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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE TRANSPORTES
ENGENHARIA CARTOGRÁFICA E DE AGRIMENSURA

ANDYARA DO NASCIMENTO TEIXEIRA

USO DO SOLO

TERESINA – PI
2022
ANDYARA DO NASCIMENTO TEIXEIRA

IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO USO


DO SOLO DE UMA ÁREA DE ESTUDO LOCALIZADA EM TERESINA - PI

Trabalho apresentado a disciplina de


Fotointerpretação do curso de Engenharia
Cartográfica e de Agrimensura da Universidade
Federal do Piauí.
Professor: Rogério Carvalho Veras

Teresina – PI
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4
2 OBJETIVO................................................................................................................ 5
2.1 OBJETIVO ESPECÍFICO .................................................................................... 5
3 ÁREA DE ESTUDO .................................................................................................. 6
4 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS DA ÁREA EM ESTUDO.................................. 8
4.1 CARACTERISTICAS E POPULAÇÃO................................................................. 8
4.1.1 Bairro Catarina ....................................................................................................................... 8
4.1.2 Bairro Três Andares ................................................................................................................ 8
4.1.3 Bairro Beira Rio....................................................................................................................... 8
4.1.4 Bairro Tancredo Neves ........................................................................................................... 8
4.1.5 Bairro Comprida ..................................................................................................................... 9
4.1.5 Bairro Lorival Parente ............................................................................................................. 9
4.1.6 Cristo Rei ................................................................................................................................ 9
4.1.7 Monte Castelo ........................................................................................................................ 9
4.1.8 Cidade Nova ......................................................................................................................... 10
4.1.9 Morada Nova........................................................................................................................ 10
4.1.10 Piçarra ................................................................................................................................ 10
4.1.11 São Raimundo .................................................................................................................... 11
4.1.12 Ilhotas ................................................................................................................................. 11
4.1.12 Noivos ................................................................................................................................. 11

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 18
1 INTRODUÇÃO

Compreender a distribuição espacial de fenômenos naturais, de acordo com


Carmo (2006), constitui hoje um desafio para a elucidação de questões centrais em
diversas áreas do conhecimento, como em saúde, estudos ambientais, urbanos,
agronômicos, econômicos, entre tantos outros.

Devido à grande concentração de pessoas, serviços e atividades, as cidades,


por excelência, apresentam-se como espaços marcados por relações conflituosas,
tanto no viés socioeconômico como no socioambiental. Amenizar esses conflitos não
tem sido tarefa fácil para as administrações públicas, e essa temática se mostra cada
vez mais presente nas esferas política e científica.

A expressão “uso da terra” pode ser entendida como a forma pela qual o espaço
está sendo usado e ocupado pelo homem. O levantamento de uso da terra numa dada
região é um aspecto de interesse fundamental para a compreensão dos padrões de
organização do espaço.

Segundo Moreira (2003), a utilização de aerofotos para estudos voltados ao


ambiente teve início bem antes do surgimento do sensoriamento remoto orbital.
Mesmo após a consolidação dos dados orbitais, elas continuam sendo muito utilizadas
para estudos que exigem maiores detalhes de reconhecimento dos alvos de ocupação
do solo.

As fotografias aéreas têm, de acordo com Moreira (2003), uma aplicabilidade


muito diversificada. Podem ser usadas no planejamento de áreas urbanas, no
mapeamento de solos, levantamentos planialtimétricos, de uso e cobertura do solo e
em cartografia de modo geral.

Em áreas urbanas, as aerofotos apresentam-se como importante instrumento


no planejamento e gestão dessas áreas, possibilitando ações pontuais mais eficazes
no direcionamento da (re)organização do espaço urbano. Em ambientes urbanos,
pode-se destacar a aplicação em estudos de adequação e diversificação de usos,
riscos ambientais e urbanos, planos diretores, segurança pública, rotas ideais (tanto
do fluxo normal de veículos como dos serviços públicos), planejamento de áreas em
expansão do sítio urbano, base para cadastro multifinalitário etc.
Neste sentido, o presente estudo de mapeamento do uso e cobertura do solo
foi feito em bairros zona sul da capital piauiense que estão contidos na aerofoto
número 228, com objetivo de qualificar, quantificar e espacializar as variações de uso
e cobertura do solo, bem como revelar os potenciais e incongruências de usos dos
solos da área em questão nos anos de 1983 e 2020.

2 OBJETIVO

O presente trabalho tem como finalidade identificar, analisar e espacializar as


alterações ocorridas em relação ao uso e cobertura do solo nos anos de 1983 e 2020
utilizando-se de uma aerofoto escolhida no laboratório de fotogrametria e uma imagem
de satélite mediante técnicas fotointerpretativas.

2.1 OBJETIVO ESPECÍFICO

▪ Inicialmente devem ser adotados 4 pontos fotoidentificáveis na fotografia para


que seja feito um georreferenciamento de forma precisa e assim conseguir
resultados satisfatórios sobre as análises efetuadas;
▪ Com os resultados obtidos nas operações realizadas sobre a aerofoto e a
imagem de satélite do ano de 2022, produzir mapas temáticos mostrando a
área em duas épocas distintas (1983 e 2022) referenciados ao Sistema
Geodésico Brasileiro (SGB) em uma escala de 1:15.000 com reticulado plano
UTM com espaçamento de 5 cm x 5 cm;
▪ Apresentar os resultados obtidos em tabelas ou quadros comparativos onde
conste cobertura vegetal existente, área urbanizada, área desmatada,
analisando a diminuição ou aumento da área coberta por vegetação.
3 ÁREA DE ESTUDO

Segundo pesquisas feita pelo site do IBGE, Teresina é um município


brasileiro, capital do estado do Piauí com uma população estimada em 871 126
habitantes em 2021, com área aproximada de 1.392 km² é a cidade mais populosa do
Piauí. Está conurbada com a cidade maranhense de Timon, formando assim
a Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina, que aglomera cerca de
1.223.220 habitantes, de coordenadas geográficas de latitude: 5° 5' 20'' Sul, longitude:
42° 48' 7'' Oeste.

A área de estudo localiza-se na cidade de Teresina, capital do estado do Piauí,


especificamente na região delimitada pela fotografia de número 228, zona sul da
cidade, conforme demonstra a figura 01. Essa fotografia é produto de um voo realizado
em maio de 1983 para cobertura fotogramétrica da cidade de Teresina.
Figura 01: Fotografia da área de estudo de voo realizado em 1983.

Fonte: adaptado pela autora, 2022.

Atualmente a região em estudo apresenta uma configuração e disposição


espacial diferente pelo fato de o processo de urbanização acontecer ao longo do
tempo (aproximadamente 39 anos) e consequentemente diminuindo as áreas de
vegetação, mas aumentado a área urbanizada e pode ser percebido analisando a
Figura 02.
Figura 02: Fotografia da mesma área de estudo em 2022.

Fonte: Google Earth (adaptado pela autora), 2022.


Nesse contexto, na atualidade a região em estudo apresentada na figura 03
apresenta consolidação de alguns bairros já existentes em 1983 e surgimento de
novos bairros, fatos que contribuíram para o aumento na densidade construtiva e a
consequente diminuição da cobertura verde e aumento de superfícies
impermeabilizadas, demonstrando o crescente processo de urbanização decorrido na
área.
Figura 03: Recorte aproximado com indicação da área em estudo dividida por bairros.

Fonte: Secretária Municipal de Planejamento (adaptado pela autora), 2022.


O objeto de estudo são os bairros Três Andares, Catarina, Tancredo Neves, Lorival
Parente, Ilhotas, Cristo Rei, Monte Castelo, Cidade Nova, Comprida, Beira Rio,
Morada Nova, São Raimundo, Piçarra e Noivos pois os mesmos estão inteiramente
inseridos dentro dos limites da fotografia ou estão parcialmente inseridos.

4 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS DA ÁREA EM ESTUDO

Os bairros contidos na área de estudo que possuem uma maior área e


consequentemente uma maior influência na região serão detalhados por meio dos
perfis dos bairros realizados pela SEMPLAN (2018).
4.1 CARACTERISTICAS E POPULAÇÃO

4.1.1 Bairro Catarina

Uma gleba de terra conhecida por Catarina, na qual havia uma ponte de
madeira que foi levada pelo Rio Poti. Com a nova divisão de bairro realizada em julho
de 2013, incorporou o Loteamento Hugo Prado na sua área (pertencia ao bairro
Morada Nova). Em 2010 a população do bairro Catarina representava 0,23% da
cidade de Teresina e ocupava a 94ª posição. Na última década, a população do bairro
aumentou 13,7%.
4.1.2 Bairro Três Andares

A população do bairro Três Andares representava 1,66% da cidade de


Teresina e ocupava a 12ª posição. Na última década a população reduziu em 6,1%.
Conhecida por Três Andares por causa de suas características geológicas com
subida em três etapas.
4.1.3 Bairro Beira Rio

Nome originado pelo loteamento Beira Rio. Sua população representava


0,38% da cidade de Teresina e ocupava a 83ª posição. Na última década, a
população do bairro aumentou 15,8%.

4.1.4 Bairro Tancredo Neves

O bairro se localiza em uma área que fazia parte da antiga Fazenda Comprida
e recebeu a denominação de Tancredo Neves em 1985, após a construção, pela
COHAB de um conjunto de apartamentos com esse nome, em homenagem ao
presidente Tancredo Neves. Sua população representava 0,44% da cidade de
Teresina e ocupava a 71ª posição. Na última década, a população do bairro aumentou
32,3%.
4.1.5 Bairro Comprida

Na área havia uma gleba de terra chamada Comprida e uma fazenda com o
mesmo nome, que foi parcialmente loteada. Toda a região ficou conhecida por esse
nome e constitui área de expansão da cidade. Em 2010 a população do bairro
Comprida representava 0,22% da cidade de Teresina e ocupava a 95ª posição. Na
última década, a população do bairro aumentou 66,7%.
4.1.5 Bairro Lorival Parente

Localizada em gleba de terra que pertencia ao empresário e professor Lourival


Lira Parente, a área era conhecida por Tabuleta até que a construtora Lourival
Parente ali implantou o Loteamento Tabuleta. Porem o povo adotou o nome do
empresário. Em 2010 a população do bairro Lourival parente representava 1,92% da
cidade de Teresina e ocupava a 9ª posição. Na última década a população aumentou
4,7%.
4.1.6 Cristo Rei
O bairro Cristo Rei compreende a área contida no seguinte perímetro; parte do
entroncamento da Rua Mato Grosso com a Av. Higino Cunha; por esta e pela Ponte
Wall Ferraz, segue até o eixo do Rio Poti; pelo curso d'água, atinge o alinhamento da
Av. Industrial Gil Martins, pela qual prossegue, rumo oeste, até a Rua Celso Pinheiro;
continua, por esta, até a Avenida Odilon Araújo, pela qual alcança a Rua
Desembargador José Messias, chegando à Av. São Raimundo; daí, atinge a Rua Mato
Grosso, por onde retorna ao ponto inicial. Em 2010 a população do bairro Cristo Rei
representava 1,10% da cidade de Teresina e ocupava a 29ª posição. A população na
última aumentou 4,35%.

4.1.7 Monte Castelo


O bairro Monte Castelo compreende a área contida no seguinte perímetro;
partindo do entroncamento da Av. Nações Unidas com as ruas Doutor Area Leão e
Juvêncio Carvalho, segue, por esta, e pela Rua São Francisco, até o entroncamento
da Av. José dos Santos e Silva com a Rua Picos, continuando, pela Rua Picos, até a
Av. Odilon Araújo; pela citada avenida, alcança a Av. Barão de Castelo Branco,
seguindo, por esta, até a Av. Industrial Gil Martins, pela qual prossegue, em sentido
oeste, até a Rua Doutor Area Leão; depois, Rua Porto e, novamente, Rua Doutor Area
Leão; daí, continua, em sentido norte, até o ponto de partida. Em 2010 a população
do bairro Monte Castelo representava 1,43% da cidade de Teresina e ocupava a 21ª
posição. Na última década a população reduziu em 8,7%.

4.1.8 Cidade Nova


O bairro Cidade Nova compreende a área contida no seguinte perímetro:
partindo do entroncamento das avenidas Industrial Gil Martins e Barão de Castelo
Branco, segue, por esta, até a Av. Odilon Araújo; daí, prossegue até a Rua Celso
Pinheiro, pela qual atinge a Av. Industrial Gil Martins, retornando, por esta, ao ponto
inicial. Após a década de 1950, visando expandir a cidade, a Prefeitura abriu ruas na
região, que o povo denominou de Cidade Nova.

4.1.9 Morada Nova


O bairro Morada Nova compreende a área contida no seguinte perímetro:
partindo do entroncamento das avenidas Prefeito Wall Ferraz (BR-316) e Getúlio
Vargas (BR-343), segue, por esta, até a Rua Quinze de novembro, depois pelas ruas
Cícero Soares e Gonçalves Dias; atinge a Rua XV do Conjunto Morada Nova e a Rua
Embaixador Frederico Clark, pela qual alcança a Rua Joaquim Paranaguá e a Av.
Prefeito Wall Ferraz (BR316), retornando ao ponto de partida. Em 2010 a população
do bairro Morada Nova representava 0,80% da cidade de Teresina e ocupava a 45ª
posição. Na última década a população aumentou 2,6%

4.1.10 Piçarra
O bairro Piçarra compreende a área contida no seguinte perímetro: partindo do
cruzamento das avenidas Miguel Rosa, Joaquim Ribeiro e José dos Santos e Silva,
segue, pela Av. Miguel Rosa, até a Rua São Pedro; continua, pela citada rua, até a
via férrea, pela qual atinge a Rua Goiás; prossegue, pela mencionada rua, até a Av.
Higino Cunha, alcançando a Rua Mato Grosso; continua pela Av. São Raimundo,
atingindo a Rua Desembargador José Messias, pela qual segue até a Av. Odilon
Araújo; por esta, continua até a Rua Picos, por onde segue até a Av. José dos Santos
e Silva e, daí, retorna ao ponta de partida. Em 2010 a população do bairro Piçarra
representava 0,48% da cidade de Teresina e ocupava a 69ª posição. Na última década
a população reduziu 2,7%
4.1.11 São Raimundo
O bairro São Raimundo compreende a área contida no seguinte perímetro:
partindo do cruzamento da via férrea com a Av. Deputado Paulo Ferraz (BR-343),
segue, por esta, até a Rua Jacinto Rufino Macedo, por onde prossegue até o eixo do
Rio Poti; daí, continua, em direção norte, até a via férrea, pela qual retorna ao ponto
de partida. Em 2010 a população do bairro São Raimundo representava 0,10% da
cidade de Teresina e ocupava a 104ª posição. Na última década, a população do
bairro aumentou 7,3%

4.1.12 Ilhotas
O bairro Ilhotas compreende a área contida no seguinte perímetro: partindo do
entroncamento da Av. Leônidas Melo com a Rua Goiás, segue por esta até a via férrea
e, depois, pela Rua José Olímpio de Melo e atinge o eixo do Rio Poti; pelo rio,
prossegue até a Ponte Wall Ferraz; por esta e pela Av. Higino Cunha, chega à Av.
Leônidas Melo, pela qual retorna ao ponto de partida. Em 2010 a população do bairro
Ilhotas representava 0,91% da cidade de Teresina e ocupava a 38ª posição. Na última
década a população cresceu 10,9%.

4.1.12 Noivos
O bairro dos Noivos compreende a área contida no seguinte perímetro: partindo
do eixo do Rio Poti sob a Ponte Juscelino Kubitschek, segue pela Av. João XXIII até
a Rua Professor Pires Gaioso; continua, rumo sul, até a Av. Noronha Almeida, pela
qual e respectivo alinhamento, prossegue, em sentido oeste, até o eixo do Rio Poti e,
daí, retorna ao ponto de partida. Em 2010 a população do bairro Noivos representava
0,72% da cidade de Teresina e ocupava a 67ª posição. Na última década a população
aumentou 35,8%.

3.2 MATERIAL UTILIZADO


Para a realização deste trabalho, foi necessário a análise e obtenção dos
dados através da fotografica cedida pelo professor da disciplina de Fotointerpretação.
A seguir será apresentados imagens dos principais materias utilizados para a
realização do trabalho prático.
• Uma imagem digitalizada da fotografia aérea 228 (voo aerofotogramétrico de
Teresina realizado em maio de 1983, no formato 230 x 230 mm na escala de
1:15.000
Figura 4 – Fotografia de estudo ano de 1983

Fonte: Da autora, 2022.


• Uma imagem da base do Google Earth do ano de 2022;
Figura 5 – Fotografia de estudo ano de 2022

Fonte: Google Earth


• GPS de navegação portátil –Garmin modelo Etrex;
Figura 6 – Fotografia de estudo ano de 2022

Fonte: Da autora, 2022.

• Além dos softwares, como AutoCad, Microsoft Word, Microsoft Excel

4 MÉTODOS
Foi utilizado uma imagem atual do Google Earth de 2022 e a disponibilizada
pelo professor da disciplina do ano de 1983, onde assim, foi possível com o auxílio
de um GPS a coleta de 4 pontos localizados em pontos específicos para melhor
visualização e qualidade de coleta, as informações coletadas foram lançadas no
AutoCAD submetendo as imagens a um processo de georreferenciamento através
dos dados colhidos em campo, Então, a partir da identificação das feições, foram
feitas as delimitações das áreas com o comando de área do AutoCAD. Elaborou-se
o produto no sistema de coordenadas UTM, zona 23 e datum SIRGAS2000.
Posteriormente, foram calculadas as áreas de cada tipo de uso das imagens.
A tabela a seguir mostra as coordenadas coletadas.
Tabela 01– Pontos coletados
PONTO E (m) N (m)
P01 746197,02 9434172,56
P02 746347,07 9434241,97
P03 745794,33 9434896,46
P04 745540,29 9435153,96
Fonte: Da autora, 2022.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Através da análise das imagens e produção cartográficas é possível perceber
a importância das classificações em épocas distintas onde têm fundamental
importância na atualização das feições cartográficas de uso do solo, além de permitir
interpretar os resultados e discutir sobre fatores que levaram a esse crescimento
urbano e análise do decrescimento da área coberta por vegetação. Com a análise da
tabela 02 abaixo podemos observar a porcentagem de área urbaniza, água, solo e
vegetação para os anos de 1983 e 2022.
Tabela 02- Ano de 1983
1983 ÁREAS (ha) %
URBANO 373,6419 29,13%
ÁGUA 41,5756 3,24%
SOLO 95,9149 7,48%
VEGETAÇÃO 771,6144 60,15%
TOTAL 1282,7468 100,00%
Fonte: Da autora, 2022.

Tabela 03- Ano de 2022


2022 ÁREAS (ha) %
URBANO 903,4941 70,43%
ÁGUA 40,5948 3,16%
SOLO 27,7217 2,16%
VEGETAÇÃO 310,9362 24,24%
TOTAL 1282,7468 100,00%
Fonte: Da autora, 2022.

Além disso, é importante ressaltar que através dos dados obtidos pela
classificação da imagem podemos representar em gráficos para efeito de análise e
interpretação, onde através do gráfico 01 nos permite perceber que no ano de 2022
houve um crescimento na área urbana e consequentemente uma diminuição na área
de vegetação, representada por 373,6419 (373,6419 ha) para o ano de 1983 e 70,43%
(903,4941 ha) para o ano de 2022, também é nítido observar que houve uma
diminuição da vegetação representada por 60,15%(771,6144 ha) para o ano de 1983
e 24,24% (310,9362 ha) para o ano de 2022, onde se deve discutir a mudança ao
longo do tempo da área estuda onde fatores são importantes citar que contribuíram
para essa crescimento urbano e diminuição da área vegetal que se dá do aumento de
edificações construídas ao longo do tempo na cidade de Teresina contribuído assim
para a mudança.
Em relação a hidrologia estudada, percebe-se uma mudança onde no ano de
1983 apresentava 3,24% (41,5756 ha) e para o ano de 2022 de 3,16%(40,5948ha),
observamos então que houve uma diminuição da hidrografia.
Podemos ver com base no gráfico a baixo como estava distribuído o uso do
solo no período de 1983.
Figura 7- Uso do 1983

USO DO SOLO 1983 (HA)

771,6144

373,6419

41,5756 95,9149
URBANO ÁGUA SOLO VEGETAÇÃO

Fonte: Da autora, 2022.


Para podermos comparar temos o gráfico para o período de 2022.

Figura 8- Uso do 2022

USO DO SOLO 2022 (HA)

771,6144

373,6419

41,5756 95,9149
URBANO ÁGUA SOLO VEGETAÇÃO

Fonte: Da autora, 2022.


Figura 8- Uso do 2022

COMPARATIVO ENTRE OS
PERIODOS DE 1983 E 2022
1983 2022

771,6144

771,6144
373,6419

373,6419

95,9149

95,9149
41,5756

41,5756

URBANO ÁGUA SOLO VEGETAÇÃO

Fonte: Da autora, 2022.

Através dos dados apresentados indicam uma crescente urbanização nos


últimos anos. Isso se dá pelo fato do surgimento de pequenos aglomerados de casas,
nas proximidades das lagoas existentes. Com a análise da Figura 7 podemos observar
a porcentagem de cobertura vegetal existente, área urbanizada e área desmatada.
6 CONCLUSÃO
O trabalho tem como finalidade identificar e quantificar alterações ocorridas
no uso do solo da área em estudo mediante o auxílio de técnicas fotointerpretativas
com uso de aerofotografias na escala aproximada de 1:15.000 do ano de 1983 e
imagem mais recente de satélites da base do Google, usando produto
aerofotogramétrico com um conjunto de conhecimentos específicos onde de acordo
com presente trabalho onde foi abordado resultados e análises relevantes em
relação ao objetivo proposto.

É possível concluir que através da análise das imagens da cidade de Teresina


de 1983 e 2022 é notável perceber alterações na estrutura da cidade, como o
crescimento da urbanização se deu de forma intenso nos últimos anos com
construções de moradias, formação de bairros e vários motivos que fizeram esse
crescimento acontecer, além do deslocamento da população em busca de novas
oportunidade que fazem com que ocorra essa alteração no meio e influenciando
aspectos classificados e representados em dados durante a pesquisa, além de
ressaltar o risco dessas construções nas proximidades do rio, logo como área de
risco podendo trazer consequencia as população que reside no local.

É importante ressaltar que a fotogrametria nos permite de realizar o estudo e


interpretação de uma área com o auxílio de ferramentas que com o avanço da
tecnologia e inovações tem influenciado pesquisas e permitir uma classificação e
quantificação mais precisa. Esse trabalho aborda um tema importante pois através
da Fotogrametria podemos perceber a importancia desse estudo para Engenharia
assim como temas de futuras pesquisas na área que pode trazer avanços
específicos e utilização do presente material para pesquisas acadêmicas.
REFERÊNCIAS

BIAS, E. S.; BRITES, R. S.; ROSA, A. N. C. S. Imagens de alta resolução espacial.


In: Introdução ao processamento de imagens de sensoriamento remoto. Brasília:
Universidade de Brasília, 2012.

FILHO, M.C; MENESES, P.R; SANO,E.E. Sistema de classificação de uso e


cobertura da terra com base na análise de imagens de satélite. Universidade de
Brasília. Revista Brasileira de Cartografia No 59/02, Agosto 2007.

FLORENZANO, Teresa Galotti. Iniciação em sensoriamento remoto. São Paulo:


Oficina de Textos, 2011.

IBGE. WEB SITE DO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.


Disponível em: < https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pi/teresina/historico>. Acesso em:
12/10/2022.

SILVA, E.O; SILVA, G.R; VIEIRA, N; R. Expansão urbana da cidade de teresina e


suas transformações socioespaciais. Universidade Federal do Rio Grande do
Norte- UFRN,2017.
SPOHR, B. R. Princípios Fotogrametria e Fotointerpretação. Trabalho Acadêmico
– Centro de Educação Superior Norte-RS. p 10, 2009.
ANEXO (USO DO SOLO)

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