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1. Elementos de máquinas............................................................................................................................. 7
1.1. Elementos de fixação............................................................................................................................ 7
1.1.1. Roscas........................................................................................................................................ 7
1.1.2. Sentido de direção da rosca....................................................................................................... 8
1.1.3. Parafusos.................................................................................................................................... 9
1.1.4. Porcas....................................................................................................................................... 18
1.1.5. Cupilha ou contra pino.............................................................................................................. 22
1.1.6. Arruelas.................................................................................................................................... 22
1.1.7. Chavetas................................................................................................................................... 26
1.1.8. Chaveta de cunha..................................................................................................................... 27
1.1.9. Rebites...................................................................................................................................... 31
1.2. Elementos de transmissão................................................................................................................... 33
1.2.1. Polias........................................................................................................................................ 34
1.2.2. Correias.................................................................................................................................... 36
1.2.3. Engrenagens............................................................................................................................ 39
1.2.4. Mancal de deslizamento........................................................................................................... 44
1.2.5. Mancal de rolamento................................................................................................................ 46
2. Conjuntos mecânicos............................................................................................................................... 49
2.1. Embuchamento.................................................................................................................................... 49
2.2. Embuchamento por travamento mecânico.......................................................................................... 50
2.2.1. Embuchamento por prensagem longitudinal.............................................................................50
2.2.2. Embuchamento por meio térmico............................................................................................. 51
Caderno de Informação Tecnológica – Elementos de Máquina e Conjuntos Mecânicos
Introdução
O Caderno de Informação Tecnológica – Elementos de Máquina e Conjuntos Mecânicos deve ser utilizado
para o desenvolvimento da unidade curricular Usinagem em Máquinas Convencionais.
O docente deve utilizar os temas tratados neste caderno de acordo com o que está previsto na ementa da
unidade curricular.
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1. Elementos de máquinas
1.1.1. Roscas
Inicialmente, para tratar sobre parafusos e porcas, é necessário apresentar as roscas, como segue:
As roscas podem ser externas ou internas, como pode ser visualizado na ilustração a seguir.
Permitem, também, movimento de peças. O parafuso que movimenta a mandíbula móvel da morsa é
um exemplo de movimento de peças.
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Os filetes das roscas apresentam vários perfis. Esses perfis, sempre uniformes, dão nome às roscas
e condicionam sua aplicação.
Dependendo do sentido da direção dos filetes em relação ao eixo do parafuso, as roscas ainda
podem ser à direita ou à esquerda. Na rosca à direita, o sentido de giro no aperto é horário, conforme
a figura a seguir.
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1.1.3. Parafusos
Parafusos são elementos de fixação empregados na união de peças que podem ser montadas e
desmontadas facilmente, bastando apertar e desapertar os parafusos que as mantêm unidas.
O corpo do parafuso pode ser cilíndrico ou cônico, totalmente roscado ou parcialmente roscado.
A cabeça pode apresentar vários formatos, porém, há parafusos sem cabeça.
Há uma enorme variedade de parafusos que podem ser diferenciados pelo formato da cabeça, do
corpo, do perfil da rosca e da ponta.
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Parafusos passantes
Esses parafusos atravessam de lado a lado, as peças a serem unidas, passando livremente nos
furos. Dependendo do projeto, esses parafusos, além das porcas, utilizam arruelas e contra porcas
como acessórios. Os parafusos passantes apresentam-se com cabeça ou sem cabeça.
São parafusos que não utilizam porcas. A função da porca é desempenhada pelo furo roscado, feito
numa das peças a serem unidas.
Parafusos de pressão
Esses parafusos são fixados por meio de pressão. A pressão é exercida pelas pontas dos parafusos
contra a peça a ser fixada. Os parafusos de pressão podem apresentar cabeça ou não.
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Parafusos prisioneiros
São parafusos sem cabeça com rosca em ambas as extremidades, sendo recomendados nas
situações que exigem montagens e desmontagens frequentes.
As roscas dos parafusos prisioneiros podem ter passos diferentes ou sentidos opostos, isto é, um
horário e o outro anti-horário. A segunda peça é apertada mediante uma porca e arruela, aplicadas à
extremidade livre do prisioneiro. O parafuso prisioneiro permanece no lugar quando as peças são
desmontadas.
Segue um quadro-síntese com características da cabeça, do corpo, das pontas e com a indicação
dos dispositivos de atarraxamento.
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A seguir, um quadro com a ilustração de alguns tipos de parafusos em sua forma completa e sua
respectiva descrição.
Ao unir peças com parafusos, o profissional precisa levar em consideração quatro fatores de extrema
importância:
profundidade do furo;
profundidade do furo roscado;
diâmetro do furo passante;
comprimento útil de penetração do parafuso
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Em que: passante
Ø = diâmetro do furo
d = diâmetro da rosca
A = profundidade do furo
B = profundidade da parte roscada
C = comprimento de penetração do parafuso
d1 = diâmetro do furo passante
É um tipo de parafuso muito utilizado na indústria graças à força que pode ser suportada durante a
montagem ou desmontagem de um conjunto mecânico. É de fácil aquisição no mercado e de
construção simples.
Em que:
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Aplicação
Esse parafuso pode ser usado em peças com furo roscado ou furo passante com auxílio de porca e
arruela.
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Em que:
Aplicação
Esses parafusos são fabricados em aço e tratados termicamente para aumentar sua resistência à
torção.
Geralmente, esse tipo de parafuso é alojado em um furo cujas proporções estão indicadas na tabela
mais à frente.
Em que:
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Aplicação
Em geral, esse tipo de parafuso é utilizado para travar elementos de máquinas. Esses parafusos são
fabricados com diversos tipos de pontas, de acordo com sua utilização. Veja a seguir:
As medidas dos parafusos com sextavado interno seja com e sem cabeça, e o alojamento da cabeça
são especificadas na tabela a seguir.
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Em que:
Aplicação
Em que:
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Aplicação
Esse tipo de parafuso é também muito empregado em montagens que não sofrem grandes esforços.
Possibilita melhor acabamento na superfície e é fabricado em aço, cobre e ligas, como latão.
Em que:
Aplicação
São utilizados na fixação de elementos nos quais existe a possibilidade de se fazer um encaixe
profundo para a cabeça do parafuso e há necessidade de um bom acabamento na superfície dos
componentes. Trata-se de um parafuso cuja cabeça é mais resistente do que as outras de sua
classe. São fabricados em aço, cobre e ligas, como latão.
1.1.4. Porcas
Porca é uma peça de forma prismática ou cilíndrica geralmente metálica, com um furo roscado no
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qual se encaixa um parafuso ou uma barra roscada. Em conjunto com um parafuso, a porca é
amplamente utilizada na união de peças.
As porcas são fabricadas de diversos materiais: aço, bronze, latão, alumínio e plástico. Há casos
especiais em que as porcas recebem banhos de galvanização, zincagem e bicromatização para
protegê-las contra oxidação (ferrugem).
O perfil da rosca varia de acordo com o tipo de aplicação que se deseja. As porcas usadas para
fixação geralmente têm roscas com perfil triangular, como mostra o exemplo abaixo.
As porcas para transmissão de movimentos têm, geralmente, roscas com perfis trapezoidais,
quadrado, dente de serra e redondo. No exemplo a seguir, é apresentada aplicação de uma porca de
perfil trapezoidal.
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Para aperto manual, são mais usados os tipos de porcas borboleta, recartilhada alta e recartilhada
baixa.
Para casos que exigem aplicações com efeito estético, acabamento e boa fixação, as porcas cega
baixa e cega alta podem ser aplicadas.
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Veja a seguir uma aplicação da porca para ajuste axial em conjuntos mecânicos.
Certos tipos de porcas apresentam ranhuras próprias para uso de cupilhas. Utilizamos cupilhas para
evitar que a porca se solte com vibrações.
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1.1.6. Arruelas
A arruela é um disco metálico com um furo no centro. O corpo do parafuso passa por esse furo.
As arruelas têm a função de distribuir igualmente a força de aperto entre a porca, o parafuso e as
partes montadas, assim como de impedir o afrouxamento da porca em mecanismos sujeitos às
vibrações e às variações de temperatura. Em algumas situações, também funcionam como
elementos de trava. Os materiais mais utilizados na fabricação das arruelas são aço, cobre e latão.
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Existem vários tipos de arruelas. As mais comuns são: lisa, de pressão, dentada, serrilhada,
ondulada, de travamento com orelha e arruela para perfilados. Para cada tipo de projeto, existe um
tipo ideal de arruela.
Arruela lisa
Além de distribuir igualmente o aperto, a arruela lisa tem, também, a função de melhorar os aspectos
do conjunto.
Por não ter elemento de trava, a arruela lisa é utilizada em órgãos de máquinas que sofrem
pequenas vibrações.
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Arruela de pressão
Arruela dentada
Muito empregada em equipamentos sujeitos a grandes vibrações, mas com pequenos esforços,
como eletrodomésticos, painéis automotivos, equipamentos de refrigeração etc.
Os dentes inclinados das arruelas formam uma mola quando são pressionados e se encravam na
cabeça do parafuso.
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Arruela serrilhada
A arruela serrilhada tem, basicamente, as mesmas funções da arruela dentada. Apenas suporta
esforços um pouco maiores. É usada nos mesmos tipos de trabalhos que a arruela dentada.
Arruela ondulada
A arruela ondulada não tem cantos vivos. É indicada, especialmente, para superfícies pintadas,
evitando danos ao acabamento provenientes do aperto.
É construída a partir de uma chapa fina em aço com alto teor de carbono, a fim de aumentar o efeito
mola produzido por sua superfície.
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Utiliza-se essa arruela dobrando-se a orelha sobre uma borda da peça. Em seguida, dobra-se uma
aba da orelha envolvendo um dos lados da porca.
É uma arruela muito utilizada em montagens que envolvem cantoneiras ou perfis em ângulo. Devido
ao seu formato de fabricação, esse tipo de arruela compensa os ângulos e deixa perfeitamente
paralelas as superfícies a serem parafusadas.
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1.1.7. Chavetas
É um elemento mecânico fabricado normalmente em aço que se interpõe numa cavidade entre
engrenagens, polias ou volantes ao eixo. Em geral, sua forma é retangular ou semicircular e tem por
finalidade unir dois elementos mecânicos.
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As chavetas têm esse nome porque são parecidas com uma cunha. Uma de suas faces é inclinada,
para facilitar a união de peças.
Chavetas longitudinais
São colocadas na extensão do eixo para unir roldanas, rodas, volantes etc. Podem ser com ou sem
cabeça e são de montagem e desmontagem fácil.
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Sua inclinação é de 1:100 e suas medidas principais são definidas quanto a: altura (h); comprimento
(L); largura (b). As chavetas longitudinais podem ser de diversos tipos: encaixada, meia-cana, plana,
embutida e tangencial. Veremos as características de cada um desses tipos.
Chaveta encaixada
Sua forma corresponde à do tipo mais simples de chaveta de cunha. Para possibilitar seu emprego, o
rasgo do eixo é sempre mais comprido que a chaveta.
Chaveta meia-cana
Sua base é côncava e com o mesmo raio do eixo. Sua inclinação é de 1:100, com ou sem cabeça.
Não é necessário rasgo no eixo, pois a chaveta transmite o movimento por efeito do atrito. Desta
forma, quando o esforço no elemento conduzido for muito grande, a chaveta desliza sobre o eixo.
Chaveta plana
Sua forma é similar à da chaveta encaixada, porém, para sua montagem não se abre rasgo no eixo.
É feito um rebaixo plano.
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Chaveta embutida
Essa chaveta tem os extremos arredondados, conforme se observa na vista superior a seguir. O
rasgo para seu alojamento no eixo possui o mesmo comprimento da chaveta. A chaveta embutida
não tem cabeça.
Chaveta tangencial
É formada por um par de cunhas, colocado em cada rasgo. São sempre utilizadas duas chavetas, e
os rasgos são posicionados a 120º. Transmitem fortes cargas e são utilizadas, sobretudo, quando o
eixo está submetido à mudança de carga ou golpes.
Chavetas transversais
São aplicadas em união de peças que transmitem movimentos rotativos e retilíneos alternativos.
Quando as chavetas transversais são empregadas em uniões permanentes, sua inclinação varia
entre 1:25 e 1:50. Se a união se submete a montagem e desmontagem frequentes, a inclinação pode
ser de 1:6 a 1:15.
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Essas chavetas têm as faces paralelas, portanto, não têm inclinação. A transmissão do movimento é
feita pelo ajuste de suas faces laterais às laterais do rasgo da chaveta. Fica uma pequena folga entre
o ponto mais alto da chaveta e o fundo do rasgo do elemento conduzido.
As chavetas paralelas não possuem cabeça. Quanto à forma de seus extremos, eles podem ser
retos ou arredondados. Podem, ainda, ter parafusos para fixarem a chaveta ao eixo.
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O ajuste da chaveta deve ser feito em função das características do trabalho. A figura mostra os três
tipos mais comuns de ajustes e tolerâncias para chavetas e rasgos.
1.1.9. Rebites
O rebite possui um corpo cilíndrico e uma cabeça. É fabricado com vários tipos de materiais, entre os
quais: aço, alumínio, cobre ou latão. É usado para a fixação permanente de duas ou mais peças.
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Os rebites unem rigidamente peças ou chapas e são muito aplicados em estruturas metálicas, de
reservatórios, caldeiras, máquinas, navios, aviões, veículos de transporte e treliças.
A fixação das pontas da lona de fricção do disco de embreagem de automóvel é feita por rebites.
A rebitagem é realizada por processos manuais ou mecânicos, podendo os rebites serem instalados
a frio ou a quente. A quantidade de rebites, o tipo, o material, bem como a sua distribuição no plano
são determinados nos projetos mecânicos, por meio de cálculos que consideram os esforços
atuantes na união.
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O quadro a seguir mostra a classificação dos rebites em função do formato da cabeça e de seu
emprego em geral.
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1.2.1. Polias
As polias são peças cilíndricas, movimentadas pela rotação do eixo do motor e pelas correias.
A superfície pode ser plana ou abaulada. A polia plana conserva melhor as correias, enquanto a polia
com superfície abaulada as guia melhor.
As polias apresentam braços a partir de 200 mm de diâmetro. Abaixo desse valor, a coroa é ligada
ao cubo por meio de discos.
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Polia trapezoidal
A polia trapezoidal recebe esse nome porque a superfície na qual a correia se assenta apresenta a
forma de trapézio.
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O quadro a seguir mostra alguns exemplos de polias e, ao lado, a forma como são representadas
em desenho técnico.
Os materiais que se empregam para a construção das polias são ferro fundido, aços, ligas leves e
materiais sintéticos. A superfície da polia não deve apresentar porosidade, pois, do contrário, a
correia irá se desgastar rapidamente.
1.2.2. Correias
As correias mais usadas são as trapezoidais e as planas. A correia em “V” ou trapezoidal é inteiriça,
fabricada com seção transversal, em forma de trapézio. É feita de borracha revestida de lona e é
formada no seu interior por cordonéis vulcanizados para suportar as forças de tração.
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Outra correia utilizada é a correia dentada, para casos em que não se pode ter nenhum
deslizamento, como no comando de válvulas do automóvel.
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Os materiais empregados para fabricação das correias são couro, materiais fibrosos e sintéticos à
base de algodão, viscose e náilon e material combinado (couro e sintéticos).
Na transmissão por polias e correias, a polia que transmite movimento e força é chamada de polia
motora ou condutora. A polia que recebe movimento e força é a polia movida ou conduzida. A
maneira pela qual a correia é colocada determina o sentido de rotação das polias. Assim, temos:
No sentido direto de rotação a correia fica reta e as polias têm o mesmo sentido de rotação;
No sentido inverso de rotação a correia fica cruzada e o sentido de rotação das polias inverte-se;
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1.2.3. Engrenagens
Engrenagens são rodas com dentes padronizados que servem para transmitir movimento e força
entre dois eixos. Muitas vezes, as engrenagens são usadas para variar o número de rotações e o
sentido da rotação de um eixo para o outro e, também podem ser utilizadas em sistemas de
transformação de movimentos.
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Para produzir o movimento de rotação, as rodas devem estar engrenadas. As rodas se engrenam
quando os dentes de uma engrenagem se encaixam nos vãos dos dentes de outra.
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Quando um par de engrenagens tem rodas de tamanhos diferentes, a engrenagem maior chama- se
coroa e a menor chama-se pinhão.
Os materiais mais usados na fabricação de engrenagens são: aço-liga fundido, ferro fundido, cromo-
níquel, bronze fosforoso, alumínio e náilon.
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Os dentes helicoidais são paralelos entre si, mas oblíquos em relação ao eixo da engrenagem. E,
neste caso, os eixos são paralelos.
As engrenagens cilíndricas com dentes helicoidais também transmitem rotação entre eixos reversos
(não paralelos). Elas funcionam mais suavemente do que as engrenagens cilíndricas com dentes
retos e, por isso, o ruído é menor.
Engrenagens cônicas
Têm forma de tronco de cone. As engrenagens cônicas podem ter dentes retos ou helicoidais.
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Novo telecurso Elementos de Máquinas v. 2 pg.62 Novo telecurso Elementos de Máquinas v. 2 pg.62
Entre as engrenagens helicoidais, a engrenagem para rosca sem fim merece atenção especial. Essa
engrenagem é usada quando se deseja uma redução de velocidade na transmissão do movimento.
Os dentes da engrenagem helicoidal para rosca sem fim são côncavos, porque são dentes curvos,
ou seja, menos elevados no meio do que nas bordas.
No engrenamento da rosca sem fim com a engrenagem helicoidal, o parafuso sem fim é o pinhão e a
engrenagem é a coroa.
No exemplo verifica-se o emprego de coroa para rosca sem fim.
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Cremalheira
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É uma barra provida de dentes destinada a engrenar uma roda dentada. Com esse sistema, pode-se
transformar movimento de rotação em movimento retilíneo, e vice-versa.
Geralmente, os mancais de deslizamento são constituídos de uma bucha fixada num suporte.
Esses mancais são usados em máquinas pesadas ou em equipamentos de baixa rotação, pois a
baixa velocidade evita superaquecimento dos componentes expostos ao atrito.
Os mancais de deslizamento possuem adequações para suportarem esforços radiais, axiais ou
mistos, conforme as especificações do projeto.
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Em geral, as buchas que compõem o mancal são corpos cilíndricos vazados que apoiam os eixos.
Estas buchas são construídas de metal antifricção, como bronze, latão ou outras ligas metálicas. Em
alguns casos podem ser construídos de materiais plásticos. A lubrificação aplicada entre o eixo e o
material antifricção, formando um filme lubrificante, evita o contato direto entre os dois metais,
durante as rotações do eixo.
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Quando for necessário um elemento para suportar maior velocidade e menor atrito em um sistema
de transmissão, o mancal de rolamento é o mais adequado.
Os rolamentos são classificados em função dos seus elementos rolantes. A seguir são mostrados os
tipos de esferas, de roletes e de agulhas.
O anel externo é fixado na carcaça, enquanto o anel interno é fixado diretamente no eixo.
As dimensões e as características dos rolamentos são indicadas nas diferentes normas técnicas e
nos catálogos de fabricantes.
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Rolamentos radiais
Rolamentos axiais
São submetidos a cargas axiais. Impedem o deslocamento no sentido axial ao eixo.
Rolamentos mistos
Suportam tanto carga radial como axial. Impedem o deslocamento tanto no sentido transversal
quanto no axial.
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2. Conjuntos mecânicos
Conjunto mecânico é o nome atribuído à montagem de peças fixas ou móveis na composição de máquinas,
equipamentos e dispositivos. Em um conjunto mecânico é natural a presença de elementos de fixação, de
transmissão e de apoio.
Neste material serão tratados os embuchamentos, empregados na construção dos elementos de apoio do
tipo mancal de deslizamento.
2.1. Embuchamento
As buchas são elementos mecânicos de baixo coeficiente de atrito e, quando se desgastam, são
facilmente substituídas sem danificar o mecanismo principal, possibilitando assim uma reparação mais
econômica.
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Este tipo de embuchamento é obtido mediante a aplicação de uma força longitudinal na bucha, por
meio de prensas, dispositivos ou de pancadas de martelo. O ajuste ideal para este tipo de montagem
indica que os afastamentos devem possibilitar a interferência entre a bucha e peça a ser embuchada
e, consequentemente, o travamento da bucha.
A ilustração a seguir mostra o embuchamento feito por meio de pancadas com o martelo e com a
aplicação de um elemento de proteção para a bucha, como um pedaço de madeira ou de um
material mais macio do que o da bucha.
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Nas duas formas de embuchamento, a integridade estrutural dos materiais da bucha e do alojamento
deve ser mantida, bem como as geometrias e as dimensões originais devem ser preservadas. Desta
forma, as temperaturas e os tempos de manutenção na condição térmica seguirão especificações
técnicas de projeto.
Os meios para a obtenção das temperaturas também podem variar. Exemplos mais comuns:
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Material elaborado, organizado e revisado para o Curso de Aprendizagem Industrial Mecânico de Usinagem, estruturado com base na
Metodologia SENAI de Educação Profissional: SENAI – DN, Brasília, 2013.
SENAI.SP. Tecnologia Aplicada I – Caminhão betoneira cara chata. 1997, atualizado pelo Comitê Técnico de
Tecnologia dos Materiais em 2007.
SENAI.SP. Tecnologia Aplicada I – Caminhão betoneira cara chata. 1997, atualizado pelo Comitê Técnico de
Processos de Usinagem em 2008.
SENAI.SP. Tecnologia Aplicada II – Caminhão betoneira cara chata. 1998, atualizado pelas unidades escolares do
SENAI em 2010.
SENAI.SP. Tecnologia Aplicada I – Caminhão betoneira cara chata. 1997, atualizado pelas unidades escolares do
SENAI em 2011.
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Conteúdo técnico atualizado por docentes das Unidades Escolares com critérios definidos pela Gerência de Educação do SENAI-SP em
concordância com a Ditec 010 v.6 – Diretrizes para a produção de material didático impresso.
Elaboradores:
Abilio José Weber
Adriano Ruiz Secco
Alfredo Marangoni
Benjamin Prizendt
José Ari de Lima Nelson Cruz Paiva Sebastião Luiz da Silva
Regina Célia Roland Novaes
Selma Ziedas
Ilustradores:
Gilvan Lima da Silva
José Joaquim Pecegueiro
José Luciano de Souza Filho
Leury Giacomeli