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AFO

Lei n. 4.320/1964

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
AFO
Lei n. 4.320/1964

Sumário
Manuel Piñon

Lei n. 4.320/1964 – Norma Geral de Direito Financeiro.. ......................................................... 3


1. Lei n. 4.320/1964 – Lei Geral de Finanças Públicas e Orçamento – Norma Geral
de Direito Financeiro....................................................................................................................... 4
1.1. Aspectos Introdutórios da Lei n. 4.320/1964...................................................................... 4
1.2. O Papel do Orçamento-Programa......................................................................................... 6
1.3. Principais Dispositivos............................................................................................................ 9
Resumo.............................................................................................................................................44
Mapa Mental...................................................................................................................................49
Questões Comentadas em Aula.................................................................................................. 50
Questões de Concurso.................................................................................................................. 53
Gabarito............................................................................................................................................ 74
Referências Bibliográficas. . ......................................................................................................... 75

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LEI N. 4.320/1964 – NORMA GERAL DE DIREITO


FINANCEIRO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje nessa aula é revisar muitos assuntos estudados ao longo do curso
por meio do estudo da Lei n. 4.320/1964.

Como disse Thomas Edison:

Gênio é 1% inspiração e 99% transpiração.

Então, vamos TRANSPIRAR.


Faça o seu melhor.
Seja imparável!
Boa aula.
Prof. Manuel Piñon

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1. Lei n. 4.320/1964 – Lei Geral de Finanças Públicas e Orçamento –


Norma Geral de Direito Financeiro
1.1. Aspectos Introdutórios da Lei n. 4.320/1964
Visualize na figura seguinte as principais normas relativas à nossa matéria:

Embora a CF/1988 faça a exigência de Lei Complementar para tratar de exercício finan-
ceiro e dos instrumentos do Plano Plurianual - PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e
da Lei Orçamentária Anual – LOA etc., a Lei n. 4.320/1964, editada e publicada originalmente
como lei ordinária, não foi revogada, mas sim recepcionada como se Lei Complementar fosse.

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Constituição Federal

Lei Complementar de
LRF
Finanças Públicas

PPA LDO LOA

Em outras palavras, apesar de ser uma lei formalmente ordinária e materialmente comple-
mentar, a Lei n. 4.320/1964 somente poderá ser alterada, desde a vigência da atual Constitui-
ção, por uma lei complementar tanto quanto à forma e quanto à matéria.

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1.2. O Papel do Orçamento-Programa


Um ponto relevante é que com o advento da Lei n. 4.320, de 17/03/1964, o orçamento-pro-
grama foi instituído no Brasil.
O orçamento-programa consiste em um método de orçamentação por meio do qual as
despesas públicas são fixadas a partir da identificação das necessidades públicas sob a res-
ponsabilidade de certo nível de governo e da sua organização segundo níveis de prioridades
e estruturas apropriadas de classificação da programação.

Seguindo a metodologia do orçamento-programa, as despesas públicas são discriminadas


de modo a:
• dar ênfase aos fins (e não aos meios);
• indicar as ações em que o setor público gastará seus recursos;
• definir os responsáveis pela execução; e
• especificar os resultados esperados.

Lembre-se que as principais características desse modelo de orçamentação são:


• propiciar a integração ente o planejamento e o orçamento;
• realizar a quantificação dos objetivos e metas;
• basear as decisões em relações de insumo-produto e na pluralidade de alternativas pro-
gramáticas; e
• empregar instrumentos aperfeiçoados para a mensuração de resultados.

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Qual a finalidade?

Função educação

Secretaria de Sub-função educação


R$50 milhões
Educação fundamental

Programa de redução de
analfabetismo

Quais as ações
necessárias?

A ideia é que o orçamento programa destaque os objetivos, metas e prioridades do Gover-


no, servindo efetivamente como instrumento de planejamento, e, assim, os aspectos adminis-
trativo e econômico se sobreponham ao aspecto político.

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ORÇAMENTO
Integração
Planejamento - Orçamento

METAS & OBJETIVOS


Quantificação de Metas
& fixação de Objetivos

PROGRAMAS
Alternativas Programáticas

DESEMPENHO CUSTO
Acompanhamento Insumo - Produto
Físico-Financeiro

PRODUTO FINAL
Avaliação de Resultados

ANÁLISE GERENCIAL
Gerencia por Objetivos

001. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Acerca dos conceitos básicos de orçamento públi-


co, julgue o item a seguir.
O objetivo principal dos orçamentos públicos modernos é mostrar à sociedade a natureza do
gasto governamental.

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A assertiva refere-se ao Orçamento Tradicional, aquele cujo foco é a fixação de despesas e a


previsão de receitas, não havendo preocupação com o planejamento, sendo a sua ênfase os
aspectos contábeis do orçamento e na natureza do gasto governamental, não havendo uma
preocupação com os resultados obtidos com os programas de governo, sendo, portanto, uma
peça meramente contábil-financeiro.
Já o Orçamento-Programa tem como marca principal a integração entre planejamento e orça-
mento, existindo uma preocupação com os resultados obtidos, no que tange à economicidade,
eficiência, eficácia e efetividade dos gastos públicos. A estrutura do Orçamento-Programa é
baseada em aspectos administrativos de planejamento, e não apenas em aspectos contábeis-
-financeiros.
Errado.

1.3. Principais Dispositivos


O ideal é que você possa fazer a leitura “seca” da Lei n. 4.320/1964, já que muitas questões
de prova cobram a sua literalidade e as bancas adoram fazer pegadinhas usando seus artigos.
Recomendo que sempre baixe as leis no site do Planalto: http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/leis/l4320.htm.
De qualquer forma, vamos reproduzir os seus principais trechos, especialmente quando
formos corrigir as questões.
Falando em Lei n. 4.320/1964, faz-se necessário mencionar rapidamente o Decreto n.
93.872/1986 que dispõe sobre a unificação dos recursos de caixa do Tesouro Nacional, a Pro-
gramação Financeira, a Administração Financeira e outros aspectos relacionados, detalhando
ainda mais a Lei n. 4.320/1964.
Vamos agora comentar os principais aspectos dessas importantes normas.

Para começar vemos logo em suas primeiras letras a importância conferida pela Norma à dis-
criminação da receita e da despesa, para evidenciarem detalhadamente a origem dos recursos
(receitas) e a respectiva aplicação (despesas).

Nessa linha de pensamento, o orçamento deve ser elaborado com respeito aos princípios
da unidade, da universalidade e da anualidade, que formam o velho UAU (estudados nos Prin-
cípios Orçamentários).

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O artigo 2º da Lei n. 4.320/1964 ainda estabelece que o orçamento terá quadro demonstrativo
da Receita e Despesa organizado pela Categoria Econômica.

Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a


política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de
unidade, universalidade e anualidade.
§ 1º Integrarão a Lei de Orçamento:
II – Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias Econômicas...

DICA:
Os Princípios Orçamentários (“UAU”) previstos no art. 2º da
Lei n. 4.320/1964, não caem, eles “despencam” em prova e já
foram objeto de muitas questões recorrentes nas provas de
concursos.
Guarde:

Cada ente federativo (União, O orçamento deve ser UNO, O exercício financeiro coin-
Unidade

Anualidade
Estados, Municípios e DF) ou seja, cada dente gover- cide com o ano civil – 1º de
janeiro a 31de dezembro.
Universalidade

deverá incluir, na LOA, todas namental deve elaborar um


as despesas e receitas de único orçamento. É o período ao qual se refe-
todos os poderes, órgãos, rem a previsão das receitas
entidades, fundos e fundações e a fixação das despesas
instituídas e mantidas pelo registrados na LOA.
Poder Público.

O Princípio Orçamentário denominado de Anualidade ou Periodicidade deixa claro que a


vigência do orçamento deve ser limitada a um ano. O seu embasamento legal é o artigo 2º da
Lei n. 4.320/1964 combinado com o artigo 165, III, da CF/1988.

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Princípios orçamentários

Princípio da anualidade ou
periodicidade

O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um


período de um ano.
Deve ter vigência limitada a um exercício financeiro.

Válido, inclusive, para o PPA, pois precisa


de uma LOA por ano.

Como no Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, conforme dispõe o artigo
34 da Lei n. 4.320/1964, o exercício financeiro coincidirá com o ano civil, podemos concluir
que esse Princípio está relacionado ao intervalo de tempo de 12 meses, de 1º de janeiro e 31
de dezembro.
De acordo com o Princípio da Universalidade ou Totalização, o Orçamento deve conter
todas as Receitas e todas as Despesas do ente público.

Princípios orçamentários

Princípio da Esse princípio se aplica à LOA

Universalidade

O orçamento deve conter todas as receitas e despesas refe-


rentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta.

Não se aplica ao PPA, pois não contempla


todas as despesas

A fundamentação legal desse Princípio é feita com base nos artigos 2º, 3º e 4º da Lei
n. 4.320/1964, combinados com o §5º do artigo 165 da CF/1988. Esse Princípio tem a fun-
ção de permitir que o parlamento tenha controle prévio sobre os gastos e receitas do ente
em questão.
Veja como aparece na Lei n. 4.320/1964:

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Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito
autorizadas em lei.
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da
administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto
no art. 2º.

002. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) A respeito de orçamento público, julgue os itens a seguir.


Em observância ao princípio da universalidade orçamentária, devem estar reunidos no orça-
mento estadual todos os recursos que um estado-membro esteja autorizado a arrecadar e
todas as dotações necessárias ao custeio de serviços públicos estaduais.

O Princípio da Universalidade é aquele que nos revela que o orçamento deve conter todas as
receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Ad-
ministração direta e indireta.
O Princípio da Universalidade tem seu espírito revelado nos artigos 3 e 4 da Lei n. 4.320/1964.
Confira com grifos nossos:

Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito


autorizadas em lei.
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da
administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto
no art. 2º.
Nessa pegada, se, na elaboração do Orçamento, o Princípio da Universalidade foi respeitado e
contém realmente todas as receitas e despesas, o Poder Legislativo pode conhecer, em tese,
todas as receitas e despesas do governo.
Certo.

O princípio da Especificação, Especialização ou Discriminação é no sentido de que todas


as receitas e despesas devem ser especificadas, ou seja, não podem ser incluídos valores
globais no Orçamento. O seu embasamento legal é feito por meio dos artigos 5º e 15º, §1º, da
Lei n. 4.320/1964.

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Princípios orçamentários

Ou Especificação ou Discriminação

Princípio da
Especificação

A lei orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender


indiferentemente as despesas de pessoal, material, serviços de tercei-
ros, transferências ou quaisquer outras (art. 5º Lei n. 4.320/1964

Tem que discriminar. Ex.: Educação 5 Bilhões, mas para qual área da educação?

A ideia é que o orçamento precisa ser detalhado e especificado de modo suficiente para
facilitar seu entendimento e acompanhamento, evitando a ação genérica, mal especificada,
com demasiada flexibilidade.
Podemos, com base nesse Princípio, que existe vedação às autorizações de despe-
sas globais.

DICA:
Guarde a PALAVRA-CHAVE desse Princípio: DETALHAMENTO.

Em suma, o detalhamento em tela visa agregar maior transparência ao processo orçamen-


tário, possibilitando a fiscalização parlamentar, dos órgãos de controle e da sociedade, inibin-
do o excesso de flexibilidade na alocação dos recursos pelo Poder Executivo.
Adicionalmente, podemos dizer que ele também facilita o processo de padronização e ela-
boração dos orçamentos, bem como o processo de consolidação nacional das contas públicas.
TEMOS 2 EXCEÇÕES:
• Contrariando esse ditame, a reserva de contingência é uma dotação global, não espe-
cificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou cate-
goria econômica, cujos recursos são utilizados para atender passivos contingentes e
outros riscos e eventos fiscais imprevistos. Nesse sentido, a reserva de contingência re-
presenta uma exceção ao princípio da especificação, especialização ou discriminação.
• A outra exceção ao referido princípio são os chamados Programas Especiais de Traba-
lho – PETs.

Veja o que diz o parágrafo único do artigo 20 da Lei n. 4.320/1964:

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Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se
subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações
globais, classificadas entre as Despesas de Capital.

Como exemplo de PET, temos os programas de proteção à testemunha, pois caso fossem
especificados no orçamento correriam o risco de perder sua eficiência pela perda do sigilo.
O princípio do Orçamento Bruto fala que todas as Receitas e todas as Despesas devem
constar no Orçamento pelos seus totais sem qualquer tipo de dedução.

Princípios orçamentários

Princípio do
Orçamento Bruto

Todas as receitas e despesas constarão da lei de orçamento pelos


totais, vedadas quaisquer deduções (Artigo 6º Lei n. 4.320/1964

Ex.: Pagamento de Pessoal – No orçamento deve constar o bruto e não o


líquido que ele recebeu

A base legal é o artigo 6º da Lei n. 4.320/1964. Veja:

Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas
quaisquer deduções.

Parte da Doutrina entende que o Princípio do Orçamento Bruto integra do Princípio da Uni-
versalidade de forma mais completa.
A ideia é impedir a inclusão no orçamento apenas do saldo positivo ou negativo resultante
do confronto entre receitas e as despesas de determinado serviço.
Nessa pegada, se for fazer uma dedução de uma receita, o ente público não pode apenas
registrar o valor líquido a ser arrecadado. Tanto a arrecadação bruta, quanto a respectiva dedu-
ção, devem ser explicitados no orçamento em tela.
Segundo o Princípio da Exclusividade ou da Pureza, na Lei do Orçamento não pode ter
matéria estranha a previsão da Receita e da fixação da Despesa.

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Princípios orçamentários

Princípio da
Exclusividade

A Lei Orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à


previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na
proibição a autorização para abertura de créditos suplementa-
res e contratação de operações de crédito, ainda que por ante-
cipação de receita, nos termos da lei. (art. 166, § 8º, CF).
O objetivo é limitar o conteúdo, só matéria orçamentária.

Veja o artigo 7º da Lei n. 4.320/1964:

Art. 7º A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:


I – Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo
43;
II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da re-
ceita, para atender a insuficiências de caixa.
§ 1º Em casos de deficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de recursos que o Poder Executivo
fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura.
§ 2º O produto estimado de operações de crédito e de alienação de bens imóveis somente se inclui-
rá na receita quando umas e outras forem especificamente autorizadas pelo Poder Legislativo em
forma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las no exercício.
§ 3º A autorização legislativa a que se refere o parágrafo anterior, no tocante a operações de crédito,
poderá constar da própria Lei de Orçamento.

Ressalte-se que o inciso II do artigo 7º da Lei 4.320/1964:

Art. 7º A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:


II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da re-
ceita, para atender a insuficiências de caixa. Teve sua aplicação prejudicada pelo artigo 38 da LRF,
que deve prevalecer.

Guarde que a adoção desse Princípio visa garantir que Orçamento deve conter apenas ma-
téria orçamentária e financeira e não cuidar de assuntos estranhos.

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Foi implantado como norma constitucional para impedir as distorções das famosas “cau-
das orçamentárias”. É bom deixar registrado que a LOA não poderá conter dispositivo criando
tributos ou novos cargos na Administração Pública. Isso só pode ser feito por lei específica.
Já o Princípio da Unidade de Caixa ou da Unidade de Tesouraria visa obrigar os entes pú-
blicos a recolher os valores arrecadados em uma Conta Única, com a finalidade de facilitar a
administração, o controle e a fiscalização da aplicação desses recursos.
Sua base legal é o artigo 16, § 3º, da CF/1988 combinada com o artigo 56 da Lei n.
4.320/1964. Veja:

§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do


Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade
de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.

O foco aqui é que os recursos do governo sejam recolhidos em conta única facilitando a
administração e o controle. O princípio da Unidade de Caixa ou Unidade de Tesouraria é veri-
ficado no estágio do recolhimento (último estágio de execução da receita), momento em que
todo o montante que foi anteriormente arrecadado nos agentes arrecadadores é recolhido
para uma conta única em cumprimento ao referido princípio.

DICA
Esse Princípio não deve ser confundido com o Princípio da Uni-
dade Orçamentária.

À nível federal, este princípio é obedecido pela criação da Conta Única do Tesouro Nacio-
nal. Esta conta é mantida no Banco Central do Brasil, operacionalizada pelo Banco do Brasil
S.A. (seu agente financeiro) e administrada pela STN – Secretaria do Tesouro Nacional.
Em suma, a ideia é coibir a existência de caixas paralelos, fracionados.
Merece destaque o artigo 5º, que veda as dotações globais, a seguir transcrito:

Art. 5º. A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente
as despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressal-
vado o disposto no art. 20 e seu parágrafo único.

Também merece destaque o artigo 7º transcrito a seguir:

Art. 7º A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:


I – Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas às disposições do artigo
43;

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II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da re-
ceita, para atender a insuficiências de caixa.
§ 1º Em casos de deficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de recursos que o Poder Executivo
fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura.

Repare que o § 1º deixa claro que a elaboração do orçamento pode ser deficitária.
Repare que ele não vai além disto.
Repare que se há um orçamento equilibrado, mesmo que deficitário, compete à autoridade
executá-lo na forma elaborada, com as alterações que normalmente ocorrem durante o exer-
cício financeiro.
A partir do artigo 9º até o 11º, a Lei n. 4.320/1964 trata da Receita Pública.

O conceito de receita pública em sentido amplo está presente no artigo 3º da Lei n.


4.320/1964. Confira com grifos nossos:

Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito


autorizadas em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de crédito por antecipa-
ção da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo
financeiros.

Na Lei n. 4.320/1964, em seu artigo 51, foi instituída a previsão da receita, além dos es-
tágios da execução da receita orçamentária que são o lançamento, a arrecadação e o re-
colhimento.
Ainda falando de receita pública, a Lei n. 4.320/1964, em seu artigo 51, institui a previsão
da receita e, em seus artigos 52 e 53, a Lei n. 4.320/1964 define o lançamento como o segundo
estágio da receita, representando o ato da repartição competente, que verifica a procedência
do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.

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A Lei n. 4.320/1964, em seu art. 35, I, dispõe que pertencem ao exercício financeiro as
receitas nele arrecadadas.

Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade
de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.

Classificação da Receitas Públicas pela Lei 4.320/1964:


Quanto ao aspecto contábil (classificação legal - artigo 11 da Lei n. 4.320/1964), as recei-
tas públicas dividem-se em:

Art. 11. A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Recei-
tas de Capital.
• As Receitas correntes são aquelas receitas públicas que se esgotam dentro do período
anual, como os casos das receitas e impostos que se extinguem no decurso da execu-
ção orçamentária. Compreendem as receitas tributárias, patrimoniais, industriais, entre
outras. São as receitas destinadas a cobrir as despesas orçamentárias que visam à ma-
nutenção das atividades governamentais.

Veja a letra da lei:

Art. 11. § 1º São Receitas Correntes as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecu-
ária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis
em Despesas Correntes.

As Receitas de capital são aquelas receitas públicas que, em regra, não alteram o PL - Pa-
trimônio Líquido do Estado, como os produtos de empréstimo contraídos pelo Estado a longo
prazo. Compreendem, assim, a constituição de dívidas, dentre outros. Apenas a receita de
capital decorrente da alienação de bens e direitos, quando por valor diferente do seu custo é
que afeta o PL.
Veja a letra da lei:

Art. 11. § 2º São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos
de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, destinadas a atender despesas classificáveis em Des-
pesas de Capital e, ainda, o superavit do Orçamento Corrente.

003. (CESPE/FUB/TÉCNICO/2018) Com relação a orçamento público, julgue o próximo item.


Os recursos obtidos com a venda de bens imóveis de propriedade da União pertencem à cate-
goria econômica das receitas correntes.
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Lei n. 4.320/1964
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Guarde que a receita de alienação é receita de capital e não receita corrente. Confira § 2º do
artigo 11 da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de cons-


tituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras
pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas
de Capital e, ainda, o superavit do Orçamento Corrente.
Errado.

... ainda temos mais dois parágrafos no artigo 11 que tratam da Receita. Veja a letra da Lei.

§ 3º O superavit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos totais das receitas e


despesas correntes, apurado na demonstração a que se refere o Anexo n. 1, não constituirá item de
receita orçamentária. (Redação dada pelo Decreto Lei n. 1.939, de 1982)
§ 4º A classificação da receita obedecerá ao seguinte esquema: (Redação dada pelo Decreto Lei n.
1.939, de 1982)
RECEITAS CORRENTES
RECEITA TRIBUTÁRIA
Impostos.
Taxas.
Contribuições de Melhoria.
RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES
RECEITA PATRIMONIAL
RECEITA AGROPECUÁRIA
RECEITA INDUSTRIAL
RECEITA DE SERVIÇOS
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
OUTRAS RECEITAS CORRENTES
RECEITAS DE CAPITAL
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
ALIENAÇÃO DE BENS
AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL

004. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) A respeito das receitas extraorçamentá-


rias, julgue o item.
As receitas agropecuárias e industriais são exemplos típicos de receitas extraorçamentárias.

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Na verdade, as receitas agropecuárias e industriais são exemplos típicos de receitas or-


çamentárias.
Lembre-se que as Receitas extraorçamentárias são aqueles ingressos de recursos que não
pertencem ao Estado, atuando como mero depositário, diferentemente das receitas orçamen-
tárias, que pertencem ao Estado.
Veja o que diz o artigo da Lei n. 4.320/1964 com grifos nossos:

Art. 11. A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Recei-
tas de Capital.
§ 1º São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, in-
dustrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras
pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em
Despesas Correntes.
Errado.

Veja agora o artigo 9º da Lei n. 4.320/1964 com grifos nossos que conceitua tributo:

Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito público, compreendendo
os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria
financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas
por essas entidades.

A Lei n. 4.320/1964, entre os artigos 12º e 15º trata da Despesa Pública.

Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas:


DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital
§ 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços ante-
riormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens
imóveis.
§ 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não cor-
responda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções
destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado.

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Por sua vez, de acordo com o previsto o artigo 12 da Lei n. 4.320/1964, a estrutura de agru-
pamento está um pouco diferente da estrutura atual, mas não está errada, já que a estrutura
atual está apenas um pouco mais detalhada.
Se numa eventual questão de prova o examinador pedir para você julgar a seguinte asser-
tiva: “de acordo com a Lei n. 4.320/1964, as despesas correntes têm como grupo despesas de
custeio e transferências correntes”, você pode marcar a questão como correta.

A execução da despesa orçamentária pública transcorre em três estágios, que, conforme pre-
visto na Lei n. 4.320/1964 são: empenho, liquidação e pagamento. Entretanto, a doutrina
majoritária inclui a Fixação da despesa como sendo um dos estágios. Assim, a fixação, etapa
inerente ao Planejamento da Despesa, está presente na Doutrina e no MCASP – MANUAL DE
CONTABILIDADE DO SETOR PÚBLICO, mas não na legislação vigente.

A Lei n. 4.320/1964, em seu art. 35, II, dispõe que pertencem ao exercício financeiro as
despesas nele legalmente empenhadas.

Mas, e você, sabe o que é empenho?

O empenho é o primeiro estágio da despesa. Nos termos do disposto no art. 58 da Lei n.


4.320/1964, o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para
o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição.
Vale dizer que o empenho não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca, das dotações
orçamentárias destinadas à satisfação da despesa, a quantia necessária ao resgate do débito.
O empenho reserva parte dos créditos disponíveis. Dispositivo do art. 60 da Lei 4.320/1964
veda a realização de despesa sem prévio empenho.
Em observância ao princípio do equilíbrio, a Lei 4.320/1964 determinou, em seu art. 59,
que os empenhos não ultrapassem o limite dos créditos concedidos. Dessa forma, evita-se a
criação de obrigação de pagamento além da capacidade do Estado.

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A liquidação é o segundo estágio da despesa e é caracterizada pela entrega dos bens e


serviços contratados. Nos termos do disposto no art. 63 da Lei n. 4.320, de 17/03/1964, a li-
quidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base
os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.

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O pagamento é o terceiro e último estágio da despesa. Dispositivo constante do artigo


64 da Lei n. 4.320/1964 define: a ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade
competente, determinando que a despesa seja paga.
A Lei n. 4.320/1964, em seu art. 12, institui a classificação das despesas segundo sua
categoria econômica.
A classificação por categoria econômica é dividida em duas categorias: Despesa Corrente
e Despesa de Capital.
As Despesas Correntes são as que não contribuem diretamente para a formação ou
aquisição de um bem de capital. São, portanto, as que contribuem para a manutenção das
atividades.
As Despesas de Capital, ao contrário, contribuem diretamente para a formação ou aquisi-
ção de um bem de capital, implicando em aumento patrimonial.
Despesas Correntes:
As Despesas Correntes são subdivididas em Despesas de Custeio e Transferências
Correntes.
3. Despesas Correntes.
3.1. Despesas de Custeio.
3.2. Transferências Correntes.
Segundo o art. 12, § 1º, da Lei n. 4.320/1964, Despesas de Custeio são as destinadas à
manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de
conservação e adaptação de bens imóveis.
As Transferências Correntes, por outro lado, são as dotações para despesas às quais não
corresponda contraprestação direta em bens ou serviços.

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Além dessas, classificam-se como correntes as contribuições e subvenções destinadas a


atender à manutenção de outras entidades de direito público ou privado, neste caso, evidente-
mente, com contraprestação em bens ou serviços deficitários, mas de interesse público.
As transferências podem ser constitucionais, legais, decorrentes de convênios ou contra-
tos de repasse ou simplesmente decorrentes de autorizações orçamentárias.
As subvenções são transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades
beneficiadas, distinguindo-se como subvenções sociais e econômicas.
As subvenções sociais são as que se destinem a instituições públicas ou privadas de cará-
ter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa.
As subvenções econômicas são as que se destinem a empresas públicas ou privadas de
caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.
Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras a concessão de subven-
ções sociais visará a prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e educa-
cional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses objeti-
vos, revelar-se mais econômica.
O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em unidades de
serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados obedecidos os pa-
drões mínimos de eficiência previamente fixados.
Somente à instituição cujas condições de funcionamento forem julgadas satisfatórias pe-
los órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções.
A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou
não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas cor-
rentes do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal.
Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas as dotações destinadas a co-
brir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros
alimentícios ou outros materiais e as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a
produtores de determinados gêneros ou materiais.

005. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) De acordo com a Lei do Direito Financei-


ro — Lei Federal n. 4.320/1964 — e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) — Lei Complementar
n. 101/2000 — e suas alterações, julgue o seguinte item.
A Lei do Direito Financeiro define subvenção econômica como uma despesa corrente destina-
da a empresa agrícola, pastoril, industrial ou comercial.

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De acordo com a Lei n. 4.320/1964, as subvenções são transferências correntes (que são des-
pesas correntes) e destinam-se a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comer-
cial, agrícola ou pastoril. Confira no art. 12 da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:
Art. 12.

(...)
§ 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não cor-
responda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções
destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado.
§ 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir
despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
I – subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assisten-
cial ou cultural, sem finalidade lucrativa;
II – subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter in-
dustrial, comercial, agrícola ou pastoril.
Certo.

A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa de fins
lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente
autorizada em lei especial.
Despesas de Capital:
As Despesas de Capital são subdivididas em Investimentos, Inversões Financeiras e Trans-
ferências de Capital.
4. Despesas de Capital.
4.1. Investimentos.
4.2. Inversões Financeiras.
4.3. Transferências de Capital.
Investimentos: são as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as
destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à sua realização, bem como
para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material
permanente e constituição ou aumento do capital de empresas industriais ou agrícolas.
Classificam-se, também, como Investimentos, as Sentenças Judiciárias e Despesas de
Exercícios Anteriores, quando expressamente se referirem a investimentos.
Inversões Financeiras: são as dotações destinadas à aquisição de imóveis, ou de bens de
capital já em utilização, aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entida-
des de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital, e
a constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comer-
ciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.

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DICA:
A construção de um prédio, portanto, constitui investimento,
enquanto a aquisição de um prédio já em utilização consiste
em inversão financeira. A aquisição de um imóvel novo para
ser utilizado especificamente no fim a que se destina o órgão
público é classificada como investimento.

006. (CESPE/PREFEITURA-MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964 e


das receitas e despesas públicas, julgue o próximo item.
A dotação orçamentária inserida no orçamento do município que se destine à constituição de
instituição bancária é classificada como investimento.

Na verdade, a Lei n. 4.320/1964 determina que a dotação para a constituição de instituição


bancária seja classificada como inversão financeira. Confira com grifos nossos:

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Art. 12. § 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:
I – aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II – aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie,
já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;
III – constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais
ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
Errado.

Transferências de Capital: são as dotações para investimentos ou inversões financeiras


que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de con-
traprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contri-
buições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especial anterior, bem
como as dotações para amortização da dívida pública.

007. (CESPE/FUB/TÉCNICO/2018) Com relação a orçamento público, julgue o próximo item.


Gastos com obras de conservação de bens imóveis são considerados inversões financeiras e
devem ser classificados na categoria econômica das despesas correntes.

De acordo com a Lei n. 4.320/1964, os gastos com obras de conservação de bens imóveis são
considerados são despesas de custeio e não despesas com inversões financeiras (de capi-
tal), devendo ser classificados na categoria econômica das despesas correntes.
Errado.

Já o artigo 13 da Lei n. 4.320/1964 apresenta os elementos:

Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a discriminação ou especificação da des-
pesa por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de governo, obedecerá ao seguinte
esquema:

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DESPESAS CORRENTES DESPESAS DE CAPITAL

Despesas de Custeio Investimentos

- Pessoa Civil -Obras Públicas

- Pessoal Militar -Serviços em Regime de Programação Especial

- Material de Consumo -Equipamentos e Instalações

- Serviços de Terceiros -Material Permanente

- Encargos Diversos -Participação em Constituição ou Aumento de Capital de


Empresas ou Entidades Industriais ou Agrícolas

Transferências Correntes
Inversões Financeiras
- Subvenções Sociais
- Aquisição de Imóveis
- Subvenções Econômicas
- Participação em Constituição ou Aumento de Capital de
- Inativos
Empresas ou Entidades Comerciais ou Financeiras
- Pensionistas
- Aquisição de Títulos Representativos de Capital de
- Salário Família e Abono Familiar Empresa em Funcionamento
- Juros da Dívida Pública - Constituição de Fundos Rotativos
-Contribuições de Previdência Social - Concessão de Empréstimos
-Diversas Transferências Correntes. - Diversas Inversões Financeiras

Transferências de Capital

- Amortização da Dívida Pública

- Auxílios para Obras Públicas

- Auxílios para Equipamentos e Instalações

- Auxílios para Inversões Financeiras

- Outras Contribuições.

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RESUMINDO, TEMOS:

Quanto à
LEI N. 46320/1964

Despesas Correntes Despesas de Capital

Transferências Despesas de Inversões Transferências


Investimentos
Correntes Custeio Financeiras de Capital

O artigo 15 da Lei n. 4.320/1964, diz que a despesa na lei do orçamento será detalhada até
o nível elemento e seu §2º traz o requisito para classificação de material permanente como
duração superior a dois anos:

Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos.
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras
e outros meios de que se serve a administração pública para consecução dos seus fins.
§ 2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração su-
perior a dois anos.

Os artigos 16º e 17º, além do 12º, tratam do direito a receber subvenções sociais. Veja o
que diz o artigo 17 na transcrição seguinte:

Art. 17. Somente à instituição cujas condições de funcionamento forem julgadas satisfatórias pelos
órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções.

Amigo(a), a Lei deixa claro que é dever de qualquer ente da Federação fiscalizar previamen-
te todas as instituições que pleiteiam esses recursos.
Vale destacar que o artigo em tela prevê fiscalização antes da elaboração do orçamento.
Contudo, é da responsabilidade dos órgãos de fiscalização (Controle Interno e Externo) verifi-
car o ato do agente público que aprovou a entidade, como também a aplicação dos recursos
na forma ajustada.
Já as subvenções econômicas são tratadas no artigo 12 e no 18. Veja o 18:

Art. 18. A cobertura dos deficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou
não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes
do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal.

De acordo com a Lei n. 4.320/1964, os recursos públicos destinados a cobrir despesas de


custeio de empresa pública de caráter agrícola ou pastoril é uma subvenção econômica, e não
social como diz a assertiva.
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Veja o que diz o artigo 12, em seu parágrafo 3º:

§ 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir


despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
I – subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assisten-
cial ou cultural, sem finalidade lucrativa;
II – subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter indus-
trial, comercial, agrícola ou pastoril.

O artigo 20 trata dos investimentos e dos PETs (Programas Especiais de Trabalho). Veja:

Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento segundo os projetos de obras
e de outras aplicações.
Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se
subordinado às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeados por dotações glo-
bais, classificadas entre as Despesas de Capital.

Vale destacar que, no caput deste artigo, a Lei tratou de enfatizar que as obras a serem
realizadas devem estar vinculadas a um projeto.
Acrescenta-se que outras aplicações, obviamente relacionadas às que mencionam, tam-
bém devem constar da dotação. Essas “outras aplicações” são despesas de custeio referentes
aos investimentos que deverão começar a operar no exercício financeiro, para o qual se ela-
bora o orçamento com data e valores aproximados, para que possam constar do orçamento.
Por sua vez, o artigo 22 trata do conteúdo e forma da proposta orçamentária.

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De acordo com o artigo 22 da Lei n. 4.320/1964, no que diz respeito ao seu conteúdo, a
proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Congresso Nacional nos prazos
estabelecidos nas Constituições e nas leis orgânicas dos municípios, será composta por:
• Mensagem, que conterá exposição circunstanciada da situação econômico-financeira,
documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos es-
peciais, restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justi-
ficação da política econômico-financeira do Governo; justificação da receita e despesa,
particularmente no tocante ao orçamento de capital.

Importante registrar que essa mensagem presidencial é o instrumento de comunicação ofi-


cial entre o Presidente da República e o Poder Legislativo usado para encaminhar os projetos
do PPA, da LDO e da LOA.
• Projeto de Lei de Orçamento.
• Tabelas explicativas sobre receitas e despesas de vários anos, em colunas distintas e
para fins de comparação.
• Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais,
em termos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar
e dos serviços a prestar, acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e
administrativa.

Os artigos 23 a 26 tratam das previsões plurianuais e do 27 ao 31 em ao das previsões


anuais, deixando para os artigos 32 e 33 regularem a elaboração da LOA e para os artigos 34
ao 39 a regulação dos exercícios financeiros.

O artigo 35 da Lei n. 4.320/1964 cai muito em prova. Confira:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.

As receitas públicas devem ser registradas no exercício financeiro que ocorrer a arrecadação
e as despesas no exercício que ocorra o empenho.

008. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Com relação aos regimes contábeis or-


çamentário e patrimonial, julgue o item a seguir.
O reconhecimento da receita no regime contábil orçamentário ocorre no momento de sua arre-
cadação, em obediência ao regime de competência.
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A Lei n. 4.320/1964, que estatui normas de finanças e contabilidade pública, adotou o regime
contábil orçamentário misto, em que as receitas públicas devem ser registradas no exercício
financeiro que ocorrer a arrecadação e as despesas no exercício que ocorra o empenho.
Esse regime adota a competência para a despesa e o regime de caixa para as receitas. Confira
com grifos nossos:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.
Errado.

O nosso Orçamento Público pode ser alterado desde que respeitando uma séria de regra-
mentos constitucionais e legais, como o inciso VI do artigo 167 da CF/1988 e os artigos 40 a
46 da Lei n. 4.320/1964 que tratam dos créditos adicionais.

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TÍTULO V
Dos Créditos Adicionais
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção
intestina ou calamidade pública.

Os Créditos Adicionais classificam-se em suplementares, especiais e extraordinárias.

Créditos adicionais

Suplementares Especiais Extraordinários

Importante ter em mente que as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos
projetos que o modifiquem (créditos adicionais) somente podem ser aprovadas caso:
• I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
• II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação
de despesa, excluídas as que incidam sobre:
− dotações para pessoal e seus encargos;
− serviço da dívida;
− transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e o Distrito Fe-
deral; ou
− III – sejam relacionadas:
− com a correção de erros e omissões; ou
− com os dispositivos do texto do projeto de lei.

O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a sua espécie e a classificação da
despesa, até onde for possível.
CRÉDITOS SUPLEMENTARES E ESPECIAIS:
Os créditos suplementares são destinados ao reforço de dotação orçamentária existente.
De modo distinto, os créditos especiais são destinados a despesas para as quais não haja
dotação orçamentária específica.
Tanto os créditos suplementares quanto os especiais serão autorizados por lei e abertos
por decreto executivo.

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Lei n. 4.320/1964
Manuel Piñon

É vedada a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa


e sem indicação dos recursos correspondentes.
A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para acorrer à despesa e será precedida de exposição justificativa.
Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:

I – o superavit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior, entendido com a


diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos
dos créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas;
II – os provenientes de excesso de arrecadação, entendido como o saldo positivo das diferenças
acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a ten-
dência do exercício. Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arre-
cadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicio-
nais, autorizados em Lei;
IV – o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao
poder executivo realizá-las.

Os créditos adicionais terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados.


No caso dos créditos especiais e extraordinários, se o ato de autorização for promulgado
nos últimos quatro meses daquele exercício, serão reabertos nos limites de seus saldos e
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS:
Podemos conceituar os créditos extraordinários como sendo aqueles usados para des-
pesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de uma calamidade pública (como é o
caso do COVID-19), de uma eventual comoção interna ou até mesmo de uma guerra.

O PULO DO GATO
Note uma pequena diferença entre as conceituações da CF/1988 e da Lei n. 4.320/1964:

Créditos Extraordinários
Os destinados a despesas urgen-
tes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou cala-
midade pública.
(Lei n. 4.320: art. 41, III)

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Lei n. 4.320/1964
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Créditos Extraordinários
A abertura de crédito extraordinário
somente será admitida para atender
a despesas imprevisíveis e urgen-
tes, como as decorrentes de guerra,
comoção interna ou calamidade pública,
observando o disposto no art. 62.
(Constituição Federal de 1988. art. 167, § 3º)

Importante saber que despesas imprevisíveis não são despesas imprevistas, já que no
caso das imprevistas elas, por uma falha humana, poderiam estar presentes na LOA, mas não
o foram, diferentemente daquelas decorrentes de calamidade pública, de comoção interna ou
de guerra, já que eventos como esses dificilmente seriam previstos de modo a que suas res-
pectivas despesas possam constar na LOA, como foi o caso do CORONAVÍRUS para o Orça-
mento de 2020.
A ideia do legislador, ao permitir a adoção de créditos extraordinários para atender às des-
pesas urgentes e imprevisíveis, foi viabilizar os recursos sem a necessidade de sua indicação
prévia, como os demais créditos orçamentários.
Destaque ainda que a não obrigatoriedade da indicação do compensatória de cancela-
mento de créditos equivalentes em montante não contraria o princípio do equilíbrio orçamen-
tário, como disposto no artigo 62 da CF/1988, que autoriza a adoção das medidas provisó-
rias como instrumento a ser usado na abertura de créditos extraordinários. Sendo aplicáveis,
nesse caso, além dos pressupostos de imprevisibilidade e urgência, também o de relevância.

DICA:
Guarde, portanto, que a abertura de créditos extraordinários
por meio de medidas provisórias somente deve ser usado nas
situações imprevisíveis, urgentes e relevantes.

Na União os Créditos Extraordinários são abertos por MP.


Nos Estados que dispuserem do instrumento de MP os Créditos Extraordinários também
devem ser abertos por MP.
Para os Municípios e Estados que não dispuserem do instrumento de MP, os Créditos Ex-
traordinários são abertos diretamente por Decreto do Executivo.
Leve isso para a prova.

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Lei n. 4.320/1964
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O que acontece e gera essa confusão é que na Lei n. 4.320/1964, fala que os “Créditos
Extraordinários devem ser abertos por Decreto do Executivo que deles dará conhecimento ao
Poder Legislativo”, diferentemente dos créditos suplementares e especiais que são autoriza-
dos por lei e abertos por Decreto do Executivo.
Importante destacar que a lei de conversão não tem o condão de convalidar eventuais ví-
cios da respectiva medida provisória.
Guarde as principais características de cada modalidade de crédito adicional no dese-
nho a seguir:

Reforço de dotação, autorização le-


Suplementares
gislativa, indicar fonte de
recursos.

Especiais Novas despesas, autorização le-


Créditos gislativa, indicar fonte de
adicionais recursos.

Guerra, comoção e calamidade;


autorização por medida provisória; não é
preciso indicar a fonte de
recursos.
Extraordinários
Se autorizado nos últimos quatro me-
ses, pode ser reaberto no ano seguinte,
no limite de seus saldos.

009. (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019/ADAPTADA) Com base nas regras do orçamento pú-


blico dispostas na Lei n. 4.320/1964, Julgue.
Os créditos adicionais suplementares são destinados a despesas para as quais não haja dota-
ção orçamentária específica.

Falsa, já que os créditos adicionais especiais são destinados a despesas para as quais não
haja dotação orçamentária específica, conforme artigo 41 da Lei n. 4.320/1964.
Errado.

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Lei n. 4.320/1964
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Nos artigos 47 a 70 temos a regulação da execução do orçamento, desde a programação da


despesa e sua realização até aspectos da receita.

010. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) A respeito da receita orçamentária, jul-


gue o item.
São classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arre-
cadadas — incluídas as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no orça-
mento —, as operações de crédito por antecipação da receita e as emissões de papel-moeda.

De início, vamos ver o que está disposto no artigo 57 da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão classificadas como
receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as prove-
nientes de operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento.
Note agora que a assertiva não levou em consideração a ressalva feita no artigo 3º dessa nor-
ma. Confira com grifos nossos:

Art. 3º Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de crédito por
antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e
passivo financeiros.
Assim, podemos ver que a Lei n. 4.320/1964 excluiu as receitas citadas no parágrafo único do
artigo 3º do conceito de receita orçamentária, e, entre elas, estão as operações de crédito por
antecipação da receita e as emissões de papel-moeda.
Errado.

Vale destacar que, segundo o artigo 58 da a Lei n. 4.320/1964, toda despesa efetuada na
Administração Pública, de qualquer dos entes federativos (União, estados, Distrito Federal e
municípios) deve seguir três estágios: empenho, liquidação e pagamento.

011. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária, jul-


gue o item.
O empenho do tipo global é utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determina-
do, sujeitas a parcelamento.

Veja o que diz o artigo 60 da Lei n. 4.320/1964 reproduzido com grifos nossos:

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Lei n. 4.320/1964
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Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.
§ 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de
empenho.
§ 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa determinar.
§ 3º É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.
Certo.

012. (CESPE/PREFEITURA-BH/PROCURADOR/2017/ADAPTADA) No que tange à execução


orçamentária,
É vedada a realização de despesa sem prévio empenho, admitindo-se, todavia, a sua realização
por estimativa de despesas submetidas a parcelamento.

Na verdade, a Lei n. 4.320/1964 veda a realização de despesa sem prévio empenho. No caso
das despesas sujeitas a parcelamento, elas devem ser realizadas por empenho global e não
por estimativa. Confira na Lei n. 4.320/1964 com grifos nossos:

Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.


§ 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de
empenho.
§ 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa determinar.
§ 3º É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.
Errado.

013. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o item


subsequente.
As disponibilidades da dotação orçamentária correspondente, a determinadas despesas re-
gularmente empenhadas são reduzidas em montante equivalente ao da despesa no momento
do empenho.

Tenha em mente que o empenho não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.
Assim, quando um empenho é emitido, gera-se um documento denominado “nota de empe-
nho”, o qual indica o valor da despesa e a dedução desta do saldo da dotação orçamentária
correspondente. Confira no artigo 61 da Lei n. 4.320/1964:

Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado “nota de empenho” que indi-
cará o nome do credor, a representação e a importância da despesa bem como a dedução desta do
saldo da dotação própria.
Certo.

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Lei n. 4.320/1964
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Importante também conhecer o artigo 68 da Lei n. 4.320/1964 que trata do regime de


adiantamento (suprimentos de fundos):

Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.

014. (CESPE/MPE-PI/ANALISTA/2018) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, na administra-


ção pública, as despesas de pequeno vulto podem ser viabilizadas por meio de suprimentos
de fundos.
Conforme essa lei, o suprimento de fundos consiste na entrega de numerário a servidor, sem-
pre precedida de empenho na dotação própria.

Conforme o exposto na assertiva no artigo 68 da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos.

Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Certo.

Vamos agora conhecer os 2 conceitos de dívida pública presentes na Lei n. 4.320/1964,


a norma geral das finanças públicas e dos orçamentos. É comum o examinador cobrar a sua
literalidade. Confira com grifos nossos:
Dívida Flutuante:

Art. 92. A dívida flutuante compreende:


I – os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II – os serviços da dívida a pagar;
III – os depósitos;
IV – os débitos de tesouraria.

015. (CESPE/FUB/ANALISTA/2018) Com relação aos procedimentos relativos ao encerra-


mento do exercício financeiro, julgue o item subsecutivo.
Despesas inscritas em restos a pagar devem ser incluídas no montante da dívida fundada.

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Lei n. 4.320/1964
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Na verdade, os restos a pagar estão compreendidos na dívida flutuante, não na dívida funda-
da. Confira na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 92. A dívida flutuante compreende:


I – os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II – os serviços da dívida a pagar;
III – os depósitos;
IV – os débitos de tesouraria.
Errado.

Dívida Fundada:

Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.

Dessa forma, vemos que, quanto à duração, de acordo com a Lei n. 4.320/1964, a dívida pública
subdivide-se em flutuante ou fundada. Já os conceitos detalhados no Decreto n. 93.872/1986
são mais abrangentes. De acordo com esse dispositivo, a dívida flutuante compreende os
compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de autorização orçamentária, assim
entendidos:
• Os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida.
• Os serviços da dívida.
• Os depósitos, inclusive consignações em folha.
• As operações de crédito por antecipação de receita.
• O papel-moeda ou moeda fiduciária.

Já em relação à dívida fundada ou consolidada, de acordo com o mencionado Decreto,


ela compreende os compromissos de exigibilidade superior a 12 meses contraídos mediante
emissão de títulos ou celebração de contratos para atender a desequilíbrio orçamentário, ou
a financiamento de obras e serviços públicos, e que dependam de autorização legislativa para
amortização ou resgate.
Dessa maneira, quanto ao prazo, de acordo com a Lei n. 4.320/1964, a dívida pública podes
ser classificada em:

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• flutuante, ou seja, aquele empréstimo com pagamento em até doze meses, em conso-
nância com o artigo 92 da Lei n. 4.320/1964. Esse tipo de empréstimo é usado, normal-
mente, para suprir deficiências de caixa e custear despesas correntes (custeio da má-
quina pública), não sendo permitido captar esse tipo de empréstimo para a realização
de investimentos.
• fundada ou consolidada, ou seja, aquela operação de crédito com prazo de resgate su-
perior a doze meses, em consonância com o artigo 98 da Lei n. 4.320/1964 e com o
artigo 29, inciso I da LRF. Esse tipo de empréstimo é usado, normalmente, para amenizar
desequilíbrio orçamentário ou financiar obras e serviços públicos.

Entre os artigos 71 e 74 são regulados os fundos especiais.


Os fundos especiais são constituídos por um grupo de receitas especificadas por lei, que
se vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços, sendo que a aplicação des-
ses recursos ocorre mediante dotação a ser consignada na Lei de Orçamento ou em créditos
adicionais.

Um bom exemplo de fundo especial é Fundo do RGPS – Regime Geral de Previdência Social.

De acordo com o glossário do Senado Federal:

(...)os fundos são instrumentos orçamentários criados por lei para vinculação de recursos ou con-
junto de recursos destinados à implementação de programas, projetos ou atividades com objetivos
devidamente caracterizados.

Os fundos podem ser de 2 tipos: de natureza contábil ou de natureza financeira. Guarde


logo que eles são muito semelhantes, cabendo à respectiva lei que os instituir fazer a es-
pecificação.
Os fundos de natureza contábil são evidenciados em registros contábeis onde as disponi-
bilidades financeiras são destinadas a atender saques efetuados diretamente contra o caixa
do Tesouro Nacional.
Os fundos de natureza financeira são constituídos por meio da movimentação de recur-
sos de caixa do Tesouro Nacional para depósitos em estabelecimentos oficiais de crédito,
de acordo com o cronograma aprovado, para atender aos saques previstos em programação
específica.

Não confundir os fundos especiais com os fundos de incentivos fiscais, aqueles que usam
recursos oriundos de incentivos fiscais para aplicação em áreas específicas como o fundo
relativo à parte do Imposto de Renda destinado a projetos para desenvolver o cinema nacional.

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Lei n. 4.320/1964
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Do artigo 75 até o 110 são apresentadas as disposições relativas ao controle da execução


orçamentária, incluindo o patrimônio público e os balanços.
O controle interno é aquele realizado pelo órgão no âmbito da própria Administração, do
próprio Poder, dentro de sua estrutura. O controle externo é aquele realizado por uma institui-
ção independente e autônoma. Veja o dispositivo da Lei n. 4.320/1964:

Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:


I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o
nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
II – a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;
III – o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de reali-
zação de obras e prestação de serviços.

016. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Acerca do controle da atividade financei-


ra do Estado e do controle exercido pelos tribunais de contas, julgue o item.
Cabe ao Poder Legislativo o controle da execução orçamentária com fins de verificar a probi-
dade da administração pública e o legal emprego dos dinheiros públicos.

Confira no artigo 81 da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verificar a
probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento da
Lei de Orçamento.
Certo.

O controle da execução orçamentária, previsto na Lei n. 4.320/1964, estabelece três tipos


de controle orçamentário:
• o de legalidade dos atos (prévio, concomitante ou subsequente);
• da fidelidade funcional dos agentes públicos; e
• o cumprimento do programa orçamentário.

Veja agora os principais pontos da Lei n. 4.320/1964 acerca do controle interno:


− O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle: legalidade, fidelidade funcional
e cumprimento do programa de trabalho, sem prejuízo das atribuições do Tribunal de
Contas ou órgão equivalente.

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− O órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária ou a outro indicado na


legislação, caberá o controle estabelecido no cumprimento do programa de trabalho.
Esse controle far-se-á, quando for o caso, em termos de unidades de medida, previa-
mente estabelecidos para cada atividade.
− No que diz respeito à verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária,
guarde que ela deve ser prévia, concomitante e subsequente.
− No que diz respeito à prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei,
ou por fim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou
tomada de contas de todos os responsáveis por bens ou valores públicos.
− É da competência dos serviços de contabilidade ou órgãos equivalentes verificar a
exata observância os limites das cotas trimestrais atribuídas a cada unidade orça-
mentária, dentro do sistema que for instituído para esse fim.

Vamos aos principais pontos na Lei n. 4.320/1964 sobre o Controle Externo:


− O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verifi-
car a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e
o cumprimento da Lei de Orçamento.
− O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no prazo esta-
belecido nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.
− As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer
prévio do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
− Quando, no Município não houver Tribunal de Contas ou órgão equivalente, Câmara
de Vereadores poderá designar peritos contadores para verificarem as contas do pre-
feito e sobre elas emitirem parecer.

Finalmente, temos os artigos 111 a 114 que tratam das disposições finais.
O ideal é que você possa ler esta Lei ao longo do curso e reler na semana da prova.

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RESUMO
Receitas Públicas na Lei 4.320/1964.
Classificação das Receitas Públicas pela Lei 4.320/1964.
Guarde a “estrutura” prevista nessa lei:
• RECEITAS CORRENTES.
• RECEITA TRIBUTÁRIA.
• Impostos.
• Taxas.
• Contribuições de Melhoria.
• RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES.
• RECEITA PATRIMONIAL.
• RECEITA AGROPECUÁRIA.
• RECEITA INDUSTRIAL.
• RECEITA DE SERVIÇOS.
• TRANSFERÊNCIAS CORRENTES.
• OUTRAS RECEITAS CORRENTES.
• RECEITAS DE CAPITAL.
• OPERAÇÕES DE CRÉDITO.
• ALIENAÇÃO DE BENS.
• AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS.
• TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL.
• OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL.

Guarde também o conceito das receitas correntes e de capital de acordo com a letra da Lei
n. 4.320/1964:

Art. 11. A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Recei-
tas de Capital.
Art. 11. § 1º São Receitas Correntes as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecu-
ária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis
em Despesas Correntes.
Art. 11. § 2º São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos
de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, destinadas a atender despesas classificáveis em Des-
pesas de Capital e, ainda, o superavit do Orçamento Corrente.

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Guarde que na Lei n. 4.320/1964, em seu artigo 51, foi instituída a previsão da receita, além
dos estágios da execução da receita orçamentária que são o lançamento, a arrecadação e o
recolhimento.
DESPESAS PÚBLICAS NA LEI N. 4.320/1964:
No que diz respeito às fases, estágios ou etapas da despesa, guarde que a execução da
despesa orçamentária pública transcorre em três estágios, que conforme previsto na Lei n.
4.320/1964 são: empenho, liquidação e pagamento. No entanto, a doutrina majoritária inclui
a Fixação da despesa como sendo um dos estágios, integrando o Planejamento.

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O empenho é o primeiro estágio da despesa. Nos termos do disposto no art. 58 da Lei n.


4.320/1964, o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para
o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição. O empenho
não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca, das dotações orçamentárias destinadas à
satisfação da despesa, a quantia necessária ao resgate do débito.
A liquidação é o segundo estágio da despesa e é caracterizada pela entrega dos bens e
serviços contratados. Nos termos do disposto no art. 63 da Lei n. 4.320, de 17/03/1964, a li-
quidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base
os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
O pagamento é o terceiro e último estágio da despesa. Dispositivo constante do artigo 64
da Lei 4.320/1964 define: a ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade com-
petente, determinando que a despesa seja paga.
A Lei n. 4.320/1964, em seu art. 15, estabelece o princípio da descriminação que exige
que as despesas sejam discriminadas, no mínimo, por elementos. Em seguida, define ele-
mentos como:

(...)o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se
serve a administração pública para a consecução dos seus fins.

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Lei n. 4.320/1964
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Classificação da Despesa Pública da Lei n. 4.320/1964:


O artigo 2º da Lei n. 4.320/1964 estabelece que o orçamento terá quadro demonstrativo da
Receita e Despesa organizado pela Categoria Econômica.

A despesa é classificada nas seguintes categorias econômicas:


DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital

Esquema:

Quanto à
LEI N. 46320/1964

Despesas Correntes Despesas de Capital

Transferências Despesas de Inversões Transferências


Investimentos
Correntes Custeio Financeiras de Capital

Dívida:
A Lei n. 4.320/1964 apresenta os conceitos de dívida flutuante e fundada. Vamos guardar
a sua literalidade.
Dívida Flutuante:

Art. 92. A dívida flutuante compreende:


I – os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II – os serviços da dívida a pagar;
III – os depósitos;
IV – os débitos de tesouraria.

Dívida Fundada:

Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.

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Lei n. 4.320/1964
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Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.

Vamos agora fazer mais questões.


Agora é hora de praticar e fixar.

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Lei n. 4.320/1964
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MAPA MENTAL
Lei n. 4.320/1964:

Previsão Planejamento

Lançamento Fases Transferências Correntes


Corrente
Arrecadação Fases da Execução Despesas de Custeio
Recolhimento
Investimentos
Tributária Despesa
Pública De Capital Inversões Financeiras
De Contribuições Transferências de Capital
Patrimonial
Empenho
Agropecuária Receita
De Capital Pública Fases da execução Liquidação
Industrial
Pagamento
De Serviços
Transferências Correntes
Lei n. 4.320/1964
Outras Receitas Correntes

Operações de Crédito
Alienação de Bens Dívida Flutuante
Pública
Amortização de Empréstimos De Capital Fundada

Transferências de Capital
Outras Receitas de Capital

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AFO
Lei n. 4.320/1964
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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Acerca dos conceitos básicos de orçamento públi-
co, julgue o item a seguir.
O objetivo principal dos orçamentos públicos modernos é mostrar à sociedade a natureza do
gasto governamental.

002. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) A respeito de orçamento público, julgue os


itens a seguir.
Em observância ao princípio da universalidade orçamentária, devem estar reunidos no orça-
mento estadual todos os recursos que um estado-membro esteja autorizado a arrecadar e
todas as dotações necessárias ao custeio de serviços públicos estaduais.

003. (CESPE/FUB/TÉCNICO/2018) Com relação a orçamento público, julgue o próximo item.


Os recursos obtidos com a venda de bens imóveis de propriedade da União pertencem à cate-
goria econômica das receitas correntes.

004. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) A respeito das receitas extraorçamentá-


rias, julgue o item.
As receitas agropecuárias e industriais são exemplos típicos de receitas extraorçamentárias.

005. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) De acordo com a Lei do Direito Financei-


ro — Lei Federal n. 4.320/1964 — e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) — Lei Complementar
n. 101/2000 — e suas alterações, julgue o seguinte item.
A Lei do Direito Financeiro define subvenção econômica como uma despesa corrente destina-
da a empresa agrícola, pastoril, industrial ou comercial.

006. (CESPE/PREFEITURA-MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964 e


das receitas e despesas públicas, julgue o próximo item.
A dotação orçamentária inserida no orçamento do município que se destine à constituição de
instituição bancária é classificada como investimento.

007. (CESPE/FUB/TÉCNICO/2018) Com relação a orçamento público, julgue o próximo item.


Gastos com obras de conservação de bens imóveis são considerados inversões financeiras e
devem ser classificados na categoria econômica das despesas correntes.

008. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Com relação aos regimes contábeis or-


çamentário e patrimonial, julgue o item a seguir.
O reconhecimento da receita no regime contábil orçamentário ocorre no momento de sua arre-
cadação, em obediência ao regime de competência.

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009. (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019/ADAPTADA) Com base nas regras do orçamento pú-


blico dispostas na Lei n. 4.320/1964, Julgue.
Os créditos adicionais suplementares são destinados a despesas para as quais não haja dota-
ção orçamentária específica.

010. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) A respeito da receita orçamentária, jul-


gue o item.
São classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arre-
cadadas — incluídas as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no orça-
mento —, as operações de crédito por antecipação da receita e as emissões de papel-moeda.

011. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária, jul-


gue o item.
O empenho do tipo global é utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determina-
do, sujeitas a parcelamento.

012. (CESPE/PREFEITURA-BH/PROCURADOR/2017/ADAPTADA) No que tange à execução


orçamentária,
É vedada a realização de despesa sem prévio empenho, admitindo-se, todavia, a sua realização
por estimativa de despesas submetidas a parcelamento.

013. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o item


subsequente.
As disponibilidades da dotação orçamentária correspondente, a determinadas despesas re-
gularmente empenhadas são reduzidas em montante equivalente ao da despesa no momento
do empenho.

014. (CESPE/MPE-PI/ANALISTA/2018) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, na administra-


ção pública, as despesas de pequeno vulto podem ser viabilizadas por meio de suprimentos
de fundos.
Conforme essa lei, o suprimento de fundos consiste na entrega de numerário a servidor, sem-
pre precedida de empenho na dotação própria.

015. (CESPE/FUB/ANALISTA/2018) Com relação aos procedimentos relativos ao encerra-


mento do exercício financeiro, julgue o item subsecutivo.
Despesas inscritas em restos a pagar devem ser incluídas no montante da dívida fundada.

016. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Acerca do controle da atividade financei-


ra do Estado e do controle exercido pelos tribunais de contas, julgue o item.

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Cabe ao Poder Legislativo o controle da execução orçamentária com fins de verificar a probi-
dade da administração pública e o legal emprego dos dinheiros públicos.

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QUESTÕES DE CONCURSO
017. (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019/ADAPTADA) Com base nas regras do orçamento pú-
blico dispostas na Lei n. 4.320/1964, julgue.
Empenhos não liquidados oriundos de créditos com vigência plurianual só serão inscritos em
restos a pagar no último ano da vigência do crédito.

A resposta na literalidade do artigo 36 da Lei n. 4.320/1964. Confira com grifos nossos:

Art. 36. Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal, que
não tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência
do crédito.
Certo.

018. (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019/ADAPTADA) Com base nas regras do orçamento pú-


blico dispostas na Lei n. 4.320/1964, julgue.
Despesa anulada será considerada como receita do mesmo exercício financeiro em que se
efetivar, independentemente do momento em que a anulação ocorrer.

Falsa, já que quando a despesa for anulada no exercício temos a reversão da dotação. Por
outro lado, se a anulação acontecer após o encerramento do exercício, deve ser considerada
receita do ano em que se efetivar. Confira no artigo 38 da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa anulada no exercício; quando a anulação ocor-
rer após o encerramento deste considerar-se-á receita do ano em que se efetivar.
Errado.

019. (CESPE/COGE-PI/AUDITOR/2019) De acordo com a classificação econômica estabele-


cida na Lei n. 4.320/1964, assinale a opção correta.
a) As receitas patrimoniais são receitas correntes, e as de amortização de empréstimos e as
de serviços são de capital.
b) As receitas patrimoniais e as de amortização de empréstimos são receitas de capital, e as
de serviços são correntes.
c) As receitas de amortização de empréstimos e as patrimoniais são receitas correntes, e as
de serviços são de capital.
d) As receitas patrimoniais e as de serviços são receitas de capital, e as de amortização de
empréstimos são correntes.
e) As receitas de amortização de empréstimos são receitas de capital, e as patrimoniais e as
de serviços são correntes.

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Vamos rever o conceito de receitas correntes e de capital de acordo com a letra da Lei n.
4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 11. A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Recei-
tas de Capital.
Art. 11. § 1º São Receitas Correntes as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecu-
ária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis
em Despesas Correntes.
Art. 11. § 2º São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos
de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, destinadas a atender despesas classificáveis em Des-
pesas de Capital e, ainda, o superavit do Orçamento Corrente.
Agora vamos apontar os erros das demais:
a) Errada. Já que Receitas de Serviços são Receitas Correntes.
b) Errada. Já que as Receitas Patrimoniais são Receitas Correntes.
c) Errada. Já que as receitas de amortização de empréstimos são Receitas de Capital e as
Receitas de Serviços são Receitas Correntes.
d) Errada. Já que as Receitas de Serviços e Patrimoniais são Receitas Correntes e as receitas
de amortização de empréstimos são Receitas de Capital.
Letra e.

020. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Em sentido amplo, receita pública consiste no


recolhimento de bens aos cofres públicos. No que se refere à receita pública, julgue o item
subsecutivo.
Os débitos oriundos de imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA), exigíveis
pelo transcurso do prazo regular para pagamento, serão inscritos pela fazenda pública estadu-
al como dívida ativa não tributária.

Lembre-se daquela distinção da dívida ativa quanto à origem prevista na Lei n. 4.320/1964,
com grifos nossos:

a. Dívida Ativa Tributária: é proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais
e multas.
b. Dívida Ativa Não Tributária: é proveniente dos demais créditos da Fazenda Pública, decorrentes de
contratos em geral ou de outras obrigações legais.
Errado.

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021. (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) Em relação à política monetária e à gestão da dívida


pública, julgue o item seguinte.
As emissões de papel moeda devem estar previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA) por im-
pactarem a dívida bruta do governo central.

Na verdade, a emissão de papel moeda é uma das exceções ao princípio orçamentário da uni-
versalidade, já que ela não gera receita orçamentária.
Veja o que nos diz o artigo 3º da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito


autorizadas em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de crédito por antecipa-
ção da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo
financeiros.
Errado.

022. (CESPE/MIN/ANALISTA/2013) Julgue o item subsecutivo, referente a receitas e despe-


sas públicas.
Os créditos da fazenda pública, de natureza tributária ou não tributária, serão reconhecidos
como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias.

O examinador CESPE praticamente cobrou a literalidade do caput do artigo 39 da Lei n.


4.320/1964. Veja:

Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados
como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias.
Certo.

023. (CESPE/ANCINE/ANALISTA/2013) Julgue o item subsequente, conforme o disposto na


Lei n. 4.320/1964.
As previsões para depreciação são computadas para efeito de apuração do saldo líquido das
entidades autárquicas ou paraestatais, inclusive de previdência social ou investidas de delega-
ção para arrecadação de contribuições parafiscais da União, dos estados, dos municípios e do
Distrito Federal.

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Vamos ler os artigos 107 e 108 da Lei n. 4.320/1964:

Art. 107. As entidades autárquicas ou paraestatais, inclusive de previdência social ou investidas de


delegação para arrecadação de contribuições parafiscais da União, dos Estados, dos Municípios
e do Distrito Federal terão seus orçamentos aprovados por decreto do Poder Executivo, salvo se
disposição legal expressa determinar que o sejam pelo Poder Legislativo. (Vide Decreto n. 60.745,
de 1967)
Parágrafo único. Compreendem-se nesta disposição as empresas com autonomia financeira e ad-
ministrativa cujo capital pertencer, integralmente, ao Poder Público.
Art. 108. Os orçamentos das entidades referidas no artigo anterior vincular-se-ão ao orçamento da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, pela inclusão:
I – como receita, salvo disposição legal em contrário, de saldo positivo previsto entre os totais das
receitas e despesas;
II – como subvenção econômica, na receita do orçamento da beneficiária, salvo disposição legal em
contrário, do saldo negativo previsto entre os totais das receitas e despesas.
§ 1º Os investimentos ou inversões financeiras da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Federal, realizados por intermédio das entidades aludidas no artigo anterior, serão classificados
como receita de capital destas e despesa de transferência de capital daqueles.
§ 2º As previsões para depreciação serão computadas para efeito de apuração do saldo líquido das
mencionadas entidades.
Agora, note que o § 2º do artigo 108, que remete ao caput do artigo 107 da Lei n. 4.320/1964,
confirma que o item está correto, já que as previsões para depreciação devem ser computadas
para efeito de apuração do saldo líquido das entidades autárquicas ou paraestatais, inclusive
de previdência social ou investidas de delegação para arrecadação de contribuições parafis-
cais da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
Certo.

024. (CESPE/TCU/TFCE/2012) A administração pública prevê, em determinadas situações, a


utilização de uma sistemática especial, denominada suprimento de fundos, para realizar des-
pesas que, por sua natureza ou urgência, não possam aguardar o processo normal da execu-
ção orçamentária. Quanto à concessão do suprimento de fundos, julgue o item seguinte.
É permitida a concessão de suprimento de fundos a servidor que seja declarado em alcance
ou esteja respondendo a processo administrativo, desde que o objeto do inquérito não esteja
relacionado à concessão de suprimentos de fundos anteriores.

Antes de responder essa questão, vamos fazer a leitura dos artigos 68 e 69 da Lei n. 4.320/1964
com grifos nossos:

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Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em alcance nem a responsável por dois adiantamen-
tos.
Assim, um servidor em alcance, ou seja, aquele que tenha cometido apropriação indevida, ex-
travio, desvio ou falta verificada na prestação de contas, de dinheiro ou valores confiados à sua
guarda, não pode receber valores a título de suprimento de fundos, contrariando a mensagem
da assertiva.
Errado.

025. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Acerca de princípios orçamentários, julgue o item


subsequente.
A aplicação do princípio do orçamento bruto visa impedir a inclusão, no orçamento, de impor-
tâncias líquidas, isto é, a inclusão apenas do saldo positivo ou negativo resultante do confronto
entre as receitas e as despesas de determinado serviço público.

O princípio do Orçamento Bruto fala que todas as Receitas e todas as Despesas devem constar
no Orçamento pelos seus totais sem qualquer tipo de dedução. A sua base legal é o artigo 6º
da Lei n. 4.320/1964. Veja:

Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas
quaisquer deduções.
Parte da Doutrina entende que o Princípio do Orçamento Bruto integra do Princípio da Univer-
salidade de forma mais completa.
A ideia é impedir a inclusão no orçamento apenas do saldo positivo ou negativo resultante do
confronto entre receitas e as despesas de determinado serviço.
Nessa pegada, se for fazer uma dedução de uma receita, o ente público não pode apenas regis-
trar o valor líquido a ser arrecadado. Tanto a arrecadação bruta, quanto a respectiva dedução,
devem ser explicitados no orçamento em tela.
Certo.

026. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Acerca da elaboração e do controle dos orçamentos e


balanços da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal, julgue o item.
Todas as receitas devem ser recolhidas em estrita observância ao princípio de unidade de te-
souraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.

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O Princípio da Unidade de Caixa ou da Unidade de Tesouraria visa obrigar os entes públicos a


recolher os valores arrecadados em uma Conta Única, com a finalidade de facilitar a adminis-
tração, o controle e a fiscalização da aplicação desses recursos.
Sua base legal é o artigo 16, § 3º, da CF/1988 combinada com o artigo 56 da Lei n.
4.320/1964. Veja:

§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do


Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade
de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.
O foco é que os recursos do governo sejam recolhidos em conta única facilitando a adminis-
tração e o controle.
Cuidado, pois esse Princípio não deve ser confundido com o Princípio da Unidade Orçamentária.
À nível federal, este princípio é obedecido pela criação da Conta Única do Tesouro Nacional.
Esta conta é mantida no Banco Central do Brasil, operacionalizada pelo Banco do Brasil S.A.
(seu agente financeiro) e administrada pela STN – Secretaria do Tesouro Nacional.
Em suma, a ideia é coibir a existência de caixas paralelos, fracionados.
Certo.

027. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Acerca da elaboração e do controle dos orçamentos e


balanços da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal, julgue o item.
O sumário geral da receita por fontes e das despesas por funções do governo deve seguir os
princípios da unidade, universalidade e anualidade, integrando a Lei de Orçamento e o quadro
demonstrativo do passivo orçamentário anual.

A resposta dessa questão está no artigo 2º, § 1º, I, da Lei n. 4.320/1964. Confira com gri-
fos nossos:

Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a


política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de
unidade universalidade e anualidade.
§ 1º Integrarão a Lei de Orçamento:
I – Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Governo;
Assim, o sumário geral da receita por fontes e das despesas por funções do governo deve
integrar a LOA, mas, entretanto, não existe previsão entre seus quadros demonstrativos, para
aquele relativo ao passivo orçamentário anual.
Errado.

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028. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Acerca dos conceitos e princípios orçamentários, julgue


o item que se segue.
Conforme o princípio orçamentário da unidade, todas as receitas e despesas devem integrar o
orçamento público.

O princípio da unidade orçamentária é aquele que diz que todas as Receitas e Despesas devem
estar contidas em uma só Lei Orçamentária – LOA para cada ente federativo, ou seja, o orça-
mento deve ser “uno” (um só), de modo que cada ente da federação deve possuir apenas um
ORÇAMENTO de maneira uniforme, não podendo haver mais de um orçamento para cada ente
governamental.
Quem diz que todas as receitas e despesas devem integrar o orçamento público é o Princípio
da Universalidade.
De acordo com o Princípio da Universalidade ou Totalização, o Orçamento deve conter todas
as Receitas e todas as Despesas do ente público.
A fundamentação legal desse Princípio é feita com base nos artigos 2º, 3º e 4º da Lei n.
4.320/1964, combinados com o §5º do artigo 165 da CF/1988. Veja como aparece na Lei n.
4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito


autorizadas em lei.
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da
administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto
no art. 2º.
Errado.

029. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Acerca dos conceitos e princípios orçamentários, julgue


o item que se segue.
Na administração pública federal, o exercício financeiro corresponde ao período compreendido
entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de cada ano civil.

Aqui a resposta está na literalidade do artigo 34 da Lei n. 4.320/1964, valendo para todos os
entes, ou seja, vale também para os entes municipais, distritais ou estaduais.

Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.


Certo.

030. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Considerando que o processo orçamentário deve obede-


cer a um conjunto de princípios consagrados na doutrina especializada, julgue o item seguinte.

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Lei n. 4.320/1964
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O princípio orçamentário da especificação ou especialização não está explicitado no texto da CF.

O princípio da Especificação, Especialização ou Discriminação é no sentido de que todas as


receitas e despesas devem ser especificadas, ou seja, não podem ser incluídos valores globais
no Orçamento. Realmente o seu embasamento legal não é a CF/1988, mas sim os artigos 5º e
15º, §1º, da Lei n. 4.320/1964.
Certo.

031. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) A respeito de orçamento público, julgue os


itens a seguir.
Em observância ao princípio da universalidade orçamentária, devem estar reunidos no orça-
mento estadual todos os recursos que um estado-membro esteja autorizado a arrecadar e
todas as dotações necessárias ao custeio de serviços públicos estaduais.

O Princípio da Universalidade é aquele que nos revela que o orçamento deve conter todas as
receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Ad-
ministração direta e indireta.
O Princípio da Universalidade tem seu espírito revelado nos artigos 3 e 4 da Lei n. 4.320/1964.
Confira com grifos nossos:

Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito


autorizadas em lei.
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da
administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto
no art. 2º.
Nessa pegada, se, na elaboração do Orçamento, o Princípio da Universalidade foi respeitado e
contém realmente todas as receitas e despesas, o Poder Legislativo pode conhecer, em tese,
todas as receitas e despesas do governo.
Certo.

032. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) Julgue:


O parágrafo único do artigo 20 da Lei n. 4.320/1964, conforme o qual “os programas especiais
de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas ge-
rais de execução da despesa, poderão ser custeados por dotações globais, classificadas entre
as despesas de capital”, constitui uma exceção ao princípio da especificação.

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Lei n. 4.320/1964
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Vamos recordar o que diz o parágrafo único do artigo 20 da Lei n. 4.320/1964:

Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se
subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações
globais, classificadas entre as Despesas de Capital.
Certo.

033. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017/ADAPTADA) Julgue:


Os restos a pagar e os serviços da dívida são exemplos de dívida fundada.

Na verdade, os restos a pagar e os serviços da dívida são exemplos de dívida flutuante. Confira
na Lei n. 4.320/1964:

Art. 92. A dívida flutuante compreende:


I – os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II – os serviços da dívida a pagar;
Errado.

034. (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016) JULGUE o item seguinte.


No orçamento-programa, as decisões orçamentárias estão diretamente relacionadas às ne-
cessidades financeiras dos entes da administração pública.

As decisões orçamentárias estão diretamente relacionadas às necessidades financeiras dos


entes da administração pública para o Orçamento Tradicional e não no orçamento-programa,
que foca em planejamento.
Errado.

035. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue o item a seguir, relativo à implementação do


orçamento público no Brasil.
A fixação da despesa, que compreende a adoção de medidas em determinada situação ideali-
zada, conforme os recursos disponíveis e as diretrizes e prioridades traçadas pelo governo, é
um dos estágios da despesa pública previstos na legislação em vigor.

Assertiva errada, pois a banca colocou ao seu final a expressão “previstos na legislação em
vigor”. E isso não é verdade.

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Lei n. 4.320/1964
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A execução da despesa orçamentária pública transcorre em três estágios, que conforme


previsto na Lei n. 4.320/1964 são: empenho, liquidação e pagamento.
Errado.

036. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Com base nas normas gerais de direito financeiro para
a elaboração e o controle dos orçamentos e balanços públicos, julgue o item seguinte.
O registro das receitas e despesas públicas deve ser feito no exercício financeiro em que ocor-
reram os respectivos fatos geradores.

Apenas a título de informação, o artigo 35 da Lei n. 4.320/1964 responde essa questão:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.
Dessa maneira, as receitas públicas devem ser registradas no exercício financeiro que ocorrer
a arrecadação e as despesas no exercício que ocorra o empenho.
Certo.

037. (CESPE/FUB/ASSISTENTE/2016) Julgue o item a seguir, relativo ao orçamento público


e à administração financeira dos entes estatais.
O método contábil das partidas dobradas não é utilizado no âmbito da administração pública
porque a gestão financeira do Estado obedece a regras específicas definidas em lei, não se-
guindo os padrões contábeis do setor privado.

Na verdade, os lançamentos devem sim ser feitos pelo método das partidas dobradas (débi-
to=crédito) em contas que apresentem a mesma natureza de informação.
A Lei n. 4.320/1964, em seu artigo 86, manda que:

A escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniais efetuar-se-á pelo método das par-
tidas dobradas.
Errado.

038. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue o item a seguir, relativo a políticas públicas e


planejamento governamental.
Por meio do orçamento-programa é possível expressar, com maior veracidade, a responsabi-
lidade do governo para com a sociedade, visto que o orçamento deve indicar com clareza os
objetivos da nação.

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Lei n. 4.320/1964
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Desde a entrada em vigor da Lei n. 4.320/1964, o orçamento-programa vem sendo adotado no


Brasil e a sua mola mestra é fixar as Despesas Públicas a partir da identificação das necessi-
dades públicas sob a responsabilidade de determinado nível de governo e da sua organização,
de acordo com as suas prioridades.
A ideia é fazer com que o gasto público possa ser detalhado de modo a enfatizar a sua finalida-
de e seus os objetivos, identificando para cada gasto a respectiva a ação, definindo o responsá-
vel pela respectiva execução de cada ação, além de apresentar individualmente os resultados
esperados para cada uma delas.
Certo.

039. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) À luz do disposto na Lei n. 4.320/1964, julgue o


próximo item.
As despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento podem ser consignadas na lei orça-
mentária anual em dotações globais.

Assertiva contraria o princípio da Especificação, Especialização ou Discriminação que nos diz


que todas as receitas e despesas devem ser especificadas, ou seja, não podem ser incluídos
valores globais no Orçamento.
O seu embasamento legal é feito por meio dos artigos 5º e 15º, §1º, da Lei n. 4.320/1964. Va-
mos ver o artigo 5º com grifos nossos:

Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente
a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalva-
do o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único.
Vale informar que as mencionadas exceções previstas no artigo 20 da Lei n. 4.430/1964 refe-
rem-se aos programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não podem seguir ao pé
da letra as normas gerais de execução da despesa, como os programas de proteção à teste-
munha que, em função do sigilo inerente, se tivessem especificação detalhada, perderiam sua
finalidade.
Errado.

040. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Acerca da elaboração da proposta orçamentária e da


execução do orçamento, julgue o item subsecutivo, conforme disposições da Lei n. 4.320/1964.
Qualquer renda com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato é objeto de
lançamento.

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Em seus artigos 52 e 53, a Lei n. 4.320/1964 define o lançamento como o segundo estágio da
receita, representando o ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito
fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
Assim, no caso das receitas públicas de origem tributária, o lançamento deve observar o dis-
posto no art. 142 da Lei n. 5.172/1966 (Código Tributário Nacional) que o define como procedi-
mento privativo da autoridade administrativa tendente a verificar a ocorrência do fato gerador,
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito pas-
sivo e, se for o caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Basicamente, em nosso Sistema Tributário Nacional temos três modalidades diferentes de
lançamento tributário:
• Lançamento por declaração ou misto que é aquele concede a espontaneidade ao sujeito
passivo para declarar corretamente. Assim, O próprio contribuinte apura o valor devido e
presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à
sua efetivação, como nos casos dos Impostos de Importação e de Exportação.
• Lançamento por homologação ou autolançamento é aquele em que o pagamento e as
informações prestadas pelo contribuinte são realizados sem qualquer exame prévio da
autoridade administrativa, como nos casos do Imposto de Renda e do ICMS.
• Lançamento de ofício ou direto que é aquele usado para tributos que têm como fato
gerador uma situação cujos dados constam dos cadastros de suas Secretarias de Fa-
zenda, de modo que basta à autoridade administrativa a consulta a aqueles registros
para que se tenha às mãos dados fáticos necessários à realização do lançamento. Des-
ta forma, é efetuado pela Administração sem a participação do contribuinte, como nos
casos do IPTU e do IPVA.
Finalmente, guarde que por força da Lei n. 4.320/1964, são objeto de lançamento as rendas
com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.
Certo.

041. (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) Acerca da despesa pública, assinale a opção correta.


a) As subvenções são transferências destinadas ao custeio de programas sociais e econômi-
cos previamente aprovados na lei orçamentária.
b) O prévio empenho é dispensável na medida em que a legislação admite o adiantamento de
pagamento de despesas que não se subordinam ao processo normal de aplicação.
c) O empenho é o ato da autoridade competente que estabelece o cronograma de pagamento
segundo a estimativa da despesa prevista na lei orçamentária.
d) A despesa de custeio engloba os gastos públicos com o pagamento dos juros e encargos
da dívida pública e sua amortização.

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e) A liquidação da despesa pública é o pagamento mediante a apresentação de nota que cer-


tifica a prestação do serviço ou a entrega do produto.

De acordo com a Lei n. 4.320/1964, consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as
transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguin-
do-se como:

I – subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assisten-


cial ou cultural, sem finalidade lucrativa;
II – subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter indus-
trial, comercial, agrícola ou pastoril.
b) Errada. Já que, na verdade, não é dispensável. O suprimento de fundos (adiantamento) nada
mais é que um regime especial de execução da despesa orçamentária, mas que ainda assim
deve cumprir os estágios da despesa pública: empenho, liquidação e pagamento, sendo, veda-
da, sem dúvida, a realização da despesa sem prévio empenho.
c) Errada. Já que a Lei 4.320/1964 assim determina:

Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado
obrigação de pagamento pendente “ou não” de implemento de condição.
d) Errada. Já que gasto com amortização da dívida pública é despesa de capital.
e) Errada. Já que liquidação não é pagamento.
Letra a.

042. (CESPE/FUB/ADMINISTRADOR/2018) Com relação aos procedimentos relativos ao en-


cerramento do exercício financeiro, julgue o item subsecutivo.
Se a inscrição de determinada despesa em restos a pagar prescrever, mas, por decisão judicial,
a prescrição for interrompida, então a despesa correspondente deverá ser paga à conta de
despesas de exercícios anteriores.

Guarde que Restos à Pagar, com prescrição interrompida, compõe as despesas de exercícios
anteriores. Confira no artigo 37 da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica

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consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem
cronológica.
Certo.

043. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018-ADAPTADA) Julgue o item.


Contas de natureza patrimonial e de natureza orçamentária possuem atributo indicador do
superavit financeiro, ou seja, atributo que indica se sua realização e(ou) o seu pagamento de-
pende ou não de autorização orçamentária.

Na verdade, a assertiva se equivoca ao dizer que as contas de natureza orçamentária também


possuem atributo indicador do superavit financeiro, já que o atributo indicador do superavit
financeiro é aplicável apenas às contas de natureza patrimonial.
Guarde que a classificação do ativo e do passivo em financeiro e permanente permite a apura-
ção do superavit financeiro no Balanço Patrimonial de acordo com a Lei n. 4.320/1964.
Errado.

044. (CESPE/PREF-MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n.º 4.320/1964 e das re-


ceitas e despesas públicas, julgue o próximo item.
Obedecendo, sempre que possível, a ordem cronológica, o município poderá realizar despesa
para pagar compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente,
desde que o faça à conta de dotação específica consignada no orçamento discriminada por
elementos.

A resposta está na literalidade do artigo 37 da Lei n. 4.320/1964. Confira com grifos nossos:

Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação espe-
cífica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a
ordem cronológica.
Certo.

045. (CESPE/EMAP/ANALISTA/2018) Determinado estado da Federação apresentou,


em 31/12/2017, os seguintes saldos orçamentários (em milhares de reais), referentes ao
ano de 2017:

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receita arrecadada 150.000


receita prevista 180.000
despesa fixada 150.000
despesa empenhada 100.000
despesa paga 80.000
despesa liquidada 110.000
A partir dessa situação hipotética, julgue o próximo item, com base no disposto na Lei n.
4.320/1964.
O resultado da execução orçamentária, em 31/12/2017, foi de R$ 50.000.

Em se tratando de Balanço Orçamentário, no que diz respeito ao Resultado da Execução Orça-


mentária - REO, devemos somar as Receitas Arrecadadas e diminuir das Despesas Empenha-
das, já que, a Lei n. 4.320/1964 determina a utilização de um regime misto.
Confira, com grifos nossos:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.
Calculando, temos:
• REO = Receitas Arrecadadas – Despesas Empenhadas.
• REO = R$ 150.000,00 – R$ 100.000,00.
• REO = R$ 50.000,00.
Certo.

046. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) A tabela a seguir apresenta informações sobre a


execução orçamentária e financeira divulgadas, em 2017, por um município, não tendo sido
inscritas as despesas em restos a pagar ao final do exercício.

valor (em mil


receitas arrecadadas
reais)

Aluguéis 500

contribuições dos servidores ao RPPS 500

cota-parte do FPM 5.000

IPTU 14.500

ISS 9.000

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valor (em mil


receitas arrecadadas
reais)

operações de crédito 6.000

Taxas 3.500

venda de imóvel 1.000

valor (em mil


despesas empenhadas
reais)

amortização de empréstimos 5.500

aquisição de ambulâncias 400

juros e encargos da dívida 1.500

material de consumo 8.000

obras e instalações 3.500

pessoal e encargos sociais – Poder 19.000


Executivo
pessoal e encargos sociais – Poder 1.800
Legislativo
Considerando-se somente as receitas e as despesas correntes da tabela, o resultado obtido foi:
a) deficitário em R$ 800.000.
b) superavitário em R$ 2.700.000.
c) superavitário em R$ 2.300.000.
d) superavitário em R$ 2.200.000.
e) deficitário em R$ 1.300.000.

Em se tratando de Balanço Orçamentário, no que diz respeito ao Resultado da Execução Or-


çamentária - REO, devemos somar as Receitas Arrecadadas e diminuir das Despesas Empe-
nhadas, já que, a Lei n. 4.320/1964 determina a utilização de um regime misto. Confira com
grifos nossos:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas”.

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O enunciado da questão manda considerarmos apenas as receitas e despesas correntes.


Então temos:
Receitas Correntes:
Receita Patrimonial (aluguel) = 500,00.
Transferência corrente (FPM) = 5.000,00.
Tributária:
IPTU = 14.500,00.
ISS = 9.000,00.
Taxas = 3.500,00.
Contribuição ao RPPS = 500,00.
Total = R$ 33.000,00.
Despesas Correntes:
Juros e encargos da dívida = 1.500,00.
Material de Consumo = 8.000,00.
Pessoal Legislativo = 1.800,00.
Pessoal Executivo = 19.000,00.
Total = R$ 30.300,00.
Resultado = 33.000,00−30.300,00= + R$ 2.700,00.
Letra b.

047. (CESPE/TRE-TO/ANALISTA/2017) Após prever, para determinado período, um montan-


te de R$ 550.000 de receitas, um ente público fixou despesas no mesmo valor. Ao final do exer-
cício financeiro, o ente constatou que a realização das receitas havia superado em R$ 25.000
a previsão inicial e que, relativamente às despesas, R$ 10.000 não haviam sido executados.
Com base na situação hipotética apresentada, o resultado da execução orçamentária
consiste em:
a) deficit de R$ 25.000, decorrente do confronto da realização da receita com a execução
de despesas.
b) superavit de R$ 35.000, decorrente do confronto da realização de receitas com a execução
de despesas.
c) superavit de R$ 25.000, decorrente do confronto da realização de receitas com a previsão
orçamentária.
d) superavit de R$ 25.000, decorrente do confronto da realização de receitas com a fixação
de despesas.
e) deficit de R$ 10.000, decorrente do confronto da fixação de despesas com a execução or-
çamentária.

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Vamos calcular o Resultado da Execução Orçamentária - REO, devemos somar as Receitas


Arrecadadas e diminuir das Despesas Empenhadas, já que, a Lei n. 4.320/1964 determina a
utilização de um regime misto. Confira com grifos nossos:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.
Note que foram previstas receitas de R$ 550.000,00, mas foram realizados R$ 25.000,00 a
mais, ou seja, R$ 575.000,00.
As despesas fixadas foram R$ 550.000,00, mas não foram executados R$ 10.000,00, ou seja,
só foram executados R$ 540.000,00.
Logo, o resultado da execução orçamentária foi um superavit de R$ 35.000,00.
Letra b.

048. (CESPE/PREFEITURA-BH/PROCURADOR/2017/ADAPTADA) No que tange à execução


orçamentária,
Para a manutenção do equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada, o Poder
Executivo aprovará durante o exercício um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada
unidade orçamentária fica autorizada a utilizar.

Confira diretamente na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 47. Imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela
fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade
orçamentária fica autorizada a utilizar.
Art. 48. A fixação das cotas a que se refere o artigo anterior atenderá aos seguintes objetivos:
a) assegurar às unidades orçamentárias, em tempo útil a soma de recursos necessários e suficien-
tes a melhor execução do seu programa anual de trabalho;
b) manter, durante o exercício, na medida do possível o equilíbrio entre a receita arrecadada e a
despesa realizada, de modo a reduzir ao mínimo eventuais insuficiências de tesouraria.
Certo.

049. (CESPE/PREFEITURA-BH/PROCURADOR/2017/ADAPTADA) No que tange à execução


orçamentária,
O saldo positivo do fundo especial apurado em balanço será transferido para o exercício se-
guinte, sem vinculação prévia a nenhuma despesa ou categoria de programação.

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Na verdade, o saldo positivo deve ser transferido a crédito do mesmo fundo no exercício se-
guinte. Confira na Lei n. 4.320/1964 com grifos nossos:

Art. 73. Salvo determinação em contrário da lei que o instituiu, o saldo positivo do fundo especial
apurado em balanço será transferido para o exercício seguinte, a crédito do mesmo fundo.
Errado.

050. (CESPE/PREFEITURA-BH/PROCURADOR/2017/ADAPTADA) No que tange à execução


orçamentária,
Com fundamento na lei orçamentária, o Poder Executivo fixará cotas trimestrais de despesa
para assegurar o equilíbrio da execução orçamentária, desconsiderando-se, para essa finalida-
de, os créditos adicionais aprovados pelo Poder Legislativo.

Na verdade, a programação leva em conta os créditos adicionais. Confira na Lei n. 4.320/1964,


com grifos nossos:

Art. 49. A programação da despesa orçamentária, para feito do disposto no artigo anterior, levará
em conta os créditos adicionais e as operações extraorçamentárias.
Errado.

051. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA/2020) A LOA de 2020 prevê crédito para a construção de


um presídio federal com custo total previsto de R$ 11 milhões. Os pagamentos serão realiza-
dos em parcelas durante a execução da obra, que será desenvolvida em dois anos, com expec-
tativa de conclusão para 2021, conforme previsto no PPA. Considerando a situação hipotética
precedente, julgue o próximo item.
Caso os recursos previstos inicialmente sejam insuficientes e haja a necessidade de comple-
mentar a dotação inicial com mais R$ 1 milhão, será necessária a inclusão de crédito adicional
extraordinário no montante de R$ 1 milhão.

Como os recursos previstos inicialmente foram insuficientes e existiu a necessidade de com-


plementar a dotação inicial, temos um caso de reforço de dotação orçamentária, devendo ser
utilizado um crédito suplementar. O crédito extraordinário é aquele que deve ser usado em
caso de guerra, calamidade pública ou de comoção interna.
Errado.

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Lei n. 4.320/1964
Manuel Piñon

052. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) Julgue o item a seguir, acerca de despesas públicas.


Os restos a pagar são as despesas empenhadas e não liquidadas até o dia 31 de dezembro do
exercício financeiro.

Guarde que os restos a pagar são as despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro
do exercício financeiro. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Errado.

053. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA/2020) Antes do encerramento de determinado exercício fi-


nanceiro, foi constatada a necessidade de reforço da dotação destinada a certa despesa que
fora subestimada. Na tentativa de identificar possíveis fontes, verificou-se que:
R$ 10.000 de outra dotação não iriam ser utilizados;
a receita arrecadada ficaria R$ 250.000 abaixo do previsto;
a despesa realizada geraria uma economia de despesa de R$ 380.000;
o balanço patrimonial do exercício anterior apresentava superavit financeiro de R$ 100.000;
haviam sido reabertos créditos adicionais de R$ 50.000.
Com base nas informações precedentes e na Lei n. 4.320/1964, julgue o próximo item.
Nesse caso, é permitida a abertura de crédito suplementar no valor de até R$ 60.000.

As fontes de recursos para abertura de créditos adicionais especiais ou suplementares previs-


tas na Lei 4320/64 são (grifos nossos):

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos dis-
poníveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
I – o superavit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II – os provenientes de excesso de arrecadação;
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicio-
nais, autorizados em Lei;
IV – o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao po-
der executivo realizá-las.
§ 2º Entende-se por superavit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo
financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de
crédito a eles vinculadas.
Agora vamos avaliar os cinco itens do enunciado:

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• R$ 10.000 de outra dotação não iriam ser utilizados – repare que anulação de dotação
parcial ou total é sim considerada uma fonte de recursos para abertura de crédito adi-
cional.
• a receita arrecadada ficaria R$ 250.000 abaixo do previsto – note que esse item apresen-
ta uma situação de insuficiência de arrecadação, não podendo, assim, ser usada como
fonte.
• a despesa realizada geraria uma economia de despesa de R$ 380.000 – note que eco-
nomia de despesa não é considerada como fonte.
• o balanço patrimonial do exercício anterior apresentava superavit financeiro de R$
100.000 – note que temos superavit financeiro que é considerado uma fonte de recur-
sos para abertura de crédito adicional.
• haviam sido reabertos créditos adicionais de R$ 50.000 – na verdade, esse item deve ser
deduzido das fontes de recursos existentes.
Assim, temos:
Limite para abertura de créditos suplementares = 10.000 + 100.000 − 50.000 = R$ 60.000,00.
Certo.

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GABARITO
1. E 37. E
2. C 38. C
3. E 39. E
4. E 40. C
5. C 41. a
6. E 42. C
7. E 43. E
8. E 44. C
9. E 45. C
10. E 46. b
11. C 47. b
12. E 48. C
13. C 49. E
14. C 50. E
15. E 51. E
16. C 52. E
17. C 53. C
18. E
19. e
20. E
21. E
22. C
23. C
24. E
25. C
26. C
27. E
28. E
29. C
30. C
31. C
32. C
33. E
34. E
35. E
36. C

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 – Orçamento Público (AFO e LRF) – Editora Campus – Autor Augustinho Paludo.

2 – Direito Financeiro e Controle Externo – 10ª Edição – Editora Método – Autor Valdecir Pas-
coal.

3 – Orçamento Público – Editora Atlas – Autor James Giacomoni.

4 – Finanças Públicas – Editora Campus – Autor Sávio Nascimento.

5 – Administração Financeira e Orçamentária – 2ª Edição - Editora Juspodium – Autor Giovan-


ni Pacelli.

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ainda melhor.
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Muito obrigado.
Acredite! Esse é o segredo!
Tenha fé que tudo vai dar certo!
Professor Manuel Piñon
manuelpinon@hotmail.com. Siga-me (profmanuelpinon) no Instagram e no Facebook. Te-
mos excelentes cards para revisão!

Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.

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