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O príncipe D.

Pedro I de Portugal se apaixonou perdidamente por Inês de Castro, dama de


companhia de sua esposa com quem teve um casamento arranjado.

Os dois viveram um intenso romance proibido por um tempo e o pai de D. Pedro, o rei D.
Afonso IV, era contra essa relação.

D. Afonso IV não queria que seu filho tomasse Inês por amante uma dama cuja família
possuía tantas ambições, não só em Portugal como também no reino vizinho de Castela.

Nesse caso, a ligação entre o herdeiro do trono e Dona Inês preocupava ao rei não só
porque ela insultava a João Manuel de Castela, pai de Dona Constança, como também se
constituía em uma ameaça aos fidalgos da corte portuguesa, especialmente os nobres da
família Pacheco, que temiam a influência que os Castro pudessem vir a exercer sobre o
futuro soberano. Além disso, havia o fato de que um dos antepassados da dama, D.
Fernando Rodrigues de Castro, comandara uma invasão contra Portugal através do Minho,
em 1337.

O rei chegou ao ponto de exilar Inês e expulsá-la da corte, mas isso não foi nenhum
impedimento para os dois, que trocavam cartas com ajuda de mensageiros da confiança de
Dom Pedro.

Enquanto mantinha suas obrigações conjugais com Dona Constança, desse casamento
nasceu Maria (1342), Dom Fernando I de Portugal (1345).

Dona Constança, morreu durante o parto do seu último filho.

Viúvo, o príncipe não viu mais qualquer impedimento para retomar suas relações com a
exilada Inês.

Durante anos, Pedro e Inês viveram nos Paços de Santa Clara, em Coimbra, com os seus
três filhos.

Os filhos ilegítimos de Inês eram claramente uma ameaça ao herdeiro legítimo ao trono, D.
Fernando. Corriam boatos de que a família Castro conspirava para assassiná-lo.

Em 1355, o Rei D. Afonso IV, cedeu à pressão dos fidalgos portugueses e mandou matar
Inês de Castro.

No dia 7 de janeiro de 1355, aproveitando que Pedro estava viajando numa caçada, três
ministros do Rei Afonso – Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco –
emboscaram Inês nos jardins onde ela e Pedro costumavam se encontrar, a Quinta dos
Amores, e assassinaram a mulher friamente.

Louco de dor, Pedro liderou uma revolta contra o rei, nunca perdoando ao pai o assassinato
da amada. Apenas com a intervenção da rainha Beatriz que selou a paz entre os dois em
agosto de 1355.

D.Afonso IV morreu e D. Pedro I foi coroado como o oitavo rei de Portugal.


Quando finalmente assumiu a coroa em 1357, D. Pedro mandou prender e matar os
assassinos de Inês. Porém conseguindo matar apenas dois ministros, Pêro Coelho e Álvaro
Gonçalves foram apanhados e executados em Santarém.

Diogo Lopes Pacheco conseguiu escapar para a França e, posteriormente, seria perdoado
pelo Rei no seu leito de morte.

Mais tarde, jurando que se havia casado secretamente com Inês de Castro, D. Pedro impôs
o seu reconhecimento como rainha de Portugal.

Em Abril de 1360, ordenou a trasladação o corpo de Inês de Coimbra para o Mosteiro Real
de Alcobaça, onde mandou construir dois magníficos túmulos, para que pudesse descansar
para sempre ao lado da sua eterna amada.

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