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História dos Estudos Linguísticos


Renascimento e
Modernidade
Cecília, Fernando, João, Laís, Sandra, Sofia
1

Panorama
histórico Encontro da Cruz Verdadeira - detalhe (1452 - 1466), de Piero Della Francesca
Linha do tempo

Baixa Idade Média e Trecento (século XIV) Quattrocento (século XV) Cinquecento (século XVI)
transição
Ruína das estruturas sociais, Período de transição mais Alta renascença. Era Médici. Expansão do estilo
econômicas, políticas e acentuada. Florença como Amadurecimento do renascentista pelo continente
culturais que vigoraram centro político, econômico e Humanismo. Imprensa de europeu. "Descoberta" da
durante a Idade Média. cultural. Arte proto- Gutenberg. Leonardo da América. Reforma
Passagem do teocentrismo renascentista. Dante, Vinci, Manuel Crisoloras, protestante. Rafael,
para o antropocentrismo. Petrarca, Boccaccio. Botticelli. Michelangelo, Maquiavel,
Giordano Bruno.
Baixa Idade
Média e
transição
As transformações ocorridas na Europa Ocidental fizeram ruir as estruturas
social, econômica, política e cultural que vigoraram durante a Idade Média. O
fortalecimento do poder dos reis, que culminou na formação dos Estados
Nacionais, a ampliação do comércio, que fez ressurgir as moedas, e a
sobreposição da ciência moderna ao pensamento religioso consumaram a
transição da Idade Média para a Idade Moderna.

A anunciação a Santa Ana (1305), de Giotto di Bondone


TRECENTO (século xiv)
Os efeitos do bom governo nas cidades, detalhes da Alegoria e efeitos do bom e mau governo na cidade e no país (1337 - 1343), de Ambrogio Lorenzetti
QUATTROCENTO (século xv)
A primavera (1482), de Sandro Botticelli
CINQUECENTO (século XVI)
Mapa de Imola (1502), de Leonardo da Vinci
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Língua(gem) A construção da Torre de Babel (1563), de Pieter Bruegel, o velho


O Renascimento e o
período subsequente
(breve introdução)

Começa o tratamento formal dos idiomas


vernaculares;
Homo trilinguis (grego, latim e hebraico);
As traduções da bíblia promovem e fortalecem
os vernáculos;
Encontros e rupturas das línguas ocidentais
com as línguas orientais dadas diferenças;

São Jerônimo em seu estúdio (1474), de Antonello da Messina


A função das línguas
vernáculas na construção
do Ocidente cristão
Falência do sistema religioso
Reforma moral do indivíduo
Acesso a materiais sagrados era reservado a quem
tinha domínio das línguas (latina, grega e hebraica)
Humanistas italianos e o repúdio a língua vulgar

Ressureição (1460), de Piero Della Francesca


Antonio de
Nebrija (1444-1522)

Foi um influente humanista espanhol


Autor da primeira Gramática em língua castelhana (1492)
Primeiro dicionário Latino-Castelhano (1495)
Reglas de ortografía española (1517)

Antonio de Nebrija impartiendo una clase de gramática


en presencia de D. Juan de Zúñiga, Introducciones Latinae (1486)

Gramática catellana (1492), de Antonio de Nebrija


Dante Aligheri

(Florença, 1265 – Ravena, 1321)

Foi um escritor, poeta e político florentino


Obra-prima: A Divina Comédia (1304-1321)
Considerado o pai da língua italiana
Escreveu outras obras de suma importância: Sobre a eloquência em língua vulgar
(1302-1305); O convívo (1304-1307); Da Monarquia (1312-13);

Dante Aligheri (1450), de Andrea del Castagno


De Vulgari
Eloquentia
Sobre a eloquência em língua vulgar

Escrito entre 1302 e 1305


Denfede a língua única (italiana)
A obra é dividida em dois livros
Língua vulgar ou vernácula como objeto de estudo
Enumera tudo que é vernáculo ilustre e sublime
(poetas, versos e estrofes)
Referências bíblicas

De Vulgari Eloquentia (1577)


Jean-Jacques
Rousseau

(Genebra, 1712 – Ermenonville, 1778)

Foi um filosófo, teórico político, escritor e compositor


Escreveu obras como Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre
os homens (1755); Do contrato social (1762); Emilio, ou Da educação (1762)
Foi influenciado por Robinson Crusoé (1719) de Daniel Defoe e pelo Humanismo
Suas ideias influenciaram o movimento romântico do século XIX

Retrato de Jean-Jacques Rousseau (1843), de Jean Edouard Lacretelle


Ensaio sobre a
origem das línguas
No qual se fala da melodia e da imitação musical

Escrito aproximadamente em 1759


Três partes bem caracterizadas:
1. A origem da linguagem
2. Diferenciação das línguas
3. Estudo particular das questões musicais
Capítulo XX - Relação entre as línguas e o governo
Publicado após a morte de Rousseau

A confusão das línguas, de Gustave Doré (1868)


A origem da linguagem
(cap. I ao VII)
A palavra distingue os homens entre
os animais; a linguagem, as nações
entre si – não se sabe de onde é um
homem antes de ter ele falado.
Capítulo I "Dos vários meios de comunicar nossos pensamentos"
Não é a fome ou a sede, mas o amor, o
ódio, a piedade, a cólera, que lhes
arrancam as primeiras vozes.
Capítulo II "De como a primeira invenção das palavras não vem das necessidades, mas das paixões"
Como os primeiros motivos que fizeram
o homem falar foram paixões, suas
primeiras expressões foram tropos.
Capítulo III "De como a primeira linguagem teve de ser figurada"
Diferenciação das línguas
(cap. VIII ao XI)
Nos climas meridionais, onde a natureza é
pródiga, as necessidades nascem das paixões;
nas regiões áridas [línguas do norte], onde ela
é avara, as paixões nascem das necessidades, e
as línguas, tristes filhas da necessidade,
ressentem-se de sua áspera origem.
Capítulo X "Formação das línguas do norte"
As do sul tiveram de ser vivas, sonoras,
acentuadas, eloquentes e frequentemente
obscuras, devido à energia. As do norte
surdas, rudes, articuladas, gritantes,
monótonas e claras, devido antes à força
das palavras do que a uma boa construção.
Capítulo XI "Reflexões sobre essas diferenças"
Estudo particular das
questões musicais
(cap. XII ao XIX)
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Literatura Virgem da Anunciação (1476), de Antonello da Messina


Giovanni
Boccaccio

(Florença ou Certaldo, 1313 – Certaldo, 1375)

Foi um prolífico literato e comerciante italiano


Escreveu o primeiro romance psicológico da literatura européia
Primeiro biógrafo e comentador de Dante Aligheri
Responsável pela descoberta de importantes textos da Antiguidade
Inventor da oitava rima

Giovanni Boccaccio (1450), de Andrea del Castagno


decameron
Escrito entre 1349 e 1351/53
Composto de 100 novelas
Narradas por 7 jovens damas e 3 cavalheiros
Marco inaugural da prosa de ficção no Ocidente
Decameron: "dez jornadas, em grego"
Tema central: peripécias em torno do amor mundano
Língua mais próxima da oralidade
Vivacidade das imagens (hipotipose)

Páginas do Códice Italiano 482, transcrito por Giovanni d'Agnolo e Ilustrado por Boccaccio na década de 1360
As suas personagens vivem sobre
a Terra, e só sobre a Terra; vê a
abundância de aparições, de
maneira imediata como um rico
mundo de formas terrenas.
Eric Auerbach no capítulo Frate Alberto de Mimesis: a
representação da realidade na literatura ocidental
Frate Alberto. miniatura de Decameron de Giovanni Boccaccio (1432), da Biblioteca nacional da França
Decameron (1971),
de Pier Paolo Pasolini
Adaptando algumas das novelas do
Decameron, Andreuccio da Perugia e Masetto
da Lamporecchio são algumas das escolhidas,
Pasolini adota procedimentos semlhantes ao
do escritor Boccaccio na maneira de construir
sua obra cinematográfica: criando molduras de
seus personagens.
Obrigado!

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