Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Eia Volume 1
Eia Volume 1
VOLUME I
Capítulo 1 e 2
FIGURA 1.1. MAPA DE LOCALIZAÇÃO DA ÁREA ESCOLHIDA PARA IMPLANTAÇÃO DO ASL. ....... 6
FIGURA 1.2. TOPOGRAFIA E USO DO SOLO DA ÁREA ESCOLHIDA PARA IMPLANTAÇÃO DO ASL. . 8
FIGURA 1.3. LAYOUT DO ASL. ................................................................................................... 9
FIGURA 1.4. DEFINIÇÃO DAS 03 (TRÊS) ÁREAS PRÉ-SELECIONADAS. ........................................ 21
FIGURA 1.5. ÁREA 01 PROPOSTA COMO ALTERNATIVA LOCACIONAL. ...................................... 22
FIGURA 1.6. ÁREA 02 ANALISADA. ........................................................................................... 24
FIGURA 1.7. ÁREA 03 ANALISADA. ........................................................................................... 25
FIGURA 1.8. CRITÉRIOS PARA CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS AVALIADAS. ............................... 30
FIGURA 1.9. VALORAÇÃO DOS CRITÉRIOS E DO TIPO DE ATENDIMENTO. ................................... 30
FIGURA 1.10. SISTEMA DE PONTUAÇÃO. ................................................................................... 31
FIGURA 1.11. QUADRO DE PONTUAÇÃO DAS ÁREAS. ................................................................ 32
FIGURA 1.12. ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA) DO PROJETO, EM AMARELO. ................... 37
FIGURA 1.13. ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AI) DO PROJETO. ................................................ 38
FIGURA 1.14. PRIMEIRA MODALIDADE DE ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII) DO PROJETO,
REFERENTE A POSSIBLIDADE DE EXTENSÃO DOS IMPACTOS ADVERSOS RELEVANTES AO
LONGO DO TEMPO DE VIDA ÚTIL DO PROJETO, NO CASO DE SUA EXECUÇÃO SEM O EFICIENTE
MONITORAMENTO AMBIENTAL. .......................................................................................... 39
CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
2
1. DESCRIÇÃO DO PROJETO
1.1.IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
3
1.3. EQUIPE TÉCNICA
REGISTRO
ATUAÇÃO NO
RESPONSÁVEIS FORMAÇÃO PROFISSIONAL
PROJETO
CADASTRO IBAMA
Coordenação Geral do Serviço
Engenheiro Ambiental CREA-PB 161.513.158-2
Pedro Henrique dos Santos Silva
Eng. de Segurança do Trabalho CTF IBAMA: 6532686
Caracterização do Empreendimento
CREA-PB 161.865.847-6
Análise Locacional Lucas Rafael Ramos Machado Engenheiro Ambiental
CTF IBAMA: 7419843
Valoração dos
Parâmetros
CREA-PB 161.862.375-3
Parâmetros de Vida útil Fernanda Marques Freitas Engenheira Sanitarista
do ASL
Projeto Executivo CTF IBAMA: 7418377
Diagnóstico Ambiental
Luís Gonzaga Noronha CREA-PB 260.404.082-4
Meio Físico Engenheiro Geólogo
Cominato CTF IBAMA: 466525
Paulo Rafael e Silva CREA-PB 161.259.608-8
Meio Físico Geógrafo
Vasconcelos CTF IBAMA: 6189765
CRBio 875673/05-D
Meio Biótico Karlla Morganna da Costa Rêgo Bióloga
CTF IBAMA: 5490977
CRBio 99772/05-D
Meio Biótico Renato Magnum Tavares Costa Biólogo - Msc em Botânica
CTF IBAMA: 5329551
CRBio 57296/18
Meio Biótico Janaína Silva de Oliveira Bióloga
CTF IBAMA:
Roberta Maria de Albuquerque CREA-PB 160.688.714-9
Meio Biótico Engenheira Florestal
Lacerda CTF IBAMA: 5725368
Engenheiro Ambiental CREA-PB 161.513.158-2
Meio Antrópico Pedro Henrique dos Santos Silva
Eng. de Segurança do Trabalho CTF IBAMA: 6532686
Meio Antrópico Ana Dindara Rocha Novaes Arqueóloga CTF IBAMA: 7438946
Elaboração de mapas
Desenhos Técnicos Tecnólogo em CREA-PB 160.911.475-2
Documentação Alexandre Ferreira da Silva Geoprocessamento - Msc em
CTF IBAMA: 6320394
Cartográfica Eng. Civil e Ambiental
Imagens Aéreas Paulo Alberto de Almeida CREA-PB 161.458.895-3
Engenheiro Ambiental
Fotogrametria Gomes CTF IBAMA: 6189695
Desenhos Técnicos do CAU 231779-6
Erika Ellen Bezerra Figueiredo Arquiteta e Urbanista
Projeto Executivo CTF IBAMA: 7434367
Desenhos Técnicos do CREA-PB 160.131.575-9
Gustavo dos Guimarães Lima Engenheiro Civil
Projeto Executivo CTF IBAMA: 7447536
Identificação e Avaliação dos Impactos Ambientais
Engenheiro Ambiental CREA-PB 161.513.158-2
Pedro Henrique dos Santos Silva
Eng. de Segurança do Trabalho CTF IBAMA: 6532686
Proposição de Medidas Mitigadoras e Programas Ambientais
CREA-PB 161.865.847-6
Lucas Rafael Ramos Machado Engenheiro Ambiental
CTF IBAMA: 7419843
Colaboração
Estagiária Elda Karoline Videres Ferraz
Estagiário Mathews Alexander Costa Alves de Souza
Estagiária Natália Cândido da Silva
Eng. Florestal Everton Monteiro da Costa
Engenheiro de Pesca Ernani Aleixo Arrais Filho CREA-PE 180.066.381-1
4
1.4.DADOS DO EMPREENDIMENTO
5
1.4.3. Localização e Acesso
6
de 2,86 Km (dois quilômetros e oitocentos e sessenta metros), como pode ser observado no
Anexo I - Prancha 2/31 – Localização da Área.
7
Figura 1.2. Topografia e uso do solo da área escolhida para implantação do ASL.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.
8
Figura 1.3. Layout do ASL.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.
1.5.1. Objetivos
1.5.2. Justificativas
12
Com a iniciativa de se implantar o ASL em Santa Rita/PB, o aterro sanitário
que atende atualmente a “Região Metropolitana de João Pessoa/PB”, em decorrência, terá um
aumento na sua vida útil, já que Santa Rita/PB passará a contar com um aterro privado para
destinação final dos resíduos da triagem do RSU no próprio Município.
Considerando que o ASL não fará a triagem do RSU, esta importante
atividade será realizada previamente, seja pela própria Prefeitura Municipal (que implantará a
estrutura necessária à atuação da Associação Municipal de Recicladores), ou seja por empresa
terceirizada (atividade executada por empresa privada).
Assim, justifica-se que a implantação da “Estação de Transbordo e
Triagem” dos RSU no próprio Município, proporcionará a geração local de emprego, renda,
impostos e tributos.
A situação ideal é a implantação da estrutura de triagem do RSU nos limites
da zona urbana, reduzindo custos com a “coleta - transporte” até a triagem, aliado a
facilitação de deslocamentos dos recicladores residentes em Santa Rita/PB até a unidade de
triagem.
14
1.8. INTERESSE SOCIAL
15
1.9. ALTERNATIVAS LOCACIONAIS E TECNOLOGICAS
16
1.9.2. Critérios Adotados para a Seleção Inicial de Áreas
17
1.9.3. Parâmetros Condicionantes
Para a escolha das áreas estudadas para a instalação do ASL, foram adotados
critérios baseados no Sistemas de Informações Geográficas - SIG, as quais permitiram
analisar, inicialmente, a escolha das áreas, assegurando as distâncias mínimas definidas pela
legislação pertinente.
Nas áreas pesquisadas, no presente estudo de alternativa locacional, partiu-
se da premissa que o projeto do ASL possuirá uma série de unidades operacionais, abaixo
listadas:
a) Células de lixo domiciliar;
19
b) Impermeabilização de fundo e superior;
c) Sistema de coleta e tratamento de chorume;
d) Sistema de coleta e queima de biogás;
e) Sistema de drenagem e afastamento de águas pluviais;
f) Sistemas de monitoramento ambiental, topográfico e geotécnico;
20
a) Seleção preliminar das áreas disponíveis no Município;
b) Estabelecimento de critérios técnicos baseados na ABNT e na legislação federal,
estadual e municipal para a seleção das áreas;
c) Aplicação da metodologia proposta pelo IBAM para caracterização e valoração das
áreas em estudo;
d) Análise das áreas levantadas tendo como critério de escolha a viabilidade técnica,
ambiental, social e econômica.
Para a escolha primária das áreas, foram adotados critérios baseados no
Sistema de Informações Geográficas (SIG), onde criou uma base georeferenciada para
plotagem dos resultados dos trabalhos iniciais de campo, a qual permitiu analisar e aferir as
distâncias mínimas em observância ao raio da AS-SBJP.
Como mostrado na Figura 04 (Vide também no Anexo I - Prancha 7/31 –
Alternativas Locacionais), dos trabalhos iniciais de campo, resultaram a identificação de 03
(três) áreas-alvos, em que foram realizadas visitas técnicas e levantamentos de campo com
medições, visando-se avaliar a viabilidade de cada área, identificando seus aspectos positivos
e negativos para a instalação do empreendimento.
22
A área 01 apresenta os seguintes aspectos técnicos:
a) Positivos:
Área suficiente para implementação do empreendimento;
Fora da área de cone de aviação;
Área sem cobertura vegetal nativa e próxima da BR – 101.
b) Negativos:
Formato irregular dificultando o aproveitamento efetivo do terreno;
Proximidade de fontes hídricas distando menos de 200 metros;
Recortada pela tubulação do gasoduto PBGÁS;
Necessidade de implementação de acesso rodoviário;
Restrição documental/escriturária;
Relevo irregular demandando grande movimentação de terras.
23
Figura 1.6. Área 02 analisada.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.
b) Negativo:
Posição de divisor de águas das Bacias Hidrográficas do Paraíba e do Miriri.
24
1.10.4. Análise da Alternativa Locacional da Área 03
b) Negativos:
25
Longa distância de acesso a partir da BR – 101;
Proximidade de corpos hídricos;
Necessidade de implementação de acesso rodoviário a partir da PB – 027;
Restrição documental/escrituraria;
Relevo irregular demandando grande movimentação de terras;
Não dispõe de rede elétrica para atender as demandas do empreendimento.
26
1.11. RESUMO COM AS PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DAS ÁREAS ANÁLISADAS
Tabela 1.2. Resumo das caracteristicas das áreas analisadas, destacando a Área 2 escolhida.
BR – 101 /PB-027/ESTRADA
Principais Acessos BR – 101 BR – 101 /PB-027
CARROÇAVEL
Segurança
AERODROMO DISTANCIA DE AERODROMO DISTANCIA DE AERODROMO DISTANCIA DE
Aeroportuária (ASA)
27
Necessária implantação de rede
Distribuição de
Distribuição de elétrica para distribuição de
Energia;
Infraestrutura Energia; energia;
Precisa de requalificação da via de
Acesso em boas condições Construção de vias de acesso a
acesso, BR - 101
partir da BR - 101
Horizonte arenoargiloso
Horizonte arenoargiloso superficial Horizonte arenoargiloso
Geologia superficial
(aflorante) superficial (aflorante)
(aflorante)
Recursos Hídricos mais próximos Riacho Sucupira Torta Riacho Pau Brasil Riacho Japungu
28
1.12. VALORAÇÃO DOS PARÂMETROS
29
Figura 1.8. Critérios para caracterização das áreas avaliadas.
Fonte: IBAM, 2017.
30
Será considerada a melhor área, aquela que obtiver o maior número de
pontos, após a aplicação dos pesos às prioridades e ao atendimento dos critérios.
A Figura 10 apresenta a pontuação de cada área hipotética para
demonstração do método, definindo a hierarquia existente entre elas no que toca ao
atendimento dos critérios.
31
Figura 1.11. Quadro de Pontuação das áreas.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.
32
Tabela 1.3. Caracterização das alternativas locacionais segundo critérios do IBAM.
Fonte: IBAM. Legenda: T - atende integralmente; P - Atende parcialmente; N- Não atende
PRIORIDADE ATENDIMENTO
CRITÉRIOS
ÁREA 1 ÁREA 2 ÁREA 3
Proximidade a cursos
1 N P T
d'água
Proximidade a núcleos
1 T T P
residências
Proximidade a aeroportos 1 T T T
Distância do lençol
1 T T T
freático
Distância de núcleos de
2 T T P
baixa renda
Vias de acesso com baixa
2 N T N
ocupação
Problemas com a
2 T T T
comunidade local
Aquisição do terreno 3 P T N
Investimento em infra-
3 N T N
estrutura
Vida útil mínima 4 P T P
Uso do solo 4 P T P
Permeabilidade do solo
4 N T T
natural
Extensão da bacia de
4 N T P
drenagem
Acesso a veículos pesados 4 N T N
Material de cobertura 4 T T P
Manutenção do sistema de
5 N T P
drenagem
Distância ao centro de
6 T T T
coleta
33
Na Tabela 04 a seguir é apresentada a quantificação numérica da
metodologia adotada aplicada as áreas avaliadas.
Tabela 1.4. Pontuação das alternativas segundo porcentagem de atendimento e pontuação por prioridade.
Fonte: IBAM 2010.
ÁREA
ÁREA 1 ÁREA 2 ÁREA ÁREA ÁREA
3
1 2 3
% % %
Proximidade a cursos d'água 10 0 100 50 0 10 5
Proximidade a núcleos residências 10 100 100 50 10 10 5
Proximidade a aeroportos 10 100 100 100 10 10 10
Distância do lençol freático 10 100 100 100 10 10 10
Distância de núcleos de baixa renda 6 100 100 50 6 10 3
Vias de acesso com baixa ocupação 6 0 100 0 0 10 0
Problemas com a comunidade local 3 100 100 100 10 10 3
Aquisição do terreno 3 50 100 0 1,5 10 0
Investimento em infraestrutura 3 0 100 0 0 10 0
Vida útil mínima 3 100 100 100 3 10 3
Uso do solo 3 100 100 100 3 10 3
Permeabilidade do solo natural 3 0 100 100 0 10 3
Extensão da bacia de drenagem 3 0 100 0 0 10 0
Acesso a veículos pesados 3 0 100 0 0 10 0
Material de cobertura 3 100 100 50 3 10 1,5
Manutenção do sistema de drenagem 2 0 100 50 0 10 1
Distância ao centro de coleta 1 100 100 100 1 10 1
PONTUAÇÃO FINAL - - - - 57,5 170 48,5
34
por pedestres. A área em foco encontra-se em avançado estágio de degradação, devido a
plantação de cana de açúcar nos últimos 20 anos, além disso a distância média de
transporte é menor que 20 km (vinte quilômetros) para Município de Santa Rita/PB.
Suas variáveis físico-ambientais não indicam fragilidade no ecossistema,
comprometimento do lençol freático, ou inadequada condição geotécnica do terreno,
não obstante a necessidade de recuperação ambiental em trechos áreas de preservação
permanentes degradadas.
35
por efluentes líquidos). No meio biótico, influências negativas relacionadas a
afugentação da fauna devido a ruídos. No meio antrópico, pela possibilidade de
sobrecarga do sistema viário terraplenado vicinal, no entorno do empreendimento e
entre este e a BR-101, além de interferências negativas na área do posto de
abastecimento.
Para identificação da ADA, mostrada na Figura 12 a seguir foram
avaliadas, as seguintes características locais:
Uso e ocupação do solo, que na área observa-se a predominância de atividades
agrícolas (canavial), existindo às margens da rodovia BR-101 (km 59) o Posto Jacaraú
destinado a abastecimento de combustíveis e prestação de serviços, numa distância de
2,86 Km (dois quilômetros e oitocentos e sessenta metros) até a área do projeto;
Vegetação natural existente fragmento de mata pioneira (capoeira), em local
com histórico de cultivo da cana;
Tipo de relevo, predominando a posição de topo da Superfície dos Tabuleiros;
Tipo de solo, tendo sido detectados o compartimento aflorante de neossolos
quartzênicos, que capeam os argilitos arenosos da Formação Barreiras;
Tipo litológico, correspondendo aos argilitos arenosos da Formação Barreiras,
de idade plio-pleistocência, sobrepostos por depósitos arenosos que correspondem a
produtos diastróficos de idade holocênica a recente.
36
Figura 1.12. Área diretamente afetada (ADA) do projeto, em amarelo.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.
37
Figura 1.13. Área de influência direta (AID) do projeto.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.
Vale salientar que, mesmo aumentando esse raio de 500 m para 1 km,
a AII não abrangeria nenhuma comunidade, visto a grande distância destas em relação
ao local do empreendimento.
38
Assim, na primeira modalidade comentada, a AII encontra-se
representada na Figura 14 a seguir (Vide também no Anexo I - Prancha 9/31 – Área de
Influência Indireta - I), que engloba a área correspondente às desembocaduras do Rio
Miriri e do Rio Paraíba, além da área a montante do empreendimento, ao longo do
sistema viário (rodovia federal e estradas terraplenadas).
Figura 1.14. Primeira modalidade de área de influência indireta (AII) do projeto, referente a possiblidade
de extensão dos impactos adversos relevantes ao longo do tempo de vida útil do projeto, no caso de sua
execução sem o eficiente monitoramento ambiental.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.
39
Figura 1.15. Segunda Modalidade de Área De Influência Indireta (AII) Do Projeto, Correspondendo Aos
Impactos Benéficos Incidentes na Área do Município de Santa Rita/PB.
Fonte: Real Consultoria e Soluções.
40
Capítulo 2
LEGISLAÇÃO PERTINENTE
2. LEGISLAÇÃO PERTINENTE
2.1.CONTEXTUALIZAÇÃO
42
triagem”, de forma a se optar por soluções que enfoquem a “limpeza urbana - geração
de renda”, priorizando-se o cumprimento da legislação pertinente, aliado à busca e
opção pelas alternativas mais eficientes socialmente, como o incentivo aos recicladores
do Município.
A segunda, mediante a iniciativa do Gestor Municipal na implantação
(diretamente ou de forma terceirizada) de um “Galpão de Transbordo e Triagem dos
Resíduos Sólidos Urbanos”, preferencialmente nas proximidades da zona urbana de
Santa Rita/PB. Sugere-se a localização desta unidade de transbordo, triagem, reciclagem
e compostagem, nas proximidades da zona urbana de Santa Rita/PB, às margens da BR-
101 no sentido para Natal/RN, pelos seguintes motivos de logística:
- Visando-se facilitar/reduzir o deslocamento dos recicladores até a
unidade;
- Otimizar o deslocamento dos caminhões coletores, que com carga
completa seguirão para a unidade localizada nos limites da zona urbana, descarregarão
na área de transbordo, retornando em seguida para a continuidade dos serviços de
coleta, como forma de reduzir a DMT percorrida atualmente e, consequentemente,
induzir a grande redução de despesas relacionadas a combustível, manutenção e pessoal;
- Após as atividades de reciclagem do RSU na unidade, os resíduos da
triagem serão condicionados em grandes cargas, nos caminhões do tipo “bitrem”, a
serem destinados ao ASL, otimizando os custos transporte da unidade até o ASL.
A terceira vertente, a da correta disposição final dos resíduos da triagem em um
aterro sanitário que contemple todos os critérios definidos na NBR 8419/1992 (Versão
Corrigida em 1996) e na NBR 13896/1997, avaliando-se e optando-se pela melhor
alternativa quanto ao aspecto ambiental e econômico. Neste panorama, a empresa
requerente vem propor a implantação de um aterro sanitário privado, denominado
“Aterro Sanitário Lara” (ASL), que busca oferecer ao Município de Santa Rita/PB uma
alternativa de disposição final dos resíduos da triagem do RSU aí gerado.
Dessa forma, o presente EIA enfoca esta terceira vertente, que é o
dimensionamento dos elementos do aterro sanitário para disposição final dos resíduos
da triagem do RSU de Santa Rita/PB, como abordagem exclusiva e única.
Em observância às citadas normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), elaborou-se o projeto do ASL, que oferta a disposição final
dos resíduos da triagem dos RSU gerados no Município de Santa Rita/PB, num
43
panorama a proporcionar a economia de recursos financeiros, em relação à atual
“Distância Média de Transporte” (DMT) até o ASMJP, praticamente reduzindo-a pela
metade.
44
“Área de Segurança Aeroportuária” (ASA), como mostrado na Figura 01 e na Figura
02.
Figura 2.1. Parecer Técnico da Infraero sobre a ASA referente ao ASL - Página 1.
45
Figura 2.2. Parecer Técnico da Infraero sobre a ASA referente ao ASL – Página 2.
46
Nos aspectos da destinação final dos resíduos sólidos urbanos, todo
projeto de aterro sanitário deve ser elaborado segundo as normas preconizadas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
No caso dos aterros sanitários “Classe II”, as Normas a serem
seguidas são a NBR 8.419 e NBR 13.896, que descrevem as diretrizes técnicas dos
elementos essenciais aos projetos de aterros, tais como impermeabilização da base
De acordo com a Norma NBR 8419, o projeto de um aterro sanitário
deve ser obrigatoriamente constituído das seguintes partes: “memorial descritivo,
memorial técnico, apresentação da estimativa de custos e do cronograma, plantas e
desenhos técnicos”.
Segundo a NBR 10004/04, os resíduos da Classe II são os “Não
Perigosos”, subdivididos em IIA-“Não Inertes” e IIB- “Inertes”, se enquadrando no
presente contexto, de resíduos sólidos urbanos.
Para estes torna-se necessária a impermeabilização inferior e superior,
como também o monitoramento ambiental e geotécnico, sistema de drenagem de
lixiviados e de gases, exigência de células especiais para resíduos de serviços de saúde,
apresentação do manual de operação do aterro e definição de qual será o uso futuro da
área do aterro após o encerramento das atividades.
Assim como os aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos têm
Normas específicas (ABNT), outros tipos de aterros, como os de resíduos perigosos,
também devem ser elaborados seguindo os princípios técnicos estabelecidos pelas
respectivas Normas, abaixo listadas:
NBR 8418: Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos
– Procedimentos;
NBR 10.157: Apresentação de projetos de aterros de resíduos perigosos -
Critérios para Projeto, Construção e Operação;
NBR 12807: Resíduos de Serviços de Saúde: Conceito;
BR 12808:2016: Resíduos de serviços de saúde — Classificação.
Destaca-se ainda, na Tabela 01 a seguir, as Resoluções CONAMA
relacionadas a regulamentação de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos.
47
Tabela 2.1. Resoluções CONAMA para Regulamentação de Aterros Sanitários.
Resoluções CONAMA
Ementa: Veda a entrada no Brasil de materiais residuais destinados à
008/91
disposição final e incineração.
Ementa: Desobriga a incineração ou qualquer outro tratamento de
queima dos resíduos sólidos provenientes dos estabelecimentos de saúde,
006/91
portos e aeroportos, ressalvados os casos previstos em lei e acordos
internacionais.
Ementa: Altera o art. 2º da Resolução CONAMA nº 001 de 23 de janeiro de
1986, que estabelece definições, responsabilidades, critérios básicos e
011/86 diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto
Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional de Meio
Ambiente.
Ementa: Dispõe sobre o sistema de licenciamento ambiental, a
regulamentação de seus aspectos na forma do estabelecido na Política
237/97 Nacional de Meio Ambiente, estabelece critério para o exercício da
competência para o licenciamento a que se refere o art. 10 da Lei nº 6.938/81
e dá outras providências.
Ementa: Cria áreas de segurança aeroportuárias – ASA – para aeródromos,
004/95 proibindo a implantação, nestas áreas, de atividades de natureza perigosa que
sirvam como foco de atração de aves.
Ementa: Define responsabilidades e critérios para avaliação de impacto
001/86 ambiental e define atividades que necessitam de Estudo de Impacto Ambiental
– EIA – e Relatório de Impacto Ambiental – RIMA.
Ementa: Estabelece critérios para exigências de licenciamento para obras de
005/88
saneamento.
Ementa: Determina procedimentos para manuseio de cargas deterioradas,
contaminadas, fora de especificação ou abandonadas que serão tratadas como
002/91
fontes potenciais de risco ao meio ambiente, até manifestação do órgão do
meio ambiente competente.
Ementa: Disciplina o descarte e o gerenciamento ambientalmente adequado de
257/99 pilhas e baterias usadas, no que tange à coleta, reutilização, reciclagem,
tratamento ou disposição final.
Ementa: Dispõe sobre o processo de Licenciamento Ambiental de Atividades
006/88 Industriais, sobre os resíduos gerados e/ou existentes que deverão ser objeto
de controle específico.
258/99 Ementa: Trata da destinação final de pneumáticos inservíveis.
Ementa: Estabelece definições, classificação e procedimentos mínimos para o
005/93 gerenciamento de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, portos e
aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários.
Ementa: Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a
275/01 ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas
campanhas informativas para a coleta seletiva.
Dispõe sobre o tratamento e a disposição final de resíduos de serviços de
283/01
saúde.
1004/04 Dispõe da classificação dos resíduos sólidos.
48
O Sistema de Licenciamento Ambiental está previsto na Lei Federal
nº 6.938, de 31/8/1981, sendo regulamentado pelo Decreto Federal nº 99.274, de
06/6/1990.
Por outro lado, a Resolução CONAMA nº 01/86 define
responsabilidades e critérios para avaliação de impacto ambiental e define as atividades
que necessitam de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental
(EIA/ RIMA), entre as quais se inclui a implantação de aterros sanitários.
Existem outras resoluções CONAMA e normas (ABNT) que tratam
de resíduos sólidos, comentados a seguir.
O art. 9º, inciso IV, da Lei nº 6.938/81, estabelece como um dos
instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente o licenciamento e a revisão de
atividades "efetiva" ou "potencialmente poluidoras".
O art. 10° prevê que a construção, instalação, ampliação e
funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais
considerados "efetivo" e "potencialmente poluidores", bem como os capazes, sob
qualquer forma, de causar "degradação ambiental", eles dependerão de prévio
licenciamento do órgão estadual competente, integrante do Sistema Nacional de Meio
Ambiente – SISNAMA.
O Decreto nº 99.274/90, a partir do art. 17°, detalha o processo de
licenciamento, determinando que as atividades efetiva ou potencialmente poluidoras e
aquelas capazes de causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento do
órgão estadual competente integrante do SISNAMA, sem prejuízo de outras licenças
cabíveis, repetindo o texto da Lei Política Nacional de Meio Ambiente.
Já o art. 19° (Decreto nº 99.274/90) dispõe que o poder público, no
exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças: prévia, de
instalação e de operação.
A Constituição Federal de 1988 elevou o Município à categoria de
ente político como se depreende dos arts. 1º e 18º, que preveem que a Federação
Brasileira é constituída da União, estados e municípios.
Os municípios já podem legislar prestar serviços e instituir e cobrar os
próprios tributos, além de eleger prefeito e vereadores. Além disso, os municípios têm a
competência comum – do art. 23°, incisos VI e VII – de proteger o meio ambiente,
combater a poluição e preservar as florestas, a fauna e a flora.
49
O art. 30°, inciso I, lhes permite legislar sobre interesse local, logo
elaborar leis de política municipal de meio ambiente, o inciso II, suplementa a
legislação federal e estadual, no que couber, além, inciso VIII, que confere competência
exclusiva para legislar sobre ordenamento territorial, mediante planejamento e uso do
solo.
O art. 225° da Constituição Federal ajuda a esclarecer que o
Município tem o dever de proteger o meio ambiente, uma vez que impõe ao poder
público (União, Estado e Município) e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-
lo para as presentes e futuras gerações.
Logo, o Município pode legislar sobre proteção ambiental e exercer o
poder de polícia administrativa.
Portanto, as prefeituras deverão se respaldar em suas leis orgânicas a
fim de decidir, em função de sua escala urbana (determinada pelo tamanho de sua
população), sua situação socioeconômica e cultural, alternativas possíveis para
institucionalização do sistema de limpeza urbana, formas de gestão, cobranças de taxas
e tarifas, independentemente de sua natureza institucional no país.
Especificamente, o regulamento de limpeza urbana deve ser a espinha
dorsal do sistema de limpeza urbana da cidade, expressando todos os princípios
fundamentais que devem orientar o comportamento do poder municipal e de sua
população.
Observou-se com especial destaque o que trata o Decreto Nº
7.404/2010, que regulamentando a “Política Nacional de Resíduos Sólidos” (PNRS),
explicita uma série de ações no manejo dos resíduos sólidos.
Em consideração às ações recomendáveis e pertinentes ao presente
caso, destaca-se que o ASL apenas receberá os resíduos da triagem, em grandes cargas
(bitrens) provenientes da unidade de triagem a ser implantada nos limites da zona
urbana de Santa Rita/PB.
Sendo a unidade de triagem uma atividade integrante da solução
ambiental na problemática da limpeza urbana, juntamente com a coleta, não será
responsabilidade do ASL a execução de tais procedimentos, mas sim da Prefeitura
Municipal.
Esta poderá terceirizar (empresa parceira) a implantação e
funcionamento da estação de transbordo, triagem, reciclagem e compostagem, ou
50
executar diretamente as obras de infraestrutura e destinar a gestão operacional para a
“Associação Municipal de Recicladores”.
Assim, destaca-se as seguintes ações aplicáveis ao presente projeto de
aterro sanitário, pertinentes à PNRS:
Planejamento dos elementos envolvidos na disposição final dos resíduos da
triagem em célula, devidamente implantada com todos os elementos previstos
(formação de camada impermeável com bentonita na base / implantação da
geomembrana /drenagem de percolados / drenagem e queima de gases / drenagem
superficial / recobrimento diário / recobrimento final);
Fornecimento de sugestões técnicas objetivando a sustentabilidade financeira
dos serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos (sugestões pertinentes aos
procedimentos de coleta e triagem, onde os caminhões coletores carregados seguirão
somente até os limites da zona urbana de Santa Rita/PB, na unidade de triagem, onde
despejarão a carga e retornarão aos locais de coleta / aos procedimentos de transbordo
do RSU na unidade de triagem, onde serão separados pela tipologia e destinados aos
respectivos processamentos e reciclagens / condicionamento de cargas de resíduos da
triagem em bitrens, que seguirão em direção ao ASL para a disposição final em célula);
Fornecimento de sugestões visando-se a integração e incentivo aos recicladores,
proporcionando-se as condições adequadas de trabalho, seja nos procedimentos de
reciclagem dos diferentes componentes comercializáveis; seja nos procedimentos de
trituração dos resíduos orgânicos de origem vegetal para produção de composto
orgânico; seja ainda na britagem de resíduos da construção para reaproveitamento da
metralha como material de aterro e como agregado;
Promover o funcionamento do aterro privado, mediante os procedimentos de
recebimento de cargas de resíduos da triagem no ASL, destinando-as diretamente à
destinação final no aterramento em célula devidamente implantada e operada;
Comprometimento da empresa proprietária do empreendimento ora descrito, na
busca da eficiência técnica, ambiental e financeira, no que tange à condução operacional
do ASL, notadamente no enfoque de monitoramento permanente para a redução de
riscos de manifestações de impactos adversos relevantes, oriundos da operação do aterro
sanitário (riscos de acidentes de trabalho / riscos de dispersão de resíduos sólidos no
51
interior e no entorno do aterro sanitário / riscos de dispersão de percolados e redução da
qualidade da água superficial e subterrânea).
52