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Docente: Alano Calheira Durães

Discentes: Fábio Moreira Mendes, Noemi Silva Alves, Sofia Queiroz do Carmo
Componente curricular: Morfologia Dos Sistemas Corporais
Turma: 03_NIP3AM Turno: Matutino 8:10 - 10:50

Caso clínico: obstrução de veias respiratórias.

1- Anteriormente à bifurcação dos brônquios existe a traqueia. Quais são


sua forma e função?
A traqueia é um tubo flexível e condutor de ar, que após cerca de 10 a 12 cm
se ramifica (bifurcação traqueal), originando os brônquios principais esquerdo e
direito (ângulo de ramificação de aproximadamente 55 a 70°). O local de
divisão se projeta aproximadamente sobre o corpo de T III/T IV. Em uma visão
anterior, esta bifurcação se encontra um pouco abaixo do limite entre o
manúbrio e o corpo do esterno.
Em sua maior parte, a traqueia é composta pela camada cartilaginosa que está
disposta na forma de semi-anéis com formato de C onde a parte aberta fica
voltada posteriormente e apresenta contato com o esôfago por ser a parte mais
mole da traqueia e não interferir no fluxo dos alimentos que passam atrás dela.
Esta disposição da traqueia em anéis cartilaginosos permite com que ela fique
sempre aberta permitindo a passagem do ar evitando o colapso de suas
paredes, e permite a mobilidade desse segmento durante os movimentos da
coluna cervical evitando que haja obstrução da passagem do ar nesse ponto
quando se faz um movimento excessivo do pescoço. Durante a inspiração a
traqueia se distende, e durante a expiração ela se retrai. Transporta o ar que
entra e sai dos pulmões, e seu epitélio impulsiona o muco com resíduos em
direção à faringe para expulsão pela boca.

2- Descreva as regiões das vias aéreas que podem sofrer obstrução


parcial ou total em eventos de aspiração de corpo estranho.

Os corpos estranhos aspirados podem alojar-se na laringe, traqueia e


brônquios

3- Explique as manifestações clínicas observadas na criança.


Quando o corpo estranho se encontra na traquéia, os estudos
radiológicos são normais e os ruídos respiratórios são difusos, pode ser
confundido com crise asmática. 
Dependendo da idade do paciente, do tipo de corpo estranho e da sua
localização nas vias aéreas, pode ocorrer obstrução total ou parcial das vias
aéreas.
As manifestações clínicas da aspiração de objetos pelas vias aéreas
seguem, geralmente, três estágios de sintomas: o evento inicial agudo, o
intervalo assintomático e as complicações. O evento inicial caracteriza-se pela
aspiração acidental de um corpo estranho e a manifestação clínica clássica é a
presença de tosse intensa, sibilância, vômito, palidez, cianose.
No caso apresentado foi constatado durante o exame físico, a presença
do hipertimpanismo no pulmão direito, bem como a presença do corpo
estranho no brônquio fonte direito. Isso acontece porque anatomicamente, o
brônquio direito é mais verticalizado e tem maior diâmetro, o que favorece o
alojamento do corpo estranho.
O chiado no peito acontece porque nessas condições existe um estreitamento
ou inflamação das vias aéreas o que acaba dificultando a passagem de ar
gerando um fluxo turbilhonar e este causa o surgimento de um som conhecido
como chiado.
Observa-se no quadro clínico de ace (aspiração de corpo estranho) em
árvore brônquica desde sibilos, hiperinsuflação até atelectasias.
Na ACE, em geral, temos um episódio inicial de engasgo e tosse
paroxística, que pode levar o paciente a procurar o serviço de saúde. Caso o
episódio agudo passe despercebido, ocorrerá um período latente que dura de
dias a meses, apresentando nesse período tosse eventual e sibilância leve.
Posteriormente, o paciente abre um quadro de pneumonia lobar ou "asma"
intratável associada a episódios de "estado de mal asmático".

O estudo radiológico é bastante empregado nos casos de ACE, confirmando,


muitas vezes, a hipótese diagnóstica. Apesar disso, podemos ter casos de
corpo estranho em via aérea com radiografia normal, portanto, uma
investigação endoscópica está sempre justificada diante de uma história e de
alterações no exame físico sugestivos de ACE.

4- Defina carina
Carina é o nome dado a bifurcação que dará origem aos brônquios principais
direito e esquerdo que fica na altura da vertebra T5.
Fontes:

Gilroy, Anne M.; MacPherson, Brian R. Atlas de Anatomia. 3a edição. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

Moore, Keith L. Anatomia Orientada para a Clínica. 7a edição. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2014.

Schünke, Michael; Schulte, Erik; Schumacher, Udo. Prometheus: Atlas de


Anatomia – Órgãos Internos. 2a edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2013.
BITTENCOURT, P; CAMARGOS, P. Aspiração de corpos estranhos. Jornal de
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https://www.scielo.br/j/jped/a/V6Yym7jDC8MH9nZ3pNjpbBS/?
format=pdf&lang=pt. Acesso em 26/10/2022.
MELO, G. et al. Aspiração de corpo estranho em crianças: aspectos clínicos e
radiológicos. Residência pediátrica, vol.5, Ceará, 2015. Disponível em:
http://www.residenciapediatrica.com.br/detalhes/139/aspiracao-de-corpo-
estranho-em-criancas--aspectos-clinicos-e-radiologicos#:~:text=O%20evento
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ROCHA, A.; OLIVEIRA, H. Corpo estranho endobrônquio causando quadro
asmatiforme em uma criança por dois anos: relato de caso. Revista Médica de
Minas Gerais, Minas Gerais, vol.16.2, junho, 2006. Disponível em:
http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/264. Acesso em 26/10/2022.

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