O documento discute políticas de acesso e uso da informação no Brasil. Aborda o conceito de regime de informação e como isso influencia as políticas de informação. Também descreve as principais vias de acesso aberto à informação científica (verde, dourada, diamante e híbrida) e as licenças Creative Commons para compartilhamento de conteúdo. Por fim, lista algumas políticas públicas brasileiras relacionadas a bibliotecas escolares e a importância do acesso à informação para o exercício da cidadania.
O documento discute políticas de acesso e uso da informação no Brasil. Aborda o conceito de regime de informação e como isso influencia as políticas de informação. Também descreve as principais vias de acesso aberto à informação científica (verde, dourada, diamante e híbrida) e as licenças Creative Commons para compartilhamento de conteúdo. Por fim, lista algumas políticas públicas brasileiras relacionadas a bibliotecas escolares e a importância do acesso à informação para o exercício da cidadania.
O documento discute políticas de acesso e uso da informação no Brasil. Aborda o conceito de regime de informação e como isso influencia as políticas de informação. Também descreve as principais vias de acesso aberto à informação científica (verde, dourada, diamante e híbrida) e as licenças Creative Commons para compartilhamento de conteúdo. Por fim, lista algumas políticas públicas brasileiras relacionadas a bibliotecas escolares e a importância do acesso à informação para o exercício da cidadania.
acesso e uso da informação Profa. Dra. Ilaydiany Oliveira POLÍTICA DE INFORMAÇÃO
+ A informação é um recurso nacional tão importante no
mundo contemporâneo, quanto a energia e a mão de obra qualificada. Esta concepção impõe-se gradualmente há alguns anos a todos os países do mundo. (GUINCHAT; MENOU, 1994 , p. 450.) + Países criaram ações como consultas e estudos visando a criação de um organismo nacional que permita controlar e promover as atividades de informação científica e técnica. + Ao mesmo tempo, o caráter internacional da informação leva os diferentes países a cooperar neste campo, ou a considerar este aspecto em suas relações. Introdução
Em meio à crescente oferta de
informações como resultado da revolução tecnológica ocorrida após a II Guerra Mundial, tais informações tornaram-se de extrema importância, seja pela quantidade de conhecimento gerado, seja pela facilidade de acesso a este conhecimento, para a economia como também para o exercício da cidadania através do controle social. • Este incremento tecnológico, destacando-se a internet (a rede mundial de computadores) • A tecnologia da word wide web (WWW) • Sociedade da informação A interação entre o cidadão (usuário) com os serviços on-line está mais voltada para a coletividade do que para o tecnológico, o cidadão faz uso destes serviços para absorver informações, modificando assim a sociedade em que ele está inserido, conforme Lara e Conti (2003) e Freire, Lima e Costa Júnior (2012). Esse processo de transformação social pelas mídias digitais estabelece um espaço para discussão, produção e compartilhamento de informação fundamental para uma sociedade em rede, democratizando assim a informação e aperfeiçoando a cidadania. Inicialmente é necessário conhecer o conceito de regime de informação, já que é neste regime que se estabelecerá o contexto em Regime de que as políticas de informação serão Informação planejadas e implementadas. González de Gómez (2003, p.61), ressalta que “regime de informação”: Seria o modo de produção informacional dominante em uma formação social, o qual define quem são os sujeitos, as organizações, as regras e as autoridades informacionais, os padrões de excelência e os modelos de sua organização, interação e distribuição, vigentes em certo tempo, lugar e circunstância, conforma certas possibilidades culturais e certas relações de poder. Assim se origina as Políticas de Informação • A importância da política de informação vem ganhando espaço, com especial ênfase nos países desenvolvidos desde a Segunda Guerra Mundial; • O governo norte americano define, “transferência de informação científica como o escopo e abrangência de uma política de informação” • A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), estabeleceram um programa intergovernamental com o objetivo de otimizar o fluxo de informações entre países, principalmente os periféricos. • 1970 com a revolução microeletrônica surgiram novas tecnologias de informação e comunicação e com elas os interesses em pesquisar a relação da nova tecnologia com os fluxos de informação; • Surge o conceito de Estado-rede, utilizado por Castells (1999). Este conceito envolve os atores e instituições que possuem o poder decisório, transformando radicalmente a sociedade, modificando assim a relações de espaço e poder. Segundo Pinheiro (2012, p. 67), a política de informação seria aquela que engloba leis e regulamentos que lidam com qualquer estágio da cadeia de produção da informação, desde a sua criação, processamento (natural ou artificial), armazenamento, transporte, distribuição, busca, uso e a sua destruição. A Política de Informação consiste em elaborar regras, procedimentos e responsabilidades específicas para compartilhar, disseminar, adquirir, classificar e padronizar informações dentro de uma organização. Quais são as políticas de Informação vigentes no Brasil? Lei de acesso à Informação POLÍTICAS PÚBLICAS DE ACESSO À INFORMAÇÃO CIENTÍFICA O MOVIMENTO DO ACESSO ABERTO NO CONTEXTO DA CIDADANIA O MOVIMENTO DO ACESSO ABERTO NO CONTEXTO DA CIDADANIA
• O Acesso Aberto refere-se à disponibilidade e acesso gratuito por qualquer
pessoa aos resultados de pesquisas científicas. Baseia-se na premissa de que o conhecimento científico é um bem público e, portanto, deve estar disponível a todos. É uma alternativa ao modelo tradicional de publicação que restringe o acesso ao conteúdo por meio de assinaturas pagas. • O acesso aberto às publicações científicas é normalmente disponibilizado no site da própria publicação, de acordo com a política do editor, ou por meio de depósito em um repositório institucional ou temático. É um movimento mundial que se realiza a partir de diferentes vias. VIA VERDE – Green Road Open Access • o artigo é publicado em qualquer revista. O autor retém os direitos autorais e tem permissão para colocar cópias do artigo (às vezes um pre-print ou um post-print) em um repositório ou em seu próprio site. Trata-se do arquivamento do manuscrito no Repositório. Algumas editoras exigem um período de embargo antes que o artigo fique em acesso aberto. • Pre-print – versão não revisada por pares ou não-editada do artigo. Post-print – versão revisada por pares do artigo, mas não formatado para publicação. VIA DOURADA – Gold Road Open Access • O artigo é publicado em uma revista de Acesso Aberto, que está disponível gratuitamente na web e o autor paga uma taxa de publicação do artigo. Nesse modelo, é permitido que cópias do artigo também sejam arquivadas em outro lugar. As revistas de acesso aberto não cobram de leitores ou de bibliotecas, mas seu modelo econômico depende do pagamento de taxas pelo autor. VIA DIAMANTE – Diamond Road Open Access
• O autor publica o artigo em uma revista de Acesso Aberto e esse
periódico não cobra taxas de autor. Essas revistas são mantidas por meio de trabalhos voluntários. São tipicamente aquelas revistas dirigidas por associações ou sociedades profissionais e organizações sem fins lucrativos, universidades ou agências governamentais. Seu modelo econômico depende de contribuições e doações de membros. VIA HÍBRIDA – Hybrid Road Open Access • Parcialmente financiadas por assinaturas, as revistas fornecem apenas acesso aberto para alguns artigos individuais para os quais os autores (ou patrocinador da pesquisa) pagaram uma taxa de publicação. • As Licenças Creative Commons foram Licenças de criadas para dar maior flexibilidade na Uso Creative utilização de obras protegidas por direitos autorais, de modo que os conteúdos Commons sejam utilizados amplamente, sem que as leis de proteção à propriedade intelectual sejam infringidas. As licenças indicam os tipos de permissões de uso dos documentos disponíveis na Internet. Políticas públicas de informação para • Programa Nacional de Incentivo à Leitura - Proler (1992); bibliotecas • Programa Sociedade da Informação (2000); escolares • Política Nacional do Livro (2003); • Programa Fome de Livro (2004). • O acesso à informação decorrente da falta e da carência de políticas públicas de acesso à informação pode contribuir com o enfraquecimento do fazer social, tendo em vista que todos almejam ser cidadãos desenvolvidos, com acesso ao conhecimento mas esbarram na falta de instituições que proporcionem ao cidadão a interação necessária, causando mudanças no meio social e novas posturas na sociedade. • Esta preocupação do indivíduo com o acesso à informação parece estar diretamente ligada à busca pela cidadania. Apesar de toda uma evolução tecnológica que surgiu com a substituição de antigos mecanismos que disponibiliza a informação à sociedade, parece-nos que ficou ainda mais difícil o seu acesso. Donde decorre a necessidade de superação deste estágio, já que, segundo Targino (2006), não há exercício da cidadania sem informação.