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AI ou ATO institucional foram intervenções legislativas adotadas pelos governos militares eram

normas que se estabeleciam acima da constituição federal e ampliavam o poder do governo neste
período, sendo as 5 primeiras as mais importantes do período
AI-1: dava ao governo militar o poder de alterar a constituição, cassar leis legislativas, suspender
direitos políticos por dez anos e demitir, colocar em disponibilidade ou aposentar
compulsoriamente qualquer pessoa que tivesse atentado contra a segurança do país, o regime
democrático e a probidade da administração pública.
AI-2 : instituiu a eleição indireta para presidente da República, dissolveu todos os partidos
políticos existentes desde 1945, aumentou o número de ministros do Supremo Tribunal Federal de
11 para 16, reabriu o processo de punição aos adversários do regime e estabeleceu que o
presidente poderia decretar estado de sítio por 180 dias sem consultar o Congresso.
AI-3 : estabelecia que os governadores e vices seriam eleitos indiretamente por um colégio
eleitoral, formado pelos deputados estaduais. Também estabeleceu que os prefeitos das capitais
seriam indicados pelos governadores, com aprovação das assembleias legislativas.
AI-4 : convocou ao Congresso Nacional o estabelecimento de uma nova carta constitucional -
a Constituição de 1967 - que revogaria de forma definitiva a Constituição de 1946.
 AI-5 : em apenas 12 artigos concedia ao Presidente da República, dentre outros, os poderes de
cassar mandatos, intervir em estados e municípios, suspender direitos políticos de qualquer pessoa
e, o mais importante, decretar recesso do Congresso e assumir suas funções legislativas no
ínterim. O AI-5 também suspendeu o Habeas Corpus para crimes políticos. Por consequência,
jornais oposicionistas ao regime militar foram censurados, livros e obras "subversivas" foram
retiradas de circulação e vários artistas e intelectuais precisaram se exilar no estrangeiro.

A partir do AI-5, os atos intitucionais passaram a se voltar contra grupos específicos da sociedade,
como medico, jornalistas e políticos de oposição:

AI-6 : reduziu de 16 para 11 o número de ministros do STF


AI-7 : suspendendo todas as eleições até novembro de 1970.
AI-8 : estabelecia que estados, Distrito Federal e municípios com mais de 200 mil habitantes
poderiam fazer reformas administrativas por decreto.
AI-9 : Seguindo a esteira dos atos institucionais anteriores, estabeleceu regras para a reforma
agrária cuja doutrinação tinha cunho estritamente conservador.e ao mesmo tempo 219 professores
e pesquisadores universitários e 15 deputados, da ARENA e do MDB foram cassados por se
oporem ao regime
AI-10 : determinava que as cassações e suspensões de direitos políticos com base nos outros atos
institucionais acarretariam a perda de qualquer cargo da administração direta, ou indireta,
instituições de ensino e organizações consideradas de interesse nacional.mais de 500 pessoas
foram atingidas com punições, entre elas membros do Congresso Nacional e das assembleias
estaduais e municipais, jornalistas, militares, diplomatas, médicos, advogados e professores.
AI 11 ao 17 : ainda que com teor restritivo paralelo aos anteriores, estes atos outorgadas passaram
a possibilitar um pouco mais de abertura, ainda assim, tinham o intuito de desmontar
determinados grupos políticos de oposição ao governo punindo-os com cassação dos cargos,
quando estes eram públicos, ou com banimento do pais, no caso de jornalistas e outro intelectuais.
Ao longo dos anos 1964 e 1973, diversas medidas econômicas foram criadas com foco em
estabilizar a economia que vinha em crise desde meados dos anos 1960, medidas que foram postas
em torno do PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo) que durou até meados de 1967 e o
PED (Plano Estratégico de Desenvolvimento) que ficou em vigor até 1973. O PAEG tinha o
propósito de sanar a disparidades econômicas no Brasil e desenvolver a indústria nacional e o
país, e principalmente conter a inflação e gerar empregos, assim acabou obtendo certo êxito e a
partir de 1967 já com a questão econômica encaminhada, o governo lança um novo programa, o
PED com objetivos semelhantes, porém com metas mais ousadas. Para isso, o governo passa a
estimular a entrada de empresas estrangeiras no mercado nacional e ao mesmo tempo contrai
empréstimos para complementar os recursos de investimentos necessários para execução dos
projetos dessa nova etapa, o governo acreditava que o crescimento nessa etapa seria alcançado
através principalmente da substituição das impostações, de modo mais prático, a idéia era produzir
mais, exportar mais e importar menos.

o Brasil viveu um expressivo crescimento econômico que contribuiu para o fortalecimento do


regime militar. Chamado de "milagre econômico", esse crescimento esteve relacionado a
políticas econômicas do Governo Castelo Branco e suas repercussões nos anos seguintes.Além
das medidas de incentivo, o milagre econômico foi concretizado por meio de obras de grande
porte como estradas e hidrelétricas.Entre estas podemos citar a rodovia Transamazônica (que une
o Pará até a Paraíba), a Perimetral Norte (Amazonas, Pará, Amapá e Roraima) e a ponte Rio-
Niterói (ligando as cidades do Rio de Janeiro e Niterói).Podemos mencionar também a Usina de
Itaipu, as usinas de energia nuclear de Angra e a zona Franca de Manaus.

Os recursos para essas obras foram obtidos por meio de empréstimos internacionais, que elevaram
a dívida externa. O financiamento internacional também foi empregado para alavancar projetos de
mineração, como os das usinas de Carajás e Trombetas, ambas no Pará. De igual maneira
receberam recursos internacionais as indústrias de bens de consumo (máquinas e equipamentos),
farmacêutica e agricultura. O setor agrícola voltou-se para a monocultura, visando o mercado
internacional.

Estas obras de infraestrutura eram necessárias em um país em crescimento e com as dimensões do


Brasil. No entanto, foram feitas de maneira pouco transparente e consumiram muito mais recursos
do que o previsto inicialmente. Para atrair o empresariado, o governo federal achatou os salários
dos trabalhadores. Como os sindicatos estavam sob intervenção, as negociações quase sempre
favoreciam o empresário. Nesta época, com fiscalização deficiente, os acidentes de trabalho se
multiplicaram.

Com a crise do petróleo, surgem os primeiros movimentos de massa na luta contar a alta do custo
de vida, em especial na cidade de São Paulo o MCV (movimento do custo de vida), este
movimento nasce nas periferias de São Paulo através das mães trabalhadoras em associações de
bairro principalmente. A princípio a idéia era lutar contra a alta do custo de vida e por melhores
condições estruturais nas periferias, como iluminação e construção de creches, ao passar dos anos,
outras pautas foram ganhando espaço dentro do movimento e passaram a ser tão importantes
como as anteriores, como a luta pelo acesso a saúde e aumento de salário.

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