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Práticas de

Desenho Técnico
Profa. Vivian Dall’Igna Ecker

2019
Copyright © UNIASSELVI 2019

Elaboração:
Profa. Vivian Dall’Igna Ecker

Revisão, Diagramação e Produção:


Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri


UNIASSELVI – Indaial.

EC19p

Ecker, Vivian Dall'igna

Práticas de desenho técnico. / Vivian Dall'igna Ecker. – Indaial:


UNIASSELVI, 2019.

186 p.; il.

ISBN 978-85-515-0247-1

1.Desenho técnico. – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.

CDD 604.2

Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico! Estamos iniciando uma nova etapa em seu aprendizado!
Em disciplinas anteriores, vimos conceitos relacionados à elaboração de desenhos
em caráter técnico, e estudamos princípios acerca da graficação com instrumentos.
Agora, na disciplina de Práticas de Desenho Técnico, poderemos aplicar
muitos destes conceitos nas autoatividades propostas. A fim de que você possa
desenvolver suas habilidades, organizamos este livro de estudos da seguinte
forma. Inicialmente, em Informações Gerais, apresentaremos a listagem de
materiais que serão utilizados, bem como algumas dicas para garantir a confecção
de bons desenhos. A seguir, o livro estará estruturado em três unidades temáticas.

A Unidade 1 é introdutória e apresenta informações gerais acerca


da confecção de uma prancha de desenho técnico. Apresenta um resumo
das principais técnicas de representação, bem como o formato padrão de
margens, legenda, caligrafia.

A Unidade 2 apresenta informações relativas à linguagem gráfica


dos desenhos, e sua abordagem objetiva desenvolver a habilidade de
representação de sólidos geométricos, formas e objetos (ainda sem
determinadas especificidades que o desenho técnico exige).

A Unidade 3 contém informações específicas, aprofundando os


conceitos abordados nas unidades anteriores. Nesta etapa do livro de estudos,
entram informações relativas ao dimensionamento e às especificações técnicas,
resultando em informações suficientes para a elaboração de bons desenhos.

Conforme você verá, estas três unidades estarão divididas em tópicos.


No início de cada tópico, será apresentado um breve resumo, que apresenta
informações sucintas, revisando os conhecimentos elucidados em disciplinas
anteriores (particularmente a disciplina de desenho técnico). Após o resumo,
serão propostas autoatividades, nas quais serão exercitados os conceitos
em estudo. Todas as autoatividades estarão propostas em continuidade, ou
seja, cada uma se desenvolve como uma evolução da anterior. Ao final de
cada conjunto de autoatividades, será proposta uma autoatividade final, que
objetiva unificar os seus conhecimentos, e garantir que os conceitos tenham
sido apreendidos de forma integral.

Esperamos que você, acadêmico, tendo estas informações em mãos, e


se engajando no desenvolvimento das atividades, aprimore suas habilidades
em desenho! Não hesite em entrar em contato conosco, pois poderemos
esclarecer as suas dúvidas, e orientá-lo na elaboração das atividades.
Contamos com o seu comprometimento, e lhe desejamos bons estudos!

Atenciosamente,

Profa. Vivian Dall’Igna Ecker

III
NOTA

Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto


para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.

Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é


o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura.

O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por
exemplo.

Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente,


apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o
assunto em questão.

Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.

Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de


Desempenho de Estudantes – ENADE.
 
Bons estudos!

IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO............................................................... 1

TÓPICO 1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E TÉCNICAS FUNDAMENTAIS.........3


1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................................ 3
2 INFORMAÇÕES GERAIS E MATERIAL PARA AS ATIVIDADES............................................. 4
3 NORMAS A SEREM UTILIZADAS.................................................................................................... 5
4 DICAS PARA A QUALIDADE DO DESENHO................................................................................ 5
5 APRESENTAÇÃO DAS TÉCNICAS FUNDAMENTAIS................................................................ 6
6 INSTRUMENTOS PARA DESENHO............................................................................................... 13
7 TÉCNICAS DE GRAFICAÇÃO.......................................................................................................... 18
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 22

TÓPICO 2 – ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO.......................... 23


1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 23
2 CALIGRAFIA......................................................................................................................................... 23
3 LINHAS................................................................................................................................................... 29
4 PADRÕES DE FOLHAS, MARGENS E LEGENDA....................................................................... 33
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 38

TÓPICO 3 – USO DE COTAS E ESCALAS......................................................................................... 39


1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 39
2 COTAS E COTAGEM........................................................................................................................... 39
3 TIPOS DE COTAGEM.......................................................................................................................... 43
4 ESCALAS................................................................................................................................................. 49
5 ESCALA NUMÉRICA........................................................................................................................... 51
6 ESCALA GRÁFICA............................................................................................................................... 53
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 54
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 57

UNIDADE 2 – NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO........................................................ 59

TÓPICO 1 – ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO..................................................... 61


1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 61
2 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO......................................................................... 61
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 68

TÓPICO 2 – PERSPECTIVAS: DEFINIÇÃO, TIPOS E ORIENTAÇÕES


PARA MONTAGEM......................................................................................................... 69
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 69
2 PERSPECTIVA CÔNICA..................................................................................................................... 69
3 PERSPECTIVAS AXONOMÉTRICAS.............................................................................................. 75
4 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA............................................................................................................ 75
5 PERSPECTIVA CAVALEIRA............................................................................................................... 80
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 85

VII
TÓPICO 3 – PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS APLICADAS AO DESENHO TÉCNICO........... 87
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 87
2 PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS......................................................................................................... 87
3 REBATIMENTOS DOS PLANOS DE PROJEÇÃO...................................................................... 100
RESUMO DO TÓPICO 3...................................................................................................................... 104

TÓPICO 4 – DESENHO A MÃO LIVRE: DEFINIÇÃO E TÉCNICAS DE TRAÇADOS......... 105


1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 105
2 TÉCNICAS PARA O DESENHO A MÃO LIVRE......................................................................... 105
3 ESBOÇO DE VISTAS ORTOGRÁFICAS PRINCIPAIS.............................................................. 106
4 ESBOÇO DE PERSPECTIVA ISOMÉTRICA................................................................................. 107
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................. 108
RESUMO DO TÓPICO 4...................................................................................................................... 115

UNIDADE 3 – AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO............................................ 117

TÓPICO 1 –ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO.................................................... 119


1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 119
2 DESENHO DE VISTAS...................................................................................................................... 119
3 DESENHO DE CORTES..................................................................................................................... 122
RESUMO DO TÓPICO 1...................................................................................................................... 138

TÓPICO 2 – DESENHO DE EDIFICAÇÕES: PLANTA BAIXA E CORTE................................. 139


1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 139
2 PLANTAS BAIXAS.............................................................................................................................. 139
3 CORTES................................................................................................................................................. 151
RESUMO DO TÓPICO 2...................................................................................................................... 160

TÓPICO 3 – DESENHO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS PREDIAIS: ELEMENTOS,


SIMBOLOGIAS E ESQUEMAS................................................................................... 161
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 161
2 ELEMENTOS ELÉTRICOS................................................................................................................ 161
3 SIMBOLOGIAS................................................................................................................................... 165
4 CARGAS DOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO................................................................................. 172
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................. 175
RESUMO DO TÓPICO 3...................................................................................................................... 183

REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 185

VIII
UNIDADE 1

INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:

• proporcionar ao aluno atividades práticas, nas quais ele possa treinar a


utilização dos diversos instrumentos de desenho técnico;

• desenvolver habilidades para a representação das letras, símbolos e


demais elementos de desenho técnico;

• fornecer informações básicas acerca do sistema de cotagem e do uso de


escalas.

PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.

TÓPICO 1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E TÉCNICAS


FUNDAMENTAIS

TÓPICO 2 – ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO

TÓPICO 3 – USO DE COTAS E ESCALAS

1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1

EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E


TÉCNICAS FUNDAMENTAIS

1 INTRODUÇÃO
Para Bornancini et al. (1987, apud PIRES, BERNARDES, 2017, p. 388) “o
desenho técnico é uma linguagem gráfica universal padronizada por procedimentos
de representação para facilitar a comunicação entre os produtores, engenheiros,
empreiteiros e demais profissionais envolvidos na execução de um projeto”.

O desenho técnico é uma forma de expressão, que tem por objetivo a


representação de objetos (GISLON, 2016). De acordo com a autora, cada área –
arquitetura e engenharias –, tem o seu próprio desenho técnico, com simbologias
e características de acordo com as normas e os objetos que lhes cabem representar.
Nas engenharias, o desenho técnico trabalha com escalas e conceitos de geometria
e matemática, objetivando simular, nos desenhos, um produto final, antes mesmo
de ele ser fabricado. Do ponto de vista da formação profissional, o desenho
técnico é parte imprescindível na formação de engenheiros, pois a linguagem
gráfica permite que ideias sejam concebidas, e executadas, seguindo padrões de
qualidade e, com isto, o desenho técnico passa a ser adotado como ferramenta
essencial de planejamento (GISLON, 2016).

O ato de desenhar desenvolve no profissional, com o auxílio de esquadros,


compassos, escalímetros, a capacidade de leitura precisa de objetos e do espaço,
com base em suas reais medidas e proporções, bem como a habilidade de
representação bidimensional (em uma folha de papel) destes elementos. É um
ato fundamental para as áreas que trabalham com o conceito de projeto, isto é,
com a habilidade de pensar uma forma, um objeto, um espaço, antes mesmo de
executá-lo. O projeto é essencial para garantir a qualidade do resultado esperado,
visto que o profissional se preocupa, com antecedência, com todas as variáveis
que envolvem uma problemática dada para, a partir delas, selecionar a melhor
solução àquele objeto, produto, obra.

Tendo estas considerações em mente, é importante que você, acadêmico,


perceba-se como um profissional responsável por este “planejamento com
antecedência”: o ato de projetar e de, com isso, dominar com precisão os aspectos
de dimensionamento e de especificações técnicas, garante o resultado de qualidade
para a futura execução de um projeto. Imagine, acadêmico, utilizar-se de desenho
mal elaborados, de difícil compreensão, para comunicar as suas ideias. Impossível!
A elaboração de desenhos técnicos de qualidade é fundamental para garantir que
as informações sejam transmitidas, da melhor forma, aos que forem executar a sua

3
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

proposta. A qualidade dos desenhos é garantida pela atenção às normas técnicas


que regem o desenho, e que possibilitarão a utilização de uma linguagem universal,
compreendida por todos os profissionais. Também é garantida pela atenção à correta
utilização de grafias, espessuras de linhas, escalas e simbologias, que darão ao
desenho um aspecto de clareza e limpeza do traço, necessários ao seu entendimento.

Para finalizar, é importante que você, acadêmico, tendo em mente


estas reflexões ao elaborar seus desenhos, prime por desenhos de qualidade,
que transmitam as suas ideias de forma clara e objetiva, observando para que
as informações estejam bem organizadas, e graficadas com esmero. É durante
o processo de projeto, e através da graficação dos projetos propriamente dita,
que o profissional se apropria de suas ideias e as materializa, expressando suas
intenções e objetivos para com a forma final e, somente então, ocupa-se da
execução da obra. Portanto, esteja atento para a qualidade de seus desenhos, para
garantir projetos de qualidade!

2 INFORMAÇÕES GERAIS E MATERIAL PARA AS ATIVIDADES


Caro acadêmico! Você deverá ter, ao longo da disciplina, um caderno,
preferencialmente sem linhas, para compilar as suas anotações e estudos.
Também é importante que você tenha um bloco de papel sulfite A4, para
realizar as atividades propostas neste livro de estudos. Lembre-se de manter o
bloco organizado, registrando as atividades uma após a outra e ter o cuidado
com a limpeza do material e a qualidade dos desenhos. Ao final do semestre,
exercitando as atividades no mesmo bloco, você poderá perceber a evolução que
lhe foi possível, pela simples prática de treinar suas habilidades! Tenha em mente
que a prática é muito importante para o seu progresso no curso! Para realizar as
atividades, programe-se, já de início, para ter os seguintes materiais:

Tipos de papel:
• 20 folhas de papel manteiga A4 (41g/m2);
• 1 bloco de papel sulfite A3 (20 folhas – 150g/m2);
• 1 bloco de papel sulfite A4 (20 folhas – 150g/m2);

Materiais para traçado:


• 4 lapiseiras Faber Castell (0.3, 0.5, 0.7 e 0.9);
• 4 canetas nanking UniPin (0.05, 0.2, 0.5 e 0.8)*;

Instrumentos:
• 1 régua paralela ou “T”;
• 1 escalímetro;
• 2 esquadros Trident 45° e 60°;
• 1 compasso de 15cm;
• 1 borracha em caneta (com refil);
• 1 borracha comum verde;
• 1 rolo de fita adesiva (crepe ou durex);

4
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E

• 1 flanela para limpeza do material (+ álcool);


• 1 verniz spray fixador Acrilex*.
* Materiais que não são obrigatórios.

Todos os materiais podem ser encontrados nas principais papelarias de


sua cidade, principalmente naquelas que trabalham com materiais para desenho.
Se houver alguma dúvida com relação aos materiais solicitados, não hesite em
entrar em contato com o professor responsável da disciplina!

3 NORMAS A SEREM UTILIZADAS


A fim de garantir a qualidade de seus desenhos, não somente agora, mas
também ao longo de sua profissão, você pode consultar as seguintes normas:

No Brasil, a ABNT é a responsável pela criação e divulgação das


normas de desenho técnico. Segundo Rossi (2006, p.1), ‘a padronização
ou normalização do desenho técnico tem como objetivo uniformizar
o desenho por meio de um conjunto de regras ou recomendações
que regulamentam a execução e a leitura de um desenho técnico,
permitindo reproduzir várias vezes um determinado procedimento
em diferentes áreas, com poucas possibilidades de erros’ (PIRES,
BERNARDES, 2017, p. 337).

• NBR 10068: Folha de Desenho: Leiaute e Dimensões.


• NBR 10126: Cotagem em Desenho Técnico.
• NBR 10582: Apresentação da Folha para Desenho Técnico.
• NBR 8402: Execução de Caracter para Escrita em Desenho Técnico.
• NBR 8403: Aplicação de Linhas em Desenhos – Tipos de Linhas – Larguras das
Linhas.

4 DICAS PARA A QUALIDADE DO DESENHO


Existem alguns cuidados que são importantes que você mantenha ao
longo do processo de elaboração de seus desenhos, para que, ao final, possa
garantir que eles estejam bem executados, com traços definidos e com um
bom acabamento. Portanto, aí vão algumas dicas, para garantir bons desenhos
(baseado em GISLON, 2016):

1. Estabelecer uma distribuição racional do material sobre a mesa de desenho,


para facilitar sua utilização (a mesa deve ficar o mais livre possível).
2. Verificar as condições do material e do papel antes do início do desenho (o
material de desenho deve estar sempre limpo).
3. Fixar a folha de papel sobre a mesa, com fita adesiva, cuidando para não
invadir as margens da folha.
4. Usar a aresta superior da régua paralela ou “T” para desenhar.
5. Usar o escalímetro apenas para marcar medidas, não traçando linhas.
6. Observar para que as pranchas sejam padronizadas, com margens e carimbo,
contendo todas as informações necessárias.
5
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

7. Realizar desenhos bem-acabados.


8. Executar desenhos limpos e sem rasuras.
9. Traçar as linhas com traços homogêneos, com espessuras diferenciadas, que
identifiquem e facilitem a compreensão dos elementos representados.
10. Desenhar os textos e cotas com caracteres claros, que não gerem dúvidas ou
dupla interpretação.
11. Cuidar da limpeza do material, do papel e da mesa, também durante a
execução do desenho, retirando partículas de borracha e apontando o grafite
longe da mesa.
12. Não apoiar objetos sobre o desenho que possam vir a sujá-lo.
13. Retirar a fita adesiva com cuidado, de dentro para fora, para não danificar a
folha.
14. Proteger a parte concluída do desenho para não sujar.
15. Limpar a mesa ao terminar o trabalho!

5 APRESENTAÇÃO DAS TÉCNICAS FUNDAMENTAIS


O desenho técnico e sua normatização são indispensáveis na formação
dos profissionais, pois, de acordo com Gislon (2016), a qualidade da linguagem
gráfica permite que as ideias sejam concebidas e executadas seguindo padrões
de qualidade, segurança e eficiência. A seguir, serão apresentadas algumas das
técnicas fundamentais de desenho, que servem de base para os materiais que
serão elaborados para comunicar seus projetos.

QUADRO 1 – TÉCNICAS FUNDAMENTAIS DE DESENHO

QUANTO ÀS MODALIDADES
Desenho não São desenhos
projetivo resultantes de
cálculos (gráficos,
diagramas,
esquemas,
fluxogramas,
organogramas).

FONTE: <https://www.researchgate.net/figure/Figura-33-
Circuitos-eletricos-equivalentes-propostos-por-1-Feliu-et-
al-2-Dawson-et_fig10_320172541>. Acesso em: 9 jun. 2018.

6
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E

Desenho projetivo São desenhos


que fornecem
a percepção
tridimensional de
um objeto (vistas
ortográficas e
perspectivas).

FONTE: <https://pt.slideshare.net/ordenaelbass/
desenho-tcnico-corte>. Acesso em: 9 jun. 2018.

QUANTO AO GRAU DE ELABORAÇÃO

Esboço São desenhos


confeccionados
no estágio inicial,
de estudos, de um
projeto.

FONTE: <http://blog.wmanske.com.br/calculo-de-
escadas/>. Acesso em: 9 jun. 2018.

Anteprojeto São desenhos


confeccionados no
estágio preliminar
de um projeto.

FONTE: <https://br.pinterest.com/
pin/237564949069745337/?lp=true>. Acesso em:
9 jun. 2018.

7
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

Projeto de execução São desenhos


confeccionados
no estágio final de
um projeto, com
todos os elementos
necessários para o
entendimento de
sua execução.

FONTE: <http://netstudios.net/escada-helicoidal-
desenho-tecnico.html>. Acesso em: 9 jun. 2018.

QUANTO AO MÉTODO

Desenho à mão São desenhos


livre confeccionados
durante o processo
criativo.

FONTE: <https://www.olsarchitects.ie/sketchbook>.
Acesso em: 9 jun. 2018.

Desenho com São desenhos


instrumentos padronizados,
feitos “em escala” e
com instrumentos
utilizados para
traçar linhas retas,
circunferências e
curvas (GISLON,
2016).

FONTE: <https://www.clasf.com.br/q/desenhos-
2d-3d/>. Acesso em: 9 jun. 2018.

FONTE: Adaptado de Gislon (2016)

8
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E

AUTOATIVIDADE

1 Indique qual a modalidade dos desenhos apresentados a seguir:

( )

FONTE: <http://eletronicos.etc.br/diagramas-eletricos-esquema-de-rede-
eletrica/>. Acesso em: 18 jan. 2019.

( )

FONTE: Ferreira e Silva (ano indefinido).

(1) Desenho não projetivo (2) Desenho projetivo

9
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

2 Indique qual o grau de elaboração dos desenhos apresentados a seguir:

( )

FONTE: <http://www.kellytrindade.com.br/construcao-em-curitiba-
anteprojeto/>. Acesso em: 9 jun. 2018.

( )

FONTE: <https://br.pinterest.com/pin/444097213236267479/>.
Acesso em: 9 jun. 2018.

( )

FONTE: <http://ew7.com.br/projeto-arquitetonico-com-autocad/index.php/
tutoriais-e-dicas/136-projeto-de-reforma-residencial.html>.
Acesso em: 9 jun. 2018.

(1) Esboço (2) Anteprojeto (3) Projeto de Execução

10
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E

3 Indique qual a modalidade dos desenhos apresentados a seguir:

FONTE: <https://www.archdaily.com. FONTE: <https://www.archdaily.com.


br/br/790662/apartamento-ar-rocco- br/br/876920/classicos-da-arquitetura-
arquitetos?ad_medium=gallery>. Acesso edificio-copan-oscar-niemeyer?ad_
em: 9 jun. 2018. medium=gallery>. Acesso em: 9 jun. 2018.

( ) ( )

(1) Desenho à mão livre (2) Desenho com instrumentos

4 Elabore um esboço ao lado dos objetos apresentados a seguir:

11
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

AUTOATIVIDADE FINAL:

5 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


elabore um esboço dos objetos apresentados a seguir:

12
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E

6 INSTRUMENTOS PARA DESENHO


A seguir, apresentamos uma revisão dos instrumentos que serão utilizados
nesta disciplina (baseado em Gislon, 2016):

QUADRO 2 – INSTRUMENTOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

INSTRUMENTO CARACTERÍSTICAS

Régua T Adaptada à prancheta, é utilizada para traçar


as linhas horizontais e para apoiar o esquadro
no traçado de linhas.

Régua paralela Tem a mesma função da régua T, com a


vantagem de não precisar utilizar as mãos para
mantê-la firme, pois é fixada à prancheta.

Esquadros Servem para o traçado de retas perpendiculares


às retas traçadas com a régua T ou com a régua
paralela. Se usado corretamente, o esquadro
pode economizar bastante tempo para fazer
linhas retas ou marcar ângulos.

Escalímetro É uma régua triangular contendo três faces


e seis escalas diferentes. São graduadas em
milímetros e servem para marcar as dimensões
no desenho.

Lápis ou lapiseira São práticas de serem manuseadas, e usadas


principalmente com grafites das seguintes
espessuras: 0,2mm, 0,5mm, 0,7mm, 0,9mm.
A fina espessura do grafite garante melhor
acabamento do traço do que os lápis normais.

13
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

Transferidor É um instrumento utilizado na construção e


medição de ângulos.

Borracha Recomenda-se utilizar borracha macia, para


evitar danificar a superfície do desenho.
As canetas com refil de borracha também
permitem apagar detalhes no desenho, sem
danificar o conjunto.

Caneta nanquim São utilizadas para o traçado de desenhos, e


possuem espessuras que são numeradas de
acordo com o traço que são capazes de produzir.
As mais indicadas são 0.05, 0.2, 0.5 e 0.8.

Compasso É um instrumento que realiza o traçado de


arcos e circunferências. Os compassos comuns
possuem uma ponta seca em forma de agulha,
que determina um ponto fixo no papel e outra
ponta dotada de um grafite para traçar a
circunferência.

FONTE: Adaptado de Gislon (2016)

14
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E

AUTOATIVIDADE

1 Pratique o uso do esquadro, traçando, em um papel à parte:

a) 10 linhas horizontais de 15cm de comprimento, com espaçamento de 0,5cm


entrelinhas.
b) 40 linhas verticais de 5cm de altura, com espaçamento de 0,5cm entrelinhas.
c) 5 linhas de 5cm, inclinadas a 30°.
d) 5 linhas de 5cm, inclinadas a 45°.
e) 5 linhas de 5cm, inclinadas a 60°.

2 Demarque, no transferidor, os seguintes ângulos: 35°, 67°, 95° e 120°.

3 Identifique, no transferidor, a quais ângulos correspondem os segmentos


AÔB, AÔC, AÔD e AÔE:

AÔB ............... AÔC ............... AÔD ............... AÔE ...............

15
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

4 Utilizando o transferidor, meça os seguintes ângulos, e preencha as lacunas,


indicando cada um deles:

FONTE: <https://brainly.com.br/tarefa/3414074>. Acesso em: 9 jun. 2018.

a) .....................
b) .....................
c) .....................
d) .....................

5 Utilizando o transferidor, determine a medida do complemento dos ângulos


cujas medidas estão referenciadas a seguir. Observe que o complemento do
ângulo é a medida que completa este ângulo, até chegar a 180°.

a) 30° ...............
b) 50° ...............
c) 15° ...............
d) 67° ...............
e) 43° ...............

6 Com um compasso, desenhe 2 círculos de 5cm de diâmetro e, dentro de cada


um dos círculos, represente, com um compasso, 2 círculos de diâmetros 1 e
3cm, e 4 círculos de diâmetro 1, 2, 3 e 4cm, respectivamente:

16
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E

7 Com a utilização de um transferidor de ângulos e de um compasso,


transcreva, em uma folha em branco, as formas a seguir, considerando que
cada círculo possui 4cm de diâmetro:

60° 90° 108°

90° 72°
120°

135° 150°

30°
45°

FONTE: <https://de.wikipedia.org/wiki/Datei:Regular_polygon_4_annotated.svg>.
Acesso em: 9 jun. 2018

8 Em uma folha em branco, transcreva as formas a seguir, considerando as


medidas e os ângulos indicados. Para esta atividade, utilize esquadros,
escalímetro e compasso:

17
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

AUTOATIVIDADE FINAL:

9 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


transcreva a forma a seguir para a escala 1:7,5, utilizando escalímetro,
transferidor de ângulos e compasso:

FONTE: <https://www.slideshare.net/jooyounghwan/cad-practice-drawings-16-75872740>.
Acesso em: 9 jun. 2018.

7 TÉCNICAS DE GRAFICAÇÃO
A habilidade nos instrumentos contribui para a rapidez e precisão do
desenho (GISLON, 2016). Algumas técnicas que contribuem para realizar um
bom desenho são (MONTENEGRO, 1997 apud GISLON, 2016):

Uso do lápis: o lápis deve ser segurado entre o dedo polegar e o indicador
a aproximadamente cinco centímetros da ponta, de maneira que a mão fique
apoiada e a ponta do lápis fique bem visível. Deve-se sempre puxar o lápis e
nunca empurrar.

Traço de linhas: ponha o lápis encostado no esquadro ou na régua, com


pequena inclinação no sentido do movimento. Assim o domínio do traço será maior.

Uso de esquadros: no desenho com esquadros é importante manter o lápis


na vertical, levemente inclinado sobre o esquadro. Esta técnica é importante para
que não se suje o esquadro ou a régua e, por consequência, a folha. Para traçar
qualquer linha com o esquadro, use os dois instrumentos juntos: um é fixo e o outro
se desloca sobre o primeiro, podendo utilizar a régua paralela e um dos esquadros.

Uso do compasso: no desenho com compasso, recomenda-se uma ponta


em formato de cunha para obter linhas mais nítidas sem excesso de pressão, uma
vez que a ponta se gasta facilmente, e deve ser refeita com frequência.
18
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E

Uso do transferidor: quando quiser construir um ângulo, trace


primeiramente uma reta e marque nela um ponto de referência para o vértice do
ângulo. Coloque o transferidor de tal modo que a linha de fé (base do transferidor)
coincida com a reta, e o índex (volta do transferidor) com o vértice. A partir de
0º, marque com um ponto a abertura do ângulo desejado. Em seguida, retire o
transferidor e complete a construção do ângulo.

DICAS

Como base para a elaboração de seus desenhos, é importante que você


trabalhe na mesa própria para desenho (disponível em nosso polo, para suas atividades
presenciais), com régua paralela fixa à prancheta. A régua servirá de apoio para traçar
linhas verticais ou com determinadas inclinações, utilizando os esquadros e demais
instrumentos de desenho.

19
AUTOATIVIDADE

1 Exercite a utilização dos instrumentos de desenho (régua paralela,


escalímetro, esquadros e lapiseiras), transcrevendo, nos espaços tracejados,
os 4 quadrados apresentados, com espaçamento entrelinhas de 2mm,
conforme o modelo a seguir:

2 Transcreva, nos espaços tracejados, os 4 quadrados apresentados, com


espaçamento entrelinhas de 2mm, considerando as dimensões apresentadas,
e conforme o modelo a seguir:

3 Transcreva, nos espaços tracejados, os 4 quadrados apresentados, com


espaçamento entrelinhas de 2mm, conforme o modelo a seguir:

20
4 Transcreva, nos espaços tracejados, os 3 quadrados apresentados, com
espaçamento entrelinhas de 1mm, considerando os ângulos de 30°, 45° e 60° para
confecção das linhas circunscritas nos quadrados, conforme o modelo a seguir:

AUTOATIVIDADE FINAL:

5 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


exercite a utilização dos instrumentos de desenho (régua paralela,
escalímetro, esquadros e lapiseiras), transcrevendo os quadrados propostos
no exemplo a seguir. Considere as dimensões de cada quadrado de 4x4cm, e
um espaçamento entrelinhas de 2mm:

FONTE: Prudente (2018)

21
RESUMO DO TÓPICO 1
Caro acadêmico! Neste momento, chegamos ao final do Tópico 1, da
Unidade 1. Esperamos que você tenha aprendido que:

• O desenho técnico é parte imprescindível na formação de engenheiros, pois


entende-se que a linguagem gráfica permite que ideias sejam concebidas, e
executadas, seguindo padrões de qualidade.

• O ato de projetar é um fazer essencial para garantir a qualidade do produto


final, visto que o profissional se preocupa, com antecedência, com todas as
variáveis que envolvem uma determinada situação.

• A qualidade dos desenhos é garantida pela atenção às normas técnicas que


regem o desenho, e que possibilitarão a utilização de uma linguagem universal,
compreendida por todos os profissionais, bem como pela atenção à correta
utilização de grafias, espessuras de linhas, escalas e simbologias, que darão
ao desenho um aspecto de clareza e limpeza do traço, necessários ao bom
entendimento das ideias propostas.

• As técnicas fundamentais de desenho envolvem o desenho projetivo e não


projetivo, os desenhos de esboço, anteprojeto e projeto final, e os desenhos à
mão livre ou com instrumentos.

• Os principais instrumentos utilizados na graficação de desenhos técnicos são:


régua T, régua paralela, esquadros, escalímetro, lápis ou lapiseira, transferidor,
borracha e compasso.

• O lápis deve ser segurado entre o dedo polegar e o indicador a aproximadamente


cinco centímetros da ponta.

• No desenho com esquadros é importante manter o lápis na vertical, levemente


inclinado sobre o esquadro, para que o domínio do traço seja maior.

22
UNIDADE 1
TÓPICO 2

ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO

1 INTRODUÇÃO
Em desenho técnico, não é possível utilizarmos letras e números tal
como escrevemos, pois a representação possui normas técnicas específicas, que
garantem a universalidade na forma de linguagem. A norma utilizada em desenhos
técnicos, e documentos semelhantes, é a NBR 8402: Execução de Caracter para
Escrita em Desenho Técnico (ABNT, 1994). De acordo com Gislon (2016), orientação
inicial para a execução da caligrafia técnica é que as letras sejam padronizadas de
maneira que, dentro de um conjunto final de pranchas, elas apresentem a mesma
forma escrita. A seguir, serão resumidos os princípios relativos à confecção de
letras e símbolos.

2 CALIGRAFIA
De acordo com Gislon (2016), a caligrafia técnica é aplicada aos textos
das especificações técnicas, ao preenchimento da legenda e à cotagem. As letras
precisam ser feitas com traçados firmes, uniformes e legíveis. Para executá-las,
devem-se efetuar linhas-guia horizontais, finas e fracas, e escrever, dentro delas,
as palavras. Estas linhas auxiliarão na confecção de letras uniformes. As exigências
gerais da caligrafia aplicada ao desenho técnico, buscando a uniformidade e a
legibilidade das letras, são (baseado em GISLON, 2016):

QUADRO 3 – CALIGRAFIA TÉCNICA


PRINCÍPIO CARACTERÍSTICAS REPRESENTAÇÃO
Uniformidade Altura mínima das letras de 3 mm
Altura máxima das letras de 5 mm
Espaço entrelinhas mínimo de 2 mm
Legibilidade Letras (maiúsculas ou minúsculas) não
inclinadas
Não utilização de serifas*

FONTE: Adaptado de Gislon (2016)

23
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

* De acordo com Gislon (2016), a ausência da serifa confere legibilidade e simplificação


na grafia, e busca evitar os riscos de dupla interpretação das informações, sendo bastante
apropriada para informações de caráter técnico.

A fim de garantir a qualidade no resultado final, recomenda-se que as


letras sejam executadas depois que o desenho for concluído, como finalização
do trabalho. É importante destacar que as letras para o desenho técnico possuem
traços simples. As principais características para a boa graficação das fontes são:

• Altura constante.
• Traços com verticalidade ou inclinação uniformes.
• Espessura uniforme dos traçados.
• Observar o espaçamento mais adequado entre os caracteres e entre as palavras.

DICAS

A seguir, apresentaremos algumas dicas para a caligrafia técnica que irão ajudá-
lo na confecção de textos para os seus desenhos (DENCKER, 2009 apud GISLON, 2016):

• Escolha a altura das letras maiúsculas e divida em três partes iguais. Utilize 1/3 para
baixo para a altura das minúsculas.
• As letras minúsculas com perna ou haste, ocupam 1/3 para cima ou para baixo.
• Os algarismos devem ter a mesma altura das letras maiúsculas.
• Evite letras que possam aparecer mais que os desenhos.

24
TÓPICO 2 | ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO

AUTOATIVIDADE

1 Execute as letras e os números a seguir, segundo as direções e as pautas


indicadas.

4 4 3 3
2 1
1 2 1 3 1 1 2 1 2 1
5 1 1
3 3 2 3 3
3
2 2 2 2
4 2 3 3
1 1 2 1 1 3 1 3 2 2 1 2 1
3 1 2
1
2 2 4
2 3

1 3 1 1 2 1
2 1 2 1 2 1 4 1 2 2
23
3 3
2
3

1 1 3 1 1 1
2 1 1 4 1 1 2
2 1 2 2 2
2
2 2 3 4
3
2 3 3 3

FONTE: <https://docslide.net/documents/caligrafia-tecnica-55b3452984b71.html>.
Acesso em: 10 jun. 2018.

25
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

2 Execute as letras e os números a seguir, segundo as direções e as pautas


indicadas. Utilize a linha pontilhada para a altura das letras minúsculas.

2
3 2 2 3 2
31 1 1 3 1 1 1 31 1
2 2 2
1 2 2
3
4

1 1 2 1 1 1 2 1 3 1 31
3 2 3 2 1 2 2 2

2
13 1
1 1 21 2 1 2 3 4 1 2 1 2 2
2
3

FONTE: <https://docslide.net/documents/caligrafia-tecnica-55b3452984b71.html>.
Acesso em: 10 jun. 2018.

3 Execute as letras e os números a seguir, segundo as direções e as pautas indicadas.

26
TÓPICO 2 | ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO

4 Execute as letras e os números a seguir, segundo as direções e as pautas


indicadas. Utilize a linha pontilhada para a altura das letras minúsculas.

5 Execute as letras e os números a seguir, segundo as direções e as pautas


indicadas. Utilize a linha pontilhada para a altura das letras minúsculas.

6 Transcreva o texto a seguir, em letras de caixa alta, considerando as direções


e as pautas indicadas: “Em caligrafia, a norma técnica regente é a NBR 8402
(ABNT, 1994). Esta norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada
em desenhos técnicos e documentos semelhantes, e deve ser observada
atentamente antes de sua execução [...]. A orientação inicial para a execução
da caligrafia é que as letras no desenho técnico sejam padronizadas de
maneira que, dentro de um conjunto final de pranchas, elas apresentem
a mesma forma escrita [...]. Elas precisam ser feitas com traçados firmes,
uniformes e legíveis (GISLON, 2016)”.

27
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

AUTOATIVIDADE FINAL:

7 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


execute as letras e os números a seguir, segundo as direções e as pautas
indicadas. Considere que as linhas têm um comprimento de 24cm e as letras
maiúsculas têm altura de 1cm. Trace as linhas antes de desenhar as letras.
Esboce as letras em uma folha de rascunho, antes de trabalhar na folha
definitiva, a fim de garantir que elas terão espaçamento uniforme.

28
TÓPICO 2 | ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO

3 LINHAS
A padronização das linhas empregadas no desenho técnico é fundamental
para a interpretação universal do desenho. Para cada elemento do desenho,
devem ser utilizados tipos de linha específicos, garantindo que as informações
estejam legíveis para quem interpreta o desenho. Com relação à espessura das
linhas a serem utilizadas, costumam-se seguir os seguintes princípios (baseado
em GISLON, 2016):

QUADRO 4 – PADRONIZAÇÃO DAS LINHAS EM DESENHO TÉCNICO


TIPO DE REPRESEN-
CARACTERÍSTICAS
LINHA TAÇÃO
Linhas principais. Linhas para arestas e contornos
Linhas
visíveis. Linhas dos elementos que estão sendo cortados
contínuas largas
(grafite 0.9).
Linhas dos elementos que estão em vista. Linhas de cota.
Linhas
Linhas de chamada ou de extensão. Linhas auxiliares.
contínuas
Também são utilizadas nas linhas de construção do desenho
estreitas
(cotas, guias para letras e números etc.) (grafite 0.3).

Linhas para arestas e contornos não visíveis. Linhas


Linhas
para os elementos que estão situados acima do plano do
tracejadas
desenho (grafite 0.5).

Linhas traço-
Linhas de centro e eixos de simetria (grafite 0.3).
ponto finas

Linhas traço-
Linhas de corte e de seções (grafite 0.5).
ponto grossas

29
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

Linhas de
Linhas para rupturas longas (grafite 0.5).
ruptura grossas

Linhas de
Linhas para hachuras (grafite 0.3).
hachuras

Linhas de Linhas para pequenas rupturas e cortes parciais (grafite


ruptura finas 0.3).

FONTE: <https://pt.slideshare.net/AgnaldoJardelTrennep/desenho-tcnico-mecnico-74465905>.
Acesso em: 10 jun. 2018.

O resumo apresentado acima descreve as principais informações relativas


aos tipos de linha utilizados em desenho técnico. Se você, acadêmico, quiser
obter maiores informações acerca destas linhas, sugerimos consultar a NBR 8403:
Aplicação de Linhas em Desenhos (ABNT, 1984).

A seguir, apresentaremos algumas dicas para a padronização das linhas


nos desenho técnico (adaptado de Gislon, 2016):

DICAS

A espessura da linha deve ser proporcional ao tamanho do desenho.

• Todas as linhas devem começar e terminar de forma definida.


• As linhas contínuas devem ser traçadas num só sentido.
• O encontro de duas linhas deve sempre tocar os seus extremos (linhas que não se
encontram em cantos dão a falsa impressão de serem arredondados).
• Não se deve voltar o lápis sobre a linha traçada, a fim de não acarretar variação na
espessura, para garantir a limpeza do traço.

É importante traçar as linhas principais com lapiseira 0,3 mm e, somente depois, coloque
as espessuras requisitadas, a fim de garantir a qualidade do desenho, e a precisão do traço
(DENCKER, 2009).

30
TÓPICO 2 | ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO

AUTOATIVIDADE

1 Nos espaços a seguir, desenhe 4 quadrados de 2x2 cm, com as seguintes


espessuras de grafite: 0,3 mm; 0,5 mm; 0,7 mm e 0,9 mm. Lembre-se da
ordem do desenho: comece traçando as linhas principais com lapiseira 0,3
mm e somente depois coloque as espessuras requisitadas.

2 Em uma folha em branco, treine os tipos de linha estudados (linha forte,


média, fina, tracejada, traço-ponto), considerando 3 espessuras de grafite
(0.3, 0.5, 0.7 e 0.9), de acordo com o modelo a seguir:

3 Descreva a finalidade de cada tipo de linha a seguir:

4 Sobre a qualidade da linha, assinale verdadeiro (V) ou falso (F):

( ) Todas as linhas devem começar e terminar de forma definida.


( ) As linhas contínuas devem ser traçadas num só sentido.
( ) O encontro de duas linhas nunca deve tocar os seus extremos, as linhas
devem ficar espaçadas umas das outras nos cantos.
( ) É recomendável voltar o lápis sobre a linha traçada quantas vezes forem
necessárias, para garantir a limpeza do traço.
( ) É importante traçar as linhas principais com lapiseira 0,3 mm e, somente
depois, colocar as espessuras requisitadas, a fim de garantir a qualidade do
desenho, e a precisão do traço.

31
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

5 Complete as frases indicando o tipo de linha à que se referem:

a) As linhas ..................................... são utilizadas nas linhas principais, nas linhas


de contorno do desenho, e nas linhas dos elementos que estão sendo cortados.
b) As linhas ..................................... são utilizadas nas linhas dos elementos em vista.
c) As linhas ..................................... são utilizadas para representar todos os
elementos que estão situados acima do plano do desenho, e devem ter
traços com o mesmo comprimento, igualmente espaçados.
d) As linhas ..................................... são utilizadas nas linhas de corte e de seções.
e) As linhas ..................................... são utilizadas para demarcar as linhas de
centro e eixos de simetria.

6 Correlacione a representação dos tipos de linhas abaixo, com a sua


respectiva denominação:

( ) ( ) ( ) ( ) ( )

a) Linhas contínuas largas.


b) Linhas contínuas estreitas.
c) Linhas tracejadas.
d) Linhas traço-ponto grossas.
e) Linhas de ruptura grossas.

FONTE: <https://pt.slideshare.net/AgnaldoJardelTrennep/desenho-tcnico-mecnico-74465905>.
Acesso em: 9 jun. 2018.

7 Escreva os nomes dos tipos de linha empregadas no desenho técnico abaixo,


ao lado das letras A, B e C:

A ........................................ B ........................................ C ........................................

32
TÓPICO 2 | ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO

AUTOATIVIDADE FINAL:

8 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


desenhe a peça abaixo, na escala 1:5, considerando diferentes espessuras
de linha para o contorno da peça, as cotas e os eixos de simetria.

4 PADRÕES DE FOLHAS, MARGENS E LEGENDA


As folhas em branco, utilizadas em desenhos técnicos, possuem dimensões
padronizadas. A série “A”, de padronização do papel, é a mais utilizada para os
desenhos técnicos de Engenharia e áreas afins (A0, A1, A2, A3 e A4). As folhas
podem ser utilizadas tanto na vertical quanto na horizontal. De acordo com a NBR
10068: Folha de Desenho - Leiaute e Dimensões, os formatos padrão disponíveis
são (ABNT, 1987):

QUADRO 5 – PADRONIZAÇÃO DAS FOLHAS EM DESENHO TÉCNICO


FORMATO TAMANHO (em milímetros)
A0 841 x 1189
A1 594 x 841
A2 420 x 594
A3 297 x 420
A4 210 x 297

FONTE: Adaptado de Gislon (2016)

33
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

Cada um destes formatos deverá possuir margens, que delimitam o espaço


para os desenhos, dentro da prancha. A margem esquerda é sempre maior que
as demais, pois é nesta margem que as folhas são furadas para fixação nas pastas
ou arquivos. Na tabela a seguir são apresentadas as dimensões das margens para
cada tamanho de folha de desenho da série “A”. De acordo com a NBR 10068:
Folha de Desenho – Leiaute e Dimensões, as margens e suas linhas devem ter as
seguintes dimensões (ABNT, 1987):

QUADRO 6 – FOLHA DE DESENHO – LEIAUTE E DIMENSÕES


Margem esquerda Demais margens (em
FORMATO Largura da linha
(em milímetros) milímetros)
A0 25 10 1,4
A1 25 10 1,0
A2 25 7 0,7
A3 25 7 0,5
A4 25 7 0,5

FONTE: Adaptado de Gislon (2016)

De acordo com Gislon (2016), em todas as pranchas confeccionadas para


um projeto, o formato final delas deve receber dobragem, até resultar no tamanho
final em A4 (210 mm x 297 mm), a fim de permitir o fácil armazenamento
e transporte do material. É importante observar que no formato final, em A4,
deve-se sempre deixar visível a legenda, para fácil identificação das informações
contidas na prancha. A norma a ser consultada, para obter-se as dimensões da
dobragem das pranchas é a NBR 13142: Desenho Técnico – Dobramento de Cópia
(ABNT, 1999).

Em cada prancha, organiza-se um espaço para desenho, um espaço para


texto, e um espaço para a legenda. É importante que cada um destes elementos
respeite determinados princípios, a fim de garantir a legibilidade das informações
em conjunto (baseado em GISLON, 2016):

Espaço para desenho:

• Os desenhos são dispostos na ordem horizontal ou vertical.


• Devem ser executados levando em consideração o dobramento final das cópias
em formato A4.

Espaço para texto:

• Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo da prancha


são colocadas no espaço para texto.
• O espaço para texto é colocado sobre a legenda.
• A largura do espaço de texto é igual à da legenda ou no mínimo 100 mm.

34
TÓPICO 2 | ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO

• As seguintes informações devem constar no espaço para texto: identificação


dos símbolos empregados no desenho; informações necessárias à execução do
desenho; referência a outros desenhos ou documentos; histórico da elaboração
do desenho com identificação/assinatura do responsável.

Espaço para legenda:

• Na legenda o projetista assina seu projeto, e marca as possíveis revisões feitas.


• A posição da legenda deve estar dentro do espaço para o desenho, no
canto inferior direito, tanto nas folhas posicionadas horizontalmente, como
verticalmente.
• O comprimento da legenda deve ser de 178 mm (nos formatos A4, A3, A2), e
175 mm (nos formatos A1 e A0).
• Em folhas grandes, quando se dobra o desenho, a legenda sempre deve estar
visível, para facilitar a procura em arquivo sem necessidade de desdobrá-lo.
• A legenda deve conter a identificação completa do desenho, que compreende:
◦ Nome do profissional responsável pelo projeto.
◦ Número de registro, nome do cliente ou empresa para o qual o projeto será
realizado.
◦ Título e escala do desenho.
◦ Data e número da prancha.
• O modelo de legenda a ser considerado é:

QUADRO 7 – MODELO DE LEGENDA

FONTE: Ferreira, Faleiro e Souza (2008)

35
AUTOATIVIDADE

1 Complete a tabela a seguir, apresentando as dimensões padrão das pranchas


de cada formato da série “A”:

FORMATO TAMANHO (em milímetros)


A0
A1
A2
A3
A4

2 Complete a tabela abaixo, apresentando as dimensões padrão das pranchas


de cada formato da série “A”:

Margem esquerda Demais margens


FORMATO Largura da linha
(em milímetros) (em milímetros)
25 1,4
A1 10 1,0
25 7
A3 7 0,5
25 7

3 Analise as informações a seguir, e assinale verdadeiro (V) ou falso (F):

a) ( ) A margem esquerda é sempre menor que as demais.


b) ( ) A posição da legenda deve estar fora do espaço para o desenho.
c) ( ) O comprimento da legenda deve ser de 178 mm nos formatos A4, A3, A2.
d) ( ) O comprimento da legenda deve ser de 175 mm nos formatos A1 e A0.
e) ( ) Em folhas grandes, quando se dobra o desenho, a legenda sempre deve estar
visível, para facilitar a procura em arquivo sem necessidade de desdobrá-lo.

4 Analise as informações a seguir, e assinale verdadeiro (V) ou falso (F):

a) ( ) A NBR 13142 é a norma brasileira que apresenta as especificações para


dobramento das pranchas.
b) ( ) Em todas as pranchas confeccionadas para um projeto, o formato final das
pranchas deve receber dobragem.
c) ( ) O dobramento deve resultar no tamanho final em A2 (420mm x 594mm).
d) ( ) Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo da prancha
são colocadas no espaço para texto.
e) ( ) A largura do espaço de texto é igual à da legenda ou no mínimo 100 mm.

36
5 Desenhe, em uma folha de papel sulfite, a legenda a seguir, completando os
espaços com as seguintes informações:

• Engenharia Projetos LTDA.


• Projeto: residência unifamiliar
• Desenho: planta baixa
• Propriedade: Distrito Federal / Brasília
• Proprietário: Oscar Niemeyer
• Data: 10/06/1949
• Escala: 1:100
• Unidade: metro
• Área: 430m2
• Prancha Única
• Projetista: Eng. Joaquim
Maria Moreira Cardozo

AUTOATIVIDADE FINAL:

6 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), desenhe
as margens (esquerda, direita, superior e inferior) e a legenda abaixo. Atente
para as dimensões de margem e linha recomendadas, e preencha os campos
da legenda com caligrafia técnica, conforme o exemplo proposto a seguir:

FONTE: Ferreira, Faleiro e Souza (2008)

37
RESUMO DO TÓPICO 2
Caro acadêmico! Neste momento, chegamos ao final do Tópico 2, da
Unidade 1, esperamos que você tenha aprendido que:

• As letras precisam ser feitas com traçados firmes, uniformes e legíveis. Para
executá-las, devem-se efetuar linhas-guia horizontais, finas e fracas, e escrever,
dentro delas, as palavras. As linhas auxiliam na confecção de letras uniformes.

• As letras devem ter altura, inclinação, espessura do traçado e espaçamento


(entre os caracteres) todos legíveis e uniformes.

• Para cada elemento do desenho, devem ser utilizados tipos de linha específicos,
garantindo que as informações estejam legíveis para quem interpreta o desenho
(linhas fortes, finas, tracejadas, traço-ponto grossas, traço-ponto finas, linhas
de hachuras, linhas de ruptura grossas e linhas de ruptura finas).

• As linhas contínuas devem ser traçadas num só sentido.

• O encontro de duas linhas deve sempre tocar os seus extremos (linhas que não
se encontram em cantos dão a falsa impressão de serem arredondados).

• Não se deve voltar o lápis sobre a linha traçada, a fim de não acarretar variação
na espessura.

• Sugere-se traçar as linhas principais com lapiseira 0,3 mm e, somente depois,


colocar as espessuras requisitadas, a fim de garantir a qualidade do desenho
como um todo, e a precisão do traço final.

• A série “A”, de padronização do papel, é a mais utilizada para os desenhos


técnicos de Engenharia e áreas afins (A0, A1, A2, A3 e A4).

• Cada um destes formatos deverá possuir margens, que delimitam o espaço


para os desenhos, dentro da prancha. A margem esquerda é sempre maior que
as demais, pois é nesta margem que as folhas são furadas para fixação nas
pastas ou arquivos.

• O formato final das pranchas de um projeto deve receber dobragem, até resultar
no tamanho final em A4 (210 mm x 297 mm), permitindo o fácil armazenamento
e transporte do material. Nesta dobragem, a legenda deve ficar visível.

38
UNIDADE 1
TÓPICO 3

USO DE COTAS E ESCALAS

1 INTRODUÇÃO
Cotas são números colocados nos desenhos, que representam as
dimensões reais do objeto (GISLON, 2016). De acordo com a autora, normalmente,
a unidade mais utilizada na representação das cotas é o metro, mas de acordo
com o tipo e a escala do desenho, outras unidades também podem ser usadas,
desde que sejam especificadas nas pranchas do desenho, tais como centímetros
ou milímetros. A cotagem precisa estar legível, para a execução ou fabricação do
objeto representado, de acordo com os seguintes princípios (GISLON, 2016):

• As cotas devem ser colocadas preferencialmente fora do desenho, a fim de não


dificultar a leitura das informações.
• As cotas devem ser colocadas preferencialmente em linhas contínuas.
• As linhas de cota paralelas devem ser espaçadas igualmente.
• Todas as cotas necessárias ao entendimento do projeto devem ser indicadas,
conforme o modelo a seguir.

FIGURA 1 – INDICAÇÃO DE COTAS

FONTE: <http://slideplayer.com.br/slide/10229459/>. Acesso em: 10 jun. 2018.

2 COTAS E COTAGEM
As cotas são numerais que indicam as medidas do objeto representado. As
linhas de cota são linhas mais estreitas do que as do desenho, com setas, círculos
ou traço oblíquo nas terminações e, nestas linhas, ou acima delas, são colocadas
as cotas (números) (GISLON, 2016). Para realizar a cotagem de desenhos, é
necessário entender a estrutura básica dos elementos que compõem as cotas, tal
como apresentado a seguir (baseado em GISLON, 2016):
39
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

QUADRO 8 – COTAGEM DOS DESENHOS


ELEMENTO CARACTERÍSTICAS
Linhas A linha auxiliar ou linha de extensão é uma linha contínua estreita que
limita as linhas de cota. A linha auxiliar não deve tocar as linhas do desenho
e deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota.
Números Os números são colocados acima da linha de cota, sem tocá-la. Quando
a linha de cota é contínua, os números das cotas são colocados acima
delas. Se a linha for interrompida, a cota ocupa o intervalo desta
interrupção. Para a indicação de diâmetro, quadrado, sextavado ou
raio, a ABNT recomenda a utilização de símbolos, colocados antes dos
números das cotas.
Finalização da cota A finalização da cota deve ser representada através de um tick,
um círculo cheio, ou uma seta. Na representação de ticks em cotas
horizontais, os ticks deverão ser virados para a direita e em cotas
verticais para a esquerda, ambos executando com o esquadro de 45º.
Representação da cota
no desenho
LINHA DE COTA COTA FINALIZAÇÃO

3.00
LINHA DE
EXTENSÃO

FONTE: Adaptado de Gislon (2016)

DICAS

A seguir, apresentaremos algumas dicas que irão ajudá-lo na cotagem dos


desenhos (adaptado de Gislon, 2016):

Primeiro devemos fazer a cotagem dos detalhes menores e posteriormente das medidas gerais.

• Deve-se evitar a mudança de sentido da leitura da cota: cotas horizontais são escritas e
lidas da esquerda para a direita, e cotas verticais, de baixo para cima.
• Cotas inclinadas acompanham a inclinação da linha de cota.
• A cotagem de elementos repetidos e equidistantes pode ser simplificada, já que não há
necessidade de se colocar todas as cotas.
• Cotas em espaços limitados podem ser colocadas fora da linha de cota ou em uma
seta direcional.

As unidades (milímetro, centímetro, metro) não devem ser colocadas ao lado das cotas.
Esta informação deve vir na legenda. Mas fique atento! Todas as cotas de um desenho
devem ser empregadas em uma única unidade (GISLON, 2016)

40
TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS

AUTOATIVIDADE

1 Complete as frases, escrevendo as palavras faltantes sobre as linhas


indicadas:

a) As .......................... são numerais que indicam as medidas do objeto


representado.
b) Os .......................... são colocadas acima da linha de cota sem tocá-la.
c) A linha .......................... ou linha de extensão é uma linha contínua estreita
que limita as linhas de cota.
d) A linha .......................... não deve tocar as linhas do desenho e deve ser
prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota.
e) A finalização da cota deve ser representada através de um ..........................,
um .........................., ou uma ...........................

2 A partir das informações dos desenhos a seguir, apresentadas em


centímetros, complete as frases a seguir, escrevendo as palavras faltantes
sobre as linhas indicadas:

a) Escreva as cotas de comprimento .........................., altura .......................... e


largura ........................... do objeto.
b) Escreva as cotas que determinam o tamanho do rasgo no objeto:
.........................., .......................... e ...........................
c) Escreva as cotas que determinam a localização do rasgo no objeto,
considerando o objeto visto de frente: .......................... e ...........................

41
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

3 Escreva dentro dos parênteses as letras correspondentes à descrição de cada


elemento de cotagem:

( ) Linha de cota ( ) Círculo cheio ( ) Cota

AUTOATIVIDADE FINAL:

4 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


desenhe a peça a seguir. Complete o desenho, apresentando todas as escalas,
tendo como referência as escalas apresentadas no modelo. Considere que o
desenho deve ser realizado na escala 1:5.

42
TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS

3 TIPOS DE COTAGEM
Existem dois principais tipos de cotagem, a cotagem em cadeia, e a
cotagem por elementos de referência. De acordo com a NBR 10126: Cotagem
em Desenho Técnico (ABNT, 1987), em desenhos de detalhes menores e mais
precisos, as cotas podem ser colocadas em cadeia (cotagem em série), ou seja,
as cotas em uma mesma direção são referenciadas umas nas outras. Ou podem
ser colocadas tendo um único elemento de referência, conforme as ilustrações a
seguir (GISLON, 2016):

FIGURA – 2 TIPOS DE COTAGEM


CONTAGEM EM CADEIA

CONTAGEM POR ELEMENTO DE REFERÊNCIA

FONTE: Capatan (2016)

43
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

AUTOATIVIDADE

1 Escreva, na perspectiva, as cotas indicadas nas vistas ortográficas da peça:

FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

2 Escreva, nas vistas ortográficas da peça, as cotas indicadas na perspectiva:

FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

3 Analise o desenho técnico a seguir e assinale com um X a afirmação correta:

FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

a) As cotas 5, 8 e 6 definem o tamanho do furo.


b) As cotas 13, 26 e 6 indicam a localização do furo.
44
TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS

4 Escreva, nas vistas ortográficas da peça, as cotas indicadas na perspectiva:

FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

5 Escreva, nas vistas ortográficas da peça, as cotas indicadas na perspectiva:

FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

6 Escreva, nas vistas ortográficas da peça, as cotas indicadas na perspectiva:

FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

45
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

7 Escreva, na perspectiva, as cotas indicadas nas vistas ortográficas da peça:

FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

8 Escreva, na perspectiva, as cotas indicadas nas vistas ortográficas da peça:

FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

9 Indique qual o tipo de cotagem a que se refere cada objeto a seguir:

( ) ( )

46
TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS

( ) ( )

a) Cotagem em cadeia
b) Cotagem por elemento de referência

10 Faça a cotagem dos objetos abaixo, segundo os tipos de cotagem estudados


(cotagem em cadeia ou cotagem por elemento de referência). Considere
como face de referência aquelas assinaladas com a linha traço-ponto:

Cotagem em cadeia Cotagem por elemento de referência

Cotagem em cadeia Cotagem por elemento de referência

47
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

AUTOATIVIDADE FINAL:

11 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


transcreva duas vezes o sólido geométrico a seguir, na escala 1:5,
apresentando, no primeiro, a cotagem em cadeia e, no segundo, a cotagem
por elemento de referência.

48
TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS

4 ESCALAS
De acordo com Gislon (2016), para escolher se a escala da representação
será natural, de ampliação ou de redução, é necessário levar em consideração o
tamanho do objeto a representar, as dimensões do papel disponível, e a clareza e
a precisão do desenho. Desta forma, os tipos de escala a serem considerados são
(GISLON, 2016):

• Natural: quando o desenho possuir as mesmas dimensões que o objeto


real, podemos afirmar que ele está em escala natural (ou real), representada
numericamente em 1:1.
• De redução: quando o objeto a ser representado for muito grande, precisamos
reduzi-lo. Neste caso, o desenho terá dimensões menores do que as do objeto.
Este tipo de escala é muito utilizado na representação de edificações. As escalas
de redução são representadas desta forma: 1:10 (significa que cada unidade do
desenho corresponde a dez unidades reais do objeto).
• De ampliação: quando o objeto a ser representado for muito pequeno, ele
deverá ser ampliado. Neste caso, o desenho tem as dimensões maiores do que
o objeto representado (esta escala é muito utilizada para a representação de
objetos que possuem dimensões em milímetros, por exemplo). As escalas de
ampliação são representadas desta forma: 10:1 (significa que cada dez unidades
do desenho correspondem a uma unidade real do objeto).

AUTOATIVIDADE

1 Complete as frases a seguir, indicando se a descrição apresentada se refere


à escala natural, de redução ou de ampliação:

a) Na escala de ....................................., o desenho tem dimensões menores do


que as do objeto. Este tipo de escala é muito utilizado na representação de
edificações.
b) Na escala ....................................., o desenho possui as mesmas dimensões
que o objeto real.
c) Na escala de ....................................., o desenho tem as dimensões maiores do
que o objeto representado, com dimensões em milímetros, por exemplo.
d) Quando o objeto a ser representado for muito grande, precisamos utilizar a
escala de ......................................
e) Quando o objeto a ser representado for muito pequeno, devemos utilizar a
escala de ......................................

49
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

2 Complete as frases a seguir, indicando se a descrição apresentada se refere


à escala natural, de redução ou de ampliação:

a) A escala de ..................................... é representada em 10:1 (significa que cada


dez unidades do desenho correspondem a uma unidade real do objeto).
b) A escala de ..................................... é representada em 1:10 (significa que cada
unidade do desenho corresponde a dez unidades reais do objeto).
c) A escala ..................................... é representada numericamente em 1:1.

3 Informe em qual escala estão os objetos a seguir:

( ) ( ) ( )

a) Escala 1:1
b) Escala 1:2
c) Escala 2:1

4 Desenhe um quadrado de 3x3cm nas escalas 1:2, 1:1 e 2:1:

1:2 1:1 2:1

50
TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS

AUTOATIVIDADE FINAL:

5 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


desenhe o objeto a seguir em 3 escalas: 1:20, 1:10 e 1:5. Os 3 desenhos devem
estar alinhados e centralizados na prancha.

5 ESCALA NUMÉRICA
Os desenhos técnicos dificilmente são representados com as dimensões
reais do objeto. Em geral, desenha-se o objeto, reduzindo-se ou ampliando-se
todas as suas dimensões, proporcionalmente, segundo uma escala. Pode-se, por
exemplo, reduzir todas as dimensões igualmente 15 vezes, tendo, neste caso, uma
escala de 1 para 15, representada da seguinte forma: 1:15. Para esta representação,
utiliza-se a escala numérica, representada em números. O escalímetro é o
principal instrumento de medição utilizada da escala numérica. Para os desenhos
de arquitetura, por exemplo, o escalímetro possui as escalas de redução de 1:20,
1:25, 1:50. 1:75, 1:100, 1:125, todas dadas em metro (GISLON, 2016). Os tipos de
escala são assim representados:

FIGURA 3 – TIPOS DE ESCALA


Escala natural Escala de redução Escala de ampliação

1 : 1 1 : 10 10 : 1

DESENHO REAL DESENHO REAL DESENHO REAL

FONTE: Gislon (2016)

51
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

AUTOATIVIDADE

1 Utilizando a régua graduada, meça o comprimento das linhas a seguir, para


cada uma das escalas indicadas:

...................cm (esc. 1:1)


...................cm (esc. 2:1)
...................cm (esc. 1:2)
...................cm (esc. 1:10)
...................cm (esc. 1:25)

2 Complete as lacunas, com os valores correspondentes:

Dimensão do desenho Escala Dimensão da peça


1:1 42
18 1:2
5:1 6
16 2:1
10 100
12 60

3 Um objeto de 50cm está desenhado na escala 1:5. Qual a medida do objeto


no desenho, em centímetros?

a) 5cm
b) 10cm
c) 15cm
d) 25cm
e) 50cm

AUTOATIVIDADE FINAL:

4 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


converta o objeto a seguir para a escala 1:2. Observe para centralizar o
desenho na prancha.

52
TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS

6 ESCALA GRÁFICA
Ao invés de ser representada em números, a escala gráfica é representada
através de um segmento de reta e de uma unidade de medida, mantendo sempre
a mesma proporcionalidade, no desenho (GISLON, 2016). Esta gradação funciona
como uma régua, que servirá para medir o desenho. De acordo com Gislon (2016),
esta escala tem a vantagem de não se alterar quando o mapa for ampliado ou
reduzido por métodos fotográficos, digitais ou outros, pois sempre irá apresentar
a proporção verdadeira do objeto. No entanto, apesar de ser mais simples, já que
não há necessidade de conversão de unidades, esta escala é menos precisa do que
a escala numérica, principalmente em desenhos mais complexos.

FIGURA 4 – ESCALA GRÁFICA


2cm
10 0 5 0
1m 2 3 4 5
Talão

Esc. 1/50

metros
-1 0 1 2 3
FONTE: Ferreira (2016)

53
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

LEITURA COMPLEMENTAR

O DESENHO TÉCNICO

Roberto Wanner Pires


Maurício Moreira e Silva Bernardes

Monnerat (2012) afirma que o desenho técnico se fundamenta


principalmente nos princípios conceituais do desenho projetivo, que tem por
objetivo a representação de figuras do espaço, a fim de estudar sua forma, sua
dimensão e sua posição.

Toda a origem do Desenho Técnico está relacionada ao contexto da


Revolução Industrial, é embasado pelos princípios conceituais da
geometria descritiva de Gaspard Monge: uma linguagem codificada,
capaz de descrever o artefato projetado de tal forma que sua produção
poderia ser realizada por qualquer um e em qualquer indústria. O
Desenho Técnico é o meio seguro de comunicação entre o projeto e
a produção de um objeto, de um edifício ou até mesmo de um bairro
ou cidade. A principal característica do Desenho Técnico é a precisão
absoluta; pode ser utilizado com as especificidades das áreas afins
(MONNERAT, 2012, p. 22).

Monnerat ainda comenta que tudo que se entende por Desenho Técnico
é uma combinação de métodos e procedimentos necessários a comunicação e
desenvolvimento de projetos, conceitos e ideias. Considerando a evolução de todas
as tecnologias e sistemas relacionados à informática. Esses métodos e processos
relativos à representação gráfica sofreram uma grande evolução, exigindo que
o ensino do desenho técnico combine a parte de representação gráfica com o
desenvolvimento da capacidade de expressão, ligadas principalmente ao uso da
tecnologia associadas à essa área de conhecimento.

O desenho de uma forma geral e também a representação gráfica satisfazem


aplicações ímpares e também fazem parte da maioria das atividades humanas
(SILVA et al., 2011, apud MONNERAT et al., 2013). Todo esse fazer humano
relacionado ao desenho técnico, ou mais elaboradamente à representação gráfica,
complementa e permite que se guarde tudo que faz parte da comunicação, de
uma maneira simbólica.

A partir da representação gráfica, o desenho técnico traduz o objeto como


ele é entendido. A partir das vistas ortográficas, vistas seccionadas, ou ainda em
perspectivas, sempre mantendo um rigor técnico e objetividade. Para isso o desenho
técnico, em qualquer contexto, deve ser entendido sob as regras da linguagem
gráfica, expressas pelas normas técnicas publicadas pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas, a ABNT. As normas técnicas são um conjunto de regras que
estabelece as convenções que devem ser seguidas no momento de desenhar. Com
isto, qualquer pessoa que conheça as regras e convenções, pode decodificar o
desenho e compreender a forma do objeto, seu funcionamento ou o que quer que o
autor queira informar ao leitor referente à tridimensionalidade da peça.
FONTE: PIRES, PIRES, R. W.; BERNARDES, M.M.S. Considerações sobre o ensino de desenho
técnico. In: BERNARDES, M. M. S.; LINDEN, J. C. S. (Orgs.). Design em Pesquisa – Vol. I. Porto
Alegre: Marcavisual, 2017. p. 376-377.

54
AUTOATIVIDADE

1 Construa a escala gráfica do objeto, considerando as medidas apresentadas:

2 Analise as informações a seguir, preenchendo as lacunas de acordo com os


tipos de escala estudados (escala numérica ou gráfica):

a) A escala .............................. é representada em números. Pode-se, por


exemplo, reduzir todas as dimensões igualmente 15 vezes, tendo, neste
caso, uma escala de 1 para 15, representada da seguinte forma: 1:15.
b) A escala .............................. é representada através de um segmento de reta, e
de uma unidade de medida, mantendo sempre a mesma proporcionalidade,
no desenho. Esta gradação funciona como uma régua, que servirá para
medir o desenho.
c) A escala .............................. tem a vantagem de não se alterar quando o mapa
for ampliado ou reduzido por métodos fotográficos, digitais ou outros, pois
sempre irá apresentar a proporção verdadeira.
d) No entanto, apesar de ser mais simples, já que não há necessidade de
conversão de unidades, a escala .............................. é menos precisa,
principalmente em desenhos mais complexos.

3 Informe quais são as respectivas escalas numéricas das escalas gráficas a


seguir, considerando o exemplo apresentado:

Escala
....................................
Escala
1:1
Escala
....................................
Escala
....................................

55
4 Construa a escala gráfica do objeto, considerando as medidas apresentadas:

AUTOATIVIDADE FINAL:

5 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


desenhe o objeto apresentado a seguir, nas escalas 1:5 e 1:10, e apresente a
escala gráfica de cada objeto:

56
RESUMO DO TÓPICO 3
Caro acadêmico! Neste momento, chegamos ao final do Tópico 3, da
Unidade 1. Esperamos que você tenha aprendido que:

• As linhas de cota são linhas mais estreitas do que as do desenho, com setas,
círculos ou traço oblíquo nas terminações. Nestas linhas, ou acima delas, são
colocadas as cotas (números).

• Primeiro devemos fazer a cotagem dos detalhes menores e posteriormente das


medidas gerais.

• Deve-se evitar a mudança de sentido da leitura da cota: cotas horizontais são


escritas e lidas da esquerda para a direita, e cotas verticais, de baixo para cima.

• As cotas devem ser colocadas preferencialmente fora do desenho, a fim de não


dificultar a leitura das informações.

• As cotas devem ser colocadas preferencialmente em linhas contínuas.

• As linhas de cota paralelas devem ser espaçadas igualmente.

• Nos desenhos, as cotas podem ser colocadas em cadeia (cotagem em série), ou


seja, as cotas em uma mesma direção são referenciadas umas nas outras. Ou
podem ser colocadas tendo um único elemento de referência.

• Na escala natural, o desenho possui as mesmas dimensões que o objeto real.

• Na escala de redução, o desenho tem dimensões menores do que as do objeto.


Este tipo de escala é muito utilizado na representação de edificações.

• Na escala de ampliação, o desenho tem as dimensões maiores do que o objeto


representado (esta escala é muito utilizada para a representação de objetos que
possuem dimensões em milímetros, por exemplo).

• A escala numérica é representada em números. O escalímetro é o principal


instrumento de medição utilizada na escala numérica.

• A escala gráfica é representada através de um segmento de reta, e de uma


unidade de medida, mantendo sempre a mesma proporcionalidade, no
desenho. Esta escala tem a vantagem de não se alterar quando o mapa for
ampliado ou reduzido por métodos fotográficos, digitais ou outros, pois
sempre irá apresentar a proporção verdadeira do objeto. Porém, esta escala é
menos precisa do que a escala numérica.

57
58
UNIDADE 2

NOÇÕES DE DESENHO
TÉCNICO BÁSICO

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:

• elucidar os conceitos acerca dos elementos fundamentais do desenho (o


ponto, a reta, o plano e o volume);

• apresentar os tipos de perspectivas utilizados em desenho técnico;

• apresentar as projeções ortográficas mais utilizadas para representar


objetos.

PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.

TÓPICO 1 – ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO

TÓPICO 2 – PERSPECTIVAS: DEFINIÇÃO, TIPOS E ORIENTAÇÕES


PARA MONTAGEM

TÓPICO 3 – PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS APLICADAS AO DESENHO


TÉCNICO

TÓPICO 4 – DESENHO A MÃO LIVRE: DEFINIÇÃO E TÉCNICAS DE


TRAÇADOS

59
60
UNIDADE 2
TÓPICO 1

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO

1 INTRODUÇÃO
O entendimento dos elementos que compõem o desenho técnico é
fundamental para o domínio nas formas de representação. Contribui para que os
profissionais possam se comunicar através da representação gráfica, comunicando
informações padronizadas, a fim de possibilitar a leitura do projeto. A seguir,
serão descritos cada um destes elementos fundamentais, que garantem uma
linguagem universal ao desenho técnico.

2 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO


Na geometria, os elementos fundamentais do desenho vão desde o ponto,
até o volume tridimensional. Quando se fazem visíveis no papel ou no espaço
tridimensional, estes elementos se apresentam com características de matéria,
formato, tamanho, cor e textura (GISLON, 2016). Tais elementos são geradores do
desenho, e podem ser classificados conforme segue (baseado em GISLON, 2016):

QUADRO 1 – ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO


REPRESENTAÇÃO ELEMENTOS
PONTO: é a figura geométrica mais simples. Indica uma
posição no espaço.

s RETA: é um ponto transladado, que se torna uma reta. Tem


comprimento, mas não tem largura e nem profundidade.
r
PLANO: é uma reta transladada em uma direção, que não a
sua própria. Um plano tem comprimento, largura, mas não
tem profundidade.

FIGURAS GEOMÉTRICAS PLANAS: é uma figura na qual


todos os pontos se situam no mesmo plano. É determinado
pelo contorno das linhas que formam as bordas da figura (o
círculo, o quadrado, o triângulo e o retângulo).
VOLUME OU SÓLIDO GEOMÉTRICO: é um volume que
tem três dimensões: comprimento, largura e profundidade
(CHING, 2000). A face, a aresta e o vértice são componentes
formadores dos sólidos geométricos.

61
UNIDADE 2 | NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO

FORMAS REGULARES: são formas cujas partes estão


relacionadas umas às outras, de forma consistente e
organizada (círculo, triângulo e quadrado).

FORMAS IRREGULARES: são formas cujas partes possuem


naturezas diferentes. São geralmente assimétricas e mais
difíceis de representar.

FONTE: Adaptado de GISLON (2016)

62
AUTOATIVIDADE

1 Assinale com um X a alternativa que indica a projeção ortográfica da figura


plana apresentada, paralela ao plano de projeção:

D
B

(a) (b) (c)

B1 C1
+
B1 C1 A1 D1 B1
+
A1 A1
D1

FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

2 Assinale com um X a alternativa correta:

A projeção ortográfica de uma figura plana perpendicular ao plano de projeção é:


a) ( ) É um ponto.
b) ( ) É um segmento de reta.
c) ( ) É uma figura plana idêntica.
d) ( ) É um sólido geométrico.
e) ( ) É uma figura plana irregular.

3 Escreva V se a afirmação for verdadeira, e F se for falsa:

a) ( ) A projeção ortográfica de uma figura plana, oblíqua ao plano de


projeção, é uma figura plana idêntica.
b) ( ) A projeção ortográfica de uma figura plana, paralela ao plano de
projeção, é uma figura plana idêntica.
c) ( ) A projeção ortográfica de uma linha, perpendicular ao plano de
projeção, é um ponto.
d) ( ) A projeção ortográfica de uma linha, paralela ao plano de projeção, é
uma linha idêntica.
e) ( ) A projeção ortográfica de uma linha, oblíqua ao plano de projeção, é
uma linha idêntica.

63
4 Analise a pirâmide a seguir e responda:

FONTE: <https://respuestas.tips/cuales-son-los-tipos-de-piramides-geometricas/>.
Acesso em: 5 jul. 2018.

a) Qual é o nome do polígono que forma a base da pirâmide?


b) Quantas faces tem a pirâmide?
c) Quantas arestas tem a pirâmide?
d) Quantos vértices tem a pirâmide?

5 Analise as ilustrações do prisma retangular abaixo, e responda quantas


faces, arestas e vértices tem esse prisma:

Faces

Arestas Vértices
FONTE: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgQ-wAF/aulas-dt1-parte-3>.
Acesso em: 5 jul. 2018.

........................... faces ........................... arestas ........................... vértices

64
6 Correlacione cada sólido geométrico com seu respectivo conceito:

(1) (2) (3) (4) (5)

( ) É uma forma que tem comprimento, largura, mas não tem profundidade.
( ) É uma forma cujas partes estão relacionadas umas às outras de forma
consistente e organizada (círculo, triângulo e quadrado).
( ) É uma forma assimétrica e mais difícil de representar.
( ) É uma figura na qual todos os pontos se situam no mesmo plano.
( ) É uma figura na qual o volume tem as três dimensões: comprimento,
largura e profundidade.

7 Ligue cada sólido geométrico à figura plana que lhe deu origem:

A B C D

( ) ( ) ( ) ( ) ( )

8 Assinale com um X a alternativa que indica a projeção ortográfica do sólido


geométrico apresentado, paralela ao plano de projeção:

(a) (b) (c) (d) (e)

65
9 Assinale com um X a alternativa que indica as projeções ortográficas do
sólido geométrico apresentado, paralelas ao plano de projeção:

(a) (b) (c) (d) (e)

10 Assinale com um X a alternativa que indica as projeções ortográficas do


sólido geométrico apresentado, paralelas ao plano de projeção:

(a) (b) (c) (d) (e)

66
AUTOATIVIDADE FINAL:

11 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


transcreva a forma a seguir, considerando que a unidade de medida
apresentada é 1cm:

FONTE: Prudente (2018)

67
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:

• Na geometria, os elementos fundamentais do desenho vão desde o ponto, até


as formas irregulares.

• O ponto é a figura geométrica mais simples.

• A reta é um ponto transladado, que se torna uma reta.

• As figuras geométricas planas são figuras nas quais todos os seus pontos se
situam no mesmo plano.

• O volume ou sólido geométrico é um volume cujas partes estão relacionadas


umas às outras, de forma consistente e organizada.

• As formas irregulares são geralmente assimétricas e mais difíceis de representar.

68
UNIDADE 2 TÓPICO 2

PERSPECTIVAS: DEFINIÇÃO, TIPOS E ORIENTAÇÕES


PARA MONTAGEM

1 INTRODUÇÃO
Os desenhos em perspectiva são fundamentais para a representação
tridimensional de objetos, pois nos fornecem a ideia de suas dimensões e volume.
São muito utilizados em desenhos técnicos, especialmente as perspectivas
isométricas e cavaleiras, por garantirem a real proporcionalidade do objeto, no
desenho. Serão descritos, a seguir, os principais tipos de perspectiva.

2 PERSPECTIVA CÔNICA
Devemos optar por este tipo de representação quando queremos transmitir
a sensação de realidade no desenho, já que ela é a que mais se aproxima da
maneira como enxergamos os objetos (GISLON, 2016). A perspectiva cônica pode
ser elaborada com 1, 2, 3 ou até mais pontos de fuga.

QUADRO 2 – PERSPECTIVA CÔNICA

TIPO REPRESENTAÇÃO CARACTERÍSTICAS


Perspectiva cônica com um Este tipo de perspectiva é
ponto de fuga geralmente usado para o
Linha do Horizonte PF desenho de objetos que se
encontram diretamente de
frente em relação ao observador.

Perspectiva cônica com dois Também conhecida como


pontos de fuga perspectiva oblíqua, a
perspectiva com dois pontos
ocorre quando uma figura não
PF Linha do Horizonte PF é vista de frente, resultando
em uma visão oblíqua do
observador. A perspectiva com
dois pontos de fuga recebe
este nome por ter dois pontos
situados na linha do horizonte.
Serão para esses pontos que
todas as linhas irão fugar.

69
UNIDADE 2 | NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO

Perspectiva cônica com três Nesta perspectiva, o ponto de


pontos de fuga PF Linha do Horizonte PF vista do observador está de
baixo para cima ou de cima
para baixo do objeto. O seu
terceiro ponto é chamado de
ponto de fuga vertical.

PF

FONTE: Adaptado de Gislon (2016)

Os principais elementos que compõem uma perspectiva cônica, e que devem


ser considerados para a elaboração do desenho, são (baseado em GISLON, 2016):

• Linha do horizonte (LH): para construir uma perspectiva cônica precisamos,


primeiro, definir a linha do horizonte (LH), uma linha horizontal que atravessa
o desenho de um lado a outro, e está sempre na altura do olho do observador.
• Ponto de fuga (PF): outro elemento constituinte da perspectiva cônica é o
ponto de fuga (PF), que é o ponto para onde as retas paralelas de um objeto se
encontram na linha do horizonte (as profundidades dos objetos são definidas
através desses pontos).
• Linhas de fuga (LF): as linhas de fuga são as linhas imaginárias que irão convergir
para o ponto de fuga e causam o efeito de perspectiva. É o afunilamento delas
em direção ao ponto que gera a sensação visual de profundidade nos objetos.

AUTOATIVIDADE

1 O cubo a seguir está perspectivado em 1 ponto de fuga. Identifique onde


está posicionada a Linha do Horizonte, e qual é este ponto.

70
TÓPICO 2 | PERSPECTIVAS: DEFINIÇÃO, TIPOS E ORIENTAÇÕES PARA MONTAGEM

2 O cubo a seguir está perspectivado em 2 pontos de fuga. Identifique onde


está posicionada a Linha do Horizonte, e quais são estes pontos.

3 O prisma a seguir está perspectivado em 3 pontos de fuga. Identifique quais


são estes pontos, tendo como referência a Linha do Horizonte apresentada.

Linha do Horizonte

4 Sabendo que a figura ABCD representa a base de um cubo perspectivado


com um ponto de fuga, determine:

a) A linha do horizonte.
b) O ponto de fuga.
c) As linhas de fuga que levam à linha do horizonte.

71
UNIDADE 2 | NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO

5 Sabendo que a figura ABCD representa um quadrado em perspectiva com


um ponto de fuga, determine:

a) A linha do horizonte.
b) O ponto de fuga.
c) As linhas de fuga que levam à linha do horizonte.

6 Sabendo que a figura ABCD representa um quadrado em perspectiva com 2


pontos de fugas, determine:

a) A linha do horizonte.
b) O ponto de fuga.
c) As linhas de fuga que levam à linha do horizonte.

7 Sabendo que o prisma a seguir está perspectivado em 1 ponto de fuga,


determine:

72
TÓPICO 2 | PERSPECTIVAS: DEFINIÇÃO, TIPOS E ORIENTAÇÕES PARA MONTAGEM

a) A linha do horizonte.
b) O ponto de fuga.
c) As linhas de fuga que levam à linha do horizonte.
d) As arestas verticais do prisma.
e) As arestas horizontais, que completam a forma do prisma.
f) Sabendo que AB e BC são as arestas horizontais inferiores de um cubo, complete
a sua forma, representando a Linha do Horizonte, e as suas outras faces.

8 Sabendo que AB e BC são as arestas horizontais inferiores de um cubo, complete


a sua forma, representando a Linha do Horizonte, e as suas outras faces.

a) A linha do horizonte.
b) Os 2 pontos de fuga.
c) As linhas de fuga à direita.
d) As linhas de fuga à esquerda.
e) As arestas posteriores do cubo, representando-as em linha tracejada.

9 Os dois cubos a seguir estão perspectivados em 2 pontos de fuga. Encontre


quais são estes pontos.

73
UNIDADE 2 | NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO

10 Os três cubos a seguir estão perspectivados em 2 pontos de fuga. Identifique


quais são estes pontos:

11 Informe qual o tipo de perspectiva de cada um dos objetos a seguir:


PF Linha do Horizonte PF

PF Linha do Horizonte PF Linha do Horizonte PF

PF

74
TÓPICO 2 | PERSPECTIVAS: DEFINIÇÃO, TIPOS E ORIENTAÇÕES PARA MONTAGEM

3 PERSPECTIVAS AXONOMÉTRICAS
Diferentemente da perspectiva cônica, na qual os objetos sofrem uma
distorção devido à forma como os enxergamos, na perspectiva axonométrica as
retas que, em planta baixa, são paralelas entre si, continuam sendo paralelas na
perspectiva. Não é uma representação fiel à realidade, mas sim uma representação
que objetiva informar as medidas do objeto. Existem dois tipos de perspectiva
axonométrica: 1) a perspectiva isométrica, em ângulos simétricos de 30° ou 45°, que
mantém as mesmas proporções do comprimento (da largura e da altura do objeto)
e que, por isso nos dá uma ideia menos deformada do objeto; 2) e a perspectiva
cavaleira, em cuja representação mantém-se a face do objeto nas reais proporções,
e há reduções no ângulo de profundidade. A seguir, estudaremos cada uma delas.

FIGURA 1 – PERSPECTIVA AXONOMÉTRICA

FONTE: <https://portais.ufg.br/up/68/o/Apostila_desenho.pdf>. Acesso em: 5 jul. 2018.

4 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA
Na perspectiva isométrica os três eixos no espaço (x, y, z) estão igualmente
inclinados em relação ao plano de projeção (GISLON, 2016). De acordo com
Gislon (2016), para elaborar uma perspectiva isométrica, deve-se primeiro traçar
uma linha horizontal (r) e depois traçar duas retas (s e t) com origem comum (A),
com ângulos de 30º. Após, deve-se marcar na reta (t) a medida real do objeto, e
fazer a projeção ortográfica deste ponto até a linha (r), passando pela (s).

FIGURA 2 – PERSPECTIVA ISOMÉTRICA


Eixo z

a
Eixo Y Eixo x
eixo fugitivo
30º 30º
a a

FONTE: <http://www.lugli.com.br/wp-content/uploads/2009/01/apostila_completa_2009.pdf>.
Acesso em: 5 jul. 2018.

75
UNIDADE 2 | NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO

AUTOATIVIDADE

1 Complete as frases no espaço indicado:

a) Na perspectiva isométrica os três eixos no espaço (x, y, z) estão igualmente


inclinados em relação ao ..........................................
b) A perspectiva isométrica é feita com ângulos de ............ graus.
c) Para elaborar uma perspectiva isométrica, deve-se primeiro traçar uma linha
..........................................., e depois traçar duas retas com origem comum.
d) O círculo, em perspectiva isométrica, tem sempre a forma parecida com uma

2 Escreva nas lacunas as letras que indicam as linhas isométricas do modelo


abaixo:

a) As linhas _____ e _____ são isométricas ao eixo x.


b) As linhas _____ e _____ são isométricas ao eixo y.
c) As linhas _____ e _____ são isométricas ao eixo z.
d) Enumere, nas vistas ortográficas, os vértices apresentados na perspectiva:

76
TÓPICO 2 | PERSPECTIVAS: DEFINIÇÃO, TIPOS E ORIENTAÇÕES PARA MONTAGEM

3 Desenhe, nos retângulos hachurados, a perspectiva isométrica correspondente


a cada conjunto de vistas ortográficas a seguir. Observe para manter, na
perspectiva, a mesma proporcionalidade das vistas:

77
UNIDADE 2 | NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO

78
TÓPICO 2 | PERSPECTIVAS: DEFINIÇÃO, TIPOS E ORIENTAÇÕES PARA MONTAGEM

4 Selecione a letra que indica a perspectiva isométrica correspondente às


vistas ortográficas apresentadas:

(c)
(a) (d)
(b)

5 Selecione a letra que indica a perspectiva isométrica correspondente às


ortográficas apresentadas:

(a) (c)
(b) (d)

AUTOATIVIDADE FINAL:

6 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


desenhe as perspectivas isométricas a seguir.

FONTE: Adaptado de <https://www.passeidireto.com/arquivo/36302913/perspectiva-


isometrica>. Acesso em: 5 jul. 2018.

79
UNIDADE 2 | NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO

5 PERSPECTIVA CAVALEIRA
Diferente da perspectiva isométrica, que tem dois eixos inclinados, na
perspectiva cavaleira tem-se a figura representada com a face frontal conservando
a sua forma e dimensões (largura e altura). A partir da face frontal, são traçadas
linhas inclinadas, em ângulos de 30º, 45º ou 60º (GISLON, 2016). De acordo com
Gislon (2016), o comprimento do objeto é marcado em apenas uma direção,
sofrendo redução em sua medida, proporcional ao ângulo de profundidade.

FIGURA 3 – REDUÇÕES NA PERSPECTIVA CAVALEIRA

Fugitivas inclinadas a: Tamanho da aresta reduzido para:


30º 2/3
45º 1/2
60º 1/3

60º
_1 a
eixo fugitivo 3
a

45º
a_ 30º
2 _3 a
2

FONTE: <http://www.lugli.com.br/wp-content/uploads/2009/01/apostila_completa_2009.pdf>.
Acesso em: 5 jul. 2018.

80
AUTOATIVIDADE

1 No espaço em branco, desenhe a perspectiva cavaleira das vistas ortográficas


a seguir, adotando o ângulo de 45°.

2 No espaço em branco, desenhe a perspectiva cavaleira das vistas a seguir,


adotando o ângulo de 60°.

81
3 Desenhe, nos retângulos hachurados, a perspectiva cavaleira correspondente
a cada conjunto de vistas ortográficas. Utilize como referência de
profundidade o ângulo de 30° (redução das arestas de 2/3). Observe para
manter, na perspectiva, a mesma proporcionalidade dos desenhos originais:

82
FONTE: Adaptado de Dorneles (s.d.)

83
AUTOATIVIDADE FINAL:

4 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


desenhe a perspectiva cavaleira da peça a seguir. As vistas a seguir estão em
mm. Adote o ângulo de 30° (redução das arestas de 2/3).

84
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:

• A perspectiva com um ponto de fuga é geralmente usada para o desenho de


objetos que se encontram diretamente de frente em relação ao observador.

• A perspectiva com 2 pontos de fuga ocorre quando uma figura não é vista de
frente, resultando em uma visão oblíqua do observador.

• A perspectiva com 3 pontos de fuga pressupõe que o ponto de vista do


observador esteja de baixo para cima, ou de cima para baixo, do objeto.

• O ponto de fuga (PF) é o ponto para onde as retas paralelas de um objeto se


encontram na linha do horizonte (as profundidades dos objetos são definidas
através desses pontos).

• As linhas de fuga (LF) são as linhas imaginárias que irão convergir para o ponto
de fuga e causam o efeito de perspectiva (é o afunilamento delas em direção ao
ponto que gera a sensação visual de profundidade nos objetos).

• Na perspectiva isométrica os três eixos no espaço (x, y, z) estão igualmente


inclinados em relação ao plano de projeção.

• Na perspectiva cavaleira tem-se a figura representada com a face frontal


conservando a sua forma e dimensões (largura e altura). O comprimento do
objeto é marcado em apenas uma direção, sofrendo redução em sua medida,
proporcional ao ângulo de profundidade.

85
86
UNIDADE 2 TÓPICO 3

PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS APLICADAS AO


DESENHO TÉCNICO
1 INTRODUÇÃO
As projeções ortográficas são desenhos que representam objetos
tridimensionais, em suas verdadeiras dimensões, projetados em superfícies
planas. Para representar estas projeções, utilizam-se três vistas principais: a vista
frontal (VF), a vista superior (VS) e a vista lateral (VL). No plano do desenho,
estas vistas são rebatidas, a fim de representar o objeto em todas as suas faces.

Por apresentarem as verdadeiras dimensões do objeto, as projeções


são desenhos técnicos muito utilizados para auxiliar na execução de projetos,
orientando a sua leitura e interpretação.

2 PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS
Diferentemente dos sistemas em perspectiva, as projeções ortográficas
consistem na representação gráfica de objetos tridimensionais, em superfícies planas.
Têm o objetivo de apresentar o objeto em suas verdadeiras dimensões, para possibilitar
a sua execução. Utiliza-se de um plano vertical e um plano horizontal, a partir dos
quais são definidas as projeções. A projeção ortográfica é composta de 3 elementos: o
plano de projeção (que é a superfície onde se projeta o modelo); o modelo, ou objeto,
a ser representado em projeção ortográfica; e o observador, ou centro de projeção
(que é quem vê, analisa, imagina ou desenha o modelo) (GISLON, 2016):

FIGURA 4 – PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS

FONTE: <http://www.einsteinlimeira.com.br/painel/uploads/13_03_2012__23_59_23aula_4_-__
projecoes_mongeanas_-_teoria.pdf>. Acesso em: 6 jul. 2018.

87
UNIDADE 2 | NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO

De acordo com Gislon (2016), para representar os objetos, costumam-se


utilizar três projeções principais: a vista frontal, a vista superior e a vista lateral. A
vista frontal (VF) é a projeção vertical do objeto. A vista superior (VS) é a projeção
horizontal do objeto, e representa sua face superior. Já na vista lateral (VL), o
observador se posiciona ao lado do objeto (à esquerda) e tem a sua vista lateral, com o
entendimento de suas alturas. Cada uma das três vistas é representada na superfície
do desenho através do rebatimento dos planos de projeção, conforme segue:

FIGURA 5 – VISTA FRONTAL (VF), VISTA LATERAL (VL) E VISTA SUPERIOR (VS)

VS VS

VF

FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

AUTOATIVIDADE

1 Escreva V se a afirmação for verdadeira ou F se for falsa:

a) ( ) As projeções ortográficas consistem na representação gráfica de objetos


tridimensionais, em superfícies planas.
b) ( ) As projeções ortográficas utilizam-se de um plano vertical e um plano
horizontal, a partir dos quais são definidas as projeções.
c) ( ) A projeção ortográfica é a forma de representação mais utilizada para
apresentar as dimensões reais do objeto.
d) ( ) A projeção ortográfica é composta de três elementos: o plano de projeção,
o modelo e o observador.
e) ( ) Para representar os objetos, costumam-se utilizar três projeções
principais: a vista frontal, a vista interna e a vista lateral.

2 Complete as sentenças, indicando de qual das vistas ortográficas estas se tratam:

a) A vista ............................. é a projeção vertical do objeto.


b) A vista ............................. é a projeção horizontal do objeto e representa sua
face superior.
c) A vista ............................. é a projeção do observador posicionado ao lado do objeto.

88
TÓPICO 3 | PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS APLICADAS AO DESENHO TÉCNICO

3 Ligue corretamente os nomes dos planos de projeção na coluna I à respectiva


posição do observador em relação a eles na coluna II:

a) Plano de projeção horizontal ( ) De lado


b) Plano de projeção vertical ( ) De frente
c) Plano de projeção lateral ( ) De cima

4 Analise o desenho a seguir e complete:

a) A posição de onde está sendo observado o modelo: ..........................................


b) O nome do plano em que está sendo projetado o modelo: ...............................
c) O nome da vista resultante da projeção ortográfica deste modelo no plano: ..
.....................................

5 Selecione a letra que corresponde às vistas ortográficas da perspectiva


isométrica apresentada a seguir:

(a) (b) (c)


FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

89
UNIDADE 2 | NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO

6 Analise o desenho a seguir e assinale com um X a perspectiva correspondente:

(a) (b) (c)


FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

7 Selecione a letra que corresponde à vista frontal da perspectiva isométrica


apresentada a seguir:

FONTE: <https://docente.ifrn.edu.br/gildamenezes/disciplinas/desenho-tecnico/2015/
apostilas/apostila-catapan>. Acesso em: 6 jul. 2018.

8 Selecione a letra que corresponde à vista frontal da perspectiva isométrica


apresentada a seguir:

(a) (b) (c)

(d) (e) (f)


FONTE: <https://docente.ifrn.edu.br/gildamenezes/disciplinas/desenho-tecnico/2015/
apostilas/apostila-catapan>. Acesso em: 6 jul. 2018.

90
TÓPICO 3 | PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS APLICADAS AO DESENHO TÉCNICO

9 As letras A a H na vista em destaque representam os vértices do modelo.


Escreva essas letras, nas mesmas faces da perspectiva e das vistas ortográficas:

FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

10 As letras A, B e C representam as faces do modelo. Escreva essas letras, nas


faces correspondentes das vistas ortográficas:

A C B

FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

11 As letras A, B e C representam as arestas do modelo. Escreva essas letras, nas


arestas correspondentes das vistas ortográficas:

B
A

91
UNIDADE 2 | NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO

12 Escreva no modelo em perspectiva isométrica as letras das vistas ortográficas


que correspondem às suas faces:

FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

13 Analise as vistas ortográficas abaixo e assinale com um X a alternativa que


contém a perspectiva isométrica correspondente:

(a) (b) (c)


FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

14 Analise a perspectiva representada a seguir e assinale com um X as vistas


ortográficas correspondentes:

(a) (b) (c)


FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

92
TÓPICO 3 | PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS APLICADAS AO DESENHO TÉCNICO

15 Analise as vistas ortográficas representadas a seguir e assinale com um X a


perspectiva correspondente:

(a) (b) (c)


FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

16 Analise a perspectiva isométrica abaixo e assinale com um X a alternativa


que contém as vistas ortográficas correspondentes:

(a) (b) (c)


FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

93
UNIDADE 2 | NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO

17 Em uma folha em branco, esboce, a mão livre, as três vistas ortográficas de


cada um dos sólidos a seguir.

(a) (b) (c) (d)

(e) (f) (g) (h)


FONTE: Prudente (2018)

18 Correlacione cada sólido a seguir, com as suas respectivas vistas ortográficas:

(a) (b) (c)

( ) ( ) ( )

Vista Frontal Vista Lateral Vista Frontal Vista Lateral Vista Frontal Vista Lateral

Vista Superior Vista Superior Vista Superior


FONTE: Adaptado de Ferreira e Silva (s.d.)

19 Correlacione cada sólido a seguir, com as suas respectivas vistas ortográficas:

(a) (b) (c)

94
TÓPICO 3 | PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS APLICADAS AO DESENHO TÉCNICO

Vista Frontal Vista Lateral Vista Frontal Vista Lateral Vista Frontal Vista Lateral

Vista Superior Vista Superior Vista Superior


( ) ( ) ( )
FONTE: Adaptado de Ferreira e Silva (s.d.)

20 Correlacione cada sólido a seguir, com as suas respectivas vistas ortográficas:

(a) (b) (c)

Vista Frontal Vista Lateral Vista Frontal Vista Lateral Vista Frontal Vista Lateral

Vista Superior Vista Superior Vista Superior


( ) ( ) ( )

95
UNIDADE 2 | NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO

21 Escreva, nas vistas ortográficas, as letras, apresentadas na perspectiva


isométrica, que correspondem às suas respectivas faces:

B
D
A
C
E

D
B
E
G C
F A

A
C
B

FONTE: <https://pt.slideshare.net/MarcoBernardes1/38083393-01iniciacaoaodesenhotecnico
exercicios>. Acesso em: 6 jul. 2018.

22 Complete as projeções, apresentando as vistas ortográficas de cada objeto:

96
TÓPICO 3 | PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS APLICADAS AO DESENHO TÉCNICO

FONTE: Adaptado de Dorneles (s.d.)

23 Complete as projeções, apresentando as vistas ortográficas de cada objeto:

97
UNIDADE 2 | NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO

FONTE: Adaptado de Dorneles (s.d.)

24 Complete as projeções, apresentando as vistas ortográficas de cada objeto:

98
TÓPICO 3 | PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS APLICADAS AO DESENHO TÉCNICO

AUTOATIVIDADE FINAL:

25 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), desenhe
as vistas ortográficas da perspectiva cavaleira a seguir. Cotar as vistas.

99
UNIDADE 2 | NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO

3 REBATIMENTOS DOS PLANOS DE PROJEÇÃO


No rebatimento dos planos de projeção, desenhamos todas as vistas do
objeto sobre um mesmo plano, com o objetivo de facilitar o entendimento de todas
as suas faces, a sua visão integral. Para confeccionar o rebatimento, considera-se
(baseado em GISLON, 2016):

• O plano vertical, onde se projeta a vista frontal, é desenhado em uma posição fixa.
• O plano horizontal sofre uma rotação de 90º para baixo, em torno do eixo de
interseção com o plano vertical.
• O plano lateral sofre uma rotação de 90º, para a direita, em torno do eixo de
interseção com o plano vertical.

FIGURA 6 – REBATIMENTO DOS PLANOS DE PROJEÇÃO

FONTE: <http://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_1t.php>. Acesso em: 7 jul. 2018.

É importante observar que os eixos de interseção devem estar alinhados


entre os planos. Para alinhá-los, pode-se tratar a curva correspondente com um
compasso, ou traçar uma reta a 45° com a horizontal.

FIGURA 7 – ALINHAMENTO DOS PLANOS DE PROJEÇÃO

FONTE: <http://docente.ifsc.edu.br/julio.silveira/MaterialDidatico/Desenho%20
t%C3%A9cnico%20I/CADERNO%20DE%20EXERCICIOS%20DESENHO%20TECNICO%20
MECANICO%20(2).pdf>. Acesso em: jul. 2018.

100
TÓPICO 3 | PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS APLICADAS AO DESENHO TÉCNICO

Nos planos de projeção, as projeções de um mesmo elemento devem estar


alinhadas, em todos os rebatimentos apresentados no desenho (GISLON, 2016):

FIGURA 8 – REPRESENTAÇÃO DO OBJETO NOS PLANOS DE PROJEÇÃO

1=2 2 1
2
1

1
FONTE: <http://docente.ifsc.edu.br/julio.silveira/MaterialDidatico/Desenho%20
t%C3%A9cnico%20I/CADERNO%20DE%20EXERCICIOS%20DESENHO%20TECNICO%20
MECANICO%20(2).pdf>. Acesso em: jul. 2018.

Da mesma maneira, todas as formas que não estiverem no mesmo plano,


devem ser separadas por uma linha contínua, indicando a mudança dos planos
naquela determinada vista, conforme a figura a seguir (GISLON, 2016):

FIGURA 8 – REPRESENTAÇÃO DO OBJETO COM LINHAS CONTÍNUAS

FONTE: <http://docente.ifsc.edu.br/julio.silveira/MaterialDidatico/Desenho%20
t%C3%A9cnico%20I/CADERNO%20DE%20EXERCICIOS%20DESENHO%20TECNICO%20
MECANICO%20(2).pdf>. Acesso em: 7 jul. 2018.

101
AUTOATIVIDADE

1 Complete a frase: No rebatimento dos planos de projeção, o plano que


permanece fixo é o ........................................

2 Em uma folha em branco, esboce o rebatimento das vistas ortográficas da peça


a seguir, observando para que elas estejam proporcionais à figura original.

FONTE: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABvr0AE/desenho-tecnico-aula-06-
projecoes-ortogonais-iii-superficies-inclinadas>. Acesso em: 7 jul. 2018.

3 No espaço indicado, desenhe o rebatimento das vistas ortográficas da peça a


seguir, apresentando o plano de projeção horizontal, vertical e lateral.

FONTE: <https://sites.google.com/site/espinalana3d/home/sistema-diedric>.
Acesso em: 7 jul. 2018.

FONTE: <http://rsdgdsffgdsfs.blogspot.com/2014/10/projecao-ortogonal.html>.
Acesso em: 7 jul. 2018.

102
FONTE: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABvr0AE/desenho-tecnico-aula-06-projecoes-
ortogonais-iii-superficies-inclinadas>. Acesso em: 7 jul. 2018.

FONTE: <http://instrutorxisto.blogspot.com/2016/02/ctt-desenho-tecnico.html>.
Acesso em: 8 jul. 2018.

AUTOATIVIDADE FINAL:

4 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), desenhe
o rebatimento das vistas ortográficas da peça a seguir, observando para que
elas estejam nas mesmas medidas do desenho original. É importante que as
vistas estejam alinhadas, a partir dos eixos de interseção.

103
RESUMO DO TÓPICO 3
• As projeções ortográficas consistem na representação gráfica de objetos
tridimensionais, em superfícies planas. Têm o objetivo de apresentar o objeto em
suas verdadeiras dimensões, para possibilitar a sua execução. Utilizam-se de um
plano vertical e um plano horizontal, a partir dos quais são definidas as projeções.

• Para representar os objetos nas projeções ortográficas, costumam-se utilizar


três projeções principais: a vista frontal, a vista superior e a vista lateral.

• No rebatimento dos planos de projeção, o plano vertical, onde se projeta a


vista frontal, é desenhado em uma posição fixa. O plano horizontal sofre uma
rotação de 90º para baixo, em torno do eixo de interseção com o plano vertical.
O plano de projeção lateral sofre uma rotação de 90º, para a direita, em torno
do eixo de interseção com o plano vertical.

104
UNIDADE 2
TÓPICO 4

DESENHO A MÃO LIVRE: DEFINIÇÃO E TÉCNICAS


DE TRAÇADOS

1 INTRODUÇÃO
No desenvolvimento de todo projeto, o desenho à mão livre é um recurso
de grande importância, tanto para contribuir ao processo criativo, quanto para
comunicar ideias. Na elaboração dos desenhos, o projetista pode esboçar suas
ideias de forma rápida, testando diferentes soluções para o projeto, até alcançar
aquela considerada ideal.

Para realizá-los desta forma, o esboço pode ser utilizado, como uma
técnica que não exige a precisão do traço, nem a utilização de instrumentos de
desenho, e permitirá a liberdade na formulação do projeto.

2 TÉCNICAS PARA O DESENHO A MÃO LIVRE


De acordo com Gislon (2016), o desenho a mão livre caracteriza-se por
ser leve, rápido e pouco elaborado. É uma etapa inicial, para o desenho final.
Ele deve ter qualidade, ser proporcional, e com traço uniforme. Os princípios
compositivos que contribuem para a execução de um bom desenho são:

QUADRO 3 – TÉCNICAS PARA O DESENHO À MÃO LIVRE

PRINCÍPIOS CARACTERÍSTICAS
Proporção As formas desenhadas não devem ser grandes demais ou pequenas demais
em relação ao modelo e em relação umas às outras. Para se obter a noção do
tamanho da figura, é preciso comparar sua altura com a sua largura.
Enquadramento A centralização do desenho no papel é muito importante. Recomenda-se que o
desenho de objetos com formas predominantemente horizontais seja representado
em papel com posição horizontal, e objetos com formas predominantemente
verticais sejam representados em papel com posição vertical.
Eixos centrais O uso de eixos é muito útil na construção do desenho, contribuindo para
minimizar as distorções na proporção.
Verticalidade e Para conseguir manter a verticalidade em desenhos a mão livre, você pode
paralelismo usar a margem do papel como referência.
Profundidade Lembre-se de que os objetos tendem a diminuir de tamanho à medida que
se afastam do observador.

105
UNIDADE 2 | NOÇÕES DE DESENHO

Luz e sombra A sombra tem um papel muito importante no desenho e quando executada de
forma correta é responsável por dar volume a ele, tornando-o ainda mais expressivo.
Textura A impressão de textura é introduzida no desenho para reforçar o efeito
realista de seus elementos.

FONTE: Adaptado de Gislon (2016)

Gislon (2016) ainda apresenta algumas observações para garantir um bom


traçado no desenho a mão livre. São elas:

• O lápis (ou lapiseira) deve ser segurado mais solto e não muito próximo da ponta.
• Somente o dedo mínimo deve se apoiar no papel, e a curvatura do movimento
deve ser compensada pela contração dos dedos que seguram o lápis.
• Comece com linhas suaves, que depois poderão ser corrigidas ao apertar mais
o lápis contra o papel.
• Para garantir a precisão do traço, aconselha-se que sejam traçadas linhas
retas unindo dois pontos: colocar o lápis em um dos pontos e manter o olhar
sobre o outro ponto (para onde se dirige o traço), traçando a linha num único
movimento.
• Retas horizontais devem ser desenhadas da esquerda para a direita, com um
movimento giratório do antebraço em torno do cotovelo.
• Retas verticais são desenhadas de cima para baixo, movimentando todo o braço.
• Linhas paralelas devem ser traçadas a partir de vários pontos equidistantes
que servirão de referência.
• Para o traçado de linhas mais longas, uma alternativa para obter um traço
contínuo é fazer amplos movimentos de todo o braço.

3 ESBOÇO DE VISTAS ORTOGRÁFICAS PRINCIPAIS


Para executar o esboço de vistas ortográficas principais, você deve
considerar os seguintes passos:

1. Analise as dimensões totais de cada vista, demarcando seu espaço através de


linhas finas que possam ser eliminadas ao final do trabalho, observando para
que o esboço fique todo proporcional.
2. Desenhe o contorno das vistas e seus detalhes principais.
3. Agora, algumas linhas auxiliares poderão ser apagadas e os detalhes do
desenho deverão ser verificados. Se estiverem corretos, as linhas principais do
desenho já podem ser reforçadas e as de construção apagadas.
4. Caso o desenho seja cotado, este deverá obedecer às regras de cotagem
apresentadas na Unidade 1 deste livro de estudos (GISLON, 2016):

106
TÓPICO 4 | DESENHO A MÃO LIVRE: DEFINIÇÃO E TÉCNICAS DE TRAÇADOS

4 ESBOÇO DE PERSPECTIVA ISOMÉTRICA


Para executar o esboço de perspectivas isométricas, você deve considerar
os seguintes passos (baseado em GISLON, 2016):

1. No traçado das linhas, é muito importante manter a verticalidade e o


paralelismo. Para isso, use como referência as margens da folha.
2. A partir das três vistas ortográficas principais, trace uma reta horizontal e uma
perpendicular, que corresponderá ao eixo da altura.
3. Divida cada um dos ângulos retos, em três partes iguais (ângulos de 30°).
4. Marque os eixos isométricos referentes à altura, largura e comprimento.
5. Construa um paralelepípedo com linhas suaves. Este servirá de construção
para os demais detalhes.
6. Inicie agora o desenho dos detalhes que fazem parte do objeto, sempre cuidando
para manter o paralelismo e a verticalidade.
7. Use como referência os eixos isométricos traçados anteriormente e o
paralelepípedo envolvente.
8. Para finalizar, faça a verificação final do desenho, certificando-se de que este
está correto em todos os seus detalhes.
9. Apague as linhas auxiliares e reforce a forma do objeto (GISLON, 2016).

FIGURA 9 – ESBOÇO DE PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

FONTE: Estephanio (1994) apud Gislon (2016)

DICAS

Para garantir a qualidade do traçado de linhas, em um desenho a mão livre,


observe as dicas a seguir. Lembre-se de que no desenho a mão livre é importante sempre
desenhar com traços leves para que, posteriormente, se corrijam os eventuais erros.
• Evite o uso excessivo de borracha para apagar linhas de construção ou erros.
• Aprenda a controlar a intensidade do traço através da pressão do lápis ou lapiseira sobre
o papel. O estudo inicial deverá ser realizado com traços tão leves que, ao reforçar
os contornos definitivos, as linhas de construção percam a ênfase, não havendo a
necessidade de apagá-las.
Para esboços a mão livre, indicam-se grafites com dureza B ou HB (GISLON, 2016).

107
UNIDADE 2 | NOÇÕES DE DESENHO

LEITURA COMPLEMENTAR

OS MODOS DE REPRESENTAR AS FIGURAS NO PLANO – A


PERSPECTIVA

Tathieli Meneguzzi

Se podemos olhar as coisas do mundo de forma perspectivada, por quê,


muitas vezes temos dificuldades em compreender uma figura geométrica
em sala de aula, se esta é desenhada utilizando esta técnica? Muitas
pesquisas na última década têm tentado responder a esta pergunta.
Destas, algumas pesquisas colocam o olhar em posição de destaque.
Segundo Flores (2007a, p. 79) ‘tem-se buscado cada vez mais variados
procedimentos que possam ser colocados em prática em sala de aula,
dando ênfase à ligação entre a aprendizagem da geometria e o saber ver
as representações das figuras geométricas’. Desta forma a habilidade de
visualização espacial nos alunos é colocada em pauta. É fundamental
compreender a percepção das informações visuais, não somente para
a formação matemática dos alunos, mas também para sua formação de
maneira geral, principalmente em um mundo que se vale cada vez mais
de símbolos para representar o real (MENEGUZZI, 2009, p. 18).

Por que o enfoque na perspectiva? Não existem diferentes formas de


representar? A perspectiva é a técnica de representação mais utilizada na escola.
Fora isto, esta técnica foi criada como um método capaz de reproduzir de modo
real o que vemos. Além do mais, ela é “oriunda de problemas de representação do
espaço tridimensional, inserida num campo de conhecimento específico, pautada por
um novo modo de olhar (...)” (FLORES, 2007a, p. 77), o que reflete o modo como
construímos os nossos conhecimentos, ensinamos e sabemos e o modo como
olhamos tudo a nossa volta.

Além disso, Piaget e Inhelder (1973) afirmam que os conhecimentos se


dividem entre o realismo e a representação do objeto, e que o uso da perspectiva se
faz, afastando-se da observação, e aproximando-se da representação mais elaborada
e tida como adequada, a partir de um determinado ponto de vista. Também afirmam
que o conhecimento em duas ou três dimensões não é inato. Logo, não há como
o sujeito apreender o espaço e compreendê-lo geometricamente sem um olhar
específico, um olhar matemático. Também afirmam que a aprendizagem específica
da perspectiva necessita de noções de representações gráficas do espaço projetivo.
Rosa (1998) afirma que “somente com o uso da geometria é possível identificar o quanto
será menor o objeto que está mais longe, ou em que proporção os intervalos se reduzem,
ou para que ponto devem convergir as linhas”. Assim, geometria e perspectivas são
ciências que devem ser trabalhadas em conjunto. Compreender figuras espaciais
significa saber olhar, representar e compreender os processos pelos quais os saberes
se organizam e dão possibilidade ao olhar de compreender uma representação.

FONTE: MENEGUZZI, T. Os perspectógrafos de Dürer na educação matemática: história, geometria


e visualização. Universidade Federal de Santa Catarina (Programa de Pós-graduação em Educação
Científica e Tecnológica), Dissertação de Mestrado, Florianópolis – Santa Catarina, 2009.

108
AUTOATIVIDADE

1 Em uma folha em branco, para treinar a firmeza do traçado a mão livre,


desenhe 10 linhas verticais, 10 inclinadas e 10 horizontais:

2 Trace 10 linhas horizontais e 10 linhas verticais utilizando a técnica de


ligação de dois pontos:

109
3 Em uma folha em branco, com o objetivo de treinar a precisão do traço, desenhe
um arco e uma circunferência, usando as seguintes linhas de construção.

ARCO

CIRCUNFERÊNCIA

4 Desenhe 3 círculos de 8cm de diâmetro cada e, inscritos neles, esboce a mão livre
um triângulo, um quadrado e um hexágono, respectivamente, de acordo com o
modelo a seguir. Observe para que a divisão dos ângulos esteja proporcional.

5 Ordene as fases de construção da perspectiva isométrica a seguir, enumerando-


os de 1 a 5:

FONTE: <https://pt.slideshare.net/MarcoBernardes1/38083393-01iniciacaoaodesenhotecnicoexe
rcicios>. Acesso em: 10 jul. 2018.

110
6 Ordene as fases de construção da perspectiva isométrica a seguir,
enumerando-as de 1 a 5:

FONTE: <https://pt.slideshare.net/MarcoBernardes1/38083393-01iniciacaoaodesenhotecnic
oexercicios>. Acesso em: 10 jul. 2018.

7 Em uma folha em branco, treine o desenho de um cone de 5cm de diâmetro


por 10cm de altura, em perspectiva, observando para manter as suas
proporções originais.

FONTE: <http://www.mkmouse.com.br/livros/CursoCompletodeDesenho-MozartCouto-
Vol01de06.pdf>. Acesso em: 19 jul. 2018.

8 Em uma folha em branco, desenhe um cubo de 5cm em perspectiva


isométrica. A partir dele, trace círculos circunscritos em suas três faces
aparentes, conforme o exemplo que segue.

01 - Marcar dimensões 02 - Traçar face e


dividir em quatro
partes iguais

111
03 - Traçado das 04 - Concluir traçado 05 - Apagar linhas de
linhass curvas das linhas curvas construção e reforçar
contornos
FONTE: Adaptado de Dorneles (s.d.)

9 Em uma folha em branco, desenhe o cubo a seguir, considerando os


seguintes passos para a construção do desenho:
LH LH LH LH

FONTE: <http://www.pandia.ru/text/77/451/5719.php>. Acesso em: 19 jul. 2018.

10 Em uma folha em branco, desenhe o cilindro a seguir, considerando os


seguintes passos para a construção do desenho:

FONTE: <http://www.pandia.ru/text/77/451/5719.php>. Acesso em: 19 jul. 2018.

112
11 Em uma folha em branco, faça um esboço a mão livre dos prismas a seguir:

Prisma Prisma Prisma Prisma


Triangular Pentagonal Hexagonal Quadrangular
FONTE: <http://maquina2012.blogspot.com/2012/10/poliedros-1-solidos-geometricos-os.
html>. Acesso em: 19 jul. 2018.

12 Nos espaços em branco, faça um esboço a mão livre os prismas a seguir:

113
AUTOATIVIDADE FINAL:

13 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


transcreva este esboço de vistas ortográficas, utilizando as linhas hachuradas
para representar as sombras.

FONTE: <https://br.pinterest.com/pin/710513278682710168/>. Acesso em: 19 jul. 2018.

114
RESUMO DO TÓPICO 4
• O desenho a mão livre é uma etapa inicial para o desenho final. Ele deve ter
qualidade, ser proporcional, e com traço uniforme.

• Para elaborar um desenho a mão livre, o profissional deve seguir determinados


princípios (proporção, enquadramento, eixos centrais, verticalidade,
paralelismo, profundidade, luz e sombra, textura).

• No traçado das linhas, é muito importante manter a verticalidade e o paralelismo.

• É importante evitar o uso excessivo de borracha para apagar linhas de


construção ou erros.

• Aprenda a controlar a intensidade do traço através da pressão do lápis ou


lapiseira sobre o papel.

• O estudo inicial deverá ser realizado com traços tão leves que, ao reforçar os
contornos definitivos, as linhas de construção percam a ênfase, não havendo a
necessidade de apagá-las.

115
116
UNIDADE 3

AS REPRESENTAÇÕES DO
DESENHO TÉCNICO

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:

• ter o entendimento de quais são os elementos fundamentais do desenho,


representados através das vistas e cortes;

• adquirir os conhecimentos necessários para a representação do desenho


de edificações, tais como as plantas baixas e cortes;

• apresentar um entendimento sobre os elementos que caracterizam o desenho


de circuitos elétricos prediais, com seus elementos, simbologias e esquemas.

PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.

TÓPICO 1 – ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO

TÓPICO 2 – DESENHO DE EDIFICAÇÕES: PLANTA BAIXA E CORTE

TÓPICO 3 – DESENHO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS PREDIAIS:


ELEMENTOS, SIMBOLOGIAS E ESQUEMAS

117
118
UNIDADE 3
TÓPICO 1

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO

1 INTRODUÇÃO
Sabe-se que o desenho técnico pode ser aplicado às áreas das engenharias
e da arquitetura, para representar diversas escalas de projeto. Nesta etapa do
livro de estudos, estudaremos determinadas especificidades, relativas ao desenho
técnico, que contribuirão para o seu entendimento acerca deste tema.

Assim, esta unidade está dividida em três tópicos, que objetivam aprofundar,
cada um deles, os direcionamentos que o desenho técnico pode adquirir. No
Tópico 1 estudaremos os princípios que regem o desenho técnico para peças e
componentes, direcionados para a área de engenharia mecânica e afins.

No Tópico 2, estudaremos os princípios que regem o projeto arquitetônico,


direcionados para a área de arquitetura, especificamente.

E, por fim, no Tópico 3, estudaremos os princípios que regem o projeto de


circuitos elétricos prediais, direcionados para a área de engenharia elétrica. Esta
abordagem possibilitará que você, acadêmico, possa ter uma compreensão ampla
da aplicabilidade do desenho técnico, direcionando os seus estudos para uma
destas áreas de atuação, conforme as suas aptidões.

2 DESENHO DE VISTAS
Neste Tópico 1 estudaremos, portanto, alguns aspectos do desenho
técnico que estão diretamente relacionados ao projeto de peças e componentes.
Relativo a esta escala, temos que as vistas e os cortes são as principais formas de
representar, em desenho técnico, uma peça ou componente. As vistas nos elucidam
como são as suas faces externas, e os cortes nos representam o seu interior, e
os seus elementos construtivos. Com relação às vistas, de acordo com Gislon
(2016), as representações gráficas obtidas através da projeção ortográfica de um
objeto corresponderão a três vistas principais: a vista frontal (projeção no plano
vertical), a vista superior (projeção no plano horizontal) e a vista lateral esquerda
(projeção no plano de perfil). Estas vistas serão representadas dependendo das
características do objeto, e das informações que devem ser representadas, no
desenho, relativas a ele.
119
UNIDADE 3 | AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO

QUADRO 1 – TIPOS DE VISTAS

VISTAS  REPRESENTAÇÃO DESCRIÇÃO

Vistas São, em geral, as vistas mais representativas de um objeto.


necessárias e Na maioria das representações da engenharia e do design
suficientes industrial, são utilizadas três vistas (vista frontal, vista lateral e
vista superior). A vista mais importante de um objeto é a vista
frontal. Em relação à arquitetura, são representadas quatro
vistas para uma edificação (que chamamos de fachadas).

Vistas Quando as peças forem simétricas, suas vistas podem ser


de peças representadas pela metade, sempre que a linha de simetria
simétricas dividir a vista em duas partes iguais, ou quando as linhas de
(meia-vista)
simetria dividirem em quatro partes idênticas.

Vistas Um objeto só se apresenta com sua verdadeira grandeza


auxiliares quando está projetado em um plano paralelo. No entanto,
existem objetos com uma ou mais faces inclinadas que
também precisamos representar de forma verdadeira. Para
isso, utiliza-se o recurso das vistas auxiliares. Em geral são
vistas oblíquas com relação ao objeto.

Vistas Quando precisam os representar peças muito longas, a peça


encurtadas pode ter seu desenho simplificado, mostrando somente as
(linhas de partes que contêm detalhes importantes. A interrupção é feita
interrupção)
com um traçado com linha estreita. É importante observar
que, mesmo que a peça seja interrompida, a cota será contínua.

FONTE: Adaptado de Gislon (2016)

120
TÓPICO 1 | ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO

AUTOATIVIDADE

1 Analise as informações a seguir, e preencha as lacunas com as alternativas


corretas:

a) A ............................................................ é, em geral, a vista mais representativa


de um objeto.
b) A ............................................................ (meia-vista) é representada pela
metade, sempre que a linha de simetria dividir a vista em duas partes iguais,
ou quando as linhas de simetria dividirem em quatro partes idênticas.
c) A ............................................................ é utilizada quando precisamos
representar objetos com uma ou mais faces inclinadas.
d) A ............................................................ (linha de interrupção) é utilizada
quando precisamos representar peças muito longas.

2 As vistas são formas de representação ortográfica de um objeto, e têm


por função fornecer os detalhes que servirão de base para a sua execução.
Analise as vistas a seguir e indique se estas são:

a) Vistas necessárias e suficientes.


b) Vistas de peças simétricas (meia-vista).
c) Vistas auxiliares.
d) Vistas encurtadas (linha de interrupção).
FONTE: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfST8AG/desenho-tecnico-basico-maria-
teresa-miceli>. Acesso em: 5 set. 2018.

3 Selecione qual das alternativas a seguir corresponde a uma peça que precisaria
ser representada com uma vista auxiliar (oblíqua em relação ao objeto):

( ) ( ) ( ) ( )
FONTE: Adaptado de Google Images (2018)

121
UNIDADE 3 | AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO

4 Selecione qual das alternativas a seguir corresponde a uma peça que está
sendo representada com uma vista encurtada:

( ) ( ) ( )
FONTE: Adaptado de Google Images (2018)

5 Selecione qual das alternativas abaixo corresponde a uma peça que poderia
ser representada com uma vista simétrica (meia-vista):

( ) ( ) ( )
FONTE: Adaptado de Google Images (2018)

AUTOATIVIDADE FINAL:

6 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


desenhe pelo menos 1 vista necessária e suficiente; 1 vista de peça simétrica,
1 vista auxiliar; e 1 vista encurtada. Retire estes exemplos das atividades
apresentadas anteriormente.

3 DESENHO DE CORTES
O corte é a representação utilizada para revelar a parte interna de um objeto.
Em sua representação, o objeto é cortado por um plano vertical imaginário e a
parte anterior a este plano é removida, deixando à mostra o seu interior (GISLON,
2016). A indicação do local onde passam os cortes, deve ser feita na vista superior,
através de uma linha traço e ponto. Junto à linha, uma seta, posicionada no sentido
da visualização do corte, mostra o sentido para o qual o observador está olhando.
Algumas observações importantes, com relação à forma de representação dos
cortes baseados em Gislon (2016):

• Os cortes devem ser nomeados, para facilitar a leitura do desenho. Este nome
é, em geral, representado com uma letra maiúscula.
• As partes interceptadas pelo plano de corte são representadas com hachuras.

Tal como as vistas de um objeto, os tipos de cortes também variam, de


acordo com as características do que se pretende representar. Eis os principais
tipos, a serem considerados em Desenho Técnico baseados em Gislon (2016):

122
TÓPICO 1 | ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO

QUADRO 2 – TIPOS DE CORTES

TIPOS DE
DESCRIÇÃO
CORTES
Corte total É um corte pleno, que representa a peça em toda sua extensão. É resultado da
intersecção longitudinal ou transversal do objeto.
Meio-corte É um corte aplicado quando temos um objeto simétrico. Ele tem o intuito de
simplificar sua representação, e mostrar detalhes internos e externos, em um
único desenho.
Corte parcial É um corte realizado em uma pequena extensão do objeto, para mostrar um
detalhe pequeno. A linha que, no corte parcial, separa a parte cortada da parte
não cortada chama-se linha de corte. Os elementos internos da peça, que não
são atingidos pelo corte parcial, não precisam ser representados no desenho
técnico.
Corte em É um corte que apresenta mais de um plano de corte, em um mesmo desenho.
desvio

FONTE: Gislon (2016)

DICAS

• As hachuras devem ser feitas em traço estreito e suave, com os instrumentos


de desenho apropriados.
• As hachuras devem ter espaçamento e direção do ângulo de inclinação uniformes em
um mesmo desenho ou objeto, normalmente com um ângulo de 45° em relação às
linhas de contorno principais do objeto.

123
AUTOATIVIDADE

1 Assinale com um X a alternativa que completa corretamente a afirmação:


corte total é aquele que:

a) ( ) Atinge apenas as partes maciças da peça.


b) ( ) Divide a peça horizontalmente.
c) ( ) Representa a peça em toda sua extensão.
d) ( ) É aplicado quando temos um objeto simétrico.

2 Complete as frases nas linhas indicadas, selecionando as alternativas


corretas, de acordo com as opções apresentadas.

A linha que, no corte parcial, separa a parte cortada da parte não cortada
chama-se ................................................
a) ( ) Linha de corte.
b) ( ) Linha de ruptura.
c) ( ) Linha para arestas e contornos não visíveis.

O corte parcial pode ser representado quando ................................................


a) ( ) Representa a peça em toda sua extensão.
b) ( ) Se quer mostrar apenas um detalhe pequeno do objeto.

Os elementos internos da peça, que não são atingidos pelo corte parcial, ........
........................................
a) ( ) Devem ser representados no desenho técnico.
b) ( ) Não precisam ser representados no desenho técnico.

3 Analise os desenhos apresentados a seguir, e descreva para que são


utilizadas as hachuras em desenho técnico.

........................................................................................................................................
........................................................................................................................................
FONTE: <http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_marcio/wp-content/uploads/
sites/13/2014/09/Apostila-Desenho-Mecanico-I-Parte.pdf>. Acesso em: 5 set. 2018.

124
4 Assinale com um X o desenho que representa uma peça secionado por um
plano de corte longitudinal horizontal.

( ) ( ) ( )
FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

5 Assinale com um X a alternativa que corresponde à perspectiva isométrica


sem corte do modelo do exercício anterior.

( ) ( ) ( )
FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

6 Observe as vistas ortográficas a seguir, e selecione qual delas está


representada em corte.

( ) ( )

( )
FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

125
7 Observe as vistas ortográficas a seguir, e selecione em qual delas está
representada a indicação do plano de corte.

( ) ( )

( )
FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

8 A peça a seguir está recebendo um plano de corte horizontal. Em uma


folha em branco, desenhe as vistas frontal, lateral e superior da peça,
representando com hachuras as partes cortadas.

FONTE: <https://www.dca.ufrn.br/~acari/Desenho%20Mecanico/06_Cortes%20e%20
Secoes.pdf>. Acesso em: 5 set. 2018.

9 As peças a seguir estão recebendo um plano de corte vertical. Em uma


folha em branco, desenhe as vistas frontal, lateral e superior de cada peça,
representando com hachuras as partes cortadas.
a)

FONTE: <https://www.dca.ufrn.br/~acari/Desenho%20Mecanico/06_Cortes%20
e%20Secoes.pdf>. Acesso em: 5 set. 2018.

126
b)

FONTE: <https://www.dca.ufrn.br/~acari/Desenho%20Mecanico/06_Cortes%20
e%20Secoes.pdf>. Acesso em: 5 set. 2018.
c)

FONTE: <https://www.dca.ufrn.br/~acari/Desenho%20Mecanico/06_Cortes%20
e%20Secoes.pdf>. Acesso em: 5 set. 2018.

d)

FONTE: <https://www.dca.ufrn.br/~acari/Desenho%20Mecanico/06_Cortes%20
e%20Secoes.pdf>. Acesso em: 5 set. 2018.

e)

FONTE: <https://www.dca.ufrn.br/~acari/Desenho%20Mecanico/06_Cortes%20
e%20Secoes.pdf>. Acesso em: 5 set. 2018.

127
f)

FONTE: <https://www.dca.ufrn.br/~acari/Desenho%20Mecanico/06_Cortes%20
e%20Secoes.pdf>. Acesso em: 5 set. 2018.

g)

FONTE: <https://www.dca.ufrn.br/~acari/Desenho%20Mecanico/06_Cortes%20
e%20Secoes.pdf>. Acesso em: 5 set. 2018.

10 A peça a seguir está recebendo dois planos de corte. Em uma folha em


branco, desenhe as vistas frontal, lateral e superior da peça, representando
com hachuras as partes cortadas.

FONTE: <https://www.dca.ufrn.br/~acari/Desenho%20Mecanico/06_Cortes%20e%20
Secoes.pdf>. Acesso em: 5 set. 2018.

128
11 Em uma folha em branco, desenhe a vista superior e o corte da peça a seguir.
Observe para manter a proporcionalidade da peça, no desenho.

FONTE: <https://www.dca.ufrn.br/~acari/Desenho%20Mecanico/06_Cortes%20e%20
Secoes.pdf>. Acesso em: 5 set. 2018.

12 O sólido a seguir está recebendo um plano de meio corte. Selecione a


alternativa que apresenta a representação correta deste corte:

( ) ( ) ( )
FONTE: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfST8AG/desenho-tecnicobasico-maria-
teresa-miceli>. Acesso em: 6 set. 2018.

13 Analise a perspectiva da peça, com a indicação dos locais por onde passam
os planos de corte, e represente, nas vistas ortográficas, o que é pedido:

a) Represente a indicação dos planos de corte.


b) Hachure as partes maciças atingidas pelos cortes.
c) Escreva o nome do corte, no local apropriado.

129
...........................................................
FONTE: <https://pt.scribd.com/document/357444761/AP-DESTEC-SONIA-pdf>.
Acesso em: 6 set. 2018.

14 Analise a perspectiva da peça, com a indicação dos locais por onde passam
os planos de corte, e represente, nas vistas ortográficas, o que é pedido:

a) Represente a indicação dos planos de corte.


b) Hachure as partes maciças atingidas pelos cortes.
c) Escreva o nome do corte, no local apropriado.

...........................................................
FONTE: <https://pt.scribd.com/document/357444761/AP-DESTEC-SONIA-pdf>.
Acesso em: 6 set. 2018.

130
15 Analise a perspectiva da peça, com a indicação dos locais por onde passam
os planos de corte, e represente, nas vistas ortográficas, o que é pedido:

a) Represente a indicação dos planos de corte.


b) Hachure as partes maciças atingidas pelos cortes.
c) Escreva o nome do corte, no local apropriado.

...........................................................
FONTE: <https://pt.scribd.com/document/357444761/AP-DESTEC-SONIA-pdf>.
Acesso em: 6 set. 2018.

16 Analise a peça a seguir, e selecione a alternativa que apresenta o seu corte.

( ) ( ) ( ) ( )
FONTE: <http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_marcio/wp-content/uploads/
sites/13/2014/09/Apostila-Desenho-Mecanico-I-Parte.pdf>. Acesso em: 6 set. 2018.

17 De acordo com o modelo apresentado, represente o corte pleno e o meio


corte das peças a seguir.

131
FONTE: <http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_marcio/wp-content/uploads/
sites/13/2014/09/Apostila-Desenho-Mecanico-I-Parte.pdf>. Acesso em: 6 set. 2018.

132
18 Analise os desenhos de cada uma das colunas. A coluna A representa cada
uma das peças em perspectiva. A coluna B, representa as mesmas peças,
cortadas pelo plano de corte. E a coluna C, representa o plano de corte das
peças. Represente, com hachuras, nas colunas B e C, as partes cortadas. 

FONTE: <https://pt.scribd.com/document/357444761/AP-DESTEC-SONIA-pdf>.
Acesso em: 6 set. 2018.

19 Analise as perspectivas das peças a seguir, em corte. Represente, com


hachuras, nas vistas das peças, as partes que estão sendo cortadas.

a)

133
b)

c)

FONTE: <https://pt.scribd.com/document/357444761/AP-DESTEC-SONIA-pdf>.
Acesso em: 7 set. 2018.

20 Observe a peça a seguir, e selecione a alternativa que apresenta a vista


superior e o corte desta peça.

( ) ( ) ( )
FONTE: Adaptado de Google Images (2018)

134
21 Assinale com um X as vistas ortográficas que correspondem ao modelo em
perspectiva, com a indicação dos dois planos de corte apresentados.

( ) ( )

( )
FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)

22 Correlacione as peças a seguir, com suas respectivas vistas:

Furo
Passante
Furos
Passantes

(a) (b)

135
Raio 5
(c) (d)

( ) ( )

( ) ( )

FONTE: Adaptado de Google Images (2018)

136
AUTOATIVIDADE FINAL:

23Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),
transcreva o desenho a seguir. Não é necessário representar o desenho em
escala, mas observe para manter as proporções originais, e para centralizar
o desenho na folha.

FONTE: <https://pt.scribd.com/document/357444761/AP-DESTEC-SONIA-pdf>.
Acesso em: 8 set. 2018.

137
RESUMO DO TÓPICO 1

• As vistas e os cortes são as formas de representar ortograficamente, em desenho


técnico, um objeto.

• As vistas nos elucidam como são as suas faces externas.

• Na maioria das representações da engenharia e do design industrial, são


utilizadas três vistas (vista frontal, vista lateral e vista superior).

• Os cortes nos representam o seu interior, e elementos construtivos.

• Os principais tipos de cortes são: o corte total, o meio-corte, o corte parcial, e o


corte em desvio.

• A indicação do local onde passam os cortes deve ser feita na vista superior,
através de uma linha traço e ponto.

• Junto à linha, uma seta, posicionada no sentido da visualização do corte, mostra


o sentido para o qual o observador está olhando.

• As partes interceptadas pelo plano de corte são representadas com hachuras.

138
UNIDADE 3
TÓPICO 2

DESENHO DE EDIFICAÇÕES: PLANTA BAIXA E CORTE

1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, estudaremos alguns aspectos do desenho técnico, que estão
diretamente relacionados ao projeto de edificações. Assim, veremos as duas
principais formas de representação nesta escala: as plantas baixas e os cortes.

2 PLANTAS BAIXAS
Em desenho técnico, a planta baixa é uma seção obtida ao passar um plano
horizontal na edificação, a uma altura entre 1,20 e 1,50m, em paralelo ao plano
de piso. A planta baixa representará os ambientes internos da edificação, e nela
estarão representadas as portas, janelas, paredes etc.

Em edificações de múltiplos pavimentos, deve haver uma planta baixa


para cada pavimento. Nesta situação, caso haja plantas repetidas para vários
pavimentos, estas devem ser nomeadas "planta tipo", e nelas deverão estar
indicados a qual pavimento aquela planta é relativa.

De modo geral, toda planta baixa deve conter, no mínimo: paredes, portas,
janelas, circulações verticais (quando houver), peças hidrossanitárias, cotas,
níveis, elementos em projeções, indicação dos cortes, e indicação do norte e escala
(GISLON, 2016). Existem, ainda, convenções específicas, para a representação das
plantas baixas. São elas:

QUADRO 3 – ELEMENTOS DAS PLANTAS BAIXAS

ELEMENTO DESCRIÇÃO
Paredes As paredes cortadas pelo plano horizontal são representadas em traço forte.
Para paredes que vão do piso ao teto, utilizamos traço grosso contínuo e, para
paredes de meia altura, utilizamos traço médio contínuo, indicando a altura
correspondente. As paredes podem aparecer preenchidas por cor sólida, ou
com representação do revestimento das alvenarias. Conforme os elementos
afastam-se do campo de visão, o traço ganha contornos mais finos.
Portas Os tipos de portas existentes são variados, e para cada um há uma forma
correta de representação. Desenhamos a folha da porta cortada pelo plano
horizontal, e os demais elementos presentes na esquadria: vistas, marcos,
maçanetas (conforme a escala). A soleira terá um traço fino, que acompanha o
alinhamento da parede.

139
UNIDADE 3 | AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO

Janelas Devem ser representadas em corte, mostrando os elementos constituintes


da esquadria, como as folhas, os marcos e as vistas. O peitoril também
deverá aparecer e, como está mais baixo do que a linha das paredes, deve
ser representado com traço fino. Em cada uma das esquadrias deverão estar
indicadas as suas dimensões.
Circulações Existem vários tipos de circulações verticais, como as rampas, os elevadores, as
verticais escadas etc. As mais comuns são as escadas, que devem ser representadas com
os degraus (dentro do plano de corte horizontal) em traço contínuo, e com os
degraus não visíveis (em projeção), em linha tracejada. Ambos, são separados por
uma linha de interrupção. É recomendável ainda numerar os degraus, desenhar
os corrimãos, e utilizar uma seta, que indique o sentido em que se sobe a escada.
Equipamentos Os elementos que compõem a planta baixa, tais como o mobiliário, não são
hidráulicos obrigatórios de representar. É necessário apenas a representação de equipamentos
hidráulicos, pois esta informação é importante para a execução da obra.
Cotas e textos A cotagem de plantas baixas deve seguir as mesmas recomendações que estão
apresentadas na Unidade 1 deste livro de estudos. Cada ambiente deve ser
nomeado e receber a indicação da área, em m2.
Níveis A simbologia de nível é utilizada para informar as alturas do terreno e dos
pisos, sempre em relação a uma referência de nível prefixada, igual à zero.
Normalmente, o nível zero é o nível da rua ou do terreno. Os níveis devem ser
sempre indicados em metros, e acompanhados do sinal negativo (abaixo) ou
positivo (acima) de acordo com o nível de referência.
Elementos em Quando um elemento estiver situado acima do plano de corte da planta baixa, ele
projeção não estará visível, mas sua representação é importante e, por isso, são utilizadas
linhas tracejadas. Os beirais das coberturas, os elementos estruturais (vigas), os
mezaninos, as caixas d’água e as escadas são representados em projeção.
Indicação de Nos desenhos, deve ser indicado o lugar por onde o plano de corte vertical
cortes intercepta a planta baixa.
Indicação do A indicação do norte deve ser utilizada para informar a posição solar da edificação.
norte

FONTE: Gislon (2016)

Por fim, seguir uma sequência de montagem da planta baixa facilitará,


em grande medida a execução do desenho. Esta sequência considera os seguintes
passos, de acordo com Gislon (2016):

1. Inicie pela representação das paredes, com linhas em traço leve, deixando para
dar espessura reforçada às paredes no final do desenho.
2. Após traçar todas estas linhas iniciais das paredes, faça a representação dos
vãos das aberturas.
3. Em seguida, trace as linhas dos desníveis e das transições dos pisos, bem como
escadas (se houver).
4. Faça a representação de todos os elementos em projeção, com linhas tracejadas.
5. Desenhe as portas e as janelas, em seus respectivos vãos.
6. Desenhe os equipamentos hidráulicos (em banheiros, cozinhas, áreas de
serviço, churrasqueiras etc.).
7. Escreva os nomes dos ambientes, indicando as suas respectivas áreas. Indique
também as dimensões das esquadrias.

140
TÓPICO 2 | DESENHO DE EDIFICAÇÕES: PLANTA BAIXA E CORTE

8. Depois de escrever todos os textos, desenhe as linhas dos pisos.


9. Agora, coloque as cotas e os níveis.
10. Para finalizar, coloque as indicações dos cortes e outros detalhes pertinentes.

DICAS

• Conforme os elementos afastam-se do campo de visão, o traço ganha


contornos mais finos.
• O nível de detalhamento deve acompanhar o nível de ampliação do desenho (escala).

AUTOATIVIDADE

1 Com os instrumentos de desenho apropriados, desenhe, em uma folha A4,


a planta baixa de uma sala de 4 x 3,5m, com uma janela de 2,0 x 1,2m com
peitoril de 1m centralizada na parede mais larga e uma porta de 0,9 x 2,1m
centralizada na parede oposta à janela. Use a escala 1:100.

2 Analise os desenhos a seguir, e indique para qual representação este plano


de corte é utilizado.

FONTE: Adaptado de <http://www.ceap.br/material/MAT14032013210601.pdf>.


Acesso em: 8 set. 2018.

a) Planta baixa.
b) Corte longitudinal.
c) Corte transversal.
d) Fachada principal.
e) Fachada lateral.

141
UNIDADE 3 | AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO

3 Dentre as opções a seguir, selecione aquela que corresponde ao elemento


indicado, com a seta, no desenho.

FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/presentation/341301593/Aula-Projeto-de-


Arquitetura-Puc-Goias>. Acesso em: 8 set. 2018.

a) Paredes.
b) Portas.
c) Janelas.
d) Cotas.
e) Elementos em projeção.

4 Dentre as opções a seguir, selecione aquela que corresponde ao elemento


indicado, com a seta, no desenho.

FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/presentation/341301593/Aula-Projeto-de-


Arquitetura-Puc-Goias>. Acesso em: 8 set. 2018.

a) Paredes.
b) Portas.
c) Janelas.
d) Linhas dos pisos.
e) Elementos em projeção.

5 Dentre as opções a seguir, selecione aquela que corresponde ao elemento


indicado, com a seta, no desenho.

FONTE: Adaptado de <http://www.ceap.br/material/MAT14032013210601.pdf>.


Acesso em: 8 set. 2018.

142
TÓPICO 2 | DESENHO DE EDIFICAÇÕES: PLANTA BAIXA E CORTE

a) Cotas.
b) Níveis.
c) Projeção de beiral.
d) Indicação de cortes.
e) Indicação do norte.

6 Dentre as opções a seguir, selecione aquela que corresponde ao elemento


indicado, com a seta, no desenho.

FONTE: Adaptado de <http://www.ceap.br/material/MAT14032013210601.pdf>.


Acesso em: 8 set. 2018.

a) Paredes.
b) Portas.
c) Janelas.
d) Cotas.
e) Elementos em projeção.

7 Dentre as opções a seguir, selecione aquela que corresponde ao elemento


indicado, com a seta, no desenho.

FONTE: Adaptado de <http://www.ceap.br/material/MAT14032013210601.pdf>.


Acesso em: 8 set. 2018.

143
UNIDADE 3 | AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO

a) Paredes.
b) Portas.
c) Janelas.
d) Cotas.
e) Elementos em projeção.

8 Dentre as opções a seguir, selecione aquela que corresponde ao elemento


indicado, com a seta, no desenho.

FONTE: Adaptado de <http://www.ceap.br/material/MAT14032013210601.pdf>.


Acesso em: 8 set. 2018.

a) Cotas.
b) Níveis.
c) Elementos em projeção.
d) Indicação de cortes.
e) Indicação do norte.

9 Analise os desenhos a seguir, e selecione aquele que possui a representação


da espessura de linhas mais correta, a ser utilizada em planta baixa, para a
representação de paredes.

( ) ( )
FONTE: Adaptado de <http://www.ceap.br/material/MAT14032013210601.pdf>.
Acesso em: 8 set. 2018.

144
TÓPICO 2 | DESENHO DE EDIFICAÇÕES: PLANTA BAIXA E CORTE

10 Correlacione os elementos enumerados no desenho, com suas respectivas


representações.

FONTE: Adaptado de <http://www.ceap.br/material/MAT14032013210601.pdf>.


 Acesso em: 8 set. 2018.

a) Tipo de piso ( ).
b) Nome do ambiente ( ).
c) Área total ( ).
d) Cota de nível ( ).

11 Correlacione os elementos enumerados no desenho, com suas respectivas


representações.

FONTE: Adaptado de <http://www.ceap.br/material/MAT14032013210601.pdf>.


Acesso em: 8 set. 2018.

a) Projeção do reservatório ( ).
b) Projeção dos elementos de iluminação natural ( ).
c) Projeção dos degraus da escada acima do corte ( ).
d) Projeção da cobertura ( ).

145
UNIDADE 3 | AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO

12 Enumere os desenhos a seguir, indicando como se dá a sequência de


construção de uma planta baixa em desenho técnico.

( ) ( ) ( )
FONTE: Adaptado de <http://www.ceap.br/material/MAT14032013210601.pdf>.
Acesso em: 8 set. 2018.

13 Enumere os desenhos a seguir, indicando como se dá a sequência de


construção de uma planta baixa em desenho técnico.

( ) ( )

( ) ( )

146
TÓPICO 2 | DESENHO DE EDIFICAÇÕES: PLANTA BAIXA E CORTE

( )

FONTE: Gislon (2016)

14 Correlacione os elementos enumerados no desenho, com suas respectivas


representações.

FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/presentation/341301593/Aula-Projeto-de-


Arquitetura-Puc-Goias>. Acesso em: 9 set. 2018.

a) Porta de correr ( ).
b) Porta de abrir ( ).
c) Porta pivotante com eixo central ( ).
d) Porta sanfonada ( ).
e) Porta pantográfica em formato camarão ( ).

147
UNIDADE 3 | AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO

15 Correlacione os elementos enumerados no desenho, com suas respectivas


representações.

FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/presentation/341301593/Aula-Projeto-de-


Arquitetura-Puc-Goias>. Acesso em: 9 set. 2018.

16 Em uma folha em branco, transcreva a planta baixa a seguir, na escala 1:100.


Observe para constar, em seu desenho, todas as informações (gráficas e
escritas), apresentadas no modelo.

FONTE: <https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/0/0d/ARU_TMC_PBA_Apostila_Parte_A.
pdf>. Acesso em: 9 set. 2018.

148
TÓPICO 2 | DESENHO DE EDIFICAÇÕES: PLANTA BAIXA E CORTE

17 Em uma folha em branco, transcreva a planta baixa a seguir, na escala 1:100.


Observe para constar, em seu desenho, todas as informações (gráficas e
escritas), apresentadas no modelo.

FONTE: <http://cad.cursosguru.com.br/normas-tecnicas/como-fazer-uma-previsao-de-
cargas-usando-a-norma-brasileira-para-engenharia-civil/>. Acesso em: 9 set. 2018.

18 Em uma folha em branco, transcreva a planta baixa a seguir, na escala 1:100.


Observe para constar, em seu desenho, todas as informações (gráficas e
escritas), apresentadas no modelo.

FONTE: <http://www.ceap.br/material/MAT14032013210601.pdf>. Acesso em: 9 set. 2018.

149
UNIDADE 3 | AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO

19 Em uma folha em branco, transcreva a planta baixa a seguir, na escala 1:100.


Observe para constar, em seu desenho, todas as informações (gráficas e
escritas), apresentadas no modelo.

FONTE: <http://andreprojetosedesenhos.blogspot.com/2012/06/planta-baixa-layout.html>.
Acesso em: 9 set. 2018.

AUTOATIVIDADE FINAL:

20 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), transcreva
a planta baixa a seguir, na escala 1:100. Observe para constar, em seu desenho,
todas as informações (gráficas e escritas), apresentadas no modelo.

FONTE: <https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/a/a3/ARU_TMC_PBA_Apostila_Parte_B.
pdf>. Acesso em: 9 set. 2018.

150
TÓPICO 2 | DESENHO DE EDIFICAÇÕES: PLANTA BAIXA E CORTE

3 CORTES
Em desenho técnico, o corte é uma seção obtida ao passar um plano vertical
(longitudinal ou transversal) na edificação, que intercepta as paredes, janelas,
portas, lajes, fundações e coberturas. Sua principal função é apresentar todas
as alturas destes elementos. No projeto de edificações, em geral, são realizados
dois cortes, um longitudinal (acompanhando a maior dimensão da edificação)
e outro transversal (acompanhando a menor dimensão), que complementam
as informações contidas em planta baixa. No desenho de cortes, estes devem
apresentar (GISLON, 2016):

• As fundações, solos e aterros.


• Os elementos seccionados (paredes, portas, janelas, vergas, lajes, vigas etc.).
• As dimensões de janelas, portas, seções de paredes, vergas, lajes e o pé-direito
de todos os pavimentos.
• Os equipamentos hidráulicos.
• As texturas de revestimentos.
• Níveis, cotas e o nome de todos os ambientes cortados pela linha de corte.
• Existem, ainda, algumas convenções específicas para a representação de cortes
em desenho técnico. São elas:

QUADRO 4 – ELEMENTOS DOS CORTES

ELEMENTO DESCRIÇÃO
Paredes Nos cortes, as paredes podem aparecer cortadas, ou em vista. Ambas seguem
o mesmo desenho da planta baixa: paredes cortadas são representadas com
traço forte, e paredes em vista, com traços finos.
Lajes e vigas As lajes e as vigas devem ser representadas através de linhas paralelas, com
traço grosso, e preenchidas por hachuras que indicam o material (por ex.
concreto).
Fundações Nos cortes, recomenda-se que sejam representadas, no mínimo, as vigas de
fundação, para fornecer uma noção geral da solução estrutural.
Esquadrias Também, recomenda-se que as janelas e as portas cortadas sejam representadas
com, no mínimo, seus marcos e folhas, e que seja indicado o sentido de abertura.
Piso e O piso é representado logo acima do contrapiso, e deve ser traçado com linha
contrapiso fina. O contrapiso costuma ser representado com 10 cm de espessura.
Beirais O beiral é um prolongamento do telhado, a partir da parede externa. Pode ser
plano ou inclinado. Na planta baixa, os beirais aparecerão como um elemento
em projeção mas, no corte, sua representação deverá ser completa.
Equipamentos Os equipamentos hidráulicos serão representados em vista, e devem ser
hidráulicos desenhados sem muito detalhamento.
Níveis Todos os níveis devem ser indicados no corte, mesmo que em planta esta
informação se repita. Em corte, a simbologia é diferente: ao invés de vermos o
nível de cima, no corte o vemos de perfil.

FONTE: Gislon (2016)

151
UNIDADE 3 | AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO

De acordo com Gislon (2016), o posicionamento dos cortes deve considerar


a quantidade de elementos significativos, do projeto, a serem representados nos
desenhos (pés-direitos ou níveis variáveis, esquadrias, escadas etc.). Para facilitar
a leitura dos cortes, eles devem estar representados nas plantas baixas, contendo
uma linha contínua grossa (indicando o plano de corte), uma seta (indicando o
sentido de visualização do corte), e uma letra, indicando o nome do corte, que
começará sempre pelo “A”. A cotagem dos cortes pode ser feita de duas maneiras,
tanto fora do corte, quanto dentro do próprio corte. Isto dependerá da quantidade
de informações que terá o desenho. Para realizar a sequência de montagem do
corte, siga os seguintes passos, de acordo com Gislon (2016):

1. Trace, de fora a fora, a linha de corte na planta baixa.


2. Depois de traçada a linha, represente as setas da linha de corte, apontadas
para o sentido da visualização do corte. Este será seu desenho de referência.
3. Com base neste desenho, trace na parte de baixo de uma folha em branco,
uma linha horizontal, para representar a linha do terreno (traço bem fino e
leve). Este será o nível 0,0.
4. “Puxe” linhas auxiliares verticais bem finas para cada um dos elementos que
serão representados no corte (paredes, portas, janelas etc.).
5. Marque, a partir da linha do terreno, o nível interno da edificação, e trace uma
linha horizontal, dentro dos limites das paredes externas. Esta é a linha de piso.
6. Agora, apague a linha do terreno, que está dentro das paredes externas.
7. Marque a espessura do piso e trace uma linha horizontal para representá-lo.
8. Meça a altura das vigas de baldrame e trace-as, abaixo de cada uma das
paredes cortadas (esta altura é marcada a partir da linha de contrapiso).
9. Trace a altura do pé-direito, a partir da linha do piso, marcando-a para cima.
10. Marque as alturas e desenhe-as, nas paredes que contenham aberturas.
11. A partir da linha de forro, meça, para baixo, a altura das vigas, e trace-as.
12. Meça e trace também a espessura da laje.
13. Apague, com cuidado, as linhas auxiliares.
14. Represente o revestimento cerâmico da parede.
15. Ressalte o contorno das linhas de paredes e elementos estruturais (vigas e lajes).
Lembre-se de que os traços das aberturas devem ser mais finos que os demais.
16. Finalize o desenho com a textura de concreto para os elementos estruturais
(vigas, lajes, contrapisos). Lembre-se de que esta textura deve ser suave.
17. Coloque as cotas de altura, os níveis e os textos informativos (se houver).

DICAS

• Aconselha-se que a planta baixa e o corte sempre estejam na mesma


escala, para facilitar a interpretação das informações.

152
AUTOATIVIDADE

1 Os desenhos a seguir representam as etapas de construção de uma planta


baixa. Descreva qual a finalidade da planta baixa, para o desenho técnico.

FONTE: <https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/0/0d/ARU_TMC_PBA_Apostila_Parte_A.
pdf>. Acesso em: 9 set. 2018.

.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................

2 Os desenhos a seguir representam as etapas de construção de um corte.


Descreva qual a finalidade do corte, para o desenho técnico.

FONTE: <https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/0/0d/ARU_TMC_PBA_Apostila_Parte_A.
pdf>. Acesso em: 9 set. 2018.

.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................

153
3 Os desenhos a seguir representam dois planos de corte, que seccionam a
edificação. Um deles, acompanha a maior dimensão da edificação, e o outro,
a menor. Indique qual é o nome de cada um destes cortes.

..................................................... .....................................................
FONTE: <https://pt.slideshare.net/lbc1994/apostila-de-desenho-tcnico-3>.
Acesso em: 9 set. 2018.

4 Indique qual é o nome de cada um dos elementos enumerados no desenho


a seguir.

(1) ................................... (2) .................................. (3) ...................................


FONTE: Adaptado de <https://edifica2009.files.wordpress.com/2009/12/aula-07-modo-de-
compatibilidade.pdf>. Acesso em: 9 set. 2018.

5 Indique qual é o nome de cada um dos elementos enumerados no desenho


a seguir.

(1) ................................... (2) .................................. (3) ...................................


FONTE: Adaptado de <https://edifica2009.files.wordpress.com/2009/12/aula-07-modo-de-
compatibilidade.pdf>. Acesso em: 9 set. 2018.

154
6 Indique qual é o nome de cada um dos elementos enumerados no desenho
a seguir.

(1) ................................... (2) .................................. (3) ...................................


FONTE: Adaptado de <https://edifica2009.files.wordpress.com/2009/12/aula-07-modo-de-
compatibilidade.pdf>. Acesso em: set. 2018.

7 Complete as lacunas, correlacionando cada elemento com sua respectiva


denominação.

FONTE: Adaptado de <http://www.pelotas.com.br/sinval/Apostila_DA_V2-2012.pdf>.


Acesso em: 9 set. 2018.

a) ( ) Sentido do corte.
b) ( ) Letra do corte.
c) ( ) Plano do corte.

8 Analise as informações a seguir, e assinale com verdadeiro (V) ou falso (F)


cada sentença.

FONTE: <http://www.ceap.br/material/MAT14032013210601.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018.

155
a) ( ) No desenho, observa-se a variação de pé-direito entre os ambientes.
b) ( ) Há uma janela em corte.
c) ( ) Há uma janela em vista, e uma porta em corte.
d) ( ) As cotas indicam as alturas da porta e da janela.
e) ( ) As cotas indicam a espessura das lajes.

9 Analise o corte a seguir, e selecione quais outros elementos estão


representados no desenho, além do terreno e da viga de fundação. 

VIGA DE FUNDAÇÃO
(BALDRAME)

TERRENO - ATERRO
TERRENO - PERFIL
NATURAL

FONTE: <http://www.pelotas.com.br/sinval/Apostila_DA_V2-2012.pdf>.
Acesso em: 10 set. 2018.

a) ( ) Cotas.
b) ( ) Parede.
c) ( ) Piso.
d) ( ) Porta.
e) ( ) Janela.

10 O corte a seguir apresenta elementos que informam a relação da edificação


com o solo. Selecione as alternativas que apresentam informações que
poderiam estar contidas neste desenho.

CONTRAPISO
PAREDE
PISO VIGA DE FUNDAÇÃO
(BALDRAME)

TERRENO - ATERRO

TERRENO - PERFIL NATURAL

FONTE: <http://www.pelotas.com.br/sinval/Apostila_DA_V2-2012.pdf>.
Acesso em: 10 set. 2018.

156
a) ( ) Nível do solo.
b) ( ) Porta em vista.
c) ( ) Janela em vista.
d) ( ) Nível da edificação.
e) ( ) Equipamentos hidráulicos.

11 Correlacione os elementos enumerados no desenho, com suas respectivas


representações.

FONTE: Adaptado de <https://pt.scribd.com/presentation/341301593/Aula-Projeto-de-


Arquitetura-Puc-Goias>. Acesso em: 10 set. 2018.

a) ( ) Porta simples em vista.


b) ( ) Janela simples em vista.
c) ( ) Janela dupla em vista.
d) ( ) Janela dupla em corte.
e) ( ) Porta simples em corte.
f) ( ) Janela simples em corte.

157
12 Correlacione os elementos enumerados no desenho, com sua respectiva
denominação.

FONTE: Adaptado de: <https://edifica2009.files.wordpress.com/2009/12/aula-07-modo-de-


compatibilidade.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018.

a) Laje ( ).
b) Janela em vista ( ).
c) Janela em corte ( ).
d) Porta em vista ( ).
e) Porta em corte ( ).

13 No corte a seguir estão representados elementos significativos do projeto,


que informam os detalhes para a sua execução (pés-direitos ou níveis
variáveis, esquadrias, escadas etc.). Complete as lacunas, correlacionando
cada elemento com sua respectiva denominação.

FONTE: Adaptado de <https://edifica2009.files.wordpress.com/2009/12/aula-07-modo-de-


compatibilidade.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018.

a) ( ) Nível do solo. f) ( ) Viga.


b) ( ) Fundação. g) ( ) Cotas.
c) ( ) Parede. h) ( ) Porta em vista.
d) ( ) Laje. i) ( ) Janela em corte.
e) ( ) Nível da edificação.
158
14 No corte a seguir estão representados elementos significativos do projeto,
que informam os detalhes para a sua execução (pés-direitos ou níveis
variáveis, esquadrias, escadas etc.). Complete as lacunas, correlacionando
cada elemento com sua respectiva denominação.

FONTE: Adaptado de <https://edifica2009.files.wordpress.com/2009/12/aula-07-modo-de-


compatibilidade.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018.

a) ( ) Nível do solo.
b) ( ) Fundação.
c) ( ) Parede.
d) ( ) Laje.
e) ( ) Nível da edificação.
f) ( ) Viga.
g) ( ) Cotas.
i) ( ) Porta em vista.
j) ( ) Janela em vista.

AUTOATIVIDADE FINAL:

15 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


transcreva o corte a seguir, na escala 1:50. Observe para constar, em seu
desenho, todas as informações (gráficas e escritas), apresentadas no modelo.

FONTE: <http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_rossano/wp-content/uploads/
sites/16/2014/10/desenho-arquitetonico.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018.

159
RESUMO DO TÓPICO 2

• A planta baixa é uma seção obtida ao passar um plano horizontal na edificação,


a uma altura entre 1,20 e 1,50m, em paralelo ao plano de piso.

• A planta baixa representará os ambientes internos da edificação.

• De modo geral, toda planta baixa deve conter, no mínimo: paredes, portas,
janelas, circulações verticais, peças hidrossanitárias, cotas, níveis, elementos
em projeções, indicação dos cortes, e indicação do norte e escala.

• O corte é uma seção obtida ao passar um plano vertical (longitudinal ou


transversal) na edificação, que intercepta as paredes, janelas, portas, lajes,
fundações e coberturas.

• A principal função do corte é apresentar todas as alturas destes elementos.

• No projeto de edificações, em geral, são realizados dois cortes, um longitudinal


(acompanhando a maior dimensão da edificação) e outro transversal
(acompanhando a menor dimensão).

• O posicionamento dos cortes deve considerar a quantidade de elementos


significativos, do projeto, a serem representados nos desenhos (pés-direitos ou
níveis variáveis, esquadrias, escadas etc.).

• Para facilitar a leitura dos cortes, eles devem estar representados nas plantas
baixas, contendo uma linha contínua grossa (indicando o plano de corte), uma
seta (indicando o sentido de visualização do corte), e uma letra, indicando o
nome do corte, que começará sempre pelo “a”.

• Aconselha-se que a planta baixa e o corte sempre estejam na mesma escala,


para facilitar a interpretação das informações.

160
UNIDADE 3
TÓPICO 3

DESENHO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS PREDIAIS: ELEMENTOS,


SIMBOLOGIAS E ESQUEMAS

1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, estudaremos alguns aspectos do desenho técnico, que estão
diretamente relacionados ao projeto elétrico, com ênfase em instalações elétricas
prediais. Para realizar o desenho de circuitos elétricos, aprenderemos como
representar os elementos elétricos, a sua simbologia, bem como as tomadas e
pontos de luz que serão necessários.

2 ELEMENTOS ELÉTRICOS
Instalação elétrica é uma associação de elementos coordenados para
fornecer luz (GISLON, 2016). Ela é composta dos seguintes elementos:

QUADRO 5 – ELEMENTOS DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA

ELEMENTO DESCRIÇÃO
Medidor de É um dispositivo eletrônico para medir o consumo de energia elétrica.
energia elétrica
Quadro de Tem a função de receber, concentrar e distribuir energia. Deve ser instalado a
distribuição 1,20 cm do contrapiso.
Disjuntores Funcionam como proteção da instalação elétrica e são embutidos nos quadros
de distribuição.
Tomadas São componentes que distribuem e recebem eletricidade, servindo também
elétricas para conectar equipamentos que utilizam energia elétrica. As tomadas podem
ser localizadas em três alturas diferentes. A tomada alta é instalada entre 2,10
e 2,20m do contrapiso. Estas tomadas são indicadas para equipamentos como
ar-condicionado, chuveiro elétrico, televisores etc. A tomada média fica entre
1,00 e 1,10m do contrapiso e é a altura mais convencional, principalmente
em residências. Por fim, temos a tomada baixa, que fica entre 30 e 40 cm do
contrapiso, que é muito utilizada em escritórios.
Interruptores O interruptor é um dispositivo que serve para abrir e fechar um circuito elétrico.
Pode ser simples, paralelo ou intermediário. O interruptor simples aciona
lâmpadas a partir de um único ponto. O interruptor paralelo é utilizado para
acionar uma lâmpada a partir de dois pontos. O interruptor intermediário é
utilizado para acionar um ponto de luz em três ou mais lugares.

161
UNIDADE 3 | AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO

Condutores São os fios e os cabos responsáveis por conduzir eletricidade em uma


Elétricos instalação.
Pontos de luz É um ponto de luz fixo no teto destinado à iluminação, que é acionado através
de um interruptor.

FONTE: Gislon (2016)

A energia elétrica chega à edificação por meio de três fios, que distribuem
as tensões: um fase, um neutro e um terra. Um quarto fio, o retorno, liga o ponto de
luz à tomada. Nos desenhos de circuitos elétricos prediais, representa-se primeiro
o condutor neutro, depois o fase, em seguida o retorno, e por último o terra. Na
parte inferior, recomenda-se que seja indicada a bitola (diâmetro) dos condutores
(GISLON, 2016). Cada um destes fios possui as seguintes características:

QUADRO 6 – TIPOS DE FIOS DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS PREDIAIS

TIPO DE FIO DESCRIÇÃO


Terra Também conhecido como condutor de proteção, é um condutor ligado a hastes
cravadas na terra, e que acompanha todos os circuitos, com a função de proteger
o usuário contrachoque, e o equipamento contra tensão de sobrecarga, uma vez
que o solo terrestre é um semicondutor de eletricidade.
Neutro É um condutor que não possui tensão.
Fase É um condutor com tensão de 127 ou 220V.
Retorno É um condutor que liga o ponto de luz à tomada.
Representação
dos circuitos no
desenho

FONTE: Adaptado de Gislon (2016).

A representação dos circuitos elétricos prediais, nos desenhos, é feita a partir


da planta baixa da edificação, contendo as seguintes informações (GISLON, 2016):

• A localização dos pontos de energia elétrica, seus comandos e indicações dos


circuitos a que estão ligados.
• A localização dos quadros e centros de distribuição.
• O trajeto dos condutores e sua projeção mecânica (inclusive dimensões dos
condutos e caixas).
• Um diagrama unifilar, discriminando os principais circuitos.
• As características do material a empregar, suficientes para indicar a sua
adequabilidade tanto nos casos comuns, como em condições especiais.

162
TÓPICO 3 | DESENHO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS PREDIAIS: ELEMENTOS, SIMBOLOGIAS E ESQUEMAS

AUTOATIVIDADE

1 Correlacione os elementos a seguir, com a sua respectiva descrição:

a) Medidor de ( ) É um ponto de luz fixo no teto destinado à iluminação,


energia elétrica que é acionado através de um interruptor.
b) Quadro de ( ) São os fios e os cabos responsáveis por conduzir
distribuição eletricidade em uma instalação.
c) Disjuntores ( ) É um dispositivo que serve para abrir e fechar
d) Tomadas um circuito elétrico. Pode ser simples, paralelo ou
elétricas intermediário.
e) Interruptores
( ) Tem a função de receber, concentrar e distribuir
f) Condutores
energia. Deve ser instalado a 1,20 cm do contrapiso.
Elétricos
g) Pontos de luz ( ) Funcionam como proteção da instalação elétrica e são
embutidos nos quadros de distribuição.
( ) São componentes que distribuem e recebem
eletricidade, servindo também para conectar
equipamentos que utilizam energia elétrica, e podem
ser localizadas em três alturas diferentes.
( ) É um dispositivo eletrônico para medir o consumo
de energia elétrica.

2 A energia elétrica chega à edificação por meio de três fios, que distribuem
as tensões: um fase, um neutro e um terra. Complete as lacunas a seguir,
indicando qual o tipo de fio a que cada sentença se refere.
a) O ............................... é o condutor que liga o ponto de luz à tomada.
b) O ............................... é um condutor ligado a hastes cravadas na terra, e
que acompanha todos os circuitos, com a função de proteger o usuário
contrachoque, e o equipamento contra tensão de sobrecarga.
c) O ............................... é um condutor que possui tensão de 127 ou 220v.
d) O ............................... é o condutor que não possui tensão.

3 Os circuitos elétricos prediais devem ser representados a partir da planta


baixa da edificação, contendo determinadas informações. A partir dos
conhecimentos adquiridos, assinale verdadeiro (V) ou falso (F) para as
informações que devem estar contidas em planta baixa.

a) ( ) A localização dos pontos de energia elétrica, seus comandos e indicações


dos circuitos a que estão ligados.
b) ( ) A localização dos quadros e centros de distribuição.
c) ( ) O trajeto das tubulações hidráulicas.
d) ( ) Um diagrama multifilar discriminando o mobiliário a ser utilizado.
e) ( ) As especificações de pisos e revestimentos.

163
UNIDADE 3 | AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO

AUTOATIVIDADE FINAL:

4 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


transcreva o desenho a seguir, na escala 1:50. Indique cada um dos seguintes
elementos: tomadas elétricas; interruptores; pontos de luz.

FONTE: Adaptado de <https://pt.slideshare.net/evertonmoraes902/projetos-eltricos-


residenciais-parte-3>. Acesso em: 10 set. 2018.

164
TÓPICO 3 | DESENHO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS PREDIAIS: ELEMENTOS, SIMBOLOGIAS E ESQUEMAS

3 SIMBOLOGIAS
Todas as informações acerca dos circuitos elétricos prediais devem ser
transmitidas, nos desenhos, a partir de um conjunto de símbolos gráficos, de
modo a facilitar a interpretação do projeto. Estes símbolos são normatizados
pela NBR 5444: Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais (1989)
e, de acordo com a norma, consistem em:

QUADRO 7 – SIMBOLOGIAS DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS PREDIAIS

QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
SÍMBOLO SIGNIFICADO
Quadro terminal de luz e força aparente.

Quadro terminal de luz e força embutido.

Quadro geral de luz e força aparente.

Quadro geral de luz e força embutido.

Caixa de luz.

INTERRUPTORES
Interruptor de uma seção.

Interruptor de duas seções.

Interruptor de três seções.

Interruptor paralelo (tree-way).

Interruptor intermediário (four-way).

Botão de minuteria.

Botão de campainha na parede.

DUTOS DE DISTRIBUIÇÃO
Eletroduto embutido no teto ou parede.
Eletroduto embutido no piso.
Tubulação para telefone externo.
Tubulação para telefone interno.
Tubulação para campainha, som, anunciador, ou outro sistema.
Condutor fase, neutro, de retorno e de proteção respectivamente,
no interior do eletroduto.

165
UNIDADE 3 | AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO

Caixa de passagem no piso.

Caixa de passagem no teto.

Caixa de passagem na parede.

Circuito que sobe.

Circuito que desce.

Circuito que passa subindo.

Circuito que passa descendo.

TOMADAS E PONTOS DE UTILIZAÇÃO


Tomada baixa (0,30m do piso).

Tomada média (1,30m do piso).

Tomada alta (2,00 do piso).

Tomada no piso.

Campainha.

LUMINÁRIAS
Ponto de luz incandescente no teto.

Ponto de luz incandescente na parede (arandela).

Ponto de luz incandescente no teto (embutido).

Ponto de luz fluorescente no teto.

Ponto de luz fluorescente na parede.

Ponto de luz fluorescente no teto (embutido).

166
TÓPICO 3 | DESENHO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS PREDIAIS: ELEMENTOS, SIMBOLOGIAS E ESQUEMAS

* Legenda: C = circuito; R = retorno; P = potência.


FONTE: Gislon (2016)

Os símbolos gráficos, utilizados para representar as instalações elétricas


prediais, são organizados, no desenho, no que chamamos de esquemas, ou diagramas.

QUADRO 8 – TIPOS DE ESQUEMAS DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS PREDIAIS

TIPO DE ESQUEMA DESCRIÇÃO


Esquema multifilar Este esquema faz uma representação minuciosa
de todo o sistema elétrico, mostrando seus
componentes e condutores. É pouco usado, porque
é bastante complexo. Utiliza-se, frequentemente,
o diagrama multifilar para representar circuitos
industriais. O esquema multifilar deve conter os
elementos a serem acionados, ou seja, a carga do
circuito. Entre estes componentes estão os motores
e equipamentos de alta potência, por isso este
esquema é chamado de diagrama de potência.

Esquema unifilar O esquema unifilar é o mais utilizado, por ser mais


simples e legível. Ele é desenhado sobre a planta
baixa e representa um sistema elétrico simplificado,
que identifica o número de condutores e seus
trajetos, através de uma única linha que os conecta.
Este esquema representa também a posição física
dos componentes da instalação. No desenho, o
diagrama unifilar deve indicar também a carga
(pontos de luz, tomada, ou aparelho específico) e
os correspondentes elementos básicos: pontos de
luz; circuito (com fase, neutro, terra); pontos de
comando (interruptores); e condutores.

FONTE: Gislon (2016)

AUTOATIVIDADE

1 Preencha o quadro a seguir, apresentando a simbologia correta para cada


um dos tipos de quadros de distribuição, previstos em circuitos de instalação
elétrica predial.
QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
SÍMBOLO SIGNIFICADO
Quadro terminal de luz e força aparente.
Quadro terminal de luz e força embutido.
Quadro geral de luz e força aparente.
Quadro geral de luz e força embutido.
Caixa de luz.

167
UNIDADE 3 | AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO

2 Preencha o quadro a seguir, apresentando a descrição correta de cada um dos


tipos de interruptores, previstos em circuitos de instalação elétrica predial.

INTERRUPTORES

3 Preencha o quadro a seguir, apresentando a simbologia correta para cada


um dos tipos de dutos de distribuição, previstos em circuitos de instalação
elétrica predial.

DUTOS E DISTRIBUIÇÃO
Eletroduto embutido no teto ou parede.
Eletroduto embutido no piso.

Condutor fase, neutro, de retorno e de proteção respectivamente,


no interior do eletroduto.

Circuito que sobe.


Circuito que desce.
Circuito que passa subindo.
Circuito que passa descendo.

168
TÓPICO 3 | DESENHO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS PREDIAIS: ELEMENTOS, SIMBOLOGIAS E ESQUEMAS

4 Preencha o quadro a seguir, apresentando a simbologia correta para cada


um dos tipos de tomadas e pontos de utilização, previstos em circuitos de
instalação elétrica predial.

TOMADAS E PONTOS DE UTILIZAÇÃO


Tomada baixa (0,30m do piso).
Tomada média (1,30m do piso).
Tomada alta (2,00 do piso).
Tomada no piso.
Campainha.

5 Preencha o quadro a seguir, apresentando a descrição correta de cada um dos


tipos de luminárias, previstos em circuitos de instalação elétrica predial.

LUMINÁRIAS

169
UNIDADE 3 | AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO

6 Preencha o quadro, descrevendo o significado de cada símbolo apresentado


a seguir.

SÍMBOLO SIGNIFICADO

7 A figura a seguir exemplifica um esquema de um circuito elétrico unifilar


formado por um interruptor simples, uma tomada, uma lâmpada, uma rede
de eletrodutos e a fiação. Observe que a representação é simplificada por um
traço que representa os condutores. Os símbolos que o cortam representam
a fase, o neutro e o terra, e a conexão é feita nos pontos de luz, tomada e
interruptor. Correlacione os elementos enumerados no desenho a seguir,
com a sua respectiva descrição.
Condutores no
eletroduto
Vem do QD

( ) Interruptor simples ( ) Ponto de luz ( ) Tomada baixa


FONTE: Adaptado de <https://ensinandoeletrica.blogspot.com/2013/03/planta-eletrica-
residencial.html>. Acesso em: 10 set. 2018.

8 Correlacione os elementos apresentados no desenho a seguir, com a sua


respectiva descrição.

FONTE: Adaptado de <https://ensinandoeletrica.blogspot.com/2013/03/planta-eletrica-


residencial.html>. Acesso em: 10 set. 2018.

170
TÓPICO 3 | DESENHO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS PREDIAIS: ELEMENTOS, SIMBOLOGIAS E ESQUEMAS

a) ........................................................... ( ) Interruptor simples

b) ........................................................... ( ) Ponto de luz

c) ........................................................... ( ) Tomada baixa

9 Correlacione os elementos apresentados no desenho a seguir, com a sua


respectiva descrição.

FONTE: Adaptado de <http://eletricistaresidencialpredial.blogspot.com/2011/04/planta-


baixaesquema-unifilar.html>. Acesso em: 10 set. 2018.

a) ( ) Interruptor paralelo (tree-way).


b) ( ) Interruptor de uma seção.
c) ( ) Interruptor intermediário (four-way).
d) ( ) Quadro geral de luz e força embutido.

AUTOATIVIDADE FINAL:

10 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


transcreva os símbolos gráficos e suas respectivas descrições, das tabelas
que foram estudadas: quadros de distribuição; interruptores; dutos de
distribuição; tomadas e pontos de utilização; e luminárias.

171
UNIDADE 3 | AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO

4 CARGAS DOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO


Para sabermos quanto de potência, é necessária para um edifício, calcula-se
a previsão de cargas necessárias, definindo todos os pontos de utilização de energia
elétrica que farão parte da instalação (GONÇALVES, 2012 apud GISLON, 2016).

QUADRO 9 – ELEMENTOS DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS PREDIAIS

ELEMENTOS DESCRIÇÃO
PONTOS DE Com relação ao número de pontos de iluminação, a NBR 5410: Instalações elétricas
ILUMINAÇÃO de baixa tensão (ABNT, 2004) define os parâmetros a serem utilizados. Desta
norma, podemos extrair as seguintes informações (baseado em GISLON, 2016):

• Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um ponto de


luz fixo no teto, comandado por interruptor.
• Admite-se que o ponto de luz fixo no teto seja substituído por ponto na parede
em espaços sob escada, depósitos, despensas, lavabos e varandas, desde que
de pequenas dimensões e onde a colocação do ponto no teto seja de difícil
execução ou não conveniente.
• Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m², deve ser
prevista uma carga mínima de 100 VA.
• Em cômodos ou dependências com área superior a 6 m², deve ser prevista uma
carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60 VA para cada
aumento de 4 m² internos.
PONTOS DE Com relação ao número de pontos de tomada, a mesma norma determina
TOMADA que estas devem ser dimensionadas em função da destinação do ambiente,
bem como dos equipamentos elétricos que nele serão utilizados, tendo como
referência os seguintes parâmetros (baseado em GISLON, 2016):

• Em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada, próximo


ao lavatório.
• Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de serviço,
lavanderias e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada
para cada 3,5 m, ou fração, de perímetro, sendo que acima da bancada da pia
devem ser previstas no mínimo duas tomadas de corrente, no mesmo ponto ou
em pontos distintos.
• Em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada;
• Em salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos um ponto de tomada
para cada 5 m, ou fração, de perímetro, devendo esses pontos serem espaçados
tão uniformemente quanto possível.
• Em cada um dos demais cômodos e dependências de habitação devem
ser previstos pelo menos: um ponto de tomada, se a área do cômodo ou
dependência for igual ou inferior a 2,25 m², um ponto de tomada, se a área do
cômodo ou dependência for superior a 2,25 m² e igual ou inferior a 6 m², um
ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, se a área do cômodo
ou dependência for superior a 6 m², devendo esses pontos serem espaçados tão
uniformemente quanto possível.

172
TÓPICO 3 | DESENHO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS PREDIAIS: ELEMENTOS, SIMBOLOGIAS E ESQUEMAS

POTÊNCIA Por fim, com relação à potência de cada tomada, a norma ainda define que esta
DAS deve ser calculada em função dos equipamentos que a tomada poderá vir a
TOMADAS alimentar, respeitando os seguintes parâmetros mínimos (baseado em GISLON,
2016):

• Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias


e locais análogos, no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos,
e 100 VA por ponto para os excedentes, considerando-se cada um desses
ambientes separadamente.
• Quando o total de tomadas no conjunto desses ambientes for superior a seis
pontos, admite-se que o critério de atribuição de potências seja de no mínimo
600 VA por ponto de tomada, até dois pontos, e 100 VA por ponto para os
excedentes, sempre considerando cada um dos ambientes separadamente.
• Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por ponto de tomada.
CIRCUITOS De acordo com Gislon (2016), para criar os circuitos, na escala residencial, o
recomendado é que você dimensione um circuito para cada 25 m² de área
construída, mais os circuitos especiais (TUEs). Os circuitos de iluminação
deverão ser separados dos circuitos de tomadas, e as TUEs deverão ter circuitos
individuais. Por fim, considere que as tomadas de copa, cozinha e áreas de serviço
também devem ser constituídas por circuitos exclusivos. Tendo estes parâmetros
como referência, você poderá traçar os circuitos elétricos, no desenho.

FONTE: O autor

Tendo estes parâmetros como referência, é possível elaborar o desenho técnico


das instalações elétricas. Para tanto, há uma série de procedimentos que devem ser
seguidos, que facilitarão a execução do desenho (baseado em GISLON, 2016):

1- Para facilitar a confecção deste desenho e sua interpretação, recomendamos


que a planta baixa esteja “limpa”, ou seja, sem desenho de móveis e outros
equipamentos internos.
2- Comece posicionando na planta baixa os símbolos das lâmpadas e seus
respectivos comandos (interruptores).
3- Considere um ponto de luz fixo no teto para cada cômodo e pelo menos um
comando.
4- Você pode optar por colocar outros pontos de luz que considerar importantes,
como em cima da mesa, da bancada de trabalho, na cabeceira da cama etc.
5- Agora, você deve posicionar as tomadas, lembrando que elas podem ser altas,
médias ou baixas, e o que irá definir a altura será a previsão dos equipamentos
que elas deverão alimentar.
6- Desenhe as setas de representação das tomadas, encostando-as na parede em
que elas serão colocadas.
7- Posicione o quadro de distribuição e desenhe-o. Lembre-se de que o melhor é que
ele fique centralizado, em local de fácil acesso e sem estar em áreas molhadas.
8- Posicionados os elementos, agora você precisa criar os circuitos que são
formados por condutores que conectam cada um deles.

173
UNIDADE 3 | AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO

Para traçar os circuitos elétricos, no desenho, há uma série de procedimentos


que devem ser seguidos, de acordo com Gislon (2016):

1- Comece fazendo linhas na planta baixa que representam os eletrodutos: você


deverá partir do quadro de distribuição, ligar até a lâmpada mais próxima e
ligar até o interruptor que acionará a lâmpada.
2- Nesse processo, procure fazer os caminhos mais curtos, e evite cruzar muitos
eletrodutos, para não deixar emaranhado o desenho, e posteriormente a execução.
3- Não coloque mais de 5 eletrodutos em cada caixa embutida no teto e mais de 3
nas caixas das paredes, e não fazer trechos contínuos retilíneos maiores que 12m.
4- Observadas todas estas recomendações, repita o processo, até completar todos
os circuitos.
5- O último procedimento que você fará será marcar os fios no eletroduto, em
neutro, fase e terra.
6- Os fios fase e neutro vêm da rede da concessionária para o medidor, de onde
seguem para o quadro de distribuição.
7- O fio terra vem direto de uma haste de aterramento e deverá fazer parte de
todos os circuitos.
8- Neste momento, o desenho das instalações elétricas estará concluído, e este
material poderá ser destinado aos profissionais que se responsabilizarão pela
execução do projeto.

DICAS

Se você quiser saber um pouco mais sobre instalações elétricas, poderá


consultar as seguintes Normas Técnicas:

• NBR 5410 (2004) – Instalações elétricas de baixa tensão.


• NBR 5456 (2010) – Eletricidade geral – Terminologia.
• NBR 5471 (1986) – Condutores elétricos.

174
TÓPICO 3 | DESENHO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS PREDIAIS: ELEMENTOS, SIMBOLOGIAS E ESQUEMAS

LEITURA COMPLEMENTAR

A IMPORTÂNCIA DO DESENHO TÉCNICO

Virgílio Vieira Peixoto

Compreende-se facilmente que o desenho técnico desempenha um


papel preponderante na vida de hoje e, intervenha, praticamente, em todos
os setores da atividade humana, influindo de modo assinalável no progresso
científico e industrial. O engenheiro, qualquer que seja o seu campo de ação,
tem necessidade de conhecer profundamente o desenho técnico e de utilizá-lo
como uma importante ferramenta. Se é certo que algumas especialidades da
engenharia utilizam menos o desenho técnico do que outras, todas elas têm
ligações problemas de vários ramos da engenharia, que exigem o recurso da
representação por meio do desenho técnico. Ribeiro (2004) observa que, assim
como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a execução e a interpretação
da linguagem gráfica do desenho técnico exige treinamento específico, porque
são utilizadas figuras planas (bidimensionais) para representar formas espaciais.
Conhecendo-se a metodologia utilizada para elaboração do desenho bidimensional
é possível entender e conceber mentalmente a forma espacial representada em
uma figura plana. Na prática pode-se dizer que, para interpretar um desenho
técnico, é necessário enxergar o que não é visível e a capacidade de entender uma
forma espacial a partir de uma figura plana é chamada visão espacial. Ribeiro
(2004) ainda salienta que a computação gráfica, com certeza facilitou e ampliou
o desenvolvimento de projetos na área da engenharia e da arquitetura porque,
além de poder ser utilizada integrada com softwares de cálculos ou com banco de
dados, os modelos virtuais são fáceis de serem compreendidos e enchem os olhos
de quem está comprando o projeto.

No entanto, a execução dos projetos das áreas de engenharia e da


arquitetura ainda depende dos desenhos bidimensionais que são utilizados para
fazer o detalhamento dos detalhes construtivos que envolvem o objeto projetado.
Assim, apesar de todos os recursos propiciados pela computação gráfica, o
exercício da engenharia ainda está diretamente vinculado à leitura e interpretação
de desenhos técnicos bidimensionais.

Pode ser que no futuro todos os desenhos gráficos de engenharia sejam


elaborados em três dimensões, mas ainda não é hora para se abandonar a linguagem
bidimensional. Diferentemente das imagens tridimensionais, que podem ser
entendidas por qualquer pessoa, os desenhos bidimensionais se constituem em
uma linguagem gráfica que desenvolve sobremaneira o raciocínio espacial.

FONTE: PEIXOTO, V. V. Estimulando a visão espacial em desenho técnico. Universidade Federal de


Santa Catarina (Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção). Florianópolis, 2004, p. 49-51.

175
AUTOATIVIDADE

1 Com relação ao número de pontos de iluminação, que devem ser previstos


em um circuito elétrico, preencha as lacunas a seguir.

a) Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos


............................. fixo no teto, comandado por interruptor.
b) Admite-se que o ponto de luz fixo no teto seja substituído por .............................
em espaços sob escada, depósitos, despensas, lavabos e varandas.
c) Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m², deve ser
prevista uma carga mínima de ..............................
d) Em cômodos ou dependências com área superior a 6m², deve ser prevista
uma carga mínima de ............................. para os primeiros 6m², acrescida de
............................. para cada aumento de 4 m² internos.

2 Com relação ao número de pontos de tomada, que devem ser previstos em


um circuito elétrico, preencha as lacunas a seguir.

a) Em banheiros, deve ser previsto pelo menos................................., próximo ao


lavatório.
b) Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de
serviço, lavanderias e locais análogos, deve ser previsto no mínimo .............
...................., para cada 3,5 m, ou fração, de perímetro.
c) Em varandas, deve ser previsto pelo menos .................................
d) Em salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos .................................
para cada 5 m, ou fração, de perímetro.

3 Em cada um dos demais cômodos e dependências de habitação devem


ser previstos um mínimo de pontos de tomada. Com relação ao número
de pontos de tomada, que devem ser previstos nesta situação, preencha as
lacunas a seguir.

a) Deve ser previsto um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência


for igual ou inferior a .............. m².
b) Deve ser previsto um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência
for superior a .............. m² e igual ou inferior a .............. m².
c) Deve ser previsto um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de
perímetro, se a área do cômodo ou dependência for superior a .............. m².

4 Com relação à potência de cada tomada, a norma define que ela deve ser
calculada em função dos equipamentos que a tomada poderá vir a alimentar.
Com base nesta afirmativa, preencha as lacunas a seguir.

176
a) Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias
e locais análogos, no mínimo .................... por ponto de tomada, até três
pontos, e .................... por ponto para os excedentes.
b) Quando o total de tomadas no conjunto desses ambientes for superior a
seis pontos, admite-se que o critério de atribuição de potências seja de no
mínimo .................... por ponto de tomada, até dois pontos, e .................... por
ponto para os excedentes.
c) Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo .................... por ponto
de tomada.

5 Para elaborar o desenho técnico das instalações elétricas, há uma série de


procedimentos que devem ser seguidos, que facilitarão a sua execução. Analise
as informações a seguir, enumerando-as na ordem em que os procedimentos
deverão ser executados, a fim de garantir a correta execução do desenho.

a) ( ) Comece posicionando na planta baixa os símbolos das lâmpadas e seus


respectivos comandos (interruptores).
b) ( ) Para facilitar a confecção deste desenho e sua interpretação,
recomendamos que a planta baixa esteja “limpa”, ou seja, sem desenho
de móveis e outros equipamentos internos.
c) ( ) Você pode optar por colocar outros pontos de luz que considerar
importantes, como em cima da mesa, da bancada de trabalho, na
cabeceira da cama etc.
d) ( ) Posicionados os elementos, agora você precisa criar os circuitos que são
formados por condutores que conectam cada um deles.
e) ( ) Desenhe as setas de representação das tomadas encostando-as na
parede em que elas serão colocadas.
f) ( ) Posicione o quadro de distribuição e desenhe-o. Lembre-se de que o
melhor é que ele fique centralizado, em local de fácil acesso e sem estar
em áreas molhadas.
g) ( ) Considere um ponto de luz fixo no teto para cada cômodo e pelo menos
um comando.
h) ( ) Agora, você deve posicionar as tomadas, lembrando que elas podem
ser altas, médias ou baixas, e o que irá definir a altura será a previsão
dos equipamentos que elas deverão alimentar.

6 Com relação ao dimensionamento dos circuitos elétricos, analise as


informações a seguir, preenchendo as lacunas.

a) Para criar os circuitos, na escala residencial, o recomendado é que você


dimensione um circuito para cada ....................... de área construída, mais os
circuitos especiais (TUEs).
b) Os circuitos de iluminação deverão ser separados dos circuitos de tomadas,
e as TUEs deverão ter circuitos ........................
c) Considere que as tomadas de ............................................................. também
devem ser constituídas por circuitos exclusivos.

177
7 Para traçar os circuitos elétricos, no desenho, há uma série de procedimentos
que devem ser seguidos. Analise as informações a seguir, enumerando-as na
ordem em que os procedimentos deverão ser executados, a fim de garantir a
correta execução do desenho dos circuitos elétricos.

a) ( ) Observadas todas estas recomendações, repita o processo, até completar


todos os circuitos.
b) ( ) Nesse processo, procure fazer os caminhos mais curtos, e evite
cruzar muitos eletrodutos, para não deixar emaranhado o desenho, e
posteriormente a execução.
c) ( ) Não coloque mais de 5 eletrodutos em cada caixa embutida no teto e
mais de 3 nas caixas das paredes, e não fazer trechos contínuos retilíneos
maiores que 12m.
d) ( ) Comece fazendo linhas na planta baixa que representam os eletrodutos:
você deverá partir do quadro de distribuição, ligar até a lâmpada mais
próxima e ligar até o interruptor que acionará a lâmpada.

8 A partir das áreas previstas para cada ambiente, preencha a tabela com
a previsão de carga ideal de cada ambiente, considerando o exemplo
apresentado.

AMBIENTE ÁREA PREVISÃO DE CARGA


Sala de estar 24,00 4 x 100VA
Sala de jantar 9,30
Dormitório 10,20
Banheiro 6,25
Despensa 1,22
Hall 0,84
Cozinha 9,30
Área de serviço 7,88
Circulação 3,10
Garagem 28,32

9 Analise as plantas baixas a seguir, e correlacione cada uma delas com sua
respectiva denominação.

178
QUARTO 2 COPA/COZINHA

SERVIÇO

CIRCULAÇÃO

BANHEIRO
( )
QUARTO 1

SALA SOM/TV

QUARTO 2 COPA/COZINHA

SERVIÇO

CIRCULAÇÃO

( )
BANHEIRO

QUARTO 1

GARAGEM

SALA SOM/TV

QUARTO 2 COPA/COZINHA

SERVIÇO

CIRCULAÇÃO

( )
QUARTO 1 BANHEIRO

GARAGEM

SALA
SOM/TV

FONTE: GISLON (2016)

179
a) Pontos de iluminação.
b) Pontos de tomada.
c) Circuitos elétricos.

10 Analise a planta baixa a seguir, e complemente a legenda, indicando cada


um dos elementos que compõem o circuito elétrico proposto.

FONTE: Adaptado de <http://www.lapsi.eletro.ufrgs.br/~luizfg/disciplinas_IEPrediais_


arquivos/ENG04482_aula_11_Esquemas_Instalacoes.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018.

AUTOATIVIDADE FINAL:

11 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical),


transcreva a planta baixa a seguir, na escala 1:50. Com base nos conhecimentos
aprendidos, siga os passos para a confecção do projeto elétrico a seguir. No
projeto devem constar:

• Tomadas.
• Pontos de luz (lâmpadas fluorescentes ou incandescentes).
• Interruptores.
• Quadro distribuidor e medidor externo.
• Os eletrodutos com indicação de fase, neutro, terra e retorno.

180
Passo 1:

Passo 2:

Passo 3:

181
Passo 4:

FONTE: Adaptado em: <http://www.lapsi.eletro.ufrgs.br/~luizfg/disciplinas_IEPrediais_


arquivos/ENG04482_aula_11_Esquemas_Instalacoes.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018.

182
RESUMO DO TÓPICO 3

• Instalação elétrica é uma associação de elementos coordenados para fornecer


luz. Serve também para conectar equipamentos que utilizam energia elétrica.

• Ela é composta dos seguintes elementos: medidor de energia; quadro de


distribuição, disjuntores; tomadas elétricas; interruptores; condutores elétricos;
pontos de luz.

• A energia elétrica chega à edificação por meio de três fios, que distribuem as
tensões: um fase, um neutro e um terra.

• A representação dos circuitos elétricos prediais é feita a partir da planta baixa


da edificação.

• Todas as informações acerca dos circuitos elétricos prediais são representadas


a partir de um conjunto de símbolos gráficos.

• Para sabermos quanto de potência é necessária para um edifício, calcula-se a


previsão de cargas necessárias.

• Tendo estes parâmetros como referência, você poderá elaborar o desenho


técnico das instalações elétricas.

• Para tanto, há uma série de procedimentos que devem ser seguidos, que
facilitarão a execução do desenho.

• Estes procedimentos foram detalhados ao longo do tópico, não deixe de revê-


los, sempre que realizar um projeto elétrico!

183
184
REFERÊNCIAS
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aplicação de linhas em desenhos: tipos de linhas: larguras das linhas. Rio de
Janeiro, 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10068:


folha de desenho: leiaute e dimensões. Rio de Janeiro, 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10126:


cotagem em desenho técnico. Rio de Janeiro, 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10582:


apresentação da folha para desenho técnico. Rio de Janeiro, 1988.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5444:


Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais. Rio de Janeiro, 1989.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 8402:


execução de caracter para escrita em desenho técnico. Rio de Janeiro, 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13142:


desenho técnico – dobramento de cópia. Rio de Janeiro, 1999.

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Tecnológicas. Joinville, 2009.

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