Você está na página 1de 2

21 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulheres e meninas

Texto originalmente publicado no Jornal Folha da Mantiqueira em


dezembro de 2021 – Edição 10

Entre novembro e dezembro acontece a campanha “21 Dias de


Ativismo Pelo Fim da Violência Contra Meninas e Mulheres”, uma mobilização
mundial que ocorre em mais de 160 países e tem 16 dias de ações voltadas à
conscientização das diversas formas de violência contra meninas e mulheres.

Com início em 25 de novembro (Dia Internacional pela Eliminação da


Violência contra as Mulheres) e término em 10 de dezembro (Dia Internacional
dos Direitos Humanos), o Brasil ganhou 5 dias a mais, iniciando no dia 20 de
novembro (Dia da Consciência Negra) para atentar sobre a ocorrência maior de
violência contra mulheres e meninas negras.

A campanha anual global acontece desde 1991, iniciada por ativistas


de diferentes países reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres
(CWGL) e hoje conta com o apoio de diversas instituições, organizações e
movimentos políticos e sociais, sendo a ONU uma grande propagadora dessa
campanha.

A intenção destas mulheres é possibilitar o debate e denunciar as


diversas formas de violência contra mulheres e meninas no mundo todo. No Brasil
o movimento começou apenas em 2003.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020, formulado pelo Fórum


Brasileiro de Segurança Pública, nos traz as seguintes informações sobre a
violência contra mulheres e meninas no Brasil: uma mulher é agredida a cada 2
minutos, sendo registrados 267.930 casos de lesão corporal em decorrência de
violência doméstica, havendo um crescimento de 5,2%.

Outro dado alarmante é o crescimento de 7,1% dos casos de


feminicídio no Brasil, totalizando 1.326 mulheres mortas, sendo que 66,6% eram
negras; 56,2% tinham entre 20 e 39 anos e 89,9% foram mortas pelo
companheiro ou ex-companheiro, o que demonstra que o lar é o lugar mais
perigoso para uma mulher. Nós não podemos naturalizar a violência contra
meninas e mulheres.
Em briga de marido e mulher, a gente salva a mulher.

Para os casos de emergência, ou seja, no momento em que a agressão


está ocorrendo, ligue 190 (Polícia Militar). Para denúncias não emergenciais, ligue
180. (Central de Atendimento à Mulher). Procure o Sistema de Saúde, delegacia,
CREAS, Ministério Público ou Defensoria Pública do seu Município.

Sobre as autoras: Lilia Gomes, Advogada Especialista em Direito das Mulheres e


Thamiris Dias, Vereadora Suplente, Cambuí /MG(PSB)

Você também pode gostar