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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo expor a proibição do Conar a respeito da ação de
merchandising da lanchonete Giraffas na novela Carrossel transmitida pelo SBT, conforme
referida representação sob o número 269/12, do mês/ano de julgamento, novembro de 2012. O
caso em questão trata-se do público infanto-juvenil, a proposta é chegar ao entendimento com
quais princípios pode-se identificar uma propaganda que esteja ou não em desacordo com a ética
e o direito, através de uma análise sobre a Autorregulamentação Publicitária e os apontamentos
de algumas das regulamentações jurídicas que cabem nessa ação. A relevância deste é também
observar o poder de opinião de compra das crianças e dos adolescentes e como a classificação
indicativa dos programas é colaborativa às pessoas e à família.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Na contra mão dessa afirmativa temos veículos e agências de publicidade e propaganda que
se propõe defender mais interesses de vendas e de marketing do que do público; exemplificando a
mídia de massa, como a televisão que propaga em boa parte da sua grade de programas voltada
para o público infantil, entretenimento com mídias diretas ou indiretas em desenhos, filmes,
discernimento;
d. obedecer a cuidados tais que evitem eventuais distorções
psicológicas nos modelos publicitários e no público-alvo;
e. abster-se de estimular comportamentos socialmente
condenáveis.
III - Este Código condena a ação de merchandising ou
publicidade indireta contratada que empregue crianças, elementos do
universo infantil ou outros artifícios com a deliberada finalidade de captar
a atenção desse público específico, qualquer que seja o veículo utilizado.
IV - Nos conteúdos segmentados, criados, produzidos ou
programados especificamente para o público infantil, qualquer que seja o
veículo utilizado, a publicidade de produtos e serviços destinados
exclusivamente a esse público estará restrita aos intervalos e espaços
comerciais.
V – Para a avaliação da conformidade das ações de
merchandising ou publicidade indireta contratada ao disposto nesta Seção,
levar-se-á em consideração que:
a. o público-alvo a que elas são dirigidas seja adulto;
b. o produto ou serviço não seja anunciado objetivando seu
consumo por crianças;
c. a linguagem, imagens, sons e outros artifícios nelas
presentes sejam destituídos da finalidade de despertar a
curiosidade ou a atenção das crianças.
Parágrafo 1º
Crianças e adolescentes não deverão figurar como modelos
publicitários em anúncio que promova o consumo de quaisquer bens e
serviços incompatíveis com sua condição, tais como armas de fogo,
bebidas alcoólicas, cigarros, fogos de artifício e loterias, e todos os demais
igualmente afetados por restrição legal.
Parágrafo 2º
O planejamento de mídia dos anúncios de produtos de que trata
o inciso II levará em conta que crianças e adolescentes têm sua atenção
especialmente despertada para eles. Assim, tais anúncios refletirão as
restrições técnica e eticamente recomendáveis, e adotar-se-á a
interpretação mais restritiva para todas as normas aqui dispostas.
Nota: Nesta Seção adotaram-se os parâmetros definidos no art. 2º do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): “Considera-se
criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade
incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.”
E ainda voltando-se para o público infantil, Vivarta (2009) em sua abordagem também
posiciona como a descoberta e a valorização do potencial de consumo da criança tornou-se uma
tendência global de grandes multinacionais como Burger King, Coca-Cola, Mattel, Disney e entre
outros. E defende que juridicamente as de leis de proteção as crianças e adolescentes devem ser
reconhecidas no âmbito do consumo, seguindo-se os princípios defendidos e encontrados na CF
(Constituição Federal), ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e no Código de Defesa do
Consumidor.
No que se diz respeito a liberdade de expressão Bezerra (2016, p.237) em seus estudos
afirma, “A liberdade de expressão defendida pelo setor publicitário diz respeito à liberdade de
mercado, que opera em âmbito privado e, portanto, está comprometida com a realização capitalista
da livre circulação de mercadorias e de informações comerciais.”
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Diante do código de conduta do Conar estabelece-se que tipo de publicidade não deve ser
divulgada, ainda que não embasado por leis; se guiam em sociedade considerando a priori que
entre pessoas físicas e jurídicas é devido a ética, o respeito, os limites da moralidade. No entanto,
percebe-se que entre uma frente e outra de interesse, a conduta dos próprios veículos e agências de
publicidade de propaganda que o compõe perdem-se quando querem atingir seus interesses,
negócios com alta capitalização. Considero ainda, que dentro de tais circunstâncias sua atividade é
importante para que no caso de alguma veiculação indevida, partes que sofreram algum tipo de
dano venham ter mais um canal onde colocar a sua voz. Nenhum cidadão ou organização deve se
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calar, e deixar de usufruir de forma ativa o que o sistema lhe oferece, justiça e correção.
4. REFERÊNCIAS
ANDI – Agência de Notícias dos Direitos da Infância. Infância e Consumo: estudos no campo
da comunicação. Brasília: Instituto Alana, 2009. 162 p.
CONAR. Casos 2012, Representação 269/12 - Novela Carrossel - Giraffas - Novembro 2012.
Disponível em: <http://www.conar.org.br/processos/detcaso.php?id=3289> Acesso em: 22 fev.
2020.