do
Cubo Mágico e verificar os benefícios desta experiência na possibilidade de se
promover este quebra-cabeça como um recurso complementar na educação
Matemática no Ensino Médio.

É qualitativa por apresentar características, que segundo Godoy (1996, apud


OLIVEIRA, 2012, p. 38) e Bogdan e Biklen (1994), configuram esse tipo de
pesquisa, que são elas: Ambiente natural como fonte direta de dados e o
pesquisador como instrumento fundamental; Caráter descritivo; Enfoque
indutivo. A população utilizada para a pesquisa foram 40 alunos, sendo 23
mulheres e 17 homens. Estes da 1ª série do Ensino Médio da Unidade Escolar
Otávio Falcão, situada na cidade de Porto no estado do Piauí com faixa etária
variando de 14 aos 16 anos de idade.
O presente estudo estar de acordo com a abordagem qualitativa por utilizar
observação, analise documental e diário de bordo como instrumentos. Para
Vianna, H. (2003, p.12), este método de observação consiste em “uma das
importantes fontes de informações em pesquisas qualitativas em educação”; é
uma técnica de coleta de dados que ajuda o pesquisador a identificar e a obter
provas a respeito de objetivos aos quais quer alcançar, pois ele terá um contato
mais direto com a realidade. Para análise documental, foram utilizados diário de
bordo e atividades desenvolvidas durante as aulas.

O desenvolvimento deste trabalho se deu em duas etapas, a primeira etapa por


meio de seis oficinas, com aulas expositivas com auxílio do sistema vídeo aula
(notebook com webcam e retroprojetor) e com uso de 42 cubos mágicos (um para
cada aluno e dois de apoio para o professor). Já a segunda etapa foi uma amostra
da utilização do Cubo Mágico em conteúdos matemáticos afim de realizar uma
pesquisa exploratória, utilizando-se como instrumento para a coleta de dados a
observação e o resultado de testes aplicados.

Para aferir a interação com professor e apreço pela disciplina após a aplicação do
Cubo nas aulas, foi utilizado uma pesquisa entre os alunos participante. Para
averiguar o desempenho escolar foram utilizadas as médias de duas turmas de 1ª
série do Ensino Médio (da que participou da aplicação e de outra que não
participou) do primeiro e segundo mês na disciplina de Matemática. Para
amostrar a utilização do Cubo em conteúdos matemáticos, foi utilizado uma
atividade proposta a turma participante da aplicação. Os dados foram analisados
através de estatística descritiva dos resultados obtidos pela pesquisa,
apresentando as comparações entre as turmas por demonstração das médias por
turmas.

8. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


No primeiro momento foram realizadas seis oficinas onde foram abordados os
seguintes itens:

1. Noções Básicas;

2. Método de Camadas: Passo 01 – Cruz branca;

3. Método de Camadas: Passo 02 – Cantos inferiores;


4. Método de Camadas: Passo 03 – Cantos do meio;

5. Método de Camadas: Passo 04 – Cruz amarela;

6. Método de Camadas: Passo 05 – Lado amarelo;

7. Método de Camadas: Passo 06 – Cantos superiores;

8. Método de Camadas: Passo 07 – Meios superiores;

9. Treinamento contra o tempo; 10) Torneio.

Você também pode gostar